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IDADE MÉDIA

O Poder da Igreja
   Medieval
A expansão do cristianismo
Embora tenha sido considerada uma seita subsersiva, durante boa parte do Império
Romano, o cristianismo se tornou a religião mais importante da Europa Ocidental.

Sem dúvida o grande responsável pela difusão do cristianismo, teve o seu início com
Paulo de Tarso, que havia nascido 10 anos após a morte de Jesus Cristo.
A expansão do cristianismo
            Com Constantino (306-337), a partir da
            garantia da liberdade de culto, o cristianismo
            ganhou a condição de expandir por todo o
            império romano entre os século IV e VI .

            Teodósio, em 391, com o reconhecimento do
            novo credo, dava ao cristianismo os ares de
            religião oficial do Império Romano.

             O corpo eclesiástico, responsável pela liturgia,
            começou a ser formado desde os primórdios do
            cristianismo se tornando bastante organizado.

            Assim, dentro de uma hierarquia onde bispos,
            que conduziam as cerimônias, presbiteros e
            diáconos, que serviam de auxiliares foi
            montada uma das mais poderosas instituições
            da Idade Média.

             Dessa forma o cristianismo se expandiu por
            toda a Europa, parte da África e Ásia.
A expansão do cristianismo
A organização do clero


ARCEBISPO                                               BISPO



                                                           VIGÁRIO


                                   DIOCESE
                                  (BISPADO)

                VÁRIAS DIOCESES
                                               VÁRIAS
                  (PROVÍNCIA
                                              IGREJAS
                 ECLESIÁSTICA)


                                               PARÓQUIAS
A Igreja Católica Medieval
A Igreja Católica se tornou a Instituição mais importante poderosa do medievo.

Nas suas mãos estava o Poder Espiritual (poder sobre a família, e sociedade) e o Poder
Temporal ( autoridade sobre a política, administração de bens, etc.)
                                         Nos Estados Pontifícios o Papa mantinha o
                                         Poder Temporal e Espiritual.

                                         A Igreja Medieval também matinhas obras de
                                         caridade, leprosários, orfanatos, asilos, além de
                                         escolas e centros culturais, administrados por
                                         Abades.

                                         Nas Abadias., existia um poder total por parte
                                         da Igreja, não podendo ser invadida sem
                                         autorização do próprio Papa.
                                         Assim, não foi incomum a Igreja dar asilo a
                                         quem lhe interessasse, sem que qualquer força
                                         policial pudesse intervir.
                                         A Igreja não era uma “célula” única, se dividindo
                                         em Ordens Religiosas.
As ordens religiosas
                        Os beneditinos, foram a mais antiga Ordem Monástica, criada a
                        partir de uma abadia 529, por São Bento.

                        A ordem foi criada no Monte Cassino, após a morte de São Bento
                        (480-543), em Núrsia, na Itália

                        Os monges deveriam fazer votos de castidade , pobreza e de
                        obediência aos superiores.

                        Outras ordens foram criadas na Baixa Idade Média, como a dos
                        dominicanos, por Domingos de Guzmán, em 1260.

                        Outras ordens foram criadas na Baixa Idade Média, como a dos
                        dominicanos, por Domingos de Guzmán, em 1260.

Na Itália, com Francisco de Assis (1182-1226) os franciscanos, fizeram parte das chamadas
ordens mendicantes, renunciavam a bens materiais.

Administrado por abadessas, também existiam ordens femininas, como a das carmelitas,
todas eram ordens seculares, que tinham contato com o mundo.

De maneira geral, as ordens viviam da caridade pública e da ajuda de homens e famílias
abastadas, que contribuíam com a sobrevivência das mesmas.
O questionamento do poder
No século X, graças as grandes divergências
entre algumas ordens religiosas, começaram
alguns movimentos de contestação do poder
temporal da Igreja.

Na França, na abadia de Cluny, um grupo de
monges formavam um mosteiro que se
dedicava a seguir às ordens papais, sem
interferência da nobreza.

Esses monges, de ordem beneditina, também
questionavam     a simonia, além da vida
suntuosa de alguns bispos .

A partir século XI, o o bispo ou abade passou a
receber o báculo e o anel, do próprio rei ( a
entronização) prestando juramento de
fidelidade e de vassalagem ao monarca.

Em 1073, um monge de Cluny, se tornava papa
com o nome de Gregório VII, tomando
medidas soberanas no Dictatus papae.
A questão das investiduras
Os sucessores de Henrique IVde manter por provocarreal, a
 Somente com o Otão I, afim II, em 1122, autoridade ao fim
 A atitude de papa Calixto acabou a se chegava uma
passaramdasdos senhores feudais. e abades, para dirigir os
 Querela a Investiduras. bispos
 dissidência nomear os
mosteiros e dioceses.
                     O imperador Henrique V, e o papa
 Os senhores feudais acompanharam tratado pondo Igreja
                     assinaram um a autonomia da da
Com isso, o rei tinha certa autoridade sobre os rumos fim às
 nas questões espirituais.
                     dipustas quanto ao poder.
Igreja Católica.
 Assim Henrique IV O acordo direito Dieta ou Concordata de
                      perdia o foi a de suserania sobre os
Entretanto, em 1075, o papa Gregório VII (1073-1085),
 nobres de terras da Worms, onde os bispos e abades passavam
                     Europa.
publicou um decreto contra essa prática.
                     a receber do papa o poder espiritual
 Enfraquecido, Henrique IV teve de recuar em sua decisão
Pelo decreto o papasimbolizado pelo báculo e o anel.
                       proibia a escolha de bispos e abades
 contra o papado.
pelo leigos, como o rei.
                     Quanto ao Imperador a coroa e o cetro ,
 O imperador , em 1077,embateobrigadopoderdirigir seu a poder e o poder temporal (o rei),
                     formalizaria o símbolo do até Itália,
                    Esse se viu entre o a se espiritual (igreja) sede
                     temporal (político)
 do papado, e humilhar-se pedindo perdão publicamente ao papa
                    ficou conhecido como “A Querela das Investiduras”.
 Gregório VII.
                     Tais símbolos se tornaram tão importantes
                     para as personagem desse fato e a o Em 962, Otão I, fundou o
 Contudo, em 1080,O outro relações entreexército, destronou oHenrique IV, da Germânia,
                     frente a um poderoso o Estado foi Igreja, papa
                                                            rei
                     que perduraramIII. Império Germânico-romano.Império Germânico-
 dando posse a um outro, Clemente
                    imperador do Sacro
                                                           Sacro
                                      até o fim da Idade Média.
                                                           romano, substituto do Império
 O papa Gregório O imperador declarou o papa deposto e,Romano do Ocidente.declarou o
                     VII, fugiu se refugiando na Península oItaliana, sua vez,
                                                               papa, por
 passando assim a existirunidade esteve 1122, durante 42 anos.
                    Essa dois papas, até presente inclusive nas
                    imperador excomungado.
                    Cruzadas.
O cativeiro de Avignon
Com Felipe IV, o Belo, se deu continuidade à política de seus
antecessores, expandindo fronteira e centralizando o poder
real.

Graças às dificuldades financeiras Felipe IV levou a conflitos
com a Igreja Católica, da qual resolveu cobrar impostos.
O Papa Bonifácio VIII acabou ameaçando o rei de
excomunhão e através da Bula Unam Sanctam, reafirmou a
autoridade da Igreja sobre os homens.

                       Graças ao agravamento da situação, Felipe IV, convocou a
                       Assembleia dos Estados Gerais, que reunia membros do clero, da
                       nobreza e dos comerciantes que acabou autorizando os impostos.

                       Com a morte de Bonifácio VIII o rei interferiu na sucessão papal
                       escolhendo Clemente V e transferindo o papado para Avingnon, na
                       França. Durante 70 anos (1307-1377) o papa esteve sob a tutela dos
                       reis franceses, o que intensificou a crise dentro da cristandade.

                       Assim o papado se dividiu, com eleições de pontífices em Pisa e
                       Roma determinando excomunhões e perseguições. Isso ficou
                       conhecido como o “Cisma do Ocidente”. A crise só terminou em
                       1417, com a eleição de Martim V, no Concílio de Constança.
O Sacro Império Romano-Germânico
               A extensão territorial do Sacro Império Romano-
              Germânico variou durante sua história, mas no
              seu ápice englobou os territórios dos Estados
              modernos da Europa Ocidental.

               Na maior parte da sua história, o império
              consistiu de centenas de pequenos reinos,
              principados, ducados, condados, Cidades livres
              imperiais, e outros domínios com forte caráter
              simbólico e religioso.

              Apesar de seu nome, na maior parte da sua
              existência não incluiu a cidade de Roma.
               Lutas entre os papas e os Imperadores do Sacro
              Império foram comuns levando a poderes locais
              que, por vezes, se sobrepunham ao soberano.

              Os soberanos do Sacro Império, por um curto
              período, foram os Carolíngios, depois: os
              Guideshi, os Saxões, a Dinastia Sália, os von
              Süpplingerburg, os von Hohenstaufen, os
              Guelfos, os von Wittelsbach, e os von Habsburg.
As heresias
                                      VALDENSES
                                        ALBIGENSES ou CÁTAROS
                               Mercador e banqueiro francês cristãos,
                                     Amálgama de conceitos de Lyon
                                         gnósticos e maniqueístas
                            Abandonou o comércio e se tornou pregador
                                  Pregavam a fraternidade, vida simples e
                           Fez voto de pobrezados bens o mesmo da Igreja
                                       divisão e exigiu eclesiásticos

                                 Foram considerados hereges e, por isso,
                                  perseguidos e condenados pela Igreja
                            Em 1173 fez voto de pobreza e doou seus bens
                                             aos pobres
                                Por ordem do Papa Gregório IX se formou
                                    a Cruzada Albigense (1209-1244)

   Pedro Valdo                   Ainda com o Papa Lúcio III aconteceu, em
                       Venda de indulgências
                                 1184, a punição de hereges que poderiam
    1140-1217
                                          ser punidos por leis civis.
Cidade de Albi, Languedoc
O pensamento da Alta Idade Média
  Na Alta Idade Média se destacou o pensamento de Santo Agostinho (354-430)

O pensamento agostiniano fundia a cultura greco-romana à filosofia cristã.

Santo Agostinho se baseou na filosofia de Platão do chamado “mundo das coisas”
(real) e “mundo das ideias”.

Segundo essa prática o mundo real (mundano)
era apenas uma contemplação do mundo
espiritual.

Para Santo Agostinho o mundo terreno era
apenas a realização da vontade de Deus, ou seja,
uma predestinação.

Portanto, apenas pelos sacramentos da Igreja (a
fé) o homem alcançaria a salvação eterna.
Mesmo assim, não faltaram críticas e
manifestações contra a Igreja como os poetas
goliardos e mesmo o carnaval.
FINAL DO
2º CAPÍTULO

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A Igreja Medieval e seu Poder

  • 1. IDADE MÉDIA O Poder da Igreja Medieval
  • 2. A expansão do cristianismo Embora tenha sido considerada uma seita subsersiva, durante boa parte do Império Romano, o cristianismo se tornou a religião mais importante da Europa Ocidental. Sem dúvida o grande responsável pela difusão do cristianismo, teve o seu início com Paulo de Tarso, que havia nascido 10 anos após a morte de Jesus Cristo.
  • 3. A expansão do cristianismo Com Constantino (306-337), a partir da garantia da liberdade de culto, o cristianismo ganhou a condição de expandir por todo o império romano entre os século IV e VI . Teodósio, em 391, com o reconhecimento do novo credo, dava ao cristianismo os ares de religião oficial do Império Romano. O corpo eclesiástico, responsável pela liturgia, começou a ser formado desde os primórdios do cristianismo se tornando bastante organizado. Assim, dentro de uma hierarquia onde bispos, que conduziam as cerimônias, presbiteros e diáconos, que serviam de auxiliares foi montada uma das mais poderosas instituições da Idade Média. Dessa forma o cristianismo se expandiu por toda a Europa, parte da África e Ásia.
  • 4. A expansão do cristianismo
  • 5. A organização do clero ARCEBISPO BISPO VIGÁRIO DIOCESE (BISPADO) VÁRIAS DIOCESES VÁRIAS (PROVÍNCIA IGREJAS ECLESIÁSTICA) PARÓQUIAS
  • 6. A Igreja Católica Medieval A Igreja Católica se tornou a Instituição mais importante poderosa do medievo. Nas suas mãos estava o Poder Espiritual (poder sobre a família, e sociedade) e o Poder Temporal ( autoridade sobre a política, administração de bens, etc.) Nos Estados Pontifícios o Papa mantinha o Poder Temporal e Espiritual. A Igreja Medieval também matinhas obras de caridade, leprosários, orfanatos, asilos, além de escolas e centros culturais, administrados por Abades. Nas Abadias., existia um poder total por parte da Igreja, não podendo ser invadida sem autorização do próprio Papa. Assim, não foi incomum a Igreja dar asilo a quem lhe interessasse, sem que qualquer força policial pudesse intervir. A Igreja não era uma “célula” única, se dividindo em Ordens Religiosas.
  • 7. As ordens religiosas Os beneditinos, foram a mais antiga Ordem Monástica, criada a partir de uma abadia 529, por São Bento. A ordem foi criada no Monte Cassino, após a morte de São Bento (480-543), em Núrsia, na Itália Os monges deveriam fazer votos de castidade , pobreza e de obediência aos superiores. Outras ordens foram criadas na Baixa Idade Média, como a dos dominicanos, por Domingos de Guzmán, em 1260. Outras ordens foram criadas na Baixa Idade Média, como a dos dominicanos, por Domingos de Guzmán, em 1260. Na Itália, com Francisco de Assis (1182-1226) os franciscanos, fizeram parte das chamadas ordens mendicantes, renunciavam a bens materiais. Administrado por abadessas, também existiam ordens femininas, como a das carmelitas, todas eram ordens seculares, que tinham contato com o mundo. De maneira geral, as ordens viviam da caridade pública e da ajuda de homens e famílias abastadas, que contribuíam com a sobrevivência das mesmas.
  • 8. O questionamento do poder No século X, graças as grandes divergências entre algumas ordens religiosas, começaram alguns movimentos de contestação do poder temporal da Igreja. Na França, na abadia de Cluny, um grupo de monges formavam um mosteiro que se dedicava a seguir às ordens papais, sem interferência da nobreza. Esses monges, de ordem beneditina, também questionavam a simonia, além da vida suntuosa de alguns bispos . A partir século XI, o o bispo ou abade passou a receber o báculo e o anel, do próprio rei ( a entronização) prestando juramento de fidelidade e de vassalagem ao monarca. Em 1073, um monge de Cluny, se tornava papa com o nome de Gregório VII, tomando medidas soberanas no Dictatus papae.
  • 9. A questão das investiduras Os sucessores de Henrique IVde manter por provocarreal, a Somente com o Otão I, afim II, em 1122, autoridade ao fim A atitude de papa Calixto acabou a se chegava uma passaramdasdos senhores feudais. e abades, para dirigir os Querela a Investiduras. bispos dissidência nomear os mosteiros e dioceses. O imperador Henrique V, e o papa Os senhores feudais acompanharam tratado pondo Igreja assinaram um a autonomia da da Com isso, o rei tinha certa autoridade sobre os rumos fim às nas questões espirituais. dipustas quanto ao poder. Igreja Católica. Assim Henrique IV O acordo direito Dieta ou Concordata de perdia o foi a de suserania sobre os Entretanto, em 1075, o papa Gregório VII (1073-1085), nobres de terras da Worms, onde os bispos e abades passavam Europa. publicou um decreto contra essa prática. a receber do papa o poder espiritual Enfraquecido, Henrique IV teve de recuar em sua decisão Pelo decreto o papasimbolizado pelo báculo e o anel. proibia a escolha de bispos e abades contra o papado. pelo leigos, como o rei. Quanto ao Imperador a coroa e o cetro , O imperador , em 1077,embateobrigadopoderdirigir seu a poder e o poder temporal (o rei), formalizaria o símbolo do até Itália, Esse se viu entre o a se espiritual (igreja) sede temporal (político) do papado, e humilhar-se pedindo perdão publicamente ao papa ficou conhecido como “A Querela das Investiduras”. Gregório VII. Tais símbolos se tornaram tão importantes para as personagem desse fato e a o Em 962, Otão I, fundou o Contudo, em 1080,O outro relações entreexército, destronou oHenrique IV, da Germânia, frente a um poderoso o Estado foi Igreja, papa rei que perduraramIII. Império Germânico-romano.Império Germânico- dando posse a um outro, Clemente imperador do Sacro Sacro até o fim da Idade Média. romano, substituto do Império O papa Gregório O imperador declarou o papa deposto e,Romano do Ocidente.declarou o VII, fugiu se refugiando na Península oItaliana, sua vez, papa, por passando assim a existirunidade esteve 1122, durante 42 anos. Essa dois papas, até presente inclusive nas imperador excomungado. Cruzadas.
  • 10. O cativeiro de Avignon Com Felipe IV, o Belo, se deu continuidade à política de seus antecessores, expandindo fronteira e centralizando o poder real. Graças às dificuldades financeiras Felipe IV levou a conflitos com a Igreja Católica, da qual resolveu cobrar impostos. O Papa Bonifácio VIII acabou ameaçando o rei de excomunhão e através da Bula Unam Sanctam, reafirmou a autoridade da Igreja sobre os homens. Graças ao agravamento da situação, Felipe IV, convocou a Assembleia dos Estados Gerais, que reunia membros do clero, da nobreza e dos comerciantes que acabou autorizando os impostos. Com a morte de Bonifácio VIII o rei interferiu na sucessão papal escolhendo Clemente V e transferindo o papado para Avingnon, na França. Durante 70 anos (1307-1377) o papa esteve sob a tutela dos reis franceses, o que intensificou a crise dentro da cristandade. Assim o papado se dividiu, com eleições de pontífices em Pisa e Roma determinando excomunhões e perseguições. Isso ficou conhecido como o “Cisma do Ocidente”. A crise só terminou em 1417, com a eleição de Martim V, no Concílio de Constança.
  • 11. O Sacro Império Romano-Germânico A extensão territorial do Sacro Império Romano- Germânico variou durante sua história, mas no seu ápice englobou os territórios dos Estados modernos da Europa Ocidental. Na maior parte da sua história, o império consistiu de centenas de pequenos reinos, principados, ducados, condados, Cidades livres imperiais, e outros domínios com forte caráter simbólico e religioso. Apesar de seu nome, na maior parte da sua existência não incluiu a cidade de Roma. Lutas entre os papas e os Imperadores do Sacro Império foram comuns levando a poderes locais que, por vezes, se sobrepunham ao soberano. Os soberanos do Sacro Império, por um curto período, foram os Carolíngios, depois: os Guideshi, os Saxões, a Dinastia Sália, os von Süpplingerburg, os von Hohenstaufen, os Guelfos, os von Wittelsbach, e os von Habsburg.
  • 12. As heresias VALDENSES ALBIGENSES ou CÁTAROS Mercador e banqueiro francês cristãos, Amálgama de conceitos de Lyon gnósticos e maniqueístas Abandonou o comércio e se tornou pregador Pregavam a fraternidade, vida simples e Fez voto de pobrezados bens o mesmo da Igreja divisão e exigiu eclesiásticos Foram considerados hereges e, por isso, perseguidos e condenados pela Igreja Em 1173 fez voto de pobreza e doou seus bens aos pobres Por ordem do Papa Gregório IX se formou a Cruzada Albigense (1209-1244) Pedro Valdo Ainda com o Papa Lúcio III aconteceu, em Venda de indulgências 1184, a punição de hereges que poderiam 1140-1217 ser punidos por leis civis. Cidade de Albi, Languedoc
  • 13. O pensamento da Alta Idade Média Na Alta Idade Média se destacou o pensamento de Santo Agostinho (354-430) O pensamento agostiniano fundia a cultura greco-romana à filosofia cristã. Santo Agostinho se baseou na filosofia de Platão do chamado “mundo das coisas” (real) e “mundo das ideias”. Segundo essa prática o mundo real (mundano) era apenas uma contemplação do mundo espiritual. Para Santo Agostinho o mundo terreno era apenas a realização da vontade de Deus, ou seja, uma predestinação. Portanto, apenas pelos sacramentos da Igreja (a fé) o homem alcançaria a salvação eterna. Mesmo assim, não faltaram críticas e manifestações contra a Igreja como os poetas goliardos e mesmo o carnaval.