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2 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 3
4 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
Especial
Marília (SP)
08
40
Capa:
Gal, a mutante voltou
Damha News:
Novidades e notícias da Damha
Economia:
Por que o planejamento financeiro falha?
Gastronomia:
Cozinhando para tocar a alma
Moda:
O importante é manter o tom
Dia das Mães:
O nascimento de uma mãe
Música:
Uma joia dos sentidos
Bairro Sustentável:
Ações do programa nas comunidades
Damha Golf News:
É hora de jogar golfe
Faça o Bem:
O resgate da autoestima
PET:
Sol, água e muita segurança
Varal Cultural:
Dicas e novidades
Aconteceu
Eventos que marcaram os residenciais
28
31
35
36
46
56
58
66
72
75
84
88
Índice
78
Arquitetura:
Unindo o útil ao agradável
Perfil Morador:
Paulo Coli62
Condomínio:
A arte nobre de viver em condomínio61
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 5
ocê, que tem lido as edições anterio-
res da nossa revista ESTILO DAMH­A,
deve ter percebido as trans­­­­­for­­­mações
constantes que temos realizado na
sua qualidade editorial. Essas transforma-
ções são resultado do trabalho obstinado da
nossa equipe de marketing para colocar, ao
seu alcance, uma revista mais gostosa de ler,
com mais conteúdo e com belas reportagens
sobre as cidades que, em breve, contarão
com empreendimentos DAMHA. Esse esfor-
ço não é isolado. Ao contrário, ele é parte de
um plano de comunicação de qualidade, de
longo prazo, e com etapas importantes a ser
cumpridas pela nossa equipe.
Agora, chegou o momento do anúncio oficial
de mais uma dessas iniciativas, o início do
programa “DAMHA PARA VOCÊ”, um pro-
grama previsto para durar um ano, período
no qual clientes, corretores, proprietários de
imobiliárias, parceiros e outros interessados
poderão participar de várias atividades que,
além de oferecer a oportunidade de conhe-
cer melhor a DAMHA URBANIZADORA e as
ações que ela realiza, possibilita também que
os participantes concorram a bons prêmios.
No portal exclusivo, o www.damhaparavoce.
com.br, será possível entender o regulamen-
to do programa, fazer a inscrição, acompa-
nhar os pontos conquistados e, é claro, saber
quais prêmios o programa estará distribuindo.
Outra boa notícia é o lançamento do website
voltado à sustentabilidade. Desde o início de
abril, ao acessar o site www.bairrosustentavel.
com.br, você poderá conhecer, em detalhes,
os trabalhos da ASSOCIAÇÃO BAIRRO SUS-
TENTÁVEL, criada pela DAMHA URBANIZA-
DORA em 2011 com o principal objetivo de
levar às comunidades da região de abrangên-
V
cia dos nossos empreendimentos projetos de
cunho sócio ambiental. Vários trabalhos de
grande relevância já foram realizados desde
então, com excelentes resultados para essas
comunidades e para todos nós que atuamos
transformando o futuro dos nossos clientes e
das regiões onde existem os empreendimentos
DAMHA. Quem visitar o site poderá, também,
enviar comentários e sugestões diretamente
para a DAMHA URBANIZADORA.
Nesta edição da ESTILO DAMHA, entrevista-
mos a cantora Gal Costa e o talentoso pianis-
ta e compositor Breno Ruiz.
A passagem do Dia das Mães inspirou uma
matéria com mães que contam as suas inse-
guranças e conquistas.
A moderna cidade de Marília, que muito
em breve contará com um empreendimento
DAMH­A, ganha destaque em nossas pági-
nas por sua excelência educacional, seus te-
souros arqueológicos e por sua reconhecida
qualidade de vida.
Também é novidade desta edição uma nova
seção, a DAMHA GOLF NEWS, na qual Hen-
rique Fruet traz um pouco da história do
Damh­a Golf Club e todas as notícias que cer-
cam esse esporte. Além disso, estão presen-
tes alguns colunistas que tratam de temas
do seu interesse. Estreamos, na coluna de
Economia, do consultor financeiro Eduardo
Amuri, que aborda de maneira clara e obje-
tiva as razões pelas quais não conseguimos,
por muitas vezes, levar com êxito o planeja-
mento financeiro familiar adiante, e do advo-
gado e especialista em condomínios Marcio
Rachkorsky, que descreve os benefícios e
desafios de viver em um condomínio.
Boa leitura e até a próxima edição!
JOSÉ PARANHOS
diretor Superintendente
Damha Urbanizadora
EDITORIAL Damha Para Você
6 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
Expediente
José Paranhos
Diretor Superintendente
Diretores
Akira Wakai
Amauri Barbosa Junior
Carlos Eduardo Meyer Freire
Fernanda Toledo
Juliana Liberati
Luiz Lissner
Nélio Galvão
Paulo Montini
Revista Estilo Damha
Daniele Globo
Editora
Dirlene Ribeiro Martins
Revisão
Fotos: Associação Nikkey Marília,
Catherine Ashmore (Disney),
Décio Junior, Diretriz Educacional,
Dirlene Ribeiro Martins, Elcio Correa,
Filippe Araújo, Henrique Santos,
Luiz Pires, Ligia Ferreira, Mauro
Abreu, Portal G1, Sergio Ferreira,
Tati Zanichelli, Victor Grigas, Virna
Santolia e Wilson Morticelli.
Foto Capa: Sesc São Carlos
Textos: Editora 10 (Décio Junior,
Dirlene Ribeiro Martins e Marília
Dominicci) e Henrique Fruet.
Tiragem: 15 mil unidades
A revista Estilo Damha é uma publicação
bimestral da Damha Urbanizadora
e distribuída a todos os clientes e
moradores dos empreendimentos
da Damha Urbanizadora.
São Carlos (SP) - Fone (16) 3413 4637
SELO FSC
Quem somos?
A Damha Urbanizadora é uma empresa parte do Grupo En-
calso Damha, conglomerado empresarial fundado em 1964, que
atua nos seguintes segmentos: Engenharia Civil, Agronegócios,
Shopping Center, Concessão de Rodovias, Energia e Empreen-
dimentos Imobiliários.
Presente no cenário nacional desde 1979, a Damha desen-
volve e executa loteamentos fechados e condomínios residen-
ciais, reconhecidos pela alta qualidade urbanística e construtiva.
Em seus projetos, aplica o que há de melhor em conceito de
urbanismo no País e infraestrutura qualificada, em perfeita har-
monia com o meio ambiente. Ao projetar empreendimentos que
integram padrão diferenciado de moradia, lazer e segurança, a
Damha transforma o cotidiano dos moradores e das cidades em
que se insere.
A Damha Urbanizadora conta atualmente com 47 empreendi-
mentos e mais de 17 mil unidades comercializadas e está pre-
sente em 14 Estados brasileiros, sendo que em seis deles – São
Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Maranhão, Mato Grosso do Sul e
Goiás – com empreendimentos já implantados. Em 2012, obte-
ve crescimento de 67%, alcançando um Valor Geral de Vendas
(VGV) de R$ 585 milhões. O land bank total é de aproximada-
mente 100 milhões de m².
EXPEDIENTE
Auditado pela
Fale conosco:
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 7
COLABORADORES
Marcio Rachkorsky
Advogado especializado em condomí­
nios há mais de 20 anos, comentaris­ta
e apresentador da TV Globo / SP, e
comentarista da Rádio CBN, programa
Condomínio Legal. Escreve também
no caderno de Imóveis da Folha de S.
Paulo, aos domingos. Atual presidente
da Assosindicos (Associação dos
Síndicos do Estado de São Paulo). Du-
rante alguns anos, atuou no Fantástico
da TV Globo, nos quadros Chame o
Síndico e Reunião de Condomínio.
OPINIÃO DOS LEITORES
“Gostei muito da revista. O conteúdo é diversificado
e muito bem organizado. A qualidade das imagens
e da impressão também está perfeita.”
Gabriel Zuanon – Arquiteto, Araraquara (SP)
“Parabéns pela matéria ‘O Silêncio dos Inocentes’.
Muito conscientizadora. O futuro é esse.”
Nelma Favilla Lobo – Protetora da causa
animal, São Paulo (SP)
“Vi a revista e gostei. Tem editoriais bem
interessantes. Gostaria de ter um exemplar
aqui comigo sempre.”
Édila Lopez – 2m Gastronomia, Rio de Janeiro (RJ)
“ Nunca vi uma revista com tanta qualidade
gráfica e conteúdo.”
Zé Coió – Jornalista, Feira de Santana (BA)
Aquiles Nícolas Kílaris
Tem 23 anos de experiência na área
de arquitetura e urbanismo. Seu
trabalho inspira-se nas curvas, formas
sinuosas e integração com a natureza,
dando origem a um estilo próprio de
criação, o chamado “estilo Kílaris”.
Participou das mostras Casa Cor,
Campinas Decor e Casa Office,
e é autor do livro Curvas na
Arquitetura Brasileira.
Tati Zanichelli
Formada em publicidade e propa-
ganda, além de fotografia. Em seu
currículo estão eventos conhecidos
como o festival João Rock 2011 e
shows de grandes nomes da música,
como Erasmo Carlos, Paula Fernan-
des, Lenine, Arnaldo Antunes, Zeca
Baleiro, Ana Carolina, Lulu Santos,
Zélia Duncan entre outros. Seu traba-
lho já foi publicado, entre outros, pelo
jornal O Estado de S. Paulo.
Eduardo Amuri
Formado em psicologia econômica,
atua como consultor financeiro com
foco em planejamento, organização e
investimentos. Escreve sobre finanças
e comportamento no PapodeHomem
(www.papodehomem.com.br) e no
Dinheirama (www.dinheirama.com).
Mais detalhes sobre o trabalho podem
ser encontrados em seu site
(www.amuri.com.br).
Mônica Zaher
Formada em Consultoria de Imagem
por Ilana Berenholc, pioneira da profis-
são no Brasil, fez também História da
Moda; Técnicas de Joalheria; Grandes
Nomes da Moda (todos na FAAP); entre
outros cursos nas áreas de marketing,
moda, etiqueta e comportamento.
Ex- presidente da Fundação de Arte e
Cultura do Município de Araraquara –
FUNDART. Associada à AICI – Associa-
tion of Image Consultants Internacional
(chapter San Francisco, California).
Fabiano Hayasaki
Trabalha como arquiteto na cidade
de São José do Rio Preto. Entre os
diversos eventos de que participou
estão o Salão Internacional de Design
em Milão e mostras Casa Cor. Seu
trabalho, reconhecido internacional-
mente, inclui os prêmios Top of Mind
2008, 2009, 2010 e 2011, Destaque
Casa Cor Hotel WTC, Prêmio Crea
de Arquitetura, Destaque Chicago
e Top Quality 2009 e 2010.
Henrique Fruet
Paulistano, é um dos principais jorna-
listas de golfe do país. Ele já escreveu
sobre o esporte para publicações
como IstoÉ, Veja, Trip, Wish Report,
Estadão e Viagem e Turismo. Atual-
mente, edita o Blogolfe
(blogolfe.com.br), primeiro blog de
golfe do Brasil, e adora jogar no
Damha Golf Club nas horas vagas.
Frederico Mattos
Se autodefine como um psicólogo
provocador. Também é blogueiro
(www.sobreavida.com.br) e autor do
livro Mães Que Amam Demais.
FotosDivulgação
8 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
Marília,município
que desperta para o futuro
e redescobre seu passado
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 9
A cidade cujo nome é inspirado em obra de Tomás Antônio Gonzaga
se destaca pela excelência educacional, guarda tesouros milenares e
é considerada uma das melhores cidades para se viver em todo o país
Vista panorâmica da cidade
Texto: Décio Junior
FotoDécioJunior
10 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
ão faz muito tempo. Não faz nem 100 anos. A história se
deu na década de 1920, quando Bento de Abreu Sam-
paio Vidal, um importante produtor de café da região
centro-oeste de São Paulo, resolveu lotear suas terras.
Homem com grande influência junto à direção da Compa-
nhia Paulista de Estrada de Ferro, solicitou a construção de
uma estação cuja inicial do nome seria a letra “M”, obedecen-
do à ordem alfabética das estações que avançavam desde Pi-
ratininga. Dr. Adolfo Pinto, chefe do escritório central da Com-
panhia Paulista, ofereceu as seguintes opções: Marathona,
Macau e Mogúncio, que foram rejeitadas pelo então deputado
Sampaio Vidal.
N
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 11
Em uma viagem à Europa, o Senhor Vidal escolhe um livro na
biblioteca: Marilia de Dirceo – assim mesmo, em bom português
arcaico –, de Tomás Antônio Gonzaga. No mesmo momento lem-
brou que seria Marília o nome da estação e da nova cidade. Se-
gundo os registros no Arquivo Público do município, Sampaio
Vidal teria dito: “Pois nenhum outro começado por ‘M’ seria tão
sonante e tão nosso”. Nascia, em 4 de abril de 1929, Marília, uma
cidade que guarda os registros de sua história no Arquivo Público
da cidade e que oferece a oportunidade de pesquisa por meio de
cópias de documentos oficiais expedidos pelos poderes da épo-
ca e de jornais que ao longo dos anos foram noticiando o desen-
volvimento de um dos municípios mais ricos do interior paulista.
FotoMauroAbreueLigiaFerreira
Vista noturna da cidade
12 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
café foi o grande responsável pelo desen-
volvimento de boa parte do interior de São
Paulo. Preocupadas em oferecer a seus fi-
lhos uma educação de qualidade, as cida-
des investiram na implantação de importantes centros
educacionais. Investimentos que fizeram com que al-
gumas delas fossem chamadas de Athenas Paulista,
entre elas, Marília.
A rede de ensino público é composta por 51 esco-
las municipais e 37 escolas estaduais. As Instituições
de Ensino Superior somam seis unidades, com des-
taque para a UNIMAR, a UNESP e a Faculdade de
Medicina de Marília (FANEMA).
Instituição pública apontada como uma das me-
lhores escolas médicas do país, a FANEMA utiliza o
Hospital das Clínicas para a formação de seus alu-
nos e oferta de estágio para profissionais de outras
áreas da saúde, seja de nível superior ou técnico. O
prestígio acadêmico e profissional do HC de Marília
Uma cidade educadora
faz com que o hospital seja referência para outros 62
municípios da região, o que coloca a cidade como
importante receptor de recursos para a área de saú-
de, distribuídos pelos governos federal e estadual.
A UNIMAR é a instituição mais antiga de Marília.
Começou suas atividades em 1938 com o curso de
Ciências Econômicas, que visava preparar os profis-
sionais para atuarem no desenvolvimento comercial,
industrial e agrícola. Hoje, a instituição oferece cursos
de graduação, pós-graduação e de ensino a distân-
cia nas áreas de Tecnologias, Humanas, Exatas, Saú-
de e Agrária.
A educação em Marília recebeu, do Ministério da
Educação, uma pontuação média de 6.9 no Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb. Nota
que ajudou o município a ser classificado como o 7º
melhor para se viver em todo o país, de acordo com
levantamento feito pela Federação das Indústrias do
Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN).
O
Reitoria da Unimar
FotoDécioJunior
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 13
O potencial do estudo
agrário em Marília
Não é só o comércio e a indústria que fa-
zem a riqueza da região. As diferentes ati-
vidades agrárias desenvolvidas em Marília
tornam a cidade uma referência para quem
trabalha no ramo. A UNIMAR mantém em
três fazendas (Água Limpa, Jatobá e Ma-
rília) importantes laboratórios. Além disso,
a instituição tem intensificado os estudos
agropecuários, como inseminação artificial
e transferência de embriões de gado Nelore
e Holandês. Há sete anos a UNIMAR man-
tém o rebanho leiteiro na Fazenda Experi-
mental Marcello Mesquita, anexa ao cam-
pus universitário. Um prestígio para Marília.
CAPITAL NACIONAL
DO ALIMENTO
A tradição na produção de alimentos faz
com que Marília seja referência em todo o
país. Dezenas de importantes empresas
instaladas desde o início do desenvolvi-
mento do município geram uma estatística
que impressiona. Marília produz cerca de
384 mil toneladas de alimento por ano. Isso
significa mais de 900 milhões de reais em
receita bruta, 7 mil empregos diretos na in-
dústria alimentícia e 15 mil indiretos. Marília
exporta hoje seus produtos para os Estados
Unidos, Mercosul, Europa, Ásia e África.
FotoDiretrizEducacional
FotoPortalG1
14 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
O elo perdido paulista
Réplica em tamanho natural do
pequeno crocodilo Mariliasuchus
FotosDécioJunior
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 15
uem poderia imaginar que uma cidade
com apenas 83 anos, moderna, referência
econômica no Estado de São Paulo graças
às grandes indústrias dos setores alimen-
tícios, construção civil e agropecuária, pudesse es-
conder, entre suas rochas, tesouros milenares. Lo-
calizada no alto de um espigão, Marília oferece uma
visão privilegiada da natureza que a cerca. Quem
chega pela estrada de Bauru (SP-294 – Rodovia Co-
mandante João Ribeiro de Barros), pode fazer uma
parada no posto do mirante e desfrutar da bela vista
que a serra dos Agudos começa a oferecer. A paisa-
gem permite-nos refletir. Eu, por exemplo, me ques-
tionei se aquele vale teria sido inundado por águas
em um passado longínquo na história do nosso pla-
neta. Ao chegar à cidade, me surpreendi ainda mais
com a resposta que encontrei.
Há milhões de anos, a região de Marília foi habita-
da por dinossauros. Não se sabe ao certo quantos e
quais espécies viveram de fato por ali. Inserida numa
região conhecida como Bacia de Bauru, formada por
rochas vulcânicas, arenitos e basalto, é fácil avistar
os paredões de rocha nos vales que se formam na
periferia da cidade. Rochas que guardam tesouros
pré-históricos do período Cretáceo Superior, que, se-
gundo os geólogos, correspondem a algo entre 65 e
70 milhões de anos, final da era dos dinossauros.
No início da década de 1990, o município entrou
definitivamente na rota de estudos e descobertas. Em
1993, o pesquisador Willian Nava descobriu os primei-
ros fósseis de uma espécie de crocodilo primitivo. Pes-
quisadores da UNESP, da UFRJ, da UFRG, da UNB e
da USP passaram a se interessar pela região e a cidade
entrou na rota dos paleontólogos do Brasil e do mundo.
Q
Primeiro fóssil encontrado na região
Fíbula de um Titanossauro
FotoDécioJunior
FotoDécioJunior
16 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
Uma das maiores descobertas da paleontologia
brasileira aconteceu em Marília. Numa manhã de
outono, em 2009, o pesquisador Willian Nava, ao
observar rochas em um barranco às margens da ro-
dovia Comandante João Ribeiro de Barros, encon-
trou um marisco fóssil. Um pequeno sinal de que ali
poderiam acontecer novas descobertas. Sozinho,
ele começou uma pequena escavação e logo en-
controu o que poderia ser uma vértebra de um di-
O Titã de Marília
nossauro. A descoberta fez com que esse “caçador
de dinossauros” passasse três meses escavando o
barranco em busca de novos fósseis que, aos pou-
cos, foram literalmente se projetando da rocha. Tra-
balho recompensado, Nava descobriu um dos mais
completos dinossauros do Brasil, um Titanossauro,
animal herbívoro, com um longo pescoço e medidas
que podem chegar a 15 m de comprimento e 5 m
de altura.
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 17
Do Titã de Marília, como ficou conhecido, foram
descobertas mais de 60 partes ósseas. Para isso,
uma equipe formada por pesquisadores de importan-
tes universidades brasileiras trabalharam durante três
anos. Parte dos estudos foi custeada pelo Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológi-
co (CNPq). Foi utilizado maquinário pesado para a
remoção de mais de duas mil toneladas de rocha.
Em 2013, a equipe deve elaborar novos projetos
para obtenção de recursos e para prosseguir com
as escavações. Os pesquisadores querem agora
encontrar o crânio do animal, que seria o segun-
do no Brasil (o primeiro foi descoberto em Minas
Gerais). A motivação vem das peças já encontra-
das, como o quadril, ossos das patas e vértebras
dorsais. Para a continuidade dos trabalhos, essas
partes entram num processo de restauro que pode
durar anos. Mas a expectativa é que se consiga re-
constituir o esqueleto e entender como era realmen-
te o Titã de Marília.
Um dos vales de Marília: lugar de tesouros milenares
FotoDécioJunior
18 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
De bancário a caçador de dinossauros. Assim po-
demos resumir a vida do jornalista e historiador Willian
Nava. Foi ele quem descobriu os primeiros vestígios
do período Cretáceo no início da década de 1990.
Diretor do Museu de Paleontologia de Marília, foi dele
também a descoberta de um dos mais completos di-
nossauros do Brasil, o Titã de Marília.
Como num verdadeiro roteiro de Spielberg, por aqui
um dinossauro pode estar em qualquer lugar sob os
O caçador de dinossauros
nossos pés. Para encontrá-los, o professor Nava dá
dicas de como observar as rochas e os paredões dos
Itambés que se formam no Vale do Barbosa, locali-
zado há pouco mais de 2 km do centro da cidade.
Na serra de Avenca, cerca de 20 minutos do centro,
as rochas soltas pelo chão podem guardar vestígios
jurássicos. O fascínio por esses tesouros pode nos
prender nesses locais por horas. Quem sabe, num
tropeço, um dinossauro. Para Nava, isso é possível.
Willian Nava e suas descobertas
FotoDécioJunior
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 19
ÚTIL:
Museu de Paleontologia de Marília
Av. Sampaio Vidal, 245
Agendamento: (14) 3402-6603
Segunda a sexta-feira: 8 h às 17h30
Sábado: 14 h às 18 h
Gratuito
Força para o turismoO business das grandes indústrias somado aos vales e às cachoeiras,que oferecem descanso e aventura a quem vem para Marília, sempreforam as fontes turísticas do município. Mas desde 2009, com a desco-berta dos fósseis do Titanossauro, turistas apaixonados pela paleonto-logia passaram a incluir a cidade como roteiro obrigatório. Até mesmo oescritor Walcyr Carrasco, que gravou por aqui cenas da novela Morde eAssopra (TV Globo), que trazia a paleontologia em seu enredo.
Fachada do Museu de Paleontologia de Marília
FotoDécioJunior
20 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
Evelyn Sayuri Bonassi, miss Nikkey
Japao
Marília abre
o leque ao
s
Texto: Décio Junior
FotoAssociaçãoNikkeyMarília
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 21
“O Maru cruzou o mar lançado à sorte.
O braço forte na lavoura trabalhou.”
ssim cantava o refrão do samba-enredo da
Porto da Pedra, escola de samba de São
Gonçalo (RJ), que em 2008 homenageou
os 100 anos da imigração japonesa no Bra-
sil. Os braços fortes dos japoneses trabalharam na
lavoura de café em Marília e contribuíram para o de-
senvolvimento do município.
A comunidade nipônica na cidade é representa-
da pela Associação Cultural e Esportiva Nikkey de
Marília, que, por meio da Agência Internacional de
Cooperação do Japão (JICA), oferece uma escola
modelo de língua japonesa e conta com apoio para
o desenvolvimento da prática do judô, do softbol e
do beisebol, esporte que, aliás, tem dado orgulho a
Marília. A cidade cedeu à seleção brasileira cinco jo-
gadores para a disputa do mundial que aconteceu
em março, no Japão. A expectativa era que o Brasil
passasse para a segunda fase enfrentando os donos
da casa, China e Cuba.
E não é a primeira vez que a comunidade japonesa
mariliense se destaca no esporte. O passado tam-
bém é glorioso. Em 1952, nos jogos olímpicos de Hel-
sinque, na Finlândia, o nadador Tetsuo Okamoto, que
nasceu em Marília, em 1932, conquistou a primeira
medalha olímpica brasileira de natação, ao terminar
em terceiro lugar na prova dos 1.500 metros livre. O
feito era esperado, pois um ano antes, durante a pri-
meira edição dos jogos Pan-Americanos, realizados
em Buenos Aires, Okamoto havia conquistado o ouro
nos 400 e nos 1.500 metros livres.
Além da força e do destaque no esporte, a comu-
nidade japonesa em Marília se mostra unida também
na adoração religiosa, e os templos budistas da cida-
de acabaram se tornando referência para comunida-
des dos municípios vizinhos.
No ano passado, o templo Honpa Hongwanji com-
pletou 50 anos. Um dos mais suntuosos da cidade, a
escadaria do templo nos leva ao salão de ofício, ou
de adoração. A música ambiente é um convite a per-
manecer diante do belo altar, que traz a imagem de
Buda cercada por velas, incensos e flores.
O templo de Honpa Hongwanji
FotosDécioJunior
A
22 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
Há 11 anos Marília organiza uma das maiores fes-
tas da colônia japonesa do interior do Estado de São
Paulo, a Japan Fest, festival que oferece uma ver-
dadeira oportunidade de mergulhar e viver a cultura
japonesa. A música e a magia do taikô soam como
um convite para uma grande celebração. Danças tí-
picas como Kabuki Buyou e Sarugaku recebem os
convidados num ambiente harmônico e ao mesmo
tempo festivo. As exposições de roupas, obras de
arte e objetos da cultura japonesa atraem o olhar de
quem passa pelos stands. Mas como essa festa é no
Brasil, nada melhor do que reunir pessoas de todas
as origens em um espaço privilegiado da casa, para
saborear as delícias da culinária japonesa.
Um dos momentos mais aguardados da Japan Fest
é a escolha da miss Nikkey. No ano passado, quan-
do o evento completou 10 anos, todas as vencedo-
ras das edições anteriores foram homenageadas. Na
passarela, uma seleção de 15 candidatas entre mais
ÚTIL:
Japan Fest 2013
De 4 a 7 de abril
Local: Nikkey Clube de Marília
www.nikkeymarilia.com.br
A festa do
Sol Nascente
de 90 moças inscritas. E, para os jurados, a respon-
sabilidade de avaliar a elegância, a desenvoltura, a
simpatia, o carisma e, claro, a beleza de cada uma
delas. Entre as mais belas, a escolhida foi a estudan-
te Evelyn Sayuri Bonassi, que não deixa dúvidas de
que, ao visitar Marília, a beleza da cidade pode ser
estonteante.
Centenas de pessoas prestigiam a Japan Fest
Evelyn Bonassi na escolha da Miss Nikkey
FotoAssociaçãoNikkeyMarília
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 23
Um roteiro por Marília
Texto: Décio Junior
FotosDécioJunior
Azul, ligando Marília à região metropolitana da capital
Pedalinhos no lago do Bosque Municipal
24 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
Caminhada pela Rua das Esmeraldas
e o bosque são grandes atrações da cidade
ÚTIL:
Aeroporto Frank Miloye Milenkovich
Av. Brigadeiro Eduardo Gomes, s/n
Fone: (14) 3433-4120
Esmeralda Shopping
Av. das Esmeraldas, 701
Fone: (14) 3453-1333
www.esmeralda.com.br
Marília Shopping
Rua Tucunarés, 500
Fone: (14) 3402-9500
www.mariliashopping.com.br
Bosque Municipal
“Rangel Pietraróia”
Av. Brigadeiro Eduardo Gomes, s/n
Biblioteca Municipal
“João Mesquita Valença”
Av. Sampaio Vidal, s/n
Fone: (14) 3454-7434
Bar do Português
Rua Sete de Setembro, 387
www.bardoportugues.com.br
Chaplin Gastronomia
e Entretenimento
Av. República, 129
www.chaplinmarilia.com.br
Água Doce Cachaçaria
Av. Sampaio Vidal, 115-A
www.aguadoce.com.br
FotosDécioJunior
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 25
cidade de Marília guarda algumas curiosi-
dades ligadas ao pioneirismo. Foi aqui que,
em 1943, surgiu a Casa Bancária Almeida,
que mais tarde passaria a se chamar Ban-
co Brasileiro de Descontos, hoje conhecido como
Banco Bradesco.
A maior empresa aérea do Brasil também nasceu
aqui, com o nome de Táxi Aéreo Marília. E, para aten-
der às mais de 70 jardineiras que partiam diariamente
para os municípios vizinhos, em 1938 a cidade criou
a primeira estação rodoviária do país.
Mas hoje se pode chegar a Marília de avião. A
empresa Azul/Trip mantém voos diários partindo
e chegando de Campinas ao simpático aeroporto
Frank Miloye Milenkovich, pioneiro da aviação lo-
cal. Ao desembarcar na cidade, sugiro uma parada
no Bosque Municipal. Ao lado do aeroporto, a ape-
nas 7 minutos do centro, encontra-se uma reserva
de Mata Atlântica do interior, animais, pássaros e
um lago com peixes, tartarugas e os tradicionais
pedalinhos. Duas pistas (uma com 1.200 e outra
com 1.700 metros de extensão) podem ser utiliza-
das para caminhada e corrida.
No centro da cidade, o comércio celebra o bom mo-
mento econômico. Além disso, Marília conta com dois
shopping centers que oferecem opções de compra,
lazer e entretenimento.
No fim do dia, o convite é para uma caminhada
pela Rua das Esmeraldas, lugar de gente bonita e
cheia de disposição e saúde. À noite, a cidade se
mostra agitada. São dezenas de restaurantes e bares
que reúnem um público pra lá de animado.
Marília é realmente encantadora. E, depois dessa
visita, peço licença para terminar esta reportagem
com uma despedida clássica, a de Tomás Antônio
Gonzaga em Marília de Dirceu:
“(...) Desses teus olhos divinos,
que, terno e sossegados,
enchem de flores os prados
enchem de luzes os céus?
Ah! não posso, não, não posso
dizer-te, meu bem, adeus! (...).”
Noite agitada em Marília
A
FotoDécioJunior
26 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 27
28 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
A MUTANTE
VOLTOUTexto: Dirlene Ribeiro Martins
FotoTatiZanichelli
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 29
década de 2000 caracterizou-se por uma
mudança radical nos parâmetros de difusão
da música, com a derrocada da indústria fo-
nográfica. Além disso, o rádio cedeu para a
internet o posto de principal divulgador da boa músi-
ca. Mas os anos 2000 também foram marcados por
um vácuo, pois pela primeira vez, desde o final dos
anos 1960, Gal Gosta deu um tempo em sua carreira
e lançou um único e pouco divulgado disco de estú-
dio, Hoje, em 2005.
Nos anos 2010, as mudanças continuam evidentes,
mas pelo menos uma delas nos garante que a ten-
dência é boa. Em 2011, Gal Costa voltou a gravar,
retomou os shows, e seu parceiro nessa empreitada é
um amigo de longuíssima data.
Idealizado e dirigido por Caetano Veloso, o álbum
Recanto já coleciona prêmios, boas críticas e mostra
o lado mutante e ousado da cantora. O disco também
serviu de base para o DVD, gravado no final do ano
passado no Theatro Net Rio, na capital fluminense, e
para o show de mesmo nome. Em ambos, além das
músicas compostas por Caetano especialmente para
Gal, foram incluídos alguns outros sucessos de sua
bem-sucedida carreira.
A
Gal durante show no SESC São Carlos
FotoTatiZanichelli
Recanto é o trigésimo álbum de Gal Costa e, nele,
a cantora se afasta um pouco de suas canções tradi-
cionais de bossa e samba para experimentar o rock
e a música eletrônica. Ainda assim, Gal e Caetano
acreditam que a grande paixão que ambos nutrem
pelo estilo ‘joãogilbertiano’ continua presente na
obra. A carga de agressividade temática e estética
do disco e as canções nem um pouco recatadas são
contrabalançadas pela tonalidade doce da baiana.
Também os tons sombrios dão um toque tanto ao
show quanto às músicas novas, e um bom exemplo
é a faixa “Tudo dói”, em que a vida é retratada quase
como um fardo. “Viver é um desastre que sucede a al-
guns, nada temos sobre os não nenhuns”, ela canta.
No final de março, Gal Costa esteve em São Car-
los para uma apresentação no SESC e, por meio de
sua assessoria, concedeu entrevista à revista Estilo
Damha.
ESPECIAL CAPA
30 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
“Ainda quero fazer muito mais”
FotoTatiZanichelli
Estilo Damha – Se havia ainda alguma dúvida, Re-
canto é a comprovação definitiva da afinidade que
existe entre você e Caetano Veloso. De onde vem
essa conexão tão forte?
Gal Costa – Somos amigos há mais anos do que
consigo lembrar. Caetano é um dos músicos mais ma-
ravilhosos deste mundo, um de meus compositores
preferidos. Trabalhar com ele é sempre uma honra,
um prazer, um bom desafio...
ED – Como foi a experiência de ficar você, Caetano
e Moreno (filho de Caetano e afilhado de Gal), só os
três, gravando no estúdio Ilha dos Sapos, no Candeal?
GC – Foram belos dias. Gravar Recanto foi uma
experiência única e engrandecedora. Era justamente
disso que eu precisava para minha vida e para minha
carreira. Sem Caetano e Moreno nada seria possível.
ED – Caetano diz que, num primeiro momento,
quando compôs a música “O menino”, pensou em
seu filho Gabriel. E você, o que lhe veio à mente quan-
do ouviu a canção pela primeira vez?
GC – É uma canção linda. Fiquei muito comovida
quando a ouvi pela primeira vez. O fato de Caetano
ter se inspirado nele me deixa muito feliz, foi lindo.
ED – Já “Tudo dói” é uma canção particularmente
instigante, é difícil passar ileso por ela. Como ela soou
e soa para você?
GC – Gosto muito dessa canção, talvez uma das
que mais gosto desse registro. Ela representa um uni-
verso um tanto quanto João Gilberto, é completa. É
sobre aprendermos a entender o tempo em que as
coisas acontecem.
ED – Você parece ser uma pessoa destemida, que
não tem medo de correr riscos, de mudar. Em algum
momento, nesses seus mais de 40 anos de carreira,
você se sentiu vacilar ou se sentiu insegura?
GC – É bom ter uma carreira cheia de nuances. São
tantos anos... Altos e baixos... Não tenho nenhum mo-
mento específico de arrependimento ou vacilo. Tenho
sorte em relação a isso.
ED – Em uma entrevista, você definiu o repertório
desse novo show como uma revisão de sua vida. A
que conclusão chegou?
GC – Que ainda quero fazer muito mais.
ESPECIAL CAPA
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 31
DAMHA LEVA O GOLFE
PARA DENTRO DAS ESCOLAS
DE SÃO CARLOS (SP)
riado em 2012, o projeto, que faz parte da
Academia de Golfe Dr. Anwar Damha e con-
ta com o apoio da Federação Paulista de
Golfe, tem por objetivo ensinar as primeiras
noções da prática do golfe a crianças e adolescen-
tes, levando o esporte até instituições de ensino de
São Carlos, onde o clube está localizado.
O instrutor Ricardo Salinas, um dos poucos brasileiros
certificados pelo Programa de Qualificação da Associa-
ção Brasileira dos Profissionais de Golfe, segue à frente
do projeto e, juntamente com sua equipe, guia os alunos
através de um traçado de minigolfe e um driving range
(área de treino), montados dentro da própria escola.
Depois do primeiro contato com o esporte, o Damha
agenda uma visita dos alunos ao campo de golfe,
onde recebem aulas práticas e teóricas numa das me-
lhores áreas de treinamento de golfe do país.
“Nessa idade, é muito importante mostrar às crian-
ças que o golfe é um esporte muito divertido”, afirma
Salinas. “Nossa intenção é visitar de uma a duas es-
colas por mês este ano”, completa o instrutor, cuja
academia é responsável pela premiada equipe juve-
nil do Damha, que tem dominado os rankings brasilei-
ros e estaduais da categoria.
Por trás do projeto “Golfe nas Escolas” e da Aca-
demia está toda a estrutura profissional do Damha,
eleito pela revista americana Golf Digest o 4º melhor
campo para a prática do esporte no Brasil.
“O desenvolvimento do golfe entre os jovens é a
bandeira principal do Damha Golf Club. Não medi-
mos esforços para divulgar esse esporte maravilho-
so entre crianças e adolescentes, que têm muito a
aprender. O golfe proporciona noções de respeito e
etiqueta e aumenta a concentração, além de ensinar
a lidar com as próprias frustrações e limites e a res-
peitar a natureza e os adversários, além de muitos
outros benefícios”, diz Carlos Gonzalez, presidente
do Damha Golf Club.
Programa “Golfe nas Escolas” visa difundir a prática
do golfe entre crianças e jovens do interior
Crianças de São Carlos aprendem a jogar com o Projeto “Golfe nas Escolas”
C
Foto:Divulgação DAMHA NEWS
32 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
DAMHA NEWS
VITOR SANTOS É
CONVIDADO PARA
PARTICIPAR DE
CLÍNICA PARA AS
OLIMPÍADAS 2016
atrocinado pela Damha, Vitor tem se desta-
cado cada vez mais em sua categoria, con-
quistando seis medalhas – quatro de ouro e
duas de prata – e um troféu de melhor per-
formance no Campeonato Paulista de Natação, em
dezembro 2012. Também obteve índice para partici-
par do Campeonato Mundial de Natação Júnior e foi
convocado para integrar a Seleção Brasileira de Na-
tação, que participou do Festival Olímpico da Juven-
tude, na Austrália, e do Campeonato Sul-Americano
de Natação, no Chile.
Desde seus primeiros campeonatos, o nadador de
Presidente Prudente sempre mostrou a que veio, der-
rubando recordes e nadando abaixo dos melhores
tempos alcançados por nadadores renomados, como
Cesar Cielo, enquanto competiam na sua categoria.
Aos 16 anos, Vitor, que é da equipe do Pinheiros, se
prepara para disputar uma vaga nas olimpíadas do
Rio de Janeiro, em 2016, tendo sido convidado para
participar da primeira clínica preparatória para os
jogos olímpicos, sob os cuidados da Confederação
Brasileira de Desportos Aquáticos. “Apenas os me-
lhores nadadores brasileiros foram convocados para
a clínica”, diz ele. “Além disso, ter a oportunidade de
conviver com atletas como Cesar Cielo, Thiago Perei-
ra e Gustavo Borges é inigualável.”
REINALDO COLUCCI BRILHA
NO TRIATLO INTERNACIONAL
einaldo já conquistou a medalha de ouro nos
Jogos Pan-Americanos de Guadalajara e na
Copa do Mundo de Triatlo e foi o 1º coloca-
do no Iron Man de Cingapura. Sua lista de
vitórias, medalhas e participações de destaque em
campeonatos é longa e impressiona. Apenas nos três
primeiros meses de 2013, o triatleta faturou o penta-
campeonato no Triatlo Internacional de Santos, o 1º
lugar no Iron Man de Pucón (Chile) e o 3º lugar na
Mezatlan ITU Pan American Cup, no México.
Sobre sua carreira, o atleta nascido em Descalvado
(SP) afirma: “Hoje eu posso ter o prazer de dizer que
sou um atleta realizado profissionalmente. Ao longo
desses anos tenho obtido vários resultados expressi-
vos em provas de alto nível ao redor do mundo, além,
é claro, de ter representado o Brasil em duas olimpía­
das e conquistado a medalha de ouro nos últimos Jo-
gos Pan-Americanos. Apesar desse sentimento de re-
alização, ainda estou longe de estar satisfeito, todos
os dias quando acordo sou movido pelo desejo de
continuar melhorando e crescendo dentro do esporte.
Meu maior objetivo agora é estar presente em mais
uma olimpíada, desta vez em 2016, no Rio de Janei-
ro, sem dúvida estarei brigando pelas medalhas. A
Damha Urbanizadora tem me apoiado praticamente
desde os meus primeiros passos dentro do esporte.
Hoje tenho o prazer de viver dentro de um dos con-
domínios da Damha Urbanizadora (São Carlos/SP),
e toda a minha família pode desfrutar dos privilégios
e confortos que somente um empreendimento com
o nome Damha pode oferecer. Mesmo sem saber, a
Damha me ajudou a realizar mais um sonho!”
Atleta coleciona prêmios e é promessa
de vitória nas Olimpíadas 2016
P
R
Foto:LuizPires/Vipcomm
Foto:Divulgação
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 33
NEWS
DAMHA URBANIZADORA ENTRE
OS VENCEDORES DO TROFÉU
PROFESSOR J. BARBOSA RODRIGUES
Damha Urbanizadora, em conjunto com a
Soma Comunicação Integrada, venceu a
categoria “Datas Comemorativas”, do Troféu
Professor J. Barbosa Rodrigues, com anún-
cio criado para parabenizar a cidade em seu aniversá-
rio de 113 anos. Além disso, a peça recebeu o prêmio
“Master”, o principal do evento.
Simples e, ao mesmo tempo inovador, o anúncio
precisa ser levado à frente do espelho para ser lido.
Muito mais que parabenizar a cidade, seu objetivo
é fazer com que cada campo-grandense perceba-
-se parte da história e da celebração da data.
“Agradecemos à organização do prêmio pelo
reconhecimento do trabalho desenvolvido pela
Damha Urbanizadora no sentido de valorizar a
importância de Campo Grande na expansão de
seus negócios. Além da preocupação em oferecer
empreendimentos do mais alto padrão, queremos
também fazer parte do dia a dia dos moradores
locais e dessa forma poder comemorar juntos as
conquistas e também as datas mais significativas
para a cidade”, analisa Paulo Montini, gerente de
marketing da Damha.
Parceria da Damha com a Soma Comunicação Integrada, em
comemoração ao 113º aniversário de Campo Grande, leva
troféus nas categorias “Data Comemorativa” e “Master”.
A
Anúncio vencedor: mensagem refletida no espelho
Foto:Divulgação
34 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
NOVIDADE
VOCÊ FAZ
A DIFERENÇA
esde o início de abril é possível acessar o
site www.bairrosustentavel.com.br. No por-
tal estão disponíveis informações e deta-
lhes sobre o Programa Associação Bairro
Sustentável, criado pela Damha Urbanizadora em
2011, com o objetivo de promover o desenvolvimento
conjunto, por meio do apoio às iniciativas sociais, a
requalificação urbana e a valorização social do indiví-
duo, melhorando a autoestima e a qualidade de vida
de todos os cidadãos envolvidos em suas ações.
O trabalho realizado com as comunidades procura
compreender suas principais carências e potenciais.
Uma vez descobertas as necessidades de cada local,
parte-se para um estudo a fim de definir de que for-
ma a empresa pode, no papel de parceira, atuar para
transformar o futuro daquela região. As ações já estão
presentes em cidades como Campo Grande (MS), Ara-
raquara (SP), São Carlos (SP), Cidade Ocidental (GO),
Barra dos Coqueiros (SE), São Luís (MA) e Feira de San-
tana (BA) e devem ser levadas para outras localidades
onde há empreendimentos Damha.
Além de conhecer as primeiras ações do projeto
em cada cidade, o visitante do site pode acompanhar
a evolução das comunidades beneficiadas e enviar
seus comentários, sugestões e críticas diretamente
para a Damha, por intermédio do formulário na pági-
na principal.
Junte-se a nós nesta iniciativa. Participe! Conheça
melhor o projeto que está mudando a vida de pesso-
as em todo o Brasil.
D
Damha Urbanizadora inova mais uma vez
e lança website voltado à sustentabilidade
Página inicial do site
Programa Associação Bairro Sustentável em São
Luís (MA) proporcionando mais qualidade de vida
Foto:WilsonMorticelli
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 35
ECONOMIA
POR QUE O
PLANEJAMENTO
FINANCEIRO FALHA?
nalisamos com atenção nossas contas,
separamos todos os gastos: os fixos e os
variáveis. Descobrimos nosso custo base
mensal e realmente nos comprometemos
com ele, a ponto de sermos capazes de jurar que nos
próximos meses não teremos problemas financeiros.
Não faltará dinheiro, dizemos.
Passam-se algumas semanas (meses, se tiver-
mos sorte) e nos encontramos na mesma condição.
Novamente ficamos sem entender. Já que o plane-
jamento estava tão bem feito, o que falhou? Para
onde foi o dinheiro?
O planejamento financeiro é matematicamente sim-
ples, são sucessivas contas de adição e subtração.
Apesar da simplicidade, planejar carece de alguns
cuidados vitais para que não nos frustremos logo nos
primeiros dias. Somos humanos, suscetíveis a falhas.
Nossa motivação oscila e é realmente complexo lidar
com nossos turbilhões emocionais. Aceitemos.
Podemos, entretanto, aprimorar nosso olhar, pla-
nejar com mais inteligência, enxergar além do óbvio.
Planejamento depende da previsibilidade, e é aqui
que vacilamos. Grande parte dos erros ocorre porque
consideramos apenas os gastos fixos e os variáveis.
Desprezamos uma categoria capciosa de gastos que
todos temos: os gastos sazonais. São gastos que não
ocorrem todos os meses, porém, com um pouco de
bom senso, são previsíveis. Exemplos típicos: IPVA, re-
visão do carro, compras de Natal, presentes de aniver-
sário do(a) parceiro(a), e por aí vai. A lista é extensa.
Ignorá-los é fatal. Certamente virão, trazendo consi-
go uma bagunça financeira que minará nosso ânimo e
fará com que deixemos a organização de lado, trazen-
do frustração e certa descrença em todo o processo.
Uma excelente maneira de contornar esse deslize é
antever e agir de maneira proativa, tomando as réde-
as da situação antes que os boletos ou parcelas che-
guem. Vamos supor, por exemplo, que seu parceiro(a)
faz aniversário daqui a 6 meses e que você deseja
presenteá-lo(a) com passagens aéreas que custam
600 reais. É uma ilusão pensar que o gasto de 600
reais surgirá magicamente em 6 meses. Esse gasto
está acontecendo agora.
Podemos assumir duas posturas: ou ignoramos
esse gasto e esperamos até que chegue a data
da compra das passagens, ou nos posicionamos
acima disso e incluímos esse gasto em nosso pla-
nejamento atual, sem cobranças formais, parcelas
no cartão de crédito ou dor de cabeça. Podemos,
por exemplo, separar 100 reais por mês em um en-
velope ou em uma conta-poupança, criada exclu-
sivamente para isso. Envelopes são especialmente
bons, porque envolvem o simbolismo e a ação fí-
sica, fundamentais para que o planejamento saia
do papel.
Desta forma, o mês do aniversário deixa de ser um
mês pesado. Estaremos preparados para ele. Pode-
mos considerar também que, com os 600 reais em
mãos, à vista, nosso poder de negociação cresce. É
outra vantagem.
A mesma estratégia é facilmente aplicável para pe-
ríodos tradicionalmente turbulentos, como, por exem-
plo, o Natal. Já começamos o ano sabendo que no-
vembro e dezembro são meses críticos. Por que não
nos prepararmos para ele? Por que não investirmos
em um planejamento mais inteligente, para que pos-
samos dedicar nosso foco e nosso potencial financei-
ro ao que realmente importa?
A
por Eduardo Amuri
Planejamento depende de
previsibilidade, e é aqui que vacilamos
Foto:Divulgação
Eduardo Amuri - Formado em psicologia econômica, escreve sobre finanças e comportamento também no
PapodeHomem (www.papodehomem.com.br) e no Dinheirama (www.dinheirama.com).
36 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
GASTRONOMIA
COZINHANDO PARA
TOCAR A ALMA
Texto: Marília Dominicci
Foto:VirnaSantolia
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 37
GASTRONOMIA
árcio Moreira nasceu no Rio de Janeiro.
Quinto filho numa geração de seis, sempre
soube o que é ter de batalhar para conse-
guir o que queria. “Meus pais sempre nos
ensinaram o valor do trabalho. Comecei a trabalhar
aos 12 anos e, ao mesmo tempo, tinha que me virar
em casa. Posso dizer que aprendi a cozinhar olhando
minha mãe e minhas irmãs no fogão”, conta ele, lem-
brando a irmã Marluce que, apesar de maravilhosa
cozinheira, não chegou a seguir a profissão.
Seu primeiro emprego foi em uma marcenaria e,
até os 18 anos, quando se voluntariou para servir a
Marinha do Brasil, nunca havia pensado em se tornar
um chef. “Sempre gostei de ver o sorriso das pesso-
as quando apresentava os pratos no quartel. Também
gostava de fugir daquelas formaturas escaldantes no
sol do Rio de Janeiro. Pensava que, se era para pas-
sar calor, que fosse bem acompanhado por um peda-
ço de picanha”, afirma, rindo. “Decidi realmente bus-
car meu objetivo aos 26 anos, quando me casei com
uma paulista e me mudei para São Paulo. Já me con-
siderava velho, então tinha que correr atrás. Naquela
época – até parece que sou tão velho assim – falava-
-se muito em Emanuel Bassolei, Claude Troigros... é
claro que procurava me espelhar no trabalho deles,
mas quem realmente me abriu as portas da gastro-
nomia foi Bene Ricardo, a primeira chef de cozinha
reconhecida e negra do Brasil. Ela foi uma mãe e uma
professora pra mim.” Foi com ela que o, na época, as-
pirante a cozinheiro começou a participar de eventos,
feiras e congressos, aprimorando conhecimentos e
enfrentando constantemente as próprias críticas. “Sou
inquieto. Nunca estou satisfeito com o que faço. Ainda
não sei se é um defeito, mas me sinto bem assim.”
Márcio enfatiza a necessidade constante de estudo
e dedicação para sobreviver em qualquer carreira. “A
gente não escolhe ser chef. Esse é o posto que te dão.
Acredito que cozinhar é uma dádiva, e aqueles que
fazem isso apenas para ganhar dinheiro não ficam,
muito menos aqueles que acham que ser cozinheiro
é sair em capa de revista. Nesta profissão, como em
qualquer outra, é preciso muita dedicação e, princi-
palmente, muito amor. Quando não estou bem, evito ir
para a cozinha. É energia o que passamos para o ali-
mento. Estamos falando de vida.” Por meio do projeto
“Nossa Panela Brasil”, ele e sua equipe tentam plantar
sementes que poderão mudar o rumo da gastronomia
no país e atrair pes­soas que realmente amem cozi-
nhar, já que considera que o maior desafio de traba-
lhar nessa área é ter de conviver com pessoas que
não têm capacitação ou que acreditam que gastrono-
mia é uma forma de ganhar dinheiro fácil. A cozinha
itinerante criada por ele é um incentivo ao reconheci-
mento do valor da arte culinária e de sua profissão.
M
Foto:VirnaSantolia
“Trabalhar com a Ana Maria me ajudou a pensar mais rápido, a ser mais criativo e a me preparar para a vida”
38 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
Apesar de ter decidido se tornar um chef muito
tempo depois, o carioca serviu sua primeira refeição
“profissionalmente” aos 16 anos, durante uma festa na
vizinhança. “A rua onde morávamos era de moradores
antigos e todos pareciam uma família. Eram poucas
as vezes em que, aos finais de semana, não acon-
tecia uma festa. Em uma dessas ocasiões, uma vizi-
nha queria comer um cozido – aquele famoso cozido
português – e eu me prontifiquei. Já tinha visto minha
mãe fazer e tentei reproduzir. Todos comeram e gosta-
ram, e ainda ganhei uma gorjetinha. Esse, aliás, é meu
prato favorito.” Depois do cozido vieram as culinárias
italiana, francesa e contemporânea, mas, atualmente,
afirma, sua especialidade é a Cozinha da Alma. “Gos-
to de cozinhar e tocar a alma das pessoas, fazê-las
lembrar sentimentos guardados no fundo do cora-
ção”, diz, e se declara apaixo-
nado pela culinária brasileira.
“Depois de anos viajando pelo
Brasil é impossível não dizer
que minha preferência é pela
nossa culinária. Acontece que
a culinária brasileira é resultado
de todas as outras, então, isso
é o mesmo que dizer que sou
da culinária do mundo.”
Em sete anos como Coordenador e Chef de Cozinha
no programa Mais Você, Márcio diz que a experiência
de trabalhar com a apresentadora Ana Maria Braga foi
um divisor de águas em sua carreira, já que, até então,
pensava em gastronomia como muitos pensam: foie
gras, caviar, magret de pato, ou seja, um apanhado de
pratos e ingredientes caros e difíceis de trabalhar. Coi-
sas que impressionam qualquer pessoa. Foi dentro da
cozinha da Ana Maria que ele aprendeu a ver a beleza
das receitas do dia a dia. “Lembro a primeira vez em
que tive que preparar coxinha de galinha no progra-
ma. Me arrepiei todo e ficava me perguntando por que
tinha estudado tanto se era para preparar aquilo. Puro
engano. Toda receita vem acompanhada de uma his-
tória, e todas as histórias são carregadas de emoção.
Hoje, gastronomia pra mim é muito mais que aquilo
que vai no prato, é toda a emoção e o sentimento de
preparar o alimento. Foi ali que aprendi a valorizar o
ser humano e os chefs de cozinha - mães, irmãs, etc. -,
que, apesar de não conhecerem os termos técnicos,
sabem bem o que fazem, administram suas cozinhas
como ninguém e merecem o título. Trabalhar com a
Ana Maria me ajudou a pensar mais rápido, ser mais
criativo, ter algumas respostas – além de perguntas –
para oferecer. Me ajudou a me preparar para a vida.” E
continua: “O programa sempre teve uma preocupação
muito grande em passar a verdade para o seu público
e, confesso, não era fácil apresentar cinco receitas por
semana, cada uma mais diferente que a outra. Haja
criatividade! Foi essa dificuldade que me fez o chef
que sou hoje”.
Márcio Moreira recebeu com carinho o convite para
escrever a coluna Gastronomia & Vinhos da revista
Estilo Damha. “Nossa, é uma proposta e tanto! Melhor
eu pensar... pensei! E aceito. Pretendo escrever sobre
tudo. Sobre comer na carroci-
nha de cachorro-quente, o dia
a dia dentro de uma cozinha
profissional, as dificuldades e
belezas de ser um cozinheiro.
Sobre o mundo dos vinhos e –
por que não? – das cervejas,
cachaças, cafés, drinks. Vou
falar, principalmente, sobre as
minhas peripécias gastronômi-
cas, que são tantas que um dia poderiam virar livro.
Enfim, quero escrever sobre tudo o que está relacio-
nado ao maravilhoso mundo da gastronomia.”
Carismático e bem-humorado, o chef – que afirma
sempre que não é nenhum baú para guardar segre-
dos – decide nos presentear com uma receita. “Quan-
do planejo um prato, penso na versatilidade. Minha
inspiração para esta receita surgiu do pudim de pão
da minha mãe. Não tem ninguém que faça melhor que
ela. Mãe é mãe, né! O que vou mostrar é um delicio-
so pudim de pão, só que numa roupagem mais chi-
que. Não tem quem resista a esta receita facílima de
preparar.” E aproveita para fazer um convite: “Vejam
bem, estou no Rio de Janeiro, aqui pertinho. Venham
me fazer uma visita no Restaurante Empório Gourmet
Show, na Lagoa Rodrigo de Freitas, ou na nossa filial,
no Cadeg. Será um prazer enorme recebê-los. E tem
um desconto especial para quem ler esta matéria.
Vale ou não me fazer uma visita?”.
GASTRONOMIA
Toda e qualquer receita
vem acompanhada de uma
história. Toda história vem
carregada de emoção.
“
”
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 39
GASTRONOMIA
INGREDIENTES
Para o ganache de chocolate branco:
• ½ xícara de creme de leite fresco
• ½ xícara de leite integral
• Raspas da fava de ½ baunilha
• 100 g de chocolate belga branco picado
Para a massa:
• 1 croissant amanhecido picado
• 1 colher de sopa de conhaque
• 1 ovo
PUDIM DE CROISSANT
E CHOCOLATE BRANCO COM
SORVETE DE PISTACHE
MODO DE PREPARO
Ganache:
Numa panela, aqueça o creme de leite, o
leite e a baunilha até levantar fervura. Desli-
gue o fogo e junte o chocolate branco, me-
xendo até dissolver.
Pudim:
Pré-aqueça o forno a 180 graus. Numa ti-
gela, adicione o ovo, 100 ml de ganache
e o conhaque. Bata ligeiramente. Coloque
o croissant num ramequim e regue com a
mistura de ovo, ganache e conhaque. Dei-
xe descansar por cerca de 10 minutos para
que o pão absorva o creme. Leve ao forno
por aproximadamente 20 minutos ou até
dourar. Sirva com sorvete de pistache.
Foto:VirnaSantolia
40 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
DIA DAS MÃES
Mariana Ohata à espera de Luana
FotoArquivoPessoal
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 41
DIA DAS MÃES
O NASCIMENTO
DE UMA MÃE
A chegada de um filho é sempre cercada de expectativas e
inseguranças, e, apesar de dizerem que “mãe é tudo igual”,
cada uma tem um jeito particular de lidar com esse momento.
“Quando nasce um bebê, nasce uma mãe.” Embora inspirado-
ra, será que essa expressão é verdadeira? Será que a materni-
dade é apenas uma questão hormonal e que a inspiração surge
naturalmente? Ou, talvez, fosse mais correto parodiar Thomas
Edison e dizer que “é 99% transpiração”?
Para esta edição, que coincide com maio, mês em que se co-
memora o Dia das Mães, a revista Estilo Damha conversou com
três mulheres que vivenciaram a maternidade em momentos e de
formas diferentes, mas que são a comprovação de que, embora
a estreia no universo materno seja marcante, ser mãe é um contí-
nuo errar e acertar, aprender e reaprender, desconstruir crenças
e preconceitos para dar lugar a um novo olhar.
Texto: Dirlene Ribeiro Martins
42 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
DIA DAS MÃES
Ao preencher o cadastro para adoção, a dona
de casa Elisabeth Oliveira Ferrão e o marido, Elias,
manifestaram preferência por uma criança de até
2 anos. Assim, quando a assistente social ligou e
disse-lhes que havia uma menina de 5 anos na fila
para ser adotada, o primeiro impulso do casal foi
recusar, mas logo mudaram de ideia e decidiram
conhecê-la. Nesse momento, conta Beth, ela já se
sentia um pouco mãe, mas não imaginava o que
estava por vir. O impacto que Amanda lhes causou
foi tão grande que eles chegaram ao meio-dia ao
abrigo e às 16 horas já voltavam para São Carlos
(SP), com a menina. “Assim que olhei já sabia que
era ela”, relembra Beth. Porém, a alegria de voltar
com a menina nos braços foi seguida de muita in-
segurança, pois sabia que a partir daquele instante
a vida dela e do marido não seria mais a mesma.
“Pensei: o que vou fazer agora? Será que saberei
cuidar?”, relembra. E a adaptação não foi fácil, por-
que Amanda, embora pequena, já tinha uma his-
tória, alguns hábitos e uma mãe biológica que a
influenciara a não querer ser adotada.
O medo também acompanhou o nascimento de
Luana, filha da ex-atleta olímpica e educadora física
Mariana Ohata. A gravidez aconteceu num momen-
to bom, em 2010, quando Mariana havia deixado o
esporte e estava construindo com o marido, o tria-
tleta olímpico Reinaldo Colucci, a casa onde mo-
ram atualmente, no Village Damha II, em São Car-
los. Ainda assim, para alguém acostumada a viajar
constantemente, a estar sempre de malas prontas
NO INÍCIO A
INSEGURANÇA
e a ser dona da própria vida, ter um bebê sob sua
responsabilidade foi, como ela mesmo diz, “um cho-
que”. “Eu me vi presa a uma criança e me dei conta
de que a minha vida nunca mais seria a mesma”,
relembra. Embora descreva a filha como um bebê
“excelente”, Mariana teve depressão pós-parto, não
dormia, chorava diariamente e buscou a ajuda de
um psicólogo.
A experiência da terapeuta ocupacional Juliana Co-
rullón foi mais tranquila. Acredita que nasceu como
mãe assim que aninhou o filho Lucano, hoje com qua-
se 2 anos, nos braços pela primeira vez. “A força da
maternidade veio ali, ao perceber que ele parou de
chorar ao ouvir minha voz e sentir meu cheiro”, con-
ta. Mas Juliana, que é mestre em pediatria, especia-
lista em desenvolvimento infantil e também blogueira
(ela escreve no www.mammysico.blogsopt.com.br),
reconhece que o processo durou cerca de um ano,
período necessário para que ela lidasse melhor com
o incômodo causado por uma cesariana desnecessá-
ria, entendesse sua nova rotina e para que mãe e filho
se reconhecessem e aprendessem a se comunicar.
“Durante o primeiro ano do Lucano, como ainda não
decodificava todos os sinais dele, somado às muitas
opiniões externas sobre como devia agir com o bebê
e a enxurrada de hormônios que sofria pela amamen-
tação, fiquei insegura se o estava entendendo direito
e se estava fazendo o que ele precisava, ou como de-
veria fazer para acolhê-lo. Nesses momentos, lembro
que, quanto mais eu titubeava, mais inseguro o Lucano
ficava, eu tinha vontade de chorar, e ele chorava mais!”
Foto:Divulgação
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 43
DIA DAS MÃES
Beth e os filhos Amanda, Paulo, Felipe (de verde) e Eric (no colo): “Se eu fosse mais nova, adotaria mais”
Apesar das dificuldades iniciais, Amanda, hoje com
14 anos, abriu caminho para que, depois dela, o ca-
sal Beth e Elias adotasse mais três crianças: Paulo,
9 anos, Felipe, 6 anos, e o recém-chegado Eric, de
9 meses. Beth tinha uma empresa de comunicação
visual e, quando Amanda chegou, começou a traba-
lhar meio período, com Paulo diminuiu um pouco mais
o ritmo, até a chegada de Felipe, quando deixou a
empresa. “Ele tinha paralisia cerebral, precisava fazer
fisioterapia e tinha de ser carregado. Parei de traba-
lhar, na época foi duro, mas faria tudo de novo”, conta.
A insegurança inicial transformou-se em certeza de
que a maternidade a tornou uma pessoa mais cen-
trada: “Eu era uma pessoa rabugenta, impaciente,
exigente com organização e horários, mas os quatro
NADA DO QUE SE ARREPENDER
filhos me deixaram mais tranquila”. Porém, Beth reco-
nhece uma preocupação, a de que os filhos sofram
qualquer tipo de discriminação, e lembra-se da ex-
periência com o terceiro filho. “O Felipe, além de não
andar, era pequeno demais para a idade dele. Ele so-
nhava em ir para escola, porque acreditava que teria
muitos amigos, mas ele encontrou bastante dificulda-
de. Ele falava ‘eu sou pequeno perto dos meus ami-
gos, eu sou preto’, era difícil para ele entender”, relata.
Beth confessa um único arrependimento, o de não
ter começado a adotar mais cedo: “As pessoas dizem
‘vocês fizeram uma coisa muito boa pra essas crian-
ças’, mas é o contrário, eles é que oferecem muito
pra gente, muito carinho, a gente aprende muito com
eles. Se eu fosse mais nova, adotaria mais”.
Foto Dirlene Ribeiro Martins
44 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
DIA DAS MÃES
Embora tenha sido difícil se adaptar à
maternidade, agora Mariana gosta de seu
papel de mãe. “Tem mulher que nasce
para ser mãe, tem mulher que aprende a
ser mãe, e eu estou nesse processo de
aprendizado. Eu e Luana estamos em
uma fase ótima, em que ela conversa, tem
suas opiniões, agora é que estou curtindo
o fato de ser mãe.”
Ela se lembra de que leu muitos livros
sobre maternidade e que eles não a aju-
daram, pois não se identificava com as
mães retratadas nas obras. “A psicóloga
Com 10 anos, Mariana já participava do triatlo, já
viajava e sonhava em morar sozinha. Mudar-se para
São Carlos (SP), para ela, foi uma realização. “Te-
nho em minha cabeça que filho é para o mundo, até
porque eu fui assim. Você tem que educar, tem que
acompanhar os passos do filho, mas uma hora ele vai
dizer ‘tchau, mãe’. Quero que ela seja independente,
e isso não quer dizer que a amo menos, é uma prova
de amor permitir que o filho siga o próprio caminho.”
UM JEITO
PRÓPRIO
DE SER MÃE
Quando um filho nasce, também nasce uma mãe,
ou seja, uma mulher dá nascimento a um novo papel
no mundo. Uma boa mãe precisa das habilidades
que aquela mulher já havia desenvolvido em sua
vida pré-maternidade.
As capacidades necessárias são a de se colocar
no lugar do outro, a responsabilidade por si mesma, o
autocuidado, a generosidade, o espírito de sacrifício
e, acima de tudo, uma personalidade consistente o
suficiente para não tentar se fundir nos filhos.
É essencial que aquela mulher tenha um conjunto
de valores razoavelmente sólidos para transmitir al-
guma coerência aos filhos. Nem todas as mulheres
são suficientemente seguras de si para assumir esse
papel. Se ela é do tipo que está sempre esperando
a opinião do marido antes de tomar uma decisão de
emergência, provavelmente terá mais dificuldade de
assumir a liderança que a maternidade exige. Diante
desse desafio são muitas as mulheres que recuam,
mesmo que não admitam, pois levam a maternidade
ainda como se fosse uma brincadeira de bonecas.
Perante certas imagens de perfeição à moda anti-
ga, não é raro as mulheres se frustrarem, já que seu
jeito de ser mãe teve de acompanhar o ritmo dos anos
2000. A mulher de hoje, goste ou não, ainda chama
para si toda a responsabilidade pela educaçã­o dos
NOVO PAPEL NO MUNDO Texto: Frederico Mattos
falou para eu jogar tudo fora, porque cada um é de
um jeito, e eu é que tenho de saber qual é a melhor
maneira de cuidar da minha filha.” Pelo tipo de vida
que levava, Mariana demorou para se imaginar como
mãe e, quando decidiu ter um filho, o que lhe vinha à
mente era aquela família tradicional, “toda bonitinha”.
Mas, segundo ela, “foi tudo diferente, acho que sou
uma mãe legal, que anda de bicicleta, brincalhona, e
quero que a Luana me veja assim”.
Mariana e a filha Luana: “É uma prova de amor
permitir que o filho siga o próprio caminho”
FotoElcioCorrea
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 45
DIA DAS MÃES
Juliana e o filho Lucano: “Preciso estar atenta e presente, para
que meu filho tenha um exemplo coerente no qual se espelhar”
Já Juliana acredita que a maternidade apenas
acentuou uma transformação pessoal que já se pro-
cessava desde que passou a estudar e a praticar o
budismo. Hoje, ela, o marido, Antonio Alberto, e o filho
moram no Centro Budista de Viamão, próximo a Por-
to Alegre (RS), onde a terapeuta também é diretora
da Escola Caminho do Meio. Lucano funcionou com
um espelho em que Juliana conseguia enxergar seus
próprios limites. “Fui percebendo o funcionamento
do meu filho e minhas respostas a ele, aprendendo
com meu marido a me harmonizar como família e me
apoderando da capacidade de ser mãe, segura com
minhas escolhas como educadora. Então, percebi
que houve um momento em que me senti plena como
mãe, e não mais insegura e emocionalmente frágil.”
Quando mais nova, Juliana se imaginava como
uma daquelas “mães italianas”, que fazem da casa
um ninho reconfortante, que sempre têm um bolinho
na mesa, que estão sempre alegres e prontas para
acolher. Essas expectativas geraram nela algumas
frustrações iniciais, pois era uma imagem de “per-
feição” a que não podia corresponder. “Nós não es-
tamos sempre alegres, não dá pra ter bolo na mesa,
nem a casa organizada todos os dias. Então, a di-
ferença é que estou aprendendo a relaxar e fazer o
que precisa ser feito dentro do tempo que tenho. Se
não consegui arrumar a casa, elegi prioridades, e a
primeira delas é brincar com meu filho e estar com
meu marido”, declara.
O filho também foi responsável por mudar a visão que
Juliana tem do mundo e como ela se relaciona com ele
e com as pessoas. A educadora acredita que as crian-
ças aprendem através dos exemplos que damos sem
perceber. “Meu mestre, Lama Padma Samten, explica
que elas aprendem ‘pelas costas’, ou seja, não é pelo
que dizemos a elas, mas pelo que fazemos o tempo
todo (mesmo que elas não estejam vendo), pelos nos-
sos hábitos, nossos trejeitos, nossos automatismos.
Elas são nossos espelhos, então ter me tornado mãe
deixou esse ensinamento vivo em mim, de que preciso
estar atenta e presente, para que meu filho tenha um
exemplo coerente no qual se espelhar!”
APRENDIZADO
“PELAS COSTAS”
filhos e, com isso, se sobrecarrega e deixa várias ta-
refas incompletas. Já não consegue suprir as expec-
tativas que tinha de si em reproduzir modelos mais
tradicionais de uma mãe exclusivamente voltada
para o lar.
Para algumas, a maternidade pode virar um pesa-
delo, pois evidenciará o quão caoticamente conduzia
sua vida ou o quão inconsequentes eram suas es-
colhas. Esse chamado pode despertar uma matriar-
ca escondida debaixo da rebeldia de uma garota
contestadora e revelar uma mulher mais dona de si.
Porém, nem sempre a transição é indolor e imediata,
pois a natureza não dá saltos.
Os embates entre o que acontece dentro de casa
e o que se passa no mundo é sempre uma prova de
fogo para sinalizar as negligências ou exageros. A
ida para a escola remete a esse desafio e é uma fase
em que muitas mães exercitam o desapego saudável.
Esse filho que até então era seu começa a ganhar
asas próprias e voar. Dali para frente o voo é lindo e
imprevisível, e cabe a cada mulher deixar que seus
filhos façam seus testes, assim como ela fez.
A melhor mãe, a meu ver, é aquela que entendeu
que precisaria ser uma pessoa melhor antes de tudo.
Frederico Mattos é psicologo e autor do livro Mães Que Amam Demais.
FotoArquivoPessoal
46 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
MODA
Laranja na estampa proposta para o outono, comprovando
o mix de estações. É hora de acrescentar detalhes em tons
escuros e transformar o guarda-roupa.
om a entrada do outono, que traz uma cli-
ma mais ameno e possibilidades de novos
ares, a temperatura começa a cair e permi-
tir uma mudança nas produções. Apesar
da vontade de mudar cores, acessórios, tramas e
padronagens, nosso guarda-roupa ainda mantém a
luz do verão.
Aí é que mora o segredo para não deixar a tal meia-
estação acabar com a criatividade. Roupas com mais
tecido e composições com mais peças podem manter
as cores das altas temperaturas e antecipar a cartela
O IMPORTANTE É
MANTER O TOM!
de inverno. Interessante é mixar o que é com o que
será, transformando um período supostamente mor-
no em verdadeiro laboratório: mantenha a cartela de
verão unida a uma base neutra. Laranjas e amarelos
unidos aos tons de preto, marrom e nude transformam
qualquer closet.
Assim como o amarelo foi o novo rosa do verão – e
se mantém!, o verde abre caminhos para compor as
propostas a partir de agora.
Acrescente calçados mais pesados às produções
e você está pronta para antecipar o que vem por aí!
C
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 47
Animal print se mantém
no inverno, com look
total quebrado pela cor
no maxicolar.
48 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
Body em veludo e saia em
renda, usada no verão. Scarpin
para “pesar” na produção.
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 49
O brilho dourado casa bem
com estampas em tons escuros
e bota aberta na frente.
50 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
Confortavelmente vestida para o dia a dia,
com camisa em seda, jaqueta em linhão estilo
Chanel e body inteiriço. Nada em lã, mas nada
vaporoso. Note os detalhes em couro.
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 51
Estampa PIED-DE-POULE,
usada com brilho e ankle boot
em crochê: uma maneira de
modernizar o clássico!
52 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
Apesar do decote generoso, o bordado
em paetês e a bota transformam o vestido
em produção para dias de temperatura
mais baixa. Ouro em alta!
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 53
Transparência, mangas
longas e brilho no preto de
todas as baladas...
54 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
Estampa do animal na seda leve do vestido
de mangas longas. Jovem, descontraído
e usável no dia a dia com oxford. A renda
aparece nos calçados da próxima estação.
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 55
Shorts, casaqueto, oxford e
maxicolar no novo tom das
passarelas: verde!
Modelo: NAIARA MIRANDA
Fotos: HENRIQUE SANTOS
Produção e texto: MÔNICA ZAHER
CONSULTORIA DE IMAGEM
Colaboração: Helô Boutique
Araraquara; Equilibrio Bento de
Abreu e acervo Mônica Zaher.
56 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
MÚSICA
Uma joia
da música
brasileira
Parceiro de grandes nomes da
MPB, Breno Ruiz já compôs
mais de 70 músicas ao lado de
Paulo César Pinheiro
le tem apenas 30 anos, mas histórias de
quem já viveu 100. Sensível e amável, Bre-
no Ruiz é a essência musical em forma de
gente. É a composição perfeita entre o ho-
mem e o instrumento. Um talento raro. Monstro sagra-
do da música brasileira e, se ainda não consagrado,
é por causa do produto vil que nos é imposto diaria-
mente pelo mercado.
“Eu toco desde os 10 anos”, disse ele logo no início
de nossa conversa, para ‘desformalizar’ a entrevis-
ta, que aconteceu na sala do apartamento de uma
amiga que temos em comum, no bairro Pacaem­bu,
em São Paulo.
Filho único, trouxe para si a responsabilidade de
cuidar da casa depois da separação dos pais, quan-
do tinha 14 anos. E com um teclado, o que era pra ser
apenas um complemento, acabou sendo a principal
fonte de renda da casa. “Mas eu não tinha paciência
para o teclado. Meu sonho era tocar piano. E nosso
primeiro encontro se deu no colégio lá em Itapetinga.
Eu matava aula para ficar tocando no salão nobre.”
Mas, antes disso, já compunha suas próprias mú-
sicas. Um dia, ao reger o coral de um centro espírita,
conheceu Rafael Altério, padrinho de casamento e
parceiro de Ivan Lins. Pensou: “Vou atrás desse cara
e vender uma música minha para o Ivan”. Com o tem-
po descobriu que os atalhos não eram tão curtos.
Mas os caminhos trilhados por Breno Ruiz fizeram
com que ele se tornasse parceiro de grandes nomes
da música brasileira, como Tetê Espíndola, Renato
Braz, o próprio Ivan Lins e, talvez o principal deles,
Paulo César Pinheiro.
Sobreviver da música não é fácil. Aos 27 anos, já
com grandes composições, Breno entrou em crise pro-
fissional e foi para Marília estudar medicina. Ou tentar.
“Eu não quero morrer de fome. Não quero ter a mesma
sina de Nelson Cavaquinho, de Van Gogh e de tan-
tos outros gênios incompreendidos, até porque eu não
sou gênio. Eu faço uma música bonita, eu me emocio-
no com a minha música, mas estou muito aquém da
genialidade. Por isso tentei fazer uma faculdade.”
A medicina ficou no interior, assim como o interior
ficou para trás na vida de Breno Ruiz. Hoje, morando
em São Paulo, ele divide a dedicação ao trabalho mu-
sical com os estudos de psicologia. “Aprendi que não
dá para deixar a música.”
A canção de Breno Ruiz é algo fora do nosso tempo.
Talvez a mistura da música brasileira do início do sé-
culo passado com a espiritualidade contemporânea
desse jovem, seja o segredo dessa receita. Quando
compõe, a música chega a ele. “Tudo o que se faz
com verdade, não tem como dar errado. É um Sacro
Ofício. O momento de criar é sagrado, não tem outra
possibilidade.”
E
Texto: Décio Junior
FotoSergioFerreira
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 57
MÚSICA
Parceria com Paulo César Pinheiro
Um dia, Breno descobriu que um dos sócios do te-
atro Elis Regina, em São Bernardo do Campo (SP),
era Paulo César Pinheiro, um dos maiores letristas da
MPB, parceiro de Baden Powell, Lenine, Carlos Lyra,
Clara Nunes e outros músicos brasileiros. Determina-
do, conseguiu fazer com que sua música chegasse
ao ídolo. “Descobri que 90% do que eu gostava de
ouvir tinha o dedo de Paulo César Pinheiro. Então,
como não deu certo com o Ivan Lins, quando eu tinha
14 anos, tentei arriscar com o Paulinho.”
Paulinho. A forma íntima com que Breno se refere
ao “poeta” foi construída ao longo de uma parceria
recente, mas que já rendeu mais de 70 canções. Na
biografia do compositor, intitulada A letra brasileira de
Paulo César Pinheiro – uma jornada musical, escrita
por Conceição Campos e publicada pela Casa da
Palavra, Breno é citado ao lado de Tom Jobim, Dory
Caymmi e Gal Costa. “Que medo”, brinca, surpreso.
Breno inaugura a quinta geração de parceria de
P. C. Pinheiro e retoma, de forma contemporânea, o
trabalho que era feito com Pixinguinha e Tom Jobim.
Breno Ruiz não é apenas um nome. É um talento.
Sua música toca a alma. Faz arrepiar a pele e, con-
fesso, me fez deixar cair algumas lágrimas durante
esta entrevista. E, se me permitem, usarei palavras
de Vinícius para descrever esse talento:
(Ruiz) “Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica.”
(Trecho de Soneto do Amigo – Vinícius de Moraes)
FotoSergioFerreira
58 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
BAIRRO SUSTENTÁVEL
os dias 9 e 10 de março, a Damha Urbani-
zadora promoveu o projeto de revitalização
urbana a Comunidade Vila São Francisco,
em Feira de Santana (BA). A ação, dividida
em etapas, incluiu a restauração do piso da praça da
comunidade, seguida pela estruturação e pintura da
escola local e construção de um muro para separar a
Comunidade e a via de acesso ao empreendimento.
O objetivo deste projeto é, além de garantir maior
segurança aos moradores, atender a uma deman-
da levantada pela população do bairro durante as
reuniõe­s com a Associação Bairro Sustentável, que
começaram em janeiro de 2013, bem antes da che-
gada do empreendimento à cidade. No diagnóstico
realizado com a comunidade, observou-se grande
necessidade de revitalização urbana. Então, chegou-
-se ao formato da ação, apoiada pela Damha.
Esta é mais uma iniciativa da Associação Bairro
Sustentável e contou com a participação da equipe
da ABS, Oficina da Sustentabilidade e moradores da
Comunidade São Francisco, que está localizada a
aproximadamente 200 metros do residencial que será
implantado na cidade.
“Essa ação representa apenas o primeiro passo
na direção do atendimento às prioridades da área
de influência direta do empreendimento, que inclui a
Comunidade São Francisco, além de proporcionar o
diálogo com a vizinhança e trazer benefícios ao dia a
dia dos moradores e alunos”, comenta Fernanda To-
ledo, presidente da Associação.
N
COMUNIDADE SÃO FRANCISCO
RECEBE AÇÃO DO PROJETO
Ciente da importância de seu papel no crescimento e desenvolvimento dos
bairros próximos aos seus projetos, a Damha Urbanizadora criou o Programa
“Associação Bairro Sustentável”, que tem por objetivo desenvolver o
empreendimento e o entorno no qual ele foi inserido conjuntamente e de forma
sustentável, contribuindo com a qualidade de vida de toda a população.
A atuação principal do programa é a requalificação e a valorização urbana.
Participantes do mutirão
Foto Divulgação
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 59
BAIRRO SUSTENTÁVEL
ESCOLA GANHA HORTA
E PROJETO DE DESCARTE
DE RESÍDUOS RECICLÁVEIS
m 18 de março, a Damha Urbanizadora,
por meio da Associação Bairro Sustentável,
realizou mais um projeto para beneficiar
comunidades no entorno de seus empreen­
dimentos: a instalação de uma horta e a criação de
um espaço adequado para descarte de resíduos re-
cicláveis e orgânicos na EMEF Luiz Roberto Salinas
Fortes, no Jardim Paraíso. O objetivo foi promover a
integração entre alunos, escola e comunidade, além
de incentivar o cultivo de alimentos orgânicos.
A ação reuniu cerca de 800 alunos, pais e funcio-
nários da escola. Os participantes foram auxiliados
por especialistas e aprenderam a criar e cuidar da
horta e também a cultivar hortaliças. Isto porque o
cultivo de alimentos frescos e saudáveis reflete-se
diretamente na melhoria da nutrição dos alunos. Eles
terão a chance de aprender, na prática, algumas li-
ções de sustentabilidade e informações sobre o cul-
tivo de alimentos orgânicos. Além disso, criou-se um
espaço para descarte de resíduos recicláveis, otimi-
zando e organizando a coleta seletiva, além de uma
composteira que produzirá insumos de adubo para
a horta escolar.
O projeto é mais uma iniciativa da Associação Bair-
ro Sustentável, visando melhorar e promover o bem
estar dos frequentadores da escola e promover a in-
tegração da comunidade. Envolveram-se na ação a
equipe da ABS, alunos, pais, funcionários da escola e
profissionais da Oficina da Sustentabilidade, empresa
parceira da Damha Urbanizadora nas ações, que se
iniciaram no dia 1 de março, com a visita ao local para
a avaliação do espaço disponível.
“Estamos atuando como facilitadores, viabilizan-
do a criação da horta escolar, propondo soluções,
fornecendo todas as ferramentas e orientações ne-
cessárias para que seja implantado o projeto”, diz
Fernanda Toledo, presidente da Associação Bairro
Sustentável. “A ação também é uma boa oportunida-
de de promover a colaboração entre alunos e escola
com a comunidade.”
E
Ação da Associação Bairro Sustentável, da Damha Urbanizadora,
movimenta escola em Araraquara (SP) para promover maior
integração entre alunos e comunidade.
Sementes e mãozinhas para cultivar a horta da escola
FotoDivulgação
60 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
BAIRRO SUSTENTÁVEL
“SUA CASA DE
CARA NOVA”
os dias 6 e 7 de março, a Damha Urbaniza-
dora promoveu na Vila dos Pescadores, em
São Luís (MA), mais uma etapa do processo
de revitalização das casas da comunidade
localizada na Praia de Araçagy, Paço do Lumiar, vizi-
nha ao empreendimento da empresa.
A ação aconteceu em duas etapas: na noite do dia
6, foi apresentado aos moradores da Vila o vídeo do
mutirão de pintura das casas realizado no mês de
outubro de 2012, além da exibição de um desenho
longa metragem que levou mais entretenimento às fa-
mílias do vilarejo. Já durante todo o dia 7, foi lançado
o projeto “Sua Casa de Cara Nova”, na residência de
um dos moradores.
O “Sua Casa de Cara Nova” apresentou uma oficina
ministrada por especialistas em decoração e arqui-
tetura, que ensinaram os moradores a organizarem
suas casas a partir de materiais reutilizados, como
caixotes de madeira e pneus, entre outros, criando
um ambiente mais agradável e com melhor qualida-
de de vida. A partir de poucos recursos, mas muita
criatividade, o objetivo é que as pessoas sejam ca-
pazes de transformar seus lares em ambientes mais
agradáveis e que otimizem a organização do espaço.
Foi mais uma ação da Associação Bairro Susten-
tável, criada pela Damha para melhoria das comu-
nidades do entorno. As arquitetas Fernanda Toledo
(presidente da Associação) e Amanda Damha, além
da consultora em sustentabilidade Monica Picavêa,
estiveram na capital maranhense para participar do
projeto e fornecer dicas aos participantes.
“Essa ação representa a continuidade do nosso pro-
jeto de revitalização da Vila, uma vez que, após tra-
balharmos na parte externa das casas, participamos
da reforma do interior também”, comenta Fernanda
Toledo. “A apresentação do vídeo é importante, pois
procuramos contar um pouco da história da comuni-
dade, resgatando seus valores e contribuindo para o
aumento da autoestima. A iniciativa, além de promover
o aspecto socioambiental e a revitalização do bairro,
apresenta um aspecto muito importante para a comu-
nidade, que é o de ser o ponto de partida para a trans-
formação. Agora, com novas ações, queremos cada
vez mais integrar o empreendimento ao entorno”.
Desde 2012, a instituição já realizou ações que en-
volveram um mutirão para revitalização das casas,
com assentamento das madeiras e pintura e sessão
de cinema na praia. As duas atividades contaram
com aproximadamente 50 pessoas.
“Estamos gostando muito dessa ação que a Damha
está fazendo com a gente aqui na Vila dos Pescado-
res. Espero que realmente sirva para melhorar cada
vez mais a nossa condição de vida. Vamos continuar
trabalhando juntos para conseguir ainda mais bene-
fícios”, comenta o Sr. José Reis, conhecido como Zé
Reis, morador da comunidade.
N
FotoWilsonMorticelli
Damha Urbanizadora dá continuidade a
trabalho iniciado em outubro de 2012 e
incentiva qualidade de vida por meio da
sustentabilidade
Reutilização de materiais na decoração de ambientes
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 61
condomínio
epois de muito sacrifício para comprar,
construir ou alugar uma casa ou aparta-
mento, prepare-se para exercer uma nova
função em sua vida: a de condômino.
O primeiro desafio é aprender a compartilhar es-
paços e decisões com dezenas, centenas ou até mi-
lhares de outras famílias, que têm hábitos, conceitos,
manias e princípios extremamente diferentes.
Morar em condomínio representa uma opção mo-
derna, prática, segura e economicamente viável, so-
bretudo nos grandes centros urbanos, o que por si só
explica o atual boom imobiliário.
Os condomínios são notáveis exemplos de socieda-
des organizadas. Para neles viver, é preciso bom sen-
so, espírito de grupo e respeito ao próximo, além de
disciplina e pleno atendimento às normas e regras de
convivência. Sem falar na responsabilidade de pagar
a quota condominial em dia, para não onerar o vizinho.
Entretanto, o morador de condomínio deve se pre-
parar para lidar com conflitos e debater questões
complexas, como previsão orçamentária, contas, ba-
rulho, vazamentos, festas, cachorros, vagas de gara-
gem, inadimplência, segurança.
Antes de efetivamente se mudar para um condomí-
nio, é essencial preparar o espírito para a vida em co-
munidade, assim como conversar muito com os filhos
sobre regras e respeito ao próximo.
Ler atentamente a Convenção de Condomínio e
o regulamento interno é um ótimo exercício para
o condômino conhecer todos seus direitos, deve-
res e obrigações, especialmente a forma de usar
e conservar as áreas e equipamentos comuns, a
forma de administração do condomínio, as pena-
lidades aos infratores, as proibições, as funções
dos membros do corpo diretivo, os prazos para
convocação de assembleias, o quorum necessário
para deliberação e votação dos assuntos, as limi-
tações de horário para festas, reformas e mudan-
ças, as normas para manter animais domésticos, a
forma de usar as garagens, entre outros assuntos
relevantes.
Acima de tudo, quem opta por morar em condomí-
nio precisa estar preparado para participar da vida
coletiva, fazendo críticas construtivas e colaborando
para o convívio harmonioso, equilibrado e pacífico
entre as famílias.
d
A nobre arte
de viver em
condomínio
por Marcio Rachkorsky
Para viver em condomínio,
é preciso bom senso, espírito
de grupo e respeito ao próximo.
Foto:Divulgação
Marcio Rachkorsky - advogado especializado em condomínios há mais de 20 anos, comentarista e
apresentador da TV Globo/SP e comentarista na Rádio CBN. Escreve também no caderno de Imóveis
da Folha de São Paulo, aos domingos.
62 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
PERFIL MORADOR
UM FILHO,
UMA ÁRVORE
E UM LIVRO
SÃO APENAS
O COMEÇO
Paulo Coli é um dos mais bem-sucedidos empreendedores
do país. Pai, marido e apaixonado pelo golfe, o empresário
nos presenteia com uma história de vida que se mistura
com a história da cidade que escolheu adotar como sua.
aulo é apaixonado por esportes, um lado
aventureiro que ele afirma ter desde crian-
ça. “Quando eu tinha 8 anos de idade havia
uma brincadeira que se chamava ‘arqui-
nho’. Você pegava um pneu e tinha que equilibrar
esse pneu e empurrar pela maior distância possível.
Cheguei a empurrar o arquinho, por exemplo, de São
João da Boa Vista a Águas da Prata”, conta o empre-
sário que também já foi ciclista, participou do Rally
dos Sertões, praticou trekking e fez uma viagem ao
acampamento base do Everest.
Filho de professores, nascido em São João da
Boa Vista (SP), viveu parte da infância em Araras
(SP). Na adolescência, mudou-se com os pais para
São Paulo, onde morou em vários lugares, frequen-
tou colégio de padres – ao que atribui seu lado
“rebelde” – e iniciou seus estudos técnicos na ETI
Lauro Gomes, em São Bernardo do Campo (SP).
Foi nessa época que conheceu Fátima, sua esposa,
quando ela tinha ainda 14 anos. “Conheci a Fátima
num ‘evento’ em que fui ser juiz de pista de corrida
de carrinhos de rolimã. A escola ficava no alto de
um morro e, na entrada, tinha uma pista enorme.
Era algo importante na região, a escola era muito
grande. Foi como nos conhecemos, no meio daque-
la baderna.”
P
FotoArquivoPessoal
Entevista à Marília Dominicci
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 63
PERFIL MORADOR
Fátima: “Nós temos um companheirismo
de 34 anos. Ficamos juntos tanto quanto possível”
Depois disso vieram o curso de engenheiro
tecnólogo e, finalmente, a faculdade de Enge-
nharia Industrial, a mudança para São Bernardo
do Campo – onde começou a trabalhar para a
Brastemp – e o casamento, que já dura 34 anos.
Foram 14 anos na empresa e, ainda assim,
Coli nunca deixou de lado o objetivo de cons-
truir seu próprio negócio, chegando a investir
em diversos segmentos – incluindo uma loja de
discos –, até que, em 1986, foi convidado a tra-
balhar para a Clímax, empresa de São Carlos
(SP) que, na época, buscava montar uma estru-
tura de engenharia. A planta em que trabalhava
foi vendida para a Electrolux, e sua decisão de
não acompanhar a empresa foi o que chamou a
atenção do grupo Engemasa e deu início ao pro-
jeto que veio, em 1994, a se tornar a Latina. Com
dois anos de vida, sua curva de crescimento pe-
dia maiores investimentos, e foi firmado contrato
com o BNDES. “Um trabalho da nossa área de
marketing mostra que a Latina, de 2002 a 2012,
cresceu 300%, ou seja, tem tido um crescimento
muito legal.”
Dizem que um homem
tem que plantar uma
árvore, ter um filho e
escrever um livro. Já fiz
tudo isso e ainda estou
longe de parar
“
”
FotoArquivoPessoal
FotoArquivoPessoal
64 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
PERFIL MORADOR
Estilo Damha – Considerando o impacto desses
eventos sobre empresas, população e cofres públi-
cos, qual a sua opinião a respeito da realização da
Copa do Mundo (2014) no Brasil?
Paulo Coli – Eu acho a Copa uma coisa muito le-
gal, mas acredito que o país não esteja preparado
pra isso. Não tem muito sentido, pra mim, investir bi-
lhões em estádios de futebol que, um mês depois da
Copa, não terão nenhuma finalidade a não ser rece-
ber jogos de futebol aos quais irão, no máximo, um
décimo da capacidade do público do estádio. Por
exemplo: o Brasil vai começar jogando em São Paulo,
e vai jogar em um terço dos campos que estão sen-
do construídos. É óbvio que o brasileiro, se puder, vai
acompanhar a seleção jogando nesses campos, mas,
e os outros times? Quer dizer, será que um espanhol,
um japonês, um italiano virá pro Brasil acompanhar a
Copa do Mundo como se está imaginando?
ED – Seguindo esse raciocínio, a Copa no Brasil se-
ria algo como a Copa da África do Sul?
PC – Conheço a África do Sul e, na minha opinião,
a Copa aqui vai ser pior. Por quê? Lá os estádios são
próximos. Imagine aqui: se um time tiver que jogar
em Porto Alegre e em Recife e depois em Brasília, vai
ser complicado pro time e pra quem for acompanhar.
Você vai chegar a São Paulo pra ver um jogo, descer
em Congonhas e pegar a Marginal pra ir pro estádio
em Itaquera? Tem também a questão da segurança.
Enfim, é uma coisa bacana, o Brasil é o país do fute-
bol, mas me parece que isso não é uma prioridade.
ED – Sua opinião a respeito das Olimpíadas (2016)
é a mesma?
PC – Quanto à Olimpíada, eu já penso diferente.
São muitos esportes, e isso inspira qualquer garo-
to. Se ele não quer nadar, vai correr, se não quer
correr, vai fazer outro esporte. É um evento locali-
zado em uma única cidade, que é o Rio de Janeiro.
Como o investimento é localizado, é um negócio lo-
gisticamente mais adequado, um projeto que pode
ser muito mais organizado. Depois vem a Paraolim­
píada, que é outro evento muito importante. São ou-
tros muitos brasileiros que vão se projetar. Eu acho
a Olimpíada, no geral, uma coisa bacana. Já quanto
ao futebol, eu tenho minhas dúvidas.
Fátima, Coli e a filha Mayla com seu marido Guilherme
FotoArquivoPessoal
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 65
ED – Sustentabilidade, hoje, é uma questão para ser
encarada a partir de qual ponto de vista? Qual é seu ali-
nhamento e o alinhamento da Latina sobre o assunto?
PC – Essa é uma questão estrutural. Na minha opi-
nião, não faz mais sentido você não estar engajado
em projetos de sustentabilidade. Temos problemas
climáticos, de poluição e de infraestrutura. Isso é fato.
Estivemos em Shangai algum tempo atrás e há uma
névoa constante lá que é pura fumaça. É poluição.
Se você parte da premissa de que fazer sua par-
te, cuidar do seu ambiente, do seu lixo, é estar li-
gado à sustentabilidade, vê que não é nada difícil.
Sustentabilidade é um jeito de viver. As pessoas di-
zem que no Brasil não se tem educação, mas é um
processo lento.
Quando eu era garoto, matar passarinho era diversão
e era algo incentivado. Hoje, as pessoas sabem que
não é assim, que é natureza e que você tem que cui-
dar, proteger. As coisas estão evoluindo de uma forma
legal. Não na velocidade que a gente quer, mas estão.
A Latina tem políticas ligadas a cerca de 80 institui-
ções da região. Estamos ajudando pequenas e gran-
des ações, e 100% do que é produzido na empresa,
de alguma forma, é reciclável. Se você produz algo
que, quando descartado, poderá ser completamente
reutilizado, então, está agindo dentro da cadeia de
sustentabilidade.
PERFIL MORADOR
FotoArquivoPessoal
ED – Foi essa preocupação com a sustentabili-
dade – além do campo de golfe – que trouxe sua
família para o Residencial Damha São Carlos?
PC – O projeto Damha de urbanização é muito mo-
derno, muito relacionado com o que as coisas deve-
riam ser, ou serão, daqui a algum tempo. Você tem
espaço, tem segurança, tem lazer, tem atividades, e
percebe as pessoas preocupadas com a poluição,
com o paisagismo e a preservação.
No campo de golfe, dá pra perceber uma preocu-
pação muito grande com os animais que frequentam
o campo, com a vegetação, com a manutenção do
cinturão verde. Eu acho que isso é ótimo, ainda mais
estando ao lado de uma cidade que não nasceu com
essa visão, com essa preocupação com a infraestru-
tura. Você consegue melhorar aqui e, com isso, me-
lhorar outros lugares também.
Em 2005, fomos convidados por um amigo para
conhecer um empreendimento em que estavam
construindo um campo de golfe. Eu, que já gos-
tava um pouco, me encantei pela brincadeira. O
golfe é um esporte curioso porque não tem idade.
Um garoto de 10 anos pode jogar com um senhor
de 80, eu já vi essa cena. Além do que, você não
joga contra alguém, você joga contra o campo.
Pode-se jogar sozinho, por exemplo, e ter a mes-
ma qualidade.
“É muito bom acordar de manhã, vir pra cá, encontrar os amigos. Cada partida dura mais ou
menos 4 horas e meia. São 4 horas e meia de conversas, piadas, apostas, relacionamento”
66 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
É hora de
jogar golfe
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 67
Damha Golf Club se firma como referência
nacional e abre suas portas para iniciantes
terem um primeiro contato com o esporte
que volta às Olimpíadas em 2016
Texto: Henrique Fruet
FotoDivulgação
68 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
DAMHA GOLF NEWS
silêncio só é quebrado pelo estridente can-
to dos quero-queros. Há verde por todo o
lado. Árvores e flores de diversas espécies
ajudam a compor o cenário bucólico, junto
com um ou outro tucano ou gavião que parece obser-
var a cena de longe. De vez em quando, ouve-se um
forte estampido, fruto do contato de um taco a 150
km/h com uma bola branca de 42,67 mm de diâmetro.
Ela voa por mais de 200 metros, em direção a um
ponto ao longe, onde se avista uma bandeira vermelha
tremulando, indicando a localização de um buraco. É lá
que a bola irá repousar, depois de mais algumas taca-
das, e assim sucessivamente por um total de 18 trajetos
diferentes que compõem um campo de golfe oficial – ou
18 buracos, como se diz no jargão do esporte.
Mesmo que você torça o nariz para o golfe e nunca
tenha tido a curiosidade de conhecer a prática mais
a fundo, não há como negar: esse é um dos esportes
que mais propicia contato com a natureza. Propicia
também a descoberta de qualidades que o golfista
aos poucos vai percebendo dentro de si, como poder
de concentração e de superação, respeito a regras e
aos parceiros de jogo e capacidade de se harmonizar
com a natureza, entre muitas outras vantagens (há
estudos que chegam a afirmar que o golfe aumenta
em cinco anos a expectativa de vida, entre outros be-
nefícios à saúde).
Natureza, por sinal, é o que não falta no Damha Golf
Club, campo inaugurado na cidade paulista de São
Carlos em 2006 pelo Grupo Encalso Damha. Ele é uma
das principais atrações do Parque Eco Esportivo Da-
mha, que reúne também represas, trilhas ecológicas,
centro hípico, centro de treinamento de esportes diver-
sos, como triatlo, e o Parque Eco Tecnológico.
O
FotoDivulgação
Foto aérea do Damha Golf Club
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 69
DAMHA GOLF NEWS
Dr. Anwar, como é carinhosamente chamado pe-
los funcionários e colaboradores, convidou Rossi
para desenhar o campo em 2003, e fez questão
de acompanhar de perto todos os detalhes, des-
de o projeto do campo até o da suntuosa sede,
erguida com madeira de tulhas de café adquiridas
de fazendas centenárias da região. Rossi se es-
forçou para sintetizar décadas de experiência em
golfe num só projeto. Nascido na Argentina, ele se
considera brasileiro de coração. Começou a jogar
golfe aos 5 anos. Aos 17, já era golfista profissional
e, um ano depois, venceu seu primeiro torneio, o
Aberto do Uruguai – na época foi um dos profissio-
nais mais jovens do mundo a vencer um torneio. “O
Damha Golf Club é minha obra-prima. Coloquei lá
toda a experiência de uma vida toda jogando golfe
pelo mundo inteiro”, diz.
O jovem Damha Golf Club se tornou em pouco tempo
referência nacional e um dos principais do país. Para
ser mais exato, o 4º melhor do Brasil, segundo a revista
americana Golf Digest, a bíblia do esporte. Nada mal,
ainda mais se levarmos em conta que o Brasil, em seus
mais de 110 anos de golfe, possui mais de 115 campos.
É impossível falar no Damha Golf Club sem citar dois
nomes: Anwar Damha e Ricardo Rossi. O campo de
golfe de São Carlos é fruto do sonho de ambos, que
colocaram boa parte de sua alma e de seus corações
no empreendimento. O Damha Golf Club é resultado de
mais de um século de experiência e excelência, se le-
varmos em conta o tempo de atuação de cada um deles
em suas respectivas áreas. Fundador do grupo Encalso,
Anwar Damha é o idealizador do Damha Golf Club e do
Parque Eco Esportivo; já Rossi é um dos maiores golfis-
tas que o Brasil já teve e foi o designer do campo.
FotoDivulgação
O Club House é uma atração à parte
70 | Estilo Damha	 Abril | Maio 2013
A boa notícia é que essa maravilha de 70 hectares
projetada por Rossi está disponível para quem quiser
conhecê-la. O Damha Golf Club é um campo público,
ou seja, é aberto a visitantes, diferentemente de clubes
de golfe fechados, cujo acesso só é permitido a só-
cios. Um almoço e jantar no refinado restaurante Tulha,
que funciona na sede do clube, é um bom primeiro
contato com a beleza do lugar. Mas não fique só nisso.
Uma vez no Damha Golf Club, não deixe de falar
com os responsáveis pelo golfe para conhecer me-
lhor a infraestrutura do local. Aproveite também para
agendar uma aula com o Antonio Araújo, o Peba, ou
com o Ricardo Salinas, os dois profissionais do clube.
Informe-se na secretaria, pois volta e meia o campo
organiza clínicas (aulas coletivas) gratuitas. E leve
seus filhos, pois as crianças podem participar da Aca-
demia de Golfe Dr. Anwar Damha, iniciativa inédita do
clube para desenvolver o golfe entre jovens, que não
DAMHA GOLF NEWS
pagam nada para aprender tudo sobre o esporte.
“Uma das características principais do Damha é ser
um clube aberto e receptivo. Queremos mostrar que
o golfe é acessível e incentivar a sua prática. Poucos
esportes permitem uma integração tão grande entre
as pessoas e podem ser praticados pela família toda.
Estamos de portas abertas para receber os iniciantes,
ainda mais os moradores de condomínios Damha”,
diz Carlos Gonzalez, presidente do Damha Golf Club.
Essa é uma boa hora para ter um contato mais pró-
ximo com o golfe, pois em 2016, no Rio de Janeiro, o
esporte voltará a ser um esporte olímpico, após 112
anos de ausência. Por conta disso, o golfe brasileiro
tem passado por enormes avanços, com a realização
de grandes torneios – muitos deles, aliás, realizados
no próprio Damha, que já recebeu eventos como o
Aberto do Brasil (principal competição profissional
do país), Aberto de São Paulo, Brasileiro Juvenil,
FotoDivulgação
Carlos Gonzalez, Barrichello e Álvaro Almeida
Abril | Maio 2013	 Estilo Damha | 71
ÚTIL:
Damha Golf Club
Parque Eco-Esportivo Damha
Rod. SP 318 – km 234
São Carlos, SP
Tel.: (16) 2106-6053
www.dgc.com.br
golf@damha.com.br
Brasileiro Sênior, a final sul-americana da Faldo Se-
ries (circuito mundial juvenil) e etapas do CBG Pro
Tour, o Circuito Brasileiro de Golfe.
E por falar em torneio, a grande marca do clube é o
Aberto Damha Golf Club, torneio de maior importân-
cia organizado pelo próprio campo e que chega em
2013 à sua sétima edição. O campeonato, que é con-
siderado o evento de golfe mais divertido e animado
do País, reúne golfistas de todo o Brasil, além de em-
presários e celebridades, como o piloto Rubens Bar-
richello e o ator Humberto Martins.
Além de uma competição de excelente nível técnico,
o Aberto Damha Golf Club realiza festas memoráveis,
com apresentações musicais de diversos ritmos e es-
tilos, que já incluíram orquestras sinfônicas, escolas
de samba e um bom rock. Nessas horas, o canto dos
quero-queros e o estampido das tacadas dão lugar a
notas musicais que embalam muita diversão.
DAMHA GOLF NEWS
FotoDivulgação
Carnaval completo com bateria
e porta-bandeira já foi atração no Aberto
Agora que você já conhece nossa
história e trajetória nas próximas
edições esta seção terá muitas no-
vidades do golfe e de nosso clube.
Revista Estilo Damha Nº 4
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Revista Estilo Damha Nº 4

  • 1.
  • 2. 2 | Estilo Damha Abril | Maio 2013
  • 3. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 3
  • 4. 4 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 Especial Marília (SP) 08 40 Capa: Gal, a mutante voltou Damha News: Novidades e notícias da Damha Economia: Por que o planejamento financeiro falha? Gastronomia: Cozinhando para tocar a alma Moda: O importante é manter o tom Dia das Mães: O nascimento de uma mãe Música: Uma joia dos sentidos Bairro Sustentável: Ações do programa nas comunidades Damha Golf News: É hora de jogar golfe Faça o Bem: O resgate da autoestima PET: Sol, água e muita segurança Varal Cultural: Dicas e novidades Aconteceu Eventos que marcaram os residenciais 28 31 35 36 46 56 58 66 72 75 84 88 Índice 78 Arquitetura: Unindo o útil ao agradável Perfil Morador: Paulo Coli62 Condomínio: A arte nobre de viver em condomínio61
  • 5. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 5 ocê, que tem lido as edições anterio- res da nossa revista ESTILO DAMH­A, deve ter percebido as trans­­­­­for­­­mações constantes que temos realizado na sua qualidade editorial. Essas transforma- ções são resultado do trabalho obstinado da nossa equipe de marketing para colocar, ao seu alcance, uma revista mais gostosa de ler, com mais conteúdo e com belas reportagens sobre as cidades que, em breve, contarão com empreendimentos DAMHA. Esse esfor- ço não é isolado. Ao contrário, ele é parte de um plano de comunicação de qualidade, de longo prazo, e com etapas importantes a ser cumpridas pela nossa equipe. Agora, chegou o momento do anúncio oficial de mais uma dessas iniciativas, o início do programa “DAMHA PARA VOCÊ”, um pro- grama previsto para durar um ano, período no qual clientes, corretores, proprietários de imobiliárias, parceiros e outros interessados poderão participar de várias atividades que, além de oferecer a oportunidade de conhe- cer melhor a DAMHA URBANIZADORA e as ações que ela realiza, possibilita também que os participantes concorram a bons prêmios. No portal exclusivo, o www.damhaparavoce. com.br, será possível entender o regulamen- to do programa, fazer a inscrição, acompa- nhar os pontos conquistados e, é claro, saber quais prêmios o programa estará distribuindo. Outra boa notícia é o lançamento do website voltado à sustentabilidade. Desde o início de abril, ao acessar o site www.bairrosustentavel. com.br, você poderá conhecer, em detalhes, os trabalhos da ASSOCIAÇÃO BAIRRO SUS- TENTÁVEL, criada pela DAMHA URBANIZA- DORA em 2011 com o principal objetivo de levar às comunidades da região de abrangên- V cia dos nossos empreendimentos projetos de cunho sócio ambiental. Vários trabalhos de grande relevância já foram realizados desde então, com excelentes resultados para essas comunidades e para todos nós que atuamos transformando o futuro dos nossos clientes e das regiões onde existem os empreendimentos DAMHA. Quem visitar o site poderá, também, enviar comentários e sugestões diretamente para a DAMHA URBANIZADORA. Nesta edição da ESTILO DAMHA, entrevista- mos a cantora Gal Costa e o talentoso pianis- ta e compositor Breno Ruiz. A passagem do Dia das Mães inspirou uma matéria com mães que contam as suas inse- guranças e conquistas. A moderna cidade de Marília, que muito em breve contará com um empreendimento DAMH­A, ganha destaque em nossas pági- nas por sua excelência educacional, seus te- souros arqueológicos e por sua reconhecida qualidade de vida. Também é novidade desta edição uma nova seção, a DAMHA GOLF NEWS, na qual Hen- rique Fruet traz um pouco da história do Damh­a Golf Club e todas as notícias que cer- cam esse esporte. Além disso, estão presen- tes alguns colunistas que tratam de temas do seu interesse. Estreamos, na coluna de Economia, do consultor financeiro Eduardo Amuri, que aborda de maneira clara e obje- tiva as razões pelas quais não conseguimos, por muitas vezes, levar com êxito o planeja- mento financeiro familiar adiante, e do advo- gado e especialista em condomínios Marcio Rachkorsky, que descreve os benefícios e desafios de viver em um condomínio. Boa leitura e até a próxima edição! JOSÉ PARANHOS diretor Superintendente Damha Urbanizadora EDITORIAL Damha Para Você
  • 6. 6 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 Expediente José Paranhos Diretor Superintendente Diretores Akira Wakai Amauri Barbosa Junior Carlos Eduardo Meyer Freire Fernanda Toledo Juliana Liberati Luiz Lissner Nélio Galvão Paulo Montini Revista Estilo Damha Daniele Globo Editora Dirlene Ribeiro Martins Revisão Fotos: Associação Nikkey Marília, Catherine Ashmore (Disney), Décio Junior, Diretriz Educacional, Dirlene Ribeiro Martins, Elcio Correa, Filippe Araújo, Henrique Santos, Luiz Pires, Ligia Ferreira, Mauro Abreu, Portal G1, Sergio Ferreira, Tati Zanichelli, Victor Grigas, Virna Santolia e Wilson Morticelli. Foto Capa: Sesc São Carlos Textos: Editora 10 (Décio Junior, Dirlene Ribeiro Martins e Marília Dominicci) e Henrique Fruet. Tiragem: 15 mil unidades A revista Estilo Damha é uma publicação bimestral da Damha Urbanizadora e distribuída a todos os clientes e moradores dos empreendimentos da Damha Urbanizadora. São Carlos (SP) - Fone (16) 3413 4637 SELO FSC Quem somos? A Damha Urbanizadora é uma empresa parte do Grupo En- calso Damha, conglomerado empresarial fundado em 1964, que atua nos seguintes segmentos: Engenharia Civil, Agronegócios, Shopping Center, Concessão de Rodovias, Energia e Empreen- dimentos Imobiliários. Presente no cenário nacional desde 1979, a Damha desen- volve e executa loteamentos fechados e condomínios residen- ciais, reconhecidos pela alta qualidade urbanística e construtiva. Em seus projetos, aplica o que há de melhor em conceito de urbanismo no País e infraestrutura qualificada, em perfeita har- monia com o meio ambiente. Ao projetar empreendimentos que integram padrão diferenciado de moradia, lazer e segurança, a Damha transforma o cotidiano dos moradores e das cidades em que se insere. A Damha Urbanizadora conta atualmente com 47 empreendi- mentos e mais de 17 mil unidades comercializadas e está pre- sente em 14 Estados brasileiros, sendo que em seis deles – São Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Goiás – com empreendimentos já implantados. Em 2012, obte- ve crescimento de 67%, alcançando um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 585 milhões. O land bank total é de aproximada- mente 100 milhões de m². EXPEDIENTE Auditado pela Fale conosco:
  • 7. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 7 COLABORADORES Marcio Rachkorsky Advogado especializado em condomí­ nios há mais de 20 anos, comentaris­ta e apresentador da TV Globo / SP, e comentarista da Rádio CBN, programa Condomínio Legal. Escreve também no caderno de Imóveis da Folha de S. Paulo, aos domingos. Atual presidente da Assosindicos (Associação dos Síndicos do Estado de São Paulo). Du- rante alguns anos, atuou no Fantástico da TV Globo, nos quadros Chame o Síndico e Reunião de Condomínio. OPINIÃO DOS LEITORES “Gostei muito da revista. O conteúdo é diversificado e muito bem organizado. A qualidade das imagens e da impressão também está perfeita.” Gabriel Zuanon – Arquiteto, Araraquara (SP) “Parabéns pela matéria ‘O Silêncio dos Inocentes’. Muito conscientizadora. O futuro é esse.” Nelma Favilla Lobo – Protetora da causa animal, São Paulo (SP) “Vi a revista e gostei. Tem editoriais bem interessantes. Gostaria de ter um exemplar aqui comigo sempre.” Édila Lopez – 2m Gastronomia, Rio de Janeiro (RJ) “ Nunca vi uma revista com tanta qualidade gráfica e conteúdo.” Zé Coió – Jornalista, Feira de Santana (BA) Aquiles Nícolas Kílaris Tem 23 anos de experiência na área de arquitetura e urbanismo. Seu trabalho inspira-se nas curvas, formas sinuosas e integração com a natureza, dando origem a um estilo próprio de criação, o chamado “estilo Kílaris”. Participou das mostras Casa Cor, Campinas Decor e Casa Office, e é autor do livro Curvas na Arquitetura Brasileira. Tati Zanichelli Formada em publicidade e propa- ganda, além de fotografia. Em seu currículo estão eventos conhecidos como o festival João Rock 2011 e shows de grandes nomes da música, como Erasmo Carlos, Paula Fernan- des, Lenine, Arnaldo Antunes, Zeca Baleiro, Ana Carolina, Lulu Santos, Zélia Duncan entre outros. Seu traba- lho já foi publicado, entre outros, pelo jornal O Estado de S. Paulo. Eduardo Amuri Formado em psicologia econômica, atua como consultor financeiro com foco em planejamento, organização e investimentos. Escreve sobre finanças e comportamento no PapodeHomem (www.papodehomem.com.br) e no Dinheirama (www.dinheirama.com). Mais detalhes sobre o trabalho podem ser encontrados em seu site (www.amuri.com.br). Mônica Zaher Formada em Consultoria de Imagem por Ilana Berenholc, pioneira da profis- são no Brasil, fez também História da Moda; Técnicas de Joalheria; Grandes Nomes da Moda (todos na FAAP); entre outros cursos nas áreas de marketing, moda, etiqueta e comportamento. Ex- presidente da Fundação de Arte e Cultura do Município de Araraquara – FUNDART. Associada à AICI – Associa- tion of Image Consultants Internacional (chapter San Francisco, California). Fabiano Hayasaki Trabalha como arquiteto na cidade de São José do Rio Preto. Entre os diversos eventos de que participou estão o Salão Internacional de Design em Milão e mostras Casa Cor. Seu trabalho, reconhecido internacional- mente, inclui os prêmios Top of Mind 2008, 2009, 2010 e 2011, Destaque Casa Cor Hotel WTC, Prêmio Crea de Arquitetura, Destaque Chicago e Top Quality 2009 e 2010. Henrique Fruet Paulistano, é um dos principais jorna- listas de golfe do país. Ele já escreveu sobre o esporte para publicações como IstoÉ, Veja, Trip, Wish Report, Estadão e Viagem e Turismo. Atual- mente, edita o Blogolfe (blogolfe.com.br), primeiro blog de golfe do Brasil, e adora jogar no Damha Golf Club nas horas vagas. Frederico Mattos Se autodefine como um psicólogo provocador. Também é blogueiro (www.sobreavida.com.br) e autor do livro Mães Que Amam Demais. FotosDivulgação
  • 8. 8 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 Marília,município que desperta para o futuro e redescobre seu passado
  • 9. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 9 A cidade cujo nome é inspirado em obra de Tomás Antônio Gonzaga se destaca pela excelência educacional, guarda tesouros milenares e é considerada uma das melhores cidades para se viver em todo o país Vista panorâmica da cidade Texto: Décio Junior FotoDécioJunior
  • 10. 10 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 ão faz muito tempo. Não faz nem 100 anos. A história se deu na década de 1920, quando Bento de Abreu Sam- paio Vidal, um importante produtor de café da região centro-oeste de São Paulo, resolveu lotear suas terras. Homem com grande influência junto à direção da Compa- nhia Paulista de Estrada de Ferro, solicitou a construção de uma estação cuja inicial do nome seria a letra “M”, obedecen- do à ordem alfabética das estações que avançavam desde Pi- ratininga. Dr. Adolfo Pinto, chefe do escritório central da Com- panhia Paulista, ofereceu as seguintes opções: Marathona, Macau e Mogúncio, que foram rejeitadas pelo então deputado Sampaio Vidal. N
  • 11. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 11 Em uma viagem à Europa, o Senhor Vidal escolhe um livro na biblioteca: Marilia de Dirceo – assim mesmo, em bom português arcaico –, de Tomás Antônio Gonzaga. No mesmo momento lem- brou que seria Marília o nome da estação e da nova cidade. Se- gundo os registros no Arquivo Público do município, Sampaio Vidal teria dito: “Pois nenhum outro começado por ‘M’ seria tão sonante e tão nosso”. Nascia, em 4 de abril de 1929, Marília, uma cidade que guarda os registros de sua história no Arquivo Público da cidade e que oferece a oportunidade de pesquisa por meio de cópias de documentos oficiais expedidos pelos poderes da épo- ca e de jornais que ao longo dos anos foram noticiando o desen- volvimento de um dos municípios mais ricos do interior paulista. FotoMauroAbreueLigiaFerreira Vista noturna da cidade
  • 12. 12 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 café foi o grande responsável pelo desen- volvimento de boa parte do interior de São Paulo. Preocupadas em oferecer a seus fi- lhos uma educação de qualidade, as cida- des investiram na implantação de importantes centros educacionais. Investimentos que fizeram com que al- gumas delas fossem chamadas de Athenas Paulista, entre elas, Marília. A rede de ensino público é composta por 51 esco- las municipais e 37 escolas estaduais. As Instituições de Ensino Superior somam seis unidades, com des- taque para a UNIMAR, a UNESP e a Faculdade de Medicina de Marília (FANEMA). Instituição pública apontada como uma das me- lhores escolas médicas do país, a FANEMA utiliza o Hospital das Clínicas para a formação de seus alu- nos e oferta de estágio para profissionais de outras áreas da saúde, seja de nível superior ou técnico. O prestígio acadêmico e profissional do HC de Marília Uma cidade educadora faz com que o hospital seja referência para outros 62 municípios da região, o que coloca a cidade como importante receptor de recursos para a área de saú- de, distribuídos pelos governos federal e estadual. A UNIMAR é a instituição mais antiga de Marília. Começou suas atividades em 1938 com o curso de Ciências Econômicas, que visava preparar os profis- sionais para atuarem no desenvolvimento comercial, industrial e agrícola. Hoje, a instituição oferece cursos de graduação, pós-graduação e de ensino a distân- cia nas áreas de Tecnologias, Humanas, Exatas, Saú- de e Agrária. A educação em Marília recebeu, do Ministério da Educação, uma pontuação média de 6.9 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb. Nota que ajudou o município a ser classificado como o 7º melhor para se viver em todo o país, de acordo com levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN). O Reitoria da Unimar FotoDécioJunior
  • 13. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 13 O potencial do estudo agrário em Marília Não é só o comércio e a indústria que fa- zem a riqueza da região. As diferentes ati- vidades agrárias desenvolvidas em Marília tornam a cidade uma referência para quem trabalha no ramo. A UNIMAR mantém em três fazendas (Água Limpa, Jatobá e Ma- rília) importantes laboratórios. Além disso, a instituição tem intensificado os estudos agropecuários, como inseminação artificial e transferência de embriões de gado Nelore e Holandês. Há sete anos a UNIMAR man- tém o rebanho leiteiro na Fazenda Experi- mental Marcello Mesquita, anexa ao cam- pus universitário. Um prestígio para Marília. CAPITAL NACIONAL DO ALIMENTO A tradição na produção de alimentos faz com que Marília seja referência em todo o país. Dezenas de importantes empresas instaladas desde o início do desenvolvi- mento do município geram uma estatística que impressiona. Marília produz cerca de 384 mil toneladas de alimento por ano. Isso significa mais de 900 milhões de reais em receita bruta, 7 mil empregos diretos na in- dústria alimentícia e 15 mil indiretos. Marília exporta hoje seus produtos para os Estados Unidos, Mercosul, Europa, Ásia e África. FotoDiretrizEducacional FotoPortalG1
  • 14. 14 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 O elo perdido paulista Réplica em tamanho natural do pequeno crocodilo Mariliasuchus FotosDécioJunior
  • 15. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 15 uem poderia imaginar que uma cidade com apenas 83 anos, moderna, referência econômica no Estado de São Paulo graças às grandes indústrias dos setores alimen- tícios, construção civil e agropecuária, pudesse es- conder, entre suas rochas, tesouros milenares. Lo- calizada no alto de um espigão, Marília oferece uma visão privilegiada da natureza que a cerca. Quem chega pela estrada de Bauru (SP-294 – Rodovia Co- mandante João Ribeiro de Barros), pode fazer uma parada no posto do mirante e desfrutar da bela vista que a serra dos Agudos começa a oferecer. A paisa- gem permite-nos refletir. Eu, por exemplo, me ques- tionei se aquele vale teria sido inundado por águas em um passado longínquo na história do nosso pla- neta. Ao chegar à cidade, me surpreendi ainda mais com a resposta que encontrei. Há milhões de anos, a região de Marília foi habita- da por dinossauros. Não se sabe ao certo quantos e quais espécies viveram de fato por ali. Inserida numa região conhecida como Bacia de Bauru, formada por rochas vulcânicas, arenitos e basalto, é fácil avistar os paredões de rocha nos vales que se formam na periferia da cidade. Rochas que guardam tesouros pré-históricos do período Cretáceo Superior, que, se- gundo os geólogos, correspondem a algo entre 65 e 70 milhões de anos, final da era dos dinossauros. No início da década de 1990, o município entrou definitivamente na rota de estudos e descobertas. Em 1993, o pesquisador Willian Nava descobriu os primei- ros fósseis de uma espécie de crocodilo primitivo. Pes- quisadores da UNESP, da UFRJ, da UFRG, da UNB e da USP passaram a se interessar pela região e a cidade entrou na rota dos paleontólogos do Brasil e do mundo. Q Primeiro fóssil encontrado na região Fíbula de um Titanossauro FotoDécioJunior FotoDécioJunior
  • 16. 16 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 Uma das maiores descobertas da paleontologia brasileira aconteceu em Marília. Numa manhã de outono, em 2009, o pesquisador Willian Nava, ao observar rochas em um barranco às margens da ro- dovia Comandante João Ribeiro de Barros, encon- trou um marisco fóssil. Um pequeno sinal de que ali poderiam acontecer novas descobertas. Sozinho, ele começou uma pequena escavação e logo en- controu o que poderia ser uma vértebra de um di- O Titã de Marília nossauro. A descoberta fez com que esse “caçador de dinossauros” passasse três meses escavando o barranco em busca de novos fósseis que, aos pou- cos, foram literalmente se projetando da rocha. Tra- balho recompensado, Nava descobriu um dos mais completos dinossauros do Brasil, um Titanossauro, animal herbívoro, com um longo pescoço e medidas que podem chegar a 15 m de comprimento e 5 m de altura.
  • 17. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 17 Do Titã de Marília, como ficou conhecido, foram descobertas mais de 60 partes ósseas. Para isso, uma equipe formada por pesquisadores de importan- tes universidades brasileiras trabalharam durante três anos. Parte dos estudos foi custeada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológi- co (CNPq). Foi utilizado maquinário pesado para a remoção de mais de duas mil toneladas de rocha. Em 2013, a equipe deve elaborar novos projetos para obtenção de recursos e para prosseguir com as escavações. Os pesquisadores querem agora encontrar o crânio do animal, que seria o segun- do no Brasil (o primeiro foi descoberto em Minas Gerais). A motivação vem das peças já encontra- das, como o quadril, ossos das patas e vértebras dorsais. Para a continuidade dos trabalhos, essas partes entram num processo de restauro que pode durar anos. Mas a expectativa é que se consiga re- constituir o esqueleto e entender como era realmen- te o Titã de Marília. Um dos vales de Marília: lugar de tesouros milenares FotoDécioJunior
  • 18. 18 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 De bancário a caçador de dinossauros. Assim po- demos resumir a vida do jornalista e historiador Willian Nava. Foi ele quem descobriu os primeiros vestígios do período Cretáceo no início da década de 1990. Diretor do Museu de Paleontologia de Marília, foi dele também a descoberta de um dos mais completos di- nossauros do Brasil, o Titã de Marília. Como num verdadeiro roteiro de Spielberg, por aqui um dinossauro pode estar em qualquer lugar sob os O caçador de dinossauros nossos pés. Para encontrá-los, o professor Nava dá dicas de como observar as rochas e os paredões dos Itambés que se formam no Vale do Barbosa, locali- zado há pouco mais de 2 km do centro da cidade. Na serra de Avenca, cerca de 20 minutos do centro, as rochas soltas pelo chão podem guardar vestígios jurássicos. O fascínio por esses tesouros pode nos prender nesses locais por horas. Quem sabe, num tropeço, um dinossauro. Para Nava, isso é possível. Willian Nava e suas descobertas FotoDécioJunior
  • 19. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 19 ÚTIL: Museu de Paleontologia de Marília Av. Sampaio Vidal, 245 Agendamento: (14) 3402-6603 Segunda a sexta-feira: 8 h às 17h30 Sábado: 14 h às 18 h Gratuito Força para o turismoO business das grandes indústrias somado aos vales e às cachoeiras,que oferecem descanso e aventura a quem vem para Marília, sempreforam as fontes turísticas do município. Mas desde 2009, com a desco-berta dos fósseis do Titanossauro, turistas apaixonados pela paleonto-logia passaram a incluir a cidade como roteiro obrigatório. Até mesmo oescritor Walcyr Carrasco, que gravou por aqui cenas da novela Morde eAssopra (TV Globo), que trazia a paleontologia em seu enredo. Fachada do Museu de Paleontologia de Marília FotoDécioJunior
  • 20. 20 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 Evelyn Sayuri Bonassi, miss Nikkey Japao Marília abre o leque ao s Texto: Décio Junior FotoAssociaçãoNikkeyMarília
  • 21. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 21 “O Maru cruzou o mar lançado à sorte. O braço forte na lavoura trabalhou.” ssim cantava o refrão do samba-enredo da Porto da Pedra, escola de samba de São Gonçalo (RJ), que em 2008 homenageou os 100 anos da imigração japonesa no Bra- sil. Os braços fortes dos japoneses trabalharam na lavoura de café em Marília e contribuíram para o de- senvolvimento do município. A comunidade nipônica na cidade é representa- da pela Associação Cultural e Esportiva Nikkey de Marília, que, por meio da Agência Internacional de Cooperação do Japão (JICA), oferece uma escola modelo de língua japonesa e conta com apoio para o desenvolvimento da prática do judô, do softbol e do beisebol, esporte que, aliás, tem dado orgulho a Marília. A cidade cedeu à seleção brasileira cinco jo- gadores para a disputa do mundial que aconteceu em março, no Japão. A expectativa era que o Brasil passasse para a segunda fase enfrentando os donos da casa, China e Cuba. E não é a primeira vez que a comunidade japonesa mariliense se destaca no esporte. O passado tam- bém é glorioso. Em 1952, nos jogos olímpicos de Hel- sinque, na Finlândia, o nadador Tetsuo Okamoto, que nasceu em Marília, em 1932, conquistou a primeira medalha olímpica brasileira de natação, ao terminar em terceiro lugar na prova dos 1.500 metros livre. O feito era esperado, pois um ano antes, durante a pri- meira edição dos jogos Pan-Americanos, realizados em Buenos Aires, Okamoto havia conquistado o ouro nos 400 e nos 1.500 metros livres. Além da força e do destaque no esporte, a comu- nidade japonesa em Marília se mostra unida também na adoração religiosa, e os templos budistas da cida- de acabaram se tornando referência para comunida- des dos municípios vizinhos. No ano passado, o templo Honpa Hongwanji com- pletou 50 anos. Um dos mais suntuosos da cidade, a escadaria do templo nos leva ao salão de ofício, ou de adoração. A música ambiente é um convite a per- manecer diante do belo altar, que traz a imagem de Buda cercada por velas, incensos e flores. O templo de Honpa Hongwanji FotosDécioJunior A
  • 22. 22 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 Há 11 anos Marília organiza uma das maiores fes- tas da colônia japonesa do interior do Estado de São Paulo, a Japan Fest, festival que oferece uma ver- dadeira oportunidade de mergulhar e viver a cultura japonesa. A música e a magia do taikô soam como um convite para uma grande celebração. Danças tí- picas como Kabuki Buyou e Sarugaku recebem os convidados num ambiente harmônico e ao mesmo tempo festivo. As exposições de roupas, obras de arte e objetos da cultura japonesa atraem o olhar de quem passa pelos stands. Mas como essa festa é no Brasil, nada melhor do que reunir pessoas de todas as origens em um espaço privilegiado da casa, para saborear as delícias da culinária japonesa. Um dos momentos mais aguardados da Japan Fest é a escolha da miss Nikkey. No ano passado, quan- do o evento completou 10 anos, todas as vencedo- ras das edições anteriores foram homenageadas. Na passarela, uma seleção de 15 candidatas entre mais ÚTIL: Japan Fest 2013 De 4 a 7 de abril Local: Nikkey Clube de Marília www.nikkeymarilia.com.br A festa do Sol Nascente de 90 moças inscritas. E, para os jurados, a respon- sabilidade de avaliar a elegância, a desenvoltura, a simpatia, o carisma e, claro, a beleza de cada uma delas. Entre as mais belas, a escolhida foi a estudan- te Evelyn Sayuri Bonassi, que não deixa dúvidas de que, ao visitar Marília, a beleza da cidade pode ser estonteante. Centenas de pessoas prestigiam a Japan Fest Evelyn Bonassi na escolha da Miss Nikkey FotoAssociaçãoNikkeyMarília
  • 23. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 23 Um roteiro por Marília Texto: Décio Junior FotosDécioJunior Azul, ligando Marília à região metropolitana da capital Pedalinhos no lago do Bosque Municipal
  • 24. 24 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 Caminhada pela Rua das Esmeraldas e o bosque são grandes atrações da cidade ÚTIL: Aeroporto Frank Miloye Milenkovich Av. Brigadeiro Eduardo Gomes, s/n Fone: (14) 3433-4120 Esmeralda Shopping Av. das Esmeraldas, 701 Fone: (14) 3453-1333 www.esmeralda.com.br Marília Shopping Rua Tucunarés, 500 Fone: (14) 3402-9500 www.mariliashopping.com.br Bosque Municipal “Rangel Pietraróia” Av. Brigadeiro Eduardo Gomes, s/n Biblioteca Municipal “João Mesquita Valença” Av. Sampaio Vidal, s/n Fone: (14) 3454-7434 Bar do Português Rua Sete de Setembro, 387 www.bardoportugues.com.br Chaplin Gastronomia e Entretenimento Av. República, 129 www.chaplinmarilia.com.br Água Doce Cachaçaria Av. Sampaio Vidal, 115-A www.aguadoce.com.br FotosDécioJunior
  • 25. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 25 cidade de Marília guarda algumas curiosi- dades ligadas ao pioneirismo. Foi aqui que, em 1943, surgiu a Casa Bancária Almeida, que mais tarde passaria a se chamar Ban- co Brasileiro de Descontos, hoje conhecido como Banco Bradesco. A maior empresa aérea do Brasil também nasceu aqui, com o nome de Táxi Aéreo Marília. E, para aten- der às mais de 70 jardineiras que partiam diariamente para os municípios vizinhos, em 1938 a cidade criou a primeira estação rodoviária do país. Mas hoje se pode chegar a Marília de avião. A empresa Azul/Trip mantém voos diários partindo e chegando de Campinas ao simpático aeroporto Frank Miloye Milenkovich, pioneiro da aviação lo- cal. Ao desembarcar na cidade, sugiro uma parada no Bosque Municipal. Ao lado do aeroporto, a ape- nas 7 minutos do centro, encontra-se uma reserva de Mata Atlântica do interior, animais, pássaros e um lago com peixes, tartarugas e os tradicionais pedalinhos. Duas pistas (uma com 1.200 e outra com 1.700 metros de extensão) podem ser utiliza- das para caminhada e corrida. No centro da cidade, o comércio celebra o bom mo- mento econômico. Além disso, Marília conta com dois shopping centers que oferecem opções de compra, lazer e entretenimento. No fim do dia, o convite é para uma caminhada pela Rua das Esmeraldas, lugar de gente bonita e cheia de disposição e saúde. À noite, a cidade se mostra agitada. São dezenas de restaurantes e bares que reúnem um público pra lá de animado. Marília é realmente encantadora. E, depois dessa visita, peço licença para terminar esta reportagem com uma despedida clássica, a de Tomás Antônio Gonzaga em Marília de Dirceu: “(...) Desses teus olhos divinos, que, terno e sossegados, enchem de flores os prados enchem de luzes os céus? Ah! não posso, não, não posso dizer-te, meu bem, adeus! (...).” Noite agitada em Marília A FotoDécioJunior
  • 26. 26 | Estilo Damha Abril | Maio 2013
  • 27. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 27
  • 28. 28 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 A MUTANTE VOLTOUTexto: Dirlene Ribeiro Martins FotoTatiZanichelli
  • 29. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 29 década de 2000 caracterizou-se por uma mudança radical nos parâmetros de difusão da música, com a derrocada da indústria fo- nográfica. Além disso, o rádio cedeu para a internet o posto de principal divulgador da boa músi- ca. Mas os anos 2000 também foram marcados por um vácuo, pois pela primeira vez, desde o final dos anos 1960, Gal Gosta deu um tempo em sua carreira e lançou um único e pouco divulgado disco de estú- dio, Hoje, em 2005. Nos anos 2010, as mudanças continuam evidentes, mas pelo menos uma delas nos garante que a ten- dência é boa. Em 2011, Gal Costa voltou a gravar, retomou os shows, e seu parceiro nessa empreitada é um amigo de longuíssima data. Idealizado e dirigido por Caetano Veloso, o álbum Recanto já coleciona prêmios, boas críticas e mostra o lado mutante e ousado da cantora. O disco também serviu de base para o DVD, gravado no final do ano passado no Theatro Net Rio, na capital fluminense, e para o show de mesmo nome. Em ambos, além das músicas compostas por Caetano especialmente para Gal, foram incluídos alguns outros sucessos de sua bem-sucedida carreira. A Gal durante show no SESC São Carlos FotoTatiZanichelli Recanto é o trigésimo álbum de Gal Costa e, nele, a cantora se afasta um pouco de suas canções tradi- cionais de bossa e samba para experimentar o rock e a música eletrônica. Ainda assim, Gal e Caetano acreditam que a grande paixão que ambos nutrem pelo estilo ‘joãogilbertiano’ continua presente na obra. A carga de agressividade temática e estética do disco e as canções nem um pouco recatadas são contrabalançadas pela tonalidade doce da baiana. Também os tons sombrios dão um toque tanto ao show quanto às músicas novas, e um bom exemplo é a faixa “Tudo dói”, em que a vida é retratada quase como um fardo. “Viver é um desastre que sucede a al- guns, nada temos sobre os não nenhuns”, ela canta. No final de março, Gal Costa esteve em São Car- los para uma apresentação no SESC e, por meio de sua assessoria, concedeu entrevista à revista Estilo Damha. ESPECIAL CAPA
  • 30. 30 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 “Ainda quero fazer muito mais” FotoTatiZanichelli Estilo Damha – Se havia ainda alguma dúvida, Re- canto é a comprovação definitiva da afinidade que existe entre você e Caetano Veloso. De onde vem essa conexão tão forte? Gal Costa – Somos amigos há mais anos do que consigo lembrar. Caetano é um dos músicos mais ma- ravilhosos deste mundo, um de meus compositores preferidos. Trabalhar com ele é sempre uma honra, um prazer, um bom desafio... ED – Como foi a experiência de ficar você, Caetano e Moreno (filho de Caetano e afilhado de Gal), só os três, gravando no estúdio Ilha dos Sapos, no Candeal? GC – Foram belos dias. Gravar Recanto foi uma experiência única e engrandecedora. Era justamente disso que eu precisava para minha vida e para minha carreira. Sem Caetano e Moreno nada seria possível. ED – Caetano diz que, num primeiro momento, quando compôs a música “O menino”, pensou em seu filho Gabriel. E você, o que lhe veio à mente quan- do ouviu a canção pela primeira vez? GC – É uma canção linda. Fiquei muito comovida quando a ouvi pela primeira vez. O fato de Caetano ter se inspirado nele me deixa muito feliz, foi lindo. ED – Já “Tudo dói” é uma canção particularmente instigante, é difícil passar ileso por ela. Como ela soou e soa para você? GC – Gosto muito dessa canção, talvez uma das que mais gosto desse registro. Ela representa um uni- verso um tanto quanto João Gilberto, é completa. É sobre aprendermos a entender o tempo em que as coisas acontecem. ED – Você parece ser uma pessoa destemida, que não tem medo de correr riscos, de mudar. Em algum momento, nesses seus mais de 40 anos de carreira, você se sentiu vacilar ou se sentiu insegura? GC – É bom ter uma carreira cheia de nuances. São tantos anos... Altos e baixos... Não tenho nenhum mo- mento específico de arrependimento ou vacilo. Tenho sorte em relação a isso. ED – Em uma entrevista, você definiu o repertório desse novo show como uma revisão de sua vida. A que conclusão chegou? GC – Que ainda quero fazer muito mais. ESPECIAL CAPA
  • 31. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 31 DAMHA LEVA O GOLFE PARA DENTRO DAS ESCOLAS DE SÃO CARLOS (SP) riado em 2012, o projeto, que faz parte da Academia de Golfe Dr. Anwar Damha e con- ta com o apoio da Federação Paulista de Golfe, tem por objetivo ensinar as primeiras noções da prática do golfe a crianças e adolescen- tes, levando o esporte até instituições de ensino de São Carlos, onde o clube está localizado. O instrutor Ricardo Salinas, um dos poucos brasileiros certificados pelo Programa de Qualificação da Associa- ção Brasileira dos Profissionais de Golfe, segue à frente do projeto e, juntamente com sua equipe, guia os alunos através de um traçado de minigolfe e um driving range (área de treino), montados dentro da própria escola. Depois do primeiro contato com o esporte, o Damha agenda uma visita dos alunos ao campo de golfe, onde recebem aulas práticas e teóricas numa das me- lhores áreas de treinamento de golfe do país. “Nessa idade, é muito importante mostrar às crian- ças que o golfe é um esporte muito divertido”, afirma Salinas. “Nossa intenção é visitar de uma a duas es- colas por mês este ano”, completa o instrutor, cuja academia é responsável pela premiada equipe juve- nil do Damha, que tem dominado os rankings brasilei- ros e estaduais da categoria. Por trás do projeto “Golfe nas Escolas” e da Aca- demia está toda a estrutura profissional do Damha, eleito pela revista americana Golf Digest o 4º melhor campo para a prática do esporte no Brasil. “O desenvolvimento do golfe entre os jovens é a bandeira principal do Damha Golf Club. Não medi- mos esforços para divulgar esse esporte maravilho- so entre crianças e adolescentes, que têm muito a aprender. O golfe proporciona noções de respeito e etiqueta e aumenta a concentração, além de ensinar a lidar com as próprias frustrações e limites e a res- peitar a natureza e os adversários, além de muitos outros benefícios”, diz Carlos Gonzalez, presidente do Damha Golf Club. Programa “Golfe nas Escolas” visa difundir a prática do golfe entre crianças e jovens do interior Crianças de São Carlos aprendem a jogar com o Projeto “Golfe nas Escolas” C Foto:Divulgação DAMHA NEWS
  • 32. 32 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 DAMHA NEWS VITOR SANTOS É CONVIDADO PARA PARTICIPAR DE CLÍNICA PARA AS OLIMPÍADAS 2016 atrocinado pela Damha, Vitor tem se desta- cado cada vez mais em sua categoria, con- quistando seis medalhas – quatro de ouro e duas de prata – e um troféu de melhor per- formance no Campeonato Paulista de Natação, em dezembro 2012. Também obteve índice para partici- par do Campeonato Mundial de Natação Júnior e foi convocado para integrar a Seleção Brasileira de Na- tação, que participou do Festival Olímpico da Juven- tude, na Austrália, e do Campeonato Sul-Americano de Natação, no Chile. Desde seus primeiros campeonatos, o nadador de Presidente Prudente sempre mostrou a que veio, der- rubando recordes e nadando abaixo dos melhores tempos alcançados por nadadores renomados, como Cesar Cielo, enquanto competiam na sua categoria. Aos 16 anos, Vitor, que é da equipe do Pinheiros, se prepara para disputar uma vaga nas olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, tendo sido convidado para participar da primeira clínica preparatória para os jogos olímpicos, sob os cuidados da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos. “Apenas os me- lhores nadadores brasileiros foram convocados para a clínica”, diz ele. “Além disso, ter a oportunidade de conviver com atletas como Cesar Cielo, Thiago Perei- ra e Gustavo Borges é inigualável.” REINALDO COLUCCI BRILHA NO TRIATLO INTERNACIONAL einaldo já conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara e na Copa do Mundo de Triatlo e foi o 1º coloca- do no Iron Man de Cingapura. Sua lista de vitórias, medalhas e participações de destaque em campeonatos é longa e impressiona. Apenas nos três primeiros meses de 2013, o triatleta faturou o penta- campeonato no Triatlo Internacional de Santos, o 1º lugar no Iron Man de Pucón (Chile) e o 3º lugar na Mezatlan ITU Pan American Cup, no México. Sobre sua carreira, o atleta nascido em Descalvado (SP) afirma: “Hoje eu posso ter o prazer de dizer que sou um atleta realizado profissionalmente. Ao longo desses anos tenho obtido vários resultados expressi- vos em provas de alto nível ao redor do mundo, além, é claro, de ter representado o Brasil em duas olimpía­ das e conquistado a medalha de ouro nos últimos Jo- gos Pan-Americanos. Apesar desse sentimento de re- alização, ainda estou longe de estar satisfeito, todos os dias quando acordo sou movido pelo desejo de continuar melhorando e crescendo dentro do esporte. Meu maior objetivo agora é estar presente em mais uma olimpíada, desta vez em 2016, no Rio de Janei- ro, sem dúvida estarei brigando pelas medalhas. A Damha Urbanizadora tem me apoiado praticamente desde os meus primeiros passos dentro do esporte. Hoje tenho o prazer de viver dentro de um dos con- domínios da Damha Urbanizadora (São Carlos/SP), e toda a minha família pode desfrutar dos privilégios e confortos que somente um empreendimento com o nome Damha pode oferecer. Mesmo sem saber, a Damha me ajudou a realizar mais um sonho!” Atleta coleciona prêmios e é promessa de vitória nas Olimpíadas 2016 P R Foto:LuizPires/Vipcomm Foto:Divulgação
  • 33. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 33 NEWS DAMHA URBANIZADORA ENTRE OS VENCEDORES DO TROFÉU PROFESSOR J. BARBOSA RODRIGUES Damha Urbanizadora, em conjunto com a Soma Comunicação Integrada, venceu a categoria “Datas Comemorativas”, do Troféu Professor J. Barbosa Rodrigues, com anún- cio criado para parabenizar a cidade em seu aniversá- rio de 113 anos. Além disso, a peça recebeu o prêmio “Master”, o principal do evento. Simples e, ao mesmo tempo inovador, o anúncio precisa ser levado à frente do espelho para ser lido. Muito mais que parabenizar a cidade, seu objetivo é fazer com que cada campo-grandense perceba- -se parte da história e da celebração da data. “Agradecemos à organização do prêmio pelo reconhecimento do trabalho desenvolvido pela Damha Urbanizadora no sentido de valorizar a importância de Campo Grande na expansão de seus negócios. Além da preocupação em oferecer empreendimentos do mais alto padrão, queremos também fazer parte do dia a dia dos moradores locais e dessa forma poder comemorar juntos as conquistas e também as datas mais significativas para a cidade”, analisa Paulo Montini, gerente de marketing da Damha. Parceria da Damha com a Soma Comunicação Integrada, em comemoração ao 113º aniversário de Campo Grande, leva troféus nas categorias “Data Comemorativa” e “Master”. A Anúncio vencedor: mensagem refletida no espelho Foto:Divulgação
  • 34. 34 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 NOVIDADE VOCÊ FAZ A DIFERENÇA esde o início de abril é possível acessar o site www.bairrosustentavel.com.br. No por- tal estão disponíveis informações e deta- lhes sobre o Programa Associação Bairro Sustentável, criado pela Damha Urbanizadora em 2011, com o objetivo de promover o desenvolvimento conjunto, por meio do apoio às iniciativas sociais, a requalificação urbana e a valorização social do indiví- duo, melhorando a autoestima e a qualidade de vida de todos os cidadãos envolvidos em suas ações. O trabalho realizado com as comunidades procura compreender suas principais carências e potenciais. Uma vez descobertas as necessidades de cada local, parte-se para um estudo a fim de definir de que for- ma a empresa pode, no papel de parceira, atuar para transformar o futuro daquela região. As ações já estão presentes em cidades como Campo Grande (MS), Ara- raquara (SP), São Carlos (SP), Cidade Ocidental (GO), Barra dos Coqueiros (SE), São Luís (MA) e Feira de San- tana (BA) e devem ser levadas para outras localidades onde há empreendimentos Damha. Além de conhecer as primeiras ações do projeto em cada cidade, o visitante do site pode acompanhar a evolução das comunidades beneficiadas e enviar seus comentários, sugestões e críticas diretamente para a Damha, por intermédio do formulário na pági- na principal. Junte-se a nós nesta iniciativa. Participe! Conheça melhor o projeto que está mudando a vida de pesso- as em todo o Brasil. D Damha Urbanizadora inova mais uma vez e lança website voltado à sustentabilidade Página inicial do site Programa Associação Bairro Sustentável em São Luís (MA) proporcionando mais qualidade de vida Foto:WilsonMorticelli
  • 35. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 35 ECONOMIA POR QUE O PLANEJAMENTO FINANCEIRO FALHA? nalisamos com atenção nossas contas, separamos todos os gastos: os fixos e os variáveis. Descobrimos nosso custo base mensal e realmente nos comprometemos com ele, a ponto de sermos capazes de jurar que nos próximos meses não teremos problemas financeiros. Não faltará dinheiro, dizemos. Passam-se algumas semanas (meses, se tiver- mos sorte) e nos encontramos na mesma condição. Novamente ficamos sem entender. Já que o plane- jamento estava tão bem feito, o que falhou? Para onde foi o dinheiro? O planejamento financeiro é matematicamente sim- ples, são sucessivas contas de adição e subtração. Apesar da simplicidade, planejar carece de alguns cuidados vitais para que não nos frustremos logo nos primeiros dias. Somos humanos, suscetíveis a falhas. Nossa motivação oscila e é realmente complexo lidar com nossos turbilhões emocionais. Aceitemos. Podemos, entretanto, aprimorar nosso olhar, pla- nejar com mais inteligência, enxergar além do óbvio. Planejamento depende da previsibilidade, e é aqui que vacilamos. Grande parte dos erros ocorre porque consideramos apenas os gastos fixos e os variáveis. Desprezamos uma categoria capciosa de gastos que todos temos: os gastos sazonais. São gastos que não ocorrem todos os meses, porém, com um pouco de bom senso, são previsíveis. Exemplos típicos: IPVA, re- visão do carro, compras de Natal, presentes de aniver- sário do(a) parceiro(a), e por aí vai. A lista é extensa. Ignorá-los é fatal. Certamente virão, trazendo consi- go uma bagunça financeira que minará nosso ânimo e fará com que deixemos a organização de lado, trazen- do frustração e certa descrença em todo o processo. Uma excelente maneira de contornar esse deslize é antever e agir de maneira proativa, tomando as réde- as da situação antes que os boletos ou parcelas che- guem. Vamos supor, por exemplo, que seu parceiro(a) faz aniversário daqui a 6 meses e que você deseja presenteá-lo(a) com passagens aéreas que custam 600 reais. É uma ilusão pensar que o gasto de 600 reais surgirá magicamente em 6 meses. Esse gasto está acontecendo agora. Podemos assumir duas posturas: ou ignoramos esse gasto e esperamos até que chegue a data da compra das passagens, ou nos posicionamos acima disso e incluímos esse gasto em nosso pla- nejamento atual, sem cobranças formais, parcelas no cartão de crédito ou dor de cabeça. Podemos, por exemplo, separar 100 reais por mês em um en- velope ou em uma conta-poupança, criada exclu- sivamente para isso. Envelopes são especialmente bons, porque envolvem o simbolismo e a ação fí- sica, fundamentais para que o planejamento saia do papel. Desta forma, o mês do aniversário deixa de ser um mês pesado. Estaremos preparados para ele. Pode- mos considerar também que, com os 600 reais em mãos, à vista, nosso poder de negociação cresce. É outra vantagem. A mesma estratégia é facilmente aplicável para pe- ríodos tradicionalmente turbulentos, como, por exem- plo, o Natal. Já começamos o ano sabendo que no- vembro e dezembro são meses críticos. Por que não nos prepararmos para ele? Por que não investirmos em um planejamento mais inteligente, para que pos- samos dedicar nosso foco e nosso potencial financei- ro ao que realmente importa? A por Eduardo Amuri Planejamento depende de previsibilidade, e é aqui que vacilamos Foto:Divulgação Eduardo Amuri - Formado em psicologia econômica, escreve sobre finanças e comportamento também no PapodeHomem (www.papodehomem.com.br) e no Dinheirama (www.dinheirama.com).
  • 36. 36 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 GASTRONOMIA COZINHANDO PARA TOCAR A ALMA Texto: Marília Dominicci Foto:VirnaSantolia
  • 37. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 37 GASTRONOMIA árcio Moreira nasceu no Rio de Janeiro. Quinto filho numa geração de seis, sempre soube o que é ter de batalhar para conse- guir o que queria. “Meus pais sempre nos ensinaram o valor do trabalho. Comecei a trabalhar aos 12 anos e, ao mesmo tempo, tinha que me virar em casa. Posso dizer que aprendi a cozinhar olhando minha mãe e minhas irmãs no fogão”, conta ele, lem- brando a irmã Marluce que, apesar de maravilhosa cozinheira, não chegou a seguir a profissão. Seu primeiro emprego foi em uma marcenaria e, até os 18 anos, quando se voluntariou para servir a Marinha do Brasil, nunca havia pensado em se tornar um chef. “Sempre gostei de ver o sorriso das pesso- as quando apresentava os pratos no quartel. Também gostava de fugir daquelas formaturas escaldantes no sol do Rio de Janeiro. Pensava que, se era para pas- sar calor, que fosse bem acompanhado por um peda- ço de picanha”, afirma, rindo. “Decidi realmente bus- car meu objetivo aos 26 anos, quando me casei com uma paulista e me mudei para São Paulo. Já me con- siderava velho, então tinha que correr atrás. Naquela época – até parece que sou tão velho assim – falava- -se muito em Emanuel Bassolei, Claude Troigros... é claro que procurava me espelhar no trabalho deles, mas quem realmente me abriu as portas da gastro- nomia foi Bene Ricardo, a primeira chef de cozinha reconhecida e negra do Brasil. Ela foi uma mãe e uma professora pra mim.” Foi com ela que o, na época, as- pirante a cozinheiro começou a participar de eventos, feiras e congressos, aprimorando conhecimentos e enfrentando constantemente as próprias críticas. “Sou inquieto. Nunca estou satisfeito com o que faço. Ainda não sei se é um defeito, mas me sinto bem assim.” Márcio enfatiza a necessidade constante de estudo e dedicação para sobreviver em qualquer carreira. “A gente não escolhe ser chef. Esse é o posto que te dão. Acredito que cozinhar é uma dádiva, e aqueles que fazem isso apenas para ganhar dinheiro não ficam, muito menos aqueles que acham que ser cozinheiro é sair em capa de revista. Nesta profissão, como em qualquer outra, é preciso muita dedicação e, princi- palmente, muito amor. Quando não estou bem, evito ir para a cozinha. É energia o que passamos para o ali- mento. Estamos falando de vida.” Por meio do projeto “Nossa Panela Brasil”, ele e sua equipe tentam plantar sementes que poderão mudar o rumo da gastronomia no país e atrair pes­soas que realmente amem cozi- nhar, já que considera que o maior desafio de traba- lhar nessa área é ter de conviver com pessoas que não têm capacitação ou que acreditam que gastrono- mia é uma forma de ganhar dinheiro fácil. A cozinha itinerante criada por ele é um incentivo ao reconheci- mento do valor da arte culinária e de sua profissão. M Foto:VirnaSantolia “Trabalhar com a Ana Maria me ajudou a pensar mais rápido, a ser mais criativo e a me preparar para a vida”
  • 38. 38 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 Apesar de ter decidido se tornar um chef muito tempo depois, o carioca serviu sua primeira refeição “profissionalmente” aos 16 anos, durante uma festa na vizinhança. “A rua onde morávamos era de moradores antigos e todos pareciam uma família. Eram poucas as vezes em que, aos finais de semana, não acon- tecia uma festa. Em uma dessas ocasiões, uma vizi- nha queria comer um cozido – aquele famoso cozido português – e eu me prontifiquei. Já tinha visto minha mãe fazer e tentei reproduzir. Todos comeram e gosta- ram, e ainda ganhei uma gorjetinha. Esse, aliás, é meu prato favorito.” Depois do cozido vieram as culinárias italiana, francesa e contemporânea, mas, atualmente, afirma, sua especialidade é a Cozinha da Alma. “Gos- to de cozinhar e tocar a alma das pessoas, fazê-las lembrar sentimentos guardados no fundo do cora- ção”, diz, e se declara apaixo- nado pela culinária brasileira. “Depois de anos viajando pelo Brasil é impossível não dizer que minha preferência é pela nossa culinária. Acontece que a culinária brasileira é resultado de todas as outras, então, isso é o mesmo que dizer que sou da culinária do mundo.” Em sete anos como Coordenador e Chef de Cozinha no programa Mais Você, Márcio diz que a experiência de trabalhar com a apresentadora Ana Maria Braga foi um divisor de águas em sua carreira, já que, até então, pensava em gastronomia como muitos pensam: foie gras, caviar, magret de pato, ou seja, um apanhado de pratos e ingredientes caros e difíceis de trabalhar. Coi- sas que impressionam qualquer pessoa. Foi dentro da cozinha da Ana Maria que ele aprendeu a ver a beleza das receitas do dia a dia. “Lembro a primeira vez em que tive que preparar coxinha de galinha no progra- ma. Me arrepiei todo e ficava me perguntando por que tinha estudado tanto se era para preparar aquilo. Puro engano. Toda receita vem acompanhada de uma his- tória, e todas as histórias são carregadas de emoção. Hoje, gastronomia pra mim é muito mais que aquilo que vai no prato, é toda a emoção e o sentimento de preparar o alimento. Foi ali que aprendi a valorizar o ser humano e os chefs de cozinha - mães, irmãs, etc. -, que, apesar de não conhecerem os termos técnicos, sabem bem o que fazem, administram suas cozinhas como ninguém e merecem o título. Trabalhar com a Ana Maria me ajudou a pensar mais rápido, ser mais criativo, ter algumas respostas – além de perguntas – para oferecer. Me ajudou a me preparar para a vida.” E continua: “O programa sempre teve uma preocupação muito grande em passar a verdade para o seu público e, confesso, não era fácil apresentar cinco receitas por semana, cada uma mais diferente que a outra. Haja criatividade! Foi essa dificuldade que me fez o chef que sou hoje”. Márcio Moreira recebeu com carinho o convite para escrever a coluna Gastronomia & Vinhos da revista Estilo Damha. “Nossa, é uma proposta e tanto! Melhor eu pensar... pensei! E aceito. Pretendo escrever sobre tudo. Sobre comer na carroci- nha de cachorro-quente, o dia a dia dentro de uma cozinha profissional, as dificuldades e belezas de ser um cozinheiro. Sobre o mundo dos vinhos e – por que não? – das cervejas, cachaças, cafés, drinks. Vou falar, principalmente, sobre as minhas peripécias gastronômi- cas, que são tantas que um dia poderiam virar livro. Enfim, quero escrever sobre tudo o que está relacio- nado ao maravilhoso mundo da gastronomia.” Carismático e bem-humorado, o chef – que afirma sempre que não é nenhum baú para guardar segre- dos – decide nos presentear com uma receita. “Quan- do planejo um prato, penso na versatilidade. Minha inspiração para esta receita surgiu do pudim de pão da minha mãe. Não tem ninguém que faça melhor que ela. Mãe é mãe, né! O que vou mostrar é um delicio- so pudim de pão, só que numa roupagem mais chi- que. Não tem quem resista a esta receita facílima de preparar.” E aproveita para fazer um convite: “Vejam bem, estou no Rio de Janeiro, aqui pertinho. Venham me fazer uma visita no Restaurante Empório Gourmet Show, na Lagoa Rodrigo de Freitas, ou na nossa filial, no Cadeg. Será um prazer enorme recebê-los. E tem um desconto especial para quem ler esta matéria. Vale ou não me fazer uma visita?”. GASTRONOMIA Toda e qualquer receita vem acompanhada de uma história. Toda história vem carregada de emoção. “ ”
  • 39. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 39 GASTRONOMIA INGREDIENTES Para o ganache de chocolate branco: • ½ xícara de creme de leite fresco • ½ xícara de leite integral • Raspas da fava de ½ baunilha • 100 g de chocolate belga branco picado Para a massa: • 1 croissant amanhecido picado • 1 colher de sopa de conhaque • 1 ovo PUDIM DE CROISSANT E CHOCOLATE BRANCO COM SORVETE DE PISTACHE MODO DE PREPARO Ganache: Numa panela, aqueça o creme de leite, o leite e a baunilha até levantar fervura. Desli- gue o fogo e junte o chocolate branco, me- xendo até dissolver. Pudim: Pré-aqueça o forno a 180 graus. Numa ti- gela, adicione o ovo, 100 ml de ganache e o conhaque. Bata ligeiramente. Coloque o croissant num ramequim e regue com a mistura de ovo, ganache e conhaque. Dei- xe descansar por cerca de 10 minutos para que o pão absorva o creme. Leve ao forno por aproximadamente 20 minutos ou até dourar. Sirva com sorvete de pistache. Foto:VirnaSantolia
  • 40. 40 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 DIA DAS MÃES Mariana Ohata à espera de Luana FotoArquivoPessoal
  • 41. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 41 DIA DAS MÃES O NASCIMENTO DE UMA MÃE A chegada de um filho é sempre cercada de expectativas e inseguranças, e, apesar de dizerem que “mãe é tudo igual”, cada uma tem um jeito particular de lidar com esse momento. “Quando nasce um bebê, nasce uma mãe.” Embora inspirado- ra, será que essa expressão é verdadeira? Será que a materni- dade é apenas uma questão hormonal e que a inspiração surge naturalmente? Ou, talvez, fosse mais correto parodiar Thomas Edison e dizer que “é 99% transpiração”? Para esta edição, que coincide com maio, mês em que se co- memora o Dia das Mães, a revista Estilo Damha conversou com três mulheres que vivenciaram a maternidade em momentos e de formas diferentes, mas que são a comprovação de que, embora a estreia no universo materno seja marcante, ser mãe é um contí- nuo errar e acertar, aprender e reaprender, desconstruir crenças e preconceitos para dar lugar a um novo olhar. Texto: Dirlene Ribeiro Martins
  • 42. 42 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 DIA DAS MÃES Ao preencher o cadastro para adoção, a dona de casa Elisabeth Oliveira Ferrão e o marido, Elias, manifestaram preferência por uma criança de até 2 anos. Assim, quando a assistente social ligou e disse-lhes que havia uma menina de 5 anos na fila para ser adotada, o primeiro impulso do casal foi recusar, mas logo mudaram de ideia e decidiram conhecê-la. Nesse momento, conta Beth, ela já se sentia um pouco mãe, mas não imaginava o que estava por vir. O impacto que Amanda lhes causou foi tão grande que eles chegaram ao meio-dia ao abrigo e às 16 horas já voltavam para São Carlos (SP), com a menina. “Assim que olhei já sabia que era ela”, relembra Beth. Porém, a alegria de voltar com a menina nos braços foi seguida de muita in- segurança, pois sabia que a partir daquele instante a vida dela e do marido não seria mais a mesma. “Pensei: o que vou fazer agora? Será que saberei cuidar?”, relembra. E a adaptação não foi fácil, por- que Amanda, embora pequena, já tinha uma his- tória, alguns hábitos e uma mãe biológica que a influenciara a não querer ser adotada. O medo também acompanhou o nascimento de Luana, filha da ex-atleta olímpica e educadora física Mariana Ohata. A gravidez aconteceu num momen- to bom, em 2010, quando Mariana havia deixado o esporte e estava construindo com o marido, o tria- tleta olímpico Reinaldo Colucci, a casa onde mo- ram atualmente, no Village Damha II, em São Car- los. Ainda assim, para alguém acostumada a viajar constantemente, a estar sempre de malas prontas NO INÍCIO A INSEGURANÇA e a ser dona da própria vida, ter um bebê sob sua responsabilidade foi, como ela mesmo diz, “um cho- que”. “Eu me vi presa a uma criança e me dei conta de que a minha vida nunca mais seria a mesma”, relembra. Embora descreva a filha como um bebê “excelente”, Mariana teve depressão pós-parto, não dormia, chorava diariamente e buscou a ajuda de um psicólogo. A experiência da terapeuta ocupacional Juliana Co- rullón foi mais tranquila. Acredita que nasceu como mãe assim que aninhou o filho Lucano, hoje com qua- se 2 anos, nos braços pela primeira vez. “A força da maternidade veio ali, ao perceber que ele parou de chorar ao ouvir minha voz e sentir meu cheiro”, con- ta. Mas Juliana, que é mestre em pediatria, especia- lista em desenvolvimento infantil e também blogueira (ela escreve no www.mammysico.blogsopt.com.br), reconhece que o processo durou cerca de um ano, período necessário para que ela lidasse melhor com o incômodo causado por uma cesariana desnecessá- ria, entendesse sua nova rotina e para que mãe e filho se reconhecessem e aprendessem a se comunicar. “Durante o primeiro ano do Lucano, como ainda não decodificava todos os sinais dele, somado às muitas opiniões externas sobre como devia agir com o bebê e a enxurrada de hormônios que sofria pela amamen- tação, fiquei insegura se o estava entendendo direito e se estava fazendo o que ele precisava, ou como de- veria fazer para acolhê-lo. Nesses momentos, lembro que, quanto mais eu titubeava, mais inseguro o Lucano ficava, eu tinha vontade de chorar, e ele chorava mais!” Foto:Divulgação
  • 43. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 43 DIA DAS MÃES Beth e os filhos Amanda, Paulo, Felipe (de verde) e Eric (no colo): “Se eu fosse mais nova, adotaria mais” Apesar das dificuldades iniciais, Amanda, hoje com 14 anos, abriu caminho para que, depois dela, o ca- sal Beth e Elias adotasse mais três crianças: Paulo, 9 anos, Felipe, 6 anos, e o recém-chegado Eric, de 9 meses. Beth tinha uma empresa de comunicação visual e, quando Amanda chegou, começou a traba- lhar meio período, com Paulo diminuiu um pouco mais o ritmo, até a chegada de Felipe, quando deixou a empresa. “Ele tinha paralisia cerebral, precisava fazer fisioterapia e tinha de ser carregado. Parei de traba- lhar, na época foi duro, mas faria tudo de novo”, conta. A insegurança inicial transformou-se em certeza de que a maternidade a tornou uma pessoa mais cen- trada: “Eu era uma pessoa rabugenta, impaciente, exigente com organização e horários, mas os quatro NADA DO QUE SE ARREPENDER filhos me deixaram mais tranquila”. Porém, Beth reco- nhece uma preocupação, a de que os filhos sofram qualquer tipo de discriminação, e lembra-se da ex- periência com o terceiro filho. “O Felipe, além de não andar, era pequeno demais para a idade dele. Ele so- nhava em ir para escola, porque acreditava que teria muitos amigos, mas ele encontrou bastante dificulda- de. Ele falava ‘eu sou pequeno perto dos meus ami- gos, eu sou preto’, era difícil para ele entender”, relata. Beth confessa um único arrependimento, o de não ter começado a adotar mais cedo: “As pessoas dizem ‘vocês fizeram uma coisa muito boa pra essas crian- ças’, mas é o contrário, eles é que oferecem muito pra gente, muito carinho, a gente aprende muito com eles. Se eu fosse mais nova, adotaria mais”. Foto Dirlene Ribeiro Martins
  • 44. 44 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 DIA DAS MÃES Embora tenha sido difícil se adaptar à maternidade, agora Mariana gosta de seu papel de mãe. “Tem mulher que nasce para ser mãe, tem mulher que aprende a ser mãe, e eu estou nesse processo de aprendizado. Eu e Luana estamos em uma fase ótima, em que ela conversa, tem suas opiniões, agora é que estou curtindo o fato de ser mãe.” Ela se lembra de que leu muitos livros sobre maternidade e que eles não a aju- daram, pois não se identificava com as mães retratadas nas obras. “A psicóloga Com 10 anos, Mariana já participava do triatlo, já viajava e sonhava em morar sozinha. Mudar-se para São Carlos (SP), para ela, foi uma realização. “Te- nho em minha cabeça que filho é para o mundo, até porque eu fui assim. Você tem que educar, tem que acompanhar os passos do filho, mas uma hora ele vai dizer ‘tchau, mãe’. Quero que ela seja independente, e isso não quer dizer que a amo menos, é uma prova de amor permitir que o filho siga o próprio caminho.” UM JEITO PRÓPRIO DE SER MÃE Quando um filho nasce, também nasce uma mãe, ou seja, uma mulher dá nascimento a um novo papel no mundo. Uma boa mãe precisa das habilidades que aquela mulher já havia desenvolvido em sua vida pré-maternidade. As capacidades necessárias são a de se colocar no lugar do outro, a responsabilidade por si mesma, o autocuidado, a generosidade, o espírito de sacrifício e, acima de tudo, uma personalidade consistente o suficiente para não tentar se fundir nos filhos. É essencial que aquela mulher tenha um conjunto de valores razoavelmente sólidos para transmitir al- guma coerência aos filhos. Nem todas as mulheres são suficientemente seguras de si para assumir esse papel. Se ela é do tipo que está sempre esperando a opinião do marido antes de tomar uma decisão de emergência, provavelmente terá mais dificuldade de assumir a liderança que a maternidade exige. Diante desse desafio são muitas as mulheres que recuam, mesmo que não admitam, pois levam a maternidade ainda como se fosse uma brincadeira de bonecas. Perante certas imagens de perfeição à moda anti- ga, não é raro as mulheres se frustrarem, já que seu jeito de ser mãe teve de acompanhar o ritmo dos anos 2000. A mulher de hoje, goste ou não, ainda chama para si toda a responsabilidade pela educaçã­o dos NOVO PAPEL NO MUNDO Texto: Frederico Mattos falou para eu jogar tudo fora, porque cada um é de um jeito, e eu é que tenho de saber qual é a melhor maneira de cuidar da minha filha.” Pelo tipo de vida que levava, Mariana demorou para se imaginar como mãe e, quando decidiu ter um filho, o que lhe vinha à mente era aquela família tradicional, “toda bonitinha”. Mas, segundo ela, “foi tudo diferente, acho que sou uma mãe legal, que anda de bicicleta, brincalhona, e quero que a Luana me veja assim”. Mariana e a filha Luana: “É uma prova de amor permitir que o filho siga o próprio caminho” FotoElcioCorrea
  • 45. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 45 DIA DAS MÃES Juliana e o filho Lucano: “Preciso estar atenta e presente, para que meu filho tenha um exemplo coerente no qual se espelhar” Já Juliana acredita que a maternidade apenas acentuou uma transformação pessoal que já se pro- cessava desde que passou a estudar e a praticar o budismo. Hoje, ela, o marido, Antonio Alberto, e o filho moram no Centro Budista de Viamão, próximo a Por- to Alegre (RS), onde a terapeuta também é diretora da Escola Caminho do Meio. Lucano funcionou com um espelho em que Juliana conseguia enxergar seus próprios limites. “Fui percebendo o funcionamento do meu filho e minhas respostas a ele, aprendendo com meu marido a me harmonizar como família e me apoderando da capacidade de ser mãe, segura com minhas escolhas como educadora. Então, percebi que houve um momento em que me senti plena como mãe, e não mais insegura e emocionalmente frágil.” Quando mais nova, Juliana se imaginava como uma daquelas “mães italianas”, que fazem da casa um ninho reconfortante, que sempre têm um bolinho na mesa, que estão sempre alegres e prontas para acolher. Essas expectativas geraram nela algumas frustrações iniciais, pois era uma imagem de “per- feição” a que não podia corresponder. “Nós não es- tamos sempre alegres, não dá pra ter bolo na mesa, nem a casa organizada todos os dias. Então, a di- ferença é que estou aprendendo a relaxar e fazer o que precisa ser feito dentro do tempo que tenho. Se não consegui arrumar a casa, elegi prioridades, e a primeira delas é brincar com meu filho e estar com meu marido”, declara. O filho também foi responsável por mudar a visão que Juliana tem do mundo e como ela se relaciona com ele e com as pessoas. A educadora acredita que as crian- ças aprendem através dos exemplos que damos sem perceber. “Meu mestre, Lama Padma Samten, explica que elas aprendem ‘pelas costas’, ou seja, não é pelo que dizemos a elas, mas pelo que fazemos o tempo todo (mesmo que elas não estejam vendo), pelos nos- sos hábitos, nossos trejeitos, nossos automatismos. Elas são nossos espelhos, então ter me tornado mãe deixou esse ensinamento vivo em mim, de que preciso estar atenta e presente, para que meu filho tenha um exemplo coerente no qual se espelhar!” APRENDIZADO “PELAS COSTAS” filhos e, com isso, se sobrecarrega e deixa várias ta- refas incompletas. Já não consegue suprir as expec- tativas que tinha de si em reproduzir modelos mais tradicionais de uma mãe exclusivamente voltada para o lar. Para algumas, a maternidade pode virar um pesa- delo, pois evidenciará o quão caoticamente conduzia sua vida ou o quão inconsequentes eram suas es- colhas. Esse chamado pode despertar uma matriar- ca escondida debaixo da rebeldia de uma garota contestadora e revelar uma mulher mais dona de si. Porém, nem sempre a transição é indolor e imediata, pois a natureza não dá saltos. Os embates entre o que acontece dentro de casa e o que se passa no mundo é sempre uma prova de fogo para sinalizar as negligências ou exageros. A ida para a escola remete a esse desafio e é uma fase em que muitas mães exercitam o desapego saudável. Esse filho que até então era seu começa a ganhar asas próprias e voar. Dali para frente o voo é lindo e imprevisível, e cabe a cada mulher deixar que seus filhos façam seus testes, assim como ela fez. A melhor mãe, a meu ver, é aquela que entendeu que precisaria ser uma pessoa melhor antes de tudo. Frederico Mattos é psicologo e autor do livro Mães Que Amam Demais. FotoArquivoPessoal
  • 46. 46 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 MODA Laranja na estampa proposta para o outono, comprovando o mix de estações. É hora de acrescentar detalhes em tons escuros e transformar o guarda-roupa. om a entrada do outono, que traz uma cli- ma mais ameno e possibilidades de novos ares, a temperatura começa a cair e permi- tir uma mudança nas produções. Apesar da vontade de mudar cores, acessórios, tramas e padronagens, nosso guarda-roupa ainda mantém a luz do verão. Aí é que mora o segredo para não deixar a tal meia- estação acabar com a criatividade. Roupas com mais tecido e composições com mais peças podem manter as cores das altas temperaturas e antecipar a cartela O IMPORTANTE É MANTER O TOM! de inverno. Interessante é mixar o que é com o que será, transformando um período supostamente mor- no em verdadeiro laboratório: mantenha a cartela de verão unida a uma base neutra. Laranjas e amarelos unidos aos tons de preto, marrom e nude transformam qualquer closet. Assim como o amarelo foi o novo rosa do verão – e se mantém!, o verde abre caminhos para compor as propostas a partir de agora. Acrescente calçados mais pesados às produções e você está pronta para antecipar o que vem por aí! C
  • 47. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 47 Animal print se mantém no inverno, com look total quebrado pela cor no maxicolar.
  • 48. 48 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 Body em veludo e saia em renda, usada no verão. Scarpin para “pesar” na produção.
  • 49. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 49 O brilho dourado casa bem com estampas em tons escuros e bota aberta na frente.
  • 50. 50 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 Confortavelmente vestida para o dia a dia, com camisa em seda, jaqueta em linhão estilo Chanel e body inteiriço. Nada em lã, mas nada vaporoso. Note os detalhes em couro.
  • 51. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 51 Estampa PIED-DE-POULE, usada com brilho e ankle boot em crochê: uma maneira de modernizar o clássico!
  • 52. 52 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 Apesar do decote generoso, o bordado em paetês e a bota transformam o vestido em produção para dias de temperatura mais baixa. Ouro em alta!
  • 53. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 53 Transparência, mangas longas e brilho no preto de todas as baladas...
  • 54. 54 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 Estampa do animal na seda leve do vestido de mangas longas. Jovem, descontraído e usável no dia a dia com oxford. A renda aparece nos calçados da próxima estação.
  • 55. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 55 Shorts, casaqueto, oxford e maxicolar no novo tom das passarelas: verde! Modelo: NAIARA MIRANDA Fotos: HENRIQUE SANTOS Produção e texto: MÔNICA ZAHER CONSULTORIA DE IMAGEM Colaboração: Helô Boutique Araraquara; Equilibrio Bento de Abreu e acervo Mônica Zaher.
  • 56. 56 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 MÚSICA Uma joia da música brasileira Parceiro de grandes nomes da MPB, Breno Ruiz já compôs mais de 70 músicas ao lado de Paulo César Pinheiro le tem apenas 30 anos, mas histórias de quem já viveu 100. Sensível e amável, Bre- no Ruiz é a essência musical em forma de gente. É a composição perfeita entre o ho- mem e o instrumento. Um talento raro. Monstro sagra- do da música brasileira e, se ainda não consagrado, é por causa do produto vil que nos é imposto diaria- mente pelo mercado. “Eu toco desde os 10 anos”, disse ele logo no início de nossa conversa, para ‘desformalizar’ a entrevis- ta, que aconteceu na sala do apartamento de uma amiga que temos em comum, no bairro Pacaem­bu, em São Paulo. Filho único, trouxe para si a responsabilidade de cuidar da casa depois da separação dos pais, quan- do tinha 14 anos. E com um teclado, o que era pra ser apenas um complemento, acabou sendo a principal fonte de renda da casa. “Mas eu não tinha paciência para o teclado. Meu sonho era tocar piano. E nosso primeiro encontro se deu no colégio lá em Itapetinga. Eu matava aula para ficar tocando no salão nobre.” Mas, antes disso, já compunha suas próprias mú- sicas. Um dia, ao reger o coral de um centro espírita, conheceu Rafael Altério, padrinho de casamento e parceiro de Ivan Lins. Pensou: “Vou atrás desse cara e vender uma música minha para o Ivan”. Com o tem- po descobriu que os atalhos não eram tão curtos. Mas os caminhos trilhados por Breno Ruiz fizeram com que ele se tornasse parceiro de grandes nomes da música brasileira, como Tetê Espíndola, Renato Braz, o próprio Ivan Lins e, talvez o principal deles, Paulo César Pinheiro. Sobreviver da música não é fácil. Aos 27 anos, já com grandes composições, Breno entrou em crise pro- fissional e foi para Marília estudar medicina. Ou tentar. “Eu não quero morrer de fome. Não quero ter a mesma sina de Nelson Cavaquinho, de Van Gogh e de tan- tos outros gênios incompreendidos, até porque eu não sou gênio. Eu faço uma música bonita, eu me emocio- no com a minha música, mas estou muito aquém da genialidade. Por isso tentei fazer uma faculdade.” A medicina ficou no interior, assim como o interior ficou para trás na vida de Breno Ruiz. Hoje, morando em São Paulo, ele divide a dedicação ao trabalho mu- sical com os estudos de psicologia. “Aprendi que não dá para deixar a música.” A canção de Breno Ruiz é algo fora do nosso tempo. Talvez a mistura da música brasileira do início do sé- culo passado com a espiritualidade contemporânea desse jovem, seja o segredo dessa receita. Quando compõe, a música chega a ele. “Tudo o que se faz com verdade, não tem como dar errado. É um Sacro Ofício. O momento de criar é sagrado, não tem outra possibilidade.” E Texto: Décio Junior FotoSergioFerreira
  • 57. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 57 MÚSICA Parceria com Paulo César Pinheiro Um dia, Breno descobriu que um dos sócios do te- atro Elis Regina, em São Bernardo do Campo (SP), era Paulo César Pinheiro, um dos maiores letristas da MPB, parceiro de Baden Powell, Lenine, Carlos Lyra, Clara Nunes e outros músicos brasileiros. Determina- do, conseguiu fazer com que sua música chegasse ao ídolo. “Descobri que 90% do que eu gostava de ouvir tinha o dedo de Paulo César Pinheiro. Então, como não deu certo com o Ivan Lins, quando eu tinha 14 anos, tentei arriscar com o Paulinho.” Paulinho. A forma íntima com que Breno se refere ao “poeta” foi construída ao longo de uma parceria recente, mas que já rendeu mais de 70 canções. Na biografia do compositor, intitulada A letra brasileira de Paulo César Pinheiro – uma jornada musical, escrita por Conceição Campos e publicada pela Casa da Palavra, Breno é citado ao lado de Tom Jobim, Dory Caymmi e Gal Costa. “Que medo”, brinca, surpreso. Breno inaugura a quinta geração de parceria de P. C. Pinheiro e retoma, de forma contemporânea, o trabalho que era feito com Pixinguinha e Tom Jobim. Breno Ruiz não é apenas um nome. É um talento. Sua música toca a alma. Faz arrepiar a pele e, con- fesso, me fez deixar cair algumas lágrimas durante esta entrevista. E, se me permitem, usarei palavras de Vinícius para descrever esse talento: (Ruiz) “Um bicho igual a mim, simples e humano Sabendo se mover e comover E a disfarçar com o meu próprio engano. O amigo: um ser que a vida não explica Que só se vai ao ver outro nascer E o espelho de minha alma multiplica.” (Trecho de Soneto do Amigo – Vinícius de Moraes) FotoSergioFerreira
  • 58. 58 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 BAIRRO SUSTENTÁVEL os dias 9 e 10 de março, a Damha Urbani- zadora promoveu o projeto de revitalização urbana a Comunidade Vila São Francisco, em Feira de Santana (BA). A ação, dividida em etapas, incluiu a restauração do piso da praça da comunidade, seguida pela estruturação e pintura da escola local e construção de um muro para separar a Comunidade e a via de acesso ao empreendimento. O objetivo deste projeto é, além de garantir maior segurança aos moradores, atender a uma deman- da levantada pela população do bairro durante as reuniõe­s com a Associação Bairro Sustentável, que começaram em janeiro de 2013, bem antes da che- gada do empreendimento à cidade. No diagnóstico realizado com a comunidade, observou-se grande necessidade de revitalização urbana. Então, chegou- -se ao formato da ação, apoiada pela Damha. Esta é mais uma iniciativa da Associação Bairro Sustentável e contou com a participação da equipe da ABS, Oficina da Sustentabilidade e moradores da Comunidade São Francisco, que está localizada a aproximadamente 200 metros do residencial que será implantado na cidade. “Essa ação representa apenas o primeiro passo na direção do atendimento às prioridades da área de influência direta do empreendimento, que inclui a Comunidade São Francisco, além de proporcionar o diálogo com a vizinhança e trazer benefícios ao dia a dia dos moradores e alunos”, comenta Fernanda To- ledo, presidente da Associação. N COMUNIDADE SÃO FRANCISCO RECEBE AÇÃO DO PROJETO Ciente da importância de seu papel no crescimento e desenvolvimento dos bairros próximos aos seus projetos, a Damha Urbanizadora criou o Programa “Associação Bairro Sustentável”, que tem por objetivo desenvolver o empreendimento e o entorno no qual ele foi inserido conjuntamente e de forma sustentável, contribuindo com a qualidade de vida de toda a população. A atuação principal do programa é a requalificação e a valorização urbana. Participantes do mutirão Foto Divulgação
  • 59. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 59 BAIRRO SUSTENTÁVEL ESCOLA GANHA HORTA E PROJETO DE DESCARTE DE RESÍDUOS RECICLÁVEIS m 18 de março, a Damha Urbanizadora, por meio da Associação Bairro Sustentável, realizou mais um projeto para beneficiar comunidades no entorno de seus empreen­ dimentos: a instalação de uma horta e a criação de um espaço adequado para descarte de resíduos re- cicláveis e orgânicos na EMEF Luiz Roberto Salinas Fortes, no Jardim Paraíso. O objetivo foi promover a integração entre alunos, escola e comunidade, além de incentivar o cultivo de alimentos orgânicos. A ação reuniu cerca de 800 alunos, pais e funcio- nários da escola. Os participantes foram auxiliados por especialistas e aprenderam a criar e cuidar da horta e também a cultivar hortaliças. Isto porque o cultivo de alimentos frescos e saudáveis reflete-se diretamente na melhoria da nutrição dos alunos. Eles terão a chance de aprender, na prática, algumas li- ções de sustentabilidade e informações sobre o cul- tivo de alimentos orgânicos. Além disso, criou-se um espaço para descarte de resíduos recicláveis, otimi- zando e organizando a coleta seletiva, além de uma composteira que produzirá insumos de adubo para a horta escolar. O projeto é mais uma iniciativa da Associação Bair- ro Sustentável, visando melhorar e promover o bem estar dos frequentadores da escola e promover a in- tegração da comunidade. Envolveram-se na ação a equipe da ABS, alunos, pais, funcionários da escola e profissionais da Oficina da Sustentabilidade, empresa parceira da Damha Urbanizadora nas ações, que se iniciaram no dia 1 de março, com a visita ao local para a avaliação do espaço disponível. “Estamos atuando como facilitadores, viabilizan- do a criação da horta escolar, propondo soluções, fornecendo todas as ferramentas e orientações ne- cessárias para que seja implantado o projeto”, diz Fernanda Toledo, presidente da Associação Bairro Sustentável. “A ação também é uma boa oportunida- de de promover a colaboração entre alunos e escola com a comunidade.” E Ação da Associação Bairro Sustentável, da Damha Urbanizadora, movimenta escola em Araraquara (SP) para promover maior integração entre alunos e comunidade. Sementes e mãozinhas para cultivar a horta da escola FotoDivulgação
  • 60. 60 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 BAIRRO SUSTENTÁVEL “SUA CASA DE CARA NOVA” os dias 6 e 7 de março, a Damha Urbaniza- dora promoveu na Vila dos Pescadores, em São Luís (MA), mais uma etapa do processo de revitalização das casas da comunidade localizada na Praia de Araçagy, Paço do Lumiar, vizi- nha ao empreendimento da empresa. A ação aconteceu em duas etapas: na noite do dia 6, foi apresentado aos moradores da Vila o vídeo do mutirão de pintura das casas realizado no mês de outubro de 2012, além da exibição de um desenho longa metragem que levou mais entretenimento às fa- mílias do vilarejo. Já durante todo o dia 7, foi lançado o projeto “Sua Casa de Cara Nova”, na residência de um dos moradores. O “Sua Casa de Cara Nova” apresentou uma oficina ministrada por especialistas em decoração e arqui- tetura, que ensinaram os moradores a organizarem suas casas a partir de materiais reutilizados, como caixotes de madeira e pneus, entre outros, criando um ambiente mais agradável e com melhor qualida- de de vida. A partir de poucos recursos, mas muita criatividade, o objetivo é que as pessoas sejam ca- pazes de transformar seus lares em ambientes mais agradáveis e que otimizem a organização do espaço. Foi mais uma ação da Associação Bairro Susten- tável, criada pela Damha para melhoria das comu- nidades do entorno. As arquitetas Fernanda Toledo (presidente da Associação) e Amanda Damha, além da consultora em sustentabilidade Monica Picavêa, estiveram na capital maranhense para participar do projeto e fornecer dicas aos participantes. “Essa ação representa a continuidade do nosso pro- jeto de revitalização da Vila, uma vez que, após tra- balharmos na parte externa das casas, participamos da reforma do interior também”, comenta Fernanda Toledo. “A apresentação do vídeo é importante, pois procuramos contar um pouco da história da comuni- dade, resgatando seus valores e contribuindo para o aumento da autoestima. A iniciativa, além de promover o aspecto socioambiental e a revitalização do bairro, apresenta um aspecto muito importante para a comu- nidade, que é o de ser o ponto de partida para a trans- formação. Agora, com novas ações, queremos cada vez mais integrar o empreendimento ao entorno”. Desde 2012, a instituição já realizou ações que en- volveram um mutirão para revitalização das casas, com assentamento das madeiras e pintura e sessão de cinema na praia. As duas atividades contaram com aproximadamente 50 pessoas. “Estamos gostando muito dessa ação que a Damha está fazendo com a gente aqui na Vila dos Pescado- res. Espero que realmente sirva para melhorar cada vez mais a nossa condição de vida. Vamos continuar trabalhando juntos para conseguir ainda mais bene- fícios”, comenta o Sr. José Reis, conhecido como Zé Reis, morador da comunidade. N FotoWilsonMorticelli Damha Urbanizadora dá continuidade a trabalho iniciado em outubro de 2012 e incentiva qualidade de vida por meio da sustentabilidade Reutilização de materiais na decoração de ambientes
  • 61. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 61 condomínio epois de muito sacrifício para comprar, construir ou alugar uma casa ou aparta- mento, prepare-se para exercer uma nova função em sua vida: a de condômino. O primeiro desafio é aprender a compartilhar es- paços e decisões com dezenas, centenas ou até mi- lhares de outras famílias, que têm hábitos, conceitos, manias e princípios extremamente diferentes. Morar em condomínio representa uma opção mo- derna, prática, segura e economicamente viável, so- bretudo nos grandes centros urbanos, o que por si só explica o atual boom imobiliário. Os condomínios são notáveis exemplos de socieda- des organizadas. Para neles viver, é preciso bom sen- so, espírito de grupo e respeito ao próximo, além de disciplina e pleno atendimento às normas e regras de convivência. Sem falar na responsabilidade de pagar a quota condominial em dia, para não onerar o vizinho. Entretanto, o morador de condomínio deve se pre- parar para lidar com conflitos e debater questões complexas, como previsão orçamentária, contas, ba- rulho, vazamentos, festas, cachorros, vagas de gara- gem, inadimplência, segurança. Antes de efetivamente se mudar para um condomí- nio, é essencial preparar o espírito para a vida em co- munidade, assim como conversar muito com os filhos sobre regras e respeito ao próximo. Ler atentamente a Convenção de Condomínio e o regulamento interno é um ótimo exercício para o condômino conhecer todos seus direitos, deve- res e obrigações, especialmente a forma de usar e conservar as áreas e equipamentos comuns, a forma de administração do condomínio, as pena- lidades aos infratores, as proibições, as funções dos membros do corpo diretivo, os prazos para convocação de assembleias, o quorum necessário para deliberação e votação dos assuntos, as limi- tações de horário para festas, reformas e mudan- ças, as normas para manter animais domésticos, a forma de usar as garagens, entre outros assuntos relevantes. Acima de tudo, quem opta por morar em condomí- nio precisa estar preparado para participar da vida coletiva, fazendo críticas construtivas e colaborando para o convívio harmonioso, equilibrado e pacífico entre as famílias. d A nobre arte de viver em condomínio por Marcio Rachkorsky Para viver em condomínio, é preciso bom senso, espírito de grupo e respeito ao próximo. Foto:Divulgação Marcio Rachkorsky - advogado especializado em condomínios há mais de 20 anos, comentarista e apresentador da TV Globo/SP e comentarista na Rádio CBN. Escreve também no caderno de Imóveis da Folha de São Paulo, aos domingos.
  • 62. 62 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 PERFIL MORADOR UM FILHO, UMA ÁRVORE E UM LIVRO SÃO APENAS O COMEÇO Paulo Coli é um dos mais bem-sucedidos empreendedores do país. Pai, marido e apaixonado pelo golfe, o empresário nos presenteia com uma história de vida que se mistura com a história da cidade que escolheu adotar como sua. aulo é apaixonado por esportes, um lado aventureiro que ele afirma ter desde crian- ça. “Quando eu tinha 8 anos de idade havia uma brincadeira que se chamava ‘arqui- nho’. Você pegava um pneu e tinha que equilibrar esse pneu e empurrar pela maior distância possível. Cheguei a empurrar o arquinho, por exemplo, de São João da Boa Vista a Águas da Prata”, conta o empre- sário que também já foi ciclista, participou do Rally dos Sertões, praticou trekking e fez uma viagem ao acampamento base do Everest. Filho de professores, nascido em São João da Boa Vista (SP), viveu parte da infância em Araras (SP). Na adolescência, mudou-se com os pais para São Paulo, onde morou em vários lugares, frequen- tou colégio de padres – ao que atribui seu lado “rebelde” – e iniciou seus estudos técnicos na ETI Lauro Gomes, em São Bernardo do Campo (SP). Foi nessa época que conheceu Fátima, sua esposa, quando ela tinha ainda 14 anos. “Conheci a Fátima num ‘evento’ em que fui ser juiz de pista de corrida de carrinhos de rolimã. A escola ficava no alto de um morro e, na entrada, tinha uma pista enorme. Era algo importante na região, a escola era muito grande. Foi como nos conhecemos, no meio daque- la baderna.” P FotoArquivoPessoal Entevista à Marília Dominicci
  • 63. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 63 PERFIL MORADOR Fátima: “Nós temos um companheirismo de 34 anos. Ficamos juntos tanto quanto possível” Depois disso vieram o curso de engenheiro tecnólogo e, finalmente, a faculdade de Enge- nharia Industrial, a mudança para São Bernardo do Campo – onde começou a trabalhar para a Brastemp – e o casamento, que já dura 34 anos. Foram 14 anos na empresa e, ainda assim, Coli nunca deixou de lado o objetivo de cons- truir seu próprio negócio, chegando a investir em diversos segmentos – incluindo uma loja de discos –, até que, em 1986, foi convidado a tra- balhar para a Clímax, empresa de São Carlos (SP) que, na época, buscava montar uma estru- tura de engenharia. A planta em que trabalhava foi vendida para a Electrolux, e sua decisão de não acompanhar a empresa foi o que chamou a atenção do grupo Engemasa e deu início ao pro- jeto que veio, em 1994, a se tornar a Latina. Com dois anos de vida, sua curva de crescimento pe- dia maiores investimentos, e foi firmado contrato com o BNDES. “Um trabalho da nossa área de marketing mostra que a Latina, de 2002 a 2012, cresceu 300%, ou seja, tem tido um crescimento muito legal.” Dizem que um homem tem que plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Já fiz tudo isso e ainda estou longe de parar “ ” FotoArquivoPessoal FotoArquivoPessoal
  • 64. 64 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 PERFIL MORADOR Estilo Damha – Considerando o impacto desses eventos sobre empresas, população e cofres públi- cos, qual a sua opinião a respeito da realização da Copa do Mundo (2014) no Brasil? Paulo Coli – Eu acho a Copa uma coisa muito le- gal, mas acredito que o país não esteja preparado pra isso. Não tem muito sentido, pra mim, investir bi- lhões em estádios de futebol que, um mês depois da Copa, não terão nenhuma finalidade a não ser rece- ber jogos de futebol aos quais irão, no máximo, um décimo da capacidade do público do estádio. Por exemplo: o Brasil vai começar jogando em São Paulo, e vai jogar em um terço dos campos que estão sen- do construídos. É óbvio que o brasileiro, se puder, vai acompanhar a seleção jogando nesses campos, mas, e os outros times? Quer dizer, será que um espanhol, um japonês, um italiano virá pro Brasil acompanhar a Copa do Mundo como se está imaginando? ED – Seguindo esse raciocínio, a Copa no Brasil se- ria algo como a Copa da África do Sul? PC – Conheço a África do Sul e, na minha opinião, a Copa aqui vai ser pior. Por quê? Lá os estádios são próximos. Imagine aqui: se um time tiver que jogar em Porto Alegre e em Recife e depois em Brasília, vai ser complicado pro time e pra quem for acompanhar. Você vai chegar a São Paulo pra ver um jogo, descer em Congonhas e pegar a Marginal pra ir pro estádio em Itaquera? Tem também a questão da segurança. Enfim, é uma coisa bacana, o Brasil é o país do fute- bol, mas me parece que isso não é uma prioridade. ED – Sua opinião a respeito das Olimpíadas (2016) é a mesma? PC – Quanto à Olimpíada, eu já penso diferente. São muitos esportes, e isso inspira qualquer garo- to. Se ele não quer nadar, vai correr, se não quer correr, vai fazer outro esporte. É um evento locali- zado em uma única cidade, que é o Rio de Janeiro. Como o investimento é localizado, é um negócio lo- gisticamente mais adequado, um projeto que pode ser muito mais organizado. Depois vem a Paraolim­ píada, que é outro evento muito importante. São ou- tros muitos brasileiros que vão se projetar. Eu acho a Olimpíada, no geral, uma coisa bacana. Já quanto ao futebol, eu tenho minhas dúvidas. Fátima, Coli e a filha Mayla com seu marido Guilherme FotoArquivoPessoal
  • 65. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 65 ED – Sustentabilidade, hoje, é uma questão para ser encarada a partir de qual ponto de vista? Qual é seu ali- nhamento e o alinhamento da Latina sobre o assunto? PC – Essa é uma questão estrutural. Na minha opi- nião, não faz mais sentido você não estar engajado em projetos de sustentabilidade. Temos problemas climáticos, de poluição e de infraestrutura. Isso é fato. Estivemos em Shangai algum tempo atrás e há uma névoa constante lá que é pura fumaça. É poluição. Se você parte da premissa de que fazer sua par- te, cuidar do seu ambiente, do seu lixo, é estar li- gado à sustentabilidade, vê que não é nada difícil. Sustentabilidade é um jeito de viver. As pessoas di- zem que no Brasil não se tem educação, mas é um processo lento. Quando eu era garoto, matar passarinho era diversão e era algo incentivado. Hoje, as pessoas sabem que não é assim, que é natureza e que você tem que cui- dar, proteger. As coisas estão evoluindo de uma forma legal. Não na velocidade que a gente quer, mas estão. A Latina tem políticas ligadas a cerca de 80 institui- ções da região. Estamos ajudando pequenas e gran- des ações, e 100% do que é produzido na empresa, de alguma forma, é reciclável. Se você produz algo que, quando descartado, poderá ser completamente reutilizado, então, está agindo dentro da cadeia de sustentabilidade. PERFIL MORADOR FotoArquivoPessoal ED – Foi essa preocupação com a sustentabili- dade – além do campo de golfe – que trouxe sua família para o Residencial Damha São Carlos? PC – O projeto Damha de urbanização é muito mo- derno, muito relacionado com o que as coisas deve- riam ser, ou serão, daqui a algum tempo. Você tem espaço, tem segurança, tem lazer, tem atividades, e percebe as pessoas preocupadas com a poluição, com o paisagismo e a preservação. No campo de golfe, dá pra perceber uma preocu- pação muito grande com os animais que frequentam o campo, com a vegetação, com a manutenção do cinturão verde. Eu acho que isso é ótimo, ainda mais estando ao lado de uma cidade que não nasceu com essa visão, com essa preocupação com a infraestru- tura. Você consegue melhorar aqui e, com isso, me- lhorar outros lugares também. Em 2005, fomos convidados por um amigo para conhecer um empreendimento em que estavam construindo um campo de golfe. Eu, que já gos- tava um pouco, me encantei pela brincadeira. O golfe é um esporte curioso porque não tem idade. Um garoto de 10 anos pode jogar com um senhor de 80, eu já vi essa cena. Além do que, você não joga contra alguém, você joga contra o campo. Pode-se jogar sozinho, por exemplo, e ter a mes- ma qualidade. “É muito bom acordar de manhã, vir pra cá, encontrar os amigos. Cada partida dura mais ou menos 4 horas e meia. São 4 horas e meia de conversas, piadas, apostas, relacionamento”
  • 66. 66 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 É hora de jogar golfe
  • 67. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 67 Damha Golf Club se firma como referência nacional e abre suas portas para iniciantes terem um primeiro contato com o esporte que volta às Olimpíadas em 2016 Texto: Henrique Fruet FotoDivulgação
  • 68. 68 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 DAMHA GOLF NEWS silêncio só é quebrado pelo estridente can- to dos quero-queros. Há verde por todo o lado. Árvores e flores de diversas espécies ajudam a compor o cenário bucólico, junto com um ou outro tucano ou gavião que parece obser- var a cena de longe. De vez em quando, ouve-se um forte estampido, fruto do contato de um taco a 150 km/h com uma bola branca de 42,67 mm de diâmetro. Ela voa por mais de 200 metros, em direção a um ponto ao longe, onde se avista uma bandeira vermelha tremulando, indicando a localização de um buraco. É lá que a bola irá repousar, depois de mais algumas taca- das, e assim sucessivamente por um total de 18 trajetos diferentes que compõem um campo de golfe oficial – ou 18 buracos, como se diz no jargão do esporte. Mesmo que você torça o nariz para o golfe e nunca tenha tido a curiosidade de conhecer a prática mais a fundo, não há como negar: esse é um dos esportes que mais propicia contato com a natureza. Propicia também a descoberta de qualidades que o golfista aos poucos vai percebendo dentro de si, como poder de concentração e de superação, respeito a regras e aos parceiros de jogo e capacidade de se harmonizar com a natureza, entre muitas outras vantagens (há estudos que chegam a afirmar que o golfe aumenta em cinco anos a expectativa de vida, entre outros be- nefícios à saúde). Natureza, por sinal, é o que não falta no Damha Golf Club, campo inaugurado na cidade paulista de São Carlos em 2006 pelo Grupo Encalso Damha. Ele é uma das principais atrações do Parque Eco Esportivo Da- mha, que reúne também represas, trilhas ecológicas, centro hípico, centro de treinamento de esportes diver- sos, como triatlo, e o Parque Eco Tecnológico. O FotoDivulgação Foto aérea do Damha Golf Club
  • 69. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 69 DAMHA GOLF NEWS Dr. Anwar, como é carinhosamente chamado pe- los funcionários e colaboradores, convidou Rossi para desenhar o campo em 2003, e fez questão de acompanhar de perto todos os detalhes, des- de o projeto do campo até o da suntuosa sede, erguida com madeira de tulhas de café adquiridas de fazendas centenárias da região. Rossi se es- forçou para sintetizar décadas de experiência em golfe num só projeto. Nascido na Argentina, ele se considera brasileiro de coração. Começou a jogar golfe aos 5 anos. Aos 17, já era golfista profissional e, um ano depois, venceu seu primeiro torneio, o Aberto do Uruguai – na época foi um dos profissio- nais mais jovens do mundo a vencer um torneio. “O Damha Golf Club é minha obra-prima. Coloquei lá toda a experiência de uma vida toda jogando golfe pelo mundo inteiro”, diz. O jovem Damha Golf Club se tornou em pouco tempo referência nacional e um dos principais do país. Para ser mais exato, o 4º melhor do Brasil, segundo a revista americana Golf Digest, a bíblia do esporte. Nada mal, ainda mais se levarmos em conta que o Brasil, em seus mais de 110 anos de golfe, possui mais de 115 campos. É impossível falar no Damha Golf Club sem citar dois nomes: Anwar Damha e Ricardo Rossi. O campo de golfe de São Carlos é fruto do sonho de ambos, que colocaram boa parte de sua alma e de seus corações no empreendimento. O Damha Golf Club é resultado de mais de um século de experiência e excelência, se le- varmos em conta o tempo de atuação de cada um deles em suas respectivas áreas. Fundador do grupo Encalso, Anwar Damha é o idealizador do Damha Golf Club e do Parque Eco Esportivo; já Rossi é um dos maiores golfis- tas que o Brasil já teve e foi o designer do campo. FotoDivulgação O Club House é uma atração à parte
  • 70. 70 | Estilo Damha Abril | Maio 2013 A boa notícia é que essa maravilha de 70 hectares projetada por Rossi está disponível para quem quiser conhecê-la. O Damha Golf Club é um campo público, ou seja, é aberto a visitantes, diferentemente de clubes de golfe fechados, cujo acesso só é permitido a só- cios. Um almoço e jantar no refinado restaurante Tulha, que funciona na sede do clube, é um bom primeiro contato com a beleza do lugar. Mas não fique só nisso. Uma vez no Damha Golf Club, não deixe de falar com os responsáveis pelo golfe para conhecer me- lhor a infraestrutura do local. Aproveite também para agendar uma aula com o Antonio Araújo, o Peba, ou com o Ricardo Salinas, os dois profissionais do clube. Informe-se na secretaria, pois volta e meia o campo organiza clínicas (aulas coletivas) gratuitas. E leve seus filhos, pois as crianças podem participar da Aca- demia de Golfe Dr. Anwar Damha, iniciativa inédita do clube para desenvolver o golfe entre jovens, que não DAMHA GOLF NEWS pagam nada para aprender tudo sobre o esporte. “Uma das características principais do Damha é ser um clube aberto e receptivo. Queremos mostrar que o golfe é acessível e incentivar a sua prática. Poucos esportes permitem uma integração tão grande entre as pessoas e podem ser praticados pela família toda. Estamos de portas abertas para receber os iniciantes, ainda mais os moradores de condomínios Damha”, diz Carlos Gonzalez, presidente do Damha Golf Club. Essa é uma boa hora para ter um contato mais pró- ximo com o golfe, pois em 2016, no Rio de Janeiro, o esporte voltará a ser um esporte olímpico, após 112 anos de ausência. Por conta disso, o golfe brasileiro tem passado por enormes avanços, com a realização de grandes torneios – muitos deles, aliás, realizados no próprio Damha, que já recebeu eventos como o Aberto do Brasil (principal competição profissional do país), Aberto de São Paulo, Brasileiro Juvenil, FotoDivulgação Carlos Gonzalez, Barrichello e Álvaro Almeida
  • 71. Abril | Maio 2013 Estilo Damha | 71 ÚTIL: Damha Golf Club Parque Eco-Esportivo Damha Rod. SP 318 – km 234 São Carlos, SP Tel.: (16) 2106-6053 www.dgc.com.br golf@damha.com.br Brasileiro Sênior, a final sul-americana da Faldo Se- ries (circuito mundial juvenil) e etapas do CBG Pro Tour, o Circuito Brasileiro de Golfe. E por falar em torneio, a grande marca do clube é o Aberto Damha Golf Club, torneio de maior importân- cia organizado pelo próprio campo e que chega em 2013 à sua sétima edição. O campeonato, que é con- siderado o evento de golfe mais divertido e animado do País, reúne golfistas de todo o Brasil, além de em- presários e celebridades, como o piloto Rubens Bar- richello e o ator Humberto Martins. Além de uma competição de excelente nível técnico, o Aberto Damha Golf Club realiza festas memoráveis, com apresentações musicais de diversos ritmos e es- tilos, que já incluíram orquestras sinfônicas, escolas de samba e um bom rock. Nessas horas, o canto dos quero-queros e o estampido das tacadas dão lugar a notas musicais que embalam muita diversão. DAMHA GOLF NEWS FotoDivulgação Carnaval completo com bateria e porta-bandeira já foi atração no Aberto Agora que você já conhece nossa história e trajetória nas próximas edições esta seção terá muitas no- vidades do golfe e de nosso clube.