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Escola Secundária Manuel Cargaleiro
Curso Profissional Técnico de Multimédia
Língua Portuguesa
1
Nome: Daniela Correia de Almeida
Turma:12ºI
Professora: Fátima Fonseca
Ano:2015/2016
Escola Secundária Manuel Cargaleiro
Curso Profissional Técnico de Multimédia
Língua Portuguesa
2
Capa……………………………………………………………1
Índice…………………………………………………………...2
Introdução……………………………………………………..3
Biografia………………………………………………………..4Heterónimos
de Fernando Pessoa……………………..5-8
Conclusão……………………………………………………..9
Escola Secundária Manuel Cargaleiro
Curso Profissional Técnico de Multimédia
Língua Portuguesa
3
Este trabalho tem como tema “Fernando Pessoa e Heterónimos de Fernando
Pessoa.”
A escolha deste tema resulta a pedido da professora de Língua Portuguesa para
conhecer e explorar os diversos aspectos da vida de Fernando Pessoa,
aprofundando os conhecimentos iniciais apresentados na aula sobre o mesmo.
Com esta pesquisa, desejamos atingir os seguintes objectivos:
-conhecer melhor Fernando Pessoa;
-conhecer os seus heterónimos;
Tendo em atenção este objectivo, o trabalho divide-se em duas partes.
Na primeira, vou falar um pouco sobre Fernando Pessoa e sobre a vida dele, o
que ele fez, os estudos dele, os pais dele, a relação dele. A segunda parte
aborda os seus heterónimos, uma pequena informação de cada um.
Vejamos então a informação pesquisada e os resultados obtidos.
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Língua Portuguesa
4
Fernando António Nogueira Pessoa foi um grande poeta, ficcionista,
dramaturgo, filósofo, prosador português que viveu entre os séculos XIX e XX.
Nasceu a 13 de Junho, numa casa do Largo de São Carlos, em Lisboa.
Pessoa era um poeta introvertido, meditativo, anti-sentimental, sensível, não
acreditava em Deus e, que reflectia as inquietações e estranhezas que
questionam os limites da realidade da sua existência e do mundo.
Aos cinco anos morreu-lhe o pai, vítima de tuberculose e, no ano seguinte, o
seu irmão. Devido ao segundo casamento da mãe, em 1896, com o cônsul
português em Durban, na África do Sul, viveu nesse país entre 1895 e 1905,
onde seguiu os estudos secundários. Frequentou ainda, durante um ano, a
escola comercial e a Universidade do Cabo.
Em 1905 regressou definitivamente a Lisboa, frequentou por um período breve
(1906-1907), o Curso Superior de Letras. A partir de 1908, dedicou-se à
tradução de correspondência estrangeira de várias casas comerciais e, nos seus
tempos livres dedicava-se à escrita e ao estudo de Filosofia (grega e alemã),
ciências humanas e políticas, teosofia e literatura moderna.
Em 1920, ano em que a mãe, viúva, regressou a Portugal com os irmãos e em
que Fernando Pessoa foi viver de novo com a família, iniciou uma relação
sentimental com Ophélia Queiroz.
Este namoro, parece ter conseguido que Pessoa deixasse, por momentos, o
isolamento e descobrisse a sua capacidade de viver uma verdadeira relação
afectiva. Como Fernando Pessoa não confiava na sinceridade da amada,
terminou a relação em 1929, a qual foi testemunhada pelas cartas de amor de
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Língua Portuguesa
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Pessoa, emitidas em 1978. Em 1925, ocorreu a morte da mãe. Fernando Pessoa
morreu uma década depois, a 30 de Novembro de 1935, de uma cólica
hepática, causada provavelmente pelo consumo excessivo de álcool. Fernando
Pessoa segue, formalmente, os modelos da poesia tradicional Portuguesa, em
textos de grande suavidade rítmica e musical. Devido à grande importância
deste escritor, existe actualmente em Lisboa, na última morada do autor, a Casa
de Fernando Pessoa.
Através dos seus heterónimos, Pessoa ortónimo questiona o conceito metafísico
da tradição romântica da unidade do sujeito e da sinceridade da expressão da
sua emotividade, através da linguagem. Em cada heterónimo, Fernando Pessoa
dá a conhecer várias emoções e perspectivas sobre os sentimentos, emoções e
desejos, e é a espécie da representação irónica da sua inteligência. Concebidos
como individualidades distintas do autor, este criou-lhes uma biografia e até um
horóscopo próprio. Em 1914 surge o aparecimento dos seus três principais
heterónimos, eles são Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.
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Língua Portuguesa
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Alberto Caeiro
 Data de Nascimento: 1885, em Lisboa.
 Local de Residência: Viveu maior parte da sua vida numa Quinta do
Ribatejo.
 Profissão: Não exercia qualquer profissão, o que faz com que fosse
pouco instruído, isto nota-se nos seus poemas por escrever mal o
Português.
 Data de Falecimento: 1915 É o “mestre” dos outros, até do próprio
Fernando Pessoa. Caeiro tinha uma visão instintiva e ingénua da
natureza, procurando assim viver a exterioridade das sensações e
recusando a metafísica.
 Poema: Não Tenho Pressa
Não tenho pressa. Pressa de quê?
Não têm pressa o sol e a lua: estão certos.
Ter pressa é crer que a gente passa adiante das pernas,
Ou que, dando um pulo, salta por cima da sombra.
Não; não sei ter pressa.
Se estendo o braço, chego exactamente aonde o meu braço chega -
Nem um centímetro mais longe.
Toco só onde toco, não aonde penso.
Só me posso sentar aonde estou.
E isto faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras,
Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa,
E vivemos vadios da nossa realidade.
E estamos sempre fora dela porque estamos aqui.
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7
Ricardo Reis
 Data de nascimento: 1887, no Porto.
 Profissão: Médico, mas no entanto não exercia. Foi educado no colégio
de jesuítas, recebeu uma educação clássica (latina). Era um pagão
intelectual, lúcido e consciente.
 Poema: Amo o que Vejo
Amo o que vejo porque deixarei
Qualquer dia de o ver.
Amo-o também porque é.
No plácido intervalo em que me sinto,
Do amar, mais que ser,
Amo o haver tudo e a mim.
Melhor me não dariam, se voltassem,
Os primitivos deuses,
Que também, nada sabem.
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8
Álvaro de Campos
 Data de nascimento: 1890, em Tavira.
 Profissão: Engenheiro mecânico e naval Local de residência: Lisboa. Era
um homem muito viajado. De entre outros, de menor importância,
destaca-se ainda o semi-heterónimo Bernardo Soares, ajudante de
guarda-livros que sempre viveu sozinho em Lisboa e revela, no seu Livro
do Desassossego, uma lucidez extrema na análise e na capacidade de
exploração da alma humana.
 Poema: A Praça
A praça da Figueira de manhã,
Quando o dia é de sol (como acontece Sempre em Lisboa),
nunca em mim esquece, Embora seja uma memória vã.
Há tanta coisa mais interessante
Que aquele lugar lógico e plebeu,
Mas amo aquilo, mesmo aqui...
Sei eu Por que o amo? Não importa.
Adiante... Isto de sensações só vale a pena
Se a gente se não põe a olhar para elas.
Nenhuma delas em mim serenas...
De resto, nada em mim é certo e está
De acordo comigo próprio. As horas belas
São as dos outros ou as que não há.
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Língua Portuguesa
9
A realização deste trabalho permitiu-nos chegar às seguintes conclusões:
 Fernando Pessoa foi um grande poeta, ficcionista, dramaturgo, filósofo,
prosador português.
 Pessoa era um poeta introvertido, meditativo, anti-sentimental, sensível,
não acreditava em Deus, reflectia as inquietações e estranhezas que
questionam os limites da realidade da sua existência e do mundo.
 Teve uma relação com Ophélia Queiroz, mas infelizmente não foi “bem
realizada”.
 Através dos seus heterónimos, Pessoa questiona o conceito metafísico da
tradição romântica da unidade do sujeito e da sinceridade da expressão
da sua emotividade, através da linguagem. Em cada heterónimo, Pessoa
dá a conhecer várias emoções e perspectivas sobre os sentimentos,
emoções e desejos, e é a espécie da representação irónica da sua
inteligência.

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  • 2. Escola Secundária Manuel Cargaleiro Curso Profissional Técnico de Multimédia Língua Portuguesa 2 Capa……………………………………………………………1 Índice…………………………………………………………...2 Introdução……………………………………………………..3 Biografia………………………………………………………..4Heterónimos de Fernando Pessoa……………………..5-8 Conclusão……………………………………………………..9
  • 3. Escola Secundária Manuel Cargaleiro Curso Profissional Técnico de Multimédia Língua Portuguesa 3 Este trabalho tem como tema “Fernando Pessoa e Heterónimos de Fernando Pessoa.” A escolha deste tema resulta a pedido da professora de Língua Portuguesa para conhecer e explorar os diversos aspectos da vida de Fernando Pessoa, aprofundando os conhecimentos iniciais apresentados na aula sobre o mesmo. Com esta pesquisa, desejamos atingir os seguintes objectivos: -conhecer melhor Fernando Pessoa; -conhecer os seus heterónimos; Tendo em atenção este objectivo, o trabalho divide-se em duas partes. Na primeira, vou falar um pouco sobre Fernando Pessoa e sobre a vida dele, o que ele fez, os estudos dele, os pais dele, a relação dele. A segunda parte aborda os seus heterónimos, uma pequena informação de cada um. Vejamos então a informação pesquisada e os resultados obtidos.
  • 4. Escola Secundária Manuel Cargaleiro Curso Profissional Técnico de Multimédia Língua Portuguesa 4 Fernando António Nogueira Pessoa foi um grande poeta, ficcionista, dramaturgo, filósofo, prosador português que viveu entre os séculos XIX e XX. Nasceu a 13 de Junho, numa casa do Largo de São Carlos, em Lisboa. Pessoa era um poeta introvertido, meditativo, anti-sentimental, sensível, não acreditava em Deus e, que reflectia as inquietações e estranhezas que questionam os limites da realidade da sua existência e do mundo. Aos cinco anos morreu-lhe o pai, vítima de tuberculose e, no ano seguinte, o seu irmão. Devido ao segundo casamento da mãe, em 1896, com o cônsul português em Durban, na África do Sul, viveu nesse país entre 1895 e 1905, onde seguiu os estudos secundários. Frequentou ainda, durante um ano, a escola comercial e a Universidade do Cabo. Em 1905 regressou definitivamente a Lisboa, frequentou por um período breve (1906-1907), o Curso Superior de Letras. A partir de 1908, dedicou-se à tradução de correspondência estrangeira de várias casas comerciais e, nos seus tempos livres dedicava-se à escrita e ao estudo de Filosofia (grega e alemã), ciências humanas e políticas, teosofia e literatura moderna. Em 1920, ano em que a mãe, viúva, regressou a Portugal com os irmãos e em que Fernando Pessoa foi viver de novo com a família, iniciou uma relação sentimental com Ophélia Queiroz. Este namoro, parece ter conseguido que Pessoa deixasse, por momentos, o isolamento e descobrisse a sua capacidade de viver uma verdadeira relação afectiva. Como Fernando Pessoa não confiava na sinceridade da amada, terminou a relação em 1929, a qual foi testemunhada pelas cartas de amor de
  • 5. Escola Secundária Manuel Cargaleiro Curso Profissional Técnico de Multimédia Língua Portuguesa 5 Pessoa, emitidas em 1978. Em 1925, ocorreu a morte da mãe. Fernando Pessoa morreu uma década depois, a 30 de Novembro de 1935, de uma cólica hepática, causada provavelmente pelo consumo excessivo de álcool. Fernando Pessoa segue, formalmente, os modelos da poesia tradicional Portuguesa, em textos de grande suavidade rítmica e musical. Devido à grande importância deste escritor, existe actualmente em Lisboa, na última morada do autor, a Casa de Fernando Pessoa. Através dos seus heterónimos, Pessoa ortónimo questiona o conceito metafísico da tradição romântica da unidade do sujeito e da sinceridade da expressão da sua emotividade, através da linguagem. Em cada heterónimo, Fernando Pessoa dá a conhecer várias emoções e perspectivas sobre os sentimentos, emoções e desejos, e é a espécie da representação irónica da sua inteligência. Concebidos como individualidades distintas do autor, este criou-lhes uma biografia e até um horóscopo próprio. Em 1914 surge o aparecimento dos seus três principais heterónimos, eles são Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.
  • 6. Escola Secundária Manuel Cargaleiro Curso Profissional Técnico de Multimédia Língua Portuguesa 6 Alberto Caeiro  Data de Nascimento: 1885, em Lisboa.  Local de Residência: Viveu maior parte da sua vida numa Quinta do Ribatejo.  Profissão: Não exercia qualquer profissão, o que faz com que fosse pouco instruído, isto nota-se nos seus poemas por escrever mal o Português.  Data de Falecimento: 1915 É o “mestre” dos outros, até do próprio Fernando Pessoa. Caeiro tinha uma visão instintiva e ingénua da natureza, procurando assim viver a exterioridade das sensações e recusando a metafísica.  Poema: Não Tenho Pressa Não tenho pressa. Pressa de quê? Não têm pressa o sol e a lua: estão certos. Ter pressa é crer que a gente passa adiante das pernas, Ou que, dando um pulo, salta por cima da sombra. Não; não sei ter pressa. Se estendo o braço, chego exactamente aonde o meu braço chega - Nem um centímetro mais longe. Toco só onde toco, não aonde penso. Só me posso sentar aonde estou. E isto faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras, Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa, E vivemos vadios da nossa realidade. E estamos sempre fora dela porque estamos aqui.
  • 7. Escola Secundária Manuel Cargaleiro Curso Profissional Técnico de Multimédia Língua Portuguesa 7 Ricardo Reis  Data de nascimento: 1887, no Porto.  Profissão: Médico, mas no entanto não exercia. Foi educado no colégio de jesuítas, recebeu uma educação clássica (latina). Era um pagão intelectual, lúcido e consciente.  Poema: Amo o que Vejo Amo o que vejo porque deixarei Qualquer dia de o ver. Amo-o também porque é. No plácido intervalo em que me sinto, Do amar, mais que ser, Amo o haver tudo e a mim. Melhor me não dariam, se voltassem, Os primitivos deuses, Que também, nada sabem.
  • 8. Escola Secundária Manuel Cargaleiro Curso Profissional Técnico de Multimédia Língua Portuguesa 8 Álvaro de Campos  Data de nascimento: 1890, em Tavira.  Profissão: Engenheiro mecânico e naval Local de residência: Lisboa. Era um homem muito viajado. De entre outros, de menor importância, destaca-se ainda o semi-heterónimo Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros que sempre viveu sozinho em Lisboa e revela, no seu Livro do Desassossego, uma lucidez extrema na análise e na capacidade de exploração da alma humana.  Poema: A Praça A praça da Figueira de manhã, Quando o dia é de sol (como acontece Sempre em Lisboa), nunca em mim esquece, Embora seja uma memória vã. Há tanta coisa mais interessante Que aquele lugar lógico e plebeu, Mas amo aquilo, mesmo aqui... Sei eu Por que o amo? Não importa. Adiante... Isto de sensações só vale a pena Se a gente se não põe a olhar para elas. Nenhuma delas em mim serenas... De resto, nada em mim é certo e está De acordo comigo próprio. As horas belas São as dos outros ou as que não há.
  • 9. Escola Secundária Manuel Cargaleiro Curso Profissional Técnico de Multimédia Língua Portuguesa 9 A realização deste trabalho permitiu-nos chegar às seguintes conclusões:  Fernando Pessoa foi um grande poeta, ficcionista, dramaturgo, filósofo, prosador português.  Pessoa era um poeta introvertido, meditativo, anti-sentimental, sensível, não acreditava em Deus, reflectia as inquietações e estranhezas que questionam os limites da realidade da sua existência e do mundo.  Teve uma relação com Ophélia Queiroz, mas infelizmente não foi “bem realizada”.  Através dos seus heterónimos, Pessoa questiona o conceito metafísico da tradição romântica da unidade do sujeito e da sinceridade da expressão da sua emotividade, através da linguagem. Em cada heterónimo, Pessoa dá a conhecer várias emoções e perspectivas sobre os sentimentos, emoções e desejos, e é a espécie da representação irónica da sua inteligência.