2. Aspectos da Arquitetura capixaba
da colônia à independência
Igreja e Colégio São Tiago. Vitória, foto 1907
3. Colégio São Tiago, 1907
Simplificação de modelos eruditos:
renascimento - barroco
Aspecto maciço do edifício,
volumetria nítida, superfícies lisas
4. •Adequação de modelos tradicionais e empíricos
de assentamento urbano
Detalhe do mapa da Baía de Vitória. Cap. José Antônio Caldas, 1767
5. Paisagem Pinturesca
Serafim Derenzi dizia que Vitória foi “tipicamente uma cidade colonial
portuguesa”, que teimou em “ignorar os princípios da arte de construir (...)
e de viver. A geometria só apareceu com a república”.
11. O plano indica o crescimento da cidade em direção ao mar
12.
13. Muniz Freire, Jerônimo Monteiro e seus
sucessores transformaram radicalmente a
aparência do centro histórico com
intervenções que nascem do simbolismo do
higienismo e do progresso.
14. Reprodução ou adaptação de modelos
internacionais: Neoclássico. Beaux Arts
Casa do Comércio, 1820, G. Montigny
18. Tão logo chegou ao Rio de Janeiro, em 1889,
Morales colocou à sua disposição os
conhecimentos adquiridos na École des Beaux
Arts de Paris, onde estudou, transpondo para esta
cidade de feições ainda coloniais as “vantagens do
progresso” que havia experimentado no continente
europeu. Claudia Ricci
19. Adolfo Morales de los Rios desejava no ato projetual de
concretizar uma história.
A edificação era para ele suporte das manifestações humanas,
história cinzelada na pedra, impossibilitando não só seu
esquecimento, mas principalmente perpetuando-a como
linguagem tectônica.
Como afirma, “Com os estilos foram criados os caracteres
peculiares, os traços próprios, [...] o cunho com que os povos
marcam seus costumes nos edifícios por eles levantados.”
RICCI, Claudia Thurler. Sob a inspiração de Clio: O Historicismo na obra de
Morales de los Rios. 19&20, Rio de Janeiro, v. II, n. 4, out. 2007. Disponível
em: <http://www.dezenovevinte.net/arte%20decorativa/ad_mlr_ctr.htm>.
29. • Arquitetura como opção de estilo.
Historicismo e Ecletismo
• É difícil demarcar os limites entre o
historicismo e o ecletismo, que podem ser
abordados dentro de um mesmo conjunto
de experiências culturais que possuem
continuidade histórica e ideológica.
• Luciano Patetta, 1989
31. • O historicismo e o ecletismo resultam de
um ato de escolha do projetista (um ato
crítico, subjetivo) “cujo ponto de chegada
é o conceito” (ARGAN, 1992).
• Possibilidade de liberdade de interpretação e de
caracterização
Avenida Central
32. – Distinguem-se três correntes de acordo com a
relação entre produto e modelo: “composição
estilística”, recurso da imitação correta de um
estilo do passado; “historicismo tipológico”,
baseado em procedimentos de caracterização
analógica da arquitetura; e “pastiches
compositivos”, com toda liberdade de criar
soluções “estilísticas”. Luciano Patetta, 1989
Ilha Fiscal, RJ, 1884
33. As condições para o surgimento do
historicismo-ecletismo
Transformações territoriais e técnicas -
Keneth Frampton (1987) mostra do aumento
da capacidade humana em exercer controle
sobre a natureza, produzir e travar contatos:
movimento e comunicação.
Transformações culturais dadas pela
ascensão da burguesia. A nova consciência
humana produz novas categorias de
conhecimento - Historicista, reflexivo.
Segundo Argan (1992) O Romantismo e o
clássico são interações que dão base ao
nascimento da arte moderna.
34. Quadro da arquitetura capixaba da
Primeira República
O historicismo-Ecletismo criticados pela vanguarda
moderna, aqui tornaram-se símbolo da nova ordem
republicana, metáfora da beleza e serviram para
representar a modernidade emergente.
Vitória, anos 1910
35. Quadro da arquitetura capixaba da
Primeira República
A expectativa de riqueza da burguesia local com a
produção do café tem a ver com um estilo retórico,
seja o Historicismo ou o Ecletismo.
Os projetos dessas gerações consolidaram Vitória
como uma cidade capital. Não houve apego em manter
o preexistente, mas preocupação em construir, renovar
e em deixar a marca destas gerações no espaço.
36. Quadro da arquitetura capixaba da
Primeira República
• Historicismo-eclético séc. XIX- anos 1930
• Reforma urbana ênfase no embelezamento, no
higienismo e geometrização
• Expansão urbana por aterros
• Predomínio de práticos na concepção e
construção
38. Fórmula neoclássica-brasileira: platibandas, frontões triangulares,
vergas retas, arcos plenos/ Marcação de pórtico com colunas ou
pilastras, colunas colossais ou acima do térreo: embasamento com
arcada (rusticado/ bossagem)
40. Historicismo tipológico
Teatro de partido neoclássico, a partir de modelos do classicismo francês e
italiano; forma simples e clara articulação de volumes
Teatro Melpômene, 1896
41. Interior do Teatro Melpômene, a estrutura de ferro foi
reciclada na construção do Teatro Carlos Gomes
42. Historicismo tipológico
Comparação proporcional dos esquemas volumétricos dos
teatros São João RJ; União, São João de Salvador; São Luis MA
Embaixo, Teatro Santa Isabel , Recife; Scala, Milão
45. A fachada principal simula a simetria, dividida em
três faixas horizontais, coroadas por uma platibanda
rematada por um frontão pontuado por uma águia. A
modenatura porém tem uma modulação falsa.
46. A fachada resolve-se sobre
um envasamento rusticado,
sobrepondo a ordem dórica,
mais robusta e simples pela
ordem coríntia, mais
complexa e rica de
ornamento. Mantém o
preceito vitruviano da
“aparência de função
sustentadora” da base
47. Estilo Luis XIV, procedimento enquadrado no historicismo tipológico,
quer expressar um caráter monumental e institucional
50. O tratamento da escadaria provê uma
nova perspectiva para a baía
51. Os lances curvos da escadaria e
seus patamares intermediários,
fontes ornadas por estátuas em
mármore com figuras que
representam as estações do ano
dão dinamismo ao espaço
66. O Parque Moscoso pertence
a linha Eclética do
paisagismo brasileiro,
superpondo características
do estilo pinturesco,
romântico e do estilo
geométrico clássico.
74. A geometria se estabelece
Com a prosperidade do café (1924-28) o projeto
de modernização de Vitória é ajustado e
realizado. A ilha perde a condição de
isolamento, depois da construção de pontes
metálicas, ligando a ilha de Vitória à ilha do
Príncipe e ao continente.
Um Plano Geral de Melhoramentos foi a base
das intervenções de Florentino Avidos.
79. A intervenção da nova avenida é
hausmaniana: utiliza da
demolição, resulta num espaço
urbano ordenado, homegeneizado
no alinhamento e na linguagem
eclética
105. Teatros como o Carlos Gomes e Municipal do Rio de Janeiro
tomam como modelo a Ópera de Paris, possuem estilo
eclético. Construídos no início do século XX, atestam o
mundanismo e a hierarquização da sociedade burguesa.
A posição do teatro no ambiente urbano é destacada