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Textos criativos

Dama e o unicórnio
A Dama e o Unicórnio eram amigas inseparáveis. Ela tinha encontrado o Unicórnio no seu castelo e
tinha ficado maravilhada com esse animal mítico. O Unicórnio também tinha ficado muito feliz porque a
Dama era a primeira a pessoa a ter-lhe dado atenção. A Dama impressionava-o com a sua beleza: lindos
cabelos de ouro mantidos com tiaras de diamante, uma cara fina, uma pele doce como as rosas…
         Um dia, andavam a passear. Foram os dois até uma tenda no jardim. Era uma tenda em seda azul,
ricamente decorada e plantada no meio de um pomar. Os pássaros voavam por cima dela como se
estivessem a guardá-la. Quando entraram, sentaram-se num sofá de seda vermelha. O Unicórnio pôs-se a
observar o interior da tenda: estava decorado com tapeçarias, também de cor vermelha. No chão, coelhinhos
e cães passeavam livremente. Os móveis eram de madeira vermelha e certos espaços estavam também
pintados de vermelho.
         A Dama pegou num coelho e chamou a aia para que lhe fosse buscar uns rebuçados. Depois, os
dois começaram a falar. A Dama era filha de um rico senhor que adorava caçar e não se preocupava com
ela. O Unicórnio vinha de um país mágico, do mar, onde só viviam unicórnios. Mas ele tinha decidido ir
conhecer o mundo e os outros animais. Quando anoiteceu, a Dama ofereceu um quarto ao Unicórnio e
ambos foram-se deitar.
         Passaram-se várias semanas. O Unicórnio era muito mal recebido pelos habitantes das terras. Todos
pensavam que uma criatura assim só podia ter ligação com o demónio. Quando o viam, gritavam, fugiam e
atiravam-lhe lixo e porcarias. Quando o pai da Dama voltou das suas caçadas, quis matá-lo para o oferecer
ao rei. A Dama foi obrigada a esconder o animal na cave onde o animal ficou tristíssimo. Só podia sair à
noite.
         Um dia, a Dama decidiu devolver o Unicórnio ao mar. Estavam ambos muito tristes, mas pensaram
que era a melhor solução. Na tarde escolhida para se separem, a Dama e o Unicórnio chegaram à beira do
mar. O Unicórnio deu um passo em direção às ondas. Antes de desaparecer completamente da superfície da
água, voltou-se uma última vez e fez um movimento com o chifre para dizer adeus. Depois desapareceu. A
Dama voltou ao castelo a chorar a partida do seu amigo. Uma lágrima caiu no chão. A Dama olhou para ela,
espantada: tinha a forma de um coração...

                                                                                                     leonor
No dia de Páscoa, Joana, a Dama, e o Unicórnio andavam a passear na floresta. Sentaram-se no
chão e falaram horas e horas, como era hábito neles:
        - Olha lá para esta árvore! Não achas que é belíssima?- disse a Joana- Quando era pequena, vinha
quase todos os dias aqui, com o meu cavalito.
        - É mesmo linda! E parece ter um chifre, como eu!
        - Nunca tinha reparado! Uau ! Que belo chifre.
        - Já provaste morangos? - perguntou o Unicórnio, mudando completamente de assunto.
        - Não, o que é isso ?
        - É uma fruta de cor do sangue. É a minha fruta preferida. Prova! Eu tenho a certeza que vais adorar
A Joana prova o morango que o seu amigo, o Unicórnio, lhe deu. E come logo de seguida mais três.
        - Que bom! Hum!
De repente, ouvem um barulho que vem de um arbusto ao lado deles.
        - Devia ser algum coelho ou um macaco. - diz o Unicórnio.
        - É! Olha essa joaninha! São tão lisas as suas asas! Adoro tocá-las.
        - Realmente! Muito lisas! - diz o Unicórnio, tocando a joaninha.
A aia da Joana chega entretanto com o seu órgão e toca para que repousassem ao som da música. Joana
deita-se ao lado do Unicórnio.
        - Cheiras a baunilha!
        - Obrigado. E tu cheiras a uma jovem virgem.
        - Ha, ha! - ri-se Joana.
        O Unicórnio ouve outro barulho, mas desta vez, era um tiro. Uns vassalos da Dama vinham matá-la
porque consideravam que a Dama era uma bruxa por aceitar dar guarida no seu forte a "um monstro branco
com chifre". O Unicórnio levou a Joana até uma gruta onde costumava esconder-se, quando os animais o
perseguiam. Defendeu a Dama até morrer. Joana conseguiu entretanto fugir para um forte vizinho onde foi
muito bem acolhida. Até lhe deram um esposo. Esse esposo deu-lhe um filho. A quem chamaram Morango,
em honra do seu amigo Unicórnio, porque sem ele, nunca esse Morango teria nascido.



                                                                                                       vivid
No dia seguinte, a Dama foi ver o Unicórnio à sala de música. Ele estava feliz por não ser rejeitado pela Dama.
 - Olá,Unicórnio! Passaste uma boa noite?
 - Sim, obrigada Dama!
 - Unicórnio, não me chames Dama, o meu nome é Margarida!
 - Está bem, Margarida!
 - E se fôssemos passear na floresta?
 - Boa ideia, Margarida.Vamos!
 Estava um dia lindo, quente e claro. A floresta estava muito clara, ouviam-se no entanto os pássaros a gritar:
 - Mas, como é possível o monstro estar com a Dama Margarida?!
 Quando chegaram à floresta, o Unicórnio avistou o Macaco e o Leão.
 - Olha, Margarida, o Leão e o Macaco!
 - Ah, sim, anda, vamos ter com eles!
Os dois amigos gritaram:
 - Oh...hé! Leão! Macaco!
 Os dois animais viraram-se e ficaram a aguardá-los. O Leão era bonzinho e muito carinhoso. Ele tinha um pelo muito grosso e fofo. O
Macaco também era bom, mas era estranho, só gostava de cócegas!
 - Ahhh! Quem é este monstro?! - perguntaram o Macaco e o Leão.
 - Leão! Macaco! Parem, ele é meu amigo! – explicou a Dama.
 - Ah, então desculpa...
 O Unicórnio propôs à Margarida que se sentassem. Procuraram um espaço onde havia erva para o fazerem. Já sentados, a Margarida
acariciou o Unicórnio mas também o Leão para não haver ciúmes.
 O Unicórnio quis ver-se outra vez no espelho para compreender porque é que toda a gente o achava tão diferente, tão monstruoso.
 - Já sei...- anunciou de repente.
 - O quê? Já sabes o quê? - perguntou o Leão.
 - Já sei por que é que sou tão diferente dos outros cavalos.
 - Porquê? - interrogou-o a Margarida.
 - Porque tenho um chifre na cabeça...
 - Mas isso não faz mal! - disseram a Margarida, o Leão e o Macaco ao mesmo tempo.
A Margarida levantou-se e foi até uma tenda para sair logo em seguida com rebuçados e amêndoas. Ouviu-se em seguida um papagaio a
chegar. Pousou num ramo e a Margarida ofereceu-lhe também amêndoas cobertas de mel!
Todos estavam contentes, sobretudo o Unicórnio que conseguiu arranjar pela primeira vez amigos e não ser julgado injustamente pelos
outros animais. Passou a viver no Forte com a Margarida beneficiando do respeito de todos.



                                                                                                                     melancia
Nessa manhã, a dama levantou-se com o unicórnio nos braços, o seu
sonho realizara-se. Ela passou toda noite assustada na perigosa floresta, para,
de manhã, ver o ser que tanto queria. Mas já há dois dias que a dama não ia a
casa, ela estava colada ao unicórnio. Muitas pessoas a foram procurar, mas
ninguém a viu.
      A dama não queria despegar-se de um tão lindo unicórnio, quase se
apaixonou por ele e ele também quase se apaixonou por ela. A dama decidira
criar uma pequena cabana no fundo do bosque para ali viver com o
unicórnio. A vida seria muita mais fácil ali do que no castelo, onde tinha de
ser sempre perfeita em tudo o que fazia. Na cabana, não tinha com que se
incomodar. Os dias eram quase todos iguais, sempre bons. Todos os dias se
levantava perto do unicórnio, tomavam o pequeno-almoço juntos, iam fazer
colheitas, depois ela penteava-o e colocava-o diante do espelho. Depois do
almoço, na parte tarde, ela cantava e tocava um instrumento para o unicórnio
adormecer. Na parte da tarde também corriam entre as flores e cheiravam o
perfume de cada umas delas. Antes de jantar, a dama dava de comer aos
pássaros. E antes de adormecer, ela tocava no chifre do unicórnio para o
sentir melhor.
      Assim vivia uma linda vida com o unicórnio dos seus sonhos. Mas para
isso teve de desaparecer do castelo e nunca mais voltar!
                                                                         candy
Na Idade Média, dizia-se que se as mulheres dormissem na profunda floresta,
no     dia     seguinte     apareceria     um     Unicórnio     ao    lado     delas.
       Um Unicórnio chamado Jacinto, sempre que via animais, estes diziam-lhe
para se ir embora porque o Jacinto era feio e estranho. Desesperado por ninguém
gostar dele, Jacinto encontrou uma fortaleza onde vivia uma princesa que queria
tomar conta dele. O Unicórnio ficou surpreendido porque só ela queria travar
amizade com ele. O Jacinto era o animal preferido da princesa, e ela queria
representar os cinco sentidos em tapeçarias.
       Certo dia, Jacinto galopando pela floresta, encontrou uma Unicórnia que
estava cheia de sangue na perna. Foi então ver a princesa para lhe dizer, com gestos,
que havia uma Unicórnia ferida no bosque. A princesa foi com o Jacinto ver o que é
que ela tinha. O Unicórnio disse havia gente que a queria matar. A princesa tomou a
decisão de levar a Unicórnia com eles para a fortaleza. Resolveu então pedir ao rei
ajuda. Quando o rei chegou, ele estava furioso pelo facto da princesa ter adotado
dois Unicórnios! A princesa disse que eles se iriam embora depois da Unicórnia
estar curada! O rei-pai disse-lhe que estava de acordo.
       Na manhã seguinte, a princesa disse aos Unicórnios que deviam fugir por
causa do pai porque se não o fizessem o rei iria matá-los! Eles fugiram do castelo,
com imensa tristeza por se irem embora! Fugiram para muito, muito longe da casa
da princesa e encontraram um espaço para viver tranquilamente. Tiveram bebés e
deixaram de ter problemas com os homens Viveram muitos tranquilos para o resto
da vida !
                                                                                  juju
A Dama e o Unicórnio tornaram-se grandes amigos, pareciam até irmãos. O Unicórnio também fez
amizade com os macacos, os coelhos, os cavalos que viviam no castelo da Dama. Ele decidiu ficar com
eles, e formaram uma família grande e unida.
         Porém, um dia, o Unicórnio descobriu que todas as pessoas pensavam que os unicórnios eram
animais selvagens, e que só uma rapariga pura podia ser amiga deles. O Unicórnio ficou furioso ao saber
que algumas pessoas (as que não eram suas amigas) ainda achavam que ele era um monstro. Ele ficou tão
furioso que derrubou mesas, cadeiras, estantes e foi correndo para a floresta. A Dama decidiu ir buscá-lo, e
aos que a queriam impedir, disse:
         - Eu sou a Dama deste castelo, então decido o que quero fazer!
Assim disse e assim fez. Passou a noite na floresta, à procura do Unicórnio. Acabou por adormecer, já a
noite ia bem alta quando acordou. A sua cabeça repousava em cima do peito do Unicórnio. Ele disse para
ela, com uma voz triste:
         - Você não deveria ter vindo para a floresta.
Ao que a Dama respondeu:
         -Eu queria que você voltasse, e também queria dizer-lhe que não importa o que os outros pensam de
você, porque você ficará para sempre o meu Unicórnio!
         -Verdade?
         -Claro que é verdade, eu nunca digo mentiras.
Fizeram então coroas de cravos e de rosas para todos os animais, e aproveitaram para respirar o perfume
das flores. Aproveitaram também esse momento tranquilo para comer os pêssegos que tinham visto
nalgumas árvores, para ouvir o canto dos pássaros, para observar a linda natureza que respirava na floresta.
Aproveitaram finalmente para tocar nas lindas espécies de flores muito raras que tinham descoberto juntos.
Ao fim do dia, voltaram para o Forte da Dama. Foram muito bem recebidos e brincaram todos juntos: a
Dama, o Unicórnio, os macacos, os coelhos, os cavalos... Brincaram à apanhada e às escondidas.
         A partir desse dia, o Unicórnio viveu sempre em paz e em harmonia com todos os outros animais.
Ficaram felizes até ao fim dos tempos!

                                                                                                      op
Depois de se terem encontrado, a Dama e o Unicórnio tornaram-se nos melhores amigos do mundo.
Faziam tudo juntos. Num dado momento, o leão, o cão e o coelho, ficaram furiosos porque a Dama já não os
ia visitar, por causa do Unicórnio. Então decidiram matar o Unicórnio. Dentro do seu castelo, a Dama, que se
chamava Teodora, passava o tempo a brincar com o Unicórnio. Sentiam-se muito próximos um do outro,
porque tinham sempre as mesmas ideias, para as brincadeiras. A Dama estava tão próxima dele que até lhe
deu um nome: Bernardo.
         Teodora, certo dia, propôs a Bernardo fazerem uma corrida, e ele aceitou logo. Saíram juntos do
castelo e Teodora disse:
         -Bernardo, eu faço a corrida contigo, mas a cavalo, porque senão já sei que vou perder.
         -Está bem. - respondeu Bernardo - Eu vou correr a pé.
         -Vamos começar no castelo e vamos acabar na floresta! - explicou Teodora.
         - Sim, assim vamos divertir-nos muito a correr! - respondeu Bernardo.
Os dois prepararam-se e começaram a correr. Entretanto, os animais todos furiosos e invejosos de Bernardo,
reuniram-se para terem uma conversa sobre o que iam fazer a Bernardo. Decidiram esperá-lo para o matar
com uma faca, que tinham encontrado no chão.
         Quando Bernardo e Teodora terminaram a corrida, ganha por Bernardo, Teodora disse:
         - E se fôssemos comer no jardim, porque esta corrida abriu-me o apetite?
         -Sim! - respondeu Bernardo cheio de fome. - Vamos comer.
Então os dois amigos foram comer no jardim, servidos pela aia, que os serviu. Depois foram brincar, mirar-se
ao espelho. Também deram grãos aos pássaros, e por fim foram descansar. Depois de terem descansado,
Bernardo foi ao jardim e Teodora foi à cozinha. Os animais ao verem Bernardo sair do castelo, rodearam-no.
Teodora viu e saiu do castelo. Perguntou aos animais:
         -Porque é que vocês querem matar o Bernardo?
         -Porque já não gostas de nós! - responderam eles magoados.
E a conversa foi continuando até terem esclarecido o assunto. Bernardo quase a chorar foi ver Teodora para
lhe agradecer o que fizera por ele, e todos os animais foram pedir desculpas a Bernardo. Este perdoou e todos
se tornaram amigos até morrerem.

                                                                                                       trato
A dama e o unicórnio estão no jardim do castelo em companhia dos outros animais da dama, a divertirem-
se num dia de sol. Mas o que ninguém sabe é que a dama tem de lhes comunicar uma fantástica notícia .
        - Que lindo dia! - exclama o leão.
        - Que doces maravilhosos! - acrescenta o macaco.
        - Até se ouvem os pássaros! - diz o cão.
        - As flores cheiram tão bem... - ronrona o gato.
        - E sem esquecer esta erva macia. - lembra o unicórnio.
Os amigos e a dama passam um dia feliz entre passeios, doces, conversas, jogos e risos. No final do dia, à beira da
chaminé, a dama estava a pentear-se enquanto o macaco narrava a sua vida anterior com os trovadores, os ursos e
os outros macacos. No meio da narração, a dama interrompe-o, o que nunca fazia , e anuncia-lhes:
        - Na minha última viagem à Corte de Carlos VII encontrei uma criatura como tu, unicórnio. Exatamente
como tu, mas o pelo branco tinha reflexos rosados e o teu pelo tem reflexos azulados. Estava ainda molhada
porque saía do mar.
        - Não acredito que exista outra criatura horrorosa como o unicórnio! - cacarejou a galinha que não gostava
dele.
        - Eu sim. O fundo do mar está cheio de peixes gigantes com um dente enorme e ao chegarem à terra
metamorfoseiam-se em unicórnios, como eu, mas ninguém arrisca a vida ao chegar perto da margem. - respondeu,
com um ar sonhador o unicórnio.
        - Quer dizer que tu és um peixe ?!- perguntaram gritando incrédulos o cão e o gato.
        - Eu era assim! Agora não posso transformar-me de novo num peixe... Eu gostava de encontrar esse outro
unicórnio, para ele não ficar tão triste como eu! - exclamou com um ar nostálgico o unicórnio.
        - Nós resolveremos isso amanhã. – disse a dama bocejando.
        - Será feito de acordo com a sua vontade! - murmurou o leão.
        No dia seguinte, no jardim, debaixo de um abrigo ricamente decorado, os companheiros combinam a
expedição pelo litoral. Assim, a dama e os animais partem à procura do segundo unicórnio que provavelmente
andaria triste, sozinho e perdido.
                                                                                                            nc
Ontem, eu encontrei uma Dama muito bela. Ela me acolheu com muita gentileza. Mas agora não sei
se eu fico ou se vou embora e passo a viver sozinho... Ela me propôs que passasse um dia inteiro com ela
para depois me decidir.

         O dia começou muito bem, fomos para a sala, ficamos a conversar durante muito tempo. Depois
fomos dar um passeio pelo parque. Sentamo-nos num campo cheio de flores e a Dama fez uma coroa com
flores. Quando ela terminou, eu sentei perto dela e ela começou a fazer-me festinhas. Depois de duas ou
três horas, voltamos ao castelo. A Dama me levou para uma sala onde eu já tinha ido: era a sala onde havia
o orgão portátil e onde ela tinha tocado música para mim na véspera. Ela tocou órgão muito bem, como se
tivesse feito isso a vida inteira! Fomos almoçar no parque, pegava numas balas e as dava aos seus pássaros
com muito amor e doçura. Almoçamos todos juntos, conversamos muito mas eu sempre estava com
dúvidas, não sabia se ia ficar ou se ia partir... Meditei durante muito tempo. A Dama viu que eu estava a
refletir muito e falou:
         - Porque pensas tanto?
         - Porque tenho um problema na cabeça!
         - Então, vamos fazer algo para resolver isso? Paras de pensar nisso!
         -Tudo bem...
Fomos depois para um lago e ficamos lá durante bastante tempo. Quando vi um animal a beber a água do
lago, lembrei-me do dia anterior e em como era triste ser rejeitado por todo o mundo. Então tomei a minha
decisão!

        Decidi o que queria fazer: queria ficar com a Dama! Lembrei-me da primeira vez em que nos
tínhamos encontrado: quando ela me mostrou um espelho com o meu reflexo nele e todos os animais
tinham ficado com medo de mim. Então, decidi ficar com a Dama.



                                                                                                   md
Algumas semanas mais tarde, o Unicórnio e a Dama tornaram-se inseparáveis e os outros
animais aperceberam-se que ela tomava mais conta do Unicórnio do que deles. Prepararam então um
plano para separar o Unicórnio da Dama Eleonor para ela voltar a tomar mais conta deles.
        Todas as manhãs, Eleonor punha o Unicórnio diante do espelho, porque o Unicórnio não
gostava de se mirar. Para acalmar o Unicórnio ela fazia-lhe festinhas. À tarde iam os dois dar uma
volta sozinhos. Mas certo dia chegou que não foi igual aos outros, pois os outros animais
acompanharam-nos nesse passeio.
         Quando o Unicórnio e a Eleonor adormeceram, os animais puseram o plano deles em ação:
levaram a Dama Eleonor para o palácio e deixaram o Unicórnio perdido na floresta. Quando o
Unicórnio acordou, apercebeu-se que estava sozinho e pensou que a Dama Eleonor já não gostava
dele. Entretanto, no forte, a Dama Eleonor acordou, na cama dela, e foi logo à procura do Unicórnio,
mas não o encontrou. Como estava tão triste fechou-se no seu quarto e não saiu durante alguns dias.
        Numa tarde, os animais foram ao quarto dela, e descobriram que ela tinha fugido na direção da
floresta cheia de perigos. Os animais foram à procura dela, mas sem sucesso e regressaram para o
forte muito tristes. A Eleonor ficou na floresta um dia. O Unicórnio sentira o cheiro dos cabelos da
Dama e então foi à procura dela. Encontrou-a adormecida e acabou por se deitar ao pé dela. Quando a
Dama Eleonor acordou, viu o Unicórnio. Os dois abraçaram-se e começaram a falar:
        - Porque me deixaste? - perguntou o Unicórnio .
        - Não te deixei! Quando acordei estava na minha cama. - disse Eleonor – essa é a verdade!
Depois de muito conversarem, Eleonor e o Unicórnio regressaram para o castelo, para junto dos
animais que ficaram muito contentes e pediram desculpas ao Unicórnio. Ele aceitou-as. A partir desse
dia viveram todos no forte muito contentes e sem inveja do Unicórnio.



                                                                                         laranja
A Dama e o Unicórnio

          Sofia nasceu numa família muito rica, nobre e poderosa. Ela tinha quase tudo
   o que queria: uma escrava, muitos brinquedos, etc. Mas as duas coisas que Sofia
   mais queria possuir, não podia tê-las. A jovem queria ter liberdade para ir à floresta,
   o que era muito perigoso, e queria andar a cavalo, mas uma mulher não andava a
   cavalo!
          Aos dezoito anos, Sofia decidiu cumprir um dos seus sonhos: ir à floresta.
   Durante a noite, quando toda a gente estava adormecida, ela foi descobrir a floresta.
   Na floresta profunda, a jovem viu, a dado momento, algo a mexer. Não podia voltar
   atrás, pois o caminho parecia mudar cada vez que passava nele. Tentou ficar
   acordada toda a noite, mas, exausta com a caminhada, acabou por adormecer.
   Quando acordou, um cavalo branco estava inclinado ao lado dela. Ela levantou-se e
   apercebeu-se que era um unicórnio. Espantada, montou-o e o unicórnio começou a
   fazer-lhe visitar a floresta. Passados alguns dia, Sofia decidiu voltar a casa. Quando
   chegou, a família não teve tempo para se espantar com o animal, pois o pai estava a
   morrer.
          Quando o pai morreu, Sofia ficou toda a vida no palácio, com o seu
   unicórnio, a tocar musica e a pentear o seu animal.


                                                                                   ft
Depois de terem conversado a Dama foi dormir porque já era tarde e o Unicórnio também foi deitar-se. Quando
acordaram no dia seguinte, estavam juntinhos e o Unicórnio perguntou à Dama:
        - Mas qual é o seu nome?
        - O meu nome é Ana e tu? - perguntou a Dama.
        - Que bonito. O meu é Mário!
Enquanto eles conversavam, uma aia preparava o pequeno-almoço. Ana e Mário foram comer e depois quiseram fazer um bolo:
        - Eu vou buscar os ingredientes! - disse a Ana.
        - Eu vou esquentar o forno! - disse Mário.
Quando o Mário foi esquentar o forno, o Macaco chegou à cozinha e disse:
        - Que animal és tu? És estranho!
        - Eu sou um Unicórnio e me chamo Mário. – disse o Mário.
        - Que feio tu és! O que vais fazer? - perguntou o Macaco.
        -Vou esquentar o forno. – falou o Mário.
        -Não te vais queimar? - perguntou o Macaco.
Mário esquentou o forno sem escutar o Macaco, tocou no forno e se queimou. Depois fizeram o bolo. Retiraram-no do forno
quando ouviram tocar o temporisador. Acharam que o bolo estava muito cheiroso e viram que era enorme. Provaram-no e
acharam-no uma delícia:
        - Mmmmmm... este bolo está delicioso! - disse o Mário.
        - E tão cheiroso! - exclamou Ana.
        - Só que eu toquei e está muito quente! - falou o Mário.
        - E tu já viste como ele é enorme? - perguntou Ana.
        - Sim e quero comê-lo todo! - disse o Mário.
        - É melhor não! Senão vais ficar com dores de barriga! - aconselhou a Ana.
Mas mesmo assim, apesar do conselho da Dama, Mário comeu todo o bolo e no dia seguinte teve muita dor de barriga:
        - Tens razão! Estou com muita dor de barriga.
        Agora todo o fim de semana fazem um bolo juntos e o Mário escuta com mais atenção o que lhe dizem e nunca mais se
queimou… nem teve dor de barriga!

                                                                                                          morango
Fazia dois meses que a Dama e o Unicórnio se tinha encontrado. Desde então o
Unicórnio vivia no castelo .
       - Já recebi as tapeçarias que tinha mandado fazer sobre o nosso encontro. Estão
maravilhosas, mas não vou pô-las ainda no castelo. Este calor é infernal , não achas? -
pergunta a Dama ao Unicórnio amigo.
       - Não, eu gosto, pois faz-me lembrar-me a praia onde nasci, onde há todo o tipo de
criaturas como sereias...
       -Sereias ?! Eu adorava ver uma !
       -Aceito, eu posso levar-te a ver uma que vive na praia, a dois passos do castelo!
A Dama e o unicórnio dirigiram-se então para a praia onde passaram a tarde inteira a procura
da sereia, ate que :
       - Olha, está ali uma! Olha , Unicórnio! – exclamava correndo na direção da sereia.
       - Anne, não ! – gritava o Unicórnio – É perigoso para um ser humano aproximar-se
tanto de uma sereia !
Anne não ligou ao que o Unicórnio lhe dizia, e continuou a correr para a sereia como
que encantada pelo seu canto maquiavélico. A Dama atirou-se ao mar para tentar tocar-lhe
sem que o Unicórnio tivesse tempo para a impedir, acabando por afogar-se. No momento do
afogamento, pela cabeça da Dama passaram todos os momentos que tinha passado com
Unicórnio. Este desesperado, acabou por atirar-se ao mar de onde nunca mais voltou a sair.
       A única prova da amizade entre ambos é a tapeçaria que a jovem tinha mandado fazer e
que hoje esta exposta no museu da Idade Média, em Paris.

                                                                              miss.mary0089
Era uma vez um Unicórnio que encontrou uma princesa. A princesa gostou muito do Unicórnio
porque era diferente dos outros animais; então, para se lembrar desse animal maravilhoso toda a vida,
decidiu mandar fazer tapeçarias que a representariam com o Unicórnio…

         Esta princesa era muito rica, tinha um castelo só para ela, empregados e guardas também… Então
mandou fazer as suas tapeçarias em Bruxelas, a cidade onde se faziam as melhores tapeçarias do mundo, na
Idade Média. Nas tapeçarias queria representar a vida, e por isso escolheu os cincos sentidos. Quando já
tinha as tapeçarias, apercebeu-se que o Unicórnio não era muito feliz, fechado com os outros animais no
castelo. Mas a princesa não queria que o Unicórnio partisse para a floresta, queria encomendar ainda outras
tapeçarias… Decidiu mandar fazer uma grande tapeçaria que representaria a separação entre ela e o
Unicórnio… Queria representar a razão. Na tapeçaria, apareceria a arrumar as suas coisas como se fosse
embora e deixasse o Unicórnio… Vai deixar o Unicórnio em liberdade, não vais ser má para com ele,
obrigando-o a viver fechado no seu castelo! O Unicórnio ficou feliz por partir e por poder viver de novo em
liberdade. Estava no entanto um bocadinho triste porque a princesa sempre o tinha tratado muito bem… Por
isso decidiu ir visitá-la todos os domingos. A princesa ficou tão feliz com a decisão do Unicórnio que
decidiu também organizar um grande banquete todos os domingos, para receber o Unicórnio com todos os
outros animais.

        O Unicórnio passou de novo a viver na floresta e os outros animais deixaram de ter medo dele e
passaram a venerá-lo como se fosse um deus. Todos os domingos, tal como prometido, ia ao castelo, ao
grande banquete organizado pela princesa. O Unicórnio maravilhoso, magnífico e belíssimo passou a ser
um animal apreciado pelos outros animais. Toda gente queria vê-lo, mas tal encontro ficava reservado a
umas quantas pessoas privilegiadas. Apenas a princesa e os cortesãos viviam maravilhosos domingos que
ficaram perpetuados até hoje em seis tapeçarias medievais.




                                                                                                          aa
Depois de ter descoberto que tinha cincos sentidos, o Unicórno brinca com eles.
Com o gosto, ele passa o seu tempo a comer tudo o que quer e quando quer.
Com o tato, ele brinca com todos os animais acariciando-os e depois batendo-lhes.
Com o olfato, ele cheira toda a comida para depois dar a cheirar, as coisas mais desagradáveis ao nariz dos
outros.
Com o ouvido, ele escuta todas as discussões e vai contar tudo o que ouviu a quem quiser ouvir.
Com a vista, ele vê as pessoas levantarem-se todas as manhãs com novos botões na cabeça e depois vai
dizê-lo por todo o lado para que se troce dos que têm botões.
Depois de três semanas a rir e brincar com os seus sentidos, a Dama resolve vir falar com o Unicórnio:
- Porque é que incomodas as pessoas com os teus sentidos?
- Pelo prazer de brincar e rir!
- Os cincos sentidos não são feitos para isso. Se tu comes muito, vais terminar por parecer uma baleia. Se
bates muito nas pessoas, mais tarde são elas que vão começar a bater-te. Se metes a má comida no nariz dos
outros, eles vão fazer-te a mesma coisa. Se escutas as discussões privadas, os outros já não vão confiar em
ti. Se troças dos botões dos outros, elas vão acabar por troçar dos teus.
-Ah! Já compreendi que não devo continuar!
- Muito bem! Agora deixo-te em paz.
 Depois dessa conversa, o Unicórnio deixou de incomodar e os outros começaram a viver em paz.




                                                                                                      gogo
lolita
Trabalhos realizados pelos
      alunos da turma de 7º ano (2011-2012)
                       da Secção Portuguesa
do Liceu Internacional de Saint-Germain-en-
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Dama e o unicornio (turma de 7º ano)

  • 1. Textos criativos Dama e o unicórnio
  • 2. A Dama e o Unicórnio eram amigas inseparáveis. Ela tinha encontrado o Unicórnio no seu castelo e tinha ficado maravilhada com esse animal mítico. O Unicórnio também tinha ficado muito feliz porque a Dama era a primeira a pessoa a ter-lhe dado atenção. A Dama impressionava-o com a sua beleza: lindos cabelos de ouro mantidos com tiaras de diamante, uma cara fina, uma pele doce como as rosas… Um dia, andavam a passear. Foram os dois até uma tenda no jardim. Era uma tenda em seda azul, ricamente decorada e plantada no meio de um pomar. Os pássaros voavam por cima dela como se estivessem a guardá-la. Quando entraram, sentaram-se num sofá de seda vermelha. O Unicórnio pôs-se a observar o interior da tenda: estava decorado com tapeçarias, também de cor vermelha. No chão, coelhinhos e cães passeavam livremente. Os móveis eram de madeira vermelha e certos espaços estavam também pintados de vermelho. A Dama pegou num coelho e chamou a aia para que lhe fosse buscar uns rebuçados. Depois, os dois começaram a falar. A Dama era filha de um rico senhor que adorava caçar e não se preocupava com ela. O Unicórnio vinha de um país mágico, do mar, onde só viviam unicórnios. Mas ele tinha decidido ir conhecer o mundo e os outros animais. Quando anoiteceu, a Dama ofereceu um quarto ao Unicórnio e ambos foram-se deitar. Passaram-se várias semanas. O Unicórnio era muito mal recebido pelos habitantes das terras. Todos pensavam que uma criatura assim só podia ter ligação com o demónio. Quando o viam, gritavam, fugiam e atiravam-lhe lixo e porcarias. Quando o pai da Dama voltou das suas caçadas, quis matá-lo para o oferecer ao rei. A Dama foi obrigada a esconder o animal na cave onde o animal ficou tristíssimo. Só podia sair à noite. Um dia, a Dama decidiu devolver o Unicórnio ao mar. Estavam ambos muito tristes, mas pensaram que era a melhor solução. Na tarde escolhida para se separem, a Dama e o Unicórnio chegaram à beira do mar. O Unicórnio deu um passo em direção às ondas. Antes de desaparecer completamente da superfície da água, voltou-se uma última vez e fez um movimento com o chifre para dizer adeus. Depois desapareceu. A Dama voltou ao castelo a chorar a partida do seu amigo. Uma lágrima caiu no chão. A Dama olhou para ela, espantada: tinha a forma de um coração... leonor
  • 3. No dia de Páscoa, Joana, a Dama, e o Unicórnio andavam a passear na floresta. Sentaram-se no chão e falaram horas e horas, como era hábito neles: - Olha lá para esta árvore! Não achas que é belíssima?- disse a Joana- Quando era pequena, vinha quase todos os dias aqui, com o meu cavalito. - É mesmo linda! E parece ter um chifre, como eu! - Nunca tinha reparado! Uau ! Que belo chifre. - Já provaste morangos? - perguntou o Unicórnio, mudando completamente de assunto. - Não, o que é isso ? - É uma fruta de cor do sangue. É a minha fruta preferida. Prova! Eu tenho a certeza que vais adorar A Joana prova o morango que o seu amigo, o Unicórnio, lhe deu. E come logo de seguida mais três. - Que bom! Hum! De repente, ouvem um barulho que vem de um arbusto ao lado deles. - Devia ser algum coelho ou um macaco. - diz o Unicórnio. - É! Olha essa joaninha! São tão lisas as suas asas! Adoro tocá-las. - Realmente! Muito lisas! - diz o Unicórnio, tocando a joaninha. A aia da Joana chega entretanto com o seu órgão e toca para que repousassem ao som da música. Joana deita-se ao lado do Unicórnio. - Cheiras a baunilha! - Obrigado. E tu cheiras a uma jovem virgem. - Ha, ha! - ri-se Joana. O Unicórnio ouve outro barulho, mas desta vez, era um tiro. Uns vassalos da Dama vinham matá-la porque consideravam que a Dama era uma bruxa por aceitar dar guarida no seu forte a "um monstro branco com chifre". O Unicórnio levou a Joana até uma gruta onde costumava esconder-se, quando os animais o perseguiam. Defendeu a Dama até morrer. Joana conseguiu entretanto fugir para um forte vizinho onde foi muito bem acolhida. Até lhe deram um esposo. Esse esposo deu-lhe um filho. A quem chamaram Morango, em honra do seu amigo Unicórnio, porque sem ele, nunca esse Morango teria nascido. vivid
  • 4. No dia seguinte, a Dama foi ver o Unicórnio à sala de música. Ele estava feliz por não ser rejeitado pela Dama. - Olá,Unicórnio! Passaste uma boa noite? - Sim, obrigada Dama! - Unicórnio, não me chames Dama, o meu nome é Margarida! - Está bem, Margarida! - E se fôssemos passear na floresta? - Boa ideia, Margarida.Vamos! Estava um dia lindo, quente e claro. A floresta estava muito clara, ouviam-se no entanto os pássaros a gritar: - Mas, como é possível o monstro estar com a Dama Margarida?! Quando chegaram à floresta, o Unicórnio avistou o Macaco e o Leão. - Olha, Margarida, o Leão e o Macaco! - Ah, sim, anda, vamos ter com eles! Os dois amigos gritaram: - Oh...hé! Leão! Macaco! Os dois animais viraram-se e ficaram a aguardá-los. O Leão era bonzinho e muito carinhoso. Ele tinha um pelo muito grosso e fofo. O Macaco também era bom, mas era estranho, só gostava de cócegas! - Ahhh! Quem é este monstro?! - perguntaram o Macaco e o Leão. - Leão! Macaco! Parem, ele é meu amigo! – explicou a Dama. - Ah, então desculpa... O Unicórnio propôs à Margarida que se sentassem. Procuraram um espaço onde havia erva para o fazerem. Já sentados, a Margarida acariciou o Unicórnio mas também o Leão para não haver ciúmes. O Unicórnio quis ver-se outra vez no espelho para compreender porque é que toda a gente o achava tão diferente, tão monstruoso. - Já sei...- anunciou de repente. - O quê? Já sabes o quê? - perguntou o Leão. - Já sei por que é que sou tão diferente dos outros cavalos. - Porquê? - interrogou-o a Margarida. - Porque tenho um chifre na cabeça... - Mas isso não faz mal! - disseram a Margarida, o Leão e o Macaco ao mesmo tempo. A Margarida levantou-se e foi até uma tenda para sair logo em seguida com rebuçados e amêndoas. Ouviu-se em seguida um papagaio a chegar. Pousou num ramo e a Margarida ofereceu-lhe também amêndoas cobertas de mel! Todos estavam contentes, sobretudo o Unicórnio que conseguiu arranjar pela primeira vez amigos e não ser julgado injustamente pelos outros animais. Passou a viver no Forte com a Margarida beneficiando do respeito de todos. melancia
  • 5. Nessa manhã, a dama levantou-se com o unicórnio nos braços, o seu sonho realizara-se. Ela passou toda noite assustada na perigosa floresta, para, de manhã, ver o ser que tanto queria. Mas já há dois dias que a dama não ia a casa, ela estava colada ao unicórnio. Muitas pessoas a foram procurar, mas ninguém a viu. A dama não queria despegar-se de um tão lindo unicórnio, quase se apaixonou por ele e ele também quase se apaixonou por ela. A dama decidira criar uma pequena cabana no fundo do bosque para ali viver com o unicórnio. A vida seria muita mais fácil ali do que no castelo, onde tinha de ser sempre perfeita em tudo o que fazia. Na cabana, não tinha com que se incomodar. Os dias eram quase todos iguais, sempre bons. Todos os dias se levantava perto do unicórnio, tomavam o pequeno-almoço juntos, iam fazer colheitas, depois ela penteava-o e colocava-o diante do espelho. Depois do almoço, na parte tarde, ela cantava e tocava um instrumento para o unicórnio adormecer. Na parte da tarde também corriam entre as flores e cheiravam o perfume de cada umas delas. Antes de jantar, a dama dava de comer aos pássaros. E antes de adormecer, ela tocava no chifre do unicórnio para o sentir melhor. Assim vivia uma linda vida com o unicórnio dos seus sonhos. Mas para isso teve de desaparecer do castelo e nunca mais voltar! candy
  • 6. Na Idade Média, dizia-se que se as mulheres dormissem na profunda floresta, no dia seguinte apareceria um Unicórnio ao lado delas. Um Unicórnio chamado Jacinto, sempre que via animais, estes diziam-lhe para se ir embora porque o Jacinto era feio e estranho. Desesperado por ninguém gostar dele, Jacinto encontrou uma fortaleza onde vivia uma princesa que queria tomar conta dele. O Unicórnio ficou surpreendido porque só ela queria travar amizade com ele. O Jacinto era o animal preferido da princesa, e ela queria representar os cinco sentidos em tapeçarias. Certo dia, Jacinto galopando pela floresta, encontrou uma Unicórnia que estava cheia de sangue na perna. Foi então ver a princesa para lhe dizer, com gestos, que havia uma Unicórnia ferida no bosque. A princesa foi com o Jacinto ver o que é que ela tinha. O Unicórnio disse havia gente que a queria matar. A princesa tomou a decisão de levar a Unicórnia com eles para a fortaleza. Resolveu então pedir ao rei ajuda. Quando o rei chegou, ele estava furioso pelo facto da princesa ter adotado dois Unicórnios! A princesa disse que eles se iriam embora depois da Unicórnia estar curada! O rei-pai disse-lhe que estava de acordo. Na manhã seguinte, a princesa disse aos Unicórnios que deviam fugir por causa do pai porque se não o fizessem o rei iria matá-los! Eles fugiram do castelo, com imensa tristeza por se irem embora! Fugiram para muito, muito longe da casa da princesa e encontraram um espaço para viver tranquilamente. Tiveram bebés e deixaram de ter problemas com os homens Viveram muitos tranquilos para o resto da vida ! juju
  • 7. A Dama e o Unicórnio tornaram-se grandes amigos, pareciam até irmãos. O Unicórnio também fez amizade com os macacos, os coelhos, os cavalos que viviam no castelo da Dama. Ele decidiu ficar com eles, e formaram uma família grande e unida. Porém, um dia, o Unicórnio descobriu que todas as pessoas pensavam que os unicórnios eram animais selvagens, e que só uma rapariga pura podia ser amiga deles. O Unicórnio ficou furioso ao saber que algumas pessoas (as que não eram suas amigas) ainda achavam que ele era um monstro. Ele ficou tão furioso que derrubou mesas, cadeiras, estantes e foi correndo para a floresta. A Dama decidiu ir buscá-lo, e aos que a queriam impedir, disse: - Eu sou a Dama deste castelo, então decido o que quero fazer! Assim disse e assim fez. Passou a noite na floresta, à procura do Unicórnio. Acabou por adormecer, já a noite ia bem alta quando acordou. A sua cabeça repousava em cima do peito do Unicórnio. Ele disse para ela, com uma voz triste: - Você não deveria ter vindo para a floresta. Ao que a Dama respondeu: -Eu queria que você voltasse, e também queria dizer-lhe que não importa o que os outros pensam de você, porque você ficará para sempre o meu Unicórnio! -Verdade? -Claro que é verdade, eu nunca digo mentiras. Fizeram então coroas de cravos e de rosas para todos os animais, e aproveitaram para respirar o perfume das flores. Aproveitaram também esse momento tranquilo para comer os pêssegos que tinham visto nalgumas árvores, para ouvir o canto dos pássaros, para observar a linda natureza que respirava na floresta. Aproveitaram finalmente para tocar nas lindas espécies de flores muito raras que tinham descoberto juntos. Ao fim do dia, voltaram para o Forte da Dama. Foram muito bem recebidos e brincaram todos juntos: a Dama, o Unicórnio, os macacos, os coelhos, os cavalos... Brincaram à apanhada e às escondidas. A partir desse dia, o Unicórnio viveu sempre em paz e em harmonia com todos os outros animais. Ficaram felizes até ao fim dos tempos! op
  • 8. Depois de se terem encontrado, a Dama e o Unicórnio tornaram-se nos melhores amigos do mundo. Faziam tudo juntos. Num dado momento, o leão, o cão e o coelho, ficaram furiosos porque a Dama já não os ia visitar, por causa do Unicórnio. Então decidiram matar o Unicórnio. Dentro do seu castelo, a Dama, que se chamava Teodora, passava o tempo a brincar com o Unicórnio. Sentiam-se muito próximos um do outro, porque tinham sempre as mesmas ideias, para as brincadeiras. A Dama estava tão próxima dele que até lhe deu um nome: Bernardo. Teodora, certo dia, propôs a Bernardo fazerem uma corrida, e ele aceitou logo. Saíram juntos do castelo e Teodora disse: -Bernardo, eu faço a corrida contigo, mas a cavalo, porque senão já sei que vou perder. -Está bem. - respondeu Bernardo - Eu vou correr a pé. -Vamos começar no castelo e vamos acabar na floresta! - explicou Teodora. - Sim, assim vamos divertir-nos muito a correr! - respondeu Bernardo. Os dois prepararam-se e começaram a correr. Entretanto, os animais todos furiosos e invejosos de Bernardo, reuniram-se para terem uma conversa sobre o que iam fazer a Bernardo. Decidiram esperá-lo para o matar com uma faca, que tinham encontrado no chão. Quando Bernardo e Teodora terminaram a corrida, ganha por Bernardo, Teodora disse: - E se fôssemos comer no jardim, porque esta corrida abriu-me o apetite? -Sim! - respondeu Bernardo cheio de fome. - Vamos comer. Então os dois amigos foram comer no jardim, servidos pela aia, que os serviu. Depois foram brincar, mirar-se ao espelho. Também deram grãos aos pássaros, e por fim foram descansar. Depois de terem descansado, Bernardo foi ao jardim e Teodora foi à cozinha. Os animais ao verem Bernardo sair do castelo, rodearam-no. Teodora viu e saiu do castelo. Perguntou aos animais: -Porque é que vocês querem matar o Bernardo? -Porque já não gostas de nós! - responderam eles magoados. E a conversa foi continuando até terem esclarecido o assunto. Bernardo quase a chorar foi ver Teodora para lhe agradecer o que fizera por ele, e todos os animais foram pedir desculpas a Bernardo. Este perdoou e todos se tornaram amigos até morrerem. trato
  • 9. A dama e o unicórnio estão no jardim do castelo em companhia dos outros animais da dama, a divertirem- se num dia de sol. Mas o que ninguém sabe é que a dama tem de lhes comunicar uma fantástica notícia . - Que lindo dia! - exclama o leão. - Que doces maravilhosos! - acrescenta o macaco. - Até se ouvem os pássaros! - diz o cão. - As flores cheiram tão bem... - ronrona o gato. - E sem esquecer esta erva macia. - lembra o unicórnio. Os amigos e a dama passam um dia feliz entre passeios, doces, conversas, jogos e risos. No final do dia, à beira da chaminé, a dama estava a pentear-se enquanto o macaco narrava a sua vida anterior com os trovadores, os ursos e os outros macacos. No meio da narração, a dama interrompe-o, o que nunca fazia , e anuncia-lhes: - Na minha última viagem à Corte de Carlos VII encontrei uma criatura como tu, unicórnio. Exatamente como tu, mas o pelo branco tinha reflexos rosados e o teu pelo tem reflexos azulados. Estava ainda molhada porque saía do mar. - Não acredito que exista outra criatura horrorosa como o unicórnio! - cacarejou a galinha que não gostava dele. - Eu sim. O fundo do mar está cheio de peixes gigantes com um dente enorme e ao chegarem à terra metamorfoseiam-se em unicórnios, como eu, mas ninguém arrisca a vida ao chegar perto da margem. - respondeu, com um ar sonhador o unicórnio. - Quer dizer que tu és um peixe ?!- perguntaram gritando incrédulos o cão e o gato. - Eu era assim! Agora não posso transformar-me de novo num peixe... Eu gostava de encontrar esse outro unicórnio, para ele não ficar tão triste como eu! - exclamou com um ar nostálgico o unicórnio. - Nós resolveremos isso amanhã. – disse a dama bocejando. - Será feito de acordo com a sua vontade! - murmurou o leão. No dia seguinte, no jardim, debaixo de um abrigo ricamente decorado, os companheiros combinam a expedição pelo litoral. Assim, a dama e os animais partem à procura do segundo unicórnio que provavelmente andaria triste, sozinho e perdido. nc
  • 10. Ontem, eu encontrei uma Dama muito bela. Ela me acolheu com muita gentileza. Mas agora não sei se eu fico ou se vou embora e passo a viver sozinho... Ela me propôs que passasse um dia inteiro com ela para depois me decidir. O dia começou muito bem, fomos para a sala, ficamos a conversar durante muito tempo. Depois fomos dar um passeio pelo parque. Sentamo-nos num campo cheio de flores e a Dama fez uma coroa com flores. Quando ela terminou, eu sentei perto dela e ela começou a fazer-me festinhas. Depois de duas ou três horas, voltamos ao castelo. A Dama me levou para uma sala onde eu já tinha ido: era a sala onde havia o orgão portátil e onde ela tinha tocado música para mim na véspera. Ela tocou órgão muito bem, como se tivesse feito isso a vida inteira! Fomos almoçar no parque, pegava numas balas e as dava aos seus pássaros com muito amor e doçura. Almoçamos todos juntos, conversamos muito mas eu sempre estava com dúvidas, não sabia se ia ficar ou se ia partir... Meditei durante muito tempo. A Dama viu que eu estava a refletir muito e falou: - Porque pensas tanto? - Porque tenho um problema na cabeça! - Então, vamos fazer algo para resolver isso? Paras de pensar nisso! -Tudo bem... Fomos depois para um lago e ficamos lá durante bastante tempo. Quando vi um animal a beber a água do lago, lembrei-me do dia anterior e em como era triste ser rejeitado por todo o mundo. Então tomei a minha decisão! Decidi o que queria fazer: queria ficar com a Dama! Lembrei-me da primeira vez em que nos tínhamos encontrado: quando ela me mostrou um espelho com o meu reflexo nele e todos os animais tinham ficado com medo de mim. Então, decidi ficar com a Dama. md
  • 11. Algumas semanas mais tarde, o Unicórnio e a Dama tornaram-se inseparáveis e os outros animais aperceberam-se que ela tomava mais conta do Unicórnio do que deles. Prepararam então um plano para separar o Unicórnio da Dama Eleonor para ela voltar a tomar mais conta deles. Todas as manhãs, Eleonor punha o Unicórnio diante do espelho, porque o Unicórnio não gostava de se mirar. Para acalmar o Unicórnio ela fazia-lhe festinhas. À tarde iam os dois dar uma volta sozinhos. Mas certo dia chegou que não foi igual aos outros, pois os outros animais acompanharam-nos nesse passeio. Quando o Unicórnio e a Eleonor adormeceram, os animais puseram o plano deles em ação: levaram a Dama Eleonor para o palácio e deixaram o Unicórnio perdido na floresta. Quando o Unicórnio acordou, apercebeu-se que estava sozinho e pensou que a Dama Eleonor já não gostava dele. Entretanto, no forte, a Dama Eleonor acordou, na cama dela, e foi logo à procura do Unicórnio, mas não o encontrou. Como estava tão triste fechou-se no seu quarto e não saiu durante alguns dias. Numa tarde, os animais foram ao quarto dela, e descobriram que ela tinha fugido na direção da floresta cheia de perigos. Os animais foram à procura dela, mas sem sucesso e regressaram para o forte muito tristes. A Eleonor ficou na floresta um dia. O Unicórnio sentira o cheiro dos cabelos da Dama e então foi à procura dela. Encontrou-a adormecida e acabou por se deitar ao pé dela. Quando a Dama Eleonor acordou, viu o Unicórnio. Os dois abraçaram-se e começaram a falar: - Porque me deixaste? - perguntou o Unicórnio . - Não te deixei! Quando acordei estava na minha cama. - disse Eleonor – essa é a verdade! Depois de muito conversarem, Eleonor e o Unicórnio regressaram para o castelo, para junto dos animais que ficaram muito contentes e pediram desculpas ao Unicórnio. Ele aceitou-as. A partir desse dia viveram todos no forte muito contentes e sem inveja do Unicórnio. laranja
  • 12. A Dama e o Unicórnio Sofia nasceu numa família muito rica, nobre e poderosa. Ela tinha quase tudo o que queria: uma escrava, muitos brinquedos, etc. Mas as duas coisas que Sofia mais queria possuir, não podia tê-las. A jovem queria ter liberdade para ir à floresta, o que era muito perigoso, e queria andar a cavalo, mas uma mulher não andava a cavalo! Aos dezoito anos, Sofia decidiu cumprir um dos seus sonhos: ir à floresta. Durante a noite, quando toda a gente estava adormecida, ela foi descobrir a floresta. Na floresta profunda, a jovem viu, a dado momento, algo a mexer. Não podia voltar atrás, pois o caminho parecia mudar cada vez que passava nele. Tentou ficar acordada toda a noite, mas, exausta com a caminhada, acabou por adormecer. Quando acordou, um cavalo branco estava inclinado ao lado dela. Ela levantou-se e apercebeu-se que era um unicórnio. Espantada, montou-o e o unicórnio começou a fazer-lhe visitar a floresta. Passados alguns dia, Sofia decidiu voltar a casa. Quando chegou, a família não teve tempo para se espantar com o animal, pois o pai estava a morrer. Quando o pai morreu, Sofia ficou toda a vida no palácio, com o seu unicórnio, a tocar musica e a pentear o seu animal. ft
  • 13. Depois de terem conversado a Dama foi dormir porque já era tarde e o Unicórnio também foi deitar-se. Quando acordaram no dia seguinte, estavam juntinhos e o Unicórnio perguntou à Dama: - Mas qual é o seu nome? - O meu nome é Ana e tu? - perguntou a Dama. - Que bonito. O meu é Mário! Enquanto eles conversavam, uma aia preparava o pequeno-almoço. Ana e Mário foram comer e depois quiseram fazer um bolo: - Eu vou buscar os ingredientes! - disse a Ana. - Eu vou esquentar o forno! - disse Mário. Quando o Mário foi esquentar o forno, o Macaco chegou à cozinha e disse: - Que animal és tu? És estranho! - Eu sou um Unicórnio e me chamo Mário. – disse o Mário. - Que feio tu és! O que vais fazer? - perguntou o Macaco. -Vou esquentar o forno. – falou o Mário. -Não te vais queimar? - perguntou o Macaco. Mário esquentou o forno sem escutar o Macaco, tocou no forno e se queimou. Depois fizeram o bolo. Retiraram-no do forno quando ouviram tocar o temporisador. Acharam que o bolo estava muito cheiroso e viram que era enorme. Provaram-no e acharam-no uma delícia: - Mmmmmm... este bolo está delicioso! - disse o Mário. - E tão cheiroso! - exclamou Ana. - Só que eu toquei e está muito quente! - falou o Mário. - E tu já viste como ele é enorme? - perguntou Ana. - Sim e quero comê-lo todo! - disse o Mário. - É melhor não! Senão vais ficar com dores de barriga! - aconselhou a Ana. Mas mesmo assim, apesar do conselho da Dama, Mário comeu todo o bolo e no dia seguinte teve muita dor de barriga: - Tens razão! Estou com muita dor de barriga. Agora todo o fim de semana fazem um bolo juntos e o Mário escuta com mais atenção o que lhe dizem e nunca mais se queimou… nem teve dor de barriga! morango
  • 14. Fazia dois meses que a Dama e o Unicórnio se tinha encontrado. Desde então o Unicórnio vivia no castelo . - Já recebi as tapeçarias que tinha mandado fazer sobre o nosso encontro. Estão maravilhosas, mas não vou pô-las ainda no castelo. Este calor é infernal , não achas? - pergunta a Dama ao Unicórnio amigo. - Não, eu gosto, pois faz-me lembrar-me a praia onde nasci, onde há todo o tipo de criaturas como sereias... -Sereias ?! Eu adorava ver uma ! -Aceito, eu posso levar-te a ver uma que vive na praia, a dois passos do castelo! A Dama e o unicórnio dirigiram-se então para a praia onde passaram a tarde inteira a procura da sereia, ate que : - Olha, está ali uma! Olha , Unicórnio! – exclamava correndo na direção da sereia. - Anne, não ! – gritava o Unicórnio – É perigoso para um ser humano aproximar-se tanto de uma sereia ! Anne não ligou ao que o Unicórnio lhe dizia, e continuou a correr para a sereia como que encantada pelo seu canto maquiavélico. A Dama atirou-se ao mar para tentar tocar-lhe sem que o Unicórnio tivesse tempo para a impedir, acabando por afogar-se. No momento do afogamento, pela cabeça da Dama passaram todos os momentos que tinha passado com Unicórnio. Este desesperado, acabou por atirar-se ao mar de onde nunca mais voltou a sair. A única prova da amizade entre ambos é a tapeçaria que a jovem tinha mandado fazer e que hoje esta exposta no museu da Idade Média, em Paris. miss.mary0089
  • 15. Era uma vez um Unicórnio que encontrou uma princesa. A princesa gostou muito do Unicórnio porque era diferente dos outros animais; então, para se lembrar desse animal maravilhoso toda a vida, decidiu mandar fazer tapeçarias que a representariam com o Unicórnio… Esta princesa era muito rica, tinha um castelo só para ela, empregados e guardas também… Então mandou fazer as suas tapeçarias em Bruxelas, a cidade onde se faziam as melhores tapeçarias do mundo, na Idade Média. Nas tapeçarias queria representar a vida, e por isso escolheu os cincos sentidos. Quando já tinha as tapeçarias, apercebeu-se que o Unicórnio não era muito feliz, fechado com os outros animais no castelo. Mas a princesa não queria que o Unicórnio partisse para a floresta, queria encomendar ainda outras tapeçarias… Decidiu mandar fazer uma grande tapeçaria que representaria a separação entre ela e o Unicórnio… Queria representar a razão. Na tapeçaria, apareceria a arrumar as suas coisas como se fosse embora e deixasse o Unicórnio… Vai deixar o Unicórnio em liberdade, não vais ser má para com ele, obrigando-o a viver fechado no seu castelo! O Unicórnio ficou feliz por partir e por poder viver de novo em liberdade. Estava no entanto um bocadinho triste porque a princesa sempre o tinha tratado muito bem… Por isso decidiu ir visitá-la todos os domingos. A princesa ficou tão feliz com a decisão do Unicórnio que decidiu também organizar um grande banquete todos os domingos, para receber o Unicórnio com todos os outros animais. O Unicórnio passou de novo a viver na floresta e os outros animais deixaram de ter medo dele e passaram a venerá-lo como se fosse um deus. Todos os domingos, tal como prometido, ia ao castelo, ao grande banquete organizado pela princesa. O Unicórnio maravilhoso, magnífico e belíssimo passou a ser um animal apreciado pelos outros animais. Toda gente queria vê-lo, mas tal encontro ficava reservado a umas quantas pessoas privilegiadas. Apenas a princesa e os cortesãos viviam maravilhosos domingos que ficaram perpetuados até hoje em seis tapeçarias medievais. aa
  • 16. Depois de ter descoberto que tinha cincos sentidos, o Unicórno brinca com eles. Com o gosto, ele passa o seu tempo a comer tudo o que quer e quando quer. Com o tato, ele brinca com todos os animais acariciando-os e depois batendo-lhes. Com o olfato, ele cheira toda a comida para depois dar a cheirar, as coisas mais desagradáveis ao nariz dos outros. Com o ouvido, ele escuta todas as discussões e vai contar tudo o que ouviu a quem quiser ouvir. Com a vista, ele vê as pessoas levantarem-se todas as manhãs com novos botões na cabeça e depois vai dizê-lo por todo o lado para que se troce dos que têm botões. Depois de três semanas a rir e brincar com os seus sentidos, a Dama resolve vir falar com o Unicórnio: - Porque é que incomodas as pessoas com os teus sentidos? - Pelo prazer de brincar e rir! - Os cincos sentidos não são feitos para isso. Se tu comes muito, vais terminar por parecer uma baleia. Se bates muito nas pessoas, mais tarde são elas que vão começar a bater-te. Se metes a má comida no nariz dos outros, eles vão fazer-te a mesma coisa. Se escutas as discussões privadas, os outros já não vão confiar em ti. Se troças dos botões dos outros, elas vão acabar por troçar dos teus. -Ah! Já compreendi que não devo continuar! - Muito bem! Agora deixo-te em paz. Depois dessa conversa, o Unicórnio deixou de incomodar e os outros começaram a viver em paz. gogo
  • 18. Trabalhos realizados pelos alunos da turma de 7º ano (2011-2012) da Secção Portuguesa do Liceu Internacional de Saint-Germain-en- Laye (França)