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1ª Edição 
2003 
C 23-1 
MINISTÉRIO DA DEFESA 
EXÉRCITO BRASILEIRO 
ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO 
Manual de Campanha 
TIRO DAS ARMAS PORTÁTEIS 
1ª Parte - FUZIL 
å
MINISTÉRIO DA DEFESA 
EXÉRCITO BRASILEIRO 
ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO 
Manual de Campanha 
TIRO DAS ARMAS PORTÁTEIS 
1ª Parte - FUZIL 
1ª Edição 
2003 
C 23-1 
CARGA 
EM................. 
Preço: R$
PORTARIA Nº 045-EME, DE 23 DE JUNHO DE 2003 
Aprova o Manual de Campanha C 23-1 - Tiro das 
Armas Portáteis - 1ª Parte - Fuzil, 1ª Edição, 2003. 
O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, no uso da atribuição que 
lhe confere o artigo 113 das IG 10-42 - INSTRUÇÕES GERAIS PARA A 
CORRESPONDÊNCIA, AS PUBLICAÇÕES E OS ATOS ADMINISTRATIVOS NO 
ÂMBITO DO EXÉRCITO, aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército 
nº 041, de 18 de fevereiro de 2002, resolve: 
Art. 1º Aprovar o Manual de Campanha C 23-1 - TIRO DAS ARMAS 
PORTÁTEIS - 1ª Parte - FUZIL, 1ª Edição, 2003, que com esta baixa. 
Art. 2º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua 
publicação. 
Art. 3º Revogar o Manual de Campanha C 23-1 - TIRO DAS ARMAS 
PORTÁTEIS, 2ª Edição, 1975, aprovado pela Portaria Nº 084-EME, de 04 de 
novembro de 1975.
NOTA 
Solicita-se aos usuários deste manual a apresentação de 
sugestões que tenham por objetivo aperfeiçoá-lo ou que se destinem 
à supressão de eventuais incorreções. 
As observações apresentadas, mencionando a página, o 
parágrafo e a linha do texto a que se referem, devem conter comentários 
apropriados para seu entendimento ou sua justificação. 
A correspondência deve ser enviada diretamente ao EME, de 
acordo com o artigo 108 Parágrafo Único das IG 10-42 - INSTRUÇÕES 
GERAIS PARA A CORRESPONDÊNCIA, AS PUBLICAÇÕES E OS ATOS 
ADMINISTRATIVOS NO ÂMBITO DO EXÉRCITO, aprovadas pela Portaria do 
Comandante do Exército nº 041, de 18 de fevereiro de 2002.
ÍNDICE DOS ASSUNTOS 
Prf Pag 
CAPÍTULO 1 - GENERALIDADES ................................. 1-1 e 1-2 1-1 
CAPÍTULO 2 - A INSTRUÇÃO DE TIRO DE FUZIL 
ARTIGO I - Responsabilidade da Instrução ............... 2-1 e 2-2 2-1 
ARTIGO II - Terminologia ........................................... 2-3 
ARTIGO III - Segurança na Instrução .......................... 2-5 
ARTIGO IV - Organização da Sessão de Tiro .............. 2-7 
ARTIGO V - Missões do Oficial de Tiro da Unidade e 
Subunidade ............................................. 2-9 
ARTIGO VI - Seleção dos Instrutores (Oficial de Tiro), 
Auxiliares de Instrutor e Monitores de 
Tiro ......................................................... 2-10 
ARTIGO VII - Seleção e Preparação das Armas a se-rem 
Utilizadas na Instrução .................... 2-10 
ARTIGO VIII - A Progressividade da Instrução de Tiro ... 2-11 
ARTIGO IX - Execução dos Exercícios de Tiro............ 2-3 a 2-7 2-12 
CAPÍTULO 3 - FUNDAMENTOS DE TIRO DE FUZIL ..... 3-1 3-1 
ARTIGO I - Posição Estável ...................................... 3-2 a 3-5 3-1 
ARTIGO II - Pontaria .................................................. 3-6 e 3-7 3-8 
ARTIGO III - Controle da Respiração........................... 3-8 3-11
Prf Pag 
ARTIGO IV - Acionamento do Gatilho ......................... 3-9 a 3-12 3-12 
ARTIGO V - Ação Integrada de Atirar ......................... 3-14 
ARTIGO VI - Análise do Tiro ........................................ 3-15 
CAPÍTULO 4 - O PREPARO PSICOLÓGICO ................ 4-1 a 4-6 4-1 
CAPÍTULO 5 - INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA PARA O TIRO 
ARTIGO I - Finalidade e Organização ....................... 5-1 e 5-2 5-1 
ARTIGO II - Oficinas da Instrução Preparatória para o 
Tiro ......................................................... 5-3 a 5-6 5-2 
CAPÍTULO 6 - TIRO DE COMBATE 
ARTIGO I - Regulagem do Aparelho de Pontaria do 
FAL ........................................................ 6-1 a 6-6 6-1 
ARTIGO II - Técnicas para Sanar os Incidentes de 
Tiro ......................................................... 6-7 a 6-9 6-9 
ARTIGO III - Técnicas para Condução do Armamento. 6-10 a 6-13 6-11 
ARTIGO IV - Técnicas de Tiro Rápido ......................... 6-14 a 6-16 6-14 
ARTIGO V - Técnicas de Tiro em Alvos Móveis .......... 6-17 a 6-19 6-17 
ARTIGO VI - Técnicas de Tiro Noturno ........................ 6-20 a 6-23 6-25 
ARTIGO VII - Técnicas de Tiro nas Operações Defen-sivas 
e Ofensivas .................................... 6-24 6-28 
ARTIGO VIII - Ténicas de Tiro em Ambiente de Selva ... 6-25 6-29 
ARTIGO IX - Técnicas de Tiro em Ambiente Urbano ... 6-26 a 6-29 6-30 
ARTIGO X - Técnicas de Tiro de Fuzil com Luneta ..... 6-30 a 6-32 6-31 
ARTIGO XI - Técnicas de Tiro com Equipamentos 
Especiais................................................ 6-33 a 6-36 6-33 
ARTIGO XII - Posições de Tiro ..................................... 6-37 a 6-40 6-34 
CAPÍTULO 7 - LANÇAMENTO DE GRANADA DE BOCAL 7-1 a 7-5 7-1
1-1 
C 23-1 
CAPÍTULO 1 
GENERALIDADES 
1-1. INTRODUÇÃO 
a. O presente manual tem por finalidade orientar a instrução de tiro de fuzil 
no âmbito das Unidades do Exército. Seu conteúdo fornece subsídios aos 
instrutores, auxiliares de instrutores e monitores de tiro, na medida em que trata 
dos fundamentos de tiro com o fuzil, da instrução preparatória para o tiro e de 
técnicas de tiro com o fuzil. 
b. Trata também o manual do preparo psicológico do atirador, fornecendo 
alguns subsídios que permitam lidar da melhor maneira com situações de 
estresse típicas da atividade, tanto na fase de aprendizado, adestramento ou 
combate. 
c. Os exercícios de tiro de fuzil serão tratados pelas Instruções Gerais para 
o Tiro com as Armas do Exército (IGTAEx). 
d. Os fundamentos que serão abordados são válidos para qualquer tipo de 
fuzil, sendo sempre tomado por base, contudo, o fuzil de dotação do Exército: o 
Fuzil 7,62 M 964 - FAL. Também será abordado a respeito do tiro com granada 
de bocal, utilizando as possibilidades deste armamento. 
e. O tiro de fuzil é atividade de fundamental importância dentro do Exército, 
já que a eficiência operacional de uma tropa está necessariamente ligada à 
capacidade combativa de cada soldado. Esta capacidade de combater só poderá 
ser elevada se o militar souber fazer uso eficiente do seu armamento individual. 
Portanto, atirar bem é uma necessidade. O aprendizado dos fundamentos e das 
técnicas de tiro, na fase da instrução individual básica, deve ser conduzido de 
forma que todos os soldados aprendam a disparar um tiro com precisão. Os 
militares com desempenho deficiente devem ser recuperados. Os comandantes 
em todos os escalões devem estar compromissados inteiramente com os 
objetivos individuais de instrução.
C 23-1 
1-1/1-2 
1-2 
f. A instrução de tiro, por suas características, é uma ferramenta importan-tíssima 
para o desenvolvimento de atributos relacionados à personalidade militar 
- os atributos da área afetiva. Durante as instruções, os militares terão a 
oportunidade de desenvolver autoconfiança, decisão, combatividade, coragem, 
disciplina, equilíbrio emocional, iniciativa, liderança, persistência, responsabilida-de 
e zelo, além de outros atributos. É importante salientar que tais objetivos serão 
uma conseqüência natural do desenvolvimento da instrução, e não devem ser um 
fim por si só. A finalidade precípua da instrução de tiro deve ser a aprendizagem 
do tiro, nas melhores condições possíveis para que isso ocorra. As dificuldades 
impostas devem ser sempre planejadas para buscar o aperfeiçoamento, dentro da 
previsão dos exercícios, sem perder de vista a finalidade principal da instrução. 
g. Desta forma, o Manual de Campanha C 23-1 fornecerá a base de 
conhecimentos necessária para que os instrutores e instruendos possam atingir 
seus objetivos relacionados à instrução de tiro, além de permitir aos instruendos, 
monitores e instrutores conhecimentos e técnicas básicas de tiro de instrução e 
de combate. 
1-2. OBJETIVOS DA INSTRUÇÃO DE TIRO 
São objetivos da instrução de tiro: 
a. desenvolver no militar a capacidade técnica e psicomotora para que 
aplique corretamente os fundamentos e técnicas de tiro; 
b. habilitar o militar a ser um atirador eficiente, ou seja, um atirador que 
acerte seus alvos com rapidez e precisão, tanto nos tiros estáticos ou dinâmicos; 
c. garantir a eficiência operacional da tropa através do aumento da eficiência 
operacional de cada militar; 
d. garantir o aprendizado dos fundamentos de tiro para que possam ser 
aplicadas a qualquer tipo de armamento, se a situação o exigir; 
e. desenvolver atributos da área afetiva, tais como autoconfiança, decisão, 
combatividade, coragem, disciplina, equilíbrio emocional, iniciativa, liderança, 
persistência, responsabilidade e zelo dentre outros; 
f. selecionar os militares mais habilitados para o exercício de funções 
específicas que exijam um adestramento mais apurado em tiro; e 
g. permitir aos instrutores e instruendos que os objetivos da instrução ou 
exercício sejam atingidos com metodologia.
2-1 
C 23-1 
CAPÍTULO 2 
A INSTRUÇÃO DE TIRO DE FUZIL 
ARTIGO I 
RESPONSABILIDADE DA INSTRUÇÃO 
2-1. GENERALIDADES 
a. Os comandantes de unidade (Cmt U) devem exercer, juntamente com os 
S/3 e S/4, o apoio e fiscalização sobre as instruções de tiro. 
b. O apoio às instruções consiste em: 
(1) orientação de instrutores e monitores, na busca dos meios mais 
adequados para a obtenção dos objetivos, dentro do que prescreve este manual; 
(2) desenvolvimento do gosto pelo tiro, através da busca incessante do 
auto-aperfeiçoamento, inclusive com a participação dos militares em competi-ções 
desportivas. 
c. A fiscalização exercida pelo comando da unidade deve ter como meta: 
(1) a aplicação de métodos e processos de instrução preconizados por 
este manual; 
(2) a estrita observância das regras de execução nele previstas; e 
(3) a busca dos melhores resultados, assim como da recuperação dos 
militares com desempenho deficiente.
C 23-1 
2-1/2-2 
1. PIM - Programa de Instrução 
Militar. 
2. IG 20-03 / IGTAEx 
Instruções Gerais de Ti ro com o 
Armamento do Exército. 
3. Manual Técnico do Armamento. 
4. T9-1903 
Armazenamento, Conservação, 
Transporte e Destruição de Munição, 
Explosivos e Artifícios. 
5. T9-2100 
Acidentes e Incidentes de Tiro. 
2-2 
d. Fontes de consulta relacionadas ao tiro. 
2-2. ATRIBUIÇÕES 
- Segurança na instrução. 
- Módulos didáticos de tiro. 
- Necessidade de munição. 
- Classificação de resultados. 
- Diâmetro de escantilhão. 
- Modelos de alvos. 
- Dados sobre funcionamento. 
- P r o c e d i me nt o s p a r a s a na r 
incidentes de tiro. 
- Assuntos de interesse àqueles que 
manuseiam munição. 
- Principais tipos de acidentes e 
incidentes bem como suas causas. 
a. Os Cmt, em todos os níveis, são responsáveis pela fiscalização da 
instrução de tiro, inclusive no que se refere ao preenchimento e arquivamento da 
documentação de instrução e administrativa, principalmente borrões de tiro, 
boletins de existência de munição e registros de tiro das armas. 
b. O Cmt da unidade deverá designar um oficial de tiro da unidade, 
encarregado da preparação dos quadros - instrutores e monitores - antes das 
instruções de tiro. Para essa função, deverá ser escalado o oficial mais capacitado 
em tiro da unidade, dentre os instrutores de tiro, podendo este oficial acumular 
essa função com a de oficial de tiro da subunidade. 
c. O comandante de subunidade (Cmt SU) é o responsável direto pela 
instrução de tiro de seus comandados, para a qual deve voltar a maior atenção, 
dada a importância e natureza da atividade - emprego de munição real. Deve 
orientar e fiscalizar instrutores e monitores, estando ciente de que o sucesso das 
instruções depende da preparação técnica, da meticulosidade e da paciência
2-3 
C 23-1 
desses militares. Deve ter em mente ainda que a atividade de tiro deve se 
desenvolver progressivamente, e que as dificuldades a serem colocadas durante 
os exercícios devem se restringir estritamente às previstas neste manual e nas 
fontes de consultas relacionadas ao tiro. Ademais, não deve admitir privações de 
espécie alguma que vão de encontro ao que prevêem os manuais. Deve entender 
que os instruendos precisam criar gosto pela atividade, e que os militares com 
desempenho deficiente necessitam ser recuperados a fim de que todos sejam 
bons atiradores. Finalmente, deve entender que saber atirar bem é uma obrigação 
do militar e que a sua ação é fundamental para que os militares de sua subunidade 
atinjam esse nível. NÃO DEVERÁ PERMITIR QUE MILITARES NÃO HABILITA-DOS 
PORTEM ARMAS. 
d. O Cmt SU deverá designar um oficial e um sargento de tiro da subunidade 
para ministrar as instruções, basicamente a instrução de fundamentos de tiro, a 
Instrução Preparatória para o Tiro (IPT) e os exercícios de tiro. Para tal função, 
deverão ser escolhidos os militares mais capacitados em tiro da subunidade, 
(preferencialmente, o sargento de tiro será do pelotão do oficial de tiro da 
subunidade). 
e. O Oficial de tiro da Unidade e o Oficial de tiro da SU devem conduzir as 
instruções de tiro com objetividade, responsabilidade, paciência e segurança 
baseando-se, para isso, neste manual e na fontes de consulta relacionadas. 
Deverão escolher um sargento de tiro capacitado que auxilie nas instruções. 
ARTIGO II 
TERMINOLOGIA 
a. Atirador - instruendo que realiza os exercícios de tiro. 
b. Auxiliar de instrutor (Aux Instr) - oficial que auxilia o oficial de tiro na 
condução dos exercícios de tiro. 
c. Cavado do ombro - região côncava localizada entre o ombro e o peitoral. 
d. Clicar - regular os aparelhos de pontaria. 
e. Comandante da linha de tiro - oficial de tiro que emite todas as ordens que 
devem ser observadas pelos atiradores. 
f. Controlador de munição - graduado responsável pela distribuição de 
munição aos municiadores. 
g. Dedos da mão - polegar, indicador, médio, anular e mínimo. 
h. Descanso do gatilho - pequeno deslocamento do gatilho que não interfere 
na ação de desengatilhamento da arma. Folga longitudinal da tecla do gatilho. 
i. Falange - segmento dos dedos. Distal (da extremidade), medial (do meio) 
e proximal (mais próxima à palma da mão). 
2-2
C 23-1 
2-2 
2-4 
j. Instrutor: o mesmo que oficial de tiro. É o responsável por conduzir as 
instruções de tiro. 
l. Lado da mão auxiliar - é o lado do corpo correspondente à mão auxiliar. 
m. Lado da mão que atira - é o lado do corpo correspondente à mão que atira. 
n. Maça de mira - mira; pequena saliência localizada na extremidade 
anterior da arma. 
o. Mão auxiliar - mão que não atira. 
p. Mão que atira - mão que é usada para acionar o gatilho. 
q. Monitor(Mon) - graduado que auxilia o oficial de tiro na condução dos 
exercícios de tiro. 
r. Municiador - soldado que auxilia na distribuição de munição. 
s. Obréia - pedaço de papel, ou adesivo, utilizado para tampar os impactos 
no alvo. 
t. Oficial de tiro da Subunidade - oficial responsável pela execução das 
instruções de tiro, âmbito Subunidade. É o comandante da linha de tiro da SU. 
u. Oficial de tiro da Unidade - oficial responsável pela execução das 
instruções de tiro, âmbito Unidade. É o comandante da linha de tiro. 
v. Pulso do atirador - parte do corpo que une a mão ao antebraço. 
x. Punho da arma - parte da arma que é segura pela mão que atira. 
z. Sargento de tiro - sargento que auxilia o oficial de tiro nas instruções, 
podendo desempenhar a função de monitor. 
aa. Série de atiradores - conjunto de atiradores necessários para a 
ocupação da linha de tiro. 
ab. Série de falhas - repetição da série de tiro para os atiradores das armas 
que apresentaram incidentes. 
ac. Série de tiro - o mesmo que exercício de tiro(segundo IGTAEx). 
ad. Sessão de tiro - são todos os exercícios de tiro realizados durante uma 
jornada de instrução. 
ae. Tiro em seco - consiste em disparar a arma, sem munição, usando ou 
não cartuchos de manejo, aplicando todos os fundamentos do tiro. 
af. Tiro visado - tiro no qual se utiliza as miras do armamento 
ag. “V” da mão - é a área da palma da mão auxiliar onde o fuzil fica apoiado. 
O polegar, em lado oposto aos demais dedos, forma uma curva semelhante à letra 
“V”.
2-5 
C 23-1 
ARTIGO III 
SEGURANÇA NA INSTRUÇÃO 
a. Haverá um oficial no comando da linha de tiro em todos os exercícios(oficial 
de tiro) que terá seus comandos obedecidos pronta e irrestritamente, sendo 
somente dele emanados, a não ser em caso de emergência, ocasião em que o 
comando de “SUSPENDER FOGO” poderá ser dado por qualquer militar. 
b. Antes da execução do tiro real e logo após o término da última série de 
tiro, todas as armas e carregadores deverão ser inspecionados. Caso exista 
cartucho ou outro material no cano, este deverá ser retirado de imediato. 
c. As munições de festim e de manejo serão sempre inspecionadas , uma 
vez que pode haver munição real entre elas. 
d. A manutenção antes e depois do tiro também visa à segurança, além da 
eficiência do armamento. Antes dos exercícios, todos deverão verificar o estado 
geral do armamento e os itens de manutenção, identificando especialmente se 
não há fissuras no percussor ou se este não está quebrado. 
e. A área do estande de tiro será demarcada com bandeirolas vermelhas e 
avisos de “PERIGO: TIRO REAL”, (além de luzes indicativas em caso de tiro 
noturno). Os acessos devem ser sinalizados e obstruídos. A população deve ser 
alertada, em caso de necessidade. 
f. As armas serão sempre transportadas, no interior do polígono de tiro/ 
estande, abertas, travadas e sem o carregador. Jamais alguém poderá tocar no 
armamento ou permanecer com a arma fechada se houver pessoal à frente. 
g. Antes de cada exercício de tiro, deverão ser citadas as Normas de 
Segurança, as quais deverão estar impressas em locais visíveis e distribuídas no 
local da instrução; a saber: 
(1) é proibido fumar; 
(2) é obrigatório o uso do capacete balístico ou similar; 
(3) durante todo o período de permanência no estande e quando não forem 
empregadas as armas deverão estar travadas, abertas e sem o carregador. 
(4) as armas que não estiverem na linha de tiro permanecerão em local 
a elas destinado (indicar o local); 
(5) para as ações de municiar o carregador, alimentar, carregar, destra-var, 
iniciar o tiro, verificar os impactos e ir à frente, os militares deverão aguardar 
a ordem do comandante da linha de tiro; 
(6) em nenhuma hipótese a arma da linha de tiro terá seu cano voltado 
em outra direção que não seja a dos alvos; 
(7) as armas estarão sempre abertas e não poderão ser tocadas caso 
haja alguém à frente da linha de tiro; 
(8) todos deverão atender pronta e irrestritamente às ordens emanadas 
pelo comandante da linha de tiro; 
(9) ao ser carregada, a arma deverá estar apontando para a linha de alvos, 
bem como o dedo indicador da mão que atira deve estar fora do gatilho; 
2-2
C 23-1 
2-2 
2-6 
(10) qualquer pessoa que observar ocorrência de ato atentatório à 
segurança deverá comandar “SUSPENDER FOGO”. 
h. Nas situações de manuseio do armamento e no caso de incidentes e/ou 
acidentes de tiro, deverão ser executadas ações previstas nos Manuais Técnicos 
pertinentes a cada arma. É muito importante que a equipe de instrução conheça 
exatamente os detalhes de funcionamento, as medidas preliminares e as 
características do armamento utilizado. 
i. É importante inspecionar a qualidade dos cartuchos e impedir que 
munições danificadas ou com prazo de Exame de Estabilidade Química vencido 
sejam utilizadas no tiro. 
j. O tiro somente deve ser realizado com apoio médico (pessoal e meios) 
adequado. 
l. O controle visual da instrução, numa linha de tiro, conforme Fig 2-1, é um 
procedimento indispensável. Para isto, devem ser observados os seguintes 
aspectos: 
(1) após o término da série de tiro, o atirador, em silêncio, senta-se dois 
passos à retaguarda do seu posto de tiro; 
(2) os militares da próxima série sentam-se a quatro passos da linha de 
atiradores; e 
(3) não admitir conversas paralelas. 
Fig 2-1. Posicionamento dos atiradores e da próxima série de atiradores 
m. Segurança no tiro noturno 
(1) Para facilitar a identificação do alvo por parte do atirador é prudente 
dividir a série em grupos de, no máximo, quatro atiradores (Fig 2-2), separados 
pelo intervalo de um alvo.
2-2 
2-7 
C 23-1 
Fig 2-2. 
(2) Ao comando de “Carregar”, os Aux Instr/Mon acendem lanternas com 
filtro vermelho, acompanhando os tiros do seu setor. As lanternas devem estar 
direcionadas ao comandante da linha de tiro. 
(3) Ao término do exercício, eles inspecionam o setor que estiver sob sua 
responsabilidade e, quando terminarem, sinalizam, piscando a lanterna para o 
comandante da linha de tiro. 
(4) Antes da verificação dos impactos, as armas serão inspecionadas 
pelos monitores (armas ao solo, travadas, abertas, sem o carregador e com a 
janela de ejeção voltada para cima). Ao término do módulo e depois da última série, 
é necessário realizar a inspeção final. 
ARTIGO IV 
ORGANIZAÇÃO DA SESSÃO DE TIRO 
a. A sessão de tiro deve ser organizada de forma a facilitar o aprendizado 
dos instruendos, a segurança do pessoal envolvido e o controle das armas e 
munições empregados. Na medida do possível, todo o conforto deve ser proporcio-nado, 
principalmente nas primeiras instruções, a fim de que o aprendizado seja 
facilitado e o gosto pela atividade seja desenvolvido. 
b. O Cmt da linha de tiro deverá ocupar posição central, de forma a controlar 
da melhor forma possível o andamento da instrução. 
c. Os auxiliares de instrutor e monitores, em número de pelo menos um para 
cada vinte atiradores, deverão ser distribuídos ao longo da linha de tiro. 
d. O cabo armeiro deverá acompanhar todas as instruções, a fim de sanar 
as panes não eliminadas no 1º escalão de Mnt. 
e. Um graduado deverá manter o controle de toda a munição que deverá ser 
distribuída aos atiradores pelos municiadores. 
f. À medida que forem terminando os seus exercícios de tiro, os atiradores 
deverão sentar, aproximadamente, a dois passos, à retaguarda da sua posição de 
tiro (Fig 2-1), a fim de que os instrutores e monitores possam controlar e transitar 
pela linha de tiro. Aux Instr/Mon farão uma inspeção sumária das armas, 
verificando se estão abertas,descarregadas, travadas e sem carregador, e dando 
o pronto ao comandante após a verificação de todas em seu setor. Para esta 
inspeção da linha de tiro, é importante que os atiradores deixem seu armamento
C 23-1 
apontado para frente, com as janelas de ejeção voltadas para cima e os 
carregadores com seus transportadores (ou afins) virados para a retaguarda. 
2-8 
g. Os atiradores, em caso de dúvida, deverão consultar, inicialmente, o Aux 
Instr/Mon do seu setor de tiro. Os militares que estiverem aguardando para atirar, 
só deverão opinar se autorizados pelo comandante da linha de tiro, auxiliares de 
instrutor e monitores. Os exercícios de tiro deverão ser executados individualmen-te 
e com disciplina. 
h. Depois de completados os exercícios, instrutor, auxiliares de instrutor e 
monitores irão à frente juntamente com os atiradores para a verificação dos alvos 
e marcação dos borrões. Os borrões de tiro serão recolhidos e entregues ao oficial 
de tiro que providenciará seu arquivamento. 
i. Os militares que tiverem desempenho inferior ao estabelecido pela 
IGTAEx, deverão reiniciar os exercícios, tendo em vista a melhoria da sua atuação 
no tiro. 
j. É obrigatória a presença de médico e de ambulância em qualquer 
instrução com tiro real, sendo que este deverá conduzir material apropriado para 
as possíveis lesões que ali possam ocorrer. 
Fig 2-3. Exemplo de organização do estande e da instrução de tiro 
l. Os materiais que devem ser conduzidos para o tiro são os seguintes: 
sistema de som, mesas de campanha, bancos de campanha, cola branca, 
tesoura, obréias adesivas ou de papel, alvos e molduras de reserva, capacete para 
assistência, protetores de ouvido, óculos de proteção, grude, material de manu-tenção 
de armamento, pranchetas, canetas, lápis, borracha, manuais relaciona-dos 
com o tiro, fitas adesivas tipo crepe, martelo e prego. 
2-2
2-2 
2-9 
C 23-1 
m. No planejamento da fase básica do período de instrução individual deve 
ser previsto o tempo suficiente para as instruções de tiro. Como sugestão, 
considerando a inexperiência dos futuros atiradores, o instrutor de tiro pode 
intercalar, logo na primeira sessão, cartuchos de manejo com cartuchos M1. Este 
tipo de exercício propicia ao instrutor a oportunidade de identificar erros, principal-mente 
os de acionamento nos disparos com cartuchos de manejo, ao atirador 
verificar se está fechando o olho, acionando o gatilho incorretamente, ou 
executando algo errado e ao atirador da próxima série, a oportunidade de, mesmo 
sentado atrás da linha dos Aux Instr/Mon, poder observar os erros de procedimen-to 
e ouvir os comentários destes sobre as correções necessárias. 
n. Quanto menor o número de atiradores por instrutor melhor será para o 
rendimento da instrução. 
o. Os Instr/Aux Instr/Mon não deverão jamais impor castigos ou limitações 
não previstas nos exercícios de tiro. 
p. Instalar um sistema de som compatível que facilite o controle e as ordens. 
ARTIGO V 
MISSÕES DO OFICIAL DE TIRO DA UNIDADE E SUBUNIDADE 
a. O oficial de tiro da unidade tem as seguintes missões: 
(1) assessorar o Cmt, S3 e S4 da unidade no planejamento das 
instruções e exercícios de tiro; 
(2) ministrar instruções de fundamentos de tiro e aplicar oficinas da IPT 
para os quadros da unidade, em especial os oficiais e sargentos de tiro das 
subunidades, de acordo com o planejamento do S3, a fim de padronizar os 
conhecimentos e informações a serem repassadas aos instruendos. Essas 
instruções deverão, obrigatoriamente, ser conduzidas antes da IPT dos recrutas, 
podendo ser repetidas por ocasião dos exercícios de tiro ao longo do ano de 
instrução; 
(3) fiscalizar as instruções ministradas dentro de cada subunidade, para 
verificar o estrito cumprimento dos preceitos contidos neste manual, além de 
orientar os instrutores e monitores no que se fizer necessário. 
(4) conduzir o tiro no âmbito da unidade, que não for executado no âmbito 
da SU, em especial o TAT de oficiais e sargentos, competições de tiro e instruções 
dos quadros da OM. 
b. O oficial de tiro da subunidade tem por missões: 
(1) ministrar a instrução de fundamentos de tiro e a IPT para os militares 
da sua subunidade, em especial aos recrutas, fazendo a avaliação individual de 
cada um e lançando a avaliação das oficinas da IPT em borrão específico, que 
deverá ser arquivado apropriadamente; 
(2) fazer os pedidos de material que forem necessários ao S4, por meio 
do Cmt de SU e assessorado pelo sargento de tiro, a fim de conduzir a s instruções 
e exercícios de tiro nas melhores condições possíveis;
C 23-1 
2-2 
2-10 
(3) verificar os militares da subunidade que farão cada exercício de tiro, 
de acordo com a distribuição das IGTAEx; 
(4) preencher os borrões de tiro, juntamente com os Aux Instr/Mon, 
analisando os resultados; 
(5) planejar e executar a recuperação dos militares que apresentarem 
desempenho deficiente durante as sessões de tiro. Havendo disponibilidade de 
pessoal e espaço no estande, os instruendos com deficiência deficientes poderão 
fazer treinamento com FAC (vide croqui de linha de tiro) antes do tiro real; 
(6) fiscalizar a preparação do estande de tiro e das oficinas da IPT; 
(7) comandar a linha de tiro, sendo responsável pela disciplina e 
segurança; 
(8) fiscalizar os militares na linha de tiro, orientando-os na execução 
correta dos fundamentos de tiro e na clicagem do armamento; 
(9) verificar as condições de manutenção e segurança do armamento 
antes, durante e depois dos exercícios de tiro; 
(10) acompanhar o controle de consumo de munição, cobrando do 
graduado responsável pela distribuição dos cartuchos a quantidade consumida, 
sobras e falhas daquilo que foi utilizado na instrução; 
(11) os Instr/Aux Instr/Mon deverão buscar sempre o alto rendimento da 
instrução com a recuperação dos atiradores com baixo desempenho. 
ARTIGO VI 
SELEÇÃO DOS INSTRUTORES(OFICIAL DE TIRO), AUXILIARES DE 
INSTRUTOR E MONITORES DE TIRO 
a. A seleção dos instrutores, auxiliares de instrutor e monitores de tiro é de 
capital importância para o rendimento na instrução. 
b. São qualidades inerentes a esses militares todas aquelas que proporci-onarão 
confiança, segurança e tranqüilidade ao instruendo para que este possa 
aprender a atirar, deve ser paciente para repetir quantas vezes forem necessárias 
o exercício até que o militar aprenda. 
c. Deve ainda, se sentir motivado pela atividade de tiro, ser sério, dedicado 
e preocupado com a segurança. Isso associado aos seus conhecimentos da 
técnica e dos fundamentos de tiro, bem como e do conhecimento do armamento, 
proporcionar-lhe-ão um alto rendimento e sucesso na instrução de tiro. 
ARTIGO VII 
SELEÇÃO E PREPARAÇÃO DAS ARMAS A SEREM UTILIZADAS NA 
INSTRUÇÃO 
a. As armas que deverão ser utilizadas na instrução devem ser, preferen-cialmente 
as armas distribuídas aos militares de cada subunidade. O combatente 
deve conhecer seu armamento e fazer sua regulagem, conforme a IGTAEx.
2-2 
2-11 
C 23-1 
b. Devem ser sanados todos os problemas do armamento que possam 
causar incidentes, acidentes ou baixo rendimento durante os exercícios de tiro. 
O armamento deve estar em boas condições: cano sem ferrugem, assim como 
as demais partes da arma, ausência de folgas, aparelhos de pontaria bem fixados 
e todos os itens de manutenção em dia. 
c. Em relação ao fuzil, é importante salientar as seguintes observações: 
(1) o anel regulador do escape de gases deve proporcionar uma pequena 
saída, a ser diminuída apenas em função da necessidade, caso haja insuficiência 
de gases. O fechamento completo do orifício de escape de gases pode resultar 
na soltura do cilindro de gases, o que indisponibiliza o fuzil para o tiro; 
(2) a manutenção do cano do fuzil FAL, por ocasião do tiro, aumenta sua 
vida útil. Um mau rendimento no tiro, com grupamentos excessivamente espalha-dos, 
pode significar que o cano esteja descalibrado. Um fuzil FAL que sai de 
fábrica passa por teste balístico, cujo resultado deve ser um grupamento de cinco 
tiros inscritos em um quadrado de oito centímetros de lado a cinqüenta metros. 
O oficial de tiro pode fazer teste semelhante que INDICARÁ se o cano está ou não 
em boas condições. A condenação do armamento, porém, só poderá ser 
comprovada por teste conduzido em órgão especializado. A respeito deste 
assunto, a simples verificação feita apenas com calibrador de cano não indica 
canos descalibrados em sua totalidade. O tiro de rajada também deve ser evitado 
com o FAL, por ser um diminuidor da vida útil do cano; 
(3) o percussor quebrado do FAL pode produzir um dos mais graves 
acidentes, que é o disparo ocorrido antes do trancamento da arma, em virtude do 
afloramento da ponta do percussor, o que ocasiona a percussão precoce durante 
o movimento do fechamento do ferrolho. Para evitar este acidente, deve ser feita 
a verificação do percussor sempre antes do tiro, buscando quebra ou ranhuras que 
indiquem rachaduras; 
(4) os aparelhos de pontaria devem estar bem fixados por ocasião do tiro. 
Um desvio de um milímetro nos aparelhos de pontaria ocasiona um erro de nove 
centímetros a cinqüenta metros, prejudicando sobremaneira o resultado. Na 
inspeção antes do tiro deve ser feita a verificação do estado dos aparelhos de 
pontaria, observando-se especificamente a alça de mira. Se estes apresentarem 
folga, deverão ser manutenidos, reparados ou substituídos, a fim de não prejudicar 
o tiro. O uso de uma liga elástica, que envolve a alça e a coronha da arma, atenua 
esta folga originada de fábrica ou de uso constante. 
ARTIGO VIII 
A PROGRESSIVIDADE DA INSTRUÇÃO DE TIRO 
a. As instruções de tiro devem seguir o fundamento da progressividade, 
segundo o qual as dificuldades surgirão de forma progressiva e serão vencidas 
pouco a pouco pelos militares instruendos. 
b. A atividade do tiro requer a criação de procedimentos mentais comple-xos, 
que devem ser aprendidos de forma favorável.Um conforto inicial e o que for 
permitido pelo exercício devem ser proporcionados na fase de aprendizagem. Com
C 23-1 
2-2/2-3 
isso, o gosto pela atividade, que é importante na criação dos reflexos condiciona-dos, 
fará parte das atitudes do atirador. 
c. Não poderão ser permitidos castigos físicos. 
d. O baixo rendimento deve ser analisado em busca da solução, inclusive 
com a análise do armamento. 
2-12 
e. Os militares com fraco desempenho deverão iniciar uma recuperação da 
eficácia de tiro na primeira oportunidade. 
f. As instruções devem começar à curta distância até a distância de 
utilização de combate, de competição e de tiro de caçador, considerando-se que 
a dificuldade sempre será gradual. 
g. Da mesma forma, as instruções serão inicialmente estáticas (tiro de linha 
de tiro), passando depois aos tiros dinâmicos (em pistas de tiro) até chegar ao 
tiro sob estresse. 
h. A falta de progressividade da instrução pode causar desmotivação, 
bloqueio psicológico e acidentes. 
ARTIGO IX 
EXECUÇÃO DOS EXERCÍCIOS DE TIRO 
2-3. GENERALIDADES 
a. Todos os módulos de tiro estão previstos nas Instruções Gerais de Tiro 
com o Armamento do Exército (IGTAEx) e devem ser cumpridos na íntegra. 
b. Ao mesmo tempo em que é executado o tiro real, deve ser montado, à 
parte, no próprio estande, (observando-se as Normas de Segurança), uma linha 
de tiro de ar comprimido (Fig 2-4). Um Aux Instr/Mon conduzirá várias séries de 
tiro de Car 4,5 mm com os atiradores com menções inferiores a “R”.
2-3 
2-13 
C 23-1 
Fig 2-4. 
c. Devem ser executados treinamentos de tiro em seco com os militares que 
estiverem aguardando para realizar o tiro real e, depois, com o restante dos 
atiradores. 
d. Os atiradores com desempenho insuficiente devem receber instrução 
preliminar, executando os exercícios dos itens “b” e “c” citados acima; executar 
o tiro e; caso necessário, realizar recuperação do exercício, logo após o término 
da última série. 
e. No tiro de instrução básico, é necessário realizar as sessões iniciais 
intercalando munição real com munição de manejo. Este procedimento auxilia a 
identificação de erros de acionamento. 
f. O borrão de tiro é um documento. O correto preenchimento e o seu 
arquivamento são fundamentais para o controle da instrução. O borrão deve ser 
confeccionado de acordo com os exercícios que serão executados na jornada. As 
figuras abaixo servem de exemplo.
C 23-1 
2-14 
Fig 2-5. Ficha de avaliação da IPT 
2-3
2-15 
C 23-1 
Fig 2-6. Exemplo de borrão de tiro 
Extrato da IGTAEx 2001(TIB página 11-40) usado como referência para o 
preenchimento do borrão da Fig 2-6. 
2-3
C 23-1 
2-3/2-4 
Exercício 
de tiro 
101 Deitada Apoiada 4 
102 Deitada 4 
103 Ajoelhada apoiada 4 
104 Pé visado 2 
105 Pé visado 2 
106 Pé não visado 3 
107 Pé não visado 3 E, MB, B, R ou I, de acordo com 
108 Pé não visado 3 número de impactos na silhueta. 
2-16 
Posição 
Tiros por 
homem 
Alvo Padrões mínimos 
A6 
E, MB, B, R ou I, de acordo com 
tamanho do grupamento de tiro. 
A2 1 impacto na silhueta. 
A2 
Treinamento para tiro noturno. 
Fig 2-7. Extrato da IGTAEx 2001 
g. Constituição da equipe de instrução de tiro 
(1) Instrutor de tiro 
(2) Médico 
(3) Auxiliares de instrutor/monitores: um para, no máximo, 20 atiradores, 
(4) Controlador de munição 
(5) Municiadores (no mínimo dois) 
(6) Cabo armeiro 
(7) Motorista da ambulância 
(8) Equipe de segurança: constituição variada (depende do tamanho e 
localização do estande) 
h. Segurança de terceiros - Procedimentos a serem realizados antes de 
iniciar o tiro. 
(1) Para estandes fora da OM: verificar se civis ou outros militares 
circulam pelas imediações do estande. 
(2) Utilizar a Eqp Seg para bloquear os acessos ao estande de tiro 
(3) Para estandes dentro da OM: certificar se os militares da OM estão 
cientes da realização do tiro (avisos em formaturas, previsão em QTS, vias de 
acesso interditadas, etc) 
2-4. DESENVOLVIMENTO 
a. Seqüência e Comandos de Tiro 
(1) Manutenção do armamento: o instrutor deve determinar a desmontagem 
de 1º escalão dos fuzis, a fim de inspecionar as peças móveis: numeração do 
ferrolho e do impulsor do ferrolho, situação do percussor, mola do percursor etc. 
O cabo armeiro deve assistir os militares nesta desmontagem/montagem. Armas 
com peças trocadas ou danificadas não podem ser utilizadas no tiro.
2-4 
- “Preparar para a inspeção!” - os militares 
colocam a arma, travada, sobre o ombro esquer-do, 
com a janela de ejeção aberta e o carregador 
na mão direita com o transportador voltado para 
frente. 
- “Para a inspeção, posição!” - os atirado-res 
unem os calcanhares 
2-17 
C 23-1 
(2) Verificar se os instruendos estão com proteção auditiva 
(3) Inspeção inicial : Dispor a tropa em coluna por dois, com intervalo de 
03 (três) passos, frente para o interior, na posição de descansar; emitir as 
seguintes ordens: “PREPARAR PARA INSPEÇÃO!”, “PARA INSPEÇÃO, 
POSIÇÃO!”(Fig 2-8), “APÓS A INSPEÇÃO, ABAIXEM A ARMA E PERMANE-ÇAM 
NA POSIÇÃO DE DESCANSAR!”; 
Fig 2-8. 
(4) Ambientação com os procedimentos no estande e com o tiro: 
(a) apresentar a equipe de instrução e de apoio, explicando a função 
de cada um de seus integrantes; 
(b) persuadir os instruendos a executarem corretamente os funda-mentos 
do tiro, para que estejam em condições de usar de forma adequada o 
armamento, relembrando estes fundamentos; 
(c) mostrar a disposição dos meios no estande; 
(d) explicar como as atividades serão desenvolvidas; 
(e) explicar o procedimento em caso de incidente de tiro (falhas): o 
atirador, em silêncio, permanece na posição de tiro, levanta o braço da mão que 
atira e aguarda a presença do Aux Instr/Mon, para que este possa assisti-lo na 
solução da pane. 
(f) demonstrar a seqüência das ações a serem desenvolvidas pelos 
atiradores; 
(g) ler as Normas de Segurança (letra h. do Artigo III, Capítulo 2); 
(h) questionar alguns atiradores, para verificar se entenderam o que 
foi explicado; 
(i) perguntar se existe dúvida. 
(5) Organizar as séries de atiradores. 
(6) Dispor a tropa conforme a figura 2-3. 
(7) Recomendar aos atiradores que, ao término de cada série de tiro, 
permaneçam sentados a dois passos da retaguarda do posto de tiro, mantenham 
a arma ao solo, travada, aberta, com a janela de ejeção para cima e o carregador 
com o transportador voltado para a retaguarda. 
(8) Após a 1ª série ocupar a linha de tiro, comandar: “ATIRADORES, 
ARMAS AO SOLO, TRAVADAS, ABERTAS E SEM CARREGADOR; JANELA
C 23-1 
2-4 
DE EJEÇÃO PARA CIMA E CARREGADOR COM O TRANSPORTADOR 
VOLTADO PARA A RETAGUARDA. SENTADOS!”. 
2-18 
(9) “IDENTIFIQUEM SEUS ALVOS!”. Os atiradores levantam o braço e 
citam número do alvo (da esquerda para direita e em ordem crescente). 
(10) “PREENCHAM OS BORRÕES DE TIRO!”. Explicar como preen-cher. 
(11) “A PARTIR DE AGORA, CINCO MINUTOS DE TREINAMENTO DE 
TIRO EM SECO E DAS POSIÇÕES DE TIRO!”. Ressaltar as características de 
cada posição enquanto estiver corrigindo os instruendos; usando um sistema de 
som. 
(12) “TREINAMENTO ENCERRADO! ARMAS AO SOLO, TRAVADAS, 
ABERTAS E SEM CARREGADOR; JANELA DE EJEÇÃO PARA CIMA E 
CARREGADOR COM O TRANSPORTADOR VOLTADO PARA A RETAGUAR-DA. 
SENTADOS!”. Descrever o exercício a ser realizado. 
(13) “MUNICIAR __ CARREGADOR(ES), CADA UM COM __CARTU-CHOS!”. 
(14) “TOMAR A POSIÇÃO _________!”. 
(15) “ALIMENTAR!”. Verifique se alimentaram as armas. 
(16) “CARREGAR!”. Verifique se carregaram. 
(17) “TRAVAR!”. 
(18) “ATIRADORES PRONTOS?”. Neste momento, os monitores levan-tam 
o braço, sinalizando para o comandante da linha de tiro, abaixando-o somente 
quando todos estiverem prontos. 
(19) “DESTRAVAR AS ARMAS!”. 
(20) “ATENÇÃO!”. Apitar ou comandar “FOGO A VONTADE!”. 
(21) Apitar para terminar ou comandar “CESSAR FOGO!”. 
(22) “FALHAS?”. Sanar os incidentes (se houver) para prosseguir com os 
exercícios. Os Aux Instr/Mon devem acompanhar, individualmente, cada atirador, 
auxiliando-o, conforme o caso, a fim de resolver o incidente com a arma. 
(23) Quando não houver mais falhas comandar “EXERCÍCIO DE TIRO 
TERMINADO! ATIRADORES, ARMAS AO SOLO, TRAVADAS, ABERTAS E 
SEM CARREGADOR; JANELA DE EJEÇÃO PARA CIMA E CARREGADOR 
COM O TRANSPORTADOR VOLTADO PARA A RETAGUARDA”. AUX INSTR/ 
MON, VERIFIQUEM A SEGURANÇA DA LINHA DE TIRO!”. 
(24) Após o sinal positivo dos monitores: “LINHA DE TIRO EM SEGU-RANÇA! 
ATIRADORES DE PÉ! À FRENTE VERIFICAR OS RESULTADOS!”; 
(25) Depois de encerrado o último exercício de tiro, de cada série de 
atiradores, o instrutor, auxiliado pelos Aux Instr/Mon, faz a inspeção final na 
própria linha de tiro. 
b. Verificação dos resultados 
(1) Durante a verificação dos alvos, os atiradores anotam os impactos no 
borrão de tiro, um monitor anota em uma folha o desempenho (E, MB, B, R ou I) 
e recolhe os borrões dos militares aptos. Os resultados insuficientes têm que ser 
recuperados. 
(2) O(s) monitor(es) que permanece(m) na linha de tiro organiza(m) o 
próximo rodízio.
2-4/2-5 
2-19 
C 23-1 
(3) A série de espera recolhe estojos vazios e em seguida, retorna ao seu 
lugar, de frente para o alvo sem tocar no armamento. 
(4) A próxima série se prepara para ocupar a posição de espera. 
(5) O cabo armeiro anota o número das armas com as respectivas 
quantidades de tiros, além de registrar, se for o caso, as panes, incidentes ou 
problemas apresentados. 
(6) Os soldados auxiliares e os atiradores tampam os furos nos alvos. 
(7) Após o término dos exercícios de tiro previstos, os atiradores com 
resultado satisfatório seguem para a manutenção do armamento, coordenada 
pelo cabo armeiro. Os militares deficientes realizarão exercícios de tiro em seco 
ou tiro com FAC. 
2-5. CONTROLE DA INSTRUÇÃO 
É importante que o oficial Cmt da linha de tiro acompanhe, antes, durante 
e após o exercício, o trabalho dos seus auxiliares, a fim de providenciar, mediante 
Parte, as seguintes informações: 
a. Situação do armamento: neste item relaciona-se a numeração do fuzil 
com o número de disparos efetuados pela arma. É necessário especificar as 
armas que apresentaram mau funcionamento, tiveram peças danificadas ou 
causaram acidente de tiro. 
b. Resultados individuais: na Parte, os borrões de tiro são anexados, 
emitindo parecer, indicando os militares que não atingiram resultado satisfatório. 
Estes militares não deverão portar armamento. 
c. Consumo de munição: neste item são relacionadas as quantidades, por 
lote, de cartuchos consumidos, de cartuchos danificados e de cartuchos devol-vidos.
C 23-1 
2-5/2-7 
2-20 
Fig 2-9. 
(1) Durante a instrução, o graduado responsável pela munição deve usar 
a ficha abaixo (Fig 2-9) como ferramenta de controle. 
(a) Extra: é a munição distribuída além do previsto. Exemplo: Mun 
para substituir Car danificado no carregamento. 
(b) Sobra: é a munição distribuída e não utilizada. Exemplo: o atirador 
não termina a série de tiro dentro do tempo determinado. 
(c) Os municiadores, entregando munição extra para os Aux Instr/ 
Mon ou recebendo as sobras destes, informam imediatamente o fato ao graduado 
controlador da munição. 
(2) Os acidentes ocorridos durante a instrução deverão ser administrados 
de acordo com o previsto no Programa de Instrução Militar(PIM). 
2-6. CONCLUSÃO 
Ao término do exercício de tiro, é feita uma análise, em que se procura 
mostrar os pontos a serem melhorados, ressaltando-se os aspectos positivos. 
2-7. PRESCRIÇÕES DIVERSAS 
a. Medidas administrativas 
(1) Previsão de consumo de munição - Conciliar a quantidade prevista 
para o consumo, segundo a IGTAEx e a disponibilidade de cartuchos pelas 
dotações da OM. Estas são regulamentadas por portarias específicas, sendo 
conveniente consultá-las junto à 4ª seção e ao oficial de munição da OM.
2-21 
C 23-1 
(2) Pedido de munição - Normalmente é feito por meio da SU ao Fiscal 
Administrativo da OM (4ª seção). 
(3) Pedido de apoio médico - Normalmente é feito por meio da SU ao 
Fiscal Administrativo da OM (4ª seção). 
(4) Pedido de estande - Normalmente é feito por meio da SU ao Oficial 
de Operações da OM (3ª seção). 
b. Aquisição de Alvos e Obréias 
(1) Os alvos e obréias podem ser adquiridos no EGGCF ou em gráficas 
especializadas. Na impossibilidade de comprá-los, os alvos poderão ser confec-cionados 
de maneira artesanal, usando-se cartolina ou outro papel e tinta preta. 
Cria-se uma moldura de borracha ou madeira e pinta-se o interior com rolo ou 
pincel. 
(2) Tamanho do alvo: o alvo padrão é o alvo A2, representando a silhueta 
de um homem em pé. Os tiros visados com fuzil objetivam acertar um homem a 
200 metros. (Fig 2-10) 
Fig 2-10 
(3) Em estandes reduzidos, bem como para a confecção dos meios 
auxiliares de instrução, é recomendável utilizar alvos com dimensões reduzidas 
em escala, proporcionais à distância operacional (200 m), possibilitando ao 
instruendo sempre a mesma fotografia. 
Exemplo: 
(a) Pela regra de três 
A C 
B D 
(b) Estande de 50 m à 200/50 = ¼ à FATOR MULTIPLICADOR 
(c) Multiplicam-se pelo fator multiplicador todas as dimensões do alvo: 
36 cm x ¼ ; 56 cm x ¼ ; 20 cm x ¼ ; 16 cm x ¼ , pois ¼ é o valor 
de 200 m dividido por 50 
2-7 
=
C 23-1 
2-22 
(d) Os alvos reduzidos podem ser impressos, com menor custo, em 
impressoras de computador, em fotocopiadoras ou pintados com tinta preta(pintam-se 
várias folhas para depois recortá-las nas medidas desejadas). 
(4) As obréias ideais são as do tipo adesivas, pela facilidade de 
manuseio, agilizando o trabalho de trincheira, tendo em vista que são limpas e de 
custo relativamente baixo. Podem também ser confeccionadas de papel picotado 
com cola à base de farinha de trigo. 
(5) As molduras podem ser confeccionadas com diversos materiais 
(papelão, madeira, isopor, pano, etc). São numeradas e devem permanecer firmes 
e resistentes às condições adversas do tempo, como chuvas e ventos fortes. 
Fig 2-11. Exemplo de moldura 
Fig 2-12. Moldura utilizando isopor 
2-7
3-1 
C 23-1 
CAPÍTULO 3 
FUNDAMENTOS DE TIRO DE FUZIL 
3-1. GENERALIDADES 
a. O tiro preciso é um conjunto de ações muito simples e interligadas. Os 
fundamentos do tiro são aspectos básicos que devem ser perfeitamente compre-endidos 
neste processo, sendo são apresentados na seqüência natural das ações 
para realização de um disparo com o fuzil. Se o atirador executá-los corretamente, 
terá maior êxito na realização de tiros em alvos de instrução e no combate. Os 
fundamentos de tiro são a posição estável, a pontaria, o controle da respiração e 
o acionamento do gatilho. Todos os fundamentos devem ser executados de forma 
integrada. O atirador deve utilizar a estrutura óssea do corpo como apoio, 
procurando amenizar a fadiga precoce dos músculos envolvidos na posição, em 
especial na deitada e ajoelhada. 
b. Os fundamentos de tiro de fuzil serão detalhados nos artigos a seguir. 
ARTIGO I 
POSIÇÃO ESTÁVEL 
3-2. DEFINIÇÃO 
É o sistema formado pela empunhadura e a posição de tiro, objetivando a 
menor oscilação do conjunto arma-atirador. Sempre que possível, o atirador 
deverá procurar utilizar qualquer tipo de apoio (sacos de areia, árvores, troncos, 
pneus, colunas etc.) para a realização do tiro, pois, além de permitir uma posição 
mais estável, poderá servir também de abrigo. Vale ressaltar que, em algumas 
situações, o atirador não contará com apoios. Para manter uma boa estabilidade, 
qualquer que seja a posição de tiro, é necessário uma força muscular que sustente 
o peso da arma e tenha como resultante a firmeza da arma e da posição de tiro.
C 23-1 
3-3. CONCEITOS 
3-2 
a. Arco de movimento - São movimentos constantes do corpo do atirador 
que influenciam o grupamento de tiro e são notados durante a pontaria. 
b. Estabilidade da posição - Situação ocorrida quando ao assumir a 
posição de tiro, o atirador possui um arco de movimento reduzido. 
c. Firmeza - É qualquer ação exercida sobre a arma ou musculatura que 
resulte em estabilidade. 
d. Contração - É a força muscular exercida sobre a arma ou musculatura 
que resulte em instabilidade e fadiga precoce da musculatura, respectivamente. 
e. Zona natural de pontaria - Ao assumir naturalmente a posição de tiro, 
o fuzil do atirador aponta para uma determinada direção. A direção apontada e a 
oscilação do corpo determinam a zona natural de pontaria. Caso esta zona não 
coincida com o alvo, o atirador deve corrigir a posição de tiro para que isto 
aconteça. Se o atirador forçar a posição de tiro na direção do alvo, diminuirá a 
estabilidade da posição bem como a probabilidade de acerto. Quanto mais 
freqüente for a prática do atirador, melhor será a capacidade de fazer com que a 
zona natural de pontaria seja a região do alvo ao assumir a posição de tiro 
naturalmente. 
3-4. EMPUNHADURA 
É o ajuste das partes do corpo à arma, proporcionando firmeza ao conjunto, 
facilitando a realização da pontaria e o correto acionamento do gatilho. 
a. Pontos de contato do corpo do atirador com a arma 
(1) a mão que atira segura o punho da arma e pressiona o gatilho; 
(2) a mão auxiliar segurando as placas do guarda-mão, no “V” da mão; 
(3) o cavado do ombro prende a chapa da soleira; 
(4) a cabeça do atirador pende sobre o delgado da coronha. 
b. O atirador deve buscar 
(1) não comprimir excessivamente a arma com a mão auxiliar, pois 
somente a força muscular é suficiente para dar firmeza à posição estável; 
(2) manter o fuzil firme no cavado do ombro; 
(3) a cabeça pende ereta sobre o delgado da coronha; 
(4) a mão que atira empunha a arma com firmeza. 
3-3/3-4
3-3 
C 23-1 
Fig 3-1. Empunhadura 
Fig 3-2. “V” da mão 
3-4
C 23-1 
3-5 
3-5. POSIÇÕES DE TIRO 
3-4 
a. Generalidades - A posição de tiro deverá propiciar ao atirador estabili-dade 
e conforto (este último quando possível), possibilitando assim uma correta 
empunhadura e pontaria. Ela reduzirá o arco de movimento do atirador, permitindo 
a ele melhores condições para realizar um acionamento correto. A diminuição do 
arco de movimento é conseqüência, portanto, da posição de tiro e, principalmente, 
do treinamento constante. As posições de tiro aqui apresentadas são básicas e 
partem sempre da posição inicial. A escolha da melhor posição de tiro, ou uma 
variação desta, será feita em função da situação do terreno, do inimigo ou dos 
meios disponíveis para apoio e abrigo. 
b. Posição Inicial - É a posição utilizada para o início dos exercícios de 
tiro no estande (Fig 3-3). Os detalhes da posição ajoelhada são: 
(1) o atirador fica de frente para o alvo, com os pés afastados entre si a 
uma distância correspondente à largura dos ombros (opção para o pé do lado da 
mão auxiliar, um pouco à frente); 
(2) a mão auxiliar segura a placa do guarda-mão; 
(3) a mão que atira segura o punho do fuzil, na altura da cintura, com o 
cano voltado para frente. 
Fig 3-3. Posição inicial 
c. Posição deitada - Esta posição de tiro naturalmente possibilita maior 
estabilidade ao atirador por possuir maior superfície de apoio, bem como ter seu 
centro de gravidade próximo ao solo (Fig 3-4). Os fundamentos da posição de tiro 
deitada são:
3-5 
3-5 
C 23-1 
(1) deitar de frente, com o corpo em ângulo de aproximadamente 30o em 
relação à direção de tiro, para o lado da mão auxiliar; 
(2) a perna do lado da mão que atira ligeiramente flexionada, aliviando o 
movimento do diafragma na respiração e proporcionando, ao lado da mão auxiliar, 
um maior contato com o solo; 
(3) a perna do lado da mão auxiliar naturalmente estendida no prolonga-mento 
da coluna vertebral; 
(4) o cotovelo do lado da mão auxiliar apoiado o mais baixo possível da 
arma e antebraço tocando o carregador; 
(5) a chapa da soleira no cavado do ombro; 
(6) cotovelo do lado da mão que atira apoiado naturalmente ao lado do 
corpo; 
(7) a mão que atira empunha o fuzil, trazendo-o de encontro ao ombro do 
lado que atira, dando-lhe firmeza; 
(8) a cabeça deve estar na vertical, com o seio da face apoiado sobre a 
coronha e com a musculatura do pescoço descontraída. 
Fig 3-4. Posição de tiro deitada 
d. Posição ajoelhada - É uma posição de boa estabilidade, baseada na 
correta distribuição do peso do conjunto arma atirador (Fig 3-5 e 3-6). Os 
fundamentos da posição ajoelhada são: 
(1) girar aproximadamente 45º em relação à direção de tiro, para o lado 
da mão que atira; 
(2) Dar um passo à frente com a perna do lado da mão auxiliar, 
ajoelhando-se sobre a perna do lado da mão que atira; 
(3) o calcanhar encaixa no vão entre as nádegas; 
(4) a perna do lado da mão auxiliar permanece na vertical ou com o pé um 
pouco à frente, mantendo-o paralelo à outra perna; 
(5) o peso do corpo distribuído igualmente pelos três pontos de apoio do 
conjunto (joelho, pé do lado da mão que atira e pé do lado da mão auxiliar), 
formando uma boa base (triângulo eqüilátero);
C 23-1 
3-6 
(6) o cotovelo do lado da mão auxiliar apoiado no joelho, ultrapassando-o 
ligeiramente e antebraço tocando o carregador; 
(7) a chapa da soleira colocada no cavado do ombro; 
(8) a mão que atira empunha o fuzil trazendo-o, firmemente, de encontro 
ao cavado do ombro, resultando em firmeza; 
(9) cabeça na vertical, apoiando a bochecha sobre a coronha e 
descontraindo a musculatura do pescoço; 
(10) a posição de tiro ajoelhada comporta ainda três tipos de colocação 
do pé do lado que atira ,podendo ser utilizadas de acordo com a individualidade 
do atirador. 
Fig 3-5. Posição de tiro ajoelhada 
Fig 3-6. Colocação do pé do lado da mão que atira na posição ajoelhada 
f. Posição de pé - Oferece menos apoio e estabilidade ao atirador. Esta 
posição facilita o engajamento de alvos em movimento e em várias direções. 
Apesar de ser menos estável (por depender da sustentação muscular), a posição 
permite tiros precisos com boa cadência (Fig 3-7). Os fundamentos da posição 
de tiro de pé são: 
(1) dar um passo à frente com a perna do lado da mão auxiliar e flexioná-la 
ligeiramente; 
(2) a perna do lado da mão que atira permanece estendida; 
(3) o tronco inclina-se para a frente, no prolongamento da perna estendida; 
3-5
3-7 
C 23-1 
(4) a mão que atira empunha o fuzil, puxando-o, firmemente, de encontro 
ao cavado do ombro; 
(5) a cabeça deve estar na vertical, apoiando o seio da face sobre a 
coronha e relaxando a musculatura do pescoço; 
(6) a chapa da soleira fica pouco acima do cavado do ombro em relação 
à posição deitada e ajoelhada. 
Fig 3-7. Posição de tiro de pé 
3-5
C 23-1 
3-8 
ARTIGO II 
PONTARIA 
3-6. GENERALIDADES 
a. A pontaria é o fundamento de tiro que faz com que o atirador direcione 
sua arma para o alvo. 
b. Apontar para o alvo significa alinhar os aparelhos de pontaria do fuzil 
corretamente com o alvo. 
c. O ser humano possui um de seus olhos com melhor capacidade de 
apontar que o outro, denominado olho diretor. Este, sempre que possível, deve ser 
utilizado para realizar a pontaria, desde que seja do mesmo lado que o atirador 
prefira atirar em função da sua habilidade motora. Caso este lado não seja 
correspondente ao olho diretor, o atirador deve escolher sua posição de tiro de 
acordo com o lado que possui mais coordenação para disparar, não utilizando o 
olho diretor para a pontaria. 
d. A pontaria sempre será realizada no centro do alvo, por ser o local onde 
há maior probabilidade de acerto devido à massa exposta e por ser região vital do 
corpo humano. 
3-7. ELEMENTOS DA PONTARIA 
a. Linha de mira (LM) - Linha imaginária que une o olho à maça de mira, 
passando pela alça. Ela é responsável pelo alinhamento do armamento com a 
direção de tiro. Qualquer erro provoca um desvio angular do ponto de impacto (alvo) 
em relação ao ponto visado. (Fig 3-8) 
Fig 3-8. Linha de mira 
3-6/3-7 
MAÇA DE 
MIRA 
LINHA DE 
MIRA 
ALÇA DE 
MIRA
3-9 
C 23-1 
b. Linha de visada (LV) - Linha imaginária que se constitui no prolonga-mento 
da linha de mira até o alvo. 
Fig 3-9. Linha de visada 
c. Fotografia - Imagem obtida quando se realiza a pontaria. Para tanto, é 
necessário, no tiro de fuzil, focalizar o topo da maça de mira, através do centro do 
visor da alça e colocá-lo no centro do alvo. As abas de proteção da maça de mira 
não são utilizadas na pontaria. Como o cérebro trabalha com imagens, a fotografia 
correta deve ser permanentemente buscada pelo atirador até o momento do 
disparo. (Fig 3-10) 
Fig 3-10. Fotografia correta 
3-7 
LINHA DE 
VISADA 
MAÇA DE 
MIRA 
ALÇA DE 
MIRA 
ALVO
C 23-1 
3-10 
d. Distância para a alça - Distância compreendida entre o olho do atirador 
e a alça de mira, de aproximadamente 4 dedos. Esta distância permitirá atingir 
rapidamente a imagem da fotografia correta. 
Fig 3-11. Distância para alça 
e. Foco na maça - O olho humano não consegue focalizar, ao mesmo 
tempo, objetos em planos diferentes. Portanto, durante a pontaria, só se pode 
focalizar, nitidamente, um dos três planos da fotografia: a alça, a maça ou o alvo. 
Para uma perfeita fotografia, deve-se focalizar com clareza (nitidamente) a maça 
de mira. Nesta situação ela se encontrará naturalmente centrada em relação à 
alça, obtendo-se a linha de mira. A partir daí, basta direcionar o topo do pino da 
maça de mira para o centro do alvo, que permanecerá embaçado até o momento 
do disparo. Focando a alça ou o alvo, a maça ficará embaçada permitindo que um 
mínimo desvio seja imperceptível, mas provoque uma grande dispersão. O atirador 
tem que acreditar que o mais importante é focar a maça de mira. (Fig 3-12 e 3-13) 
Fig 3-12. Erros de linha de mira 
3-7 
OLHO ALÇA DE MIRA 
4 DEDOS
3-7/3-8 
3-11 
C 23-1 
Fig 3-13. Erros de linha de visada 
ARTIGO III 
CONTROLE DA RESPIRAÇÃO 
3-8. FUNDAMENTOS DO CONTROLE DE RESPIRAÇÃO 
a. Durante o ciclo respiratório, entre uma expiração e a próxima inspiração, 
existe uma pausa respiratória natural, momento em que o diafragma está 
totalmente relaxado. 
b. Nos tiros de precisão, o atirador deverá prender a respiração nesta pausa 
respiratória natural (que se inicia ao final da expiração), prolongando-a enquanto 
realiza o acionamento. É importante, para a realização de um bom disparo, que 
o prolongamento da pausa respiratória não ultrapasse, em média, 10 segundos. 
Caso contrário, prejudicará a oxigenação do organismo, provocando tremores 
musculares e vista embaçada. Além de prejudicar o aspecto físico, aumenta a 
ansiedade e a tensão no atirador que, por fim, acabará executando um mau 
acionamento do gatilho. Neste caso, quando o tempo for suficiente, o atirador 
deverá ser orientado para que, não conseguindo realizar o disparo neste intervalo, 
desfaça a pontaria, volte a respirar e reinicie todo o processo. Com o treinamento, 
deverá aprender a realizar o disparo antes de começar a sentir-se incomodado 
com a pausa respiratória. Caso o atirador tenha que realizar tiros subseqüentes, 
ele deve prolongar a pausa entre eles ou, necessitando de ar, respirar rapidamente 
e continuar os disparos. (Fig 3-14)
C 23-1 
3-8/3-9 
3-12 
Fig 3-14. Controle da respiração 
ARTIGO IV 
ACIONAMENTO DO GATILHO 
3-9. FUNDAMENTOS DO ACIONAMENTO DO GATILHO 
a. Durante o acionamento, o atirador deve ter em mente: manter a posição 
estável, focalizar a maça, procurar colocá-la no centro do alvo, prender a 
respiração e aumentar, suave e progressivamente, a pressão na tecla do gatilho 
até após ocorrer o disparo. 
b. O dedo indicador toca a parte central da tecla do gatilho com a região 
entre a parte média da falange distal e a sua interseção com a falange média. 
c. A pressão deve ser exercida de forma suave e progressiva, sem 
movimentos bruscos, para a retaguarda e na mesma direção do cano da arma, 
sem vetores laterais. É importante não alterar a firmeza da empunhadura durante 
a compressão do gatilho, ou seja, o movimento do indicador deve ser totalmente 
independente da empunhadura, mantendo-se, em conseqüência, a posição 
estável e sem desfazer a pontaria. (Fig 3-15)
3-13 
C 23-1 
Fig 3-15. Sentido da força do acionamento 
3-10. ERROS NO ACIONAMENTO DO GATILHO 
a. Ao executar a pontaria é desejável que o atirador permaneça com a arma 
sobre o ponto visado, mantendo a linha de visada. No entanto, sempre há uma 
pequena oscilação, mais sentida quanto maior a distância do alvo, maior a 
instabilidade da posição e menor o treinamento. Esta situação, aliada à ansiedade 
de acertar, faz com que o atirador cometa erros no acionamento, obtendo maus 
resultados. 
(1) Gatilhada - o atirador “comanda” o disparo, acionando bruscamente 
o gatilho quando julga visualizar a fotografia ideal. Com isso, ao invés de atingir o 
alvo no ponto desejado, pode deixar de acertá-lo. 
(2) Antecipação - outra conseqüência de comandar o tiro é a antecipação 
de reações ao disparo. O atirador pode ser levado a aumentar a pressão da 
empunhadura e a forçar o punho para baixo como para compensar o recuo da 
arma. 
(3) Esquiva - Pode ainda ocorrer a esquiva, na qual o atirador projeta o 
ombro para trás procurando fugir do recuo. Muitas vezes, o atirador chega a fechar 
os olhos antes do disparo, perdendo a fotografia. 
3-11. ACOMPANHAMENTO 
a. É a fase que se inicia após fuzil ser disparado. É um fundamento que 
exige bom domínio dos demais para ser aplicado corretamente. 
b. O acompanhamento consiste nas seguintes ações: 
(1) procurar manter a linha de mira, com o foco na maça; 
(2) continuar a acionar a tecla do gatilho até o final de seu curso da mesma 
forma que vinha sendo feita antes do disparo; 
(3) manter o apoio da cabeça na coronha; 
3-9/3-11
C 23-1 
3-11/3-12 
3-14 
(4) manter o mesmo nível de tensão muscular da posição e firmeza na 
empunhadura; 
(5) evitar qualquer reação ao recuo ou ao estampido do tiro; 
(6) liberar a tecla do gatilho somente após a linha de visada ter sido 
restabelecida. 
c. O acompanhamento é essencial para a boa execução do tiro, permitindo 
ainda maior facilidade no engajamento de alvos subseqüentes. Se realizado 
corretamente auxilia na concentração na pontaria nos momentos finais do 
disparo. 
3-12. INDICAÇÃO DO TIRO (“CANTADA") 
a. Indicar o tiro é a capacidade do atirador saber onde o projétil atingiu o alvo 
imediatamente após ter sido disparado. Normalmente alvos humanos são fugazes 
e movem-se após terem sido atingidos. O atirador deve ser capaz de dizer 
precisamente o local provável de impacto do tiro para auxiliar na confirmação do 
acerto do alvo. 
b. O tiro é indicado pelo atirador pela relação entre o local onde o fuzil estava 
apontado no momento do disparo e o ponto de pontaria no alvo (a princípio, o centro 
de maça), por meio do processo do relógio, observando a direção e distância. 
c. A imagem da indicação do tiro é a fotografia que o atirador observa 
imediatamente após o desengatilhamento e antes do início do recuo do fuzil. Caso 
a pontaria esteja correta, no centro do alvo, a cantada será a fotografia correta. 
d. A partir do momento em que o atirador consegue realizar a cantada 
corretamente, significa também que está aplicando corretamente os fundamentos 
de tiro. Quanto mais experiente, mais precisas serão as cantadas do atirador. 
e. Inicialmente é uma técnica difícil de ser executada. O acompanhamento 
correto do tiro facilita a cantada. 
f. Para o atirador cantar o tiro, o fuzil, logicamente, deverá estar clicado para 
acertar o ponto visado na distância em que o atirador estiver disparando. Somente 
estando hábil em cantar o tiro, o atirador poderá realizar a clicagem do armamento 
e determinar corretamente a alça de combate do fuzil. 
g. A cantada correta indica que o atirador está realizando e dominando os 
fundamentos de tiro corretamente 
ARTIGO V 
AÇÃO INTEGRADA DE ATIRAR 
a. A partir do momento em que o atirador tiver aprendido os fundamentos 
de tiro, ele deve saber integrá-los. A ação integrada de atirar é uma seqüência 
lógica de medidas que o atirador realiza para melhor harmonizar os fundamentos.
3-15 
C 23-1 
b. É dividida em três fases: 
(1) Fase da preparação - Nesta fase o atirador procura assumir a melhor 
posição de tiro para realizar o disparo, procurando as melhores condições que o 
terreno oferece. O atirador procura também o melhor apoio disponível para a sua 
posição. Verifica se a zona natural de pontaria está no alvo e se a posição de tiro 
está naturalmente equilibrada. O atirador realiza, se necessário, correções na 
alça de mira de acordo com a distância em que irá disparar. 
(2) Fase do disparo - Nesta fase serão coordenadas as ações para o tiro 
propriamente dito. 
(a) Respirar. O atirador inspira e expira, iniciando posteriormente o 
prolongamento da pausa respiratória. Verifica se o apoio da face no fuzil está 
correto, obtendo a distância de 4 dedos entre o olho e a alça de mira. Inicia também 
processo de pontaria, procurando identificar o alvo e observar a linha de mira. 
(b) Relaxar. A partir do início da última expiração, o atirador procura 
manter a musculatura envolvida firme, estabilizando a posição de tiro, mantendo 
o controle do fuzil e a firmeza na empunhadura. 
(c) Apontar. Ao se iniciar o prolongamento da pausa respiratória, o 
atirador deve refinar a pontaria no alvo, focalizando a maça de mira e procurando 
manter a oscilação do fuzil no centro da zona do alvo, mesmo que este esteja em 
movimento. 
(d) Acionar. A pressão exercida na tecla do gatilho é iniciada no final 
da expiração. Mantendo a pausa respiratória e a pontaria no centro de maça do 
alvo o atirador aciona progressivamente o gatilho até o momento do disparo. 
(3) Fase após o tiro - Após a disparo o atirador realiza o acompanhamento 
do tiro e a indicação do local de impacto. O atirador deve analisar o tiro 
imediatamente após o disparo. Se o tiro atingiu o alvo, significa que a ação 
integrada de atirar foi realizada corretamente. Caso o alvo não tenha sido atingido 
o atirador deve analisar as possíveis causas e dar mais ênfase na correção destes 
erros em tiros futuros. 
ARTIGO VI 
ANÁLISE DO TIRO 
LOCAL DOS IMPACTOS CAUSA PROVÁVEL 
ANTECIPAÇÃO 
3-12
C 23-1 
3-16 
LOCAL DOS IMPACTOS CAUSA PROVÁVEL 
ESQUIVA 
ERRO NA OBTENÇÃO DA ZONA 
NATURAL DE PONTARIA 
ERRO NA TOMADA DA LINHA DE 
MIRA 
GATILHADA 
3-12
3-17 
C 23-1 
LOCAL DOS IMPACTOS CAUSA PROVÁVEL 
RESPIRANDO DURANTE O DISPARO 
ERRO NA TOMADA DA LINHA DE MIRA 
FOCO FORA DA MAÇA DE MIRA 
COTOVELO DO LADO DA MÃO 
AUXILIAR NÃO ESTAVA ABAIXO DA 
ARMA 
FUNDAMENTOS DE TIRO, EM GERAL, 
APLICADOS INCORRETAMENTE 
POSSIBILIDADE DE FUZIL COM CANO 
SEM PRECISÃO (INSTRUTOR DEVE 
TESTAR O ARMAMENTO REALIZANDO 
SÉRIE DE TIRO PARA VERIFICAR O 
GRUPAMENTO) 
REGULAGEM DOS APARELHOS DE 
PONTARIA INCORRETA 
3-12
4-1 
C 23-1 
CAPÍTULO 4 
O PREPARO PSICOLÓGICO 
4-1. INTRODUÇÃO 
Um disparo é um conjunto de procedimentos que requer do executante uma 
grande habilidade motora fina. Como em toda atividade que envolve este tipo de 
habilidade, é difícil executá-la em momentos em que o nível de ansiedade estiver 
alto; por isso, é importante explorar a parte psicológica do tiro. 
4-2. FOCO DE ATENÇÃO 
a. O foco de atenção do atirador deve estar totalmente voltado para o 
alinhamento de miras porque esta é a única forma de alinhar o cano para o alvo 
(é importante não confundir com o foco visual, que deve estar o tempo todo na 
maça). Se o FOCO DE ATENÇÃO não estiver em alinhamento de miras, a sua 
mente poderá ser tomada pelo pensamento de “agora é o momento para apertar 
o gatilho”, nesta hora será tarde e aparecerão provavelmente os erros comuns de 
acionamento de gatilho (gatilhada ou antecipação). 
b. O atirador durante os tiros deve estar com o FOCO DE ATENÇÃO no 
alinhamento de miras e o restante das ações será executado automaticamente. 
Este é o objetivo final de todo o atirador, pois a automação dos movimentos e as 
ações fluem naturalmente. Portanto, no momento final do tiro o FOCO DE 
ATENÇÃO deve estar no alinhamento de miras. Dê esse comando “miras!” e tudo 
mais flui naturalmente. 
4-3. CONDICIONAMENTO 
a. É importante o instruendo repetir várias vezes o tiro em seco na oficina 
de acionamento do gatilho, para se criar uma automação do movimento de puxada 
correta de gatilho. Com essa automação, o atirador deixará livre seu consciente
C 23-1 
4-3/4-5 
para focar sua atenção no alinhamento de miras. À medida que o atirador for 
automatizando os fundamentos de tiro, conseguirá concentrar mais e mais sua 
atenção no alinhamento de miras ou, até mesmo, na resolução da situação tática 
em que ele se encontrar. Conseqüentemente, após esta automação, os níveis de 
ansiedade diminuem muito. 
4-2 
b. No tiro em combate ou tiro rápido, a automação dos movimentos 
envolvidos na execução do tiro se torna imprescindível, porque, com o nível de 
ansiedade alta, só os movimentos condicionados serão perfeito e rapidamente 
executados. 
c. Na administração do reforço positivo e negativo, pelo instrutor, é 
importante saber que quando o atirador é elogiado, ocorre um aumento de sua 
motivação, ao mesmo tempo em que fortalece a aprendizagem da sua habilidade, 
isto é, vai haver um progresso na sua organização. Pode-se imaginar que se o 
atirador fosse punido ocorreria o contrário, isto é, um progresso ao contrário, o que 
não ocorre. Na punição, o que sucede é a supressão temporal do comportamento 
errado, mas que poderá retornar se não houver um controle permanente do 
comportamento infrator até que ele seja levado à extinção. 
4-4. ANSIEDADE 
Se os níveis de ansiedade aumentarem, e não forem controlados, alguns 
dos sintomas podem aparecer: 
a. Diminuição da visão periférica. 
b. Diminuição da capacidade de ouvir as coisas ao redor. 
c. Diminuição da habilidade motora fina 
d. Descarga de adrenalina - provocando um conseqüente aumento da 
sudorese e freqüência cardíaca. 
e. Taquipsiquia - efeito da demora, o atirador pensa que ele está se 
deslocando lentamente. 
f. Analgesia - ocorre quando a taxa de adrenalina está alta, o inimigo pode 
levar um tiro e ele ainda permanece avançando para atacar. Por isso, que devemos 
sempre executar dois disparos. 
4-5. IMAGENS E COMANDOS POSITIVOS 
a. Para criar uma IMAGEM POSITIVA é necessário que o atirador se 
enxergue acertando um, dois, três,... tiros no alvo. Nosso cérebro trabalha com 
imagens; se a mente do atirador visualizar uma imagem de um tiro passando ao 
lado do alvo, certamente, seu cérebro fará o possível para que o tiro vá naquele local 
onde se imaginou, ou seja, ao lado do alvo. Então, visualize uma imagem positiva 
de acertar o alvo. Destrua a imagem negativa com um “míssil, foguete, fogo, água,
4-5/4-6 
4-3 
C 23-1 
etc.” Tire-a da sua mente, em suma, limpe a mente. 
b. Dê COMANDOS POSITIVOS para sua mente. “Vou acertar o alvo” e o tiro 
certamente irá acertar o alvo. 
c. Com comando negativo, como “não posso acertar o alvo”, vai a seguinte 
mensagem ou imagem para o cérebro, “erre o alvo”, e o cérebro fará tudo para que 
isso aconteça. 
4-6. PROGRESSIVIDADE DAS INSTRUÇÕES 
a. Existem vários fatores que fazem com que a ansiedade aumente, que 
vêm, desde a inexperiência no trato com o armamento; passando pela responsa-bilidade 
de não cometer nenhuma negligência, imperícia ou imprudência com o 
fuzil; como também, pelo recuo, estampido e efeito letal da arma; e, chega ao 
estágio final da competência profissional em acertar o alvo, quando necessário. 
b. Para os inexperientes pode-se afirmar que o medo é inerente ao ser 
humano; portanto, encare o tiro, o acertar o alvo, como um obstáculo a ser vencido 
como qualquer outro da vida. 
c. O natural deve ser buscado por cada atirador, pois cada militar é um 
individuo e essa INDIVIDUALIDADE deve ser aceita tanto pelo próprio atirador 
como pelos instrutores. As regras gerais para os fundamento e técnicas já foram 
expostas, adapte-as à sua INDIVIDUALIDADE para que se alcance o máximo de 
rendimento. 
d. Atiradores: “o autodomínio, o equilíbrio emocional e a autoconfiança 
aumentará a cada acerto e a cada etapa de instrução vencida. Acredite na técnica 
ensinada e, antes de tudo, em você mesmo”.
5-1 
C 23-1 
CAPÍTULO 5 
INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA PARA O TIRO (IPT) 
ARTIGO I 
FINALIDADE E ORGANIZAÇÃO 
5-1. FINALIDADE 
a. A IPT tem a finalidade de fazer com que os instruendos preparem-se para 
o tiro real. Para isso, devem aplicar a técnica(Fundamentos de Tiro) e realizar 
exatamente o que foi ensinado e demonstrado durante as instruções teóricas e 
práticas. 
b. As oficinas serão desenvolvidas atendendo os fundamentos de tiro 
associado ao cuidado com o manejo do armamento. 
5-2. ORGANIZAÇÃO 
a. Toda a INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA PARA O TIRO deve ser, preferen-cialmente, 
realizada no estande e, obrigatoriamente, antecedida por sessão 
teórica sobre FUNDAMENTOS DE TIRO. Tudo isso visa aumentar o rendimento 
das próximas instruções. A IPT é subdividida em 4 oficinas, sendo que uma delas 
deverá ter, como responsável, um instrutor/Aux Instr/Mon que será encarregado 
de conduzir o exercício. Inicia-se com a instrução de Fundamentos de Tiro, 
preferencialmente, ministrada em uma única vez para todo o efetivo do dia, sendo 
esta conduzida pelo oficial de tiro. Com isso, nivela-se a instrução para todos os 
instruendos. Após essa instrução, o grupamento será dividido de forma que haja 
um rodízio entre as oficinas no período da manhã e no da tarde. 
b. Àqueles que apresentem deficiências deve ser dada atenção especial 
para que sejam recuperados no mesmo dia da instrução ou antes da realização
C 23-1 
do TIP. Para uso de um grupo grande, devem estar disponíveis conjuntos de 
material auxiliar na proporção de 50% ou mais do efetivo do grupamento. Além do 
instrutor responsável pela sessão, devem ser designados monitores, dentro da 
possibilidade da Unidade, para cada oficina da IPT. 
Horário Instrução/Oficina Horário Instrução/Oficina Horário Instrução/Oficina 
1 
Tempo 
5-2 
c. O Oficial de Tiro poderá, além de coordenar e fiscalizar as oficinas, ser 
um instrutor de uma delas. Neste caso, deverá ser o responsável pelas oficinas 
mais importantes(Posições de Tiro e Acionamento do Gatilho). 
Quadro de Atividades das Instruções de Tiro 
IPT TIP TIB 
1 
Tempo 
Procedimentos 
no estande 
ARTIGO II 
Fundamentos de 
tiro 
1 
Tempo 
OFICINAS DA INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA PARA O TIRO 
5-3. OFICINA NR 01: PONTARIA 
Esta oficina é executada em duas fases. 
1ª Fase: Tomada da Linha de Mira e da Linha de Visada. 
Nesta fase os militares executam, em sistema de rodízio, dois 
trabalhos: um com a barra de pontaria e o outro com a arma. 
2ª Fase: Constância da Pontaria. 
Nesta fase os militares executam, em sistema de rodízio, primeira-mente 
o trabalho e, depois, atuam auxiliando na execução do trabalho. 
a. Tomada da Linha de Mira e da Linha de Visada 
(1) Objetivos 
(a) Ensinar ao instruendo o correto alinhamento entre a alça e a maça 
de mira, bem como a sua importância durante um tiro real. 
Procedimentos 
no estande 
2 ao 4 
Tempo 
Rodízio entre as 
oficinas: 
Posições de tiro 
e pontaria 
2 ao 4 
Tempo 
Execução do tiro 
com FAC 
2 ao 4 
Tempo 
Execução do 
tiro com o fuzil 
Almoço Almoço Almoço 
5 o 8 
Tempo 
Rodízio entre as 
oficinas: Conduta 
com o Armt e 
acionamento do 
gatilho 
5 ao 8 
Tempo 
Execução do tiro 
com FAC 
5 ao 8 
Tempo 
Execução do 
tiro com o fuzil 
5-2/5-3
5-3 
C 23-1 
(b) Realizar o correto alinhamento das miras em direção ao centro do 
alvo, focando a maça de mira (“fotografia” correta). Ver figura (fundamento de 
pontaria) 
(2) Procedimentos 
(a) Relembrar os conceitos de LM e LV, salientando a maior 
importância da LM e a conseqüente necessidade de focar a maça de mira. 
(b) Explicar os trabalhos a serem desenvolvidos na oficina. 
(c) Dividir a escola em dois grupamentos para o rodízio dos trabalhos. 
Metade executará o trabalho com a arma, enquanto a outra metade realizará o 
trabalho com a barra de pontaria. 
(3) Execução 
(a) Trabalho com barra - Realização da visada na direção de um alvo 
reduzido: (Fig 5-1) 
1) O instruendo posiciona o rosto na parte posterior da barra de 
pontaria, a uma distância de 4 dedos da alça de mira e com uma das mãos 
firmando a barra, desloca com a outra o cursor, buscando o alinhamento correto 
das miras no centro do alvo até obter uma “FOTOGRAFIA CORRETA”: Fig 5-1 
Fig 5-1. Trabalho com barra 
2) O instrutor verifica o trabalho e desfaz a “fotografia” (executa 
duas vezes ou mais); 
(b) Trabalho com a arma (Fig 5-2) 
1) O atirador movimenta a arma até a obtenção da “fotografia” 
correta. 
2) O instrutor verifica o trabalho e desfaz a fotografia. Executa o 
movimento duas ou mais vezes. 
OBSERVAÇÕES: - A distância do olho à alça é de 4 dedos, como no tiro 
real. 
- Montar a oficina no estande e colocar o alvo à 10 m ou 
em um local apropriado. 
- Instrutores ou Monitores orientam o exercício e verifi-cam 
o trabalho. 
5-3
C 23-1 
5-3 
5-4 
Fig 5-2. Trabalho com arma 
(4) Aprovação - O Instruendo deverá fazer a fotografia correta no mínimo 
duas vezes. 
(5) Observações 
(a) Ao realizar a visada e a verificação,é necessário ter o cuidado de 
colocar o olho na mesma posição em relação à alça, a fim de que possa obter a 
mesma “fotografia”. 
(b) Os instruendos deverão executar os dois trabalhos em sistema de 
rodízio. 
(6) Conclusão - Análise do desempenho e da importância do exercício. 
(7) Material Necessário 
(a) Um par por instruendo: 
- barras de pontaria com cursor; (Fig 5-3) 
- suporte para arma com respectivo alvo; (Fig 5-4) 
- bancadas e cadeiras. 
(b) Um para cada Instrutor/Monitor: 
- cartões de pontaria; (Fig 5-5) 
- cartazes (nome da oficina e objetivo da sessão). 
OBSERVAÇÃO: A utilização do cartão de pontaria é um instrumento de 
análise do instrutor em relação à correta realização da fotografia pelo instruendo. 
(8) Pessoal empregado - Preferencialmente na oficina deve haver um 
instrutor e um monitor, no mínimo.
5-5 
C 23-1 
Fig 5-3. Barra de Pontaria com cursor. 
Fig 5-4. Suporte para arma. 
Fig 5-5. Cartões de Pontaria 
5-3
C 23-1 
5-3 
5-6 
b. Verificação da Constância da Pontaria 
(1) Objetivo 
(a) Aplicação dos princípios ensinados sobre linha de mira e linha de 
visada. 
(b) Realização de visadas sucessivas com a mesma pontaria. 
(2) Procedimentos 
(a) Relembrar os conceitos de LM e LV, salientando a maior 
importância da LM e a conseqüente necessidade de focar a maça de mira. 
(b) Explicar os trabalhos a serem desenvolvidos na oficina. 
(c) Dividir a escola em dois grupamentos, uma executará o exercício, 
enquanto o outro auxiliará na consecução do trabalho com a prancheta e o alvo 
móvel. 
(3) Execução 
(a) É realizado o trabalho em duplas, com o atirador na posição 
deitada e o seu auxiliar sentado sobre o cunhete. (Fig 5-6) 
Fig 5-6. Constância da pontaria 
(b) Na posição deitada, junto ao suporte, cotovelos no solo, o atirador 
apóia o rosto em uma das mãos e não mexe mais a cabeça(IMPORTANTE). 
(c) O auxiliar fixa o verso da ficha da IPT na prancheta com elástico. 
(d) O auxiliar, tendo por base uma das extremidades da folha, 
movimenta o alvo de acordo com os sinais do atirador. O atirador e o seu auxiliar 
comunicam-se somente por gestos. 
(e) O atirador sinaliza com a mão livre, a palma da mão indica a 
direção procurando obter uma linha de visada correta. 
(f) Após obter uma visada correta sobre o centro do alvo, o atirador fará 
um sinal de positivo. 
(g) Neste momento, o auxiliar marca a folha com um lápis, fazendo 
um ponto através do orifício, no centro do alvo móvel, este procedimento é repetido 
três vezes. 
(4) Aprovação - O atirador será considerado aprovado quando o triângulo 
obtido for inscritível em um círculo de 1 (um) cm de diâmetro.
5-7 
C 23-1 
(5) Observações 
(a) A cabeça, a arma e o suporte devem permanecer imóveis. 
(b) A sinalização deve ser feita somente por gestos. 
(c) Na montagem da oficina, o alvo deve ser colocado a 10 metros de 
distância da posição do atirador. 
(6) Conclusão - Etapa a qual se refere uma crítica do desempenho e da 
importância do exercício efetivado. 
(7) Material empregado 
(a) Um conjunto de material para cada dupla de trabalho, a saber: 
Fig 5-7 
Fig 5-7. Conjunto de Material 
- Cunhetes para apoio da prancheta 
- Suporte para arma 
- Alvo móvel 
- Lápis ou caneta 
- Prancheta 
- Elástico para prender o borrão de tiro na prancheta 
(b) Para o instrutor e monitor são necessários: 
- 4 (quatro) escantilhões de 1 (um) cm de diâmetro; 
- cartaz contendo o nome da oficina e os objetivos da instrução. 
(8) Pessoal empregado - Um monitor para cada grupo de 30 instruendos. 
5-4. OFICINA NR 02: POSIÇÕES DE TIRO 
a. Objetivos 
(1) Demonstração e prática da empunhadura e das posições de tiro 
deitada, ajoelhada e de pé. 
(2) Execução correta da empunhadura e das posições de tiro com fuzil. 
b. Procedimentos 
(1) Relembrar os conceitos de LM e LV, salientando a maior importância 
que deve ser dada à LM e a conseqüente necessidade de focar a maça de mira. 
(2) Explicar os trabalhos a serem desenvolvidos na oficina. 
5-3/5-4
C 23-1 
5-4 
5-8 
c. Execução 
(1) O monitor demonstra a posição de tiro. 
(2) O instrutor faz as observações necessárias utilizando o monitor e/ou 
o desenho da figura. 
(3) Após cada demonstração, os instrutores são divididos em dois 
grupos. Enquanto uma parte executa a posição ensinada, a outra permanece 
observando. 
(4) A empunhadura e a posição inicial são explicadas, sendo, executa-das 
e verificadas simultaneamente com as posições de tiro. 
(5) Os instruendos partirão da posição inicial para a execução de cada 
exercício. 
(6) O instrutor e monitor corrigem os instruendos. 
(7) O instrutor deve seguir a seguinte seqüência para a demonstração das 
posições de tiro: 
(a) deitada; 
(b) ajoelhada; e 
(c) de pé. 
d. Aprovação - O instruendo será aprovado mediante a execução correta 
das três posições de tiro. 
e. Observações 
(1) A melhor posição de tiro é aquela em que o atirador sente-se estável 
e confortável, permitindo uma correta empunhadura e uma boa pontaria, contribu-indo 
assim para um bom acionamento. 
(2) As posições de tiro aqui apresentadas são básicas e partem sempre 
da posição inicial. Muitas vezes deverão ser adaptadas de acordo com a situação 
do terreno, do inimigo ou dos meios disponíveis para apoio e abrigo. Da mesma 
forma, pequenos ajustes podem ser feitos, de acordo com a individualidade 
biológica de cada atirador. No entanto, em qualquer caso, os princípios básicos 
não devem ser negligenciados. 
f. Conclusão - Crítica da oficina, abordando o desempenho dos atiradores. 
g. Material empregado 
(1) Cartazes (nome da oficina e objetivos da instrução) 
(2) Mural contendo o desenho das posições de tiro. 
OBSERVAÇÃO: O mural das posições de tiro pode ser confeccionado 
colocando-se as figuras das posições em uma transparência. Faz-se a projeção 
dessa figura sobre um lisolene fixado em uma parede e, com uma caneta 
apropriada, contorna-se o desenho projetado. 
h. Pessoal empregado - Preferencialmente na oficina deve haver um 
instrutor e um monitor, no mínimo.
5-5 
5-9 
C 23-1 
5-5. OFICINA NR 03: CONDUTA COM O ARMAMENTO 
Esta oficina é executada em duas fases: 
- 1ª Fase: Manejo do Armamento(Mnj Armt). 
- 2ª Fase: Manutenção do Armamento(Mnt Armt). 
OBSERVAÇÃO: O instrutor deverá dividir o grupamento e o tempo de 
instrução de modo que todos os instruendos passem pelas duas fases uniforme-mente. 
a. Manejo do Armamento 
(1) Objetivos 
(a) Recordar as operações essenciais de manejo do fuzil, propiciando 
ao atirador bom rendimento na instrução e alto grau de segurança. 
(b) Realizar com segurança as operações de manejo com o fuzil. 
(c) Recordar aspectos importantes para a manutenção antes e após 
o tiro. 
(2) Procedimentos 
(a) Colocar os instruendos em um dispositivo adequado para a 
instrução, sentados, na posição inicial de manejo. Exemplo: em forma de “U”, 
semi-circular. 
(b) O instrutor deverá demonstrar as operações, fazendo os comen-tários 
necessários. 
(c) Os instruendos, após os comentários, deverão executar as 
operações. 
(d) Cada operação deverá ser repetida diversas vezes, visando 
desenvolver a habilidade dos instruendos. 
(e) Todas as operações de manejo são executadas pela mão que 
atira, com a arma empunhada pela mão auxiliar. 
(f) Como medida de segurança, o instrutor deverá alertar para os 
seguintes procedimentos: 
- não apontar a arma para os lados; 
- não colocar o dedo indicador no gatilho durante as operações. 
(g) Na execução das operações de manejo da arma será permitido, 
exclusivamente, o uso de munição de manejo. 
(3) Execução 
(a) Posição inicial de manejo: (Fig 5-8) 
1) atirador sentado com as pernas cruzadas; 
2) armas apontadas para cima; 
3) punho voltado para frente; 
4) carregador ao solo com o transportador voltado para frente.
C 23-1 
5-10 
Fig 5-8. Posição de manejo 
(b) Manejo do fuzil - Para o início do exercício, as armas estarão 
travadas, abertas e sem o carregador, condição inicial para o ingresso no estande 
de tiro. É importante seguir as seguintes operações: 
- registrar alças variadas; 
- registrar alça 200; 
- municiar um carregador com dois cartuchos de manejo; 
- alimentar a arma; 
- carregar, agindo no retém do ferrolho; 
- destravar; 
- preparar para o tiro de repetição; 
- disparar; 
- simular incidentes de tiro: mostrar aos instruendos que devem 
levantar o braço e aguardar a presença do instrutor ou do monitor, quando então, 
segundo a orientação e supervisão deste, irão sanar o incidente. Os instruendos 
vão executar as operações previstas para sanar incidentes de tiro; 
- colocar a arma em segurança; 
- retirar o carregador; 
- executar dois golpes de segurança; 
- abrir a arma, prendendo o ferrolho à retaguarda; 
- inspecionar a câmara; 
- alimentar a arma; 
- carregar, agindo na alavanca de manejo; 
- destravar a arma; 
- disparar; 
5-5
5-5 
5-11 
C 23-1 
- abrir a arma, simulando o último disparo; 
- retirar o carregador; 
- inspecionar a câmara: mostrar aos instruendos que esta deve 
ser a situação da arma após o término de cada série de tiro; 
- colocar o RTS em “A”(regime de tiro automático); 
- conduzir o ferrolho e conjunto impulsor do ferrolho a frente, 
mantendo a tecla do gatilho pressionada, por meio da alavanca de manejo; 
- colocar o RTS em “S”(em segurança); 
- colocar o carregador; 
- travar: mostrar aos instruendos que esta deve ser a situação da 
arma, após a inspeção final, para saída do estande de tiro; 
- retornar às condições iniciais da arma dentro do estande. 
(c) Troca de Carregador - A troca de carregador será uma necessida-de 
em combate. 
1) Retirar o carregador agindo no retém. (Fig 5-9) 
2) Substituir o carregador vazio por um cheio, guardando o 
carregador vazio. (Fig 5-10) 
3) Encaixar o carregador cheio, utilizando o dedo indicador como 
guia. (Fig 5-11) 
4) Puxar o carregador para a retaguarda até que seja preso pelo 
seu retém. (Fig 5-12) 
Fig 5-9. Retirada do carregador Fig 5-10. Troca de carregador 
Fig 5-11. Colocar o carregador Fig 5-12. Encaixe do carregador
C 23-1 
5-12 
(d) Posição para Inspeção: (Fig 5-13) 
Fig 5-13. Posição para inspeção 
1) o atirador, com a mão esquerda, coloca a arma aberta no ombro 
esquerdo, segurando-a pelo punho, sem o carregador, mantendo o cano voltado 
para a retaguarda e a arma paralela ao solo; 
2) o carregador deve ser mantido sobre a palma da mão direita 
com a mesa do transportador voltada para frente, mantendo o antebraço paralelo 
ao solo; 
3) o atirador deve permanecer com as costas voltadas para o alvo; 
4) após a inspeção, ele deve abaixar os braços, mantendo a arma 
aberta e o carregador na mão direita e permanecer na posição de “DESCANSAR”. 
(Fig 5-14) 
Fig 5-14. Posição de descansar 
5-5
5-13 
C 23-1 
(4) Aprovação - O instruendo será aprovado mediante a execução correta 
das operações. 
(5) Observações - O instrutor, antes de iniciar a sua instrução, deverá 
verificar as munições que serão utilizadas na oficina, para ter certeza de que todas 
são de manejo. 
(6) Conclusão - Crítica da oficina, abordar o desempenho dos atiradores. 
(7) Material empregado 
- 02 (dois) cartuchos de manejo por instruendo, pelo menos. 
- 01 (um) carpete ou capichama. 
- 02 (dois) carregadores para cada instruendo. 
- Cartazes (nome da oficina e objetivos da instrução) 
(8) Pessoal empregado - Um instrutor e um monitor, pelo menos, devem 
constituir, preferencialmente, a oficina. 
b. Manutenção do Armamento 
(1) Objetivos 
(a) Orientar e normalizar a manutenção a ser executada em decor-rência 
do tiro. 
(b) Contribuir para a formação da mentalidade de manutenção 
preventiva, sem a qual não pode haver armamento eficiente. 
(2) Condição de execução 
(a) Nesta oficina, os instruendos são orientados a realizar manuten-ção 
no armamento, com os devidos cuidados a serem tomados antes e depois do 
tiro. 
(b) Deve-se explicar e citar exemplos sobre a necessidade de ser 
incutido no atirador a mentalidade de manutenção preventiva. 
(c) O material necessário para a manutenção deve ser colocado à 
disposição dos instruendos. 
(d) Deve-se mostrar aos instruendos a necessidade de todos possu-írem 
o “kit” de manutenção individual. 
(4) Execução 
(a) Apresentação do material necessário para manutenção do fuzil de 
um grupamento de atiradores: 
- 01 (um) carpete, capichama ou cobertor para cada instruendo; 
- 10 (dez) recipientes contendo óleo neutro para limpeza de 
armamento; 
- 10 (dez) recipientes contendo querosene; 
- 10 (dez) varetas de limpeza; 
- 10 (dez) escovas de náilon para cano; 
- 10 (dez) escovas de latão para cano; 
- 15 (quinze) cordéis de limpeza; 
- 10 (dez) pincéis pequenos (1 (um) cm); 
- 10 (dez) escovas de dente; 
- retalhos de pano. 
(b) Explicação dos procedimentos a serem executados na manuten-ção, 
conforme a ilustração abaixo: 
1) Antes do tiro: (Fig 5-15) 
5-5
C 23-1 
5-5 
5-14 
Fig 5-15. Manutenção 
a) desmontar a arma em primeiro escalão, dispondo as peças 
na seqüência; 
b) secar completamente o cano com o cordel de limpeza e um 
pano seco; 
c) retirar o excesso de óleo nas demais peças; 
d) aplicar uma fina camada de óleo para limpeza de armamento 
nas partes móveis; 
e) montar a arma; 
f) verificar se o anel regulador do escape de gases e o registro 
de tiro e segurança estão na posição correta: O anel regulador do escape de gases 
deve estar fechado ou quase fechado e o registro de tiro e segurança deve ser fixo 
pela placa suporte dos eixos, bem como o eixo do gatilho; 
g) secar completamente o exterior da arma. 
2) Depois do tiro, deve-se seguir os seguintes procedimentos: 
a) desmontar a arma em primeiro escalão, dispondo as peças 
na seqüência; 
b) escovar diversas vezes o cano com óleo passando-o pela 
câmara; 
c) secar completamente o cano com o cordel de limpeza e um 
pano seco; 
d) limpar com óleo, utilizando pano e escovas, as partes 
internas e externas do ferrolho e da armação; 
e) secar todas as partes do armamento; 
f) aplicar o óleo no interior do cano e nas demais partes da 
arma; 
g) montar a arma; 
h) retirar o excesso de óleo na parte externa. 
(c) Mostrar o material necessário para a confecção do “kit” de 
manutenção individual, a saber:
5-5/5-6 
5-15 
C 23-1 
1) recipiente ou tubo, pequeno, com óleo; 
2) pedaço de pano seco; 
3) cordel de limpeza (corda de nylon, de aproximadamente 70 cm 
com pedaço de pano preso em uma de suas extremidades); 
4) escova de limpeza (pode-se improvisar utilizando escova de 
dente usada); 
5) chave de fenda pequena. 
(4) Aprovação - O instruendo será aprovado mediante a execução correta 
das operações. 
(5) Observações - O instrutor deverá verificar se todos os instruendos 
estão com o seu kit de manutenção do armamento. 
(6) Conclusão - A necessidade da manutenção do armamento, em 
decorrência do tiro, deve ser reiterada lembrando da máxima: 
“NA PAZ, A VIDA DO ARMAMENTO. NA GUERRA, A DO COMBATENTE”. 
(7) Material Necessário 
(a) 01 (uma) banqueta para colocação do material. 
(b) “Kit” de manutenção (recipiente e tubo pequeno com óleo, pano 
seco, cordel de limpeza, escova de limpeza de cano, escova de dente usada e 
chave de fenda pequena). 
(c) Material para manutenção do armamento de um grupamento de 
atiradores (lata de óleo, capichama ou poncho, varetas, escovas de limpeza de 
cano e recipientes para colocar as peças de molho). 
(d) Material para escurecer o ferrolho (vela, pedra de cânfora, 
lamparina, fósforo e isqueiro). 
(e) 01 (um) fuzil. 
(f) Cartaz contendo os objetivos da sessão. 
(g) Cavalete com o nome da oficina. 
(h) 01 (um) prancheta para assinar as fichas de avaliação da IPT. 
(8) Pessoal Empregado 
- 02 (dois) Aux Instr/Mon. 
5-6. OFICINA NR 04: ACIONAMENTO DO GATILHO 
a. Objetivo - Realizar corretamente o acionamento do gatilho. 
b. Procedimentos 
(1) Relembrar o conceito do fundamento acionamento do gatilho. 
(2) Dividir o grupamento em duas partes, para o rodízio dos trabalhos. 
Metade executará o acionamento do gatilho e a outra metade auxiliará colocando 
o estojo de 9 mm equilibrado no quebra-chamas do fuzil. 
(3) Linha de alvos proporcional a distância utilizada no estande, para a 
obtenção da visada correta, preferencialmente, uma distância semelhante ao do 
TIP, 10 m. 
(4) Pode-se ensinar o acionamento do gatilho, pressionando a tecla do 
gatilho com o dedo indicador do instrutor sobre o dedo do instruendo. Repete-se 
este procedimento por algumas vezes e em seguida o instruendo pressiona o 
gatilho sobre o dedo do instrutor.
C 23-1 
5-6 
5-16 
c. Execução 
(1) O atirador deverá fazer a pontaria no alvo; (Fig 5-16) 
Fig 5-16. Pontaria 
(2) O auxiliar coloca um estojo vazio de munição 9 mm sobre o quebra-chamas 
do fuzil. (Fig 5-17) 
Fig 5-17. Acionamento do gatilho 
(3) O atirador, mantendo as miras alinhadas, deverá pressionar a tecla do 
gatilho com força suave e progressiva e, também, paralela ao cano da arma, até 
que ocorra o acionamento, sem deixar o estojo cair; 
(4) Deve-se repetir o exercício nas posições deitada, ajoelhada e de pé, 
nesta ordem, visando, com isso, a progressividade da aprendizagem.
5-17 
C 23-1 
d. Aprovação - Cada instruendo terá três chances para desengatilhar o 
armamento na posição deitada, ajoelhada e de pé, com o estojo sobre o cano. 
Para ser considerado APTO, deverá manter, pelo menos uma vez, o estojo 
equilibrado após o disparo em cada posição. 
e. Observações - Aspectos a serem observados e corrigidos: 
(1) posições de tiro; 
(2) posicionamento da falange distal do dedo indicador sobre a tecla do 
gatilho; 
(3) força progressiva e paralela ao cano da arma vencendo o descanso; 
(4) movimento do dedo indicador deve ser independente dos outros 
dedos; 
(5) permanecer comprimindo o gatilho após o disparo por + 2 segundos; 
(6) verificar se o atirador fecha o olho no momento do disparo. 
f. Conclusão - Críticas da oficina, abordar o desempenho dos atiradores. 
g. Material Empregado 
(1) Cartazes (nome da oficina e objetivos da instrução) 
(2) Estojos de 9 mm. 
(3) Alvos apropriados para as três posições.Fig 2-4 - b. 2-3 Art IX Cap 2 
h. Pessoal Empregado 
- 02 instrutores/monitores. 
5-6
6-1 
C 23-1 
CAPÍTULO 6 
TIRO DE COMBATE 
ARTIGO I 
REGULAGEM DO APARELHO DE PONTARIA DO FAL 
6-1. DEFINIÇÃO 
É uma regulagem que permite ao militar ajustar seu armamento de forma 
a fazer coincidir o ponto visado com o ponto de impacto do projétil. 
Fig 6-1. Linha de visada e ponto de impacto do projétil. 
6-2. ENTENDENDO A REGULAGEM 
O ajuste do grupamento pode ser dividido em duas partes: regulagem em 
direção (x) e regulagem em elevação (y).
C 23-1 
6-2 
Fig 6-2. Grupamento de tiro fora do alvo 
a. A regulagem em direção 
Fig 6-3. Regulagem em direção 
Fig 6-4. Alça de mira deslocada para esquerda 
6-2
6-3 
C 23-1 
Fig 6-5. Alça de mira deslocada para direita 
b. A regulagem em elevação - A regulagem em elevação pode ser feita 
pela maça ou pela alça de mira. 
Fig 6-6. Alça de mira deslocada para cima 
Fig 6-7. Maça de mira deslocada para cima 
6-3. ATUAÇÃO NOS APARELHOS DE PONTARIA 
a. Tanto a maça como o sistema de regulagem de direção da alça de mira 
funcionam como parafuso. (Fig 6-8) 
6-2/6-3
C 23-1 
6-4 
Fig 6-8. Parafuso da alça de mira e maça de mira 
b. O sistema de regulagem de elevação da alça de mira funciona sobre uma 
base corrediça. (Fig 6-9) 
Fig 6-9. Atuação na alça de mira 
c. Girando-se a maça de mira, com o auxílio da chave de clicar, no sentido 
horário, a maça desce. Já quando se gira a maça de mira no sentido anti-horário, 
ela sobe. (Fig 6-10) 
Fig 6-10. Maça de mira e sua chave de regular (clicar) 
6-3
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MANUAL DE CAMPANHA TIRO DAS ARMAS PORTÁTEIS 1ª PARTE - FUZIL C 23-1

  • 1. 1ª Edição 2003 C 23-1 MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO Manual de Campanha TIRO DAS ARMAS PORTÁTEIS 1ª Parte - FUZIL å
  • 2. MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO Manual de Campanha TIRO DAS ARMAS PORTÁTEIS 1ª Parte - FUZIL 1ª Edição 2003 C 23-1 CARGA EM................. Preço: R$
  • 3. PORTARIA Nº 045-EME, DE 23 DE JUNHO DE 2003 Aprova o Manual de Campanha C 23-1 - Tiro das Armas Portáteis - 1ª Parte - Fuzil, 1ª Edição, 2003. O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 113 das IG 10-42 - INSTRUÇÕES GERAIS PARA A CORRESPONDÊNCIA, AS PUBLICAÇÕES E OS ATOS ADMINISTRATIVOS NO ÂMBITO DO EXÉRCITO, aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército nº 041, de 18 de fevereiro de 2002, resolve: Art. 1º Aprovar o Manual de Campanha C 23-1 - TIRO DAS ARMAS PORTÁTEIS - 1ª Parte - FUZIL, 1ª Edição, 2003, que com esta baixa. Art. 2º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação. Art. 3º Revogar o Manual de Campanha C 23-1 - TIRO DAS ARMAS PORTÁTEIS, 2ª Edição, 1975, aprovado pela Portaria Nº 084-EME, de 04 de novembro de 1975.
  • 4. NOTA Solicita-se aos usuários deste manual a apresentação de sugestões que tenham por objetivo aperfeiçoá-lo ou que se destinem à supressão de eventuais incorreções. As observações apresentadas, mencionando a página, o parágrafo e a linha do texto a que se referem, devem conter comentários apropriados para seu entendimento ou sua justificação. A correspondência deve ser enviada diretamente ao EME, de acordo com o artigo 108 Parágrafo Único das IG 10-42 - INSTRUÇÕES GERAIS PARA A CORRESPONDÊNCIA, AS PUBLICAÇÕES E OS ATOS ADMINISTRATIVOS NO ÂMBITO DO EXÉRCITO, aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército nº 041, de 18 de fevereiro de 2002.
  • 5. ÍNDICE DOS ASSUNTOS Prf Pag CAPÍTULO 1 - GENERALIDADES ................................. 1-1 e 1-2 1-1 CAPÍTULO 2 - A INSTRUÇÃO DE TIRO DE FUZIL ARTIGO I - Responsabilidade da Instrução ............... 2-1 e 2-2 2-1 ARTIGO II - Terminologia ........................................... 2-3 ARTIGO III - Segurança na Instrução .......................... 2-5 ARTIGO IV - Organização da Sessão de Tiro .............. 2-7 ARTIGO V - Missões do Oficial de Tiro da Unidade e Subunidade ............................................. 2-9 ARTIGO VI - Seleção dos Instrutores (Oficial de Tiro), Auxiliares de Instrutor e Monitores de Tiro ......................................................... 2-10 ARTIGO VII - Seleção e Preparação das Armas a se-rem Utilizadas na Instrução .................... 2-10 ARTIGO VIII - A Progressividade da Instrução de Tiro ... 2-11 ARTIGO IX - Execução dos Exercícios de Tiro............ 2-3 a 2-7 2-12 CAPÍTULO 3 - FUNDAMENTOS DE TIRO DE FUZIL ..... 3-1 3-1 ARTIGO I - Posição Estável ...................................... 3-2 a 3-5 3-1 ARTIGO II - Pontaria .................................................. 3-6 e 3-7 3-8 ARTIGO III - Controle da Respiração........................... 3-8 3-11
  • 6. Prf Pag ARTIGO IV - Acionamento do Gatilho ......................... 3-9 a 3-12 3-12 ARTIGO V - Ação Integrada de Atirar ......................... 3-14 ARTIGO VI - Análise do Tiro ........................................ 3-15 CAPÍTULO 4 - O PREPARO PSICOLÓGICO ................ 4-1 a 4-6 4-1 CAPÍTULO 5 - INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA PARA O TIRO ARTIGO I - Finalidade e Organização ....................... 5-1 e 5-2 5-1 ARTIGO II - Oficinas da Instrução Preparatória para o Tiro ......................................................... 5-3 a 5-6 5-2 CAPÍTULO 6 - TIRO DE COMBATE ARTIGO I - Regulagem do Aparelho de Pontaria do FAL ........................................................ 6-1 a 6-6 6-1 ARTIGO II - Técnicas para Sanar os Incidentes de Tiro ......................................................... 6-7 a 6-9 6-9 ARTIGO III - Técnicas para Condução do Armamento. 6-10 a 6-13 6-11 ARTIGO IV - Técnicas de Tiro Rápido ......................... 6-14 a 6-16 6-14 ARTIGO V - Técnicas de Tiro em Alvos Móveis .......... 6-17 a 6-19 6-17 ARTIGO VI - Técnicas de Tiro Noturno ........................ 6-20 a 6-23 6-25 ARTIGO VII - Técnicas de Tiro nas Operações Defen-sivas e Ofensivas .................................... 6-24 6-28 ARTIGO VIII - Ténicas de Tiro em Ambiente de Selva ... 6-25 6-29 ARTIGO IX - Técnicas de Tiro em Ambiente Urbano ... 6-26 a 6-29 6-30 ARTIGO X - Técnicas de Tiro de Fuzil com Luneta ..... 6-30 a 6-32 6-31 ARTIGO XI - Técnicas de Tiro com Equipamentos Especiais................................................ 6-33 a 6-36 6-33 ARTIGO XII - Posições de Tiro ..................................... 6-37 a 6-40 6-34 CAPÍTULO 7 - LANÇAMENTO DE GRANADA DE BOCAL 7-1 a 7-5 7-1
  • 7. 1-1 C 23-1 CAPÍTULO 1 GENERALIDADES 1-1. INTRODUÇÃO a. O presente manual tem por finalidade orientar a instrução de tiro de fuzil no âmbito das Unidades do Exército. Seu conteúdo fornece subsídios aos instrutores, auxiliares de instrutores e monitores de tiro, na medida em que trata dos fundamentos de tiro com o fuzil, da instrução preparatória para o tiro e de técnicas de tiro com o fuzil. b. Trata também o manual do preparo psicológico do atirador, fornecendo alguns subsídios que permitam lidar da melhor maneira com situações de estresse típicas da atividade, tanto na fase de aprendizado, adestramento ou combate. c. Os exercícios de tiro de fuzil serão tratados pelas Instruções Gerais para o Tiro com as Armas do Exército (IGTAEx). d. Os fundamentos que serão abordados são válidos para qualquer tipo de fuzil, sendo sempre tomado por base, contudo, o fuzil de dotação do Exército: o Fuzil 7,62 M 964 - FAL. Também será abordado a respeito do tiro com granada de bocal, utilizando as possibilidades deste armamento. e. O tiro de fuzil é atividade de fundamental importância dentro do Exército, já que a eficiência operacional de uma tropa está necessariamente ligada à capacidade combativa de cada soldado. Esta capacidade de combater só poderá ser elevada se o militar souber fazer uso eficiente do seu armamento individual. Portanto, atirar bem é uma necessidade. O aprendizado dos fundamentos e das técnicas de tiro, na fase da instrução individual básica, deve ser conduzido de forma que todos os soldados aprendam a disparar um tiro com precisão. Os militares com desempenho deficiente devem ser recuperados. Os comandantes em todos os escalões devem estar compromissados inteiramente com os objetivos individuais de instrução.
  • 8. C 23-1 1-1/1-2 1-2 f. A instrução de tiro, por suas características, é uma ferramenta importan-tíssima para o desenvolvimento de atributos relacionados à personalidade militar - os atributos da área afetiva. Durante as instruções, os militares terão a oportunidade de desenvolver autoconfiança, decisão, combatividade, coragem, disciplina, equilíbrio emocional, iniciativa, liderança, persistência, responsabilida-de e zelo, além de outros atributos. É importante salientar que tais objetivos serão uma conseqüência natural do desenvolvimento da instrução, e não devem ser um fim por si só. A finalidade precípua da instrução de tiro deve ser a aprendizagem do tiro, nas melhores condições possíveis para que isso ocorra. As dificuldades impostas devem ser sempre planejadas para buscar o aperfeiçoamento, dentro da previsão dos exercícios, sem perder de vista a finalidade principal da instrução. g. Desta forma, o Manual de Campanha C 23-1 fornecerá a base de conhecimentos necessária para que os instrutores e instruendos possam atingir seus objetivos relacionados à instrução de tiro, além de permitir aos instruendos, monitores e instrutores conhecimentos e técnicas básicas de tiro de instrução e de combate. 1-2. OBJETIVOS DA INSTRUÇÃO DE TIRO São objetivos da instrução de tiro: a. desenvolver no militar a capacidade técnica e psicomotora para que aplique corretamente os fundamentos e técnicas de tiro; b. habilitar o militar a ser um atirador eficiente, ou seja, um atirador que acerte seus alvos com rapidez e precisão, tanto nos tiros estáticos ou dinâmicos; c. garantir a eficiência operacional da tropa através do aumento da eficiência operacional de cada militar; d. garantir o aprendizado dos fundamentos de tiro para que possam ser aplicadas a qualquer tipo de armamento, se a situação o exigir; e. desenvolver atributos da área afetiva, tais como autoconfiança, decisão, combatividade, coragem, disciplina, equilíbrio emocional, iniciativa, liderança, persistência, responsabilidade e zelo dentre outros; f. selecionar os militares mais habilitados para o exercício de funções específicas que exijam um adestramento mais apurado em tiro; e g. permitir aos instrutores e instruendos que os objetivos da instrução ou exercício sejam atingidos com metodologia.
  • 9. 2-1 C 23-1 CAPÍTULO 2 A INSTRUÇÃO DE TIRO DE FUZIL ARTIGO I RESPONSABILIDADE DA INSTRUÇÃO 2-1. GENERALIDADES a. Os comandantes de unidade (Cmt U) devem exercer, juntamente com os S/3 e S/4, o apoio e fiscalização sobre as instruções de tiro. b. O apoio às instruções consiste em: (1) orientação de instrutores e monitores, na busca dos meios mais adequados para a obtenção dos objetivos, dentro do que prescreve este manual; (2) desenvolvimento do gosto pelo tiro, através da busca incessante do auto-aperfeiçoamento, inclusive com a participação dos militares em competi-ções desportivas. c. A fiscalização exercida pelo comando da unidade deve ter como meta: (1) a aplicação de métodos e processos de instrução preconizados por este manual; (2) a estrita observância das regras de execução nele previstas; e (3) a busca dos melhores resultados, assim como da recuperação dos militares com desempenho deficiente.
  • 10. C 23-1 2-1/2-2 1. PIM - Programa de Instrução Militar. 2. IG 20-03 / IGTAEx Instruções Gerais de Ti ro com o Armamento do Exército. 3. Manual Técnico do Armamento. 4. T9-1903 Armazenamento, Conservação, Transporte e Destruição de Munição, Explosivos e Artifícios. 5. T9-2100 Acidentes e Incidentes de Tiro. 2-2 d. Fontes de consulta relacionadas ao tiro. 2-2. ATRIBUIÇÕES - Segurança na instrução. - Módulos didáticos de tiro. - Necessidade de munição. - Classificação de resultados. - Diâmetro de escantilhão. - Modelos de alvos. - Dados sobre funcionamento. - P r o c e d i me nt o s p a r a s a na r incidentes de tiro. - Assuntos de interesse àqueles que manuseiam munição. - Principais tipos de acidentes e incidentes bem como suas causas. a. Os Cmt, em todos os níveis, são responsáveis pela fiscalização da instrução de tiro, inclusive no que se refere ao preenchimento e arquivamento da documentação de instrução e administrativa, principalmente borrões de tiro, boletins de existência de munição e registros de tiro das armas. b. O Cmt da unidade deverá designar um oficial de tiro da unidade, encarregado da preparação dos quadros - instrutores e monitores - antes das instruções de tiro. Para essa função, deverá ser escalado o oficial mais capacitado em tiro da unidade, dentre os instrutores de tiro, podendo este oficial acumular essa função com a de oficial de tiro da subunidade. c. O comandante de subunidade (Cmt SU) é o responsável direto pela instrução de tiro de seus comandados, para a qual deve voltar a maior atenção, dada a importância e natureza da atividade - emprego de munição real. Deve orientar e fiscalizar instrutores e monitores, estando ciente de que o sucesso das instruções depende da preparação técnica, da meticulosidade e da paciência
  • 11. 2-3 C 23-1 desses militares. Deve ter em mente ainda que a atividade de tiro deve se desenvolver progressivamente, e que as dificuldades a serem colocadas durante os exercícios devem se restringir estritamente às previstas neste manual e nas fontes de consultas relacionadas ao tiro. Ademais, não deve admitir privações de espécie alguma que vão de encontro ao que prevêem os manuais. Deve entender que os instruendos precisam criar gosto pela atividade, e que os militares com desempenho deficiente necessitam ser recuperados a fim de que todos sejam bons atiradores. Finalmente, deve entender que saber atirar bem é uma obrigação do militar e que a sua ação é fundamental para que os militares de sua subunidade atinjam esse nível. NÃO DEVERÁ PERMITIR QUE MILITARES NÃO HABILITA-DOS PORTEM ARMAS. d. O Cmt SU deverá designar um oficial e um sargento de tiro da subunidade para ministrar as instruções, basicamente a instrução de fundamentos de tiro, a Instrução Preparatória para o Tiro (IPT) e os exercícios de tiro. Para tal função, deverão ser escolhidos os militares mais capacitados em tiro da subunidade, (preferencialmente, o sargento de tiro será do pelotão do oficial de tiro da subunidade). e. O Oficial de tiro da Unidade e o Oficial de tiro da SU devem conduzir as instruções de tiro com objetividade, responsabilidade, paciência e segurança baseando-se, para isso, neste manual e na fontes de consulta relacionadas. Deverão escolher um sargento de tiro capacitado que auxilie nas instruções. ARTIGO II TERMINOLOGIA a. Atirador - instruendo que realiza os exercícios de tiro. b. Auxiliar de instrutor (Aux Instr) - oficial que auxilia o oficial de tiro na condução dos exercícios de tiro. c. Cavado do ombro - região côncava localizada entre o ombro e o peitoral. d. Clicar - regular os aparelhos de pontaria. e. Comandante da linha de tiro - oficial de tiro que emite todas as ordens que devem ser observadas pelos atiradores. f. Controlador de munição - graduado responsável pela distribuição de munição aos municiadores. g. Dedos da mão - polegar, indicador, médio, anular e mínimo. h. Descanso do gatilho - pequeno deslocamento do gatilho que não interfere na ação de desengatilhamento da arma. Folga longitudinal da tecla do gatilho. i. Falange - segmento dos dedos. Distal (da extremidade), medial (do meio) e proximal (mais próxima à palma da mão). 2-2
  • 12. C 23-1 2-2 2-4 j. Instrutor: o mesmo que oficial de tiro. É o responsável por conduzir as instruções de tiro. l. Lado da mão auxiliar - é o lado do corpo correspondente à mão auxiliar. m. Lado da mão que atira - é o lado do corpo correspondente à mão que atira. n. Maça de mira - mira; pequena saliência localizada na extremidade anterior da arma. o. Mão auxiliar - mão que não atira. p. Mão que atira - mão que é usada para acionar o gatilho. q. Monitor(Mon) - graduado que auxilia o oficial de tiro na condução dos exercícios de tiro. r. Municiador - soldado que auxilia na distribuição de munição. s. Obréia - pedaço de papel, ou adesivo, utilizado para tampar os impactos no alvo. t. Oficial de tiro da Subunidade - oficial responsável pela execução das instruções de tiro, âmbito Subunidade. É o comandante da linha de tiro da SU. u. Oficial de tiro da Unidade - oficial responsável pela execução das instruções de tiro, âmbito Unidade. É o comandante da linha de tiro. v. Pulso do atirador - parte do corpo que une a mão ao antebraço. x. Punho da arma - parte da arma que é segura pela mão que atira. z. Sargento de tiro - sargento que auxilia o oficial de tiro nas instruções, podendo desempenhar a função de monitor. aa. Série de atiradores - conjunto de atiradores necessários para a ocupação da linha de tiro. ab. Série de falhas - repetição da série de tiro para os atiradores das armas que apresentaram incidentes. ac. Série de tiro - o mesmo que exercício de tiro(segundo IGTAEx). ad. Sessão de tiro - são todos os exercícios de tiro realizados durante uma jornada de instrução. ae. Tiro em seco - consiste em disparar a arma, sem munição, usando ou não cartuchos de manejo, aplicando todos os fundamentos do tiro. af. Tiro visado - tiro no qual se utiliza as miras do armamento ag. “V” da mão - é a área da palma da mão auxiliar onde o fuzil fica apoiado. O polegar, em lado oposto aos demais dedos, forma uma curva semelhante à letra “V”.
  • 13. 2-5 C 23-1 ARTIGO III SEGURANÇA NA INSTRUÇÃO a. Haverá um oficial no comando da linha de tiro em todos os exercícios(oficial de tiro) que terá seus comandos obedecidos pronta e irrestritamente, sendo somente dele emanados, a não ser em caso de emergência, ocasião em que o comando de “SUSPENDER FOGO” poderá ser dado por qualquer militar. b. Antes da execução do tiro real e logo após o término da última série de tiro, todas as armas e carregadores deverão ser inspecionados. Caso exista cartucho ou outro material no cano, este deverá ser retirado de imediato. c. As munições de festim e de manejo serão sempre inspecionadas , uma vez que pode haver munição real entre elas. d. A manutenção antes e depois do tiro também visa à segurança, além da eficiência do armamento. Antes dos exercícios, todos deverão verificar o estado geral do armamento e os itens de manutenção, identificando especialmente se não há fissuras no percussor ou se este não está quebrado. e. A área do estande de tiro será demarcada com bandeirolas vermelhas e avisos de “PERIGO: TIRO REAL”, (além de luzes indicativas em caso de tiro noturno). Os acessos devem ser sinalizados e obstruídos. A população deve ser alertada, em caso de necessidade. f. As armas serão sempre transportadas, no interior do polígono de tiro/ estande, abertas, travadas e sem o carregador. Jamais alguém poderá tocar no armamento ou permanecer com a arma fechada se houver pessoal à frente. g. Antes de cada exercício de tiro, deverão ser citadas as Normas de Segurança, as quais deverão estar impressas em locais visíveis e distribuídas no local da instrução; a saber: (1) é proibido fumar; (2) é obrigatório o uso do capacete balístico ou similar; (3) durante todo o período de permanência no estande e quando não forem empregadas as armas deverão estar travadas, abertas e sem o carregador. (4) as armas que não estiverem na linha de tiro permanecerão em local a elas destinado (indicar o local); (5) para as ações de municiar o carregador, alimentar, carregar, destra-var, iniciar o tiro, verificar os impactos e ir à frente, os militares deverão aguardar a ordem do comandante da linha de tiro; (6) em nenhuma hipótese a arma da linha de tiro terá seu cano voltado em outra direção que não seja a dos alvos; (7) as armas estarão sempre abertas e não poderão ser tocadas caso haja alguém à frente da linha de tiro; (8) todos deverão atender pronta e irrestritamente às ordens emanadas pelo comandante da linha de tiro; (9) ao ser carregada, a arma deverá estar apontando para a linha de alvos, bem como o dedo indicador da mão que atira deve estar fora do gatilho; 2-2
  • 14. C 23-1 2-2 2-6 (10) qualquer pessoa que observar ocorrência de ato atentatório à segurança deverá comandar “SUSPENDER FOGO”. h. Nas situações de manuseio do armamento e no caso de incidentes e/ou acidentes de tiro, deverão ser executadas ações previstas nos Manuais Técnicos pertinentes a cada arma. É muito importante que a equipe de instrução conheça exatamente os detalhes de funcionamento, as medidas preliminares e as características do armamento utilizado. i. É importante inspecionar a qualidade dos cartuchos e impedir que munições danificadas ou com prazo de Exame de Estabilidade Química vencido sejam utilizadas no tiro. j. O tiro somente deve ser realizado com apoio médico (pessoal e meios) adequado. l. O controle visual da instrução, numa linha de tiro, conforme Fig 2-1, é um procedimento indispensável. Para isto, devem ser observados os seguintes aspectos: (1) após o término da série de tiro, o atirador, em silêncio, senta-se dois passos à retaguarda do seu posto de tiro; (2) os militares da próxima série sentam-se a quatro passos da linha de atiradores; e (3) não admitir conversas paralelas. Fig 2-1. Posicionamento dos atiradores e da próxima série de atiradores m. Segurança no tiro noturno (1) Para facilitar a identificação do alvo por parte do atirador é prudente dividir a série em grupos de, no máximo, quatro atiradores (Fig 2-2), separados pelo intervalo de um alvo.
  • 15. 2-2 2-7 C 23-1 Fig 2-2. (2) Ao comando de “Carregar”, os Aux Instr/Mon acendem lanternas com filtro vermelho, acompanhando os tiros do seu setor. As lanternas devem estar direcionadas ao comandante da linha de tiro. (3) Ao término do exercício, eles inspecionam o setor que estiver sob sua responsabilidade e, quando terminarem, sinalizam, piscando a lanterna para o comandante da linha de tiro. (4) Antes da verificação dos impactos, as armas serão inspecionadas pelos monitores (armas ao solo, travadas, abertas, sem o carregador e com a janela de ejeção voltada para cima). Ao término do módulo e depois da última série, é necessário realizar a inspeção final. ARTIGO IV ORGANIZAÇÃO DA SESSÃO DE TIRO a. A sessão de tiro deve ser organizada de forma a facilitar o aprendizado dos instruendos, a segurança do pessoal envolvido e o controle das armas e munições empregados. Na medida do possível, todo o conforto deve ser proporcio-nado, principalmente nas primeiras instruções, a fim de que o aprendizado seja facilitado e o gosto pela atividade seja desenvolvido. b. O Cmt da linha de tiro deverá ocupar posição central, de forma a controlar da melhor forma possível o andamento da instrução. c. Os auxiliares de instrutor e monitores, em número de pelo menos um para cada vinte atiradores, deverão ser distribuídos ao longo da linha de tiro. d. O cabo armeiro deverá acompanhar todas as instruções, a fim de sanar as panes não eliminadas no 1º escalão de Mnt. e. Um graduado deverá manter o controle de toda a munição que deverá ser distribuída aos atiradores pelos municiadores. f. À medida que forem terminando os seus exercícios de tiro, os atiradores deverão sentar, aproximadamente, a dois passos, à retaguarda da sua posição de tiro (Fig 2-1), a fim de que os instrutores e monitores possam controlar e transitar pela linha de tiro. Aux Instr/Mon farão uma inspeção sumária das armas, verificando se estão abertas,descarregadas, travadas e sem carregador, e dando o pronto ao comandante após a verificação de todas em seu setor. Para esta inspeção da linha de tiro, é importante que os atiradores deixem seu armamento
  • 16. C 23-1 apontado para frente, com as janelas de ejeção voltadas para cima e os carregadores com seus transportadores (ou afins) virados para a retaguarda. 2-8 g. Os atiradores, em caso de dúvida, deverão consultar, inicialmente, o Aux Instr/Mon do seu setor de tiro. Os militares que estiverem aguardando para atirar, só deverão opinar se autorizados pelo comandante da linha de tiro, auxiliares de instrutor e monitores. Os exercícios de tiro deverão ser executados individualmen-te e com disciplina. h. Depois de completados os exercícios, instrutor, auxiliares de instrutor e monitores irão à frente juntamente com os atiradores para a verificação dos alvos e marcação dos borrões. Os borrões de tiro serão recolhidos e entregues ao oficial de tiro que providenciará seu arquivamento. i. Os militares que tiverem desempenho inferior ao estabelecido pela IGTAEx, deverão reiniciar os exercícios, tendo em vista a melhoria da sua atuação no tiro. j. É obrigatória a presença de médico e de ambulância em qualquer instrução com tiro real, sendo que este deverá conduzir material apropriado para as possíveis lesões que ali possam ocorrer. Fig 2-3. Exemplo de organização do estande e da instrução de tiro l. Os materiais que devem ser conduzidos para o tiro são os seguintes: sistema de som, mesas de campanha, bancos de campanha, cola branca, tesoura, obréias adesivas ou de papel, alvos e molduras de reserva, capacete para assistência, protetores de ouvido, óculos de proteção, grude, material de manu-tenção de armamento, pranchetas, canetas, lápis, borracha, manuais relaciona-dos com o tiro, fitas adesivas tipo crepe, martelo e prego. 2-2
  • 17. 2-2 2-9 C 23-1 m. No planejamento da fase básica do período de instrução individual deve ser previsto o tempo suficiente para as instruções de tiro. Como sugestão, considerando a inexperiência dos futuros atiradores, o instrutor de tiro pode intercalar, logo na primeira sessão, cartuchos de manejo com cartuchos M1. Este tipo de exercício propicia ao instrutor a oportunidade de identificar erros, principal-mente os de acionamento nos disparos com cartuchos de manejo, ao atirador verificar se está fechando o olho, acionando o gatilho incorretamente, ou executando algo errado e ao atirador da próxima série, a oportunidade de, mesmo sentado atrás da linha dos Aux Instr/Mon, poder observar os erros de procedimen-to e ouvir os comentários destes sobre as correções necessárias. n. Quanto menor o número de atiradores por instrutor melhor será para o rendimento da instrução. o. Os Instr/Aux Instr/Mon não deverão jamais impor castigos ou limitações não previstas nos exercícios de tiro. p. Instalar um sistema de som compatível que facilite o controle e as ordens. ARTIGO V MISSÕES DO OFICIAL DE TIRO DA UNIDADE E SUBUNIDADE a. O oficial de tiro da unidade tem as seguintes missões: (1) assessorar o Cmt, S3 e S4 da unidade no planejamento das instruções e exercícios de tiro; (2) ministrar instruções de fundamentos de tiro e aplicar oficinas da IPT para os quadros da unidade, em especial os oficiais e sargentos de tiro das subunidades, de acordo com o planejamento do S3, a fim de padronizar os conhecimentos e informações a serem repassadas aos instruendos. Essas instruções deverão, obrigatoriamente, ser conduzidas antes da IPT dos recrutas, podendo ser repetidas por ocasião dos exercícios de tiro ao longo do ano de instrução; (3) fiscalizar as instruções ministradas dentro de cada subunidade, para verificar o estrito cumprimento dos preceitos contidos neste manual, além de orientar os instrutores e monitores no que se fizer necessário. (4) conduzir o tiro no âmbito da unidade, que não for executado no âmbito da SU, em especial o TAT de oficiais e sargentos, competições de tiro e instruções dos quadros da OM. b. O oficial de tiro da subunidade tem por missões: (1) ministrar a instrução de fundamentos de tiro e a IPT para os militares da sua subunidade, em especial aos recrutas, fazendo a avaliação individual de cada um e lançando a avaliação das oficinas da IPT em borrão específico, que deverá ser arquivado apropriadamente; (2) fazer os pedidos de material que forem necessários ao S4, por meio do Cmt de SU e assessorado pelo sargento de tiro, a fim de conduzir a s instruções e exercícios de tiro nas melhores condições possíveis;
  • 18. C 23-1 2-2 2-10 (3) verificar os militares da subunidade que farão cada exercício de tiro, de acordo com a distribuição das IGTAEx; (4) preencher os borrões de tiro, juntamente com os Aux Instr/Mon, analisando os resultados; (5) planejar e executar a recuperação dos militares que apresentarem desempenho deficiente durante as sessões de tiro. Havendo disponibilidade de pessoal e espaço no estande, os instruendos com deficiência deficientes poderão fazer treinamento com FAC (vide croqui de linha de tiro) antes do tiro real; (6) fiscalizar a preparação do estande de tiro e das oficinas da IPT; (7) comandar a linha de tiro, sendo responsável pela disciplina e segurança; (8) fiscalizar os militares na linha de tiro, orientando-os na execução correta dos fundamentos de tiro e na clicagem do armamento; (9) verificar as condições de manutenção e segurança do armamento antes, durante e depois dos exercícios de tiro; (10) acompanhar o controle de consumo de munição, cobrando do graduado responsável pela distribuição dos cartuchos a quantidade consumida, sobras e falhas daquilo que foi utilizado na instrução; (11) os Instr/Aux Instr/Mon deverão buscar sempre o alto rendimento da instrução com a recuperação dos atiradores com baixo desempenho. ARTIGO VI SELEÇÃO DOS INSTRUTORES(OFICIAL DE TIRO), AUXILIARES DE INSTRUTOR E MONITORES DE TIRO a. A seleção dos instrutores, auxiliares de instrutor e monitores de tiro é de capital importância para o rendimento na instrução. b. São qualidades inerentes a esses militares todas aquelas que proporci-onarão confiança, segurança e tranqüilidade ao instruendo para que este possa aprender a atirar, deve ser paciente para repetir quantas vezes forem necessárias o exercício até que o militar aprenda. c. Deve ainda, se sentir motivado pela atividade de tiro, ser sério, dedicado e preocupado com a segurança. Isso associado aos seus conhecimentos da técnica e dos fundamentos de tiro, bem como e do conhecimento do armamento, proporcionar-lhe-ão um alto rendimento e sucesso na instrução de tiro. ARTIGO VII SELEÇÃO E PREPARAÇÃO DAS ARMAS A SEREM UTILIZADAS NA INSTRUÇÃO a. As armas que deverão ser utilizadas na instrução devem ser, preferen-cialmente as armas distribuídas aos militares de cada subunidade. O combatente deve conhecer seu armamento e fazer sua regulagem, conforme a IGTAEx.
  • 19. 2-2 2-11 C 23-1 b. Devem ser sanados todos os problemas do armamento que possam causar incidentes, acidentes ou baixo rendimento durante os exercícios de tiro. O armamento deve estar em boas condições: cano sem ferrugem, assim como as demais partes da arma, ausência de folgas, aparelhos de pontaria bem fixados e todos os itens de manutenção em dia. c. Em relação ao fuzil, é importante salientar as seguintes observações: (1) o anel regulador do escape de gases deve proporcionar uma pequena saída, a ser diminuída apenas em função da necessidade, caso haja insuficiência de gases. O fechamento completo do orifício de escape de gases pode resultar na soltura do cilindro de gases, o que indisponibiliza o fuzil para o tiro; (2) a manutenção do cano do fuzil FAL, por ocasião do tiro, aumenta sua vida útil. Um mau rendimento no tiro, com grupamentos excessivamente espalha-dos, pode significar que o cano esteja descalibrado. Um fuzil FAL que sai de fábrica passa por teste balístico, cujo resultado deve ser um grupamento de cinco tiros inscritos em um quadrado de oito centímetros de lado a cinqüenta metros. O oficial de tiro pode fazer teste semelhante que INDICARÁ se o cano está ou não em boas condições. A condenação do armamento, porém, só poderá ser comprovada por teste conduzido em órgão especializado. A respeito deste assunto, a simples verificação feita apenas com calibrador de cano não indica canos descalibrados em sua totalidade. O tiro de rajada também deve ser evitado com o FAL, por ser um diminuidor da vida útil do cano; (3) o percussor quebrado do FAL pode produzir um dos mais graves acidentes, que é o disparo ocorrido antes do trancamento da arma, em virtude do afloramento da ponta do percussor, o que ocasiona a percussão precoce durante o movimento do fechamento do ferrolho. Para evitar este acidente, deve ser feita a verificação do percussor sempre antes do tiro, buscando quebra ou ranhuras que indiquem rachaduras; (4) os aparelhos de pontaria devem estar bem fixados por ocasião do tiro. Um desvio de um milímetro nos aparelhos de pontaria ocasiona um erro de nove centímetros a cinqüenta metros, prejudicando sobremaneira o resultado. Na inspeção antes do tiro deve ser feita a verificação do estado dos aparelhos de pontaria, observando-se especificamente a alça de mira. Se estes apresentarem folga, deverão ser manutenidos, reparados ou substituídos, a fim de não prejudicar o tiro. O uso de uma liga elástica, que envolve a alça e a coronha da arma, atenua esta folga originada de fábrica ou de uso constante. ARTIGO VIII A PROGRESSIVIDADE DA INSTRUÇÃO DE TIRO a. As instruções de tiro devem seguir o fundamento da progressividade, segundo o qual as dificuldades surgirão de forma progressiva e serão vencidas pouco a pouco pelos militares instruendos. b. A atividade do tiro requer a criação de procedimentos mentais comple-xos, que devem ser aprendidos de forma favorável.Um conforto inicial e o que for permitido pelo exercício devem ser proporcionados na fase de aprendizagem. Com
  • 20. C 23-1 2-2/2-3 isso, o gosto pela atividade, que é importante na criação dos reflexos condiciona-dos, fará parte das atitudes do atirador. c. Não poderão ser permitidos castigos físicos. d. O baixo rendimento deve ser analisado em busca da solução, inclusive com a análise do armamento. 2-12 e. Os militares com fraco desempenho deverão iniciar uma recuperação da eficácia de tiro na primeira oportunidade. f. As instruções devem começar à curta distância até a distância de utilização de combate, de competição e de tiro de caçador, considerando-se que a dificuldade sempre será gradual. g. Da mesma forma, as instruções serão inicialmente estáticas (tiro de linha de tiro), passando depois aos tiros dinâmicos (em pistas de tiro) até chegar ao tiro sob estresse. h. A falta de progressividade da instrução pode causar desmotivação, bloqueio psicológico e acidentes. ARTIGO IX EXECUÇÃO DOS EXERCÍCIOS DE TIRO 2-3. GENERALIDADES a. Todos os módulos de tiro estão previstos nas Instruções Gerais de Tiro com o Armamento do Exército (IGTAEx) e devem ser cumpridos na íntegra. b. Ao mesmo tempo em que é executado o tiro real, deve ser montado, à parte, no próprio estande, (observando-se as Normas de Segurança), uma linha de tiro de ar comprimido (Fig 2-4). Um Aux Instr/Mon conduzirá várias séries de tiro de Car 4,5 mm com os atiradores com menções inferiores a “R”.
  • 21. 2-3 2-13 C 23-1 Fig 2-4. c. Devem ser executados treinamentos de tiro em seco com os militares que estiverem aguardando para realizar o tiro real e, depois, com o restante dos atiradores. d. Os atiradores com desempenho insuficiente devem receber instrução preliminar, executando os exercícios dos itens “b” e “c” citados acima; executar o tiro e; caso necessário, realizar recuperação do exercício, logo após o término da última série. e. No tiro de instrução básico, é necessário realizar as sessões iniciais intercalando munição real com munição de manejo. Este procedimento auxilia a identificação de erros de acionamento. f. O borrão de tiro é um documento. O correto preenchimento e o seu arquivamento são fundamentais para o controle da instrução. O borrão deve ser confeccionado de acordo com os exercícios que serão executados na jornada. As figuras abaixo servem de exemplo.
  • 22. C 23-1 2-14 Fig 2-5. Ficha de avaliação da IPT 2-3
  • 23. 2-15 C 23-1 Fig 2-6. Exemplo de borrão de tiro Extrato da IGTAEx 2001(TIB página 11-40) usado como referência para o preenchimento do borrão da Fig 2-6. 2-3
  • 24. C 23-1 2-3/2-4 Exercício de tiro 101 Deitada Apoiada 4 102 Deitada 4 103 Ajoelhada apoiada 4 104 Pé visado 2 105 Pé visado 2 106 Pé não visado 3 107 Pé não visado 3 E, MB, B, R ou I, de acordo com 108 Pé não visado 3 número de impactos na silhueta. 2-16 Posição Tiros por homem Alvo Padrões mínimos A6 E, MB, B, R ou I, de acordo com tamanho do grupamento de tiro. A2 1 impacto na silhueta. A2 Treinamento para tiro noturno. Fig 2-7. Extrato da IGTAEx 2001 g. Constituição da equipe de instrução de tiro (1) Instrutor de tiro (2) Médico (3) Auxiliares de instrutor/monitores: um para, no máximo, 20 atiradores, (4) Controlador de munição (5) Municiadores (no mínimo dois) (6) Cabo armeiro (7) Motorista da ambulância (8) Equipe de segurança: constituição variada (depende do tamanho e localização do estande) h. Segurança de terceiros - Procedimentos a serem realizados antes de iniciar o tiro. (1) Para estandes fora da OM: verificar se civis ou outros militares circulam pelas imediações do estande. (2) Utilizar a Eqp Seg para bloquear os acessos ao estande de tiro (3) Para estandes dentro da OM: certificar se os militares da OM estão cientes da realização do tiro (avisos em formaturas, previsão em QTS, vias de acesso interditadas, etc) 2-4. DESENVOLVIMENTO a. Seqüência e Comandos de Tiro (1) Manutenção do armamento: o instrutor deve determinar a desmontagem de 1º escalão dos fuzis, a fim de inspecionar as peças móveis: numeração do ferrolho e do impulsor do ferrolho, situação do percussor, mola do percursor etc. O cabo armeiro deve assistir os militares nesta desmontagem/montagem. Armas com peças trocadas ou danificadas não podem ser utilizadas no tiro.
  • 25. 2-4 - “Preparar para a inspeção!” - os militares colocam a arma, travada, sobre o ombro esquer-do, com a janela de ejeção aberta e o carregador na mão direita com o transportador voltado para frente. - “Para a inspeção, posição!” - os atirado-res unem os calcanhares 2-17 C 23-1 (2) Verificar se os instruendos estão com proteção auditiva (3) Inspeção inicial : Dispor a tropa em coluna por dois, com intervalo de 03 (três) passos, frente para o interior, na posição de descansar; emitir as seguintes ordens: “PREPARAR PARA INSPEÇÃO!”, “PARA INSPEÇÃO, POSIÇÃO!”(Fig 2-8), “APÓS A INSPEÇÃO, ABAIXEM A ARMA E PERMANE-ÇAM NA POSIÇÃO DE DESCANSAR!”; Fig 2-8. (4) Ambientação com os procedimentos no estande e com o tiro: (a) apresentar a equipe de instrução e de apoio, explicando a função de cada um de seus integrantes; (b) persuadir os instruendos a executarem corretamente os funda-mentos do tiro, para que estejam em condições de usar de forma adequada o armamento, relembrando estes fundamentos; (c) mostrar a disposição dos meios no estande; (d) explicar como as atividades serão desenvolvidas; (e) explicar o procedimento em caso de incidente de tiro (falhas): o atirador, em silêncio, permanece na posição de tiro, levanta o braço da mão que atira e aguarda a presença do Aux Instr/Mon, para que este possa assisti-lo na solução da pane. (f) demonstrar a seqüência das ações a serem desenvolvidas pelos atiradores; (g) ler as Normas de Segurança (letra h. do Artigo III, Capítulo 2); (h) questionar alguns atiradores, para verificar se entenderam o que foi explicado; (i) perguntar se existe dúvida. (5) Organizar as séries de atiradores. (6) Dispor a tropa conforme a figura 2-3. (7) Recomendar aos atiradores que, ao término de cada série de tiro, permaneçam sentados a dois passos da retaguarda do posto de tiro, mantenham a arma ao solo, travada, aberta, com a janela de ejeção para cima e o carregador com o transportador voltado para a retaguarda. (8) Após a 1ª série ocupar a linha de tiro, comandar: “ATIRADORES, ARMAS AO SOLO, TRAVADAS, ABERTAS E SEM CARREGADOR; JANELA
  • 26. C 23-1 2-4 DE EJEÇÃO PARA CIMA E CARREGADOR COM O TRANSPORTADOR VOLTADO PARA A RETAGUARDA. SENTADOS!”. 2-18 (9) “IDENTIFIQUEM SEUS ALVOS!”. Os atiradores levantam o braço e citam número do alvo (da esquerda para direita e em ordem crescente). (10) “PREENCHAM OS BORRÕES DE TIRO!”. Explicar como preen-cher. (11) “A PARTIR DE AGORA, CINCO MINUTOS DE TREINAMENTO DE TIRO EM SECO E DAS POSIÇÕES DE TIRO!”. Ressaltar as características de cada posição enquanto estiver corrigindo os instruendos; usando um sistema de som. (12) “TREINAMENTO ENCERRADO! ARMAS AO SOLO, TRAVADAS, ABERTAS E SEM CARREGADOR; JANELA DE EJEÇÃO PARA CIMA E CARREGADOR COM O TRANSPORTADOR VOLTADO PARA A RETAGUAR-DA. SENTADOS!”. Descrever o exercício a ser realizado. (13) “MUNICIAR __ CARREGADOR(ES), CADA UM COM __CARTU-CHOS!”. (14) “TOMAR A POSIÇÃO _________!”. (15) “ALIMENTAR!”. Verifique se alimentaram as armas. (16) “CARREGAR!”. Verifique se carregaram. (17) “TRAVAR!”. (18) “ATIRADORES PRONTOS?”. Neste momento, os monitores levan-tam o braço, sinalizando para o comandante da linha de tiro, abaixando-o somente quando todos estiverem prontos. (19) “DESTRAVAR AS ARMAS!”. (20) “ATENÇÃO!”. Apitar ou comandar “FOGO A VONTADE!”. (21) Apitar para terminar ou comandar “CESSAR FOGO!”. (22) “FALHAS?”. Sanar os incidentes (se houver) para prosseguir com os exercícios. Os Aux Instr/Mon devem acompanhar, individualmente, cada atirador, auxiliando-o, conforme o caso, a fim de resolver o incidente com a arma. (23) Quando não houver mais falhas comandar “EXERCÍCIO DE TIRO TERMINADO! ATIRADORES, ARMAS AO SOLO, TRAVADAS, ABERTAS E SEM CARREGADOR; JANELA DE EJEÇÃO PARA CIMA E CARREGADOR COM O TRANSPORTADOR VOLTADO PARA A RETAGUARDA”. AUX INSTR/ MON, VERIFIQUEM A SEGURANÇA DA LINHA DE TIRO!”. (24) Após o sinal positivo dos monitores: “LINHA DE TIRO EM SEGU-RANÇA! ATIRADORES DE PÉ! À FRENTE VERIFICAR OS RESULTADOS!”; (25) Depois de encerrado o último exercício de tiro, de cada série de atiradores, o instrutor, auxiliado pelos Aux Instr/Mon, faz a inspeção final na própria linha de tiro. b. Verificação dos resultados (1) Durante a verificação dos alvos, os atiradores anotam os impactos no borrão de tiro, um monitor anota em uma folha o desempenho (E, MB, B, R ou I) e recolhe os borrões dos militares aptos. Os resultados insuficientes têm que ser recuperados. (2) O(s) monitor(es) que permanece(m) na linha de tiro organiza(m) o próximo rodízio.
  • 27. 2-4/2-5 2-19 C 23-1 (3) A série de espera recolhe estojos vazios e em seguida, retorna ao seu lugar, de frente para o alvo sem tocar no armamento. (4) A próxima série se prepara para ocupar a posição de espera. (5) O cabo armeiro anota o número das armas com as respectivas quantidades de tiros, além de registrar, se for o caso, as panes, incidentes ou problemas apresentados. (6) Os soldados auxiliares e os atiradores tampam os furos nos alvos. (7) Após o término dos exercícios de tiro previstos, os atiradores com resultado satisfatório seguem para a manutenção do armamento, coordenada pelo cabo armeiro. Os militares deficientes realizarão exercícios de tiro em seco ou tiro com FAC. 2-5. CONTROLE DA INSTRUÇÃO É importante que o oficial Cmt da linha de tiro acompanhe, antes, durante e após o exercício, o trabalho dos seus auxiliares, a fim de providenciar, mediante Parte, as seguintes informações: a. Situação do armamento: neste item relaciona-se a numeração do fuzil com o número de disparos efetuados pela arma. É necessário especificar as armas que apresentaram mau funcionamento, tiveram peças danificadas ou causaram acidente de tiro. b. Resultados individuais: na Parte, os borrões de tiro são anexados, emitindo parecer, indicando os militares que não atingiram resultado satisfatório. Estes militares não deverão portar armamento. c. Consumo de munição: neste item são relacionadas as quantidades, por lote, de cartuchos consumidos, de cartuchos danificados e de cartuchos devol-vidos.
  • 28. C 23-1 2-5/2-7 2-20 Fig 2-9. (1) Durante a instrução, o graduado responsável pela munição deve usar a ficha abaixo (Fig 2-9) como ferramenta de controle. (a) Extra: é a munição distribuída além do previsto. Exemplo: Mun para substituir Car danificado no carregamento. (b) Sobra: é a munição distribuída e não utilizada. Exemplo: o atirador não termina a série de tiro dentro do tempo determinado. (c) Os municiadores, entregando munição extra para os Aux Instr/ Mon ou recebendo as sobras destes, informam imediatamente o fato ao graduado controlador da munição. (2) Os acidentes ocorridos durante a instrução deverão ser administrados de acordo com o previsto no Programa de Instrução Militar(PIM). 2-6. CONCLUSÃO Ao término do exercício de tiro, é feita uma análise, em que se procura mostrar os pontos a serem melhorados, ressaltando-se os aspectos positivos. 2-7. PRESCRIÇÕES DIVERSAS a. Medidas administrativas (1) Previsão de consumo de munição - Conciliar a quantidade prevista para o consumo, segundo a IGTAEx e a disponibilidade de cartuchos pelas dotações da OM. Estas são regulamentadas por portarias específicas, sendo conveniente consultá-las junto à 4ª seção e ao oficial de munição da OM.
  • 29. 2-21 C 23-1 (2) Pedido de munição - Normalmente é feito por meio da SU ao Fiscal Administrativo da OM (4ª seção). (3) Pedido de apoio médico - Normalmente é feito por meio da SU ao Fiscal Administrativo da OM (4ª seção). (4) Pedido de estande - Normalmente é feito por meio da SU ao Oficial de Operações da OM (3ª seção). b. Aquisição de Alvos e Obréias (1) Os alvos e obréias podem ser adquiridos no EGGCF ou em gráficas especializadas. Na impossibilidade de comprá-los, os alvos poderão ser confec-cionados de maneira artesanal, usando-se cartolina ou outro papel e tinta preta. Cria-se uma moldura de borracha ou madeira e pinta-se o interior com rolo ou pincel. (2) Tamanho do alvo: o alvo padrão é o alvo A2, representando a silhueta de um homem em pé. Os tiros visados com fuzil objetivam acertar um homem a 200 metros. (Fig 2-10) Fig 2-10 (3) Em estandes reduzidos, bem como para a confecção dos meios auxiliares de instrução, é recomendável utilizar alvos com dimensões reduzidas em escala, proporcionais à distância operacional (200 m), possibilitando ao instruendo sempre a mesma fotografia. Exemplo: (a) Pela regra de três A C B D (b) Estande de 50 m à 200/50 = ¼ à FATOR MULTIPLICADOR (c) Multiplicam-se pelo fator multiplicador todas as dimensões do alvo: 36 cm x ¼ ; 56 cm x ¼ ; 20 cm x ¼ ; 16 cm x ¼ , pois ¼ é o valor de 200 m dividido por 50 2-7 =
  • 30. C 23-1 2-22 (d) Os alvos reduzidos podem ser impressos, com menor custo, em impressoras de computador, em fotocopiadoras ou pintados com tinta preta(pintam-se várias folhas para depois recortá-las nas medidas desejadas). (4) As obréias ideais são as do tipo adesivas, pela facilidade de manuseio, agilizando o trabalho de trincheira, tendo em vista que são limpas e de custo relativamente baixo. Podem também ser confeccionadas de papel picotado com cola à base de farinha de trigo. (5) As molduras podem ser confeccionadas com diversos materiais (papelão, madeira, isopor, pano, etc). São numeradas e devem permanecer firmes e resistentes às condições adversas do tempo, como chuvas e ventos fortes. Fig 2-11. Exemplo de moldura Fig 2-12. Moldura utilizando isopor 2-7
  • 31. 3-1 C 23-1 CAPÍTULO 3 FUNDAMENTOS DE TIRO DE FUZIL 3-1. GENERALIDADES a. O tiro preciso é um conjunto de ações muito simples e interligadas. Os fundamentos do tiro são aspectos básicos que devem ser perfeitamente compre-endidos neste processo, sendo são apresentados na seqüência natural das ações para realização de um disparo com o fuzil. Se o atirador executá-los corretamente, terá maior êxito na realização de tiros em alvos de instrução e no combate. Os fundamentos de tiro são a posição estável, a pontaria, o controle da respiração e o acionamento do gatilho. Todos os fundamentos devem ser executados de forma integrada. O atirador deve utilizar a estrutura óssea do corpo como apoio, procurando amenizar a fadiga precoce dos músculos envolvidos na posição, em especial na deitada e ajoelhada. b. Os fundamentos de tiro de fuzil serão detalhados nos artigos a seguir. ARTIGO I POSIÇÃO ESTÁVEL 3-2. DEFINIÇÃO É o sistema formado pela empunhadura e a posição de tiro, objetivando a menor oscilação do conjunto arma-atirador. Sempre que possível, o atirador deverá procurar utilizar qualquer tipo de apoio (sacos de areia, árvores, troncos, pneus, colunas etc.) para a realização do tiro, pois, além de permitir uma posição mais estável, poderá servir também de abrigo. Vale ressaltar que, em algumas situações, o atirador não contará com apoios. Para manter uma boa estabilidade, qualquer que seja a posição de tiro, é necessário uma força muscular que sustente o peso da arma e tenha como resultante a firmeza da arma e da posição de tiro.
  • 32. C 23-1 3-3. CONCEITOS 3-2 a. Arco de movimento - São movimentos constantes do corpo do atirador que influenciam o grupamento de tiro e são notados durante a pontaria. b. Estabilidade da posição - Situação ocorrida quando ao assumir a posição de tiro, o atirador possui um arco de movimento reduzido. c. Firmeza - É qualquer ação exercida sobre a arma ou musculatura que resulte em estabilidade. d. Contração - É a força muscular exercida sobre a arma ou musculatura que resulte em instabilidade e fadiga precoce da musculatura, respectivamente. e. Zona natural de pontaria - Ao assumir naturalmente a posição de tiro, o fuzil do atirador aponta para uma determinada direção. A direção apontada e a oscilação do corpo determinam a zona natural de pontaria. Caso esta zona não coincida com o alvo, o atirador deve corrigir a posição de tiro para que isto aconteça. Se o atirador forçar a posição de tiro na direção do alvo, diminuirá a estabilidade da posição bem como a probabilidade de acerto. Quanto mais freqüente for a prática do atirador, melhor será a capacidade de fazer com que a zona natural de pontaria seja a região do alvo ao assumir a posição de tiro naturalmente. 3-4. EMPUNHADURA É o ajuste das partes do corpo à arma, proporcionando firmeza ao conjunto, facilitando a realização da pontaria e o correto acionamento do gatilho. a. Pontos de contato do corpo do atirador com a arma (1) a mão que atira segura o punho da arma e pressiona o gatilho; (2) a mão auxiliar segurando as placas do guarda-mão, no “V” da mão; (3) o cavado do ombro prende a chapa da soleira; (4) a cabeça do atirador pende sobre o delgado da coronha. b. O atirador deve buscar (1) não comprimir excessivamente a arma com a mão auxiliar, pois somente a força muscular é suficiente para dar firmeza à posição estável; (2) manter o fuzil firme no cavado do ombro; (3) a cabeça pende ereta sobre o delgado da coronha; (4) a mão que atira empunha a arma com firmeza. 3-3/3-4
  • 33. 3-3 C 23-1 Fig 3-1. Empunhadura Fig 3-2. “V” da mão 3-4
  • 34. C 23-1 3-5 3-5. POSIÇÕES DE TIRO 3-4 a. Generalidades - A posição de tiro deverá propiciar ao atirador estabili-dade e conforto (este último quando possível), possibilitando assim uma correta empunhadura e pontaria. Ela reduzirá o arco de movimento do atirador, permitindo a ele melhores condições para realizar um acionamento correto. A diminuição do arco de movimento é conseqüência, portanto, da posição de tiro e, principalmente, do treinamento constante. As posições de tiro aqui apresentadas são básicas e partem sempre da posição inicial. A escolha da melhor posição de tiro, ou uma variação desta, será feita em função da situação do terreno, do inimigo ou dos meios disponíveis para apoio e abrigo. b. Posição Inicial - É a posição utilizada para o início dos exercícios de tiro no estande (Fig 3-3). Os detalhes da posição ajoelhada são: (1) o atirador fica de frente para o alvo, com os pés afastados entre si a uma distância correspondente à largura dos ombros (opção para o pé do lado da mão auxiliar, um pouco à frente); (2) a mão auxiliar segura a placa do guarda-mão; (3) a mão que atira segura o punho do fuzil, na altura da cintura, com o cano voltado para frente. Fig 3-3. Posição inicial c. Posição deitada - Esta posição de tiro naturalmente possibilita maior estabilidade ao atirador por possuir maior superfície de apoio, bem como ter seu centro de gravidade próximo ao solo (Fig 3-4). Os fundamentos da posição de tiro deitada são:
  • 35. 3-5 3-5 C 23-1 (1) deitar de frente, com o corpo em ângulo de aproximadamente 30o em relação à direção de tiro, para o lado da mão auxiliar; (2) a perna do lado da mão que atira ligeiramente flexionada, aliviando o movimento do diafragma na respiração e proporcionando, ao lado da mão auxiliar, um maior contato com o solo; (3) a perna do lado da mão auxiliar naturalmente estendida no prolonga-mento da coluna vertebral; (4) o cotovelo do lado da mão auxiliar apoiado o mais baixo possível da arma e antebraço tocando o carregador; (5) a chapa da soleira no cavado do ombro; (6) cotovelo do lado da mão que atira apoiado naturalmente ao lado do corpo; (7) a mão que atira empunha o fuzil, trazendo-o de encontro ao ombro do lado que atira, dando-lhe firmeza; (8) a cabeça deve estar na vertical, com o seio da face apoiado sobre a coronha e com a musculatura do pescoço descontraída. Fig 3-4. Posição de tiro deitada d. Posição ajoelhada - É uma posição de boa estabilidade, baseada na correta distribuição do peso do conjunto arma atirador (Fig 3-5 e 3-6). Os fundamentos da posição ajoelhada são: (1) girar aproximadamente 45º em relação à direção de tiro, para o lado da mão que atira; (2) Dar um passo à frente com a perna do lado da mão auxiliar, ajoelhando-se sobre a perna do lado da mão que atira; (3) o calcanhar encaixa no vão entre as nádegas; (4) a perna do lado da mão auxiliar permanece na vertical ou com o pé um pouco à frente, mantendo-o paralelo à outra perna; (5) o peso do corpo distribuído igualmente pelos três pontos de apoio do conjunto (joelho, pé do lado da mão que atira e pé do lado da mão auxiliar), formando uma boa base (triângulo eqüilátero);
  • 36. C 23-1 3-6 (6) o cotovelo do lado da mão auxiliar apoiado no joelho, ultrapassando-o ligeiramente e antebraço tocando o carregador; (7) a chapa da soleira colocada no cavado do ombro; (8) a mão que atira empunha o fuzil trazendo-o, firmemente, de encontro ao cavado do ombro, resultando em firmeza; (9) cabeça na vertical, apoiando a bochecha sobre a coronha e descontraindo a musculatura do pescoço; (10) a posição de tiro ajoelhada comporta ainda três tipos de colocação do pé do lado que atira ,podendo ser utilizadas de acordo com a individualidade do atirador. Fig 3-5. Posição de tiro ajoelhada Fig 3-6. Colocação do pé do lado da mão que atira na posição ajoelhada f. Posição de pé - Oferece menos apoio e estabilidade ao atirador. Esta posição facilita o engajamento de alvos em movimento e em várias direções. Apesar de ser menos estável (por depender da sustentação muscular), a posição permite tiros precisos com boa cadência (Fig 3-7). Os fundamentos da posição de tiro de pé são: (1) dar um passo à frente com a perna do lado da mão auxiliar e flexioná-la ligeiramente; (2) a perna do lado da mão que atira permanece estendida; (3) o tronco inclina-se para a frente, no prolongamento da perna estendida; 3-5
  • 37. 3-7 C 23-1 (4) a mão que atira empunha o fuzil, puxando-o, firmemente, de encontro ao cavado do ombro; (5) a cabeça deve estar na vertical, apoiando o seio da face sobre a coronha e relaxando a musculatura do pescoço; (6) a chapa da soleira fica pouco acima do cavado do ombro em relação à posição deitada e ajoelhada. Fig 3-7. Posição de tiro de pé 3-5
  • 38. C 23-1 3-8 ARTIGO II PONTARIA 3-6. GENERALIDADES a. A pontaria é o fundamento de tiro que faz com que o atirador direcione sua arma para o alvo. b. Apontar para o alvo significa alinhar os aparelhos de pontaria do fuzil corretamente com o alvo. c. O ser humano possui um de seus olhos com melhor capacidade de apontar que o outro, denominado olho diretor. Este, sempre que possível, deve ser utilizado para realizar a pontaria, desde que seja do mesmo lado que o atirador prefira atirar em função da sua habilidade motora. Caso este lado não seja correspondente ao olho diretor, o atirador deve escolher sua posição de tiro de acordo com o lado que possui mais coordenação para disparar, não utilizando o olho diretor para a pontaria. d. A pontaria sempre será realizada no centro do alvo, por ser o local onde há maior probabilidade de acerto devido à massa exposta e por ser região vital do corpo humano. 3-7. ELEMENTOS DA PONTARIA a. Linha de mira (LM) - Linha imaginária que une o olho à maça de mira, passando pela alça. Ela é responsável pelo alinhamento do armamento com a direção de tiro. Qualquer erro provoca um desvio angular do ponto de impacto (alvo) em relação ao ponto visado. (Fig 3-8) Fig 3-8. Linha de mira 3-6/3-7 MAÇA DE MIRA LINHA DE MIRA ALÇA DE MIRA
  • 39. 3-9 C 23-1 b. Linha de visada (LV) - Linha imaginária que se constitui no prolonga-mento da linha de mira até o alvo. Fig 3-9. Linha de visada c. Fotografia - Imagem obtida quando se realiza a pontaria. Para tanto, é necessário, no tiro de fuzil, focalizar o topo da maça de mira, através do centro do visor da alça e colocá-lo no centro do alvo. As abas de proteção da maça de mira não são utilizadas na pontaria. Como o cérebro trabalha com imagens, a fotografia correta deve ser permanentemente buscada pelo atirador até o momento do disparo. (Fig 3-10) Fig 3-10. Fotografia correta 3-7 LINHA DE VISADA MAÇA DE MIRA ALÇA DE MIRA ALVO
  • 40. C 23-1 3-10 d. Distância para a alça - Distância compreendida entre o olho do atirador e a alça de mira, de aproximadamente 4 dedos. Esta distância permitirá atingir rapidamente a imagem da fotografia correta. Fig 3-11. Distância para alça e. Foco na maça - O olho humano não consegue focalizar, ao mesmo tempo, objetos em planos diferentes. Portanto, durante a pontaria, só se pode focalizar, nitidamente, um dos três planos da fotografia: a alça, a maça ou o alvo. Para uma perfeita fotografia, deve-se focalizar com clareza (nitidamente) a maça de mira. Nesta situação ela se encontrará naturalmente centrada em relação à alça, obtendo-se a linha de mira. A partir daí, basta direcionar o topo do pino da maça de mira para o centro do alvo, que permanecerá embaçado até o momento do disparo. Focando a alça ou o alvo, a maça ficará embaçada permitindo que um mínimo desvio seja imperceptível, mas provoque uma grande dispersão. O atirador tem que acreditar que o mais importante é focar a maça de mira. (Fig 3-12 e 3-13) Fig 3-12. Erros de linha de mira 3-7 OLHO ALÇA DE MIRA 4 DEDOS
  • 41. 3-7/3-8 3-11 C 23-1 Fig 3-13. Erros de linha de visada ARTIGO III CONTROLE DA RESPIRAÇÃO 3-8. FUNDAMENTOS DO CONTROLE DE RESPIRAÇÃO a. Durante o ciclo respiratório, entre uma expiração e a próxima inspiração, existe uma pausa respiratória natural, momento em que o diafragma está totalmente relaxado. b. Nos tiros de precisão, o atirador deverá prender a respiração nesta pausa respiratória natural (que se inicia ao final da expiração), prolongando-a enquanto realiza o acionamento. É importante, para a realização de um bom disparo, que o prolongamento da pausa respiratória não ultrapasse, em média, 10 segundos. Caso contrário, prejudicará a oxigenação do organismo, provocando tremores musculares e vista embaçada. Além de prejudicar o aspecto físico, aumenta a ansiedade e a tensão no atirador que, por fim, acabará executando um mau acionamento do gatilho. Neste caso, quando o tempo for suficiente, o atirador deverá ser orientado para que, não conseguindo realizar o disparo neste intervalo, desfaça a pontaria, volte a respirar e reinicie todo o processo. Com o treinamento, deverá aprender a realizar o disparo antes de começar a sentir-se incomodado com a pausa respiratória. Caso o atirador tenha que realizar tiros subseqüentes, ele deve prolongar a pausa entre eles ou, necessitando de ar, respirar rapidamente e continuar os disparos. (Fig 3-14)
  • 42. C 23-1 3-8/3-9 3-12 Fig 3-14. Controle da respiração ARTIGO IV ACIONAMENTO DO GATILHO 3-9. FUNDAMENTOS DO ACIONAMENTO DO GATILHO a. Durante o acionamento, o atirador deve ter em mente: manter a posição estável, focalizar a maça, procurar colocá-la no centro do alvo, prender a respiração e aumentar, suave e progressivamente, a pressão na tecla do gatilho até após ocorrer o disparo. b. O dedo indicador toca a parte central da tecla do gatilho com a região entre a parte média da falange distal e a sua interseção com a falange média. c. A pressão deve ser exercida de forma suave e progressiva, sem movimentos bruscos, para a retaguarda e na mesma direção do cano da arma, sem vetores laterais. É importante não alterar a firmeza da empunhadura durante a compressão do gatilho, ou seja, o movimento do indicador deve ser totalmente independente da empunhadura, mantendo-se, em conseqüência, a posição estável e sem desfazer a pontaria. (Fig 3-15)
  • 43. 3-13 C 23-1 Fig 3-15. Sentido da força do acionamento 3-10. ERROS NO ACIONAMENTO DO GATILHO a. Ao executar a pontaria é desejável que o atirador permaneça com a arma sobre o ponto visado, mantendo a linha de visada. No entanto, sempre há uma pequena oscilação, mais sentida quanto maior a distância do alvo, maior a instabilidade da posição e menor o treinamento. Esta situação, aliada à ansiedade de acertar, faz com que o atirador cometa erros no acionamento, obtendo maus resultados. (1) Gatilhada - o atirador “comanda” o disparo, acionando bruscamente o gatilho quando julga visualizar a fotografia ideal. Com isso, ao invés de atingir o alvo no ponto desejado, pode deixar de acertá-lo. (2) Antecipação - outra conseqüência de comandar o tiro é a antecipação de reações ao disparo. O atirador pode ser levado a aumentar a pressão da empunhadura e a forçar o punho para baixo como para compensar o recuo da arma. (3) Esquiva - Pode ainda ocorrer a esquiva, na qual o atirador projeta o ombro para trás procurando fugir do recuo. Muitas vezes, o atirador chega a fechar os olhos antes do disparo, perdendo a fotografia. 3-11. ACOMPANHAMENTO a. É a fase que se inicia após fuzil ser disparado. É um fundamento que exige bom domínio dos demais para ser aplicado corretamente. b. O acompanhamento consiste nas seguintes ações: (1) procurar manter a linha de mira, com o foco na maça; (2) continuar a acionar a tecla do gatilho até o final de seu curso da mesma forma que vinha sendo feita antes do disparo; (3) manter o apoio da cabeça na coronha; 3-9/3-11
  • 44. C 23-1 3-11/3-12 3-14 (4) manter o mesmo nível de tensão muscular da posição e firmeza na empunhadura; (5) evitar qualquer reação ao recuo ou ao estampido do tiro; (6) liberar a tecla do gatilho somente após a linha de visada ter sido restabelecida. c. O acompanhamento é essencial para a boa execução do tiro, permitindo ainda maior facilidade no engajamento de alvos subseqüentes. Se realizado corretamente auxilia na concentração na pontaria nos momentos finais do disparo. 3-12. INDICAÇÃO DO TIRO (“CANTADA") a. Indicar o tiro é a capacidade do atirador saber onde o projétil atingiu o alvo imediatamente após ter sido disparado. Normalmente alvos humanos são fugazes e movem-se após terem sido atingidos. O atirador deve ser capaz de dizer precisamente o local provável de impacto do tiro para auxiliar na confirmação do acerto do alvo. b. O tiro é indicado pelo atirador pela relação entre o local onde o fuzil estava apontado no momento do disparo e o ponto de pontaria no alvo (a princípio, o centro de maça), por meio do processo do relógio, observando a direção e distância. c. A imagem da indicação do tiro é a fotografia que o atirador observa imediatamente após o desengatilhamento e antes do início do recuo do fuzil. Caso a pontaria esteja correta, no centro do alvo, a cantada será a fotografia correta. d. A partir do momento em que o atirador consegue realizar a cantada corretamente, significa também que está aplicando corretamente os fundamentos de tiro. Quanto mais experiente, mais precisas serão as cantadas do atirador. e. Inicialmente é uma técnica difícil de ser executada. O acompanhamento correto do tiro facilita a cantada. f. Para o atirador cantar o tiro, o fuzil, logicamente, deverá estar clicado para acertar o ponto visado na distância em que o atirador estiver disparando. Somente estando hábil em cantar o tiro, o atirador poderá realizar a clicagem do armamento e determinar corretamente a alça de combate do fuzil. g. A cantada correta indica que o atirador está realizando e dominando os fundamentos de tiro corretamente ARTIGO V AÇÃO INTEGRADA DE ATIRAR a. A partir do momento em que o atirador tiver aprendido os fundamentos de tiro, ele deve saber integrá-los. A ação integrada de atirar é uma seqüência lógica de medidas que o atirador realiza para melhor harmonizar os fundamentos.
  • 45. 3-15 C 23-1 b. É dividida em três fases: (1) Fase da preparação - Nesta fase o atirador procura assumir a melhor posição de tiro para realizar o disparo, procurando as melhores condições que o terreno oferece. O atirador procura também o melhor apoio disponível para a sua posição. Verifica se a zona natural de pontaria está no alvo e se a posição de tiro está naturalmente equilibrada. O atirador realiza, se necessário, correções na alça de mira de acordo com a distância em que irá disparar. (2) Fase do disparo - Nesta fase serão coordenadas as ações para o tiro propriamente dito. (a) Respirar. O atirador inspira e expira, iniciando posteriormente o prolongamento da pausa respiratória. Verifica se o apoio da face no fuzil está correto, obtendo a distância de 4 dedos entre o olho e a alça de mira. Inicia também processo de pontaria, procurando identificar o alvo e observar a linha de mira. (b) Relaxar. A partir do início da última expiração, o atirador procura manter a musculatura envolvida firme, estabilizando a posição de tiro, mantendo o controle do fuzil e a firmeza na empunhadura. (c) Apontar. Ao se iniciar o prolongamento da pausa respiratória, o atirador deve refinar a pontaria no alvo, focalizando a maça de mira e procurando manter a oscilação do fuzil no centro da zona do alvo, mesmo que este esteja em movimento. (d) Acionar. A pressão exercida na tecla do gatilho é iniciada no final da expiração. Mantendo a pausa respiratória e a pontaria no centro de maça do alvo o atirador aciona progressivamente o gatilho até o momento do disparo. (3) Fase após o tiro - Após a disparo o atirador realiza o acompanhamento do tiro e a indicação do local de impacto. O atirador deve analisar o tiro imediatamente após o disparo. Se o tiro atingiu o alvo, significa que a ação integrada de atirar foi realizada corretamente. Caso o alvo não tenha sido atingido o atirador deve analisar as possíveis causas e dar mais ênfase na correção destes erros em tiros futuros. ARTIGO VI ANÁLISE DO TIRO LOCAL DOS IMPACTOS CAUSA PROVÁVEL ANTECIPAÇÃO 3-12
  • 46. C 23-1 3-16 LOCAL DOS IMPACTOS CAUSA PROVÁVEL ESQUIVA ERRO NA OBTENÇÃO DA ZONA NATURAL DE PONTARIA ERRO NA TOMADA DA LINHA DE MIRA GATILHADA 3-12
  • 47. 3-17 C 23-1 LOCAL DOS IMPACTOS CAUSA PROVÁVEL RESPIRANDO DURANTE O DISPARO ERRO NA TOMADA DA LINHA DE MIRA FOCO FORA DA MAÇA DE MIRA COTOVELO DO LADO DA MÃO AUXILIAR NÃO ESTAVA ABAIXO DA ARMA FUNDAMENTOS DE TIRO, EM GERAL, APLICADOS INCORRETAMENTE POSSIBILIDADE DE FUZIL COM CANO SEM PRECISÃO (INSTRUTOR DEVE TESTAR O ARMAMENTO REALIZANDO SÉRIE DE TIRO PARA VERIFICAR O GRUPAMENTO) REGULAGEM DOS APARELHOS DE PONTARIA INCORRETA 3-12
  • 48. 4-1 C 23-1 CAPÍTULO 4 O PREPARO PSICOLÓGICO 4-1. INTRODUÇÃO Um disparo é um conjunto de procedimentos que requer do executante uma grande habilidade motora fina. Como em toda atividade que envolve este tipo de habilidade, é difícil executá-la em momentos em que o nível de ansiedade estiver alto; por isso, é importante explorar a parte psicológica do tiro. 4-2. FOCO DE ATENÇÃO a. O foco de atenção do atirador deve estar totalmente voltado para o alinhamento de miras porque esta é a única forma de alinhar o cano para o alvo (é importante não confundir com o foco visual, que deve estar o tempo todo na maça). Se o FOCO DE ATENÇÃO não estiver em alinhamento de miras, a sua mente poderá ser tomada pelo pensamento de “agora é o momento para apertar o gatilho”, nesta hora será tarde e aparecerão provavelmente os erros comuns de acionamento de gatilho (gatilhada ou antecipação). b. O atirador durante os tiros deve estar com o FOCO DE ATENÇÃO no alinhamento de miras e o restante das ações será executado automaticamente. Este é o objetivo final de todo o atirador, pois a automação dos movimentos e as ações fluem naturalmente. Portanto, no momento final do tiro o FOCO DE ATENÇÃO deve estar no alinhamento de miras. Dê esse comando “miras!” e tudo mais flui naturalmente. 4-3. CONDICIONAMENTO a. É importante o instruendo repetir várias vezes o tiro em seco na oficina de acionamento do gatilho, para se criar uma automação do movimento de puxada correta de gatilho. Com essa automação, o atirador deixará livre seu consciente
  • 49. C 23-1 4-3/4-5 para focar sua atenção no alinhamento de miras. À medida que o atirador for automatizando os fundamentos de tiro, conseguirá concentrar mais e mais sua atenção no alinhamento de miras ou, até mesmo, na resolução da situação tática em que ele se encontrar. Conseqüentemente, após esta automação, os níveis de ansiedade diminuem muito. 4-2 b. No tiro em combate ou tiro rápido, a automação dos movimentos envolvidos na execução do tiro se torna imprescindível, porque, com o nível de ansiedade alta, só os movimentos condicionados serão perfeito e rapidamente executados. c. Na administração do reforço positivo e negativo, pelo instrutor, é importante saber que quando o atirador é elogiado, ocorre um aumento de sua motivação, ao mesmo tempo em que fortalece a aprendizagem da sua habilidade, isto é, vai haver um progresso na sua organização. Pode-se imaginar que se o atirador fosse punido ocorreria o contrário, isto é, um progresso ao contrário, o que não ocorre. Na punição, o que sucede é a supressão temporal do comportamento errado, mas que poderá retornar se não houver um controle permanente do comportamento infrator até que ele seja levado à extinção. 4-4. ANSIEDADE Se os níveis de ansiedade aumentarem, e não forem controlados, alguns dos sintomas podem aparecer: a. Diminuição da visão periférica. b. Diminuição da capacidade de ouvir as coisas ao redor. c. Diminuição da habilidade motora fina d. Descarga de adrenalina - provocando um conseqüente aumento da sudorese e freqüência cardíaca. e. Taquipsiquia - efeito da demora, o atirador pensa que ele está se deslocando lentamente. f. Analgesia - ocorre quando a taxa de adrenalina está alta, o inimigo pode levar um tiro e ele ainda permanece avançando para atacar. Por isso, que devemos sempre executar dois disparos. 4-5. IMAGENS E COMANDOS POSITIVOS a. Para criar uma IMAGEM POSITIVA é necessário que o atirador se enxergue acertando um, dois, três,... tiros no alvo. Nosso cérebro trabalha com imagens; se a mente do atirador visualizar uma imagem de um tiro passando ao lado do alvo, certamente, seu cérebro fará o possível para que o tiro vá naquele local onde se imaginou, ou seja, ao lado do alvo. Então, visualize uma imagem positiva de acertar o alvo. Destrua a imagem negativa com um “míssil, foguete, fogo, água,
  • 50. 4-5/4-6 4-3 C 23-1 etc.” Tire-a da sua mente, em suma, limpe a mente. b. Dê COMANDOS POSITIVOS para sua mente. “Vou acertar o alvo” e o tiro certamente irá acertar o alvo. c. Com comando negativo, como “não posso acertar o alvo”, vai a seguinte mensagem ou imagem para o cérebro, “erre o alvo”, e o cérebro fará tudo para que isso aconteça. 4-6. PROGRESSIVIDADE DAS INSTRUÇÕES a. Existem vários fatores que fazem com que a ansiedade aumente, que vêm, desde a inexperiência no trato com o armamento; passando pela responsa-bilidade de não cometer nenhuma negligência, imperícia ou imprudência com o fuzil; como também, pelo recuo, estampido e efeito letal da arma; e, chega ao estágio final da competência profissional em acertar o alvo, quando necessário. b. Para os inexperientes pode-se afirmar que o medo é inerente ao ser humano; portanto, encare o tiro, o acertar o alvo, como um obstáculo a ser vencido como qualquer outro da vida. c. O natural deve ser buscado por cada atirador, pois cada militar é um individuo e essa INDIVIDUALIDADE deve ser aceita tanto pelo próprio atirador como pelos instrutores. As regras gerais para os fundamento e técnicas já foram expostas, adapte-as à sua INDIVIDUALIDADE para que se alcance o máximo de rendimento. d. Atiradores: “o autodomínio, o equilíbrio emocional e a autoconfiança aumentará a cada acerto e a cada etapa de instrução vencida. Acredite na técnica ensinada e, antes de tudo, em você mesmo”.
  • 51. 5-1 C 23-1 CAPÍTULO 5 INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA PARA O TIRO (IPT) ARTIGO I FINALIDADE E ORGANIZAÇÃO 5-1. FINALIDADE a. A IPT tem a finalidade de fazer com que os instruendos preparem-se para o tiro real. Para isso, devem aplicar a técnica(Fundamentos de Tiro) e realizar exatamente o que foi ensinado e demonstrado durante as instruções teóricas e práticas. b. As oficinas serão desenvolvidas atendendo os fundamentos de tiro associado ao cuidado com o manejo do armamento. 5-2. ORGANIZAÇÃO a. Toda a INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA PARA O TIRO deve ser, preferen-cialmente, realizada no estande e, obrigatoriamente, antecedida por sessão teórica sobre FUNDAMENTOS DE TIRO. Tudo isso visa aumentar o rendimento das próximas instruções. A IPT é subdividida em 4 oficinas, sendo que uma delas deverá ter, como responsável, um instrutor/Aux Instr/Mon que será encarregado de conduzir o exercício. Inicia-se com a instrução de Fundamentos de Tiro, preferencialmente, ministrada em uma única vez para todo o efetivo do dia, sendo esta conduzida pelo oficial de tiro. Com isso, nivela-se a instrução para todos os instruendos. Após essa instrução, o grupamento será dividido de forma que haja um rodízio entre as oficinas no período da manhã e no da tarde. b. Àqueles que apresentem deficiências deve ser dada atenção especial para que sejam recuperados no mesmo dia da instrução ou antes da realização
  • 52. C 23-1 do TIP. Para uso de um grupo grande, devem estar disponíveis conjuntos de material auxiliar na proporção de 50% ou mais do efetivo do grupamento. Além do instrutor responsável pela sessão, devem ser designados monitores, dentro da possibilidade da Unidade, para cada oficina da IPT. Horário Instrução/Oficina Horário Instrução/Oficina Horário Instrução/Oficina 1 Tempo 5-2 c. O Oficial de Tiro poderá, além de coordenar e fiscalizar as oficinas, ser um instrutor de uma delas. Neste caso, deverá ser o responsável pelas oficinas mais importantes(Posições de Tiro e Acionamento do Gatilho). Quadro de Atividades das Instruções de Tiro IPT TIP TIB 1 Tempo Procedimentos no estande ARTIGO II Fundamentos de tiro 1 Tempo OFICINAS DA INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA PARA O TIRO 5-3. OFICINA NR 01: PONTARIA Esta oficina é executada em duas fases. 1ª Fase: Tomada da Linha de Mira e da Linha de Visada. Nesta fase os militares executam, em sistema de rodízio, dois trabalhos: um com a barra de pontaria e o outro com a arma. 2ª Fase: Constância da Pontaria. Nesta fase os militares executam, em sistema de rodízio, primeira-mente o trabalho e, depois, atuam auxiliando na execução do trabalho. a. Tomada da Linha de Mira e da Linha de Visada (1) Objetivos (a) Ensinar ao instruendo o correto alinhamento entre a alça e a maça de mira, bem como a sua importância durante um tiro real. Procedimentos no estande 2 ao 4 Tempo Rodízio entre as oficinas: Posições de tiro e pontaria 2 ao 4 Tempo Execução do tiro com FAC 2 ao 4 Tempo Execução do tiro com o fuzil Almoço Almoço Almoço 5 o 8 Tempo Rodízio entre as oficinas: Conduta com o Armt e acionamento do gatilho 5 ao 8 Tempo Execução do tiro com FAC 5 ao 8 Tempo Execução do tiro com o fuzil 5-2/5-3
  • 53. 5-3 C 23-1 (b) Realizar o correto alinhamento das miras em direção ao centro do alvo, focando a maça de mira (“fotografia” correta). Ver figura (fundamento de pontaria) (2) Procedimentos (a) Relembrar os conceitos de LM e LV, salientando a maior importância da LM e a conseqüente necessidade de focar a maça de mira. (b) Explicar os trabalhos a serem desenvolvidos na oficina. (c) Dividir a escola em dois grupamentos para o rodízio dos trabalhos. Metade executará o trabalho com a arma, enquanto a outra metade realizará o trabalho com a barra de pontaria. (3) Execução (a) Trabalho com barra - Realização da visada na direção de um alvo reduzido: (Fig 5-1) 1) O instruendo posiciona o rosto na parte posterior da barra de pontaria, a uma distância de 4 dedos da alça de mira e com uma das mãos firmando a barra, desloca com a outra o cursor, buscando o alinhamento correto das miras no centro do alvo até obter uma “FOTOGRAFIA CORRETA”: Fig 5-1 Fig 5-1. Trabalho com barra 2) O instrutor verifica o trabalho e desfaz a “fotografia” (executa duas vezes ou mais); (b) Trabalho com a arma (Fig 5-2) 1) O atirador movimenta a arma até a obtenção da “fotografia” correta. 2) O instrutor verifica o trabalho e desfaz a fotografia. Executa o movimento duas ou mais vezes. OBSERVAÇÕES: - A distância do olho à alça é de 4 dedos, como no tiro real. - Montar a oficina no estande e colocar o alvo à 10 m ou em um local apropriado. - Instrutores ou Monitores orientam o exercício e verifi-cam o trabalho. 5-3
  • 54. C 23-1 5-3 5-4 Fig 5-2. Trabalho com arma (4) Aprovação - O Instruendo deverá fazer a fotografia correta no mínimo duas vezes. (5) Observações (a) Ao realizar a visada e a verificação,é necessário ter o cuidado de colocar o olho na mesma posição em relação à alça, a fim de que possa obter a mesma “fotografia”. (b) Os instruendos deverão executar os dois trabalhos em sistema de rodízio. (6) Conclusão - Análise do desempenho e da importância do exercício. (7) Material Necessário (a) Um par por instruendo: - barras de pontaria com cursor; (Fig 5-3) - suporte para arma com respectivo alvo; (Fig 5-4) - bancadas e cadeiras. (b) Um para cada Instrutor/Monitor: - cartões de pontaria; (Fig 5-5) - cartazes (nome da oficina e objetivo da sessão). OBSERVAÇÃO: A utilização do cartão de pontaria é um instrumento de análise do instrutor em relação à correta realização da fotografia pelo instruendo. (8) Pessoal empregado - Preferencialmente na oficina deve haver um instrutor e um monitor, no mínimo.
  • 55. 5-5 C 23-1 Fig 5-3. Barra de Pontaria com cursor. Fig 5-4. Suporte para arma. Fig 5-5. Cartões de Pontaria 5-3
  • 56. C 23-1 5-3 5-6 b. Verificação da Constância da Pontaria (1) Objetivo (a) Aplicação dos princípios ensinados sobre linha de mira e linha de visada. (b) Realização de visadas sucessivas com a mesma pontaria. (2) Procedimentos (a) Relembrar os conceitos de LM e LV, salientando a maior importância da LM e a conseqüente necessidade de focar a maça de mira. (b) Explicar os trabalhos a serem desenvolvidos na oficina. (c) Dividir a escola em dois grupamentos, uma executará o exercício, enquanto o outro auxiliará na consecução do trabalho com a prancheta e o alvo móvel. (3) Execução (a) É realizado o trabalho em duplas, com o atirador na posição deitada e o seu auxiliar sentado sobre o cunhete. (Fig 5-6) Fig 5-6. Constância da pontaria (b) Na posição deitada, junto ao suporte, cotovelos no solo, o atirador apóia o rosto em uma das mãos e não mexe mais a cabeça(IMPORTANTE). (c) O auxiliar fixa o verso da ficha da IPT na prancheta com elástico. (d) O auxiliar, tendo por base uma das extremidades da folha, movimenta o alvo de acordo com os sinais do atirador. O atirador e o seu auxiliar comunicam-se somente por gestos. (e) O atirador sinaliza com a mão livre, a palma da mão indica a direção procurando obter uma linha de visada correta. (f) Após obter uma visada correta sobre o centro do alvo, o atirador fará um sinal de positivo. (g) Neste momento, o auxiliar marca a folha com um lápis, fazendo um ponto através do orifício, no centro do alvo móvel, este procedimento é repetido três vezes. (4) Aprovação - O atirador será considerado aprovado quando o triângulo obtido for inscritível em um círculo de 1 (um) cm de diâmetro.
  • 57. 5-7 C 23-1 (5) Observações (a) A cabeça, a arma e o suporte devem permanecer imóveis. (b) A sinalização deve ser feita somente por gestos. (c) Na montagem da oficina, o alvo deve ser colocado a 10 metros de distância da posição do atirador. (6) Conclusão - Etapa a qual se refere uma crítica do desempenho e da importância do exercício efetivado. (7) Material empregado (a) Um conjunto de material para cada dupla de trabalho, a saber: Fig 5-7 Fig 5-7. Conjunto de Material - Cunhetes para apoio da prancheta - Suporte para arma - Alvo móvel - Lápis ou caneta - Prancheta - Elástico para prender o borrão de tiro na prancheta (b) Para o instrutor e monitor são necessários: - 4 (quatro) escantilhões de 1 (um) cm de diâmetro; - cartaz contendo o nome da oficina e os objetivos da instrução. (8) Pessoal empregado - Um monitor para cada grupo de 30 instruendos. 5-4. OFICINA NR 02: POSIÇÕES DE TIRO a. Objetivos (1) Demonstração e prática da empunhadura e das posições de tiro deitada, ajoelhada e de pé. (2) Execução correta da empunhadura e das posições de tiro com fuzil. b. Procedimentos (1) Relembrar os conceitos de LM e LV, salientando a maior importância que deve ser dada à LM e a conseqüente necessidade de focar a maça de mira. (2) Explicar os trabalhos a serem desenvolvidos na oficina. 5-3/5-4
  • 58. C 23-1 5-4 5-8 c. Execução (1) O monitor demonstra a posição de tiro. (2) O instrutor faz as observações necessárias utilizando o monitor e/ou o desenho da figura. (3) Após cada demonstração, os instrutores são divididos em dois grupos. Enquanto uma parte executa a posição ensinada, a outra permanece observando. (4) A empunhadura e a posição inicial são explicadas, sendo, executa-das e verificadas simultaneamente com as posições de tiro. (5) Os instruendos partirão da posição inicial para a execução de cada exercício. (6) O instrutor e monitor corrigem os instruendos. (7) O instrutor deve seguir a seguinte seqüência para a demonstração das posições de tiro: (a) deitada; (b) ajoelhada; e (c) de pé. d. Aprovação - O instruendo será aprovado mediante a execução correta das três posições de tiro. e. Observações (1) A melhor posição de tiro é aquela em que o atirador sente-se estável e confortável, permitindo uma correta empunhadura e uma boa pontaria, contribu-indo assim para um bom acionamento. (2) As posições de tiro aqui apresentadas são básicas e partem sempre da posição inicial. Muitas vezes deverão ser adaptadas de acordo com a situação do terreno, do inimigo ou dos meios disponíveis para apoio e abrigo. Da mesma forma, pequenos ajustes podem ser feitos, de acordo com a individualidade biológica de cada atirador. No entanto, em qualquer caso, os princípios básicos não devem ser negligenciados. f. Conclusão - Crítica da oficina, abordando o desempenho dos atiradores. g. Material empregado (1) Cartazes (nome da oficina e objetivos da instrução) (2) Mural contendo o desenho das posições de tiro. OBSERVAÇÃO: O mural das posições de tiro pode ser confeccionado colocando-se as figuras das posições em uma transparência. Faz-se a projeção dessa figura sobre um lisolene fixado em uma parede e, com uma caneta apropriada, contorna-se o desenho projetado. h. Pessoal empregado - Preferencialmente na oficina deve haver um instrutor e um monitor, no mínimo.
  • 59. 5-5 5-9 C 23-1 5-5. OFICINA NR 03: CONDUTA COM O ARMAMENTO Esta oficina é executada em duas fases: - 1ª Fase: Manejo do Armamento(Mnj Armt). - 2ª Fase: Manutenção do Armamento(Mnt Armt). OBSERVAÇÃO: O instrutor deverá dividir o grupamento e o tempo de instrução de modo que todos os instruendos passem pelas duas fases uniforme-mente. a. Manejo do Armamento (1) Objetivos (a) Recordar as operações essenciais de manejo do fuzil, propiciando ao atirador bom rendimento na instrução e alto grau de segurança. (b) Realizar com segurança as operações de manejo com o fuzil. (c) Recordar aspectos importantes para a manutenção antes e após o tiro. (2) Procedimentos (a) Colocar os instruendos em um dispositivo adequado para a instrução, sentados, na posição inicial de manejo. Exemplo: em forma de “U”, semi-circular. (b) O instrutor deverá demonstrar as operações, fazendo os comen-tários necessários. (c) Os instruendos, após os comentários, deverão executar as operações. (d) Cada operação deverá ser repetida diversas vezes, visando desenvolver a habilidade dos instruendos. (e) Todas as operações de manejo são executadas pela mão que atira, com a arma empunhada pela mão auxiliar. (f) Como medida de segurança, o instrutor deverá alertar para os seguintes procedimentos: - não apontar a arma para os lados; - não colocar o dedo indicador no gatilho durante as operações. (g) Na execução das operações de manejo da arma será permitido, exclusivamente, o uso de munição de manejo. (3) Execução (a) Posição inicial de manejo: (Fig 5-8) 1) atirador sentado com as pernas cruzadas; 2) armas apontadas para cima; 3) punho voltado para frente; 4) carregador ao solo com o transportador voltado para frente.
  • 60. C 23-1 5-10 Fig 5-8. Posição de manejo (b) Manejo do fuzil - Para o início do exercício, as armas estarão travadas, abertas e sem o carregador, condição inicial para o ingresso no estande de tiro. É importante seguir as seguintes operações: - registrar alças variadas; - registrar alça 200; - municiar um carregador com dois cartuchos de manejo; - alimentar a arma; - carregar, agindo no retém do ferrolho; - destravar; - preparar para o tiro de repetição; - disparar; - simular incidentes de tiro: mostrar aos instruendos que devem levantar o braço e aguardar a presença do instrutor ou do monitor, quando então, segundo a orientação e supervisão deste, irão sanar o incidente. Os instruendos vão executar as operações previstas para sanar incidentes de tiro; - colocar a arma em segurança; - retirar o carregador; - executar dois golpes de segurança; - abrir a arma, prendendo o ferrolho à retaguarda; - inspecionar a câmara; - alimentar a arma; - carregar, agindo na alavanca de manejo; - destravar a arma; - disparar; 5-5
  • 61. 5-5 5-11 C 23-1 - abrir a arma, simulando o último disparo; - retirar o carregador; - inspecionar a câmara: mostrar aos instruendos que esta deve ser a situação da arma após o término de cada série de tiro; - colocar o RTS em “A”(regime de tiro automático); - conduzir o ferrolho e conjunto impulsor do ferrolho a frente, mantendo a tecla do gatilho pressionada, por meio da alavanca de manejo; - colocar o RTS em “S”(em segurança); - colocar o carregador; - travar: mostrar aos instruendos que esta deve ser a situação da arma, após a inspeção final, para saída do estande de tiro; - retornar às condições iniciais da arma dentro do estande. (c) Troca de Carregador - A troca de carregador será uma necessida-de em combate. 1) Retirar o carregador agindo no retém. (Fig 5-9) 2) Substituir o carregador vazio por um cheio, guardando o carregador vazio. (Fig 5-10) 3) Encaixar o carregador cheio, utilizando o dedo indicador como guia. (Fig 5-11) 4) Puxar o carregador para a retaguarda até que seja preso pelo seu retém. (Fig 5-12) Fig 5-9. Retirada do carregador Fig 5-10. Troca de carregador Fig 5-11. Colocar o carregador Fig 5-12. Encaixe do carregador
  • 62. C 23-1 5-12 (d) Posição para Inspeção: (Fig 5-13) Fig 5-13. Posição para inspeção 1) o atirador, com a mão esquerda, coloca a arma aberta no ombro esquerdo, segurando-a pelo punho, sem o carregador, mantendo o cano voltado para a retaguarda e a arma paralela ao solo; 2) o carregador deve ser mantido sobre a palma da mão direita com a mesa do transportador voltada para frente, mantendo o antebraço paralelo ao solo; 3) o atirador deve permanecer com as costas voltadas para o alvo; 4) após a inspeção, ele deve abaixar os braços, mantendo a arma aberta e o carregador na mão direita e permanecer na posição de “DESCANSAR”. (Fig 5-14) Fig 5-14. Posição de descansar 5-5
  • 63. 5-13 C 23-1 (4) Aprovação - O instruendo será aprovado mediante a execução correta das operações. (5) Observações - O instrutor, antes de iniciar a sua instrução, deverá verificar as munições que serão utilizadas na oficina, para ter certeza de que todas são de manejo. (6) Conclusão - Crítica da oficina, abordar o desempenho dos atiradores. (7) Material empregado - 02 (dois) cartuchos de manejo por instruendo, pelo menos. - 01 (um) carpete ou capichama. - 02 (dois) carregadores para cada instruendo. - Cartazes (nome da oficina e objetivos da instrução) (8) Pessoal empregado - Um instrutor e um monitor, pelo menos, devem constituir, preferencialmente, a oficina. b. Manutenção do Armamento (1) Objetivos (a) Orientar e normalizar a manutenção a ser executada em decor-rência do tiro. (b) Contribuir para a formação da mentalidade de manutenção preventiva, sem a qual não pode haver armamento eficiente. (2) Condição de execução (a) Nesta oficina, os instruendos são orientados a realizar manuten-ção no armamento, com os devidos cuidados a serem tomados antes e depois do tiro. (b) Deve-se explicar e citar exemplos sobre a necessidade de ser incutido no atirador a mentalidade de manutenção preventiva. (c) O material necessário para a manutenção deve ser colocado à disposição dos instruendos. (d) Deve-se mostrar aos instruendos a necessidade de todos possu-írem o “kit” de manutenção individual. (4) Execução (a) Apresentação do material necessário para manutenção do fuzil de um grupamento de atiradores: - 01 (um) carpete, capichama ou cobertor para cada instruendo; - 10 (dez) recipientes contendo óleo neutro para limpeza de armamento; - 10 (dez) recipientes contendo querosene; - 10 (dez) varetas de limpeza; - 10 (dez) escovas de náilon para cano; - 10 (dez) escovas de latão para cano; - 15 (quinze) cordéis de limpeza; - 10 (dez) pincéis pequenos (1 (um) cm); - 10 (dez) escovas de dente; - retalhos de pano. (b) Explicação dos procedimentos a serem executados na manuten-ção, conforme a ilustração abaixo: 1) Antes do tiro: (Fig 5-15) 5-5
  • 64. C 23-1 5-5 5-14 Fig 5-15. Manutenção a) desmontar a arma em primeiro escalão, dispondo as peças na seqüência; b) secar completamente o cano com o cordel de limpeza e um pano seco; c) retirar o excesso de óleo nas demais peças; d) aplicar uma fina camada de óleo para limpeza de armamento nas partes móveis; e) montar a arma; f) verificar se o anel regulador do escape de gases e o registro de tiro e segurança estão na posição correta: O anel regulador do escape de gases deve estar fechado ou quase fechado e o registro de tiro e segurança deve ser fixo pela placa suporte dos eixos, bem como o eixo do gatilho; g) secar completamente o exterior da arma. 2) Depois do tiro, deve-se seguir os seguintes procedimentos: a) desmontar a arma em primeiro escalão, dispondo as peças na seqüência; b) escovar diversas vezes o cano com óleo passando-o pela câmara; c) secar completamente o cano com o cordel de limpeza e um pano seco; d) limpar com óleo, utilizando pano e escovas, as partes internas e externas do ferrolho e da armação; e) secar todas as partes do armamento; f) aplicar o óleo no interior do cano e nas demais partes da arma; g) montar a arma; h) retirar o excesso de óleo na parte externa. (c) Mostrar o material necessário para a confecção do “kit” de manutenção individual, a saber:
  • 65. 5-5/5-6 5-15 C 23-1 1) recipiente ou tubo, pequeno, com óleo; 2) pedaço de pano seco; 3) cordel de limpeza (corda de nylon, de aproximadamente 70 cm com pedaço de pano preso em uma de suas extremidades); 4) escova de limpeza (pode-se improvisar utilizando escova de dente usada); 5) chave de fenda pequena. (4) Aprovação - O instruendo será aprovado mediante a execução correta das operações. (5) Observações - O instrutor deverá verificar se todos os instruendos estão com o seu kit de manutenção do armamento. (6) Conclusão - A necessidade da manutenção do armamento, em decorrência do tiro, deve ser reiterada lembrando da máxima: “NA PAZ, A VIDA DO ARMAMENTO. NA GUERRA, A DO COMBATENTE”. (7) Material Necessário (a) 01 (uma) banqueta para colocação do material. (b) “Kit” de manutenção (recipiente e tubo pequeno com óleo, pano seco, cordel de limpeza, escova de limpeza de cano, escova de dente usada e chave de fenda pequena). (c) Material para manutenção do armamento de um grupamento de atiradores (lata de óleo, capichama ou poncho, varetas, escovas de limpeza de cano e recipientes para colocar as peças de molho). (d) Material para escurecer o ferrolho (vela, pedra de cânfora, lamparina, fósforo e isqueiro). (e) 01 (um) fuzil. (f) Cartaz contendo os objetivos da sessão. (g) Cavalete com o nome da oficina. (h) 01 (um) prancheta para assinar as fichas de avaliação da IPT. (8) Pessoal Empregado - 02 (dois) Aux Instr/Mon. 5-6. OFICINA NR 04: ACIONAMENTO DO GATILHO a. Objetivo - Realizar corretamente o acionamento do gatilho. b. Procedimentos (1) Relembrar o conceito do fundamento acionamento do gatilho. (2) Dividir o grupamento em duas partes, para o rodízio dos trabalhos. Metade executará o acionamento do gatilho e a outra metade auxiliará colocando o estojo de 9 mm equilibrado no quebra-chamas do fuzil. (3) Linha de alvos proporcional a distância utilizada no estande, para a obtenção da visada correta, preferencialmente, uma distância semelhante ao do TIP, 10 m. (4) Pode-se ensinar o acionamento do gatilho, pressionando a tecla do gatilho com o dedo indicador do instrutor sobre o dedo do instruendo. Repete-se este procedimento por algumas vezes e em seguida o instruendo pressiona o gatilho sobre o dedo do instrutor.
  • 66. C 23-1 5-6 5-16 c. Execução (1) O atirador deverá fazer a pontaria no alvo; (Fig 5-16) Fig 5-16. Pontaria (2) O auxiliar coloca um estojo vazio de munição 9 mm sobre o quebra-chamas do fuzil. (Fig 5-17) Fig 5-17. Acionamento do gatilho (3) O atirador, mantendo as miras alinhadas, deverá pressionar a tecla do gatilho com força suave e progressiva e, também, paralela ao cano da arma, até que ocorra o acionamento, sem deixar o estojo cair; (4) Deve-se repetir o exercício nas posições deitada, ajoelhada e de pé, nesta ordem, visando, com isso, a progressividade da aprendizagem.
  • 67. 5-17 C 23-1 d. Aprovação - Cada instruendo terá três chances para desengatilhar o armamento na posição deitada, ajoelhada e de pé, com o estojo sobre o cano. Para ser considerado APTO, deverá manter, pelo menos uma vez, o estojo equilibrado após o disparo em cada posição. e. Observações - Aspectos a serem observados e corrigidos: (1) posições de tiro; (2) posicionamento da falange distal do dedo indicador sobre a tecla do gatilho; (3) força progressiva e paralela ao cano da arma vencendo o descanso; (4) movimento do dedo indicador deve ser independente dos outros dedos; (5) permanecer comprimindo o gatilho após o disparo por + 2 segundos; (6) verificar se o atirador fecha o olho no momento do disparo. f. Conclusão - Críticas da oficina, abordar o desempenho dos atiradores. g. Material Empregado (1) Cartazes (nome da oficina e objetivos da instrução) (2) Estojos de 9 mm. (3) Alvos apropriados para as três posições.Fig 2-4 - b. 2-3 Art IX Cap 2 h. Pessoal Empregado - 02 instrutores/monitores. 5-6
  • 68. 6-1 C 23-1 CAPÍTULO 6 TIRO DE COMBATE ARTIGO I REGULAGEM DO APARELHO DE PONTARIA DO FAL 6-1. DEFINIÇÃO É uma regulagem que permite ao militar ajustar seu armamento de forma a fazer coincidir o ponto visado com o ponto de impacto do projétil. Fig 6-1. Linha de visada e ponto de impacto do projétil. 6-2. ENTENDENDO A REGULAGEM O ajuste do grupamento pode ser dividido em duas partes: regulagem em direção (x) e regulagem em elevação (y).
  • 69. C 23-1 6-2 Fig 6-2. Grupamento de tiro fora do alvo a. A regulagem em direção Fig 6-3. Regulagem em direção Fig 6-4. Alça de mira deslocada para esquerda 6-2
  • 70. 6-3 C 23-1 Fig 6-5. Alça de mira deslocada para direita b. A regulagem em elevação - A regulagem em elevação pode ser feita pela maça ou pela alça de mira. Fig 6-6. Alça de mira deslocada para cima Fig 6-7. Maça de mira deslocada para cima 6-3. ATUAÇÃO NOS APARELHOS DE PONTARIA a. Tanto a maça como o sistema de regulagem de direção da alça de mira funcionam como parafuso. (Fig 6-8) 6-2/6-3
  • 71. C 23-1 6-4 Fig 6-8. Parafuso da alça de mira e maça de mira b. O sistema de regulagem de elevação da alça de mira funciona sobre uma base corrediça. (Fig 6-9) Fig 6-9. Atuação na alça de mira c. Girando-se a maça de mira, com o auxílio da chave de clicar, no sentido horário, a maça desce. Já quando se gira a maça de mira no sentido anti-horário, ela sobe. (Fig 6-10) Fig 6-10. Maça de mira e sua chave de regular (clicar) 6-3