"Há tanto tempo que não sou capaz" de Álvaro de Campos.
1. Álvaro de Campos
Catarina Sousa nº7
João Francisco nº20
Susana Zhan nº29
“Há tanto tempo que não sou capaz”
Página 94
2. Conceitos
• Futurismo: O futurismo é um movimento artístico e literário, que surgiu no século XX, pelo
poeta italiano Filippo Marinetti. Rejeitava o conservadorismo e as suas obras baseavam-se
fortemente na velocidade, nos desenvolvimentos tecnológicos do final do século anterior e
exaltavam a guerra e a violência.
• Sensacionismo: Fundamento ou teoria cujas ideias são provenientes, exclusivamente, das
sensações ou das perceções sensoriais.
• Whitman: Foi um poeta, ensaísta e jornalista norte-americano, considerado por muitos como o
"pai do verso livre".
• Marinetti: Filippo Marinetti foi um escritor, poeta, editor, ideólogo, jornalista
e ativista político italiano. Foi o fundador do movimento futurista.
3. Evolução do sujeito poético desde a fase
futurista e sensacionista
Sensações na fase futurista/sensacionista
• Encanto/fascínio com a modernização
• Sensações intensas e de euforia
• Violência
• Energético, velocidade e força
Sensações na fase intimista
• Angústia
• Saudade da infância
• Dor de viver
• Desalento e cansaço
• Abulia
• Solidão e isolamento
• Pessimismo e frustração
• Esta evolução do sujeito poético desde a fase
futurista e sensacionista é notória quando o
poética transmite a angústia e a saudade por
já não ser como no passado, no qual estava
fascinado com a modernização, como por
exemplo, nos poemas “Ode Marítima” e
“Ode Triunfal”. O poeta transmitia sensações
intensas, com violência, o encanto das
máquinas (velocidade, força e energia), tinha
imaginação e criatividade.
4. Aspetos caraterizadores do passado e do
presente do sujeito poético
Passado:
- O poeta elaborava composições com ritmo e
produzia textos longos.
Exemplos:
- “Há tanto tempo que não sou capaz
De escrever um poema extenso!.” vv.1 e 2
- “Perdi a virtude do desenvolvimento rítmico
Em que a ideia e a forma,
Numa unidade de corpo com alma” vv. 4-6
Presente:
- O poeta sente-se pessimista, perdido e
angustiado;
- Sente solidão interior e desilusão.
Exemplos:
- “Hoje o que me resta?” v.10
- “O dia que me não custou esforço... ” v.12
- “Uma brisa, ou a festa de uma brisa,
Que me dão uma consciência do ar...” vv.13 e 14
5. Explicação das apóstrofes presentes na
última estrofe
• As apóstrofes presentes na
última estrofe salientam a
saudade do poeta em relação ao
passado, no qual escrevia
poemas criativos e expressivos,
como por exemplo: “Ode
Marítima” e “Ode Triunfal”.
“ Mas, ah!, minha Ode Triunfal,
O teu movimento retilíneo!
Ah, minha Ode Marítima
A tua estrutura geral em estrofe antiestrofe e
epodo!
E os meus planos, então, os meus planos-
Esses é que eram as grandes odes.
E aquela ultima a suprema a impossível!”
6. Análise formal do poema
Há tanto tempo que não sou capaz A
De escrever um poema extenso!. B
Há anos... C
Perdi a virtude do desenvolvimento rítmico D
Em que a ideia e a forma, E
Numa unidade de corpo com alma, F
Unanimemente se moviam... G
Perdi tudo que me fazia consciente H
De uma certeza qualquer no meu ser... I
Hoje o que me resta? J
O sol que está sem que eu o chamasse... K
O dia que me não custou esforço... L
Uma brisa, ou a festa de uma brisa, M
Que me dão uma consciência do ar... N
E o egoísmo doméstico de não querer mais nada. O
Mas, ah!, minha Ode Triunfal, P
O teu movimento retilíneo! Q
Ah, minha Ode Marítima, R
A tua estrutura geral em estrofe, antístrofe e epodo! S
E os meus planos, então, os meus planos — T
Esses é que eram as grandes odes! U
E aquela, a última, a suprema, a impossível! V
TercetoQuadra
Oitava*
Oitava*
Sétima
Irregularidade estrófica e rimática
7. Continuação
“Há anos...”
(v.3)
“Hoje o que me resta?”
(v.10)
“A tua estrutura geral em
estrofe, antístrofe e epodo!”
(v.19)
2 sílabas métricas
5 sílabas métricas
17 sílabas métricas
Irregularidade
métrica