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(One Night With Sole Regret # 0.5)
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Olivia Cunning
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Uma Noite com Sole Regret Séries # 0.5
livro com eventos anterior a série
Este curto romance erótico foi originalmente lançado em uma antologia intitulada
Um Natal muito Indecente.
NOTA: apesar de ser um prequel é melhor ler depois de Take Me.
Depois de um show beneficente, Lindsey anseia passar uma noite de Natal
incrível com sua banda favorita, Sole Regret, para agradecê-los por sua
generosidade. Mesmo precisando seguir o ônibus da banda pelo desfiladeiro
escorregadio de uma montanha durante uma tempestade de neve, nunca esperou
passar um noite de nevasca com dois rockstars generosos que gostam de
compartilhar seus talentos. Presa no ônibus com sua melhor amiga, uma banda de
rock e seu motorista, o que estas garotas safadas podem fazer para se aquecer?
Talvez uma pergunta melhor seria o que elas não podem fazer?
Contém uma série de perversões excêntricas, leitores sensíveis, cuidado.
Capítulo 1
A pesada linha de baixo que retumbou nos alto-falantes do auditório fez todo o
corpo de Lindsay pulsar. Ela já fora a vários shows do Sole Regret em estádios, por
isso estava ciente de que seu auditório local não fazia jus a habilidade de Owen
Mitchell nas quatro cordas. No entanto, o clima intimista do pequeno local
compensava a qualidade inferior do som. Nunca antes chegara tão perto do palco.
A expectativa de ver os cinco membros do Sole Regret da segunda fila a fez
levantar rapidamente da poltrona de veludo desgastado e escorrar-se contra o
encosto de madeira da cadeira apoiada na frente dela. Não importava que o
movimento tivesse rendido vários olhares irritados e uma vaia alta de “Sente-se!”
de alguém atrás dela.
Sente-se? Em um show do Sole Regret? Era mesmo possível ficar sentado
quando eles estavam no palco?
A melhor amiga de Lindsey, Vanessa, agarrou sua camiseta e forçou-a a sentar
em seu lugar novamente.
- Sua chefe está aqui. - Ela sussurrou severamente. - Tente se controlar.
O que era mais fácil dizer do que fazer. Lindsey se contorceu na borda do
assento. Ouvia Owen tocar, mas ainda não era capaz de vê-lo, o que era um inferno
para seus desejos femininos.
Quando Lindsey conseguiu o primeiro vislumbre do baixista enquanto este
caminhava casualmente pelo palco de madeira rangente, dedilhando as cordas
grossas com uma cadência constante, ela quase engoliu a língua. O homem era
devastadoramente lindo. Seu cabelo castanho claro estava arrumado em um topete
engraçado que roçava na testa. Não podia ver a cor dos olhos a essa distância, mas
sabia por ficar olhando para suas fotos por horas a fio, que eram de um hipnótico
azul brilhante. Movendo os olhos do rosto perfeito, desceu pelo pescoço para o
corpo. Cerrou as mãos enquanto lutava contra a necessidade de lançar-se ao palco,
derrubá-lo no chão e explorar cada pedacinho de seu corpo definido. Essa noite
Owen vestia uma camiseta azul marinho apertada que se agarrava ao peito e
ombros bem musculosos. Um conjunto de plaquetas militares prata balançava no
centro dos músculos peitorais. Enquanto ele continuava tocando a introdução, ela
pegou-se fascinada com o movimento magistral dos dedos sobre as cordas do
baixo. Por que os guitarristas tinham que ser tão gostosos? Isso simplesmente não
era justo.
Lindsey gemeu alto quando imaginou todas as coisas que aqueles dedos fortes e
habilidosos podiam fazer em seu corpo. O que ela não daria para ser o objeto
tocado por esse homem.
- Menina, - Vanessa disse. - Você está ficando molhadinha, não está?
Sem dúvida, a calcinha de Lindsey estava molhada. Não poderia negar.
- Ele é tão... - Todo seu corpo estremeceu quando não conseguiu encontrar
palavras sensuais apropriadas para descrever o homem.
Vanessa rolou os olhos.
- Por favor. Ele é bonitinho e tal, mas não acho que a simples visão de um
homem possa inspirar um grande Ó.
Lindsey soltou um risada sem fôlego.
- Então você estaria errada, Nessi. Porque eu já estou quase lá.
Vanessa virou a cabeça para o outro lado. Em voz baixa disse “Informação
Desnecessária”.*
*No original T.M.I., que significa “Too Much Information”, ou seja, “muita informação,
informação desnecessária ou desagradável”. É geralmente usada em conversas quando uma das
pessoas começa a contar detalhes desagradáveis, que deixam os outros desconfortáveis.
Quando o baterista, Gabe Banner, entrou na música com uma progressão de
pesadas pancadas no bumbo, o coração de Lindsey passou a bater no mesmo ritmo.
Conseguia distinguir as pontas vermelhas do moicano dele atrás da bateria, e um
ocasional movimento de baquetas quando executava uma série vigorosa de batidas
sobre as peles. Com o ritmo estabelecido, Owen voltou para o centro do palco,
correu para a frente parando na beira do palco, quando o resto da banda apareceu e
se juntou a música. O corpo de Lindsey foi percorrido pela adrenalina. Era certo
que ela era uma groupie desses caras. Se sua chefe púdica, que estava sentada a
alguns lugares a sua esquerda, não estivesse mandando olhares reprovadores de
trás de óculos de aros grossos, Lindsey já teria tirado o sutiã e jogado no palco.
Felizmente, ainda tinha autocontrole suficiente para impedir-se de mostrar os seios
nus para a banda. Talvez mostrasse.
Owen tinha um apelo especial para Lindsey, mas havia algo no vocalista, Shade
Silverton, que exigia atenção. Ele sabia como comandar uma multidão. Passou a
encorajar a platéia a ficar de pé, movendo uma das mãos para cima e para baixo.
Lindsey sabia que eles não seriam capazes de ficar sentados por muito mais tempo.
Até mesmo o mais aborrecido dos presentes – que normalmente nem imaginaria
assistir um show de metal – obedientemente levantava da poltrona. Seria mais fácil
para Lindsey se divertir com dois homens bem grandes ao seu lado, bloqueando-na
do olhar crítico da senhora Weston. Era grata por ela tê-la contratado para trabalhar
em sua empresa de investimentos, mas a mulher parecia pensar que estava no
comando de todos os aspectos de sua vida, tanto dentro quanto fora dos limites do
escritório. Ainda bem que ela não lia mentes. Ficaria escandalizada com o desfile
de pensamentos pornográficos na mente de Lindsey enquanto observava Shade
cantar o refrão da música de sucesso do Sole Regret, “Darker”. Alto, moreno e
misterioso por trás de seu óculos aviador, Shade Silverton exalava uma energia de
força bruta e sexual. O que havia nesse homem que a fazia querer cair de joelhos e
chupar seu pau em sua garganta?
- Agora, aquele homem faz minha buceta entrar em ebulição. - Vanessa falou
com os olhos grudados em Shade, que dominava completamente o palco com sua
inquestionável autoconfiança. - Eu só queria...
- Chupá-lo até ele gozar?
Vanessa gargalhou.
- Oh sim. Já estou de joelhos.
O guitarrista, Kellen Jamison, estava sussurrando no ouvido de Owen. Ambos
começaram a rir do vocalista e do outro guitarrista, que pareciam competir pela
bajulação do público. Lindsey adorava toda a banda. Eles não precisavam brigar
por sua atenção. Mas aqueles dois – Owen e Kellen – faziam todo seu corpo zunir
de desejo reprimido.
Assim como Owen tinha olhos e cabelos claros, Kellen era um deus de bronze
com cabelos pretos até os ombros e olhos quase negros, que podiam levar uma
pessoa a entrar em coma. Elogiou todas as divindades pelo homem nunca vestir
uma camisa no palco. Seu corpo longo e magro era preenchido perfeitamente com
músculos em forma, que recobriam a pele bronzeada. Tatuagens decoravam ambos
os braços de cima a baixo, dando a aparência de mangas compridas. Havia uma
aura de intensidade em torno de Kellen Jamison que ela não podia ignorar.
Duvidava que qualquer mulher pudesse ignorá-la. E quando ele e Owen paravam
lado a lado, não havia nada mais inspirador no planeta. Era por isso que a dupla
estava no topo de sua lista do “Foda-o”. Ela e Vanessa haviam criado a lista alguns
meses antes, quando reclamavam sobre sua simultânea falta de namorados.
Era composta com o nome dos três homens com quem mais queria transar, e se
ela tivesse oportunidade, receberia passe livre para subir ao nível de vagabunda.
Não importava se estivesse namorando, casada, grávida de oito meses ou se
tornado uma freira de clausura. Se o homem em questão estivesse na lista, nada
disso seria impedimento para ela. Vanessa dizia o mesmo, e sua amiga nunca a
orientava errado. Pelo menos, não muito.
O número um na lista de Lindsey era Owen Mitchell, e o número dois estava
parado ao lado dele, disputando o primeiro lugar, Kellen Jamison. Felizmente, não
estava namorando ou grávida. E seu atual período de seca sexual podia fazê-la
sentir-se como uma freira em certos dias, mas nem por isso havia feito voto de
castidade. Se conseguisse chegar perto deles. Ganhar sua atenção. De bom grado
oferecer seu corpo. Então talvez pudesse, pelo menos, ficar com um dos três
homens que a haviam feito babar como alguém que acabou de fazer um tratamento
de canal.
No meio da música, o guitarrista da banda, Adam Taylor, moveu-se para a frente
do palco para tocar seu solo. Seu espesso cabelo escuro estava cortado em um
estilo desgrenhado, o que chamava atenção para seu rosto. Ele tinha os lábios mais
sensuais que Lindsey já vira num homem. E uma coleção de correntes em volta do
pescoço, e do quadril, onde ela não se importaria de ficar enroscada. Os dedos dele
sobrevoavam as cordas da guitarra, rápidos como um relâmpago, produzindo
imagens de dedos roçando partes do corpo de Lindsey altamente carentes. Ela
estava prestes a chutar David Beckham da terceira posição de sua lista “Foda-o”. A
menos, que Shade quisesse a honra.
- Deus, estou tão excitada. - Lindsey grunhiu baixinho.
- Eu posso te ajudar com isso. - Joe, que trabalhava em seu escritório, disse em
seu ouvido.
Foi como levar um balde de água fria na cabeça. Ele não estivera sentado ao
lado dela no início do show. Devia ter se infiltrado no meio da multidão quando
não estivera prestando atenção. Lindsey empurrou-o para fora de seu espaço
pessoal e trocou de lugar com Vanessa, assim teria sua melhor amiga evitando que
nenhum homem conseguisse passar. O olhar que Vanessa deu para Joe – olhos
estreitados, sobrancelhas erguidas e lábios franzidos em uma linha dura – fizeram-
no olhar para os sapatos e correr um dedo sob o colarinho.
- Foi o que eu pensei. - Vanessa falou e estalou o pescoço para causar um efeito
maior. - Lindsey cansou de lhe dizer que não está interessada. Agora, tchau.
Ela realmente dizera. Muitas vezes. Pensou que ele finalmente tinha desistido.
Joe não a incomodava há semanas. Devia estar soltando feromônios como uma
fêmea no cio ou algo parecido. Como se pudesse evitar. Os membros do Sole
Regret acendiam seu fogo, mas ela preferia saciar seu desejo com um amiguinho
de pilhas do que com Joseph Bainbridge. Não era nem um pouco atraída por ele, e
nunca seria. Não havia nada de errado com ele, mas tampouco havia algo de certo.
Joe se esgueirou para longe e Lindsey pode voltar sua atenção para o palco. A
música chegava ao fim e a multidão aplaudiu, o barulho desenfreado ecoando pelo
auditório como ondas de um mar revolto. Shade aproximou-se do centro do palco e
falou para o público.
- Obrigado por terem vindo ao nosso show beneficente nesta fria véspera de
Natal.
A multidão aplaudiu.
- Ellie Carlisle queria estar aqui esta noite para agradecer a vocês por ajudarem
a família dela com suas despesas médicas. Infelizmente, depois de uma forte sessão
de radioterapia ontem, eles não permitiram que ela deixasse o hospital. Portanto,
esta noite ela vai descansar bastante para que possa acordar amanhã e ver o que
Papai Noel trouxe de Natal por ela ter sido um perfeito anjinho.
Poderia ter sido o sistema de som, mas a voz de Shade soou um pouco
embargada quando falou sobre Ellie, a menina de cinco anos que estava lutando
pela vida num hospital local. A cidade tinha se reunido várias vezes para tentar
ajudar a família, mas a venda de panquecas no café da manhã e leilões silenciosos
só arrecadaram uma parte do dinheiro. O show do Sole Regret, por outro lado,
trouxe pessoas e seu dinheiro de centenas de quilômetros.
- O pai dela é um grande fã nosso. - Shade continuou. - Então quando ele nos
perguntou se podíamos vir e ajudar a levantar mais dinheiro para ajudar sua
garotinha a lutar pela vida, nós não podíamos dizer não.
- Não se esqueçam de comprar uma camiseta na saída. - Kellen disse na voz
mais profunda e sexy que Lindsey já ouvira. Como poderia evitar não pensar em
ter nada com ele, quando o som de sua voz em seu ouvido ecoava de todas as
direções?
- Todos os lucros de vendas de merchandising também irão para ajudar a família
Carlisle.
Owen aproximou-se de seu microfone.
-Vocês sabem do quê? Foda-se o câncer. - Ele gritou empurrando o punho no ar.
Ele logo conseguiu ter todo o auditório entoando “Foda-se o câncer, foda-se o
câncer, foda-se o câncer” repetidas vezes. Até a senhora Weston mete-o-pau-na-
bunda estava gritando junto com os outros.
Quando a multidão silênciou novamente, Shade disse:
- Obrigada por terem vindo está noite e apoiar a causa de Ellie. Agora nós
vamos mostrar a vocês o que é rock.
Shade começou a próxima música com um grito agudo que provocou um arrepio
na coluna de Lindsey. Era difícil acreditar que este grupo de homens fodões esteve
disposto a desistir de sua noite de véspera de Natal para ajudar uma garotinha que
nem conheciam. Ficou surpresa quando lágrimas ameaçaram cair de seus olhos ao
pensar no ato altruísta deles. De repente, os membros do Sole Regret pareciam
mais profundos do que simples pedaços afrodisíacos. Se perguntou que tipo de
homens seriam. Talvez pudesse achar um jeito de conhecê-los. E não apenas para
que pudesse riscar dois números de sua lista. Tinha uma forte necessidade de
agradecer-lhes por serem incríveis.
Capítulo 2
Owen observou, de uma expressão sombria para outra, em volta do ônibus. Era
de se pensar que seus companheiros de banda tinham acabado de chegar de um
funeral, e não de um show beneficente fodão, que provavelmente salvaria a vida de
uma menina. Deslocando seu gorro de Papai Noel para uma posição mais
inclinada, pegou o saco preto de lixo cheio de enfeites que sua mãe havia mandado
junto com ele, quando soube que ele não poderia participar da celebração anual de
véspera de Natal da família. Seu irmão também não participaria – Chad fora
enviado ao Afeganistão em agosto – assim, estava um pouco contente por não
precisar sentar à mesa com uma cadeira vazia, imaginando se o irmão estava se
esquivando de balas, enquanto ele evitava as perguntas da avó Ginny sobre quando
sossegaria e faria bebês bonitos para ela mimar. Mesmo que fosse um cara próximo
da família e sentisse sua falta– até mesmo da vovó Ginny – Owen não deixaria de
estar neste ônibus, impregnado de mau humor, onde-quer-que-diabos-estivessem,
indo de Idaho para onde-quer-diabos-ficasse, Montana. Por isso iria tirar o melhor
proveito de sua situação e não deixar que seus colegas chateados arruinassem seu
bom momento.
Seu alvo preferencial era Kelly. Não porque o guitarrista fosse o mais
deprimido– essa honra era de seu vocalista, Shade – mas por precisar de um
parceiro para celebrar o Natal, e Kelly sempre o apoiava. Ele nem sequer tinha que
pedir ajuda. Há muito tempo tinham criado um pacto para fazer travessuras.
Owen pescou a árvore de Natal artificial verde para fora do saco e colocou-a
sobre a mesa entre o par de poltronas onde o baterista, Gabe, sentava lendo alguma
coisa, e Shade encarava o nada.
Endireitando os galhos em algo mais parecido com um pinheiro, Owen
cantarolou baixinho e depois irrompeu em uma canção “Oh árvore de Natal, oh
árvore de Natal, de plástico são teus ramos”.
Shade ergueu a cabeça e uma sobrancelha escura apareceu acima da armação de
seu óculos aviador.
- Você tem que ser desagradável agora?
- Por quê? - Owen disse. - Isso está interrompendo seu mau humor?
- Quanto a essa questão, está sim. - Shade esticou a mão para um galho
horrivelmente falso e dobrou-o em num ângulo maior.
- E por que você está de mau humor? É véspera de Natal. Está com medo que
não vai ter nada além de pedaços de carvão em sua meia? - Owen mergulhou a mão
dentro do saco e tirou várias correntes de pisca pisca. Sua família acreditava que
nunca havia luzes suficientes na árvore. Quando totalmente iluminada, a árvore da
família Mitchell provavelmente poderia ser vista de Marte.
- A Julie só vai ter meio Natal. - Shade falou. Arrumou outro galho e, em
seguida, deixou a mão cair quando Gabe tirou sua atenção do livro para observá-lo
tentar aperfeiçoar o imperfeito.
- Mas ela não precisa. - Owen disse. - Você pode dar-lhe outro Natal quando
voltarmos para casa na próxima semana. Ela vai adorar. Vou até usar meu gorro de
Papai Noel e escorregar pela chaminé para colocar um sorriso no rosto dela.
Shade cruzou os braços sobre o peito, sua carranca se aprofundando.
- Não é o mesmo.
- Pelo menos, dessa vez não é culpa minha que ele está de mau humor. - Adam
disse. O guitarrista tinha sua guitarra desplugada e estava dedilhando
silenciosamente alguns riff em que estava trabalhando para o próximo álbum do
Sole Regret.
- Não estou de mau humor. - Shade falou.
- Parece mau humor para mim. - Kellen disse. Ele se levantou do sofá para ficar
ao lado de Owen. Inseriu um longo braço tatuado no saco e tirou uma corrente de
guirlanda vermelha. Levantou uma sobrancelha para Owen, antes de passar
rapidamente os olhos incisivamente por Shade. Owen tentou não sorrir, e seguir
com o plano silenciosamente combinado, mas isso não seria fácil. Acenou com a
cabeça bem de leve.
- Em primeiro lugar, você foi quem quis nos levar para fazer um show
beneficente na véspera de Natal. - Adam disse para Shade. - Você nem mesmo
conhece aquela criança.
Owen estremeceu. Esses dois realmente tinham que começar uma briga hoje à
noite? Com certeza podiam encontrar uma forma de deixar suas diferenças de lado
na época do Natal.
- Eu não preciso conhecer a porra da criança, Adam. Ela tem leucemia. A
família não tem seguro, nem trabalho e nem dinheiro para pagar o tratamento de
quimioterapia. Algumas horas a mais em nossas agendas lotadas dão a ela a chance
de chegar ao seu sexto aniversário. Você tem que ser sempre um idiota tão egoísta?
- Não tenho absolutamente nenhum problema em fazer um show beneficente.
De qualquer maneira, não é como se eu tivesse planos melhores para o Natal e,
porra, acredite ou não, eu me importo. Mas você sentado aí, como se seu cachorro
tivesse acabado de morrer depois de você tomar a decisão de fazer o show, pela
primeiro vez está me irritando. Eu não vou mentir.
- Há uma primeira vez para tudo. - Shade resmungou.
- Tudo que eu quero de Natal é um par de mordaças para pendurá-los pelas
bolas. - Gabe disse erguendo o livro até que tudo o que era visível de sua cabeça
era o topo de seu moicano vermelho e preto. - Estou tentando me concentrar aqui.
- Mordaças de bola? - Kelly assentiu. - Eu posso cumprir esse desejo. - Ele
começou a enrolar a guirlanda dando laçadas ao longo da mão até o cotovelo.
Owen sabia que ele podia produzir duas mordaças em questão de minutos.
Também sabia exatamente onde Kelly mantinha seu esconderijo secreto de
acessórios excêntricos, no caso de sentir a necessidade de pedir algo.
Recentemente, Kelly havia começado um hobby novo – atar nós. Era um hobby
perfeitamante inocente para a maioria das pessoas, mas nem tanto para Kelly.
Cuidadosamente desembaraçando um fio de pisca pisca, Owen fingiu estar
muito interessado em seu baterista, Gabe, para afastar a atenção de Kelly, que
estava formando um laço frouxo numa extremidade da guirlanda. As tatuagens de
dragão nas partes raspadas do couro cabeludo de Gabe estava em total contradição
com o colossal e decididamente chato, livro nas mãos dele.
- Sobre o que você está lendo? - Owen perguntou, já sabendo que não daria a
mínima.
Gabe empurrou os óculos de leitura pelo nariz e sorriu maliciosamente.
- Fricção.
- E como reduzí-la com lubrificação adequada? - Owen perguntou. Gabe era a
única pessoa que ele conhecia que tentava aplicar as leis da física no sexo.
- Você não quer reduzir o atrito demais. - Gabe disse. - Você a quer lisa e
molhada, mas não muito suculenta.
- Eu discordo. - Shade falou com um sorriso largo. - Quanto mais suculenta,
melhor. - Pelo menos, seu mau humor diminuíra.
- Sim. - Kelly concordou. - Gosto dela bem molhada para que eu possa lambê-la
até estar limpa.
- As conversas nesse ônibus sempre se voltam para bucetas. - Adam disse.
- Não há nada melhor para se falar, não é? - Owen perguntou.
- Não. - Seus companheiros de banda dizeram em uníssono. Todos riram porque
essa era a única coisa em que todos eles sempre concordavam.
- E definitivamente não há nada de melhor sobre o que pensar. - Gabe disse. -
Por isso todos precisam se calar. Estou pensando.
- Quem precisa levar a pior, Owen? - Kelly falou. - Shade ou Gabe? - Agora ele
estava preparado para colocar o plano em pratica.
- Pessoalmente, eu acho que os dois precisam. - Owen disse.
- Precisa do quê? - Shade perguntou.
- Parece que Shade se ofereceu para ser o primeiro?
- Primeiro para quê?
Kelly moveu-se rápido – como um ninja – e Owen deu um passo para fora de
seu caminho, à espera de uma abertura para ajudá-lo.
Shade era maior do que Kelly, mas ele tinha o elemento surpresa a seu lado.
Antes que Shade pudesse reagir, Kelly saltou sobre ele, e tinha a corda feita da
guirlanda vermelha em torno de seus antebraços, amarrando-a desde os pulsos até
os cotovelos. Shade poderia ter sido capaz de se libertar há tempo, mas no instante
em que Kelly se afastou, Owen tomou seu lugar com fios de luzes, envolvendo
várias correntes em volta dos braços e peito de Shade, entrecruzando-os em uma
teia de arte indestrutível. Kelly ensinara a Owen tudo o que sabia sobre shibari* e
Owen ensinara a Kelly tudo o que sabia sobre laçar bezerros. Suas mesclas de
habilidade, trabalho em equipe e velocidade asseguraram que Shade não iria a
lugar algum até eles decidirem libertar seus braços.
Como era comum para Shade, assim que ele superasse seu recente humor
melancólico – seu divórcio era o culpado – ele ficaria feliz em juntar-se a eles na
diversão e aproveitá-la. Ele riu quando um segundo fio de pisca pisca foi usado
para segurá-lo na cadeira pela cintura. Estava correndo perigo de hiperventilar com
as gargalhadas quando Kelly encontrou alguns fios prateados brilhantes no saco e
envolveu-as em seu pescoço várias vezes.
- Agora você não tem chance além de entrar no espírito de Natal. - Owen disse.
- Nada mais de desgosto fingido para você.
*Shibari é um verbo japonês que significa literalmente amarrar ou ligar e é usado no Japão para
descrever o uso artístico na amarração de objetos ou pacotes. Surgiu no Japão feudal, era
aplicado pela polícia local e pelos samurais com dois objetivos principais: imobilizar a vítima e
colocá-la em uma postura de submissão e humilhação. Á partir de 1960, teve uma revitalização
erótica.
Rindo com o espetáculo de ver o membro mais indiferente da banda estar
amarrado, parecendo uma árvore de Natal abominável, Adam adicionou ás
festividades uma canção natalina dedilhada em sua guitarra. “No primeiro dia de
Natal meus amigos me deram, a decoração de Shade como árvore.”
- Cale a boca! - Shade gritou , mas ele estava rindo descontroladamente para
que alguém pudesse levá-lo a sério.
Kelly encontrou uma estrela espalhafatosa para o topo da árvore no saco. Antes
que ele pudesse adicioná-la a árvore deles, Gabe arrebatou-a de sua mão e a
colocou sobre a cabeça de Shade. Enrolou um cordão de pisca pisca sob o queixo
dele e, em seguida, em torno da estrela para segurá-la firme em cima da cabeça de
Shade. Aparentemente, Gabe desistira de ler seu livro Fricção e A Física da Foda
ou seja lá qual fosse o nome. Nenhum deles conseguiu resistir a mexer com Shade.
Ele trabalhava tão duro para ser legal no palco e em público. Ás vezes, tinham que
lembrá-lo que ainda podia agir como uma criança e ter alguma diversão estúpida
quando não havia ninguém importante observando.
Gabe encontrou um pacote de lâmpadas de vidro azul no saco de enfeites de
Owen e balançou-os perto dos fios de luz na virilha de Shade.
- Não me dê bolas azuis, Force. - Shade disse com sua voz profunda e
autoritária que fazia seus roadies temerem por suas vidas.
Owen riu.
Adam adicionou à sua música “ No segundo dia de Natal meus amigos me
deram, a decoração de Shade como árvore com duas bolas azuis”.
- Eu vou lhes dar bolas azuis quando socá-los. - Shade disse.
- Você não deve ameaçar as pessoas quando não pode revidar. - Adam falou.
- Vamos acendê-lo. - Owen disse, esperando que Shade e Adam não voltassem a
entrar em outra discussão irritante.
Kelly localizou a fonte de luz e ligou o cabo na tomada atrás da cadeira. Gabe
conectou a estrela por dentro de um dos fios de pisca pisca.
Quando as luzes multicoloridas começaram a piscar e lançar manchas brilhantes
em todas as suas tatuagens, corpo atarracado e nos óculos escuros usados pelo
vocalista, todos caíram na gargalhada. Owen pegou o celular no bolso.
- Ok, veja o que está acontecendo, Facebook.
- Não se atreva. - Shade falou, o sorriso desvanecendo e a boca aberta em
exasperação.
Oh, Owen se atrevia. Ele até mesmo deu uma legenda a singela imagem –
Todos Vestidos Para o Natal, Sem Nenhum Lugar Para Ir.
- Ei, caras? - O motorista deles, Tex, chamou da frente do ônibus. - Nós vamos
ter que encostar em breve. A neve está caindo tão forte que eu não posso ver a
estrada. É melhor estacionar até deixar de nevar ou até passarem um limpa-neves.
Neve! Oh sim. Um complemento perfeito para o vestuário natalino de Shade.
- Encantador! - Owen disse, sorrindo para Kelly, que rapidamente captou seu
mais novo plano nefasto.
- Shade está abatido. - Kelly disse.
- Mais neve. - Owen disse.
- É igual a um projeto que pode ser divertido. - Gabe disse.
- Seus fudidos, vocês não iriam se atrever. - Shade disse, tentando se inclinar
para fora da cadeira, mas descobrindo que, em primeiro lugar, estava preso em
grande parte por sua complacência por ter se deixado amarrar, e agora não tinha
escolha a não ser ficar parado.
Owen sorriu e ajeitou seu gorro de Papai Noel.
- Nós não vamos?
Capítulo 3
Lindsey estreitou os olhos para a estrada escura à sua frente. Os limpadores
raspavam ritmicamente através de seu campo de visão para manter a espessa neve
afastada, mas tudo que ela fitava eram as lanternas vermelhas brilhantes na traseira
do ônibus de sua banda favorita. Com ou sem tempestade, não desistiria agora.
Havia sido um golpe de sorte que o ônibus do Sole Regret tivesse manobrado na
frente de seu carro quando ela deixava o auditório depois do show beneficente. Em
vez de pegar o caminho adequado para casa, ela continuara a seguí-los para o leste
da cidade, através do deserto e até as montanhas. Ali no meio do nada era escuro
como breu e o que começara como algumas rajadas, agora estava se tornando uma
nevasca.
- Está ficando muito ruim. - Vanessa disse do banco do passageiro. Nós
deveríamos ter ido para casa em vez de seguir o ônibus deles. Quanto mais longe
vamos, pior essa merda fica. Você ainda consegue ver a estrada?
- Sim, estou acostumada a dirigir na neve. E eles terão que parar em algum
momento. - Lindsey disse. - Quero encontrá-los e agradecer por ajudarem a família
Carlisle.
Vanessa riu entre dentes.
- Puta merda, garota. Você quer é trepar com eles.
Lindsey mordeu o lábio.
- Sim, eu quero – com todos os cinco – mas apenas conhecê-los será uma
experiência orgâsmica suficiente.
O motor rugiu quando os pneus dianteiros perderam o controle e rodaram na
neve escorregadia e molhada. O carro derrapou ligeiramente, antes de encontrar um
melhor trecho de asfalto e voltar para pista. Vanessa estava agarrada ao painel com
suas longas unhas vermelhas.
- Garota, você e essa sua vagina com tesão vão nos levar pra morte.
- Está tudo bem! - Lindsey disse e riu. - O carro está bem. Mas a vagina ainda
está com tesão. Deus, aqueles caras estavam gostosos no palco. - Estremeceu com
a simples lembrança da sexualidade gritante deles. Apenas vê-los tocar a deixara
molhada e dolorida entre as pernas.
- Isso não é mentira. - Vanessa falou. - Pena que todos eles são brancos.
- Assim que você ficar com um branco, vai ver que está tudo certo. - Ela deu de
ombros.
Vanessa riu.
- Garota, você é demais.
- Você sabe que me ama. - Lindsey disse. Elas eram melhores amigas desde o
ensino fundamental e vinte anos depois, ainda faziam tudo juntas. Bem, quase
tudo.
- Você tem sorte de eu não roubar seu carro e nos tirar desta maldita montanha. -
Vanessa falou.
- Isso é tudo conversa, Nessi. Você sabe que também quer conhecê-los.
- Talvez um pouco. - Lindsey podia ouvir o sorriso na voz de Vanessa. Elas
gostavam de provocar uma a outra e fingir que eram tão diferentes nas atitudes
como na aparência, mas elas realmente tinham quase tudo em comum – incluindo o
gosto musical e os homens.
O pisca da direita no ônibus à frente começou a piscar. Lindsey viu a placa para
uma parada panorâmica e ligou seu pisca para seguí-los. Finalmente, essa era sua
chance. Assumindo que eles não achariam que ela era louca de pedra por seguí-los
por cento e treze quilômetros numa tempestade de neve para cair curvada a seus
pés.
O ônibus manobrou até parar e Lindsey estacionou atrás dele. Deixou o carro
funcionando, os limpadores trabalhando pesado para manter os flocos brancos e
macios fora do para-brisa. O coração dela batia mais e mais rápido com o
pensamento de sair do carro, bater na porta do ônibus e oferecer seu corpo para
qualquer um que a quisesse.
- Você vai amarelar, não é? - Vanessa falou.
- Não, só estou pensando em como me aproximar deles. - Ela mal conseguia ver
Vanessa revirando os olhos no brilho das luzes do painel.
- Seja o que for. Você diz que eu sou só conversa. Você pensa que tem a
coragem de invadir o ônibus para chupá-los, mas querida, eu te conheço. Você não
é uma puta.
- Eu sou três vezes mais puta do que você, vaca.
Vanessa riu em silêncio.
- O que você está dizendo, que é uma puta ao cubo?
Lindsey gargalhou.
- Sim, quando se trata de algum membro do Sole Regret, eu sou uma puta ao
cubo. - Assim como quando lhe faziam cócegas, ela não conseguiu parar de rir por
vários minutos. Teve que enxugar lágrimas dos olhos com os polegares.
- Deus, nós somos bregas. Não me admira que não conseguimos prender
namorados decentes?
- O que eles estão fazendo? - Vanessa perguntou com a atenção agora fora do
carro.
A cabeça de Lindsey girou e seu coração quase parou. O baixista, Owen acabara
de se lançar pela porta aberta do ônibus sobre o vulto escuro do guitarrista, Kellen.
Kellen, que inexplicavelmente estava sem camisa em uma nevasca, virou-se para
um banco de neve e apanhou um punhado. Eles começaram a embalar os flocos
macios em uma grande bolsa. Owen pegou seu gorro de Papai Noel da neve e
mergulhou para se proteger atrás da frente do ônibus. Uma bateria de bolas de neve
voou de seu esconderijo e acertaram Kellen no peito.
Ela teve um vislumbre de um moicano vermelho e preto logo acima do gorro de
Owen.
- Gabe também?
- Adam está se esgueirando por trás. - Vanessa disse, apontando para a sombra
escura no canto atrás do ônibus. - O único que falta é o gostosão do bando.
- Shade?
- Tenho certeza que ele é muito fresco para essa besteira infantil. - Vanessa abriu
a porta do carro. - Certo, covarde de merda, você nós trouxe por todo esse caminho
para darmos uma checada neles, então podemos muito bem ir falar com eles.
- O quê? Espera! Nós não vamos fazer. Vamos apenas ir pra casa.
Mas Vanessa já tinha saído do carro e fechado a porta. Lindsey respirou fundo,
desligou o carro, guardou as chaves no bolso e, então saiu para a tempestade de
neve desorientadora. Tendo Vanessa ao lado dela, Lindsey podia matar dragões,
nadar no Mar Mediterrâneo, ou até mesmo conversar com uma estrela do rock.
Vanessa já estava trocando um aperto de mãos com o guitarrista da banda,
Adam. Ele era quem tinha estado mais próximo, mas Lindsey queria Owen. Ou
Kellen. Ou Owen e Kellen. Então se dirigiu para onde acontecia a épica batalha de
bolas de neve. Com o coração trovejando no peito, o estômago um pouco enjoado e
os joelhos trêmulos, Lindsey parou atrás de Kellen e estava prestes a bater-lhe no
ombro, que era decorado com uma tatuagem incrívelmente real de uma puro
sangue preto empinando, quando, de repente, ele se abaixou. Rápido – como um
ninja.
Uma enxurrada de bolas de neve atingiu Lindsey no rosto, pescoço e peito,
pegando-a tão desprevenida que ela só ficou parada lá, e tomou cada uma delas
com força total.
- Oh merda! - Alguém disse. - Por que você desviou, Kelly?
Uma mão muito grande, maravilhosamente forte começou a remover neve de
seu rosto?
- Você está bem?
Estava de repente, olhando para o rosto lindo, de traços fortes de Kellen
Jamison.
- Agora estou. - Ela sussurrou.
Capítulo 4
Kellen estremeceu com a equimose sob o olho direito da moça atraente.
- Isso deve ter doído. - Ele disse, esfregando suavemente a marca com o
polegar.
- Hum... - Ela disse.
Ele sorriu. Podia ver que ela sabia quem ele era. Ela tinha estrelas brilhando no
olhos que ele conhecia tão bem.
- Eu sou o Kellen. - Ele falou.
- Sim.
- E você seria? - Ela tinha os maiores olhos azuis que já vira. Ele ficava
caidinho por um olhar inocente em olhos arregalados e se os olhos dela ficassem
ainda maiores, eles provavelmente cairiam fora de sua cabeça.
- Hum... - Ela piscou e, em seguida, fez uma careta, como se sofresse de
amnésia.
- Lindsey! - Outra mulher apareceu correndo e começou a tirar neve do suéter
de Lindsey. Ele atingiu o peito de Kellen, mas ela pareceu não notar. - Oh meu
Deus, garota, o que você estava pensando? Você podia ter sido morta.
- Não acho que bolas de neve são letais. - Ele disse. O olhar que a amiga de
Lindsey lhe deu poderia ter derretido a neve de toda a montanha.
- Que tipo de maluco bombardeia uma pobre mulher indefesa com bolas de
neve? - A mulher disse, agora lançando a neve do peito de Lindsey como uma
metralhadora.
Indefesa? A única coisa que fazia o sangue de Kellen correr mais quente nas
veias, do que um olhar inocente em grandes olhos, era uma mulher indefesa.
Amarrada por baixo dele. Com as pernas bem abertas. A buceta aberta e exposta
para ele banquetear-se. Sua boca ficou seca quando imagens de sua convidada
esparramada na cama do ônibus passaram por sua cabeça. Será que seus olhos
ficavam mais largos quando ela gozava ou fechavam bem apertados? Droga, ele
não estivera com nem um pouco de tesão dois minutos atrás, mas agora seu pênis
estava totalmente ereto e apertado contro o zíper.
Isso teria que ser remediado. Lindsey era exatamente seu tipo.
Feliz Natal pra mim.
Owen andou devagar até a amiga de temperamento esquentado de Lindsey e
ajudou-a a limpar a neve de seu alvo acidental. Ao invés disso ajudar Lindsey, as
mãos de Owen sobre ela fizeram-na tremer incontrolavelmente.
- Você deve estar congelando. - Ele disse. - Não quer entrar e se secar? Nós
temos toalhas. E acho que chocolate quente. - Owen virou-se em direção à porta
aberta do ônibus. - Tex! Faça a porra de um chcolate quente!
A amiga de Lindsey apontou para o carro parado atrás do ônibus.
- Nós provavelmente deveríamos ir... - Suas palavras foram interrompidas
quando Lindsey cobriu a boca da mulher com uma mão.
- Sim, obrigada. - Lindsey disse. - Serei a única responsável por congelar até a
morte se não sair desse suéter molhado. - Lindsey olhou de volta para o carro
pequeno. Além da mancha verde esmeralda no capô sobre o motor quente, o carro
inteiro já estava branco com uma camada de neve. - E não acho que é seguro dirigir
nesse tempo.
Piscou para Kellen, com flocos agarrando-se a seus longos cílios, e Kellen
decidiu que teria arrancado o motor do carro e jogado do penhasco para impedí-la
de partir. E se ela quisesse Owen, bem, nunca tivera problemas em compartilhar.
Contanto que ele pudesse comer a delícia suculenta entre as coxas dela, antes de
Owen por mãos à obra, Kellen ficaria satisfeito. Só queria saboreá-la. Toda mulher
tinha um gosto diferente e ele era perito em bucetas. Não conseguia se fartar. Podia
lambê-las, sugá-las, beijá-las e mordiscá-las por horas. Até que ela implorasse por
piedade.
Owen pegou Lindsey pela mão e puxou-a para o ônibus, quebrando o feitiço
que ela tinha sobre Kellen.
- Vamos deixá-la aquecida. - Owen disse.
- Sim. - Kellen murmurrou para si mesmo. - Vamos fazer isso.
Capítulo 5
Oh Meu Deus! Oh Meu Deus! Oh Meu Deus! Oh Meu Deus! No momento,
essas eram as únicas palavras que foram capazes de ficarem se repetindo na cabeça
de Lindsey. Ela estava realmente ali. Meu Deus! E Kellen tinha tocado sua
bochecha e olhado para ela como se quisesse fodê-la. Meu Deus! E Owen estava
segurando sua mão e apoiando-a para subir as escadas do ônibus do Sole Regret.
Meus Deus! E Shade estava amarrado a uma poltrona, piscando com luzes
multicoloridas, e parecendo fora de si.
- Meu Deus! - Ela gritou e caiu na gargalhada. Lindsey cobriu a boca com uma
mão, enquanto tentava compreender o que estava vendo. Bem, quem tivesse
transformado Shade Silverton em uma árvore natalina shidari bondage devia ser
cem por cento hilário. E as duas bolas de Natal azuis penduradas ao nível da
virilha? Impagável.
- Nós temos convidadas. - Owen disse para Shade enquanto conduzia Lindsey
além dele. - Torne-se apresentável.
- Porra, me desamarre. - Shade exigiu, esticando os músculos salientes contra os
intrincados fios de luzes entrecruzados. Uma corda feita com uma guirlanda
prendia os dois braços do pulso ao cotovelo.
- Não se atreva a desamarrá-lo. - Um homem que ela não reconheceu, disse da
área da cozinha. Estava derramando chocolate quente em mais de meia dúzia de
canecas. - Ele precisa recuperar seu senso de humor. Aquela vadia, Tina, com
certeza fez um estrago nele.
- Esses malditos me amarraram. - Shade grunhiu entre os dentes cerrados.
- Oh... - Vanessa disse da frente do ônibus. - Céus.
Ela provavelmente pensou que ver Shade amarrado a uma cadeira fosse sexy,
independentemente das luzes multicoloridas piscando e a estrela ligeiramente torta
na cabeça.
Owen parou no final do corredor e abriu uma porta estranhamente estreita.
Puxou uma toalha e estendeu-a para Lindsey. Ela deu pancadinhas para secar a
neve derretendo em volta do pescoço. Estava começando a derreter e escorrer entre
seus seios, mas o frio não tinha nada a ver com o quão duro seus mamilos estavam.
O aroma doce e almiscarado da colônia de Owen e o olhar travesso em seus olhos
azuis eram totalmente responsáveis por isso. Uma mão pousou na base de sua
coluna e ela não precisou olhar por cima do ombro para saber que Kellen estava
parado diretamente atrás dela. Esse suave, porém dominante toque provocou o
pulsar em sua calcinha.
- Você gostaria de trocar seu suéter? - A voz profunda e calma de Kellen fez
suas pálpebras tremularem.
Ela gostaria de arrancá-lo do corpo e incendiá-lo, era isso que queria fazer. Isso
lhe daria uma boa desculpa para ficar seminua na presença de estranhos. Exceto
que eles não pareciam estranhos. Sentia como se conhecesse toda a banda. E
definitivamente queria conhecê-los melhor ainda. Especialmente o homem em
frente a ela e o outro atrás dela, que a faziam se sentir como o pedaço de queijo
fino a ser derretido entre dois pedaços de pão torrado quentes.
- Lindsey? - A voz de Kellen tirou-a de sua fantasia.
Ele sabia o nome dela. Iupiiiii!
- Hum, sim. - Ela disse, esperando que sua voz não entregasse seu entusiasmo
em ficar nua. - Você tem algo que eu possa trocar por esse? Nada, por exemplo.
Owen abriu outra porta no fim do corredor e entrou em um quarto. Lindsey o
seguiu sem hesitação. Quando a porta se fechou atrás dela, não precisou se virar
para saber que Kellen entrara no quarto também. Podia sentir sua presença atrás
dela.
- Você estava nós seguindo, não é? - Owen perguntou.
Seu rosto ardeu. Supôs que tivesse ficado bastante óbvio.
- Minha amiga e eu estávamos no show beneficente e acabamos atrás do seu
ônibus. Quando vimos que encostaram, pensamos que talvez, pudéssemos
conhecê-los. - Isso não era mentira.
- E como você imaginou que iria nós conhecer? - Kellen perguntou. Pai Amado,
o homem tinha uma voz deliciosa. E também era bom de se olhar, mas o mero
timbre da voz era suficiente para fazê-la querer tirar a calcinha. Querer obedecê-lo,
apesar dele não ter pedido nada.
- Bem, eu não achava que acabaria atacada por bolas de neve. - Ela falou e riu.
Sua risada morreu quando o corpo duro de Kellen roçou-a por trás. Sua respiração
parou na garganta e as pálpebras tremeram até fechar. Naturalmente, seu corpo
inclinou-se contra o dele. Ele era tão firme. Forte. Sua pele fria. E ela sentiu o
enorme volume de sua ereção contra sua bunda. Oh Meu Deus!
- Kelly tem uma queda pelo seu tipo. - Owen disse.
- Sim, eu tenho. - O hálito quente de Kellen agitou algumas mechas de cabelo
úmido contra sua orelha e seus joelhos ficaram fracos.
Uma das mãos dele espalmou-se contra sua barriga para impedí-la de deslizar
para o chão.
- O que você quer fazer com ela, Kelly?
- Eu quero amarrá-la e comer sua buceta. Depois que eu terminar e ela achar
que não será possível gozar outra vez, quero ver você transar com ela, Owen, e
provar que ela estava errada. - Sua mão deslizou até as costelas, parando um pouco
antes de cobrir seu seio. - Foi isso que você tinha em mente quando nos seguiu até
essa montanha, Lindsey?
Ela tentou puxar ar, mas estava tão tonta, que seu cérebro não funcionou
corretamente. Ele acabara de dizer isso? Ou estava sofrendo de hipotermia em seu
carro e tendo alucinações? Mas aquela protuberância em sua bunda parecia
bastante real.
Kellen mordeu sua orelha e todo seu corpo estremeceu.
- Responda minha pergunta.
Ela abriu os olhos. Owen estava remoendo o lábio inferior esperando sua
resposta.
- Não. - Sussurrou numa voz trêmula.
Owen franziu o rosto em decepção e, em seguida, olhou por cima de sua cabeça
para ver Kellen. Ele deu um passo para trás, mas Lindsey inclinou-se para puxá-lo
contra ela novamente.
- Isso é muito mais do que eu esperava conseguir. - Ela disse. - Mas eu quero
vocês. Os dois. Para fazer exatamente isso. E muito mais.
- Tem certeza. - Kellen disse, a voz profunda trazendo todos os tipos de
comichões para sua coluna.
- Sim.
- Assim que eu tiver você amarrada, você não será capaz de escapar.
Seu coração trojevou no peito. O que fariam com ela quando estivesse
totalmente indefesa? Mal podia esperar para descobrir.
- Entendi.
- Kellen sabe o que está fazendo. Ele vai parar se você estiver em perigo. -
Owen falou.
- Você vai estar a minha mercê. - Kellen sussurrou. - Serei capaz de fazer o que
eu quiser com você.
Ela gemeu.
- Saber disso faz você ficar com medo? - Kellen perguntou. - Você estava
tremendo porque está com medo de que nós vamos te machucar?
- Não. - Sussurrou. - Estou tremendo porque estou tão excitada que estou
prestes a gozar.
As mãos frias de Kellen deslizaram sob o suéter dela e levantaram-no para
expor a barriga.
- Faça ela tremer, Owen.
Owen curvou-se para beijar, sugar e mordiscar sua barriga. Faíscas de prazer
dançaram através de sua pele. Instantaneamente, ela foi reduzida a uma massa
trêmula. O homem tinha uma boca incrível. Seu suéter passou por sua cabeça e,
então as mãos fortes de Kellen cobriram seus seios. Ela amaldiçoou o sutiã,
querendo as palmas das mãos frias contra seus mamilos nus. Eles se esticaram para
as mãos que a acariciavam por cima da roupa intíma, buscando o prazer oferecido
por ele.
Uma batida soou na porta. Lindsey se contraiu.
- Ei, Kellen. - Uma voz com um forte sotaque do Texas chamou do outro lado
da porta fechada.
- Nós vamos deixar para depois o chocolate quente, Tex. - Kellen disse.
- Esse não é problema. Essa garota aqui fora estava tentando ajudar Shade a
desamarrar-se e acho que ela conseguiu cortar a circulação de seu pau e de uma das
pernas.
Kellen soltou um suspiro pesado e deixou cair as mãos. Lindsey abafou um
soluço de protesto quando seu calor desapareceu de suas costas.
- Voltarei em um minuto. - Ele disse. - Owen, quero que ela esteja pronta para
mim quando eu voltar.
- Ela vai estar.
Lindsey não entendeu o que nenhum dos dois quis dizer, mas esperava que
deixá-la pronta envolvesse mais da boca de Owen em sua pele.
A porta fechou quando Kellen saiu do quarto.
Owen sorriu para ela e ela não pode deixar de sorrir de volta. O homem era
bonito, sexy e evocava um sentimento de alegria quando olhava para ele. Tinha
certeza que não era devido ao gorro de Papai Noel, que ele ainda usava, mas
definitivamente estava sentindo o espírito do Natal.
- Então, o que foi que o Kellen quis dizer com me deixar pronta? Porque já
estava excitada – sua vagina estava quente, molhada e escorrendo. Estava com
tesão desde que Owen entrara no palco algumas horas atrás. E enquanto cada
membro da banda entrava no palco a seu tempo, a intensidade de seu desejo tinha
aumentado exponencialmente.
- Uma vez que Kellen tem um plano de ação, ele não perde tempo. Ele quer
você nua, molhada e alongada.
Seu queixo caiu e ele gargalhou.
- O quão flexível você é, Lindsey? - Ele perguntou.
Kellen podia ser aquele que parecia estar no comando, mas estava começando a
acreditar que Owen era mesmo o verdadeiramente malvado.
Capítulo 6
Kellen se encolheu quando viu o que a pequena ajudante de Shade fizera com a
trama intrincada de nós que ele e Owen tinham feito para amarrar o vocalista de
sua banda. Fora um desafio fazer o padrão funcionar com as pequenas luzes
atrapalhando, mas se a pessoa não sabia o que estava fazendo quando restringia ou
libertava alguém, uma série de danos poderia ser feito a pontos sensíveis na pele da
pessoa. Felizmente, o corpo de Shade era mais firme do que suave, porém não
havia nenhum jeito de Kellen conseguir desfazer essa confusão. A arte da
desvinculação requeria quase tanta prática quanto a sequência necessária para
amarrar alguém devidamente.
- Você fez essa bagunça? - Kellen perguntou a linda garota negra que retorcia as
mãos à beira das lágrimas.
- Não perca tempo achando um culpado, só me tire disso. - Shade disse.
Kellen desligou o cabo da tomada.
- Gabe, me dê uma faca. Nós vamos ter que cortá-lo...
Antes que Kellen pudesse terminar seu pensamento, a garota lançou-se no colo
de Shade e praticamente sibilou para ele recuar. Teria rido de suas tentativas de
proteger um cara tão grande e musculoso, se Shade não corresse perigo de formar
coágulos sanguíneos e danos nos tecidos deviso à falta de fluxo de sangue.
- Eu vou ajudá-lo. - A mulher insistiu. - Não o corte.
- Ele não vai cortar Shade. - Gabe disse com uma sacudida exasperada de
cabeça. - Ele vai cortar os fios. Agora saia, Kellen precisa ver o que está fazendo.
Gabe colocou uma faca na mão de Kellen e tão logo a salvadora de Shade saiu
do caminho, olhou para o ponto inicial no projeto original de Owen. Cortou um
cabo perto do ombro esquerdo de Shade e outro logo abaixo do esterno. Com esses
fios soltos, Shade respirou aliviado. Kellen entregou a faca de volta para Gabe.
- Você pode terminar de soltá-lo.
- Como eu vou saber como fazer isso? - Gabe falou.
- Você não é o cérebro desta operação?
- Não em coisas assim?
- Bem, veja se consegue soltar os braços dele. - Kellen disse para Gabe. Não
queria perder mais tempo ali fora com esses caras quando tinha exatamente o que
queria no quarto do ônibus. E ela estava sozinha com seu encantador melhor
amigo. - Basta começar pelo último nó e seguir para os outros. Pense nisso como
um quebra-cabeça.
- Eu não vou desamarrar ele. - Gabe falou. - Você vai.
- Eu faço. - A amiga de Lindsey ofereceu.
- Qual é o seu nome? - Kellen perguntou a ela.
- Vanessa.
- Vanessa, você promete que vai ser paciente e não bagunçar os fios enquanto os
desamarra?
- Prometo tomar cuidado com os fios. - Ela disse. - Mas há algo nas calças dele
que eu gostaria de bagunçar. - Começou a rir quando os olhos de Kellen se
arregalaram de espanto.
- Então, vou deixar para você. - Kellen falou. - Ele tem estado muito irritadiço.
Talvez chupá-lo na frente de uma platéia vai animá-lo.
O queixo de Vanessa caiu. Kellen decidiu que ela não estava acostumada a
homens contrariando suas declarações bizarras com as suas próprias.
Seus olhos escuros observaram a porta do quarto.
- Você tem que ser bom para a minha Lindsey. - Ela falou.
- Oh, vou ser bom para ela. - Kellen prometeu. - Mas não se assuste quando ela
gritar.
Capítulo 7
Assim que Kellen saira para salvar Shade de sua salvadora desastrosa, Owen
fechou a porta e virou-se para Lindsey. Ele sabia que Kellen podia ser um pouco
assustador para quem não o conhecia. Estava meio que feliz por ele ter precisado se
afastar por um momento para que pudesse falar com Lindsey num nível mais
pessoal. Queria que ela fosse capaz de relaxar. Sua respiração acelerada o levaram
a acreditar que ela estava mais nervosa do que deixava transparecer. Sabia por
experiência própria quão excitante podia ser, para quem não tinha tabus, foder com
um desconhecido, mas também podia ser um pouco estranho e assustador.
Especialmente em uma situação onde a mulher era compartilhada por dois caras
desordeiros.
- Não quero que você se sinta como se tivesse que fazer algo que não queira. -
Owen disse, puxando o gorro de Papai Noel e tentando alisar o cabelo no lugar.
Esquecera que ainda estava usando o acessório festivo. E Papai Noel não traria
nada como os presentes que estava prestes a conceder a doce Lindsey.
- Você está brincando? - Ela disse com uma risada. - Você não tem ideia do tipo
de pensamentos sujos que eu estava tendo enquanto observava você no palco.
- Sim, bem, somos apenas um bando de caras normais, que calharam de fazer
música que muitas pessoas gostam.
- Vocês também são todos muito gostosos.
Owen sorriu. Nunca se cansava dos elogios que afagavam seu ego. Ás vezes, se
perguntava como vivera sem eles antes da fama ter batido a sua porta.
- Você também é muito gostosa, Lindsey.
Ela se aproximou, até estar parada bem em frente a ele. Seus seios suculentos
estavam a centímetros de roçar seu peito. Ele estava bem ciente de que Kellen lhe
instruíra a deixá-la preparada, e provavelmente, esperava encontrá-la nua e
alongada para à submissão, mas Owen necessitava de alguns minutos para
conhecer uma garota antes de despí-la e ir direto ao assunto. Apenas um minuto.
- Então, Lindsey, o que você faz para viver?
- Trabalho num banco de investimentos. Bem, na verdade, apenas comecei.
Primeiro trabalho fora da faculdade. Eu meio que sou péssima nisso até agora. Não
tenho bons instintos quando se trata de escolher ações.
- Imaginei que com um corpo como o seu, você fosse modelo.
Ela levantou uma sobrancelha para ele. Como se não estivesse comprando sua
conversa. Hora do plano B.
- Por que você seguiu o ônibus hoje à noite?
- Tenho uma lista “Foda-o”. Você sempre esteve no topo dela.
- Uma lista “Foda-o”?
- Sim, minha amiga, Vanessa, e eu fizemos uma lista dos três caras com quem
mais gostáriamos de foder. Na minha tem você e Kellen, e algum jogador de
futebol que não consigo lembrar o nome no momento.
- Estou antes de Kelly na sua lista? Olha que sei quanto ele deixa as garotas
selvagens.
Suas bochechas ficaram rosas.
- Ele está saindo da segunda posição. Está quase num empate.
- Bem, só para você saber, Kellen não vai transar com você. - Owen disse.
As sobrancelhas de Lindsey se juntaram.
- Não foi por isso que ele me convidou para vir aqui?
Owen sacudiu a cabeça.
- Não. Não estou dizendo que ele não vai tocar em você, mas quando se trata do
ato em si, ele nunca vai tão longe.
Ou não tinha desde que Sara morrera. Todas as garotas que à primeira vista
faziam o sangue de Kellen correr acelerado, tinham de parecido os mesmos olhos
azuis inocentes de Sara. Owen se perguntava se Kellen percebia o quão
transparente ele era.
O queixo de Lindsey voltou a cair.
- Ele é virgem?
Owen gargalhou.
- Bem, eu não o chamaria de virgem. Ele é apenas muito seleto com o local
onde coloca seu pau. - Sorriu-lhe. - Mas não a língua.
Lindsey estremeceu.
- Eu, por outro lado, vou te foder totalmente.
- Graças a Deus. - Ela deu uma risadinha. - Assim, nós vamos fazer isso agora
ou vamos esperar por Kellen.
- É um longo ritual para ele, você sabe. Pensei que talvez gostasse de conversar
um pouco. Ele fica bem intenso.
- É um ritual? - Ela lançou um olhar a porta. - Assim, o que você quer dizer? Eu
não sou virgem se ele está pensando que eu daria um bom sacrifício aos deuses.
Owen balançou a cabeça.
- Não. Nada desse tipo. Ele pensa que sexo é algum tipo de conexão espiritual
com a terra. Que o corpo é a porta de entrada para a alma de uma pessoa. Que a
conexão correta entre duas pessoas durante o sexo pode se tornar uma experiência
religiosa. É por isso que ele não vai tão longe. É muito mais pessoal para ele do
que para a maioria dos caras. - Foi parcialmente uma maneira de proteger o
coração ainda ferido do amigo das perguntas que Lindsey poderia fazer. - Você
acha esquisito?
Porque se essa garota criticasse Kelly de qualquer forma, ele iria mostrar-lhe
seu carro coberto de neve em um instante.
- Não esquisito. - Ela disse. - Interessante. Assim, se uma mulher fosse fazê-lo
foder com ela...
- Acho que ele a amaria para sempre. - Owen soltou um riso abafado. - Não crie
muitas esperanças, boneca. Ele ainda não está pronto para o amor. Embora, nós
faremos você se sentir maravilhosa.
Lindsey colocou as palmas das mãos em seu peito e olhou-o.
- Estou pronta para o que quer que seja que vocês tenham guardado para mim.
Rodeou as costas dela com ambas as mãos e puxou-a para frente para segurá-la
firmemente contra o peito. Se corpo inteiro estava tremendo. Como suspeitava, ela
era muito mais confiante com palavras do que ações. Owen acariciou gentilmente
suas costas e roçou beijos suaves na testa. Quando Kellen retornasse não haveria
tempo para a ternura e embora seu arranjo com Kellen fizesse suas bolas
palpitarem só de pensar nisso, gostava de ter um pequena conexão com suas
parceiras de cama antes de ficar nu. Lindsey esfregou o rosto em sua garganta, seus
lábios encontrando o ponto pulsante sob a pele. Depositando um beijo molhado
puxou a pele sensível na boca, a sensação disparando direto para suas bolas. Ok,
ele admitia. Isso não demoraria em seduzí-lo.
Os seios macios de Lindsey estavam aquecidos contra seu peito.
- Posso tirar sua camiseta? - Ela perguntou. - Quero sentir sua pele nua contra a
minha. - Ela não tirou os olhos dos seus enquanto esticava a mão em direção a
bainha da camiseta. “Owen”, ela murmurrou. Tirou sua camiseta e soltou um
suspiro animado quando seu olhar vagou do peito tatuado para as argolas em cada
mamilo. - Seu corpo é ainda mais gostoso do que eu imaginei.
Owen sorriu. Ao contrário de Kellen, ele usava uma camiseta a maior parte do
tempo, mas trabalhava tão duro quanto o amigo para manter seus músculos
malhados e esculpidos para as damas.
Lindsey grudou-se em seu peito. O calor de sua pele impregnou seus
pensamentos até que tudo em que podia pensar era em carne quente, macia e
feminina, e enterrar-se até as bolas, profundamente dentro dela. Ele espalmou as
palmas das mãos contra suas costas e puxou-a contra si, de modo que os seios
fartos ficassem pressionados em seu peito. Kellen iria pirar quando visse como ela
era bem fornida. Ele transformaria seu corpo numa obra de arte, não importava sua
forma ou tamanho, mas os dois gostavam da forma como as cordas pareciam
quando elas se cravavam em um par farto de tetas.
O que estava fazendo Kellen demorar tanto tempo assim?
Owen começou a massagear as costas de Lindsey, trabalhando seus músculos
até ela derreter como manteiga contra ele.
- Acho que Kellen quer me ajudar com essa parte. - Owen falou.
- Com que parte? - Lindsey ergueu a cabeça para olhá-lo. Ela parecia tranquila.
Não estaria assim por muito mais tempo.
- Preparar seu corpo.
- Oh, meu corpo tem estado preparado desde o momento que você caminhou
para o palco essa noite, Owen.
Ele riu baixo em sua garganta.
- Honestamente, eu dúvido disso.
A maçaneta da porta girou e Owen deu um passo atrás, levando Lindsey mais
para dentro do quarto com ele. Kellen sorria quando fechou a porta atrás de si.
Capítulo 8
Lindsey certamente tinha morrido e ido para o céu. Não só estava seminua nos
braços de Owen Mitchell, como Kellen Jamison acabara de entrar no quarto
olhando-a como se ela fosse sua festa de Ação de Graças. Era muito doce da parte
de Owen tentar fazê-la se sentir confortável com o que estava prestes a acontecer
entre eles, mas sinceramente não tinha por quê. Estivera falando sério sobre ele
estar no topo de sua lista. E Kellen sempre estivera em segundo, mas agora que
estavam todos juntos no quarto do ônibus, percebia como fora míope. Estavam os
dois em primeiro ao mesmo tempo. E isso era o auge do prazer sexual. Será que
iria sobreviver ao simples pensamento de estar com os dois? Mesmo que Kellen
tivesse uma maneira incomum de pensar em sexo, estava mais do que disposta a
ver no que esse ritual implicava.
- Pensei que você já fosse estar mais à frente. - Kellen disse. Moveu-se para
ficar atrás de Lindsey. Quando a pele fria de seu peito pressionou contra suas
costas nuas, ela não se incomodou em sufocar um gemido de êxtase. Imprensada
entre os dois homens mais gostosos com quem já tinha se atrevido a fantasiar, teve
certeza de que morrera e fora para o céu.
As mãos de Kellen moveram-se entre a barriga de Lindsey e Owen. Ele
acariciou sua pele com dedos longos e fortes. Os mesmos dedos que usava para
fazer as seis cordas da guitarra cantar, deixaram sua pele formigando de excitação.
Owen deslizava as mãos pelas costas dela com o mesmo cuidado.
Kellen segurou seus seios e els estremeceu.
- Bonitos. - Ele sussurrou. - Mal posso esperar para criar arte com seu corpo.
- Hmm? - Ela murmurrou.
Kellen e Owen afastaram-se ao mesmo tempo e ela cambaleou para não desabar
ao chão.
- Tire a calça para nós, Lindsey. - Kellen falou.
Sem a menor hesitação, desabotoou a calça e deslizou para fora dela.
Esforçando-se para remover as botas e meias dos pés, decidiu que seria melhor
desligar-se completamente do momento de se sentir sem graça ao ficar nua.
- Ela tem a forma perfeita para fazer isso. - Owen disse.
- Pude dizer isso desde o início. - Kellen disse.
Ela parou de frente para eles de calcinha e sutiã e lutou contra o impulso de
cobrir-se. Ambos estavam avaliando-a com um interesse entusiasmado.
- Vamos tecer no formato de diamantes? - Owen perguntou para Kellen.
- Exceto para os seios e a bunda. Vamos por a gaiola neles.
- Sobre o quê vocês estão falando? - Lindsey perguntou.
- Você disse que estava de acordo com ser amarrada. - Kellen disse. - Não
mudou de ideia não é?
Ela relanceou para Owen, que estava sorrindo para ela calorosamente e, em
seguida, virou-se para olhar Kellen, que tinha uma expressão muito mais intensa.
Estava quase animalesco no seu modo de olhá-la.
- Não, não mudei de ideia.
- Não vai doer. - Owen disse.
- Não estou com medo. - Um pouco confusa, talvez. E com mais calor do que
sapo em deserto. Mas não tinha medo. - Devo tirar minha lingerie? - Perguntou.
Apesar de suas coxas estarem tremendo com o pensamento de ficar inteiramente
nua, totalmente exposta diante dos dois homens que idolatrava, sua voz estava
surpreendentemente estável.
- Owen vai cuidar disso para você. - Kellen disse. - Pegue o óleo. - Ele disse
para Owen.
- Qual?
Kellen a surpreendeu ao envolvê-la nos braços, que agora estavam bastante
quentes. Ele inalou profundamente.
- Madressilva. - Disse. - Você tem um cheiro incrível. - Ele sussurrou para ela
quando Owen começou a vasculhar numa cômoda do outro lado do quarto. - Mal
posso esperar para provar seu gozo.
Lindsey estremeceu com o pensamento desse homem com a cabeça entre suas
coxas. Queria agarrar seu cabelo longo e sedoso com as duas mãos e balançar sua
buceta contra o rosto dele. E queria Owen empurrando em sua boca para poder
chupá-lo enquanto Kellen a comia. Não teve certeza se eles estavam abertos a
sugestões, então simplesmente agarrou-se a esse pensamente e ao peito forte de
Kellen até Owen retornar e desabotoar seu sutiã com um movimento cheio de
prática.
Gemeu quando Owen alcançou as mãos em torno dela e começou a esfregar
óleo na pele de sua barriga. Iniciou na parte sensível logo acima do cós da calcinha
e movimentou-se para cima, com os dedos esfregando em pequenos círculos, os
polegares massageando mais profundamente em sua pele. Um instante depois,
Kellen despejou um pouco do óleo de cheiro doce nas mãos e parado diante dela
alcançou a parte baixa de suas costas para massageá-la. Trabalharam no mesmo
sentido - ambos minuciosos, meticuloso e suaves em sua técnica de relaxar seus
múculos. Owen despejou mais óleo nas mãos e cobriu seus seios, massageando-os
em círculos. Estava tentada a inclinar-se contra seu peito, mas as mãos de Kellen
estavam trabalhando logo abaixo de suas omoplatas e não queria interromper o
duplo assalto a seus sentidos. Não conseguia nem abrir os olhos para olhar o
espécime magnífico de homem diante de si. Só podia se concentrar na sensação
dessas mãos transformando seus músculos em poças encantadas de relaxamento.
- Ela tem seios lindos. - Owen murmurrou. Sua respiração agitou o cabelo dela,
e apesar do corpo não estar pressionado contra suas costas, podia sentir o calor dele
atrás de si.
- Eles são. - Kellen disse. - Cada centímetro dela é lindo.
Lindsey quis negá-lo. Ultimamente estivera pesando alguns quilos a mais e
decididamente sentia-se rechonchuda na maioria dos dias.
- A elasticidade da pele dela vai ficar bonita nas suas cordas. - Owen falou.
Então eles tinham notado que ela não era magérrima.
- Estou ficando duro só de pensar nisso.
Owen deslizou as mãos sob as curvas dos seios e ergueu-os.
- Vamos ter que encontrar um maneira de manter esses mamilos com um lindo
rosa duros.
Algo quente e úmido deslizou sobre a superfície do cume tenso de seu seio.
Seus olhos arregalaram e a boca abriu, maravilhada. Desceu os olhos para
encontrar Kellen lambendo o mamilo como se tentasse capturar o último bocado de
um pudim precioso no fundo do copo.
Owen acariciou seu seio.
Kellen roçou a língua sobre seu cume.
Oh Deus.
Levantou os braços e enfiou os dedos no cabelo na altura do ombro de Kellen.
Eles pareciam seda.
Ele inclinou a cabeça para que pudesse olhá-la enquanto lambia seu mamilo
macio. Seus olhos era tão escuros, que ficavam quase negros com a pouca
iluminação. Atraíam-na até que não pudesse mais desviar o olhar.
- Nós definitivamente vamos ter que mantê-los duros. - Kellen disse. - Serão tão
bonitos quando estiverem duros.
Roçou seu outro mamilo com a língua e todo seu corpo se sacudiu. - Vamos ter
que providenciar as argolas.
Não tinha ideia do que isso queria dizer, porém argolas, cordas, o que fosse. Ela
queria ter cada experiência que esses dois poderiam oferecer a seu corpo.
Kellen deu um beliscão afiado com os dentes no mamilo, antes de ajoelhar-se
diante dela no chão. Após derramar mais óleo do tubo sobre a cômoda, começou a
massageá-la entre as coxas. Sua testa descansou contra seu baixo ventre e ele
inalou profundamente pelo nariz.
- Deus, baby, já posso sentir o cheiro da sua excitação. - Separando mais as
coxas, trabalhou com as mãos cheias de óleo no interior de suas pernas.
- Você me quer? - Kellen perguntou.
- Sim.
- E o Owen?
- Sim. Quero os dois.
- Você está molhada?
- Oh, sim. - Ela sussurrou, sua buceta trêmula de excitação.
- Aposto que você é doce. - Ele sussurrou. - Você é doce, Lindsey? Alguma vez
já provou a si mesma?
- Você não pode prová-la até ela estar pronta. - Owen interrompeu.
- Foi por isso que pedi para você prepará-la para mim. - Ele disse. - O quê vocês
fizeram enquanto eu desamarrava Shade?
- Conversamos.
Kellen bufou.
- Típico, vai entender.
- Eu estou pronta. - Lindsey assegurou.
Olhando para o topo da cabeça de Kellen, sentiu seu hábito quente contra seu
ventre, os ombros largos, bronzeados e decorados com tatuagens coloridas que se
estendiam pelos dois braços até os punhos. Lindsey estava mais do que pronta.
Seus fluídos já encharcavam a calcinha e molhavam as coxas.
- Ainda não. - Kellen disse. - Mas nós vamos trabalhar rápido.
Owen massageou óleo em sua nuca e ombros. Ela não sabia como ainda estava
de pé. Inclinando-a para descansar contra ele, esfregou seus braços, enquanto
Kellen que continuava ajoelhado, passou o óleo na parte inferior de suas pernas.
Ele seguiu a inspirar profundamente e lançar respirações quentes e ofegantes que
penetravam sua calcinha. Senhor, só essa sensação já era suficiente para mandá-la
flutuando para o nirvana.
- Talvez, eu devesse trabalhar os membros inferiores, mano. Acho que você está
prestes a perder o controle.
- Lindsey. - Kellen disse calmamente. - Vá deitar na cama.
Owen afastou a mão com que estava massageando-a tão perfeitamente e deu um
passo atrás. Lindsey nem sequer considerou questionar Kellen, muito menos
desobedecê-lo.
- Remova toda a roupa de cama, exceto o lençol. - Kellen instruiu. - Espere por
nós.
Ela fez o que ele ordenou, lançando as cobertas azuis cheias de pó ao chão.
Esticou-se na cama e observou Kellen e Owen explorando uma pilha alta de
gavetas que foram construídas na parede.
- Azul? - Kellen disse enquanto abriu uma gaveta. - Como os olhos dela.
Owen empurrou a gaveta.
- É véspera de Natal. Vamos usar algo mais festivo está noite.
- Vermelho e verde?
Ele assentiu.
- E dourado.
Kellen olhou por cima do ombro para Lindsey.
- Ela vai ficar espetacular com dourado.
Ela não sabia se devia agradecer-lhes pelo complemento, já que não sabia por
que eles estavam discutindo cores. Kellen puxou cordas de vários comprimentos da
cor verde e vermelho e deixou-os cair no colchão ao lado de Lindsey.
- Esta é sua última oportunidade de voltar atrás, Lindsey. - Kellen disse.
Seu coração pulou uma batida. Olhou de relance para Owen, que estava
revirando os olhos para Kellen. Teve certeza que ele murmurrou, Sr. Drama.
Lembrou-se de Owen dizendo que Kellen pararia se ela pedisse. Ele estava apenas
tentando adicionar uma certa vantagem a sua experiência.
- Não quero voltar atrás. - Ela disse. - Mal posso esperar para descobrir o que
você vai fazer comigo.
Eles prosseguiram os preparativos. Começaram a formar uma rede de cordas
vermelhas, amarrando nós para formar um padrão circular, que lembrou muito a
Lindsey um apanhador de sonhos, com um furo no centro da circunferência. Ela
não fazia ideia do que eles planejavam fazer até Kellen ajustá-lo ao longo de seu
seio esquerdo e cuidadosamente apertá-lo, tornando-a consciente do próprio peito
como nunca esteve. Sua pele ficou dividida em seções em forma de diamante pelas
cordas. O mamilo sobressaiu através do buraco no centro do design. Owen baixou
a cabeça para passar a língua pelo mamilo. Ele endureceu sob sua atenção quando
o prazer irradiou em todas as direções. Kellen tensionou a corda mais apertada.
O ar explodiu de seus pulmões quando o seio experimentou um milhão de
sensações simultâneas, concentrando-se no rápido movimento da língua contra o
bico.
- Owen. - Ela gemeu.
Ele levantou a cabeça e sorriu-lhe.
- Vai ter mais.
Tão logo Kellen teve ambos os seios vinculados as cordas, Owen pode dedicar
sua atenção aos dois mamilos.
Eles pararam para admirar seu corpo.
- Adorável. - Kellen disse ofegante. - Ponha os braços para o lado. Não os quero
bloqueando minha visão de seus peitos lindos.
Lindsey foi erguida para a posição sentada. Logo seus braços estavam
firmemente presos ao lado do corpo dos ombros aos cotovelos. A tensão da corda
ficou toda concentrada na parte inferior central das costas quando outra corda
comprida foi esticada de um lado a outro de seu ombro. Eles haviam amarrado
argolas de ouro a cada poucos centímetros ao longo de ambos os lados da corda.
Ela espiou o teto procurando ganchos.
- Para que são as argolas?
- Não vamos usá-los para suspendê-la? - Kellen disse. - Em breve, você vai ver
para que eles são.
Eles reclinaram-na de costas novamente. E, apesar de suas mãos e pernas
estarem livres, não teria sido capaz de brigar com eles se precisasse. Mas havia
algo sobre estar tão absolutamente indefesa que era, ao mesmo tempo, emocionante
e assustador. Sua frequência cardíaca dobrou e ela não conseguia encontrar ar
suficiente. Quando o quarto pareceu encolher e o teto fechar-se sobre ela, lutou
contra a sensação de sufocamento.
- Você está bem? - Owen perguntou. Ele se inclinou até sua linha de visão e
afastou o cabelo das bochechas quentes. As paredes recuaram novamente quando
sua atenção desviou para os olhos preocupados de Owen. - Se você tiver um ataque
de pânico, nós podemos cortar essas cordas para deixá-la livre num instante.
- E estragar todos esses belos nós que vocês amarraram? - Ela sorriu, forçando-
se a não ofegar muito excessivamente. Honestamente, não queria que eles
parassem. Gostou da forma como as cordas pressionavam sua pele. Elas a faziam
consciente de seu corpo. Adorou isso. Era uma espécie de abdução estar confinada,
mas iria suportar.
Sentir as mãos de Kellen na barra de sua calcinha, provocaram o reflexo de
aproximar as pernas.
- Se você fechar as pernas para mim, vou dar umas palmadas em você. - Kellen
falou.
Ficou tentada a testá-lo e apertar as coxas só para ele espalmá-la, mas suas
coxas tinham outras ideias e imediatamente ficaram frouxas. Ele lentamente puxou
a calcinha por suas coxas e jogou-a de lado. Começou a trabalhar em sua perna
esquerda, e Owen espelhou cuidadosamente os movimentos de Kellen na execução
dos nós na perna direita. Eles ataram suas pernas para que ficassem flexionadas no
joelho e quadril - levemente mais dobradas do que em posição fetal. Trabalharam
metodicamente para esticá-la em uma posição que ela não sabia que era capaz de
alcançar. Depois massagearam seus músculos, flexionando e endireitando suas
articulações até que não repuxasse dolorosamente ter as pernas amarradas com os
calcanhares na parte anterior das coxas e as pernas bem abertas. Ela se sentia
incrivelmente exposta, pois não havia jeito dela fechar as pernas, nem mesmo um
centímetro.
A linda dupla de homens se afastou e ela se esforçou para evitar que seus
músculos trêmulos entrassem em colapso.
- Deixe as cordas te segurarem, Lindsey. - Kellen disse gentilmente. - Não lute
contra elas.
- Pense nelas como uma rede de balanço. - Owen sugeriu.
Não lutou com as cordas por muito tempo, porque não teve forças para fazê-lo.
Tão logo relaxou, as cordas suportaram o peso inteiro dela, e de repente, desejou
que todas aquelas argolas que eles haviam colocado no design fossem usados para
suspendê-la. Também desejou que houvesse um espelho no teto para que pudesse
ver qual era sua aparência, do seu ponto de vista. Lindsey nunca se sentira mais
bonita – como se seu corpo fosse uma obra de arte apreciada. Queria ser colocada
em exposição. Seus membros sentiam-se maravilhosamente bem suportados pelas
cordas, como se estivessem seguros em um abraço reconfortante. Como em um
casulo de prazer e pressão, os músculos tinham sido levados ao limite, como se
estivesse fazendo uma sessão de yoga com cordas. Não havia o menor sinal de dor.
- Eu me sinto... - Ela puxou uma respiração extasiante nos pulmões. - Incrível.
Kellen sorriu. Ela não teve certeza se o vira sorrir antes. Owen sorria
constantemente, mas Kellen parecia reservá-los para ocasiões especiais.
- Vamos virá-la sobre você. Owen não vai deixá-la cair. - Com o rosto no colo
de Owen, os joelhos no colchão e seu traseiro apontando para o teto, recebeu a
massagem mais sensual de sua vida. As enormes mãos de Kellen apertaram suas
nádegas até sua entrada de trás estar tremendo e ela choramingando para ser
penetrada.
- Oh! - Ela murmurrou deseperadamente.
- Experimente alguma coisa do esconderijo de Gabe. - Owen disse.
Ela esfregou o rosto no colo dele, desejando que ele tirasse a calça para poder
colocá-lo em sua boca. Não sabia o que esperar quando fora amarrada, mas estar
prostrada impotente a fez querer agradar esse homem. Ambos os homens.
Entretanto, não conseguia. Então só tinha que aguardar até eles fazerem com ela
como eles quisessem.
Kellen saiu da cama.
- Owen. - Ela sussurrou. - Me deixe chupar seu pau.
Ele acariciou seu cabelo.
- Ainda não posso deixá-la fazer isso. Vou ter que esperar um bom tempo antes
que chegue a minha vez.
- Você não tem que esperar. - Ela assegurou-lhe.
Algo frio e escorregadio forçou sua bunda. Seu âmago se contraiu com a
intromissão inesperada e ela estremeceu de êxtase.
- Oh!
Não conseguia ver o que Kellen estava fazendo, mas sentiu as cordas deslizando
e pressionando contra a pele no alto de seu traseiro. O que quer que ele estivesse
tentando colocar lá dentro, estava deixando-a louca de desejo.
- Você está quase acabando? - Ela sussurrou. - Estou pegando fogo.
- Deus, sua bunda parece incrível. - Owen falou. Ele soltou a parte superior de
seu corpo e ela lutou para não pender para o lado. Agarrou sua bunda com as duas
mãos e esfregou as nádegas uma na outra, fazendo-a bem consciente de todas as
cordas pressionadas em sua pele e movimentando aquele objeto surpreendente na
bunda. Ele só penetrou um centímetro, mas estimulou-a de uma forma como
nenhuma outra experiência fizera. O jeito que provocou seu buraco apertado,
contraíram sua buceta com o desejo insatisfeito.
- Agora só falta acrescentar o toque de Kelly. - Owen murmurrou. Ele parecia
estranhamente orgulhoso de seu amigo.
Viraram Lindsey de costas novamente, e Owen deslizou para longe mantendo
facilmente seu corpo em uma posição estável quando ficou virada para cima.
Kellen pegou uma corda de cetim dourado e deu um nó nela. Então, deslizou uma
ponta da corda através de um conjunto de argolas que se projetavam nas
extremidades laterais de seu torso. Ele centrou o nó diretamente sobre o mamilo e
continuou a passar a ponta da corda para dar mais laçadas. Quando a corda passou
por cima do outro mamilo ele amarrou um segundo nó e continuou enfiando mais
corda através das argolas no lado oposto do corpo. Ao terminar, um pouco de corda
enozada roçava contra cada mamilo. Eles lembravam nozes. Ele moveu-se para se
ajoelhar entre as coxas dela e pegou a extremidade de cada corda, uma em cada
mão e puxou para trás e para frente. Ela deslizou facilmente através das argolas e
distendeu os nós contra seus mamilos tensos fazendo Lindsey arquear as costas
involuntariamente. A corda arrastava por suas terminações um instante antes de
afrouxar. O prazer irradiou a partir dos mamilos, percorrendo todas as direções,
seguindo pelas veredas das cordas, para voltar a florescer entre eles. Ela já estava
perto do orgasmo.
- Você gosta de prazer anal, Lindsey? - Kellen perguntou. - Gostaria de um
pequeno puxão no plugue que eu coloquei na sua bunda? Ele tem uma alça por
onde eu posso passar a corda.
A única palavra que ela realmente conseguiu registrar foi prazer. E queria mais
do mesmo. Seu corpo implorou por mais.
- Sim. - Ela arquejou.
Não podia ver que diabos Kellen estava fazendo entre suas coxas, mas sentiu
um puxão na bunda quando ele também enroscou uma corda em algo lá. Sua
buceta estava inchada, dolorida e ensopada. Seu clitóris estava tão excitado que a
estava deixando louca. O puxão dentro da bunda fazia-a estremecer com espasmos
não satisfeitos. Eles esperaram até ela acalmar-se outra vez antes de cada um puxar
uma ponta da corda perto de seu quadril, o que remexeu o plugue dentro de seu
buraco enrugado, apenas o suficiente para deixá-la louca. Sua buceta contraiu sem
conseguir um orgasmo satisfatório.
- Oh, por favor. - Ela implorou precisando gozar muito mais forte para estar
satisfeita.
- Quase, Lindsey. - Kellen prometeu gentilmente. - Você está quase pronta.
Ele cuidadosamente amarrou as extremidades soltas das cordas enozadas a cada
um de seus pulsos e, em seguida, conferiu aqueles em seu quadril também.
- Você está no comando do prazer de seus mamilos e bunda. - Kellen disse-lhe.
Mostrou-lhe que o menor movimento de seus braços roçava simultaneamente as
cordas atadas contra os mamilos sensíveis e remexia o plugue dentro de seu buraco
palpitante. Não poderia estimular um sem agradar o outro e estava perfeitamente de
acordo em satisfazer a si mesma.
- Oh, Deus. - Arquejou, pegando o jeito do movimento e movendo os pulsos em
um padrão alternado para estimular-se até que outro orgasmo despontou em sua
buceta. Oh, Deus, iria explodir. Ela precisava ser fudida e com muita vontade. - Por
favor foda-me. Por favor. Por favor.
- Acho que você se superou dessa vez, Kelly. - Owen disse.
Eles se uniram a ela na cama. Owen na altura da sua cabeça. Kellen lá em
baixo. Ela ergueu a cabeça para ver Kelly. Ele estava olhando fixamente para sua
buceta totalmente exposta com fome nos olhos escuros. Oh Deus. Esfregou os nós
nos mamilos e na bunda mais rápido. Precisava gozar.
Precisava gozar.
Precisava.
Agora.
Oh!
Conseguiria gozar com esse tipo de estimulação? Estava tão perto.
Tão perto.
- Vou beijar sua boca para tentar evitar que grite muito alto. - Owen falou. -
Tudo bem?
Ela assentiu. Faça o que quiser comigo, pensou. Qualquer coisa. Simplesmente
faça algo. Owen inclinou a cabeça para pegar seus lábios em um beijo longo e
vagaroso. Quando se afastou, sussurrou suavemente: Kelly vai fazer você gozar em
breve. Não se esforçe tanto. Relaxe, doçura.
Assistiu Kellen amarrar seu longo cabelo para trás com um pedaço de couro. Ele
estendeu-se de bruços entre suas coxas bem abertas e então, Owen bloqueou sua
visão para beijá-la novamente. Senhor, o homem tinha uma boca firme e sensual.
Não se importaria de tê-lo lhe dando um beijo como esse por toda a carne quente e
dolorida entre suas coxas.
Um hálito quente roubou toda sua atenção para sua buceta inchada. Ela
estremeceu e gritou contra os persistentes lábios de Owen. Ele beijou-a mais
profundamente, sua língua provocando a dela. Seus dedos começaram a traçar
padrões sobre a pele nua de seus braços por entre as tramas das cordas.
Uma língua quente e macia traçou a abertura vazia entre as coxas dela e quase a
fez saltar direto do colchão.
Owen trilhou beijos de boca aberta por seu queixo.
- Calma. - Murmurrou. - Ele vai aliviá-la logo.
Ela suspirou quando Kellen começou um lento e metódico tracejar na entrada de
seu sexo com círculos delicados da língua. Seu quadril se dobrou. Lutou contra as
cordas segurando-a aberta, querendo desesperadamente pressionar os calcanhares
nas costas de Kellen e contorcer seu sexo em seu rosto, mas foi incapaz de se
mover.
- Preciso ser fodida. - Ela disse. - Preciso ser fodida. - Não podia acreditar que
essas palavras estavam escapando de seus lábios, nem o quanto queria dizê-las.
- Kelly, tenha piedade dela. - Owen disse.
A risadinha malvada de Kellen não fez nada para aliviar sua mente. Sua língua
roçou o clitóris e seu corpo inteiro se contraiu para a liberação. Podia sentir a
respirando dele contra ela, porém maldito fosse, se não a tocava para que
alcançasse seu prazer. Ele esperou até que seu corpo inteiro relaxou para lamber a
buceta contraída - dentro e fora - num ritmo enlouquecedor de tão lento. Isso a fez
querer ser preenchida por um pau grande e grosso, porém seu orgasmo continuou
fora de alcance.
Owen reivindicou sua boca outra vez.
- Concentre-se em mim. - Disse de encontro a sua boca. - Vou fodê-la quando
ele terminar. É o que você quer, não é?
- S-sim. Por favor. Owen, eu preciso.
- Shh, deixe ele prová-la. Você se sente bem?
Ela assentiu, sentindo-se como se pudesse explodir em lágrimas. Cada
centímetro de sua pele estava consciente. E era esmagadora a sensação de estar tão
consciente de seu corpo. Não pelos lábios sensíveis, unindo-se aos de Owen
desesperadamente, enquanto ele continuou a beijá-la. Não pelos mamilos ou a
bunda que ela continuou a estimular de forma intermitente com puxões nos cordas
sedosas em cada mão. Nem pelas coisas enlouquecedoras que Kellen estava
fazendo a sua buceta. Cada pedaço dela ou era consciente das cordas ou pela falta
delas. Elas estavam exercendo pressão suficiente para que não pudesse ignorá-las.
Como jamais fora tão longe.
Kellen sugou seu clitóris e ela ficou tensa, esforçando-se para gozar. Precisava
da liberação, mas ele se afastou e esperou até ela ficar mole antes de lamber seu
sexo novamente.
Certo, morreria se não tivesse um orgasmo logo. Mas isso não aconteceu.
Kellen apenas continuou a levá-la para mais perto da borda deixando-a certa de que
iria desfalecer na próxima vez. Mas ele lhe mostrou que estava errada. Owen a
beijou sem pressa, até ela ficar tão perturbada que não conseguia recuperar o
fôlego. Ele ergueu a cabeça para encarar o amigo.
- Pelo amor de Deus, Kelly, deixe-a gozar. - Owen falou enquanto acariciava
suas bochechas acaloradas com dedos frios. - Merda, cara, acho que ela está tendo
outro ataque de pânico.
Ela ouviu a profunda voz de Kellen lá de baixo.
- Vou deixá-la gozar se estiver disposto a esperar até eu conseguir deixá-la no
ponto de novo antes de você transar com ela.
- Vou esperar. Eu estou bem.
Kellen firmou a boca no clitóris de Lindsey e chupou, estalando a língua contra
o ponto sensível até ela soluçar, esperando que ele se afastasse no último momento.
Mas ele não o fez. Desta vez. Desta vez, deixou-a explodir.
Lindsey gritou enquanto seu corpo tremia com a liberação. Sua bunda cerrando-
se em volta do pequeno e sólido objeto; Sua buceta contraindo no vazio assolador.
Oh, como a queria preenchida. Queria ainda mais do que o orgasmo intenso que a
transformava num emaranhado de membros contorcidos, contrariando todos os
seus instintos. Talvez o método que Kellen tinha aplicado nela, estimular e
interromper um orgasmo, tivesse sido o melhor. Mesmo depois das ondas de prazer
terem se dissipado, seu corpo continuou tremendo incontrolavelmente.
- Não chore. - Owen sussurrou para ela, beijando a umidade em suas bochechas.
Ela não sabia por que estava chorando. Não era tristeza, medo, raiva ou
frustração. Nem mesmo era alívio.
- Sinto muito. - Ela soluçou desconsolada. - Não sei o que há de errado comigo.
- Podemos cortar para soltá-la, se for demais. - Ele disse acariciando seu cabelo
gentilmente.
- Por favor, não. Eu quero continuar. Eu só...
- Sentiu coisas que nunca sentira antes. - Kellen disse. - Está tudo bem. Sexo é
uma experiência profundamente pessoal. - Ele sorriu maliciosamente. - Mesmo
quando é um estranho que toca parte de seu espírito.
Kellen massageou seus pés enquanto ela se recompunha. Engoliu em seco ao
respirar e lembrou-se de relaxar nas cordas. Lutar contra elas só servira para
esgotá-la, apesar delas restringirem-na de uma forma muito gostosa ao cravarem-se
em sua carne adequadamente.
Ainda acima de sua cabeça, Owen manteve o rosto enterrado em seu pescoço,
segurando-a levemente pelos seios.
- Ok. - Ela disse quando retornou à Terra. - Estou bem agora.
Kellen lambeu os lábios.
- Estou pronto para mais também. Como você está, Owen?
Ele gemeu no pescoço de Lindsey.
- Duro como a porra de uma rocha.
- Ei, você disse que estava tudo bem. - Kellen lembrou-lhe.
- Eu estava, até ela gozar. Sua expressão facial acabou totalmente comigo.
Lindsey sentiu o rosto esquentar. Ficara com um estúpido O na cara? Na frente
de Owen Mitchell? Que vergonha.
- Faça-a gozar, novamente. - Owen murmurrou contra seu pescoço. - Apenas,
por favor, se apresse dessa vez.
Kellen largou seus pés e estendeu-se de bruços entre suas coxas novamente.
- Você só vai ter que sofrer um pouco, camarada. Está é a buceta mais doce que
já provei e vou levar o tempo que for para fazê-la derreter por mim, de novo.
- Se você não se apressar. - Owen rosnou. - Vou chutar seu traseiro. Eu esperei
tempo suficiente.
Kellen riu do sofrimento dele.
- Se você chupar meus mamilos, ele com certeza vai ter-me escorrendo. -
Lindsey murmurrou para Owen. Não fazia ideia se isso era verdade. Só queria sua
boca deliciosa em seus mamilos tensos. O nó na corda não seria mais suficiente
para estimulá-los por muito tempo. Mesmo que os esfregassem de uma forma
muito perturbadora, estava pronta para uma sensação diferente.
Owen avançou para baixo. Quando seu peito ficou à vista, ela não pode deixar
de repuxar as amarrações para que pudesse beijar o corpo musculoso diante de si.
Ele cutucou a corda enozada fora de seu caminho com o nariz e apoderou-se do
mamilo, chupando forte. Ao mesmo tempo, ela pegou a argola reluzente entre os
dentes e puxou. Ele gemeu.
- Eu não deveria ter me movido. - Ele disse.
O glorioso movimento da língua de Kellen contra o clitóris de Lindsey parou
quando ele levantou a cabeça.
- Isso não faz parte do nosso ritual, Owen.
- Seu ritual. - Owen falou. Ele parecia um pouco irritado.
Lindsey inclinou a cabeça para trás e observou ansiosamente a saliência dura no
jeans de Owen. Quase podia sentí-lo dentro dela, se esfregando em suas paredes
internas. Esticando-a. Enchendo-a.
Ela se contorceu animadamente. Kellen voltou a seu clitóris e sugou com
impulsos rítmicos. Ele estava combinando intencionalmente a força da boca de
Owen em seu mamilo? Pois os dois estavam em perfeita sincronia.
Lindsey estava se aproximando novamente. Ela ofegou e estremeceu,
batalhando para controlar-se dessa vez. Não queria gozar com seu interior vazio.
Kellen ergueu a cabeça.
- Ela precisa de você para fazer sua parte agora. - Ele falou.
Owen moveu-se num piscar de olhos. Saltou da cama, tirou o jeans e estava
rasgando uma camisinha antes que Lindsey pudesse compreender o que estava
acontecendo. Algo metálico brilhou logo abaixo da cabeça inchada de seu pau. Ele
cuidadosamente desenrolou o preservativo ao longo de seu comprimento e
deslocou-se para a beirada da cama atrás de Kellen.
Lindsey ergueu a cabeça tentando acompanhar seus movimentos, mas mover a
corda em suas costas era tão desconfortável, que fechou os olhos e saboreou a
sensação de ter sua carne trêmula puxada pela hábil boca de Kellen. Sem Owen
para dividir sua atenção, foi rapidamente dominada pela sensação de prazer
enquanto outro orgasmo despontava como uma promessa.
- Sim. - Ela sussurrou. - Vou gozar de novo. Vou...
Kellen moveu-se para o lado e Owen ocupou seu lugar. Posicionando-se,
deslizou profundamente com um forte impulso. Seus olhos se arregalaram de
surpresa quando sentiu que havia algo dentro dela diferente de carne rígida. Seja lá
o que fosse aquela pérola metálica perto da cabeça do pau dele, era incrível sentí-
la.
- O que é isso? - Ela perguntou.
- É um piercing. - Ele disse simplesmente e, em seguida, se retirou lentamente.
O acessório esfregou a parte inferior do sexo dela. Ele encontrou um ponto
particularmente sensível dentro dela e ela ofegou quando o piercing se esfregou de
encontro a ela. Um sorriso diabólico iluminou o devastadoramente bonito rosto de
Owen quando ele empurrou rápido e superficialmente, roçando aquele pequeno
ponto em seu interior até ela pensar que iria enlouquecer. Quando os primeiros
espasmos de outro orgasmo a agarraram, ele empurrou fundo e se manteve assim.
Ela olhou-o incapaz de compreender o que ele estava fazendo. Quando sua
respiração acalmou um pouco, ele recuou aquele ponto especial outra vez e
preencheu-a com golpes rápidos e superficiais.
Roçando.
Roçando.
Roçando de encontro aquele ponto.
- Oh Deus, isso é muito bom.
Owen sorriu-lhe e impulsionou fundo novamente. Ela percebeu que ele era tão
mau como seu amigo, Kellen. Provocando-a a um passo de um orgasmo alucinante
para, no entanto, impedí-la no último instante. Não sabia o bastante para
amaldiçoá-los ou lhes agradecer.
O colchão ao lado dela afundou quando Kellen ajoelhou-se ao seu lado. Estava
nu agora, tendo despido o jeans. Ela observou-o, em total reverência a sua beleza
masculina. Ele parecia tão à vontade com sua nudez. Mesmo com o pênis enorme e
inchado totalmente exposto, levantado orgulhoso e rígido diante dele. Nunca vira
um homem tão perfeitamente assim. Tão silenciosamente poderoso. Tão...
Gemeu quando Owen deslocou o quadril fazendo a esfera metálica esfregar o
fundo de seu útero ao se empurrar lento e profundo dentro dela.
Lindsey gritou quando um orgasmo se espalhou dentro dela novamente. Não
pensou que seria capaz de gozar três vezes em uma noite, mas bom Deus, estava
gozando e ter o pau de Owen empurrando dentro dela trouxe-lhe, por fim, a plena
satisfação pela qual ansiava.
- Ela está gozando forte com você. - Kellen disse como se comentasse sobre
algo muito menos surpreendente do que o prazer pulsante despedaçando Lindsey
de felicidade.
- Ela não está gritando do jeito que fez com você. - Owen falou deslocando o
quadril e agarrando as cordas em seus ombros para poder fodê-la com mais força.
Lindsey estava muito atordoada para gritar. Ela mal podia respirar. Ele tinha que
parar. Ela não aguentava.
- Por favor, pare. Não posso mais. Não.
- Acho que ela já teve o bastante. - Kellen disse percorrendo os dedos nas cordas
que estavam se cravando em seus braços. - Pegue leve com ela.
- D-desculpa. - Ela sussurrou. Queria deixar Owen terminar. Queria que ele
gozasse enterrado profundamente dentro dela, mas tinha atingido seu limite.
Owen abrandou seus impulsos e quando ela parou de tremer, deslizou para fora
com um som molhado. Assim que saiu dela, ela o queria de volta. Mas ele já tinha
se deslocado para ajoelhar de frente para Kellen no outro lado dela. Um de frente
para o outro em lados opostos de Lindsey, os dois homens encararam-se fixamente,
um preso ao olhar do outro. Os olhos de Kellen estavam castanho escuros e
intensos, os de Owen azuis brilhantes e vidrados. Ela não sabia o que eles estavam
fazendo, mas era como se ela já não estivesse no quarto, muito menos amarrada
entre eles.
Kellen moveu sua mão para rodear seu pênis. Ele acariciou-se lentamente da
base a ponta, espalhando óleo pelo comprimento. Owen retirou o preservativo do
pênis e imitou os movimentos de Kellen em si mesmo. Seu corpo ficou tenso e a
boca abriu para emitir suspiros de prazer. Lindsey observou-os, em parte perplexa,
em parte conscentrada na perfeita sincronia que eles exibiam ao acariciarem seus
paus por cima de seu ventre.
Depois de um momento, os olhos de Owen se fecharam e Kellen deu aquele seu
sorriso perverso, estendendo a mão para tomar o pênis de Owen na mão. O olhar de
Lindsey disparou de seus rostos, para a ação logo abaixo, e de volta para seus
rostos. Owen estremeceu de prazer soltando a mão de seu pênis para pegar o de
Kellen.
Eles acariciaram um ao outro em harmonia. De olhos fechados, Owen se
contorcia incontrolavelmente na mão de Kellen. Ele observava-o avaliando sua
reação. Sua mão se moveu mais rápido. Mais rápido. Deslizando sobre a carne de
Owen com a facilidade da prática.
Owen tombou para frente e Kellen recostou-o no ombro ainda o acariciando,
seus longos dedos fortes esfregando pelo piercing no pau de Owen com cada
puxão.
Lindsey nunca vira dois caras acariciando o pênis um do outro antes. Não estava
certa por que isso a deixava tão quente e incomodada. No entanto, estava mentindo
para si mesma. Assistí-los fazerem-se gozar era a uma das coisas mais sexy que já
vira em sua vida, mesmo se sentindo uma intrusa em seu próprio ménage.
- Kelly. - Owen sussurrou. - Posso gozar? Me deixa gozar. Kelly?
- Eu não estou pronto ainda.
Owen começou a acariciar Kellen com mais persistência, prestando uma
atenção extra na cabeça do pau dele.
- Não posso, oh Deus, não posso. - Owen arquejou. - Por favor, depressa.
Lindsey arregalou os olhos quando Owen esfregou o boca aberta por todo o
ombro de Kellen, com os olhos bem fechados. Ela sentiu o primeiro jorro de porra
acertá-la na barriga. Não era de Owen, era de Kellen.
Não conseguiu ver a expressão de Kellen, mas a de Owen quando ele gozou,
contorcendo o rosto em êxtase, a fez amaldiçoar-se seriamente por encorajá-lo a
parar de fodê-la, porque agora estava certa de que precisaria de mais.
Owen esfregou a boca aberta pelo ombro de Kellen em absoluto êxtase. Ele era
o coisa mais sexy que ela já presenciara na vida. Depois de um momento, Owen
ergueu a cabeça para encarar Kellen com um questionamento nos olhos.
- Isso foi certo? - Ele perguntou.
Kellen levou as mãos em concha aos rosto de Owen.
- Isso foi perfeito. Obrigado. - Ele depositou um beijo no canto da boca de
Owen e novamente encararam-se como se Lindsey tivesse deixado de existir na
Terra.
- Vamos desamarrá-la devagar.
Owen sorriu e assentiu.
Ela supos que deveria acreditar que eles haviam gozado por toda sua barriga
para seu benefício?
Os dedos fortes de Kellen tocar seu corpo de um lado, enquanto os de Owen
trabalhavam do outro. Eles começaram a massagear a combinação de seus fluídos
por sua pele. Ela observou-os, tremendo, querendo saber qual era realmente a parte
que desempenhara no ato que obviamente era um algo a mais entre eles e muito
menos sobre ela. Não tinha certeza de como se sentia por ter sido incluída em algo
assim. Ah, claro, tivera uma experiência sexual incrível, mas se os dois eram
atraídos um pelo outro, por que se preocupavam em trazer uma mulher para toda
essa mistura?
- Eu não sabia que vocês eram amantes quando concordei com isso. - Lindsey
disse para Kellen enquanto ele libertava uma de suas pernas e lentamente
desenrolava a corda em torno da coxa. Ele fez uma pausa para olhá-la como se ela
fosse uma lunática delirante.
- O que você quer dizer?
- Você e Owen. Obviamente vocês tem uma coisa um pelo outro.
Os dois homens riram.
- Não é nada disso. - Owen disse. - Faz parte do ritual de Kellen.
É a maneira de Kellen tirar vantagem de você, Lindsey pensou. Estremeceu
quando sua perna esquerda foi lentamente estendida, os dedos ágeis de Kellen
começando a massagear seu comprimento. Não percebera que uma dor incômoda
se instalara em seu quadril até as duas pernas se endireitarem, por isso os dois
homens massagearam seus músculos, até ela começar a relaxar.
- É legal. - Lindsey disse. - Foi muito sexy assistir vocês fazerem um ao outro
gozar. Eu simplesmente não estava esperando por isso.
Kellen não fez comentários, mas Owen pareceu um pouco perturbado. Seu belo
rosto se franziu em confusão olhando de relance para Kellen.
- Desde quando nós começamos a nos tocar no ritual? Não costumávamos fazer
isso.
Kellen sorriu largo.
- Há alguns meses atrás. Parece melhor assim, não é?
- Sim, mas ela está certa. É meio gay.
Kellen gargalhou.
- O quê você está falando? Nós dois sabemos que não estamos sexualmente
atraídos um pelo outro. - Kellen falou. Mas quando Owen desviou o olhar, ele
furtivamente olhou para ele, como se querendo saber se Owen estava acreditando
nele.
- Você sabe como me fazer gozar forte. - Owen disse. - Esqueço completamente
onde estou e perco a noção do que está acontecendo. É quase como intensificar a
masturbação, desde que eu tenha um pau na minha mão. E não apenas o meu
próprio.
Lindsey soltou um riso abafado. O cara era tão bonitinho. Não era de se admirar
que Kellen tivesse manipulado ele para ser seu brinquedinho inocente.
- Acho que não vou mais conseguir encontrar minha alma gêmea sem você,
Owen. - Kellen encarou-o reflexivamente e Owen sorriu.
- Não se preocupe! - Owen falou. - Vou te ajudar até encontrar sua mulher
perfeita.
Desta vez, o sorriso de Kellen era genuíno. Nada de sua habitual perversidade
estava contida nele.
- Obrigado.
- Eu serei sua mulher perfeita. - Lindsey ofereceu.
- Você foi ótima Lindsey, - Owen disse. - Mas ele tem essa ideia louca de que
vai saber quem é sua alma gêmea no instante em que encontrá-la. Ideia ridícula,
né?
- Típico de românticos. - Lindsey disse.
- Você não deve compartilhar isso com as pessoas, certo? - Kellen disse.
Eles estavam desenrolando as cordas em volta de seu torso agora. Cada
centímetro de seu corpo foi massageado quando eles soltavam as amarras, uma de
cada vez.
Owen deu de ombros.
- Ela viu você acariciar o pau de seu melhor amigo até ele gozar com tanta força
que viu estrelas. Não acho que muito do que você compartilhar com ela nesse
momento vai perturbá-la.
- Você gozou forte, não é? - Kellen falou com um sorriso perverso retorcendo
seu rosto de novo.
- Não consigo evitar. Você tem mãos fortes.
- Kellen gozou de um jeito ainda mais forte do que você, Owen. - Lindsey disse.
- Achei que ele fosse machucar minha barriga com a força de seu jorro.
Owen riu.
- Fiz o meu melhor para ajudá-lo a gozar.
- Nós apressamos um pouco. - Kellen comentou. - Você estava superexcitada.
Ele acariciou os seios de Lindsey cuidadosamente quando os libertou das
amarras. - O que nos deixou superexcitados. Mas não tenho certeza se ficou
completamente satisfeita.
Ela não podia mentir, mesmo que isso significasse que poderia ter mais
reservado para ela.
- Eu estou mais do que satisfeita. E me sinto absolutamente incrível em ser
tocada assim, depois de ter ficado confinada. - Ela disse baixinho. Gostava quase
tanto quanto do poderoso orgasmo que ainda estava saboreando.
- Você vai dormir muito bem. - Kellen prometeu.
- Estou com sono agora. - Ela admitiu.
Sentiu o cansaço dos próprios ossos.
E apesar de suas melhores intenções, seus olhos se fecharam.
Capítulo 9
Kellen continuou a desenrolar cordas e massagear o corpo de Lindsey muito
tempo depois dela ter adormecido. Podia sentir o olhar perturbado de Owen sobre
ele, mas fingiu que ainda estava trabalhando para terminar seu ritual. Quando isso
se tornara uma forma de estar mais perto de seu melhor amigo? E por quê seus
melhores orgasmos sempre eram pelas mãos dele? Não se sentia atraído por Owen.
Não ficava excitado quando ele estava perto dele ou nada disso. Tinha que ser uma
resposta completamente sensorial de seu corpo. Nada emocional relacionado com
isso. Deveria dizer para Owen ou apenas manter esses pensamentos para si?
- Quero um pouco de chocolate quente. - Owen disse. - Você pode acabar isso
sozinho?
Kellen obrigou-se a olhar para Owen. Esperava que seu sorriso não parecesse
tão forçado como ele o sentia.
- Sim, estou bem. Está quase terminado. A menos que você queira retirar dela, o
plugue anal para mim.
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  • 3. Compartilhe Me Uma Noite com Sole Regret Séries # 0.5 livro com eventos anterior a série Este curto romance erótico foi originalmente lançado em uma antologia intitulada Um Natal muito Indecente. NOTA: apesar de ser um prequel é melhor ler depois de Take Me. Depois de um show beneficente, Lindsey anseia passar uma noite de Natal incrível com sua banda favorita, Sole Regret, para agradecê-los por sua generosidade. Mesmo precisando seguir o ônibus da banda pelo desfiladeiro escorregadio de uma montanha durante uma tempestade de neve, nunca esperou passar um noite de nevasca com dois rockstars generosos que gostam de compartilhar seus talentos. Presa no ônibus com sua melhor amiga, uma banda de rock e seu motorista, o que estas garotas safadas podem fazer para se aquecer? Talvez uma pergunta melhor seria o que elas não podem fazer? Contém uma série de perversões excêntricas, leitores sensíveis, cuidado.
  • 4. Capítulo 1 A pesada linha de baixo que retumbou nos alto-falantes do auditório fez todo o corpo de Lindsay pulsar. Ela já fora a vários shows do Sole Regret em estádios, por isso estava ciente de que seu auditório local não fazia jus a habilidade de Owen Mitchell nas quatro cordas. No entanto, o clima intimista do pequeno local compensava a qualidade inferior do som. Nunca antes chegara tão perto do palco. A expectativa de ver os cinco membros do Sole Regret da segunda fila a fez levantar rapidamente da poltrona de veludo desgastado e escorrar-se contra o encosto de madeira da cadeira apoiada na frente dela. Não importava que o movimento tivesse rendido vários olhares irritados e uma vaia alta de “Sente-se!” de alguém atrás dela. Sente-se? Em um show do Sole Regret? Era mesmo possível ficar sentado quando eles estavam no palco? A melhor amiga de Lindsey, Vanessa, agarrou sua camiseta e forçou-a a sentar em seu lugar novamente. - Sua chefe está aqui. - Ela sussurrou severamente. - Tente se controlar. O que era mais fácil dizer do que fazer. Lindsey se contorceu na borda do assento. Ouvia Owen tocar, mas ainda não era capaz de vê-lo, o que era um inferno para seus desejos femininos. Quando Lindsey conseguiu o primeiro vislumbre do baixista enquanto este caminhava casualmente pelo palco de madeira rangente, dedilhando as cordas grossas com uma cadência constante, ela quase engoliu a língua. O homem era devastadoramente lindo. Seu cabelo castanho claro estava arrumado em um topete engraçado que roçava na testa. Não podia ver a cor dos olhos a essa distância, mas sabia por ficar olhando para suas fotos por horas a fio, que eram de um hipnótico azul brilhante. Movendo os olhos do rosto perfeito, desceu pelo pescoço para o
  • 5. corpo. Cerrou as mãos enquanto lutava contra a necessidade de lançar-se ao palco, derrubá-lo no chão e explorar cada pedacinho de seu corpo definido. Essa noite Owen vestia uma camiseta azul marinho apertada que se agarrava ao peito e ombros bem musculosos. Um conjunto de plaquetas militares prata balançava no centro dos músculos peitorais. Enquanto ele continuava tocando a introdução, ela pegou-se fascinada com o movimento magistral dos dedos sobre as cordas do baixo. Por que os guitarristas tinham que ser tão gostosos? Isso simplesmente não era justo. Lindsey gemeu alto quando imaginou todas as coisas que aqueles dedos fortes e habilidosos podiam fazer em seu corpo. O que ela não daria para ser o objeto tocado por esse homem. - Menina, - Vanessa disse. - Você está ficando molhadinha, não está? Sem dúvida, a calcinha de Lindsey estava molhada. Não poderia negar. - Ele é tão... - Todo seu corpo estremeceu quando não conseguiu encontrar palavras sensuais apropriadas para descrever o homem. Vanessa rolou os olhos. - Por favor. Ele é bonitinho e tal, mas não acho que a simples visão de um homem possa inspirar um grande Ó. Lindsey soltou um risada sem fôlego. - Então você estaria errada, Nessi. Porque eu já estou quase lá. Vanessa virou a cabeça para o outro lado. Em voz baixa disse “Informação Desnecessária”.* *No original T.M.I., que significa “Too Much Information”, ou seja, “muita informação, informação desnecessária ou desagradável”. É geralmente usada em conversas quando uma das pessoas começa a contar detalhes desagradáveis, que deixam os outros desconfortáveis.
  • 6. Quando o baterista, Gabe Banner, entrou na música com uma progressão de pesadas pancadas no bumbo, o coração de Lindsey passou a bater no mesmo ritmo. Conseguia distinguir as pontas vermelhas do moicano dele atrás da bateria, e um ocasional movimento de baquetas quando executava uma série vigorosa de batidas sobre as peles. Com o ritmo estabelecido, Owen voltou para o centro do palco, correu para a frente parando na beira do palco, quando o resto da banda apareceu e se juntou a música. O corpo de Lindsey foi percorrido pela adrenalina. Era certo que ela era uma groupie desses caras. Se sua chefe púdica, que estava sentada a alguns lugares a sua esquerda, não estivesse mandando olhares reprovadores de trás de óculos de aros grossos, Lindsey já teria tirado o sutiã e jogado no palco. Felizmente, ainda tinha autocontrole suficiente para impedir-se de mostrar os seios nus para a banda. Talvez mostrasse. Owen tinha um apelo especial para Lindsey, mas havia algo no vocalista, Shade Silverton, que exigia atenção. Ele sabia como comandar uma multidão. Passou a encorajar a platéia a ficar de pé, movendo uma das mãos para cima e para baixo. Lindsey sabia que eles não seriam capazes de ficar sentados por muito mais tempo. Até mesmo o mais aborrecido dos presentes – que normalmente nem imaginaria assistir um show de metal – obedientemente levantava da poltrona. Seria mais fácil para Lindsey se divertir com dois homens bem grandes ao seu lado, bloqueando-na do olhar crítico da senhora Weston. Era grata por ela tê-la contratado para trabalhar em sua empresa de investimentos, mas a mulher parecia pensar que estava no comando de todos os aspectos de sua vida, tanto dentro quanto fora dos limites do escritório. Ainda bem que ela não lia mentes. Ficaria escandalizada com o desfile de pensamentos pornográficos na mente de Lindsey enquanto observava Shade cantar o refrão da música de sucesso do Sole Regret, “Darker”. Alto, moreno e misterioso por trás de seu óculos aviador, Shade Silverton exalava uma energia de força bruta e sexual. O que havia nesse homem que a fazia querer cair de joelhos e chupar seu pau em sua garganta?
  • 7. - Agora, aquele homem faz minha buceta entrar em ebulição. - Vanessa falou com os olhos grudados em Shade, que dominava completamente o palco com sua inquestionável autoconfiança. - Eu só queria... - Chupá-lo até ele gozar? Vanessa gargalhou. - Oh sim. Já estou de joelhos. O guitarrista, Kellen Jamison, estava sussurrando no ouvido de Owen. Ambos começaram a rir do vocalista e do outro guitarrista, que pareciam competir pela bajulação do público. Lindsey adorava toda a banda. Eles não precisavam brigar por sua atenção. Mas aqueles dois – Owen e Kellen – faziam todo seu corpo zunir de desejo reprimido. Assim como Owen tinha olhos e cabelos claros, Kellen era um deus de bronze com cabelos pretos até os ombros e olhos quase negros, que podiam levar uma pessoa a entrar em coma. Elogiou todas as divindades pelo homem nunca vestir uma camisa no palco. Seu corpo longo e magro era preenchido perfeitamente com músculos em forma, que recobriam a pele bronzeada. Tatuagens decoravam ambos os braços de cima a baixo, dando a aparência de mangas compridas. Havia uma aura de intensidade em torno de Kellen Jamison que ela não podia ignorar. Duvidava que qualquer mulher pudesse ignorá-la. E quando ele e Owen paravam lado a lado, não havia nada mais inspirador no planeta. Era por isso que a dupla estava no topo de sua lista do “Foda-o”. Ela e Vanessa haviam criado a lista alguns meses antes, quando reclamavam sobre sua simultânea falta de namorados. Era composta com o nome dos três homens com quem mais queria transar, e se ela tivesse oportunidade, receberia passe livre para subir ao nível de vagabunda. Não importava se estivesse namorando, casada, grávida de oito meses ou se tornado uma freira de clausura. Se o homem em questão estivesse na lista, nada disso seria impedimento para ela. Vanessa dizia o mesmo, e sua amiga nunca a orientava errado. Pelo menos, não muito.
  • 8. O número um na lista de Lindsey era Owen Mitchell, e o número dois estava parado ao lado dele, disputando o primeiro lugar, Kellen Jamison. Felizmente, não estava namorando ou grávida. E seu atual período de seca sexual podia fazê-la sentir-se como uma freira em certos dias, mas nem por isso havia feito voto de castidade. Se conseguisse chegar perto deles. Ganhar sua atenção. De bom grado oferecer seu corpo. Então talvez pudesse, pelo menos, ficar com um dos três homens que a haviam feito babar como alguém que acabou de fazer um tratamento de canal. No meio da música, o guitarrista da banda, Adam Taylor, moveu-se para a frente do palco para tocar seu solo. Seu espesso cabelo escuro estava cortado em um estilo desgrenhado, o que chamava atenção para seu rosto. Ele tinha os lábios mais sensuais que Lindsey já vira num homem. E uma coleção de correntes em volta do pescoço, e do quadril, onde ela não se importaria de ficar enroscada. Os dedos dele sobrevoavam as cordas da guitarra, rápidos como um relâmpago, produzindo imagens de dedos roçando partes do corpo de Lindsey altamente carentes. Ela estava prestes a chutar David Beckham da terceira posição de sua lista “Foda-o”. A menos, que Shade quisesse a honra. - Deus, estou tão excitada. - Lindsey grunhiu baixinho. - Eu posso te ajudar com isso. - Joe, que trabalhava em seu escritório, disse em seu ouvido. Foi como levar um balde de água fria na cabeça. Ele não estivera sentado ao lado dela no início do show. Devia ter se infiltrado no meio da multidão quando não estivera prestando atenção. Lindsey empurrou-o para fora de seu espaço pessoal e trocou de lugar com Vanessa, assim teria sua melhor amiga evitando que nenhum homem conseguisse passar. O olhar que Vanessa deu para Joe – olhos estreitados, sobrancelhas erguidas e lábios franzidos em uma linha dura – fizeram- no olhar para os sapatos e correr um dedo sob o colarinho. - Foi o que eu pensei. - Vanessa falou e estalou o pescoço para causar um efeito
  • 9. maior. - Lindsey cansou de lhe dizer que não está interessada. Agora, tchau. Ela realmente dizera. Muitas vezes. Pensou que ele finalmente tinha desistido. Joe não a incomodava há semanas. Devia estar soltando feromônios como uma fêmea no cio ou algo parecido. Como se pudesse evitar. Os membros do Sole Regret acendiam seu fogo, mas ela preferia saciar seu desejo com um amiguinho de pilhas do que com Joseph Bainbridge. Não era nem um pouco atraída por ele, e nunca seria. Não havia nada de errado com ele, mas tampouco havia algo de certo. Joe se esgueirou para longe e Lindsey pode voltar sua atenção para o palco. A música chegava ao fim e a multidão aplaudiu, o barulho desenfreado ecoando pelo auditório como ondas de um mar revolto. Shade aproximou-se do centro do palco e falou para o público. - Obrigado por terem vindo ao nosso show beneficente nesta fria véspera de Natal. A multidão aplaudiu. - Ellie Carlisle queria estar aqui esta noite para agradecer a vocês por ajudarem a família dela com suas despesas médicas. Infelizmente, depois de uma forte sessão de radioterapia ontem, eles não permitiram que ela deixasse o hospital. Portanto, esta noite ela vai descansar bastante para que possa acordar amanhã e ver o que Papai Noel trouxe de Natal por ela ter sido um perfeito anjinho. Poderia ter sido o sistema de som, mas a voz de Shade soou um pouco embargada quando falou sobre Ellie, a menina de cinco anos que estava lutando pela vida num hospital local. A cidade tinha se reunido várias vezes para tentar ajudar a família, mas a venda de panquecas no café da manhã e leilões silenciosos só arrecadaram uma parte do dinheiro. O show do Sole Regret, por outro lado, trouxe pessoas e seu dinheiro de centenas de quilômetros. - O pai dela é um grande fã nosso. - Shade continuou. - Então quando ele nos perguntou se podíamos vir e ajudar a levantar mais dinheiro para ajudar sua garotinha a lutar pela vida, nós não podíamos dizer não.
  • 10. - Não se esqueçam de comprar uma camiseta na saída. - Kellen disse na voz mais profunda e sexy que Lindsey já ouvira. Como poderia evitar não pensar em ter nada com ele, quando o som de sua voz em seu ouvido ecoava de todas as direções? - Todos os lucros de vendas de merchandising também irão para ajudar a família Carlisle. Owen aproximou-se de seu microfone. -Vocês sabem do quê? Foda-se o câncer. - Ele gritou empurrando o punho no ar. Ele logo conseguiu ter todo o auditório entoando “Foda-se o câncer, foda-se o câncer, foda-se o câncer” repetidas vezes. Até a senhora Weston mete-o-pau-na- bunda estava gritando junto com os outros. Quando a multidão silênciou novamente, Shade disse: - Obrigada por terem vindo está noite e apoiar a causa de Ellie. Agora nós vamos mostrar a vocês o que é rock. Shade começou a próxima música com um grito agudo que provocou um arrepio na coluna de Lindsey. Era difícil acreditar que este grupo de homens fodões esteve disposto a desistir de sua noite de véspera de Natal para ajudar uma garotinha que nem conheciam. Ficou surpresa quando lágrimas ameaçaram cair de seus olhos ao pensar no ato altruísta deles. De repente, os membros do Sole Regret pareciam mais profundos do que simples pedaços afrodisíacos. Se perguntou que tipo de homens seriam. Talvez pudesse achar um jeito de conhecê-los. E não apenas para que pudesse riscar dois números de sua lista. Tinha uma forte necessidade de agradecer-lhes por serem incríveis.
  • 11. Capítulo 2 Owen observou, de uma expressão sombria para outra, em volta do ônibus. Era de se pensar que seus companheiros de banda tinham acabado de chegar de um funeral, e não de um show beneficente fodão, que provavelmente salvaria a vida de uma menina. Deslocando seu gorro de Papai Noel para uma posição mais inclinada, pegou o saco preto de lixo cheio de enfeites que sua mãe havia mandado junto com ele, quando soube que ele não poderia participar da celebração anual de véspera de Natal da família. Seu irmão também não participaria – Chad fora enviado ao Afeganistão em agosto – assim, estava um pouco contente por não precisar sentar à mesa com uma cadeira vazia, imaginando se o irmão estava se esquivando de balas, enquanto ele evitava as perguntas da avó Ginny sobre quando sossegaria e faria bebês bonitos para ela mimar. Mesmo que fosse um cara próximo da família e sentisse sua falta– até mesmo da vovó Ginny – Owen não deixaria de estar neste ônibus, impregnado de mau humor, onde-quer-que-diabos-estivessem, indo de Idaho para onde-quer-diabos-ficasse, Montana. Por isso iria tirar o melhor proveito de sua situação e não deixar que seus colegas chateados arruinassem seu bom momento. Seu alvo preferencial era Kelly. Não porque o guitarrista fosse o mais deprimido– essa honra era de seu vocalista, Shade – mas por precisar de um parceiro para celebrar o Natal, e Kelly sempre o apoiava. Ele nem sequer tinha que pedir ajuda. Há muito tempo tinham criado um pacto para fazer travessuras. Owen pescou a árvore de Natal artificial verde para fora do saco e colocou-a sobre a mesa entre o par de poltronas onde o baterista, Gabe, sentava lendo alguma coisa, e Shade encarava o nada. Endireitando os galhos em algo mais parecido com um pinheiro, Owen cantarolou baixinho e depois irrompeu em uma canção “Oh árvore de Natal, oh
  • 12. árvore de Natal, de plástico são teus ramos”. Shade ergueu a cabeça e uma sobrancelha escura apareceu acima da armação de seu óculos aviador. - Você tem que ser desagradável agora? - Por quê? - Owen disse. - Isso está interrompendo seu mau humor? - Quanto a essa questão, está sim. - Shade esticou a mão para um galho horrivelmente falso e dobrou-o em num ângulo maior. - E por que você está de mau humor? É véspera de Natal. Está com medo que não vai ter nada além de pedaços de carvão em sua meia? - Owen mergulhou a mão dentro do saco e tirou várias correntes de pisca pisca. Sua família acreditava que nunca havia luzes suficientes na árvore. Quando totalmente iluminada, a árvore da família Mitchell provavelmente poderia ser vista de Marte. - A Julie só vai ter meio Natal. - Shade falou. Arrumou outro galho e, em seguida, deixou a mão cair quando Gabe tirou sua atenção do livro para observá-lo tentar aperfeiçoar o imperfeito. - Mas ela não precisa. - Owen disse. - Você pode dar-lhe outro Natal quando voltarmos para casa na próxima semana. Ela vai adorar. Vou até usar meu gorro de Papai Noel e escorregar pela chaminé para colocar um sorriso no rosto dela. Shade cruzou os braços sobre o peito, sua carranca se aprofundando. - Não é o mesmo. - Pelo menos, dessa vez não é culpa minha que ele está de mau humor. - Adam disse. O guitarrista tinha sua guitarra desplugada e estava dedilhando silenciosamente alguns riff em que estava trabalhando para o próximo álbum do Sole Regret. - Não estou de mau humor. - Shade falou. - Parece mau humor para mim. - Kellen disse. Ele se levantou do sofá para ficar ao lado de Owen. Inseriu um longo braço tatuado no saco e tirou uma corrente de guirlanda vermelha. Levantou uma sobrancelha para Owen, antes de passar
  • 13. rapidamente os olhos incisivamente por Shade. Owen tentou não sorrir, e seguir com o plano silenciosamente combinado, mas isso não seria fácil. Acenou com a cabeça bem de leve. - Em primeiro lugar, você foi quem quis nos levar para fazer um show beneficente na véspera de Natal. - Adam disse para Shade. - Você nem mesmo conhece aquela criança. Owen estremeceu. Esses dois realmente tinham que começar uma briga hoje à noite? Com certeza podiam encontrar uma forma de deixar suas diferenças de lado na época do Natal. - Eu não preciso conhecer a porra da criança, Adam. Ela tem leucemia. A família não tem seguro, nem trabalho e nem dinheiro para pagar o tratamento de quimioterapia. Algumas horas a mais em nossas agendas lotadas dão a ela a chance de chegar ao seu sexto aniversário. Você tem que ser sempre um idiota tão egoísta? - Não tenho absolutamente nenhum problema em fazer um show beneficente. De qualquer maneira, não é como se eu tivesse planos melhores para o Natal e, porra, acredite ou não, eu me importo. Mas você sentado aí, como se seu cachorro tivesse acabado de morrer depois de você tomar a decisão de fazer o show, pela primeiro vez está me irritando. Eu não vou mentir. - Há uma primeira vez para tudo. - Shade resmungou. - Tudo que eu quero de Natal é um par de mordaças para pendurá-los pelas bolas. - Gabe disse erguendo o livro até que tudo o que era visível de sua cabeça era o topo de seu moicano vermelho e preto. - Estou tentando me concentrar aqui. - Mordaças de bola? - Kelly assentiu. - Eu posso cumprir esse desejo. - Ele começou a enrolar a guirlanda dando laçadas ao longo da mão até o cotovelo. Owen sabia que ele podia produzir duas mordaças em questão de minutos. Também sabia exatamente onde Kelly mantinha seu esconderijo secreto de acessórios excêntricos, no caso de sentir a necessidade de pedir algo. Recentemente, Kelly havia começado um hobby novo – atar nós. Era um hobby
  • 14. perfeitamante inocente para a maioria das pessoas, mas nem tanto para Kelly. Cuidadosamente desembaraçando um fio de pisca pisca, Owen fingiu estar muito interessado em seu baterista, Gabe, para afastar a atenção de Kelly, que estava formando um laço frouxo numa extremidade da guirlanda. As tatuagens de dragão nas partes raspadas do couro cabeludo de Gabe estava em total contradição com o colossal e decididamente chato, livro nas mãos dele. - Sobre o que você está lendo? - Owen perguntou, já sabendo que não daria a mínima. Gabe empurrou os óculos de leitura pelo nariz e sorriu maliciosamente. - Fricção. - E como reduzí-la com lubrificação adequada? - Owen perguntou. Gabe era a única pessoa que ele conhecia que tentava aplicar as leis da física no sexo. - Você não quer reduzir o atrito demais. - Gabe disse. - Você a quer lisa e molhada, mas não muito suculenta. - Eu discordo. - Shade falou com um sorriso largo. - Quanto mais suculenta, melhor. - Pelo menos, seu mau humor diminuíra. - Sim. - Kelly concordou. - Gosto dela bem molhada para que eu possa lambê-la até estar limpa. - As conversas nesse ônibus sempre se voltam para bucetas. - Adam disse. - Não há nada melhor para se falar, não é? - Owen perguntou. - Não. - Seus companheiros de banda dizeram em uníssono. Todos riram porque essa era a única coisa em que todos eles sempre concordavam. - E definitivamente não há nada de melhor sobre o que pensar. - Gabe disse. - Por isso todos precisam se calar. Estou pensando. - Quem precisa levar a pior, Owen? - Kelly falou. - Shade ou Gabe? - Agora ele estava preparado para colocar o plano em pratica. - Pessoalmente, eu acho que os dois precisam. - Owen disse. - Precisa do quê? - Shade perguntou.
  • 15. - Parece que Shade se ofereceu para ser o primeiro? - Primeiro para quê? Kelly moveu-se rápido – como um ninja – e Owen deu um passo para fora de seu caminho, à espera de uma abertura para ajudá-lo. Shade era maior do que Kelly, mas ele tinha o elemento surpresa a seu lado. Antes que Shade pudesse reagir, Kelly saltou sobre ele, e tinha a corda feita da guirlanda vermelha em torno de seus antebraços, amarrando-a desde os pulsos até os cotovelos. Shade poderia ter sido capaz de se libertar há tempo, mas no instante em que Kelly se afastou, Owen tomou seu lugar com fios de luzes, envolvendo várias correntes em volta dos braços e peito de Shade, entrecruzando-os em uma teia de arte indestrutível. Kelly ensinara a Owen tudo o que sabia sobre shibari* e Owen ensinara a Kelly tudo o que sabia sobre laçar bezerros. Suas mesclas de habilidade, trabalho em equipe e velocidade asseguraram que Shade não iria a lugar algum até eles decidirem libertar seus braços. Como era comum para Shade, assim que ele superasse seu recente humor melancólico – seu divórcio era o culpado – ele ficaria feliz em juntar-se a eles na diversão e aproveitá-la. Ele riu quando um segundo fio de pisca pisca foi usado para segurá-lo na cadeira pela cintura. Estava correndo perigo de hiperventilar com as gargalhadas quando Kelly encontrou alguns fios prateados brilhantes no saco e envolveu-as em seu pescoço várias vezes. - Agora você não tem chance além de entrar no espírito de Natal. - Owen disse. - Nada mais de desgosto fingido para você. *Shibari é um verbo japonês que significa literalmente amarrar ou ligar e é usado no Japão para descrever o uso artístico na amarração de objetos ou pacotes. Surgiu no Japão feudal, era aplicado pela polícia local e pelos samurais com dois objetivos principais: imobilizar a vítima e colocá-la em uma postura de submissão e humilhação. Á partir de 1960, teve uma revitalização erótica.
  • 16. Rindo com o espetáculo de ver o membro mais indiferente da banda estar amarrado, parecendo uma árvore de Natal abominável, Adam adicionou ás festividades uma canção natalina dedilhada em sua guitarra. “No primeiro dia de Natal meus amigos me deram, a decoração de Shade como árvore.” - Cale a boca! - Shade gritou , mas ele estava rindo descontroladamente para que alguém pudesse levá-lo a sério. Kelly encontrou uma estrela espalhafatosa para o topo da árvore no saco. Antes que ele pudesse adicioná-la a árvore deles, Gabe arrebatou-a de sua mão e a colocou sobre a cabeça de Shade. Enrolou um cordão de pisca pisca sob o queixo dele e, em seguida, em torno da estrela para segurá-la firme em cima da cabeça de Shade. Aparentemente, Gabe desistira de ler seu livro Fricção e A Física da Foda ou seja lá qual fosse o nome. Nenhum deles conseguiu resistir a mexer com Shade. Ele trabalhava tão duro para ser legal no palco e em público. Ás vezes, tinham que lembrá-lo que ainda podia agir como uma criança e ter alguma diversão estúpida quando não havia ninguém importante observando. Gabe encontrou um pacote de lâmpadas de vidro azul no saco de enfeites de Owen e balançou-os perto dos fios de luz na virilha de Shade. - Não me dê bolas azuis, Force. - Shade disse com sua voz profunda e autoritária que fazia seus roadies temerem por suas vidas. Owen riu. Adam adicionou à sua música “ No segundo dia de Natal meus amigos me deram, a decoração de Shade como árvore com duas bolas azuis”. - Eu vou lhes dar bolas azuis quando socá-los. - Shade disse. - Você não deve ameaçar as pessoas quando não pode revidar. - Adam falou. - Vamos acendê-lo. - Owen disse, esperando que Shade e Adam não voltassem a entrar em outra discussão irritante. Kelly localizou a fonte de luz e ligou o cabo na tomada atrás da cadeira. Gabe conectou a estrela por dentro de um dos fios de pisca pisca.
  • 17. Quando as luzes multicoloridas começaram a piscar e lançar manchas brilhantes em todas as suas tatuagens, corpo atarracado e nos óculos escuros usados pelo vocalista, todos caíram na gargalhada. Owen pegou o celular no bolso. - Ok, veja o que está acontecendo, Facebook. - Não se atreva. - Shade falou, o sorriso desvanecendo e a boca aberta em exasperação. Oh, Owen se atrevia. Ele até mesmo deu uma legenda a singela imagem – Todos Vestidos Para o Natal, Sem Nenhum Lugar Para Ir. - Ei, caras? - O motorista deles, Tex, chamou da frente do ônibus. - Nós vamos ter que encostar em breve. A neve está caindo tão forte que eu não posso ver a estrada. É melhor estacionar até deixar de nevar ou até passarem um limpa-neves. Neve! Oh sim. Um complemento perfeito para o vestuário natalino de Shade. - Encantador! - Owen disse, sorrindo para Kelly, que rapidamente captou seu mais novo plano nefasto. - Shade está abatido. - Kelly disse. - Mais neve. - Owen disse. - É igual a um projeto que pode ser divertido. - Gabe disse. - Seus fudidos, vocês não iriam se atrever. - Shade disse, tentando se inclinar para fora da cadeira, mas descobrindo que, em primeiro lugar, estava preso em grande parte por sua complacência por ter se deixado amarrar, e agora não tinha escolha a não ser ficar parado. Owen sorriu e ajeitou seu gorro de Papai Noel. - Nós não vamos?
  • 18. Capítulo 3 Lindsey estreitou os olhos para a estrada escura à sua frente. Os limpadores raspavam ritmicamente através de seu campo de visão para manter a espessa neve afastada, mas tudo que ela fitava eram as lanternas vermelhas brilhantes na traseira do ônibus de sua banda favorita. Com ou sem tempestade, não desistiria agora. Havia sido um golpe de sorte que o ônibus do Sole Regret tivesse manobrado na frente de seu carro quando ela deixava o auditório depois do show beneficente. Em vez de pegar o caminho adequado para casa, ela continuara a seguí-los para o leste da cidade, através do deserto e até as montanhas. Ali no meio do nada era escuro como breu e o que começara como algumas rajadas, agora estava se tornando uma nevasca. - Está ficando muito ruim. - Vanessa disse do banco do passageiro. Nós deveríamos ter ido para casa em vez de seguir o ônibus deles. Quanto mais longe vamos, pior essa merda fica. Você ainda consegue ver a estrada? - Sim, estou acostumada a dirigir na neve. E eles terão que parar em algum momento. - Lindsey disse. - Quero encontrá-los e agradecer por ajudarem a família Carlisle. Vanessa riu entre dentes. - Puta merda, garota. Você quer é trepar com eles. Lindsey mordeu o lábio. - Sim, eu quero – com todos os cinco – mas apenas conhecê-los será uma experiência orgâsmica suficiente. O motor rugiu quando os pneus dianteiros perderam o controle e rodaram na neve escorregadia e molhada. O carro derrapou ligeiramente, antes de encontrar um melhor trecho de asfalto e voltar para pista. Vanessa estava agarrada ao painel com suas longas unhas vermelhas.
  • 19. - Garota, você e essa sua vagina com tesão vão nos levar pra morte. - Está tudo bem! - Lindsey disse e riu. - O carro está bem. Mas a vagina ainda está com tesão. Deus, aqueles caras estavam gostosos no palco. - Estremeceu com a simples lembrança da sexualidade gritante deles. Apenas vê-los tocar a deixara molhada e dolorida entre as pernas. - Isso não é mentira. - Vanessa falou. - Pena que todos eles são brancos. - Assim que você ficar com um branco, vai ver que está tudo certo. - Ela deu de ombros. Vanessa riu. - Garota, você é demais. - Você sabe que me ama. - Lindsey disse. Elas eram melhores amigas desde o ensino fundamental e vinte anos depois, ainda faziam tudo juntas. Bem, quase tudo. - Você tem sorte de eu não roubar seu carro e nos tirar desta maldita montanha. - Vanessa falou. - Isso é tudo conversa, Nessi. Você sabe que também quer conhecê-los. - Talvez um pouco. - Lindsey podia ouvir o sorriso na voz de Vanessa. Elas gostavam de provocar uma a outra e fingir que eram tão diferentes nas atitudes como na aparência, mas elas realmente tinham quase tudo em comum – incluindo o gosto musical e os homens. O pisca da direita no ônibus à frente começou a piscar. Lindsey viu a placa para uma parada panorâmica e ligou seu pisca para seguí-los. Finalmente, essa era sua chance. Assumindo que eles não achariam que ela era louca de pedra por seguí-los por cento e treze quilômetros numa tempestade de neve para cair curvada a seus pés. O ônibus manobrou até parar e Lindsey estacionou atrás dele. Deixou o carro funcionando, os limpadores trabalhando pesado para manter os flocos brancos e macios fora do para-brisa. O coração dela batia mais e mais rápido com o
  • 20. pensamento de sair do carro, bater na porta do ônibus e oferecer seu corpo para qualquer um que a quisesse. - Você vai amarelar, não é? - Vanessa falou. - Não, só estou pensando em como me aproximar deles. - Ela mal conseguia ver Vanessa revirando os olhos no brilho das luzes do painel. - Seja o que for. Você diz que eu sou só conversa. Você pensa que tem a coragem de invadir o ônibus para chupá-los, mas querida, eu te conheço. Você não é uma puta. - Eu sou três vezes mais puta do que você, vaca. Vanessa riu em silêncio. - O que você está dizendo, que é uma puta ao cubo? Lindsey gargalhou. - Sim, quando se trata de algum membro do Sole Regret, eu sou uma puta ao cubo. - Assim como quando lhe faziam cócegas, ela não conseguiu parar de rir por vários minutos. Teve que enxugar lágrimas dos olhos com os polegares. - Deus, nós somos bregas. Não me admira que não conseguimos prender namorados decentes? - O que eles estão fazendo? - Vanessa perguntou com a atenção agora fora do carro. A cabeça de Lindsey girou e seu coração quase parou. O baixista, Owen acabara de se lançar pela porta aberta do ônibus sobre o vulto escuro do guitarrista, Kellen. Kellen, que inexplicavelmente estava sem camisa em uma nevasca, virou-se para um banco de neve e apanhou um punhado. Eles começaram a embalar os flocos macios em uma grande bolsa. Owen pegou seu gorro de Papai Noel da neve e mergulhou para se proteger atrás da frente do ônibus. Uma bateria de bolas de neve voou de seu esconderijo e acertaram Kellen no peito. Ela teve um vislumbre de um moicano vermelho e preto logo acima do gorro de Owen.
  • 21. - Gabe também? - Adam está se esgueirando por trás. - Vanessa disse, apontando para a sombra escura no canto atrás do ônibus. - O único que falta é o gostosão do bando. - Shade? - Tenho certeza que ele é muito fresco para essa besteira infantil. - Vanessa abriu a porta do carro. - Certo, covarde de merda, você nós trouxe por todo esse caminho para darmos uma checada neles, então podemos muito bem ir falar com eles. - O quê? Espera! Nós não vamos fazer. Vamos apenas ir pra casa. Mas Vanessa já tinha saído do carro e fechado a porta. Lindsey respirou fundo, desligou o carro, guardou as chaves no bolso e, então saiu para a tempestade de neve desorientadora. Tendo Vanessa ao lado dela, Lindsey podia matar dragões, nadar no Mar Mediterrâneo, ou até mesmo conversar com uma estrela do rock. Vanessa já estava trocando um aperto de mãos com o guitarrista da banda, Adam. Ele era quem tinha estado mais próximo, mas Lindsey queria Owen. Ou Kellen. Ou Owen e Kellen. Então se dirigiu para onde acontecia a épica batalha de bolas de neve. Com o coração trovejando no peito, o estômago um pouco enjoado e os joelhos trêmulos, Lindsey parou atrás de Kellen e estava prestes a bater-lhe no ombro, que era decorado com uma tatuagem incrívelmente real de uma puro sangue preto empinando, quando, de repente, ele se abaixou. Rápido – como um ninja. Uma enxurrada de bolas de neve atingiu Lindsey no rosto, pescoço e peito, pegando-a tão desprevenida que ela só ficou parada lá, e tomou cada uma delas com força total. - Oh merda! - Alguém disse. - Por que você desviou, Kelly? Uma mão muito grande, maravilhosamente forte começou a remover neve de seu rosto? - Você está bem? Estava de repente, olhando para o rosto lindo, de traços fortes de Kellen
  • 22. Jamison. - Agora estou. - Ela sussurrou. Capítulo 4 Kellen estremeceu com a equimose sob o olho direito da moça atraente. - Isso deve ter doído. - Ele disse, esfregando suavemente a marca com o polegar. - Hum... - Ela disse. Ele sorriu. Podia ver que ela sabia quem ele era. Ela tinha estrelas brilhando no olhos que ele conhecia tão bem. - Eu sou o Kellen. - Ele falou. - Sim. - E você seria? - Ela tinha os maiores olhos azuis que já vira. Ele ficava caidinho por um olhar inocente em olhos arregalados e se os olhos dela ficassem ainda maiores, eles provavelmente cairiam fora de sua cabeça. - Hum... - Ela piscou e, em seguida, fez uma careta, como se sofresse de amnésia. - Lindsey! - Outra mulher apareceu correndo e começou a tirar neve do suéter de Lindsey. Ele atingiu o peito de Kellen, mas ela pareceu não notar. - Oh meu Deus, garota, o que você estava pensando? Você podia ter sido morta. - Não acho que bolas de neve são letais. - Ele disse. O olhar que a amiga de Lindsey lhe deu poderia ter derretido a neve de toda a montanha. - Que tipo de maluco bombardeia uma pobre mulher indefesa com bolas de
  • 23. neve? - A mulher disse, agora lançando a neve do peito de Lindsey como uma metralhadora. Indefesa? A única coisa que fazia o sangue de Kellen correr mais quente nas veias, do que um olhar inocente em grandes olhos, era uma mulher indefesa. Amarrada por baixo dele. Com as pernas bem abertas. A buceta aberta e exposta para ele banquetear-se. Sua boca ficou seca quando imagens de sua convidada esparramada na cama do ônibus passaram por sua cabeça. Será que seus olhos ficavam mais largos quando ela gozava ou fechavam bem apertados? Droga, ele não estivera com nem um pouco de tesão dois minutos atrás, mas agora seu pênis estava totalmente ereto e apertado contro o zíper. Isso teria que ser remediado. Lindsey era exatamente seu tipo. Feliz Natal pra mim. Owen andou devagar até a amiga de temperamento esquentado de Lindsey e ajudou-a a limpar a neve de seu alvo acidental. Ao invés disso ajudar Lindsey, as mãos de Owen sobre ela fizeram-na tremer incontrolavelmente. - Você deve estar congelando. - Ele disse. - Não quer entrar e se secar? Nós temos toalhas. E acho que chocolate quente. - Owen virou-se em direção à porta aberta do ônibus. - Tex! Faça a porra de um chcolate quente! A amiga de Lindsey apontou para o carro parado atrás do ônibus. - Nós provavelmente deveríamos ir... - Suas palavras foram interrompidas quando Lindsey cobriu a boca da mulher com uma mão. - Sim, obrigada. - Lindsey disse. - Serei a única responsável por congelar até a morte se não sair desse suéter molhado. - Lindsey olhou de volta para o carro pequeno. Além da mancha verde esmeralda no capô sobre o motor quente, o carro inteiro já estava branco com uma camada de neve. - E não acho que é seguro dirigir nesse tempo. Piscou para Kellen, com flocos agarrando-se a seus longos cílios, e Kellen decidiu que teria arrancado o motor do carro e jogado do penhasco para impedí-la
  • 24. de partir. E se ela quisesse Owen, bem, nunca tivera problemas em compartilhar. Contanto que ele pudesse comer a delícia suculenta entre as coxas dela, antes de Owen por mãos à obra, Kellen ficaria satisfeito. Só queria saboreá-la. Toda mulher tinha um gosto diferente e ele era perito em bucetas. Não conseguia se fartar. Podia lambê-las, sugá-las, beijá-las e mordiscá-las por horas. Até que ela implorasse por piedade. Owen pegou Lindsey pela mão e puxou-a para o ônibus, quebrando o feitiço que ela tinha sobre Kellen. - Vamos deixá-la aquecida. - Owen disse. - Sim. - Kellen murmurrou para si mesmo. - Vamos fazer isso. Capítulo 5 Oh Meu Deus! Oh Meu Deus! Oh Meu Deus! Oh Meu Deus! No momento, essas eram as únicas palavras que foram capazes de ficarem se repetindo na cabeça de Lindsey. Ela estava realmente ali. Meu Deus! E Kellen tinha tocado sua bochecha e olhado para ela como se quisesse fodê-la. Meu Deus! E Owen estava segurando sua mão e apoiando-a para subir as escadas do ônibus do Sole Regret. Meus Deus! E Shade estava amarrado a uma poltrona, piscando com luzes multicoloridas, e parecendo fora de si. - Meu Deus! - Ela gritou e caiu na gargalhada. Lindsey cobriu a boca com uma mão, enquanto tentava compreender o que estava vendo. Bem, quem tivesse transformado Shade Silverton em uma árvore natalina shidari bondage devia ser cem por cento hilário. E as duas bolas de Natal azuis penduradas ao nível da
  • 25. virilha? Impagável. - Nós temos convidadas. - Owen disse para Shade enquanto conduzia Lindsey além dele. - Torne-se apresentável. - Porra, me desamarre. - Shade exigiu, esticando os músculos salientes contra os intrincados fios de luzes entrecruzados. Uma corda feita com uma guirlanda prendia os dois braços do pulso ao cotovelo. - Não se atreva a desamarrá-lo. - Um homem que ela não reconheceu, disse da área da cozinha. Estava derramando chocolate quente em mais de meia dúzia de canecas. - Ele precisa recuperar seu senso de humor. Aquela vadia, Tina, com certeza fez um estrago nele. - Esses malditos me amarraram. - Shade grunhiu entre os dentes cerrados. - Oh... - Vanessa disse da frente do ônibus. - Céus. Ela provavelmente pensou que ver Shade amarrado a uma cadeira fosse sexy, independentemente das luzes multicoloridas piscando e a estrela ligeiramente torta na cabeça. Owen parou no final do corredor e abriu uma porta estranhamente estreita. Puxou uma toalha e estendeu-a para Lindsey. Ela deu pancadinhas para secar a neve derretendo em volta do pescoço. Estava começando a derreter e escorrer entre seus seios, mas o frio não tinha nada a ver com o quão duro seus mamilos estavam. O aroma doce e almiscarado da colônia de Owen e o olhar travesso em seus olhos azuis eram totalmente responsáveis por isso. Uma mão pousou na base de sua coluna e ela não precisou olhar por cima do ombro para saber que Kellen estava parado diretamente atrás dela. Esse suave, porém dominante toque provocou o pulsar em sua calcinha. - Você gostaria de trocar seu suéter? - A voz profunda e calma de Kellen fez suas pálpebras tremularem. Ela gostaria de arrancá-lo do corpo e incendiá-lo, era isso que queria fazer. Isso lhe daria uma boa desculpa para ficar seminua na presença de estranhos. Exceto
  • 26. que eles não pareciam estranhos. Sentia como se conhecesse toda a banda. E definitivamente queria conhecê-los melhor ainda. Especialmente o homem em frente a ela e o outro atrás dela, que a faziam se sentir como o pedaço de queijo fino a ser derretido entre dois pedaços de pão torrado quentes. - Lindsey? - A voz de Kellen tirou-a de sua fantasia. Ele sabia o nome dela. Iupiiiii! - Hum, sim. - Ela disse, esperando que sua voz não entregasse seu entusiasmo em ficar nua. - Você tem algo que eu possa trocar por esse? Nada, por exemplo. Owen abriu outra porta no fim do corredor e entrou em um quarto. Lindsey o seguiu sem hesitação. Quando a porta se fechou atrás dela, não precisou se virar para saber que Kellen entrara no quarto também. Podia sentir sua presença atrás dela. - Você estava nós seguindo, não é? - Owen perguntou. Seu rosto ardeu. Supôs que tivesse ficado bastante óbvio. - Minha amiga e eu estávamos no show beneficente e acabamos atrás do seu ônibus. Quando vimos que encostaram, pensamos que talvez, pudéssemos conhecê-los. - Isso não era mentira. - E como você imaginou que iria nós conhecer? - Kellen perguntou. Pai Amado, o homem tinha uma voz deliciosa. E também era bom de se olhar, mas o mero timbre da voz era suficiente para fazê-la querer tirar a calcinha. Querer obedecê-lo, apesar dele não ter pedido nada. - Bem, eu não achava que acabaria atacada por bolas de neve. - Ela falou e riu. Sua risada morreu quando o corpo duro de Kellen roçou-a por trás. Sua respiração parou na garganta e as pálpebras tremeram até fechar. Naturalmente, seu corpo inclinou-se contra o dele. Ele era tão firme. Forte. Sua pele fria. E ela sentiu o enorme volume de sua ereção contra sua bunda. Oh Meu Deus! - Kelly tem uma queda pelo seu tipo. - Owen disse. - Sim, eu tenho. - O hálito quente de Kellen agitou algumas mechas de cabelo
  • 27. úmido contra sua orelha e seus joelhos ficaram fracos. Uma das mãos dele espalmou-se contra sua barriga para impedí-la de deslizar para o chão. - O que você quer fazer com ela, Kelly? - Eu quero amarrá-la e comer sua buceta. Depois que eu terminar e ela achar que não será possível gozar outra vez, quero ver você transar com ela, Owen, e provar que ela estava errada. - Sua mão deslizou até as costelas, parando um pouco antes de cobrir seu seio. - Foi isso que você tinha em mente quando nos seguiu até essa montanha, Lindsey? Ela tentou puxar ar, mas estava tão tonta, que seu cérebro não funcionou corretamente. Ele acabara de dizer isso? Ou estava sofrendo de hipotermia em seu carro e tendo alucinações? Mas aquela protuberância em sua bunda parecia bastante real. Kellen mordeu sua orelha e todo seu corpo estremeceu. - Responda minha pergunta. Ela abriu os olhos. Owen estava remoendo o lábio inferior esperando sua resposta. - Não. - Sussurrou numa voz trêmula. Owen franziu o rosto em decepção e, em seguida, olhou por cima de sua cabeça para ver Kellen. Ele deu um passo para trás, mas Lindsey inclinou-se para puxá-lo contra ela novamente. - Isso é muito mais do que eu esperava conseguir. - Ela disse. - Mas eu quero vocês. Os dois. Para fazer exatamente isso. E muito mais. - Tem certeza. - Kellen disse, a voz profunda trazendo todos os tipos de comichões para sua coluna. - Sim. - Assim que eu tiver você amarrada, você não será capaz de escapar. Seu coração trojevou no peito. O que fariam com ela quando estivesse
  • 28. totalmente indefesa? Mal podia esperar para descobrir. - Entendi. - Kellen sabe o que está fazendo. Ele vai parar se você estiver em perigo. - Owen falou. - Você vai estar a minha mercê. - Kellen sussurrou. - Serei capaz de fazer o que eu quiser com você. Ela gemeu. - Saber disso faz você ficar com medo? - Kellen perguntou. - Você estava tremendo porque está com medo de que nós vamos te machucar? - Não. - Sussurrou. - Estou tremendo porque estou tão excitada que estou prestes a gozar. As mãos frias de Kellen deslizaram sob o suéter dela e levantaram-no para expor a barriga. - Faça ela tremer, Owen. Owen curvou-se para beijar, sugar e mordiscar sua barriga. Faíscas de prazer dançaram através de sua pele. Instantaneamente, ela foi reduzida a uma massa trêmula. O homem tinha uma boca incrível. Seu suéter passou por sua cabeça e, então as mãos fortes de Kellen cobriram seus seios. Ela amaldiçoou o sutiã, querendo as palmas das mãos frias contra seus mamilos nus. Eles se esticaram para as mãos que a acariciavam por cima da roupa intíma, buscando o prazer oferecido por ele. Uma batida soou na porta. Lindsey se contraiu. - Ei, Kellen. - Uma voz com um forte sotaque do Texas chamou do outro lado da porta fechada. - Nós vamos deixar para depois o chocolate quente, Tex. - Kellen disse. - Esse não é problema. Essa garota aqui fora estava tentando ajudar Shade a desamarrar-se e acho que ela conseguiu cortar a circulação de seu pau e de uma das pernas.
  • 29. Kellen soltou um suspiro pesado e deixou cair as mãos. Lindsey abafou um soluço de protesto quando seu calor desapareceu de suas costas. - Voltarei em um minuto. - Ele disse. - Owen, quero que ela esteja pronta para mim quando eu voltar. - Ela vai estar. Lindsey não entendeu o que nenhum dos dois quis dizer, mas esperava que deixá-la pronta envolvesse mais da boca de Owen em sua pele. A porta fechou quando Kellen saiu do quarto. Owen sorriu para ela e ela não pode deixar de sorrir de volta. O homem era bonito, sexy e evocava um sentimento de alegria quando olhava para ele. Tinha certeza que não era devido ao gorro de Papai Noel, que ele ainda usava, mas definitivamente estava sentindo o espírito do Natal. - Então, o que foi que o Kellen quis dizer com me deixar pronta? Porque já estava excitada – sua vagina estava quente, molhada e escorrendo. Estava com tesão desde que Owen entrara no palco algumas horas atrás. E enquanto cada membro da banda entrava no palco a seu tempo, a intensidade de seu desejo tinha aumentado exponencialmente. - Uma vez que Kellen tem um plano de ação, ele não perde tempo. Ele quer você nua, molhada e alongada. Seu queixo caiu e ele gargalhou. - O quão flexível você é, Lindsey? - Ele perguntou. Kellen podia ser aquele que parecia estar no comando, mas estava começando a acreditar que Owen era mesmo o verdadeiramente malvado.
  • 30. Capítulo 6 Kellen se encolheu quando viu o que a pequena ajudante de Shade fizera com a trama intrincada de nós que ele e Owen tinham feito para amarrar o vocalista de sua banda. Fora um desafio fazer o padrão funcionar com as pequenas luzes atrapalhando, mas se a pessoa não sabia o que estava fazendo quando restringia ou libertava alguém, uma série de danos poderia ser feito a pontos sensíveis na pele da pessoa. Felizmente, o corpo de Shade era mais firme do que suave, porém não havia nenhum jeito de Kellen conseguir desfazer essa confusão. A arte da desvinculação requeria quase tanta prática quanto a sequência necessária para amarrar alguém devidamente. - Você fez essa bagunça? - Kellen perguntou a linda garota negra que retorcia as mãos à beira das lágrimas. - Não perca tempo achando um culpado, só me tire disso. - Shade disse. Kellen desligou o cabo da tomada. - Gabe, me dê uma faca. Nós vamos ter que cortá-lo... Antes que Kellen pudesse terminar seu pensamento, a garota lançou-se no colo de Shade e praticamente sibilou para ele recuar. Teria rido de suas tentativas de proteger um cara tão grande e musculoso, se Shade não corresse perigo de formar coágulos sanguíneos e danos nos tecidos deviso à falta de fluxo de sangue. - Eu vou ajudá-lo. - A mulher insistiu. - Não o corte. - Ele não vai cortar Shade. - Gabe disse com uma sacudida exasperada de cabeça. - Ele vai cortar os fios. Agora saia, Kellen precisa ver o que está fazendo. Gabe colocou uma faca na mão de Kellen e tão logo a salvadora de Shade saiu do caminho, olhou para o ponto inicial no projeto original de Owen. Cortou um cabo perto do ombro esquerdo de Shade e outro logo abaixo do esterno. Com esses fios soltos, Shade respirou aliviado. Kellen entregou a faca de volta para Gabe.
  • 31. - Você pode terminar de soltá-lo. - Como eu vou saber como fazer isso? - Gabe falou. - Você não é o cérebro desta operação? - Não em coisas assim? - Bem, veja se consegue soltar os braços dele. - Kellen disse para Gabe. Não queria perder mais tempo ali fora com esses caras quando tinha exatamente o que queria no quarto do ônibus. E ela estava sozinha com seu encantador melhor amigo. - Basta começar pelo último nó e seguir para os outros. Pense nisso como um quebra-cabeça. - Eu não vou desamarrar ele. - Gabe falou. - Você vai. - Eu faço. - A amiga de Lindsey ofereceu. - Qual é o seu nome? - Kellen perguntou a ela. - Vanessa. - Vanessa, você promete que vai ser paciente e não bagunçar os fios enquanto os desamarra? - Prometo tomar cuidado com os fios. - Ela disse. - Mas há algo nas calças dele que eu gostaria de bagunçar. - Começou a rir quando os olhos de Kellen se arregalaram de espanto. - Então, vou deixar para você. - Kellen falou. - Ele tem estado muito irritadiço. Talvez chupá-lo na frente de uma platéia vai animá-lo. O queixo de Vanessa caiu. Kellen decidiu que ela não estava acostumada a homens contrariando suas declarações bizarras com as suas próprias. Seus olhos escuros observaram a porta do quarto. - Você tem que ser bom para a minha Lindsey. - Ela falou. - Oh, vou ser bom para ela. - Kellen prometeu. - Mas não se assuste quando ela gritar.
  • 32. Capítulo 7 Assim que Kellen saira para salvar Shade de sua salvadora desastrosa, Owen fechou a porta e virou-se para Lindsey. Ele sabia que Kellen podia ser um pouco assustador para quem não o conhecia. Estava meio que feliz por ele ter precisado se afastar por um momento para que pudesse falar com Lindsey num nível mais pessoal. Queria que ela fosse capaz de relaxar. Sua respiração acelerada o levaram a acreditar que ela estava mais nervosa do que deixava transparecer. Sabia por experiência própria quão excitante podia ser, para quem não tinha tabus, foder com um desconhecido, mas também podia ser um pouco estranho e assustador. Especialmente em uma situação onde a mulher era compartilhada por dois caras desordeiros. - Não quero que você se sinta como se tivesse que fazer algo que não queira. - Owen disse, puxando o gorro de Papai Noel e tentando alisar o cabelo no lugar. Esquecera que ainda estava usando o acessório festivo. E Papai Noel não traria nada como os presentes que estava prestes a conceder a doce Lindsey. - Você está brincando? - Ela disse com uma risada. - Você não tem ideia do tipo de pensamentos sujos que eu estava tendo enquanto observava você no palco. - Sim, bem, somos apenas um bando de caras normais, que calharam de fazer música que muitas pessoas gostam. - Vocês também são todos muito gostosos. Owen sorriu. Nunca se cansava dos elogios que afagavam seu ego. Ás vezes, se perguntava como vivera sem eles antes da fama ter batido a sua porta. - Você também é muito gostosa, Lindsey. Ela se aproximou, até estar parada bem em frente a ele. Seus seios suculentos estavam a centímetros de roçar seu peito. Ele estava bem ciente de que Kellen lhe instruíra a deixá-la preparada, e provavelmente, esperava encontrá-la nua e
  • 33. alongada para à submissão, mas Owen necessitava de alguns minutos para conhecer uma garota antes de despí-la e ir direto ao assunto. Apenas um minuto. - Então, Lindsey, o que você faz para viver? - Trabalho num banco de investimentos. Bem, na verdade, apenas comecei. Primeiro trabalho fora da faculdade. Eu meio que sou péssima nisso até agora. Não tenho bons instintos quando se trata de escolher ações. - Imaginei que com um corpo como o seu, você fosse modelo. Ela levantou uma sobrancelha para ele. Como se não estivesse comprando sua conversa. Hora do plano B. - Por que você seguiu o ônibus hoje à noite? - Tenho uma lista “Foda-o”. Você sempre esteve no topo dela. - Uma lista “Foda-o”? - Sim, minha amiga, Vanessa, e eu fizemos uma lista dos três caras com quem mais gostáriamos de foder. Na minha tem você e Kellen, e algum jogador de futebol que não consigo lembrar o nome no momento. - Estou antes de Kelly na sua lista? Olha que sei quanto ele deixa as garotas selvagens. Suas bochechas ficaram rosas. - Ele está saindo da segunda posição. Está quase num empate. - Bem, só para você saber, Kellen não vai transar com você. - Owen disse. As sobrancelhas de Lindsey se juntaram. - Não foi por isso que ele me convidou para vir aqui? Owen sacudiu a cabeça. - Não. Não estou dizendo que ele não vai tocar em você, mas quando se trata do ato em si, ele nunca vai tão longe. Ou não tinha desde que Sara morrera. Todas as garotas que à primeira vista faziam o sangue de Kellen correr acelerado, tinham de parecido os mesmos olhos azuis inocentes de Sara. Owen se perguntava se Kellen percebia o quão
  • 34. transparente ele era. O queixo de Lindsey voltou a cair. - Ele é virgem? Owen gargalhou. - Bem, eu não o chamaria de virgem. Ele é apenas muito seleto com o local onde coloca seu pau. - Sorriu-lhe. - Mas não a língua. Lindsey estremeceu. - Eu, por outro lado, vou te foder totalmente. - Graças a Deus. - Ela deu uma risadinha. - Assim, nós vamos fazer isso agora ou vamos esperar por Kellen. - É um longo ritual para ele, você sabe. Pensei que talvez gostasse de conversar um pouco. Ele fica bem intenso. - É um ritual? - Ela lançou um olhar a porta. - Assim, o que você quer dizer? Eu não sou virgem se ele está pensando que eu daria um bom sacrifício aos deuses. Owen balançou a cabeça. - Não. Nada desse tipo. Ele pensa que sexo é algum tipo de conexão espiritual com a terra. Que o corpo é a porta de entrada para a alma de uma pessoa. Que a conexão correta entre duas pessoas durante o sexo pode se tornar uma experiência religiosa. É por isso que ele não vai tão longe. É muito mais pessoal para ele do que para a maioria dos caras. - Foi parcialmente uma maneira de proteger o coração ainda ferido do amigo das perguntas que Lindsey poderia fazer. - Você acha esquisito? Porque se essa garota criticasse Kelly de qualquer forma, ele iria mostrar-lhe seu carro coberto de neve em um instante. - Não esquisito. - Ela disse. - Interessante. Assim, se uma mulher fosse fazê-lo foder com ela... - Acho que ele a amaria para sempre. - Owen soltou um riso abafado. - Não crie muitas esperanças, boneca. Ele ainda não está pronto para o amor. Embora, nós
  • 35. faremos você se sentir maravilhosa. Lindsey colocou as palmas das mãos em seu peito e olhou-o. - Estou pronta para o que quer que seja que vocês tenham guardado para mim. Rodeou as costas dela com ambas as mãos e puxou-a para frente para segurá-la firmemente contra o peito. Se corpo inteiro estava tremendo. Como suspeitava, ela era muito mais confiante com palavras do que ações. Owen acariciou gentilmente suas costas e roçou beijos suaves na testa. Quando Kellen retornasse não haveria tempo para a ternura e embora seu arranjo com Kellen fizesse suas bolas palpitarem só de pensar nisso, gostava de ter um pequena conexão com suas parceiras de cama antes de ficar nu. Lindsey esfregou o rosto em sua garganta, seus lábios encontrando o ponto pulsante sob a pele. Depositando um beijo molhado puxou a pele sensível na boca, a sensação disparando direto para suas bolas. Ok, ele admitia. Isso não demoraria em seduzí-lo. Os seios macios de Lindsey estavam aquecidos contra seu peito. - Posso tirar sua camiseta? - Ela perguntou. - Quero sentir sua pele nua contra a minha. - Ela não tirou os olhos dos seus enquanto esticava a mão em direção a bainha da camiseta. “Owen”, ela murmurrou. Tirou sua camiseta e soltou um suspiro animado quando seu olhar vagou do peito tatuado para as argolas em cada mamilo. - Seu corpo é ainda mais gostoso do que eu imaginei. Owen sorriu. Ao contrário de Kellen, ele usava uma camiseta a maior parte do tempo, mas trabalhava tão duro quanto o amigo para manter seus músculos malhados e esculpidos para as damas. Lindsey grudou-se em seu peito. O calor de sua pele impregnou seus pensamentos até que tudo em que podia pensar era em carne quente, macia e feminina, e enterrar-se até as bolas, profundamente dentro dela. Ele espalmou as palmas das mãos contra suas costas e puxou-a contra si, de modo que os seios fartos ficassem pressionados em seu peito. Kellen iria pirar quando visse como ela era bem fornida. Ele transformaria seu corpo numa obra de arte, não importava sua
  • 36. forma ou tamanho, mas os dois gostavam da forma como as cordas pareciam quando elas se cravavam em um par farto de tetas. O que estava fazendo Kellen demorar tanto tempo assim? Owen começou a massagear as costas de Lindsey, trabalhando seus músculos até ela derreter como manteiga contra ele. - Acho que Kellen quer me ajudar com essa parte. - Owen falou. - Com que parte? - Lindsey ergueu a cabeça para olhá-lo. Ela parecia tranquila. Não estaria assim por muito mais tempo. - Preparar seu corpo. - Oh, meu corpo tem estado preparado desde o momento que você caminhou para o palco essa noite, Owen. Ele riu baixo em sua garganta. - Honestamente, eu dúvido disso. A maçaneta da porta girou e Owen deu um passo atrás, levando Lindsey mais para dentro do quarto com ele. Kellen sorria quando fechou a porta atrás de si. Capítulo 8 Lindsey certamente tinha morrido e ido para o céu. Não só estava seminua nos braços de Owen Mitchell, como Kellen Jamison acabara de entrar no quarto olhando-a como se ela fosse sua festa de Ação de Graças. Era muito doce da parte de Owen tentar fazê-la se sentir confortável com o que estava prestes a acontecer entre eles, mas sinceramente não tinha por quê. Estivera falando sério sobre ele estar no topo de sua lista. E Kellen sempre estivera em segundo, mas agora que
  • 37. estavam todos juntos no quarto do ônibus, percebia como fora míope. Estavam os dois em primeiro ao mesmo tempo. E isso era o auge do prazer sexual. Será que iria sobreviver ao simples pensamento de estar com os dois? Mesmo que Kellen tivesse uma maneira incomum de pensar em sexo, estava mais do que disposta a ver no que esse ritual implicava. - Pensei que você já fosse estar mais à frente. - Kellen disse. Moveu-se para ficar atrás de Lindsey. Quando a pele fria de seu peito pressionou contra suas costas nuas, ela não se incomodou em sufocar um gemido de êxtase. Imprensada entre os dois homens mais gostosos com quem já tinha se atrevido a fantasiar, teve certeza de que morrera e fora para o céu. As mãos de Kellen moveram-se entre a barriga de Lindsey e Owen. Ele acariciou sua pele com dedos longos e fortes. Os mesmos dedos que usava para fazer as seis cordas da guitarra cantar, deixaram sua pele formigando de excitação. Owen deslizava as mãos pelas costas dela com o mesmo cuidado. Kellen segurou seus seios e els estremeceu. - Bonitos. - Ele sussurrou. - Mal posso esperar para criar arte com seu corpo. - Hmm? - Ela murmurrou. Kellen e Owen afastaram-se ao mesmo tempo e ela cambaleou para não desabar ao chão. - Tire a calça para nós, Lindsey. - Kellen falou. Sem a menor hesitação, desabotoou a calça e deslizou para fora dela. Esforçando-se para remover as botas e meias dos pés, decidiu que seria melhor desligar-se completamente do momento de se sentir sem graça ao ficar nua. - Ela tem a forma perfeita para fazer isso. - Owen disse. - Pude dizer isso desde o início. - Kellen disse. Ela parou de frente para eles de calcinha e sutiã e lutou contra o impulso de cobrir-se. Ambos estavam avaliando-a com um interesse entusiasmado. - Vamos tecer no formato de diamantes? - Owen perguntou para Kellen.
  • 38. - Exceto para os seios e a bunda. Vamos por a gaiola neles. - Sobre o quê vocês estão falando? - Lindsey perguntou. - Você disse que estava de acordo com ser amarrada. - Kellen disse. - Não mudou de ideia não é? Ela relanceou para Owen, que estava sorrindo para ela calorosamente e, em seguida, virou-se para olhar Kellen, que tinha uma expressão muito mais intensa. Estava quase animalesco no seu modo de olhá-la. - Não, não mudei de ideia. - Não vai doer. - Owen disse. - Não estou com medo. - Um pouco confusa, talvez. E com mais calor do que sapo em deserto. Mas não tinha medo. - Devo tirar minha lingerie? - Perguntou. Apesar de suas coxas estarem tremendo com o pensamento de ficar inteiramente nua, totalmente exposta diante dos dois homens que idolatrava, sua voz estava surpreendentemente estável. - Owen vai cuidar disso para você. - Kellen disse. - Pegue o óleo. - Ele disse para Owen. - Qual? Kellen a surpreendeu ao envolvê-la nos braços, que agora estavam bastante quentes. Ele inalou profundamente. - Madressilva. - Disse. - Você tem um cheiro incrível. - Ele sussurrou para ela quando Owen começou a vasculhar numa cômoda do outro lado do quarto. - Mal posso esperar para provar seu gozo. Lindsey estremeceu com o pensamento desse homem com a cabeça entre suas coxas. Queria agarrar seu cabelo longo e sedoso com as duas mãos e balançar sua buceta contra o rosto dele. E queria Owen empurrando em sua boca para poder chupá-lo enquanto Kellen a comia. Não teve certeza se eles estavam abertos a sugestões, então simplesmente agarrou-se a esse pensamente e ao peito forte de Kellen até Owen retornar e desabotoar seu sutiã com um movimento cheio de
  • 39. prática. Gemeu quando Owen alcançou as mãos em torno dela e começou a esfregar óleo na pele de sua barriga. Iniciou na parte sensível logo acima do cós da calcinha e movimentou-se para cima, com os dedos esfregando em pequenos círculos, os polegares massageando mais profundamente em sua pele. Um instante depois, Kellen despejou um pouco do óleo de cheiro doce nas mãos e parado diante dela alcançou a parte baixa de suas costas para massageá-la. Trabalharam no mesmo sentido - ambos minuciosos, meticuloso e suaves em sua técnica de relaxar seus múculos. Owen despejou mais óleo nas mãos e cobriu seus seios, massageando-os em círculos. Estava tentada a inclinar-se contra seu peito, mas as mãos de Kellen estavam trabalhando logo abaixo de suas omoplatas e não queria interromper o duplo assalto a seus sentidos. Não conseguia nem abrir os olhos para olhar o espécime magnífico de homem diante de si. Só podia se concentrar na sensação dessas mãos transformando seus músculos em poças encantadas de relaxamento. - Ela tem seios lindos. - Owen murmurrou. Sua respiração agitou o cabelo dela, e apesar do corpo não estar pressionado contra suas costas, podia sentir o calor dele atrás de si. - Eles são. - Kellen disse. - Cada centímetro dela é lindo. Lindsey quis negá-lo. Ultimamente estivera pesando alguns quilos a mais e decididamente sentia-se rechonchuda na maioria dos dias. - A elasticidade da pele dela vai ficar bonita nas suas cordas. - Owen falou. Então eles tinham notado que ela não era magérrima. - Estou ficando duro só de pensar nisso. Owen deslizou as mãos sob as curvas dos seios e ergueu-os. - Vamos ter que encontrar um maneira de manter esses mamilos com um lindo rosa duros. Algo quente e úmido deslizou sobre a superfície do cume tenso de seu seio. Seus olhos arregalaram e a boca abriu, maravilhada. Desceu os olhos para
  • 40. encontrar Kellen lambendo o mamilo como se tentasse capturar o último bocado de um pudim precioso no fundo do copo. Owen acariciou seu seio. Kellen roçou a língua sobre seu cume. Oh Deus. Levantou os braços e enfiou os dedos no cabelo na altura do ombro de Kellen. Eles pareciam seda. Ele inclinou a cabeça para que pudesse olhá-la enquanto lambia seu mamilo macio. Seus olhos era tão escuros, que ficavam quase negros com a pouca iluminação. Atraíam-na até que não pudesse mais desviar o olhar. - Nós definitivamente vamos ter que mantê-los duros. - Kellen disse. - Serão tão bonitos quando estiverem duros. Roçou seu outro mamilo com a língua e todo seu corpo se sacudiu. - Vamos ter que providenciar as argolas. Não tinha ideia do que isso queria dizer, porém argolas, cordas, o que fosse. Ela queria ter cada experiência que esses dois poderiam oferecer a seu corpo. Kellen deu um beliscão afiado com os dentes no mamilo, antes de ajoelhar-se diante dela no chão. Após derramar mais óleo do tubo sobre a cômoda, começou a massageá-la entre as coxas. Sua testa descansou contra seu baixo ventre e ele inalou profundamente pelo nariz. - Deus, baby, já posso sentir o cheiro da sua excitação. - Separando mais as coxas, trabalhou com as mãos cheias de óleo no interior de suas pernas. - Você me quer? - Kellen perguntou. - Sim. - E o Owen? - Sim. Quero os dois. - Você está molhada? - Oh, sim. - Ela sussurrou, sua buceta trêmula de excitação.
  • 41. - Aposto que você é doce. - Ele sussurrou. - Você é doce, Lindsey? Alguma vez já provou a si mesma? - Você não pode prová-la até ela estar pronta. - Owen interrompeu. - Foi por isso que pedi para você prepará-la para mim. - Ele disse. - O quê vocês fizeram enquanto eu desamarrava Shade? - Conversamos. Kellen bufou. - Típico, vai entender. - Eu estou pronta. - Lindsey assegurou. Olhando para o topo da cabeça de Kellen, sentiu seu hábito quente contra seu ventre, os ombros largos, bronzeados e decorados com tatuagens coloridas que se estendiam pelos dois braços até os punhos. Lindsey estava mais do que pronta. Seus fluídos já encharcavam a calcinha e molhavam as coxas. - Ainda não. - Kellen disse. - Mas nós vamos trabalhar rápido. Owen massageou óleo em sua nuca e ombros. Ela não sabia como ainda estava de pé. Inclinando-a para descansar contra ele, esfregou seus braços, enquanto Kellen que continuava ajoelhado, passou o óleo na parte inferior de suas pernas. Ele seguiu a inspirar profundamente e lançar respirações quentes e ofegantes que penetravam sua calcinha. Senhor, só essa sensação já era suficiente para mandá-la flutuando para o nirvana. - Talvez, eu devesse trabalhar os membros inferiores, mano. Acho que você está prestes a perder o controle. - Lindsey. - Kellen disse calmamente. - Vá deitar na cama. Owen afastou a mão com que estava massageando-a tão perfeitamente e deu um passo atrás. Lindsey nem sequer considerou questionar Kellen, muito menos desobedecê-lo. - Remova toda a roupa de cama, exceto o lençol. - Kellen instruiu. - Espere por nós.
  • 42. Ela fez o que ele ordenou, lançando as cobertas azuis cheias de pó ao chão. Esticou-se na cama e observou Kellen e Owen explorando uma pilha alta de gavetas que foram construídas na parede. - Azul? - Kellen disse enquanto abriu uma gaveta. - Como os olhos dela. Owen empurrou a gaveta. - É véspera de Natal. Vamos usar algo mais festivo está noite. - Vermelho e verde? Ele assentiu. - E dourado. Kellen olhou por cima do ombro para Lindsey. - Ela vai ficar espetacular com dourado. Ela não sabia se devia agradecer-lhes pelo complemento, já que não sabia por que eles estavam discutindo cores. Kellen puxou cordas de vários comprimentos da cor verde e vermelho e deixou-os cair no colchão ao lado de Lindsey. - Esta é sua última oportunidade de voltar atrás, Lindsey. - Kellen disse. Seu coração pulou uma batida. Olhou de relance para Owen, que estava revirando os olhos para Kellen. Teve certeza que ele murmurrou, Sr. Drama. Lembrou-se de Owen dizendo que Kellen pararia se ela pedisse. Ele estava apenas tentando adicionar uma certa vantagem a sua experiência. - Não quero voltar atrás. - Ela disse. - Mal posso esperar para descobrir o que você vai fazer comigo. Eles prosseguiram os preparativos. Começaram a formar uma rede de cordas vermelhas, amarrando nós para formar um padrão circular, que lembrou muito a Lindsey um apanhador de sonhos, com um furo no centro da circunferência. Ela não fazia ideia do que eles planejavam fazer até Kellen ajustá-lo ao longo de seu seio esquerdo e cuidadosamente apertá-lo, tornando-a consciente do próprio peito como nunca esteve. Sua pele ficou dividida em seções em forma de diamante pelas cordas. O mamilo sobressaiu através do buraco no centro do design. Owen baixou
  • 43. a cabeça para passar a língua pelo mamilo. Ele endureceu sob sua atenção quando o prazer irradiou em todas as direções. Kellen tensionou a corda mais apertada. O ar explodiu de seus pulmões quando o seio experimentou um milhão de sensações simultâneas, concentrando-se no rápido movimento da língua contra o bico. - Owen. - Ela gemeu. Ele levantou a cabeça e sorriu-lhe. - Vai ter mais. Tão logo Kellen teve ambos os seios vinculados as cordas, Owen pode dedicar sua atenção aos dois mamilos. Eles pararam para admirar seu corpo. - Adorável. - Kellen disse ofegante. - Ponha os braços para o lado. Não os quero bloqueando minha visão de seus peitos lindos. Lindsey foi erguida para a posição sentada. Logo seus braços estavam firmemente presos ao lado do corpo dos ombros aos cotovelos. A tensão da corda ficou toda concentrada na parte inferior central das costas quando outra corda comprida foi esticada de um lado a outro de seu ombro. Eles haviam amarrado argolas de ouro a cada poucos centímetros ao longo de ambos os lados da corda. Ela espiou o teto procurando ganchos. - Para que são as argolas? - Não vamos usá-los para suspendê-la? - Kellen disse. - Em breve, você vai ver para que eles são. Eles reclinaram-na de costas novamente. E, apesar de suas mãos e pernas estarem livres, não teria sido capaz de brigar com eles se precisasse. Mas havia algo sobre estar tão absolutamente indefesa que era, ao mesmo tempo, emocionante e assustador. Sua frequência cardíaca dobrou e ela não conseguia encontrar ar suficiente. Quando o quarto pareceu encolher e o teto fechar-se sobre ela, lutou contra a sensação de sufocamento.
  • 44. - Você está bem? - Owen perguntou. Ele se inclinou até sua linha de visão e afastou o cabelo das bochechas quentes. As paredes recuaram novamente quando sua atenção desviou para os olhos preocupados de Owen. - Se você tiver um ataque de pânico, nós podemos cortar essas cordas para deixá-la livre num instante. - E estragar todos esses belos nós que vocês amarraram? - Ela sorriu, forçando- se a não ofegar muito excessivamente. Honestamente, não queria que eles parassem. Gostou da forma como as cordas pressionavam sua pele. Elas a faziam consciente de seu corpo. Adorou isso. Era uma espécie de abdução estar confinada, mas iria suportar. Sentir as mãos de Kellen na barra de sua calcinha, provocaram o reflexo de aproximar as pernas. - Se você fechar as pernas para mim, vou dar umas palmadas em você. - Kellen falou. Ficou tentada a testá-lo e apertar as coxas só para ele espalmá-la, mas suas coxas tinham outras ideias e imediatamente ficaram frouxas. Ele lentamente puxou a calcinha por suas coxas e jogou-a de lado. Começou a trabalhar em sua perna esquerda, e Owen espelhou cuidadosamente os movimentos de Kellen na execução dos nós na perna direita. Eles ataram suas pernas para que ficassem flexionadas no joelho e quadril - levemente mais dobradas do que em posição fetal. Trabalharam metodicamente para esticá-la em uma posição que ela não sabia que era capaz de alcançar. Depois massagearam seus músculos, flexionando e endireitando suas articulações até que não repuxasse dolorosamente ter as pernas amarradas com os calcanhares na parte anterior das coxas e as pernas bem abertas. Ela se sentia incrivelmente exposta, pois não havia jeito dela fechar as pernas, nem mesmo um centímetro. A linda dupla de homens se afastou e ela se esforçou para evitar que seus músculos trêmulos entrassem em colapso. - Deixe as cordas te segurarem, Lindsey. - Kellen disse gentilmente. - Não lute
  • 45. contra elas. - Pense nelas como uma rede de balanço. - Owen sugeriu. Não lutou com as cordas por muito tempo, porque não teve forças para fazê-lo. Tão logo relaxou, as cordas suportaram o peso inteiro dela, e de repente, desejou que todas aquelas argolas que eles haviam colocado no design fossem usados para suspendê-la. Também desejou que houvesse um espelho no teto para que pudesse ver qual era sua aparência, do seu ponto de vista. Lindsey nunca se sentira mais bonita – como se seu corpo fosse uma obra de arte apreciada. Queria ser colocada em exposição. Seus membros sentiam-se maravilhosamente bem suportados pelas cordas, como se estivessem seguros em um abraço reconfortante. Como em um casulo de prazer e pressão, os músculos tinham sido levados ao limite, como se estivesse fazendo uma sessão de yoga com cordas. Não havia o menor sinal de dor. - Eu me sinto... - Ela puxou uma respiração extasiante nos pulmões. - Incrível. Kellen sorriu. Ela não teve certeza se o vira sorrir antes. Owen sorria constantemente, mas Kellen parecia reservá-los para ocasiões especiais. - Vamos virá-la sobre você. Owen não vai deixá-la cair. - Com o rosto no colo de Owen, os joelhos no colchão e seu traseiro apontando para o teto, recebeu a massagem mais sensual de sua vida. As enormes mãos de Kellen apertaram suas nádegas até sua entrada de trás estar tremendo e ela choramingando para ser penetrada. - Oh! - Ela murmurrou deseperadamente. - Experimente alguma coisa do esconderijo de Gabe. - Owen disse. Ela esfregou o rosto no colo dele, desejando que ele tirasse a calça para poder colocá-lo em sua boca. Não sabia o que esperar quando fora amarrada, mas estar prostrada impotente a fez querer agradar esse homem. Ambos os homens. Entretanto, não conseguia. Então só tinha que aguardar até eles fazerem com ela como eles quisessem. Kellen saiu da cama.
  • 46. - Owen. - Ela sussurrou. - Me deixe chupar seu pau. Ele acariciou seu cabelo. - Ainda não posso deixá-la fazer isso. Vou ter que esperar um bom tempo antes que chegue a minha vez. - Você não tem que esperar. - Ela assegurou-lhe. Algo frio e escorregadio forçou sua bunda. Seu âmago se contraiu com a intromissão inesperada e ela estremeceu de êxtase. - Oh! Não conseguia ver o que Kellen estava fazendo, mas sentiu as cordas deslizando e pressionando contra a pele no alto de seu traseiro. O que quer que ele estivesse tentando colocar lá dentro, estava deixando-a louca de desejo. - Você está quase acabando? - Ela sussurrou. - Estou pegando fogo. - Deus, sua bunda parece incrível. - Owen falou. Ele soltou a parte superior de seu corpo e ela lutou para não pender para o lado. Agarrou sua bunda com as duas mãos e esfregou as nádegas uma na outra, fazendo-a bem consciente de todas as cordas pressionadas em sua pele e movimentando aquele objeto surpreendente na bunda. Ele só penetrou um centímetro, mas estimulou-a de uma forma como nenhuma outra experiência fizera. O jeito que provocou seu buraco apertado, contraíram sua buceta com o desejo insatisfeito. - Agora só falta acrescentar o toque de Kelly. - Owen murmurrou. Ele parecia estranhamente orgulhoso de seu amigo. Viraram Lindsey de costas novamente, e Owen deslizou para longe mantendo facilmente seu corpo em uma posição estável quando ficou virada para cima. Kellen pegou uma corda de cetim dourado e deu um nó nela. Então, deslizou uma ponta da corda através de um conjunto de argolas que se projetavam nas extremidades laterais de seu torso. Ele centrou o nó diretamente sobre o mamilo e continuou a passar a ponta da corda para dar mais laçadas. Quando a corda passou por cima do outro mamilo ele amarrou um segundo nó e continuou enfiando mais
  • 47. corda através das argolas no lado oposto do corpo. Ao terminar, um pouco de corda enozada roçava contra cada mamilo. Eles lembravam nozes. Ele moveu-se para se ajoelhar entre as coxas dela e pegou a extremidade de cada corda, uma em cada mão e puxou para trás e para frente. Ela deslizou facilmente através das argolas e distendeu os nós contra seus mamilos tensos fazendo Lindsey arquear as costas involuntariamente. A corda arrastava por suas terminações um instante antes de afrouxar. O prazer irradiou a partir dos mamilos, percorrendo todas as direções, seguindo pelas veredas das cordas, para voltar a florescer entre eles. Ela já estava perto do orgasmo. - Você gosta de prazer anal, Lindsey? - Kellen perguntou. - Gostaria de um pequeno puxão no plugue que eu coloquei na sua bunda? Ele tem uma alça por onde eu posso passar a corda. A única palavra que ela realmente conseguiu registrar foi prazer. E queria mais do mesmo. Seu corpo implorou por mais. - Sim. - Ela arquejou. Não podia ver que diabos Kellen estava fazendo entre suas coxas, mas sentiu um puxão na bunda quando ele também enroscou uma corda em algo lá. Sua buceta estava inchada, dolorida e ensopada. Seu clitóris estava tão excitado que a estava deixando louca. O puxão dentro da bunda fazia-a estremecer com espasmos não satisfeitos. Eles esperaram até ela acalmar-se outra vez antes de cada um puxar uma ponta da corda perto de seu quadril, o que remexeu o plugue dentro de seu buraco enrugado, apenas o suficiente para deixá-la louca. Sua buceta contraiu sem conseguir um orgasmo satisfatório. - Oh, por favor. - Ela implorou precisando gozar muito mais forte para estar satisfeita. - Quase, Lindsey. - Kellen prometeu gentilmente. - Você está quase pronta. Ele cuidadosamente amarrou as extremidades soltas das cordas enozadas a cada um de seus pulsos e, em seguida, conferiu aqueles em seu quadril também.
  • 48. - Você está no comando do prazer de seus mamilos e bunda. - Kellen disse-lhe. Mostrou-lhe que o menor movimento de seus braços roçava simultaneamente as cordas atadas contra os mamilos sensíveis e remexia o plugue dentro de seu buraco palpitante. Não poderia estimular um sem agradar o outro e estava perfeitamente de acordo em satisfazer a si mesma. - Oh, Deus. - Arquejou, pegando o jeito do movimento e movendo os pulsos em um padrão alternado para estimular-se até que outro orgasmo despontou em sua buceta. Oh, Deus, iria explodir. Ela precisava ser fudida e com muita vontade. - Por favor foda-me. Por favor. Por favor. - Acho que você se superou dessa vez, Kelly. - Owen disse. Eles se uniram a ela na cama. Owen na altura da sua cabeça. Kellen lá em baixo. Ela ergueu a cabeça para ver Kelly. Ele estava olhando fixamente para sua buceta totalmente exposta com fome nos olhos escuros. Oh Deus. Esfregou os nós nos mamilos e na bunda mais rápido. Precisava gozar. Precisava gozar. Precisava. Agora. Oh! Conseguiria gozar com esse tipo de estimulação? Estava tão perto. Tão perto. - Vou beijar sua boca para tentar evitar que grite muito alto. - Owen falou. - Tudo bem? Ela assentiu. Faça o que quiser comigo, pensou. Qualquer coisa. Simplesmente faça algo. Owen inclinou a cabeça para pegar seus lábios em um beijo longo e vagaroso. Quando se afastou, sussurrou suavemente: Kelly vai fazer você gozar em breve. Não se esforçe tanto. Relaxe, doçura. Assistiu Kellen amarrar seu longo cabelo para trás com um pedaço de couro. Ele estendeu-se de bruços entre suas coxas bem abertas e então, Owen bloqueou sua
  • 49. visão para beijá-la novamente. Senhor, o homem tinha uma boca firme e sensual. Não se importaria de tê-lo lhe dando um beijo como esse por toda a carne quente e dolorida entre suas coxas. Um hálito quente roubou toda sua atenção para sua buceta inchada. Ela estremeceu e gritou contra os persistentes lábios de Owen. Ele beijou-a mais profundamente, sua língua provocando a dela. Seus dedos começaram a traçar padrões sobre a pele nua de seus braços por entre as tramas das cordas. Uma língua quente e macia traçou a abertura vazia entre as coxas dela e quase a fez saltar direto do colchão. Owen trilhou beijos de boca aberta por seu queixo. - Calma. - Murmurrou. - Ele vai aliviá-la logo. Ela suspirou quando Kellen começou um lento e metódico tracejar na entrada de seu sexo com círculos delicados da língua. Seu quadril se dobrou. Lutou contra as cordas segurando-a aberta, querendo desesperadamente pressionar os calcanhares nas costas de Kellen e contorcer seu sexo em seu rosto, mas foi incapaz de se mover. - Preciso ser fodida. - Ela disse. - Preciso ser fodida. - Não podia acreditar que essas palavras estavam escapando de seus lábios, nem o quanto queria dizê-las. - Kelly, tenha piedade dela. - Owen disse. A risadinha malvada de Kellen não fez nada para aliviar sua mente. Sua língua roçou o clitóris e seu corpo inteiro se contraiu para a liberação. Podia sentir a respirando dele contra ela, porém maldito fosse, se não a tocava para que alcançasse seu prazer. Ele esperou até que seu corpo inteiro relaxou para lamber a buceta contraída - dentro e fora - num ritmo enlouquecedor de tão lento. Isso a fez querer ser preenchida por um pau grande e grosso, porém seu orgasmo continuou fora de alcance. Owen reivindicou sua boca outra vez. - Concentre-se em mim. - Disse de encontro a sua boca. - Vou fodê-la quando
  • 50. ele terminar. É o que você quer, não é? - S-sim. Por favor. Owen, eu preciso. - Shh, deixe ele prová-la. Você se sente bem? Ela assentiu, sentindo-se como se pudesse explodir em lágrimas. Cada centímetro de sua pele estava consciente. E era esmagadora a sensação de estar tão consciente de seu corpo. Não pelos lábios sensíveis, unindo-se aos de Owen desesperadamente, enquanto ele continuou a beijá-la. Não pelos mamilos ou a bunda que ela continuou a estimular de forma intermitente com puxões nos cordas sedosas em cada mão. Nem pelas coisas enlouquecedoras que Kellen estava fazendo a sua buceta. Cada pedaço dela ou era consciente das cordas ou pela falta delas. Elas estavam exercendo pressão suficiente para que não pudesse ignorá-las. Como jamais fora tão longe. Kellen sugou seu clitóris e ela ficou tensa, esforçando-se para gozar. Precisava da liberação, mas ele se afastou e esperou até ela ficar mole antes de lamber seu sexo novamente. Certo, morreria se não tivesse um orgasmo logo. Mas isso não aconteceu. Kellen apenas continuou a levá-la para mais perto da borda deixando-a certa de que iria desfalecer na próxima vez. Mas ele lhe mostrou que estava errada. Owen a beijou sem pressa, até ela ficar tão perturbada que não conseguia recuperar o fôlego. Ele ergueu a cabeça para encarar o amigo. - Pelo amor de Deus, Kelly, deixe-a gozar. - Owen falou enquanto acariciava suas bochechas acaloradas com dedos frios. - Merda, cara, acho que ela está tendo outro ataque de pânico. Ela ouviu a profunda voz de Kellen lá de baixo. - Vou deixá-la gozar se estiver disposto a esperar até eu conseguir deixá-la no ponto de novo antes de você transar com ela. - Vou esperar. Eu estou bem. Kellen firmou a boca no clitóris de Lindsey e chupou, estalando a língua contra
  • 51. o ponto sensível até ela soluçar, esperando que ele se afastasse no último momento. Mas ele não o fez. Desta vez. Desta vez, deixou-a explodir. Lindsey gritou enquanto seu corpo tremia com a liberação. Sua bunda cerrando- se em volta do pequeno e sólido objeto; Sua buceta contraindo no vazio assolador. Oh, como a queria preenchida. Queria ainda mais do que o orgasmo intenso que a transformava num emaranhado de membros contorcidos, contrariando todos os seus instintos. Talvez o método que Kellen tinha aplicado nela, estimular e interromper um orgasmo, tivesse sido o melhor. Mesmo depois das ondas de prazer terem se dissipado, seu corpo continuou tremendo incontrolavelmente. - Não chore. - Owen sussurrou para ela, beijando a umidade em suas bochechas. Ela não sabia por que estava chorando. Não era tristeza, medo, raiva ou frustração. Nem mesmo era alívio. - Sinto muito. - Ela soluçou desconsolada. - Não sei o que há de errado comigo. - Podemos cortar para soltá-la, se for demais. - Ele disse acariciando seu cabelo gentilmente. - Por favor, não. Eu quero continuar. Eu só... - Sentiu coisas que nunca sentira antes. - Kellen disse. - Está tudo bem. Sexo é uma experiência profundamente pessoal. - Ele sorriu maliciosamente. - Mesmo quando é um estranho que toca parte de seu espírito. Kellen massageou seus pés enquanto ela se recompunha. Engoliu em seco ao respirar e lembrou-se de relaxar nas cordas. Lutar contra elas só servira para esgotá-la, apesar delas restringirem-na de uma forma muito gostosa ao cravarem-se em sua carne adequadamente. Ainda acima de sua cabeça, Owen manteve o rosto enterrado em seu pescoço, segurando-a levemente pelos seios. - Ok. - Ela disse quando retornou à Terra. - Estou bem agora. Kellen lambeu os lábios. - Estou pronto para mais também. Como você está, Owen?
  • 52. Ele gemeu no pescoço de Lindsey. - Duro como a porra de uma rocha. - Ei, você disse que estava tudo bem. - Kellen lembrou-lhe. - Eu estava, até ela gozar. Sua expressão facial acabou totalmente comigo. Lindsey sentiu o rosto esquentar. Ficara com um estúpido O na cara? Na frente de Owen Mitchell? Que vergonha. - Faça-a gozar, novamente. - Owen murmurrou contra seu pescoço. - Apenas, por favor, se apresse dessa vez. Kellen largou seus pés e estendeu-se de bruços entre suas coxas novamente. - Você só vai ter que sofrer um pouco, camarada. Está é a buceta mais doce que já provei e vou levar o tempo que for para fazê-la derreter por mim, de novo. - Se você não se apressar. - Owen rosnou. - Vou chutar seu traseiro. Eu esperei tempo suficiente. Kellen riu do sofrimento dele. - Se você chupar meus mamilos, ele com certeza vai ter-me escorrendo. - Lindsey murmurrou para Owen. Não fazia ideia se isso era verdade. Só queria sua boca deliciosa em seus mamilos tensos. O nó na corda não seria mais suficiente para estimulá-los por muito tempo. Mesmo que os esfregassem de uma forma muito perturbadora, estava pronta para uma sensação diferente. Owen avançou para baixo. Quando seu peito ficou à vista, ela não pode deixar de repuxar as amarrações para que pudesse beijar o corpo musculoso diante de si. Ele cutucou a corda enozada fora de seu caminho com o nariz e apoderou-se do mamilo, chupando forte. Ao mesmo tempo, ela pegou a argola reluzente entre os dentes e puxou. Ele gemeu. - Eu não deveria ter me movido. - Ele disse. O glorioso movimento da língua de Kellen contra o clitóris de Lindsey parou quando ele levantou a cabeça. - Isso não faz parte do nosso ritual, Owen.
  • 53. - Seu ritual. - Owen falou. Ele parecia um pouco irritado. Lindsey inclinou a cabeça para trás e observou ansiosamente a saliência dura no jeans de Owen. Quase podia sentí-lo dentro dela, se esfregando em suas paredes internas. Esticando-a. Enchendo-a. Ela se contorceu animadamente. Kellen voltou a seu clitóris e sugou com impulsos rítmicos. Ele estava combinando intencionalmente a força da boca de Owen em seu mamilo? Pois os dois estavam em perfeita sincronia. Lindsey estava se aproximando novamente. Ela ofegou e estremeceu, batalhando para controlar-se dessa vez. Não queria gozar com seu interior vazio. Kellen ergueu a cabeça. - Ela precisa de você para fazer sua parte agora. - Ele falou. Owen moveu-se num piscar de olhos. Saltou da cama, tirou o jeans e estava rasgando uma camisinha antes que Lindsey pudesse compreender o que estava acontecendo. Algo metálico brilhou logo abaixo da cabeça inchada de seu pau. Ele cuidadosamente desenrolou o preservativo ao longo de seu comprimento e deslocou-se para a beirada da cama atrás de Kellen. Lindsey ergueu a cabeça tentando acompanhar seus movimentos, mas mover a corda em suas costas era tão desconfortável, que fechou os olhos e saboreou a sensação de ter sua carne trêmula puxada pela hábil boca de Kellen. Sem Owen para dividir sua atenção, foi rapidamente dominada pela sensação de prazer enquanto outro orgasmo despontava como uma promessa. - Sim. - Ela sussurrou. - Vou gozar de novo. Vou... Kellen moveu-se para o lado e Owen ocupou seu lugar. Posicionando-se, deslizou profundamente com um forte impulso. Seus olhos se arregalaram de surpresa quando sentiu que havia algo dentro dela diferente de carne rígida. Seja lá o que fosse aquela pérola metálica perto da cabeça do pau dele, era incrível sentí- la. - O que é isso? - Ela perguntou.
  • 54. - É um piercing. - Ele disse simplesmente e, em seguida, se retirou lentamente. O acessório esfregou a parte inferior do sexo dela. Ele encontrou um ponto particularmente sensível dentro dela e ela ofegou quando o piercing se esfregou de encontro a ela. Um sorriso diabólico iluminou o devastadoramente bonito rosto de Owen quando ele empurrou rápido e superficialmente, roçando aquele pequeno ponto em seu interior até ela pensar que iria enlouquecer. Quando os primeiros espasmos de outro orgasmo a agarraram, ele empurrou fundo e se manteve assim. Ela olhou-o incapaz de compreender o que ele estava fazendo. Quando sua respiração acalmou um pouco, ele recuou aquele ponto especial outra vez e preencheu-a com golpes rápidos e superficiais. Roçando. Roçando. Roçando de encontro aquele ponto. - Oh Deus, isso é muito bom. Owen sorriu-lhe e impulsionou fundo novamente. Ela percebeu que ele era tão mau como seu amigo, Kellen. Provocando-a a um passo de um orgasmo alucinante para, no entanto, impedí-la no último instante. Não sabia o bastante para amaldiçoá-los ou lhes agradecer. O colchão ao lado dela afundou quando Kellen ajoelhou-se ao seu lado. Estava nu agora, tendo despido o jeans. Ela observou-o, em total reverência a sua beleza masculina. Ele parecia tão à vontade com sua nudez. Mesmo com o pênis enorme e inchado totalmente exposto, levantado orgulhoso e rígido diante dele. Nunca vira um homem tão perfeitamente assim. Tão silenciosamente poderoso. Tão... Gemeu quando Owen deslocou o quadril fazendo a esfera metálica esfregar o fundo de seu útero ao se empurrar lento e profundo dentro dela. Lindsey gritou quando um orgasmo se espalhou dentro dela novamente. Não pensou que seria capaz de gozar três vezes em uma noite, mas bom Deus, estava gozando e ter o pau de Owen empurrando dentro dela trouxe-lhe, por fim, a plena
  • 55. satisfação pela qual ansiava. - Ela está gozando forte com você. - Kellen disse como se comentasse sobre algo muito menos surpreendente do que o prazer pulsante despedaçando Lindsey de felicidade. - Ela não está gritando do jeito que fez com você. - Owen falou deslocando o quadril e agarrando as cordas em seus ombros para poder fodê-la com mais força. Lindsey estava muito atordoada para gritar. Ela mal podia respirar. Ele tinha que parar. Ela não aguentava. - Por favor, pare. Não posso mais. Não. - Acho que ela já teve o bastante. - Kellen disse percorrendo os dedos nas cordas que estavam se cravando em seus braços. - Pegue leve com ela. - D-desculpa. - Ela sussurrou. Queria deixar Owen terminar. Queria que ele gozasse enterrado profundamente dentro dela, mas tinha atingido seu limite. Owen abrandou seus impulsos e quando ela parou de tremer, deslizou para fora com um som molhado. Assim que saiu dela, ela o queria de volta. Mas ele já tinha se deslocado para ajoelhar de frente para Kellen no outro lado dela. Um de frente para o outro em lados opostos de Lindsey, os dois homens encararam-se fixamente, um preso ao olhar do outro. Os olhos de Kellen estavam castanho escuros e intensos, os de Owen azuis brilhantes e vidrados. Ela não sabia o que eles estavam fazendo, mas era como se ela já não estivesse no quarto, muito menos amarrada entre eles. Kellen moveu sua mão para rodear seu pênis. Ele acariciou-se lentamente da base a ponta, espalhando óleo pelo comprimento. Owen retirou o preservativo do pênis e imitou os movimentos de Kellen em si mesmo. Seu corpo ficou tenso e a boca abriu para emitir suspiros de prazer. Lindsey observou-os, em parte perplexa, em parte conscentrada na perfeita sincronia que eles exibiam ao acariciarem seus paus por cima de seu ventre. Depois de um momento, os olhos de Owen se fecharam e Kellen deu aquele seu
  • 56. sorriso perverso, estendendo a mão para tomar o pênis de Owen na mão. O olhar de Lindsey disparou de seus rostos, para a ação logo abaixo, e de volta para seus rostos. Owen estremeceu de prazer soltando a mão de seu pênis para pegar o de Kellen. Eles acariciaram um ao outro em harmonia. De olhos fechados, Owen se contorcia incontrolavelmente na mão de Kellen. Ele observava-o avaliando sua reação. Sua mão se moveu mais rápido. Mais rápido. Deslizando sobre a carne de Owen com a facilidade da prática. Owen tombou para frente e Kellen recostou-o no ombro ainda o acariciando, seus longos dedos fortes esfregando pelo piercing no pau de Owen com cada puxão. Lindsey nunca vira dois caras acariciando o pênis um do outro antes. Não estava certa por que isso a deixava tão quente e incomodada. No entanto, estava mentindo para si mesma. Assistí-los fazerem-se gozar era a uma das coisas mais sexy que já vira em sua vida, mesmo se sentindo uma intrusa em seu próprio ménage. - Kelly. - Owen sussurrou. - Posso gozar? Me deixa gozar. Kelly? - Eu não estou pronto ainda. Owen começou a acariciar Kellen com mais persistência, prestando uma atenção extra na cabeça do pau dele. - Não posso, oh Deus, não posso. - Owen arquejou. - Por favor, depressa. Lindsey arregalou os olhos quando Owen esfregou o boca aberta por todo o ombro de Kellen, com os olhos bem fechados. Ela sentiu o primeiro jorro de porra acertá-la na barriga. Não era de Owen, era de Kellen. Não conseguiu ver a expressão de Kellen, mas a de Owen quando ele gozou, contorcendo o rosto em êxtase, a fez amaldiçoar-se seriamente por encorajá-lo a parar de fodê-la, porque agora estava certa de que precisaria de mais. Owen esfregou a boca aberta pelo ombro de Kellen em absoluto êxtase. Ele era o coisa mais sexy que ela já presenciara na vida. Depois de um momento, Owen
  • 57. ergueu a cabeça para encarar Kellen com um questionamento nos olhos. - Isso foi certo? - Ele perguntou. Kellen levou as mãos em concha aos rosto de Owen. - Isso foi perfeito. Obrigado. - Ele depositou um beijo no canto da boca de Owen e novamente encararam-se como se Lindsey tivesse deixado de existir na Terra. - Vamos desamarrá-la devagar. Owen sorriu e assentiu. Ela supos que deveria acreditar que eles haviam gozado por toda sua barriga para seu benefício? Os dedos fortes de Kellen tocar seu corpo de um lado, enquanto os de Owen trabalhavam do outro. Eles começaram a massagear a combinação de seus fluídos por sua pele. Ela observou-os, tremendo, querendo saber qual era realmente a parte que desempenhara no ato que obviamente era um algo a mais entre eles e muito menos sobre ela. Não tinha certeza de como se sentia por ter sido incluída em algo assim. Ah, claro, tivera uma experiência sexual incrível, mas se os dois eram atraídos um pelo outro, por que se preocupavam em trazer uma mulher para toda essa mistura? - Eu não sabia que vocês eram amantes quando concordei com isso. - Lindsey disse para Kellen enquanto ele libertava uma de suas pernas e lentamente desenrolava a corda em torno da coxa. Ele fez uma pausa para olhá-la como se ela fosse uma lunática delirante. - O que você quer dizer? - Você e Owen. Obviamente vocês tem uma coisa um pelo outro. Os dois homens riram. - Não é nada disso. - Owen disse. - Faz parte do ritual de Kellen. É a maneira de Kellen tirar vantagem de você, Lindsey pensou. Estremeceu quando sua perna esquerda foi lentamente estendida, os dedos ágeis de Kellen
  • 58. começando a massagear seu comprimento. Não percebera que uma dor incômoda se instalara em seu quadril até as duas pernas se endireitarem, por isso os dois homens massagearam seus músculos, até ela começar a relaxar. - É legal. - Lindsey disse. - Foi muito sexy assistir vocês fazerem um ao outro gozar. Eu simplesmente não estava esperando por isso. Kellen não fez comentários, mas Owen pareceu um pouco perturbado. Seu belo rosto se franziu em confusão olhando de relance para Kellen. - Desde quando nós começamos a nos tocar no ritual? Não costumávamos fazer isso. Kellen sorriu largo. - Há alguns meses atrás. Parece melhor assim, não é? - Sim, mas ela está certa. É meio gay. Kellen gargalhou. - O quê você está falando? Nós dois sabemos que não estamos sexualmente atraídos um pelo outro. - Kellen falou. Mas quando Owen desviou o olhar, ele furtivamente olhou para ele, como se querendo saber se Owen estava acreditando nele. - Você sabe como me fazer gozar forte. - Owen disse. - Esqueço completamente onde estou e perco a noção do que está acontecendo. É quase como intensificar a masturbação, desde que eu tenha um pau na minha mão. E não apenas o meu próprio. Lindsey soltou um riso abafado. O cara era tão bonitinho. Não era de se admirar que Kellen tivesse manipulado ele para ser seu brinquedinho inocente. - Acho que não vou mais conseguir encontrar minha alma gêmea sem você, Owen. - Kellen encarou-o reflexivamente e Owen sorriu. - Não se preocupe! - Owen falou. - Vou te ajudar até encontrar sua mulher perfeita. Desta vez, o sorriso de Kellen era genuíno. Nada de sua habitual perversidade
  • 59. estava contida nele. - Obrigado. - Eu serei sua mulher perfeita. - Lindsey ofereceu. - Você foi ótima Lindsey, - Owen disse. - Mas ele tem essa ideia louca de que vai saber quem é sua alma gêmea no instante em que encontrá-la. Ideia ridícula, né? - Típico de românticos. - Lindsey disse. - Você não deve compartilhar isso com as pessoas, certo? - Kellen disse. Eles estavam desenrolando as cordas em volta de seu torso agora. Cada centímetro de seu corpo foi massageado quando eles soltavam as amarras, uma de cada vez. Owen deu de ombros. - Ela viu você acariciar o pau de seu melhor amigo até ele gozar com tanta força que viu estrelas. Não acho que muito do que você compartilhar com ela nesse momento vai perturbá-la. - Você gozou forte, não é? - Kellen falou com um sorriso perverso retorcendo seu rosto de novo. - Não consigo evitar. Você tem mãos fortes. - Kellen gozou de um jeito ainda mais forte do que você, Owen. - Lindsey disse. - Achei que ele fosse machucar minha barriga com a força de seu jorro. Owen riu. - Fiz o meu melhor para ajudá-lo a gozar. - Nós apressamos um pouco. - Kellen comentou. - Você estava superexcitada. Ele acariciou os seios de Lindsey cuidadosamente quando os libertou das amarras. - O que nos deixou superexcitados. Mas não tenho certeza se ficou completamente satisfeita. Ela não podia mentir, mesmo que isso significasse que poderia ter mais reservado para ela.
  • 60. - Eu estou mais do que satisfeita. E me sinto absolutamente incrível em ser tocada assim, depois de ter ficado confinada. - Ela disse baixinho. Gostava quase tanto quanto do poderoso orgasmo que ainda estava saboreando. - Você vai dormir muito bem. - Kellen prometeu. - Estou com sono agora. - Ela admitiu. Sentiu o cansaço dos próprios ossos. E apesar de suas melhores intenções, seus olhos se fecharam. Capítulo 9 Kellen continuou a desenrolar cordas e massagear o corpo de Lindsey muito tempo depois dela ter adormecido. Podia sentir o olhar perturbado de Owen sobre ele, mas fingiu que ainda estava trabalhando para terminar seu ritual. Quando isso se tornara uma forma de estar mais perto de seu melhor amigo? E por quê seus melhores orgasmos sempre eram pelas mãos dele? Não se sentia atraído por Owen. Não ficava excitado quando ele estava perto dele ou nada disso. Tinha que ser uma resposta completamente sensorial de seu corpo. Nada emocional relacionado com isso. Deveria dizer para Owen ou apenas manter esses pensamentos para si? - Quero um pouco de chocolate quente. - Owen disse. - Você pode acabar isso sozinho? Kellen obrigou-se a olhar para Owen. Esperava que seu sorriso não parecesse tão forçado como ele o sentia. - Sim, estou bem. Está quase terminado. A menos que você queira retirar dela, o plugue anal para mim.