SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  14
Padre António Vieira
(Sermão pronunciado em São Luís do Maranhão, a 13 de Junho de 1654)
Exposição e Confirmação
Capítulos II, III, IV e V.
 “vos comeis uns aos outros”
 “os grandes comem os pequenos”
 "Se os pequenos comeram os grandes, bastara um
grande para muitos pequenos; mas como os grandes
comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem
mil, para um só grande.“
 “notável ignorância e cegueira” […] que leva a “perder a
vida” “enganados por um retalho de pano”
Principais defeitos apontados aos peixes pelo pregador:
Primeiro momento do texto em que surge a identificação
entre os peixes e os homens:
 Citação de Santo Agostinho,
 É a ideia de “cobiça”, que é simultaneamente “má”,
“perversa” e plural (“cobiças”) e que retoma a ideia
da “Nau Cobiça” da parte III, salva apenas pela
língua de António, “como rémora”.
5
O pregador inicia as repreensões aos peixes/homens, seguindo
o método usado para os louvores dos peixes/homens:
do geral para o particular.
Primeira Repreensão
OS PEIXES COMEM-SE UNS AOS OUTROS – OS HOMENS COMEM-SE UNS AOS OUTROS
Vedes
TUDO
AQUILO
É
Andarem buscando os
homens como hão-de
comer e como se hão-de
comer
Todo aquele bulir
Todo aquele andar
Aquele concorrer e cruzar
Aquele subir e descer
Aquele entrar e sair
(nominalizações /
substantivações dos verbos)
a. Apelo à Observação:
 Valor da enumeração introduzida pela forma verbal “vedes”
para caracterizar as ações humanas praticadas na cidade, e
que os peixes devem observar:
o A enumeração remete para a ideia de movimento, para a
forma como os homens vivem o seu dia-a-dia, para a
agitação motivada pela ambição de alcançar certos
objetivos sociais.
b. Exemplificação
Alguém que morreu Algum réu em julgamento
Comem-no os herdeiros
Comem-no os testamenteiros
Comem-no os legatários
Comem-no os credores
Comem-nos os oficiais dos defuntos
e dos ausentes
Come-o o advogado
Come-o o sangrador
Come-o a mulher
Come-o o coveiro
Come-o o tocador de sinos
Comem-no os padres
Come-o o meirinho
Come-o o carcereiro
Come-o o escrivão
Come-o o solicitador
Come-o o inquiridor
Come-o o médico
Come-o a testemunha
Come-o o julgador
CONCLUSÃO – valor conotativo do verbo COMER
Ainda o não comeu a terra e já o tem
comido toda a terra
Ainda não está executado nem
sentenciado e já está comido
Valor polissémico do verbo “comer”:
O verbo “comer” não significa apenas alimentar-se,
ingerir alimentos (“buscando os homens como hão
de comer”); neste contexto (“como se hão de
comer”) significa usurpar o dinheiro do defunto,
explorá-lo.
b. Amplificação
. Os peixes / homens comem os mais pequenos
. Os homens comem não só o povo, mas a sua plebe
. Os homens não só se comem, mas engolem-nos e devoram-nos
. Os homens devoram e comem como se se tratasse de pão
O estilo de Vieira nesta 1.ª parte do discurso
a. Lógica da argumentação: Observação / Exemplificação / Ampliação
b. Lógica das conclusões: Conclusões implacáveis
c. Ritmo das frases: ritmo variado: lento e repousado (frases longas, com exemplos
de paralelismo) / rápido e muito rápido (frases curtas, com sucessivas anáforas e
interrogações retóricas , vivo (exemplo do defunto e do réu), capaz de prender
facilmente os ouvintes
Discurso:
Ondular das águas do mar: revoltas e vivas, para depois se espraiarem pela areia
(gradações crescentes)
d. Visualismo: a repetição da forma verbal “vedes” (no imperativo), certamente a
acompanhar o gesto expressivo, cria na mente dos ouvintes um forte
visualismo do espetáculo descrito, assim como os deíticos e as Nominalizações/
Substantivação do infinitivo verbal (deixa de ser uma acção limitada para ser uma
situação alargada)
e. Efeitos dos deíticos demonstrativos: localizar os atos referidos.
Segunda Repreensão
A IGNORÂNCIA E CEGUEIRA DOS PEIXES
A IGNORÂNCIA E CEGUEIRA DOS HOMENS
PEIXES HOMENS
. Caem tão facilmente no engodo da isca . Enganam facilmente os indígenas
(peixes que facilmente se deixam
enganar)
CONCLUSÃO
Os peixes / homens são muito cegos e ignorantes
No entanto,
Santo António nunca se deixou enganar pela vaidade do mundo, fazendo-se pobre e
simples, e assim pescou muitos para salvação.
Conclusão
Cap. IV – Repreensões aos peixes em geral
– comem-se uns aos outros, com a agravante de os
grandes comerem os pequenos;
– ignorância, cegueira e vaidade.
Disciplina de Português
Profª: Helena Maria Coutinho

Contenu connexe

Tendances

Repreensões gerais e particulares
Repreensões gerais e particularesRepreensões gerais e particulares
Repreensões gerais e particularesDina Baptista
 
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAlberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAnabela Fernandes
 
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Maria João Lima
 
Sermão aos peixes cap. i
Sermão aos peixes   cap. iSermão aos peixes   cap. i
Sermão aos peixes cap. iameliapadrao
 
Esquema de Sermão de Santo António aos Peixes - Português 11 ano
Esquema de Sermão de Santo António aos Peixes - Português 11 anoEsquema de Sermão de Santo António aos Peixes - Português 11 ano
Esquema de Sermão de Santo António aos Peixes - Português 11 anoericahomemmelo
 
10ºano camões parte C
10ºano camões parte C10ºano camões parte C
10ºano camões parte CLurdes Augusto
 
Louvor das virtudes aos peixes
Louvor das virtudes aos peixesLouvor das virtudes aos peixes
Louvor das virtudes aos peixesDina Baptista
 
Recursos Estilísticos Todos Os Recursos
Recursos Estilísticos Todos Os RecursosRecursos Estilísticos Todos Os Recursos
Recursos Estilísticos Todos Os RecursosBruno Pinto
 
O tesouro Eça de Queirós
O tesouro Eça de QueirósO tesouro Eça de Queirós
O tesouro Eça de QueirósJoão Costa
 
Sermão de Santo António aos peixes
Sermão de Santo António aos peixes Sermão de Santo António aos peixes
Sermão de Santo António aos peixes nanasimao
 

Tendances (20)

Os Lusíadas Canto 8
Os Lusíadas Canto 8Os Lusíadas Canto 8
Os Lusíadas Canto 8
 
Cap vi
Cap viCap vi
Cap vi
 
Texto de opinião
Texto de opiniãoTexto de opinião
Texto de opinião
 
Repreensões gerais e particulares
Repreensões gerais e particularesRepreensões gerais e particulares
Repreensões gerais e particulares
 
A cultura do palco
A cultura do palcoA cultura do palco
A cultura do palco
 
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAlberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
 
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
 
Sermão aos peixes cap. i
Sermão aos peixes   cap. iSermão aos peixes   cap. i
Sermão aos peixes cap. i
 
Canto v 92_100
Canto v 92_100Canto v 92_100
Canto v 92_100
 
A métrica e a rima
A métrica e a rimaA métrica e a rima
A métrica e a rima
 
Cantigas trovadorescas
Cantigas trovadorescasCantigas trovadorescas
Cantigas trovadorescas
 
Esquema de Sermão de Santo António aos Peixes - Português 11 ano
Esquema de Sermão de Santo António aos Peixes - Português 11 anoEsquema de Sermão de Santo António aos Peixes - Português 11 ano
Esquema de Sermão de Santo António aos Peixes - Português 11 ano
 
10ºano camões parte C
10ºano camões parte C10ºano camões parte C
10ºano camões parte C
 
Louvor das virtudes aos peixes
Louvor das virtudes aos peixesLouvor das virtudes aos peixes
Louvor das virtudes aos peixes
 
Recursos Estilísticos Todos Os Recursos
Recursos Estilísticos Todos Os RecursosRecursos Estilísticos Todos Os Recursos
Recursos Estilísticos Todos Os Recursos
 
O fidalgo
O fidalgoO fidalgo
O fidalgo
 
Teste1
Teste1Teste1
Teste1
 
O tesouro Eça de Queirós
O tesouro Eça de QueirósO tesouro Eça de Queirós
O tesouro Eça de Queirós
 
Verdes são os campos
Verdes são os camposVerdes são os campos
Verdes são os campos
 
Sermão de Santo António aos peixes
Sermão de Santo António aos peixes Sermão de Santo António aos peixes
Sermão de Santo António aos peixes
 

En vedette

Sistematização de conhecimentos do Sermão
Sistematização de conhecimentos do SermãoSistematização de conhecimentos do Sermão
Sistematização de conhecimentos do SermãoClaudiaSacres
 
Quadro-síntese sobre "Frei Luís de Sousa"
Quadro-síntese  sobre "Frei Luís de Sousa"Quadro-síntese  sobre "Frei Luís de Sousa"
Quadro-síntese sobre "Frei Luís de Sousa"gracacruz
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 59-60
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 59-60Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 59-60
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 59-60luisprista
 
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 27
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 27Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 27
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 27luisprista
 
Sermão S.A. aos peixes- ficha de trabalho-sistematizacao e perguntas-nov 2010
Sermão S.A. aos peixes- ficha de trabalho-sistematizacao e perguntas-nov 2010Sermão S.A. aos peixes- ficha de trabalho-sistematizacao e perguntas-nov 2010
Sermão S.A. aos peixes- ficha de trabalho-sistematizacao e perguntas-nov 2010complementoindirecto
 
Frei Luís de Sousa - Quadro Síntese
Frei Luís de Sousa - Quadro SínteseFrei Luís de Sousa - Quadro Síntese
Frei Luís de Sousa - Quadro SínteseJulianaOmendes
 
Sermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesSermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesDaniel Sousa
 

En vedette (9)

Sistematização de conhecimentos do Sermão
Sistematização de conhecimentos do SermãoSistematização de conhecimentos do Sermão
Sistematização de conhecimentos do Sermão
 
Quadro-síntese sobre "Frei Luís de Sousa"
Quadro-síntese  sobre "Frei Luís de Sousa"Quadro-síntese  sobre "Frei Luís de Sousa"
Quadro-síntese sobre "Frei Luís de Sousa"
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 59-60
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 59-60Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 59-60
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 59-60
 
. A obra e o contexto
. A obra e o contexto. A obra e o contexto
. A obra e o contexto
 
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 27
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 27Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 27
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 27
 
Sermão S.A. aos peixes- ficha de trabalho-sistematizacao e perguntas-nov 2010
Sermão S.A. aos peixes- ficha de trabalho-sistematizacao e perguntas-nov 2010Sermão S.A. aos peixes- ficha de trabalho-sistematizacao e perguntas-nov 2010
Sermão S.A. aos peixes- ficha de trabalho-sistematizacao e perguntas-nov 2010
 
Deíticos
DeíticosDeíticos
Deíticos
 
Frei Luís de Sousa - Quadro Síntese
Frei Luís de Sousa - Quadro SínteseFrei Luís de Sousa - Quadro Síntese
Frei Luís de Sousa - Quadro Síntese
 
Sermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesSermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos Peixes
 

Similaire à Cap IV repreensoes em geral

Sermaodesantoantonioaospeixes
SermaodesantoantonioaospeixesSermaodesantoantonioaospeixes
Sermaodesantoantonioaospeixescamoespirata
 
Sermaodesantoantonioaospeixes
SermaodesantoantonioaospeixesSermaodesantoantonioaospeixes
SermaodesantoantonioaospeixesMónica Alexandra
 
Sermão aos peixes resumo-esquema por capítulos
Sermão aos peixes   resumo-esquema por capítulosSermão aos peixes   resumo-esquema por capítulos
Sermão aos peixes resumo-esquema por capítulosClaudiaSacres
 
Estrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
Estrutura do Sermão de Santo António aos PeixesEstrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
Estrutura do Sermão de Santo António aos PeixesAntónio Fernandes
 
1 sermão de santo antónio aos peixes
1  sermão de santo antónio aos peixes1  sermão de santo antónio aos peixes
1 sermão de santo antónio aos peixesAntónio Fernandes
 
ApresentaçãO Para DéCimo Primeiro Ano, Aula 23
ApresentaçãO Para DéCimo Primeiro Ano, Aula 23ApresentaçãO Para DéCimo Primeiro Ano, Aula 23
ApresentaçãO Para DéCimo Primeiro Ano, Aula 23luisprista
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesRaquel Tavares
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, primeira aula de cábulas
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, primeira aula de cábulasApresentação para décimo segundo ano de 2013 4, primeira aula de cábulas
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, primeira aula de cábulasluisprista
 
Santo António. sermao aos peixes
Santo António. sermao aos peixesSanto António. sermao aos peixes
Santo António. sermao aos peixesJoão Félix
 
Portugues8 2
Portugues8 2Portugues8 2
Portugues8 2Pedro Vaz
 
Sermão de santo antonio aos peixes
Sermão de santo antonio aos peixesSermão de santo antonio aos peixes
Sermão de santo antonio aos peixesSusana Taio
 
Sermão de santo antónio aos peixes(2)
Sermão de santo antónio aos peixes(2)Sermão de santo antónio aos peixes(2)
Sermão de santo antónio aos peixes(2)marfat
 
Sermão de santo antónio aos peixes(2)
Sermão de santo antónio aos peixes(2)Sermão de santo antónio aos peixes(2)
Sermão de santo antónio aos peixes(2)marfat
 
Sermão de santo antónio aos peixes(2)
Sermão de santo antónio aos peixes(2)Sermão de santo antónio aos peixes(2)
Sermão de santo antónio aos peixes(2)marfat
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesvermar2010
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesvermar2010
 
Sermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesSermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos Peixesmarfat
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesvermar2010
 

Similaire à Cap IV repreensoes em geral (20)

Sermaodesantoantonioaospeixes
SermaodesantoantonioaospeixesSermaodesantoantonioaospeixes
Sermaodesantoantonioaospeixes
 
Sermaodesantoantonioaospeixes
SermaodesantoantonioaospeixesSermaodesantoantonioaospeixes
Sermaodesantoantonioaospeixes
 
Sermão aos peixes resumo-esquema por capítulos
Sermão aos peixes   resumo-esquema por capítulosSermão aos peixes   resumo-esquema por capítulos
Sermão aos peixes resumo-esquema por capítulos
 
Estrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
Estrutura do Sermão de Santo António aos PeixesEstrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
Estrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
 
1 sermão de santo antónio aos peixes
1  sermão de santo antónio aos peixes1  sermão de santo antónio aos peixes
1 sermão de santo antónio aos peixes
 
ApresentaçãO Para DéCimo Primeiro Ano, Aula 23
ApresentaçãO Para DéCimo Primeiro Ano, Aula 23ApresentaçãO Para DéCimo Primeiro Ano, Aula 23
ApresentaçãO Para DéCimo Primeiro Ano, Aula 23
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixes
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, primeira aula de cábulas
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, primeira aula de cábulasApresentação para décimo segundo ano de 2013 4, primeira aula de cábulas
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, primeira aula de cábulas
 
sermaoest.ppt
sermaoest.pptsermaoest.ppt
sermaoest.ppt
 
Santo António. sermao aos peixes
Santo António. sermao aos peixesSanto António. sermao aos peixes
Santo António. sermao aos peixes
 
Portugues8 2
Portugues8 2Portugues8 2
Portugues8 2
 
Sermão de santo antonio aos peixes
Sermão de santo antonio aos peixesSermão de santo antonio aos peixes
Sermão de santo antonio aos peixes
 
Trabalho de historia brasil colonia e imperio
Trabalho de historia brasil colonia e imperioTrabalho de historia brasil colonia e imperio
Trabalho de historia brasil colonia e imperio
 
Sermão de santo antónio aos peixes(2)
Sermão de santo antónio aos peixes(2)Sermão de santo antónio aos peixes(2)
Sermão de santo antónio aos peixes(2)
 
Sermão de santo antónio aos peixes(2)
Sermão de santo antónio aos peixes(2)Sermão de santo antónio aos peixes(2)
Sermão de santo antónio aos peixes(2)
 
Sermão de santo antónio aos peixes(2)
Sermão de santo antónio aos peixes(2)Sermão de santo antónio aos peixes(2)
Sermão de santo antónio aos peixes(2)
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixes
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixes
 
Sermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesSermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos Peixes
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixes
 

Plus de ClaudiaSacres

Retrarto de uma princesa desconhecida de Sophia De Mello Breyner
Retrarto de uma princesa desconhecida de Sophia De Mello BreynerRetrarto de uma princesa desconhecida de Sophia De Mello Breyner
Retrarto de uma princesa desconhecida de Sophia De Mello BreynerClaudiaSacres
 
1ª aula visão - DESENHO A 10ºANO
1ª aula visão - DESENHO A 10ºANO1ª aula visão - DESENHO A 10ºANO
1ª aula visão - DESENHO A 10ºANOClaudiaSacres
 
O diário da nossa paixão de Nicholas Sparks
O diário da nossa paixão de Nicholas SparksO diário da nossa paixão de Nicholas Sparks
O diário da nossa paixão de Nicholas SparksClaudiaSacres
 

Plus de ClaudiaSacres (8)

Gap year
Gap yearGap year
Gap year
 
Argentina
ArgentinaArgentina
Argentina
 
Sermão Cap VI
Sermão Cap VISermão Cap VI
Sermão Cap VI
 
Retrarto de uma princesa desconhecida de Sophia De Mello Breyner
Retrarto de uma princesa desconhecida de Sophia De Mello BreynerRetrarto de uma princesa desconhecida de Sophia De Mello Breyner
Retrarto de uma princesa desconhecida de Sophia De Mello Breyner
 
Snowboard
SnowboardSnowboard
Snowboard
 
A cee
A ceeA cee
A cee
 
1ª aula visão - DESENHO A 10ºANO
1ª aula visão - DESENHO A 10ºANO1ª aula visão - DESENHO A 10ºANO
1ª aula visão - DESENHO A 10ºANO
 
O diário da nossa paixão de Nicholas Sparks
O diário da nossa paixão de Nicholas SparksO diário da nossa paixão de Nicholas Sparks
O diário da nossa paixão de Nicholas Sparks
 

Dernier

trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 

Dernier (20)

trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 

Cap IV repreensoes em geral

  • 1. Padre António Vieira (Sermão pronunciado em São Luís do Maranhão, a 13 de Junho de 1654)
  • 3.  “vos comeis uns aos outros”  “os grandes comem os pequenos”  "Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande.“  “notável ignorância e cegueira” […] que leva a “perder a vida” “enganados por um retalho de pano” Principais defeitos apontados aos peixes pelo pregador:
  • 4. Primeiro momento do texto em que surge a identificação entre os peixes e os homens:  Citação de Santo Agostinho,  É a ideia de “cobiça”, que é simultaneamente “má”, “perversa” e plural (“cobiças”) e que retoma a ideia da “Nau Cobiça” da parte III, salva apenas pela língua de António, “como rémora”.
  • 5. 5 O pregador inicia as repreensões aos peixes/homens, seguindo o método usado para os louvores dos peixes/homens: do geral para o particular. Primeira Repreensão OS PEIXES COMEM-SE UNS AOS OUTROS – OS HOMENS COMEM-SE UNS AOS OUTROS Vedes TUDO AQUILO É Andarem buscando os homens como hão-de comer e como se hão-de comer Todo aquele bulir Todo aquele andar Aquele concorrer e cruzar Aquele subir e descer Aquele entrar e sair (nominalizações / substantivações dos verbos) a. Apelo à Observação:
  • 6.  Valor da enumeração introduzida pela forma verbal “vedes” para caracterizar as ações humanas praticadas na cidade, e que os peixes devem observar: o A enumeração remete para a ideia de movimento, para a forma como os homens vivem o seu dia-a-dia, para a agitação motivada pela ambição de alcançar certos objetivos sociais.
  • 7. b. Exemplificação Alguém que morreu Algum réu em julgamento Comem-no os herdeiros Comem-no os testamenteiros Comem-no os legatários Comem-no os credores Comem-nos os oficiais dos defuntos e dos ausentes Come-o o advogado Come-o o sangrador Come-o a mulher Come-o o coveiro Come-o o tocador de sinos Comem-no os padres Come-o o meirinho Come-o o carcereiro Come-o o escrivão Come-o o solicitador Come-o o inquiridor Come-o o médico Come-o a testemunha Come-o o julgador CONCLUSÃO – valor conotativo do verbo COMER Ainda o não comeu a terra e já o tem comido toda a terra Ainda não está executado nem sentenciado e já está comido
  • 8. Valor polissémico do verbo “comer”: O verbo “comer” não significa apenas alimentar-se, ingerir alimentos (“buscando os homens como hão de comer”); neste contexto (“como se hão de comer”) significa usurpar o dinheiro do defunto, explorá-lo.
  • 9.
  • 10. b. Amplificação . Os peixes / homens comem os mais pequenos . Os homens comem não só o povo, mas a sua plebe . Os homens não só se comem, mas engolem-nos e devoram-nos . Os homens devoram e comem como se se tratasse de pão
  • 11. O estilo de Vieira nesta 1.ª parte do discurso a. Lógica da argumentação: Observação / Exemplificação / Ampliação b. Lógica das conclusões: Conclusões implacáveis c. Ritmo das frases: ritmo variado: lento e repousado (frases longas, com exemplos de paralelismo) / rápido e muito rápido (frases curtas, com sucessivas anáforas e interrogações retóricas , vivo (exemplo do defunto e do réu), capaz de prender facilmente os ouvintes Discurso: Ondular das águas do mar: revoltas e vivas, para depois se espraiarem pela areia (gradações crescentes) d. Visualismo: a repetição da forma verbal “vedes” (no imperativo), certamente a acompanhar o gesto expressivo, cria na mente dos ouvintes um forte visualismo do espetáculo descrito, assim como os deíticos e as Nominalizações/ Substantivação do infinitivo verbal (deixa de ser uma acção limitada para ser uma situação alargada) e. Efeitos dos deíticos demonstrativos: localizar os atos referidos.
  • 12. Segunda Repreensão A IGNORÂNCIA E CEGUEIRA DOS PEIXES A IGNORÂNCIA E CEGUEIRA DOS HOMENS PEIXES HOMENS . Caem tão facilmente no engodo da isca . Enganam facilmente os indígenas (peixes que facilmente se deixam enganar) CONCLUSÃO Os peixes / homens são muito cegos e ignorantes No entanto, Santo António nunca se deixou enganar pela vaidade do mundo, fazendo-se pobre e simples, e assim pescou muitos para salvação.
  • 13. Conclusão Cap. IV – Repreensões aos peixes em geral – comem-se uns aos outros, com a agravante de os grandes comerem os pequenos; – ignorância, cegueira e vaidade.
  • 14. Disciplina de Português Profª: Helena Maria Coutinho