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TURISMODELISBOA|
1
N . º 1 4 9 | m a i o | 2 0 1 6
David Bernardo
managing partner
da LITS ebusiness
Nova
plataforma
digital traz
vantagens aos
associados
tomada de posse
Corpos sociais
ATL 2016-2019
ICCA
no top 10 das
cidades mais
requisitadas
para congressos
MAIO
2015
OBSERVATÓRIO
DO TURISMO
DE LISBOA
Índice LISBOA
1429
abril
2016
OBSERVATÓRIO
DO TURISMO
DE LISBOA
Índice LISBOA
xxxx
16
3418 36
4 EDITORIAL
A competitividade movida por destinos congéneres é grande, mas confia-se
no sucesso do compromisso que assumimos, cientes da riqueza e qualidade
da nossa oferta e da validade das linhas estratégicas que nos propusemos
seguir dando continuidade ao reforço do posicionamento de Lisboa em alguns
mercados e partindo à conquista de outros. Para isso contamos com todos para
assim irmos mais longe.
5 NACIONAL
Os novos Corpos Sociais da Associação Turismo de Lisboa do triénio 2016-
2019 tomaram posse no passado dia 12 de maio e manifestaram o total
empenho e disponibilidade para fazer crescer e consolidar Lisboa entre
os melhores destinos, com base numa oferta turística diversificada e de
qualidade.
18 ENTREVISTA
Melhorar a experiência de cada turista, personalizando-a, é o objetivo da
nova app que a Associação Turismo de Lisboa (ATL) se prepara para lançar,
o que tornará a cidade pioneira a nível mundial neste tipo de solução. Mas
a maior inovação é, sem dúvida, a plataforma de gestão do turismo da ci-
dade, na qual todos os associados da ATL poderão participar e assim obter
vantagens, garante David Bernardo, managing partner da LITS ebusiness
que, em colaboração com a Associação, está a desenvolver este projeto.
31 boletim interno
O Centro Interpretativo Mitos e Lendas de Sintra é uma das principais atrações
turísticas desta vila romântica, localizada a poucos quilómetros de Lisboa, prestes
a comemorar um ano de atividade. A funcionar no edifício do Posto de Turismo
é, nesse local, que os visitantes são convidados a descobrir o misticismo, os se-
gredos e o romantismo de Sintra, numa viagem que cruza história, música e li-
teratura, recorrendo a cenografia, técnicas multimédia e experiências sensoriais.
32 LISBOA VISTA DE FORA
A edição brasileira da revista Elle, conceituada publicação especializada em
moda, publicou uma reportagem alargada dedicada à capital portuguesa
intitulada “Lisboa. O melhor destino de 2016”. Em 8 páginas, detalha-se
como é que “outra Lisboa, tão atraente quanto a antiga está em ebulição”.
34 tesouros
Construído no século XVI, o Convento da Arrábida destaca-se pela sua be-
leza natural e ímpar. Localizado numa área que abrange 25 hectares, na
encosta da serra e com uma vista privilegiada sobre o Atlântico, inclui o
Convento Velho, situado na parte mais elevada, o Convento Novo, localiza-
do a meia encosta, o Jardim e o Santuário do Bom Jesus.
36 tendências
O Turismo na cidade de Lisboa é um fator de dinamização da economia,
que contribui para que a cidade seja cada vez mais dinâmica, interna-
cional, vibrante e atrativa. A forma como se quantifica o seu impacto na
economia e se adequam necessidades ou otimizam recursos é um novo
caminho a consolidar.
42 MARKET PLACE
Lisboa surpreende quem a visita e quem nela habita pela multiplicidade
da oferta que, constantemente reinventada, adapta-se a todos os gostos
e supera expetativas.
50 A NÃO PERDER
Destaques da agenda cultural em Lisboa, com detalhes sobre exposições,
concertos, musicais, entre muitas outras sugestões que prometem uma
passagem animada por Lisboa.
05
|TURISMODELISBOA
4
Os Órgãos Sociais da nossa Associação acabam
de tomar posse para o triénio 2016-2019, um
período que se perspetiva de grande dinamismo
e que iniciamos com empenho e entusiamo, na
prossecução do objetivo que desde sempre tem
norteado a ATL: a promoção de Lisboa.
A competitividade movida por destinos congé-
neres é grande, mas confia-se no sucesso do
compromisso que assumimos, cientes da rique-
za e qualidade da nossa oferta e da validade das
linhas estratégicas que nos propusemos seguir
dando continuidade ao reforço do posiciona-
mento de Lisboa em alguns mercados e par-
tindo à conquista de outros. Para isso contamos
com todos para assim irmos mais longe.
Lisboa tem condições para progredir enquanto
destino turístico, multifacetado e apto para cor-
responder às expetativas de cada turista. Graças
à capacidade de inovação e de empreendedoris-
mo de quantos trabalham pela notoriedade de
Lisboa, o afluxo turístico ao destino tem aumen-
tado. Vamos continuar a trabalhar neste senti-
do, promovendo Lisboa quer através dos meios
convencionais, quer através da mais recente e
inovadora tecnologia digital. Estamos à frente e
queremos continuar à frente.
Têm sido múltiplos os prémios e reconhecimen-
tos que Lisboa vem justificando; neste contexto,
não posso deixar de destacar o posicionamento
de Lisboa também enquanto destino anfitrião
de congressos. A capital portuguesa subiu três
lugares no ranking da ICCA, passando a fazer
parte do Top 10, o que atesta a excelência da
sua oferta.
Versatilidade, qualidade da oferta, inovação e
arte de bem receber são alguns dos apanágios
	Estamos
confiantes no sucesso
do compromisso que
assumimos
	Continuar a
promover Lisboa quer
através dos meios
convencionais, quer
através da mais recente
e inovadora tecnologia
digital
Lisboa no Top 10 da ICCA
	O Montijo surge
como a alternativa
complementar à Portela
O relógio não para e a concorrência é muita
E | Editorial
Jorge Ponce de Leão
Presidente Adjunto
do Turismo de Lisboa
caraterísticos de Lisboa, que têm permitido que
o destino, mais do que consolidar-se, continue
a crescer. Porém, o tão desejado e necessário
crescimento, sinónimo de sustentabilidade e,
por conseguinte, de um futuro mais promissor,
depende, como se sabe, da existência e manu-
tenção de condições que garantam a competiti-
vidade do destino.
Numa época em que as pessoas viajam cada
vez mais, seja em trabalho ou lazer, a qualidade
da oferta aeroportuária revela-se fundamental
se queremos continuar referenciados como des-
tino de excelência. Vencedora do prémio “Best
City or Short Break” com que Lisboa foi galar-
doada pelos Travel Media constitui não apenas
um fator de regozijo mas também um tremendo
desafio. Os 20 milhões de passageiros regista-
dos em 2015 no Aeroporto Humberto Delgado,
um novo recorde, voltaram a trazer a lume a
necessidade de criar oferta adicional, com carac-
terísticas que permitam alavancar as vantagens
competitivas que neste aspeto Lisboa tem usu-
fruído. O aproveitamento para uso civil da Base
Aérea do Montijo surge assim como a alternati-
va, complementar à Portela, para permitir não
só o reforço da qualidade da capacidade aero-
portuária disponível, como também o aumento
de capacidade que, a bem da nossa Economia,
se perspetiva necessária e que tanta falta faz.
Há, pois, que decidir com clarividência, mas
também agir com rapidez. É que o relógio não
para e a concorrência é muita.
NNacional |
TURISMODELISBOA|
5
ASSOCIAÇÃO TURISMO DE LISBOA
TOMADA DE POSSE DOS CORPOS SOCIAIS 2016-2019
Os novos Corpos Sociais da Associação Turismo
de Lisboa do triénio 2016-2019 tomaram posse
no passado dia 12 de maio e manifestaram o to-
tal empenho e disponibilidade para fazer crescer
e consolidar Lisboa entre os melhores destinos,
com base numa oferta turística diversificada e
de qualidade.
O mandato que agora se inicia tem como prin-
cipal desafio aumentar a atratividade de Lisboa
através do dinamismo e da inovação, com as ati-
vidades centradas em programas que incluem o
associativismo, a promoção turística, a melhoria da
informação e da experiência dos turistas e o desen-
volvimento das centralidades turísticas da Região.
A estratégia de promoção turística de Lisboa
passa por constituir uma intervenção cada vez
mais forte, coesa e competitiva, contribuindo
para o aumento de fluxos financeiros, captação
de receitas externas, criação de emprego e rea-
bilitação urbana.
Os membros dos diversos órgãos dos Corpos So-
ciais da ATL (Direção, Mesa da Assembleia Geral
e Conselho Fiscal) foram empossados pelo presi-
dente da Mesa da Assembleia Geral, o Comen-
dador Rui Horta, que na sua intervenção lembrou
que, em 1997, “quando decidimos avançar com
a ATL, uns encararam com desconfiança e outros
decidiram esperar para ver, e passámos da teo-
ria à prática». «Foi muito trabalho, muito consen-
so, mas hoje os resultados da estratégia então
delineada estão à vista», constatou Rui Horta,
concluindo que, apesar dos que «com ligeireza
apontam os perigos de uma turistificação”, há
que dar continuidade a este trabalho.
Na cerimónia de tomada de posse, Fernando
Medina, na dupla qualidade de presidente da
Câmara Municipal de Lisboa e da Direção da ATL,
sublinhou o sucesso da ATL enquanto  parceria
público-privada, a quem se devem “os resulta-
dos de crescimento que hoje temos e que fazem
de Lisboa uma cidade melhor”.
Sobre o trabalho futuro da ATL, o autarca foi
perentório, indicando que “queremos conti-
nuar a crescer, queremos mais turistas e que
cada turista traga mais valor para a cidade”,
considerando que o crescimento deve manter
“elementos de identidade e autenticidade,
apostando na inovação para promover sus-
tentadamente o turismo”. Antes de finalizar,
Fernando Medina ainda destacou a importân-
cia de “adaptar a cidade ao número eleva-
do de turistas, que traz um incrível impacto
positivo quer à inovação da  economia, que
permitiu passarmos melhor pela crise, quer
ao nível do emprego, da reabilitação urba-
na, da cultura e da sociedade”. Para o efeito,
é preciso “promover novos pólos de atração
e animação, continuar a requalificar o espaço
público e a criar novos equipamentos cultu-
rais”. Mas esta “necessidade permanente de
inventar” para promover o turismo terá que
ser acompanhada por um “processo perma-
nente de adaptação entre o turismo e a qua-
lidade de vida dos habitantes”.
Comendador Rui Horta
Rui de Sousa com Fernando Medina
Tomada de Posse - Órgãos Sociais 2016-2019
| NacionalN
|TURISMODELISBOA
6
Joana Cardoso, o diretor-geral da The Live Company,
Álvaro Covões, o vice-Presidente Comercial da TAP,
Luiz Mór e o administrador do Hotel Marquês de
Pombal, José Marto.
Rui Horta, presidente da TopMic, renova o car-
go de presidente da Mesa Assembleia Geral do
Turismo de Lisboa, que integra ainda o diretor do
Museu Nacional de Arte Antiga, António Filipe
Pimentel, e o administrador delegado do Grupo
Barraqueiro, Martinho Santos Costa. O cargo de
presidente do Conselho Fiscal é ocupado por Luís
Castanheira Lopes, do Grupo Pestana, em repre-
sentação da Pousada de Lisboa. Completam a
lista para o Conselho Fiscal a AVIS, representada
por Filipe Taveira e o Mosteiro dos Jerónimos,
representado por Isabel Cruz Almeida. Mário
Machado, que até aqui ocupava o lugar de
presidente-adjunto do Turismo de Lisboa, foi o
mandatário da lista.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa man-
tém-se como presidente da Direção, liderando uma
equipa de consenso que integra representantes
das principais entidades associadas. Jorge Ponce
Leão, administrador-delegado da ANA, é o novo
presidente-adjunto da Direção, e Rui Sousa, diretor
geral do Hotel Tivoli, o presidente do Convention
Bureau. A lista de vogais da Direção conta com o
presidente da Entidade Regional de Turismo da
Região de Lisboa, Vitor Costa, o vice-presidente
da Câmara Municipal de Sintra, Rui Pereira, o ve-
reador da Câmara Municipal de Cascais, Nuno
Piteira Lopes, e a vereadora da Câmara Municipal
de Mafra, Célia Fernandes. Para representar as
Associações do setor, a lista de vogais da Direção
integra ainda o vice-presidente da Direção Executiva
da AHP, Bernardo Trindade, o presidente da APAVT,
Pedro Costa Ferreira, o diretor-geral da AHRESP, José
Manuel Esteves, a presidente da Direção da UACS,
Carla Salsinha, e a diretora-geral da Lisboa, Feiras,
Congressos e Eventos – FCE/Associação Empresarial,
Maria João Rocha de Matos.
Completam esta lista o presidente da Direção
do NewsMuseum, Luís Paixão Martins, a presi-
dente do Conselho de Administração da EGEAC,
Fernando Medina
Rui Pereira, Luís Paixão Martins e Vítor Costa
Nuno Piteira Lopes, José Marto e José Manuel Esteves
Turismo de Lisboa - Corpos Sociais 2016-2019
TURISMODELISBOA|
7
NNacional |
Direção MESA ASSEMBLEIA
GERAL
conselho fiscal
Rui Horta
Presidente
Presidente do Conselho
de Administração da
TopMic Turismo Portugal
António Pimentel
Secretário
Diretor do Museu
Nacional de Arte Antiga
Martinho
Santos Costa
Vogal
Administrador
Delegado da Barraqueiro
Transportes
Luís Castanheira
Lopes
Presidente
Vogal do Conselho
de Administração
da Pousada de Lisboa
Filipe Taveira
Secretário
Leisure Sales Manager
AVIS Rent-a-Car
Isabel Cruz Almeida
Vogal
Diretora de Serviços
do Mosteiro dos Jerónimos
Fernando Medina
Presidente
Presidente da Câmara
Municipal de Lisboa
Jorge Ponce de Leão
Presidente Adjunto
Administrador-Delegado
da ANA – Aeroportos
de Portugal
Rui de Sousa
Presidente
do Convention Bureau
Diretor Geral do Hotel Tivoli
Vítor Costa
Vogal
Presidente da Entidade
Regional de Turismo
da Região de Lisboa
Bernardo Trindade
Vogal
Vice-Presidente Direção
Executiva da AHP
– Associação da Hotelaria
de Portugal
Maria João
Rocha de Matos
Vogal	
Diretora Geral da Lisboa,
Feiras, Congressos
e Eventos – FCE
Associação Empresarial
José Marto
Vogal	
Administrador do Hotel
Marquês de Pombal
Álvaro Covões
Vogal
Diretor Geral
da The Live Company
Joana Gomes Cardoso
Vogal	
Presidente do Conselho
de Administração da EGEAC
Rui Pereira
Vogal
Vice-Presidente da Câmara
Municipal de Sintra
Pedro Costa Ferreira
Vogal
Presidente da APAVT
– Associação Portuguesa
das Agências de Viagens
e Turismo
Nuno Piteira Lopes
Vogal	
Vereador da Câmara
Municipal de Cascais
José Manuel Esteves
Vogal	
Diretor Geral da AHRESP
– Associação da Hotelaria
Restauração e Similares
de Portugal
Célia Fernandes
Vogal	
Vereadora da Câmara
Municipal de Mafra
Carla Salsinha
Vogal
Presidente da Direção
da UACS – União
das Associações
de Comércio e Serviços
Luís Paixão Martins
Vogal
Presidente da Direção
do NewsMuseum
Luiz Mór
Vogal
Vice-Presidente
Comercial da TAP
| NacionalN
|TURISMODELISBOA
8
DADOS ICCA REVELAM SUBIDA DE TRÊS POSIÇÕES
LISBOA NO TOP 10 DAS CIDADES
MAIS REQUISITADAS PARA
CONGRESSOS INTERNACIONAIS
Lisboa sobe três lugares no ranking mundial
das cidades e alcança o top 10 das mais
solicitadas para acolher congressos asso-
ciativos internacionais em 2015, segundo
dados divulgados pela ICCA – Internatio-
nal Congress & Convention Association.
O 9.º lugar ocupado confirma a afirmação
da capital portuguesa enquanto destino de
eleição para o acolhimento deste género de
iniciativas.
Com 145 reuniões associativas realizadas em
2015, a capital portuguesa surge no ranking
mundial à frente de Copenhaga, Praga, Ames-
terdão e Bruxelas, que ocupam respetiva-
mente a 10.ª, a 11.ª, a 12.ª e a 13.ª posição.
Em 2014, Lisboa recebeu 109 congressos.
Lisboa encontra-se naturalmente na mira e
ambição de muitas organizações pela clara
oferta de condições particularmente vanta-
josas para este segmento, nomeadamente a
ótima relação qualidade/preço da hotelaria,
a excelência das acessibilidades, as boas li-
gações aéreas a qualquer parte do mundo
e a privilegiada localização do aeroporto na
cidade, com acesso direto ao Metro.
Os resultados obtidos no ranking ICCA é o
reflexo do esforço promocional que tem
vindo a ser desenvolvido junto de mercados
estratégicos e prioritários, através de um
trabalho contínuo e persistente de promo-
ção, indispensável na valorização do mérito
de Lisboa, face à forte concorrência.
TRAVEL MEDIA AWARDS 2016
CAPITAL
PORTUGUESA
ELEITA ‘BEST CITY
OR SHORT BREAK
DESTINATION’
Lisboa foi eleita ‘Best City or Short Break Des-
tination’ pelos Travel Media Awards 2016, em
Dublin, na Irlanda. O prémio distingue a capital
portuguesa como melhor cidade para estadia de
curta duração pela sua qualidade e diversidade
de serviços em hotéis, restaurantes, museus,
locais de diversão e outras atrações turísticas.
O prémio Travel Media Awards é o único do se-
tor em que a imprensa de viagens é convidada
a participar e a votar, distinguindo desta forma
as empresas, entidades e organismos que pres-
taram os melhores exemplos de boas práticas
no Turismo.
Organizados pela TravelMedia.ie, uma empresa
de relações públicas especialista em Turismo ba-
seada em Dublin, na Irlanda, contam este ano
com a sua sexta edição. Todas as votações são
realizadas por uma auditoria independente e
geridas pelo Departamento de Turismo da DIT
(Dublin Institute of Technology).
NNacional |
TURISMODELISBOA|
9
INE
PORTUGUESES
BATEM RECORDE
NAS VIAGENS
O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou
os dados provisórios referentes às viagens dos
portugueses em 2015. Segundo os dados divul-
gados, as deslocações turísticas dos habitantes
nacionais atingiram os 19,15 milhões, mais 7
por cento face a período homólogo, depois de
terem estabilizado (0,2 por cento) entre 2013
e 2014.
Segundo o INE, a “visita a familiares ou amigos”
foi o principal motivo para viajar, tendo origina-
do 8,6 milhões de viagens, mais 44,9 por cen-
to em relação a 2014. Já os motivos de “lazer,
recreio ou férias” originaram 8,1 milhões, mais
42,2 por cento. Por seu turno, as deslocações
«profissionais ou de negócios” atingiram os 1,7
milhões, ou seja, 8,7 por cento das viagens to-
tais. Os dados permitem ainda observar que foi
durante o mês de agosto que Portugal recebeu
mais turistas, dizendo 23,3 por cento respeito à
população residente. Seguiu-se julho (14,9 por
cento) e dezembro (14,5 por cent). Agosto foi
também o mês em que os portugueses mais
viajaram com mais de três milhões de viagens,
seguindo-se julho e dezembro.
PROMOÇÃO INTERNACIONAL
TRUNFO PARA
ATRAIR TURISTAS
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto
Santos Silva, numa visita oficial ao Luxemburgo,
destacou e defendeu a importância de promo-
ver o património e a cultura portuguesa no es-
trangeiro, sustentando que é um “trunfo” para
atrair mais turismo para Portugal.
Este tipo de promoção deve ser entendido
como “um convite para que as pessoas se inte-
ressem por conhecer melhor Portugal, a histó-
ria, o património e a cultura portuguesa”.
Em declarações à Lusa, o ministro reforçou
que “o património cultural é um dos principais
trunfos dos países no Turismo. Os turistas não
querem apenas sol e praia, também querem
cultura e património”.
| NacionalN
|TURISMODELISBOA
10
EFEITO PÁSCOA
MAIS HÓSPEDES,
DORMIDAS
E PROVEITOS
De acordo com os últimos dados publicados pelo
Instituto Nacional de Estatística (INE), os estabe-
lecimentos de alojamento turístico portugueses
somaram em março 1,35 milhões de hóspedes
(+18 por cento), 3,65 milhões de dormidas
(mais 20,3 por cento) e 170,6 milhões de euros
de proveitos totais (mais 22,5 por cento), in-
cluindo 118,7 milhões de proveitos de aposento.
O INE admite dever-se “em parte” ao efeito de
calendário da Páscoa, que leva a que apenas no
final do quadrimestre as comparações com anos
anteriores sejam mais fiáveis.
Este ano, com a Páscoa a 27 de março, levan-
do a que as férias deste período tenham sido
integralmente no mês de março, enquanto em
2015 foi a 5 de abril, levando a que as férias se
tenham repartido entre os dois meses, a compa-
ração que em março favorece este ano, em abril
terá o efeito inverso.
No conjunto do primeiro trimestre, que é igual-
mente influenciado no sentido da alta pela
Páscoa mais cedo, o alojamento turístico portu-
guês soma 3,2 milhões de hóspedes (+14,9 por
cento que no período homólogo de 2015), 8,34
milhões de dormidas (+16 por cento) e 394,3
milhões de euros de proveitos totais (+19,7 por
cento), incluindo 272 milhões de proveitos de
aposento (+21,5 por cento).
TURISMO EM LISBOA
RECEITA BRUTA
DE 3.500M€ / ANO
De acordo com o presidente da Câmara Muni-
cipal de Lisboa, Fernando Medina, o turismo na
capital portuguesa já vale 3.500 milhões de eu-
ros por ano em receita bruta. Em declarações
proferidas durante o VI Congresso da APED - As-
sociação Portuguesa de Empresas de Distribui-
ção, numa mesa redonda sob o mote “Crescer
com o Consumidor”, o responsável evidenciou
ainda que “o setor do turismo em Lisboa, do
ponto de vista da exportação, se considerarmos
a venda que é feita a estrangeiros que chegam
hoje a Lisboa, é superior a todo o setor do cal-
çado”. Já Luís Araújo, presidente do Turismo de
Portugal, destacou três pontos que devem ser
considerados quando se discute o que é o me-
lhor retalho para o turismo. São eles, “a questão
da experiência”, “a complementaridade” e, por
último, “o estar atento ao novo consumidor”.
NNacional |
TURISMODELISBOA|
11
THE TALL SHIPS RACES
GIGANTES DO MAR “INVADEM” LISBOA
A capital portuguesa está em contagem decres-
cente para receber os grandes veleiros que vão
participar na The Tall Ships Races Lisboa 2016,
o maior evento náutico que acontece este ano
no nosso país. Esta edição da regata comemora
o 60.º aniversário e vai realizar-se entre os dias
22 e 25 de julho, no Terminal de Cruzeiros entre
Santa Apolónia e o Terreiro do Paço, propondo
quatro dias, totalmente gratuitos, em que os vi-
sitantes vão poder viver uma experiência com-
pleta e envolvente ao nível dos cinco sentidos.
Ao longo do rio e das embarcações, estender-
-se-á o Passeio dos 7 Mares dividido por zonas
que terão várias atividades culturais e recreati-
vas, desde concertos, workshops, exposições,
entre muitas outras atrações.
LISBOA
SEDE DAS
COMEMORAÇÕES
DO 10 DE JUNHO
Segundo nota divulgada na página oficial da
Presidência da República, foi  publicado em
Diário da República o despacho assinado pelo
chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa,
que “designa Lisboa como sede, no ano
de 2016, das Comemorações do Dia de
Portugal, de Camões e das Comunidades
Portuguesas”.
Nessa nota é ainda referido que, para a or-
ganização das comemorações, é constituída
uma comissão que será presidida por João
Manuel Gaspar Caraça, integrando ainda o
Chefe do Estado-Maior General das Forças Ar-
madas, general Artur Neves Pina Monteiro, o
chefe do protocolo do Estado, António Almei-
da Lima, e o secretário-geral da Presidência
da República, Arnaldo Pereira Coutinho.
capital portuguesa
É A MELHOR
CIDADE PARA
VIVER, VISITAR E
FAZER NEGÓCIOS
Lisboa foi eleita pelo terceiro ano consecutivo
como a melhor cidade para viver, visitar e fazer
negócios, segundo o City Brand Ranking elabo-
rado pela Bloom Consulting.
Este estudo cruza diversos dados estatísticos
relativos aquelas três áreas-chave, com as pes-
quisas que são feitas na internet sobre cada
município.
Após a análise, Lisboa destaca-se claramente
das restantes em todas as categorias, apresen-
tando-se como a principal cidade do país. Para
começar, praticamente uma em quatro pes-
quisas sobre municípios portugueses (22,5 por
cento) são sobre Lisboa. A consolidar a primeira
posição da capital está também a liderança de
cada uma das categorias individuais, nas quais é
igualmente líder nacional.
| NacionalN
|TURISMODELISBOA
12
EM 2017
CAPITAL SERÁ
PALCO DE PROVA
MUNDIAL DE
TRIATLO
O Lisboa Triathlon vai integrar o circuito mundial
de triatlo de longa distância a partir do próximo
ano.
O diretor da prova, Paulo Passos Leite, em decla-
rações à agência Lusa disse esperar que Lisboa
fique “ainda mais na moda” com a presença no
circuito mundial, observando que a etapa por-
tuguesa já é “uma das provas preferidas dos
atletas, devido ao percurso e às condições cli-
matéricas”. “A integração no circuito Challenge
Family dá maior amplitude ao evento, que vai,
seguramente, crescer em notoriedade e dimen-
são, porque se trata de uma marca internacio-
nal muito forte», disse Passos Leite, contando
no próximo ano duplicar o atual orçamento
de 160 mil euros.
“A prova nasceu em 2006 com 178 participantes.
Hoje, no 10.º aniversário estamos com quase 10
vezes mais atletas inscritos, de 40 países. Mes-
mo sem integrar ainda o circuito mundial, o Lis-
boa Triathlon já é uma prova muito conhecida e
procurada pelos atletas», assinalou Passos Leite.
A capital portuguesa vai assumir a designação
de Challenge Lisboa e terá a presença garantida
durante os próximos três anos no circuito mun-
dial, composto por 44 provas em 21 países.
MONARCH
REFORÇA ROTAS
PARA LISBOA
A companhia de aviação britânica, Monarch, que
integra um grupo independente e se posiciona
como uma companhia aérea de lazer, anunciou
novas rotas com destino ao Aeroporto de Lisboa.
Já em curso, desde o passado dia 29 de abril,
estão as viagens a partir dos aeroportos de Ga-
twick (Londres) e Manchester e no próximo dia
17 de junho iniciam-se as rotas com origem no
aeroporto de Birmingham com destino ao aero-
porto de Lisboa.
NNacional |
TURISMODELISBOA|
13
TURISMO
NOVA PLATAFORMA
PARA EMPRESÁRIOS
O Turismo de Portugal lançou a plataforma ‘online’
Travel BI que vai funcionar como observató-
rio com informação para apoiar empresários e
profissionais do turismo na tomada de decisão.
Segundo Luís Araújo, presidente da instituição,
explicou à Lusa “o Travel BI resulta de uma ne-
cessidade que nós e os empresários do setor do
turismo sentimos de ter informação mais fácil e
acessível sobre os mercados.” A nova plataforma
disponibiliza informação sobre os mercados, da-
dos estatísticos, estudos ou análises sobre o de-
sempenho do setor. Também é possível encontrar
conteúdos ligados à sustentabilidade, às políticas
setoriais e às tendências emergentes serão tam-
bém disponibilizados, assim como informação
sobre os principais emissores para Portugal, en-
tre os quais se encontram a Alemanha, Bélgica,
Áustria, Canadá, Espanha, França e Holanda.
TURISTAS
lisboa É UMA
CIDADE SEGURA
Num artigo publicado pelo jornal Diário de No-
tícias, os turistas estrangeiros que vêm a Lisboa
consideram que a cidade é segura.
Esta foi a opinião generalizada ouvida pela jor-
nalista e que vai ao encontro dos resultados
de um inquérito sobre segurança do Observa-
tório do Turismo de Lisboa, feito no verão do
ano passado, em que 96 por cento dos turistas
estrangeiros disseram sentir-se seguros na capi-
tal portuguesa. A esmagadora maioria (75 por
cento) disse também sentir confiança na polícia.
Quanto aos agentes de segurança pública estes
têm vindo a receber formação específica para
lidar com os turistas.
CONGRESSO EUROPEU
SOBRE A DIABETES
REGRESSA
À CAPITAL
PORTUGUESA
EM 2017
A 53.ª reunião anual da EASD - European As-
sociation for The Study of Diabetes vai decorrer
em Lisboa entre 11 e 15 de setembro de 2017,
e prevê trazer à capital portuguesa entre 25 a
30 mil de especialistas de todo o mundo, que se
dedicam ao estudo e investigação desta doença.
A apresentação oficial deste encontro decorreu na
Câmara Municipal de Lisboa, com o presidente da
autarquia a afirmar que se trata de uma “oportuni-
dade de excelência que a cidade precisa de saber
potenciar” e que “os participantes internacionais
que são esperados constituem “os melhores em-
baixadores para espalhar o bom nome de Lisboa.”
Também Vítor Costa, presidente da Associação
Turismo de Lisboa, reforça que a decisão da ESAD
voltar a realizar em Lisboa uma reunião com esta
envergadura demonstra a atratividade da cidade.
É a segunda vez que se realiza esta reunião na
capital portuguesa, a primeira foi em 2011 e o
impacto direto cifrou-se em cerca de 100 mi-
lhões de euros nas áreas da hotelaria, comércio,
cultura e lazer. Para 2017 espera-se que os be-
nefícios sejam superiores.
O encontro é organizado em parceria pela Câ-
mara Municipal de Lisboa, a Associação de Tu-
rismo de Lisboa e a Associação Protetora dos
Diabéticos de Portugal.
| NacionalN
|TURISMODELISBOA
14
SNAPCHAT
PARTILHA LIVE STORY SOBRE LISBOA
O Snapchat lançou, recentemente, uma Live Story
dedicada a Lisboa e convidou todos os lisboetas e
turistas a partilhar os seus momentos na cidade.
Para participar bastava tirar uma foto ou gravar
um vídeo e partilhá-lo na Live Story de Lisboa.
Os melhores conteúdos, selecionados por uma
equipa de editores do Snapchat, eram mostrados
publicamente. Este é uma das funcionalidades
mais populares do Snapchat, as Stories, que
podem ser criadas por qualquer utilizador mas
também pelo próprio Snapchat, sendo que nes-
te caso as Live Stories reúnem snaps públicos
de utilizadores, bem conteúdo produzido pela
própria equipa desta rede social.
ÁREA METROPOLITANA
DE LISBOA
APOSTA EM
CICLOVIAS
Fernando Medina, presidente da Câma-
ra Municipal de Lisboa, em declarações à
margem de uma reunião descentralizada
do município no Centro de Congressos de
Lisboa, referiu que “na Área Metropolitana
de Lisboa, houve um acordo entre os mu-
nicípios, dentro de um conjunto de verbas
muito reduzidas de fundos comunitários, de
apresentar um projeto comum para a con-
clusão das redes de ciclovias de cada muni-
cípio (...) e depois para a ligação entre elas”.
Em Lisboa, será feita uma aposta em “toda
a frente ribeirinha”. “É isto que vai estar em
curso, com ritmos diferentes em função da
disponibilidade de cada município, e é isto
que vai unir as duas margens nos próximos
anos”, adiantou.
Por sua vez, o vereador da Estrutura Verde
da autarquia, José Sá Fernandes, revelou
que Lisboa vai “apresentar um projeto de
alargamento das ciclovias e de melhoria
das que existem”, para que a rede passe
de 70 para 90 quilómetros e seja melho-
rada em pintura e sinalética.
NNacional |
TURISMODELISBOA|
15
A TRIP TO LISBOA
AZULEJOS
INSPIRAM
COLEÇÃO
DE ROUPA
A marca de roupa italiana, Benetton, inspirou-
-se na capital portuguesa e nos seus tradicionais
azulejos para desenhar padrões florais ou dese-
nhos mais geométricos para várias peças, como
vestidos, saias, macacões, casacos, lenços, mas
também para aplicar noutros acessórios, como
pulseiras e colares. Esta coleção para a estação
primavera-verão recebeu o nome de A Trip to
Lisboa.
Ainda neste âmbito, a marca desafiou a cera-
mista Ana Vilela, que trabalha regularmente
para o Museu Nacional do Azulejo e para o
Instituto Português dos Museus, a inspirar-se na
nova coleção e criar azulejos.
CAPITAL DA MODA
FORBES NOMEIA
LISBOA
A conceituada publicação norte-americana,
Forbes, considera que Lisboa tem todos os
ingredientes para ser uma capital mundial
em moda masculina.
Isto porque a cidade é conhecida pela ar-
quitetura, pela cozinha e até pelos seus
artistas contemporâneos, mas raramente é
associada à moda, defendendo que apenas
falta uma comunicação mais eficiente por
parte das marcas e produtos. E por moda
entenda-se vestuário como também aces-
sórios made in Portugal.
O artigo deixa ainda a referência que os pro-
dutos feitos à medida são parte da cultura da
moda portuguesa e que existem várias fábri-
cas de produção locais, assim como estilistas
conhecidos pelas suas coleções para homem.
BBC ELOGIA LISBOA
MELHOR CAPITAL EUROPEIA
PARA TRABALHAR
Para a BBC, cadeia de informação britânica, a
capital portuguesa é a melhor da Europa para
trabalhar e desfrutar. Esta distinção é publicada
num artigo da autoria de Lennox Morrison que
desafia os leitores a viajar até Lisboa, cidade que
“está a trabalhar muito para dar apoio aos negó-
cios locais e para atrair empreendedores de todo
o mundo”.
É ainda referido que a cidade foi considerada Re-
gião Europeia Empreendedora do Ano em 2015
e tem sofrido renovações e reabilitações de
lojas, cafés, restaurantes e casas para habitação
no centro, o que fez muitas pessoas regressar. O
artigo menciona ainda que cerca de 30 por cen-
to dos novos empreendedores que têm Lisboa
como base são estrangeiros e que essa escolha
tem a ver com a “evolução tecnológica” aliada
ao facto de as pessoas com talento poderem tra-
balhar e viver em qualquer lado.
Quanto a ser uma cidade que permite desfrutar,
destaca-se pelo facto de ter praias de areia dou-
rada e 220 dias de sol no ano.
| NacionalN
|TURISMODELISBOA
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ATÉ 28 DE AGOSTO
SANTA CASA PROMOVE ROTAS
DO DIÁLOGO
No âmbito das celebrações do Jubileu Extraordi-
nário da Misericórdia, a Santa Casa da Misericór-
dia de Lisboa (SCML) organiza o itinerário “Rotas
do Diálogo”, até 28 de agosto, com o objetivo
de promover o diálogo intercultural, fomentar o
ecumenismo e sensibilizar para a importância
da Misericórdia enquanto conceito universal.
Trata-se de um programa de visitas guiadas gra-
tuitas com periodicidade quinzenal, em que a
Igreja de São Roque, propriedade da Santa Casa,
será o ponto de partida para a visita a outros luga-
res de culto de diferentes confissões religiosas na
cidade de Lisboa (uma visita por cada confissão).
A Igreja Lusitana Portuguesa de Comunhão
Anglicana, a BLIA (Associação Internacional
Buddha’s Light), a União Portuguesa dos Adven-
tistas do Sétimo Dia, a Primeira Igreja Baptista
de Lisboa, bem como as Comunidades Islâmi-
ca, Israelita, Hindu e Ismaelita de Lisboa são os
locais de culto a visitar gratuitamente, median-
te marcação. Por sua vez, a SCML providencia
transporte gratuito de ida e volta a partir da
Igreja de São Roque, que integra também o pro-
grama de visitas.
Com esta iniciativa, a instituição espera contri-
buir para cumprir o desígnio mais vasto de fazer
a misericórdia chegar a todos, pela mão de to-
dos, independentemente da sua religião.
CIDADE PARA APAIXONADOS
JORNAL CHINÊS
DEDICA ARTIGO
A LISBOA
O principal jornal oficial chinês de língua inglesa,
China Daily, dedicou uma extensa reportagem à
capital portuguesa, que descreve como uma “ci-
dade para apaixonados” e homenageia a rique-
za arquitetónica e histórica da capital portuguesa
e de Sintra, refere a Lusa. “A sua estética apela
igualmente a casais apaixonados e aficionados
da arquitetura”, aponta o jornal, num texto assi-
nado pelo jornalista Erik Nilsson e acompanhado
de fotografias do Palácio da Pena e do Castelo
dos Mouros, em Sintra.
“Talvez a característica mais marcante da paisa-
gem de Lisboa resida nos geométricos padrões
coloridos que irradiam de edifícios cobertos por
azulejos”, descreve o autor.
Numa alusão à “encantadora miscelânea de
construções que colidem contra a costa oceâni-
ca como ondas”, Nilsson retrata ainda “o polia-
mor entre o neogótico, neoárabe, neobarroco,
neoclássico, art déco, arte nova e estruturas
medievais”. E prossegue com uma descrição do
Castelo dos Mouros e a sua área circundante:
“Florestas de uma biodiversidade em flor”, que
no “espírito do pensamento romântico, nunca
foram arranjadas”.
NNacional |
TURISMODELISBOA|
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THE CULTURE TRIP ELEGE
LISBOA	
DESTINO IDEAL
PARA FAMÍLIAS
O site inglês The Culture Trip, dedicado à gastrono-
mia, cultura e viagens, nomeia Lisboa como um
dos 10 melhores destinos europeus para famílias.
Segundo a autora, Lani Seelinger, viajar é uma
ótima maneira de mostrar o mundo às crianças e
existem cidades que têm uma multiplicidade de
atrações para os mais pequenos e para os pais.
É com este enquadramento que Lisboa surge
neste ranking, “onde a exuberância natural da
cidade levará a uma das férias mais divertidas
que se pode imaginar”. Entre os locais a visitar,
esta publicação sugere o Oceanário de Lisboa,
um dos maiores da Europa, que tem “abun-
dância de exposições especialmente criadas
para os espectadores mais jovens”. Também
é proposta uma viagem de comboio até à vila
de Sintra onde se podem visitar vários castelos
ou, se a opção for ficar em Lisboa, poderá usar-
-se o “encantador” elétrico para se deslocar na
cidade. A autora refere que o melhor de tudo
talvez sejam os muitos restaurantes que a cida-
de oferece com zonas especiais para crianças,
onde estes podem divertir-se enquanto os pais
desfrutam de uma refeição tranquila.
FUNDAÇÃO INATEL
INTEGRA FESTAS
DE LISBOA
A Fundação INATEL produz o evento Salão Piolho,
uma iniciativa integrada nas Festas de Lisboa e
que terá lugar de 15 a 18 de junho, período du-
rante o qual serão realizadas diversas sessões
com clássicos do cinema internacional, em locais
que outrora foram salas e salões de cinema do
início do séc. XX. Entre estes, encontram-se uma
igreja, um salão nobre, um armazém de revenda
ou um convento, que se pretende devolver aos
lisboetas, durante esses 4 dias.
O evento terminará com um filme-concerto no
Largo do Intendente no dia 18 que será em si-
multâneo a comemoração dos 120 anos da
primeira exibição cinematográfica em Portugal.
Será assim exibido o filme “O Circo” de Charles
Chaplin, acompanhado ao piano pelo músico Filipe
Raposo.
LISBOA
EXIBE OBRAS DE VHILS
O artista plástico Alexandre Farto, mais conhe-
cido por Vhils, mantém uma forte ligação à ci-
dade de Lisboa, apesar da internacionalização.
O seu trabalho destaca-se sobretudo pelas
esculturas de rostos nas paredes de edifícios
e quem passeia pela capital muito provavel-
mente já terá passado por uma obra do artista
– considerado uma estrela urbana portuguesa.
Entre os trabalhos a descobrir nas ruas de
Lisboa encontra-se o projeto de tributo a
Amália Rodrigues, de 2015, que marcou a
estreia de Vhils em obras com calçada portu-
guesa e teve a colaboração de calceteiros da
Câmara Municipal de Lisboa. Esta obra pode
ser vista na zona de Alfama.
Já junto ao rio Tejo, num edifício em Alcântara,
encontra-se uma obra que faz parte de
uma exposição a solo do artista intitulada
“Dissecção”, de 2014. Também em espaço
público, junto à Praça de Espanha, existe uma
outra intervenção, esta datada de 2012, que
está integrada numa outra exposição a solo
na agência Vera Cortês, “Diorama”.
Estes são alguns dos exemplos das interven-
ções públicas de Vhils, mas existem muitos
outros que podem ser descobertos pela cidade.
E | Entrevista
|TURISMODELISBOA
18
Ponte entre associados
e turistas
David Bernardo
managing partner da LITS ebusiness
E
EE | Entrevista
Melhorar a experiência de cada turista, personalizando-a, é
o objetivo da nova app que a Associação Turismo de Lisboa
(ATL) se prepara para lançar, o que tornará a cidade pioneira
a nível mundial neste tipo de solução. Mas a maior inovação
é, sem dúvida, a plataforma de gestão do turismo da cidade,
na qual todos os associados da ATL poderão participar e assim
obter vantagens, garante David Bernardo, managing partner da
LITS ebusiness que, em colaboração com a Associação, está a
desenvolver este projeto.
TURISMODELISBOA|
19
Entrevista | E
Como define a nova app da ATL?
Não se define como uma app. É
muito mais do que isso. A app e o
website são apenas as caras para o
turista. Apps há muitas (boas não
tantas), a app é crítica para o turista,
mas é só a ponta do iceberg. Fazer
uma app e website seria excelente
se estivéssemos em 2010. Hoje em
dia já não é suficiente.
O Turismo de Lisboa é a instituição
por excelência que tem os associa-
dos, a experiência e os conteúdos.
Ninguém melhor para fazer uma
app para os turistas. Mas a grande
inovação é sobretudo a plataforma
que estamos a criar por trás. É toda
uma plataforma de gestão do tu-
rismo da cidade em que no futuro
todos os associados poderão parti-
cipar e ter vantagens reais a nível
de receitas, qualidade de serviço e
eficiência das suas operações.  
Naturalmente não é possível imple-
mentar tudo de um momento para
o outro. É um projeto que vai crescer
bastante nos próximos anos. Estamos
confiantes que ao estar na liderança
mundial destas soluções vamos con-
seguir continuar o grande crescimento
qualitativo do turismo em Lisboa.
Quais são, em seu entender, as
caraterísticas diferenciadoras
que esta plataforma proporcio-
na a Lisboa em termos de pro-
moção turística?
Se como promoção vamos assumir
a captação de mais turistas, temos
várias formas relevantes:
• Acompanhamento de todo o
tourist journey – a maioria das
plataformas foca-se numa só área
do tourist journey. Vemos isso, por
exemplo, com vários sites de outras
capitais europeias que são muito
bonitos, mas a partir do momento
em que inspiram o turista já não fa-
zem muito mais.
A plataforma que estamos a desen-
volver vai permitir um registo do tu-
rista a qualquer ponto do journey e
uma vez registado acompanhamo-
-lo e vamos construindo o seu perfil.
Com isto conseguimos um maior
entendimento do turista e levá-lo
a que visite Lisboa. As interações
vão evoluir e formatando-se à me-
dida que o turista vai avançando.
Por exemplo, na fase de pesquisa,
é provável que o site seja mais
importante, mas quando está na
cidade já vai usar mais app. E a pró-
pria app vai adaptar-se à situação.
Se está dentro do museu, poderá
dar-lhe um guia áudio e se está na
rua, dá-lhe direções para o próximo
destino.
• Site inspirador – o site Visit Lisboa
foi completamente redesenhado
para inspirar mais os turistas na parte
de sonhar e planear a viagem. Para
isso foi produzida e atualizada uma
grande quantidade de conteúdos so-
bre Lisboa.
• Search Engine Optimization
(SEO) – O Visit Lisboa é o site por
excelência para os turistas que vi-
sitam a cidade. E o próprio Google
valoriza isso, colocando-o nos resul-
tados iniciais quando alguém procu-
ra palavras relacionadas. Estamos a
trabalhar com os melhores experts
em SEO para aumentar o número de
visitantes no site para nove milhões
nos próximos três anos.
• Análise e otimização de cam-
panhas de marketing – Os dados
vão-nos permitir analisar os resulta-
dos de cada campanha que se faz
de promoção e com isso otimizar os
investimentos.
• Capacidade de partilha da ex-
periência – o site e a app estão
pensados para que os turistas parti-
lhem as suas experiências nas redes
sociais e com os amigos. Não existe
melhor promoção que a recomen-
dação de alguém próximo.
O que significa, na prática, a in-
tegração que esta app faz entre
o mundo real e o mundo digital?
Significa pensar na realidade atual
em vez de pensar no mundo de há
10 anos. Quantas vezes saiu de casa
sem o telemóvel no último mês?
Estamos sempre ligados ao mundo
digital e ao mesmo tempo vivemos
no mundo físico. Então por que con-
tinuamos a falar de mundo digital e
real em separado? Temos de pensar
que o turista vai interagir através do
“canal” que fizer mais sentido para
ele em cada momento e, por ve-
zes, vai combinar a experiência. Por
exemplo, está a visitar um monu-
mento e pode ver na aplicação a his-
tória ou cenas de um filme feito ali.
Cada vez mais novas tecnologias
como realidade aumentada e mista,
geolocalização, scanners 3D e ou-
tras vão permitir viver a experiên-
cia da cidade de uma forma mais
completa.
Mais do que olhar para um monu-
mento e fazer uma selfie, vou poder
olhar para o monumento e ver como
era há 500 anos. Imagine poder pas-
sear fisicamente na Praça do Comér-
cio como se estivesse em 1700.
Em sua opinião, o que poderá
tornar esta ferramenta na refe-
rência para o setor do turismo a
nível global?
A estratégia é muito inovadora e,
ao mesmo tempo, vamos utilizar as
últimas tecnologias como é o caso
de machine learning, inteligência
artificial e bots, entre outras.
Muitas cidades andam a debater-se
com os mesmos problemas e quan-
do virem o que estamos a fazer vão
prestar muita atenção. E se combi-
narmos com o facto que muita da
comunidade do setor tecnológico
vai visitar Lisboa nos próximos anos,
nomeadamente para participar na
Web Summit…
Plataforma
para todos
No que concerne à experiência
personalizada do turista, como é
feita a ponte entre os diferentes
associados do Turismo de Lisboa?
Estamos a montar uma plataforma
para todos os associados que pres-
supõe que se juntem ao sistema e
tenham vantagens claras com isso.
Numa fase inicial vamos melho-
rar as recomendações ao turista e
promover a Região como um todo.
Levá-los a descobrir novos lugares
que normalmente estariam fora das
primeiras opções. Esta questão em
particular é fundamental para de-
senvolver toda a Região de Lisboa.
Numa próxima fase queremos inte-
grar os sistemas dos vários associa-
dos (hotéis, restaurantes, museus,
monumentos, transportes e tours,
entre outros). Podemos também
perceber as necessidades que são
comuns a todos os associados,
desde a informação a softwares
E | Entrevista
|TURISMODELISBOA
20
específicos e ajudá-los a solucionar
esses desafios.
Os associados vão beneficiar de mais
dados fidedignos e em tempo real do
que os disponíveis atualmente. Isto
permitirá tomar melhores decisões
para os seus negócios. A ideia é criar
a plataforma onde todos se conectam
e com toda essa informação criar um
perfil único de turista que todos ali-
mentam e do qual todos beneficiam.
Lisboa é o destino pioneiro a
nível mundial neste tipo de
solução?
É. Tanto quanto sabemos, e eu tenho
andado à procura tanto nas feiras
mundiais de turismo como online,
não existe nada tão desenvolvido
como o que estamos a planear.
Quais considera serem as mais-
-valias decorrentes desta capaci-
dade de inovação e pioneirismo?
No final, o turismo depende de um
fator crítico: o turista. Um turista mais
satisfeito significa um setor de turis-
mo mais forte e saudável. Essa é a
principal mais-valia desta plataforma.
De que modo esta plataforma
permite a evolução do conceito
digital de Lisboa?
Esta plataforma permite a evolução
do conceito digital até ao limite de
matarmos o digital. O nosso grande
objetivo é integrar o digital e o tradi-
cional de tal forma que deixe de ter
sentido pensar neles em separado.
Quais são os principais objetivos
que estão na base de construção
deste tipo de ferramenta?
Os principais objetivos são:
• Melhorar a experiência de cada
turista
• Melhorar a qualidade dos serviços
de turismo
• Reforçar a promoção das diferentes
áreas da Região de Lisboa
• Criar ferramentas de informação e
ação em tempo real
• Aumentar o número de turistas em
toda a Região de Lisboa
Inovação ao
serviço dos players
A construção da aplicação teve
em conta o facto de Lisboa ser
um destino com uma dinâmica
permanente?
Essa é a grande vantagem desta
plataforma e em especial da app.
Podemos atualizar os conteúdos em
tempo real e dentro de pouco tem-
po de forma automática e de acordo
com as preferências de cada turista.
Uma das possibilidades que vamos
ter no futuro é controlar os fluxos de
turistas. Vamos ter mais informação
e identificar em tempo real o que
está a acontecer e ao mesmo tempo
tomar decisões. Imagine, por exem-
plo, que identificamos que há mui-
ta gente na zona do Castelo de São
Jorge e que houve um acidente ro-
doviário que torna os acessos muito
difíceis. Então, alteramos em tempo
real os percursos dos turistas na par-
te de roteiro e enviamos avisos para
evitarem a zona com uma recomen-
dação alternativa segundo os gostos
de cada um.
Mais dinâmico é difícil.
Dar a cada
um a sua Lisboa
Em sua opinião, qual é, hoje em
dia, o perfil do turista e o que
procura?
A grande tendência é cada turista ter
a sua própria experiência personali-
zada, segundo as suas preferências.
Vamos ter de acabar com a segmen-
tação dos turistas e passarmos a
personalizar a experiência para cada
um. Vamos dar algo especial a cada
um dos nossos convidados.
Existem claramente algumas ten-
dências, como é o caso da busca
pelo autêntico e genuíno, uma com-
ponente social maior (as pessoas
querem conhecer outras pessoas e
praticar atividades em conjunto) e o
turismo de saúde e bem-estar, entre
outras. Mas, de facto, a personaliza-
ção é o grande desafio de momento.
A seu ver, qual deverá ser a estra-
tégia digital no que se refere ao
turismo e a Lisboa em particular?
A primeira parte é desenvolver o
turismo focado no turista (o famoso
tourist centric). Temos de considerar
o turismo em Lisboa com um produ-
to único com várias componentes.
Criamos um perfil de turista único e
acompanhamo-lo ao longo de todo
o tourist journey (desde a fase em
que começa a sonhar com a próxima
viagem, passando pelo planeamen-
to, compra, experiência na cidade e o
partilhar a viagem no final). O turista
tem de deixar de ser um número e
passar a ser o João e a Joana.
Outra área fundamental é a integra-
ção do turismo com a população lo-
cal, de forma a ter um crescimento
sustentado.
A estratégia tem de ser continua-
mente medida por dados que nos
vão permitir avaliar o impacto de
cada decisão em tempo real e com
isso reagir em tempo real também.
É por isso que estamos a criar uma
plataforma integrada de gestão do
turismo da cidade, na qual todos os
associados podem participar, retiran-
do vantagens e melhorando-a.
Por que razão é importante a
personalização na experiência do
turista?
Porque no final somos todos dife-
rentes e sermos tratados como uma
média não é a melhor forma. Temos
de dar a cada um o que necessita,
quando o necessita e através do
melhor canal para ele/ela em cada
momento. Não existe uma Lisboa,
existem milhões de Lisboas, cada um
de nós tem a sua. Eu e os meus ami-
gos não vivemos a cidade da mesma
maneira. Temos, se calhar, 60 por cen-
to da experiência em comum e o res-
to é diferente. Gostamos de desportos
diferentes ou comida diferente e ouvi-
mos música diferente. Então por que
temos de ter recomendações iguais?
Lisboa tem de ser diferente para cada
turista e mudar com o tempo.
Antes era impossível fazer este tipo
de experiência porque requeria mui-
tas pessoas e investimento. Hoje em
dia já é possível graças às tecnologias
disponíveis e à capacidade de analisar
grandes quantidades de dados.  Esta
personalização vai aumentar o nível
de satisfação dos visitantes e com isso
aumentam, nomeadamente, as recei-
tas e o número de visitas. 
Como interpreta esta personali-
zação no que se refere a Lisboa?
Um exemplo que acho interessante
é fazer um spotify para a cidade de
Entrevista | E
TURISMODELISBOA|
21
Lisboa. Em vez de recomendarmos
música, vamos recomendar de uma
forma individual para cada turista o
que visitar, comer e onde dormir, de
acordo com a sua personalidade e
interesses.
Se compararmos com o setor da
Moda, por exemplo, de três tama-
nhos standards de roupa, Lisboa
passa a fazer roupa por medida para
cada turista.
Vantagens
do digital
Será o digital a forma de garantir
a oferta personalizada que cada
turista procura, permitindo em
simultâneo uma utilização racio-
nal de custos?
Ao gerirmos a experiência com dados
reais em tempo real diminuímos a in-
certeza e otimizamos custos. Não só
custos, mas também aumentamos
receitas. Pense num restaurante,
por exemplo, que consiga saber que
tipo de comida vai vender mais em
certos dias segundo a temperatura,
a época do ano e as preferências de
cada cliente. Pode fazer as compras já
a contar com isso e assim diminuir o
desperdício. Ao mesmo tempo pode
propor a cada turista um tipo de comi-
da e experiência mais adequadas e,
com isso, aumentar a receita por turis-
ta. Parece ficção científica, mas estas
soluções são já realidade e irão ser
implementadas nos próximos anos.
Em que medida o eCommerce in-
fluencia o presente e o futuro do
turismo?
O turismo foi, provavelmente, o pri-
meiro setor a ser impactado e isto
aconteceu por várias razões porque:
• as linhas aéreas já tinham os GDS
com a informação e sistemas de
informação disponíveis de forma
eletrónica
• sendo produto homogeneizado, o
cliente não necessita de fazer uma
compra pessoal, como acontecia
com a Moda. Um bilhete de avião ou
um hotel não precisam de ser com-
prados presencialmente e sempre
foram comprados de forma remota
• não existir necessidade de logística
física de entrega de produto
Como tal, o primeiro setor a desen-
volver-se digitalmente num país
é sempre o turismo. Por estas ra-
zões, uma grande percentagem das
transações já se realiza através de
comércio eletrónico e cada vez suce-
derá mais. 
Para os mais resistentes à mudança
existem novos modelos de interação
com o usuário. Imagine, por exem-
plo, uma Siri que entende tudo o que
diz ou comprar bilhetes por what-
sapp como se estivesse a falar com
um amigo. Todas estas novas solu-
ções vão levar a que o usuário não
necessite de qualquer familiaridade
com tecnologia para comprar. A tec-
nologia vai deixar de ser uma con-
sideração, porque vai ser parte tão
integral e natural da realidade que
ninguém dará conta. Com isso, mui-
tas das pessoas que acham que não
usam tecnologia ou não gostam de
internet vão passar a fazê-lo. Acho
que neste momento já não há outra
opção e o setor começa a reconhecer
e tem aproveitado a oportunidade.
A questão é que neste momento
temos que pensar muito para além
do Ecommerce e é o momento de
fazê-lo, antes que outras empresas
o façam.
Visão estratégica
Como surgiu este desafio para,
em parceria com a ATL, criar uma
app inovadora?
Esta colaboração surge da melhor
forma. Com a Direção do Turismo
de Lisboa a identificar um conjunto
de tendências que deviam incluir
na sua estratégia, como é o caso do
digital. A maioria das empresas não
entende que existe uma necessidade
antes de ser demasiado tarde. Mas,
o Turismo de Lisboa começou com o
“pé direito”. 
O Turismo de Lisboa teve algo louvá-
vel que muitas empresas deveriam
copiar: não se colocou à “sombra da
bananeira”, o que era fácil dado os
excelentes resultados que tem tido
e entendeu que a próxima grande
revolução vem do digital.
Na definição do Plano Estratégico
que o Turismo de Lisboa fez com a
consultora Roland Berger, o digital
era uma parte crítica e a nossa em-
presa LITS ebusiness (litsebusiness.
com), pela sua experiência em di-
gital transformation, foi convidada
A app vai ser companheira dos
turistas enquanto exploram a
cidade, afirma David Bernardo.
Temos um conjunto de funcio-
nalidades que o cliente pode
utilizar, entre elas:
Trip planner – vamos criar um
roteiro personalizado para cada
turista. O interessante deste sis-
tema é que ao longo do tempo
vai aprender mais sobre os turis-
tas automaticamente e combinar
informação de redes sociais, dos
seus amigos, de outros turistas, do
clima e do trânsito, entre outros,
em tempo real para conseguir um
percurso à medida de cada um.
Lisboa Card – o Lisboa Card, que
é um sucesso entre os turistas, vai
estar integrado na app. Ao mos-
trar a aplicação, o turista vai poder
entrar, na fase inicial, em museus
e monumentos e no futuro utili-
zar os transportes da cidade.
Social Lisbon/meet people –
aqui o turista e os locais podem
criar ou juntar-se a uma ativida-
de com outras pessoas. Imagine
que alguém quer conhecer a
cidade em patins ou fazer Surf.
Aqui pode encontrar a compa-
nhia para o fazer. Começamos
a ter atividades desenvolvidas
pela comunidade para cada um
dos muitos nichos existentes. O
limite é a imaginação de cada
um.
Lisbon stories – roteiros te-
máticos (Fado ou História, por
exemplo) nos quais o turista
segue um percurso pré-definido
em que lhe é contada uma his-
tória completa com áudio, vídeo
e no futuro realidade mista e
aumentada. Temos previsto
também integrar sistemas de
visitas guiadas aos museus e
monumentos.
Ferramenta antecipa o futuro
E | Entrevista
|TURISMODELISBOA
22
para apoiar nesta área.  A partir daí
a relação foi-se desenvolvendo e a
visão alinhando. 
Estamos a trabalhar na plataforma
há mais de um ano e começamos a
ver os primeiros frutos. Criámos uma
área especializada, City for 1, que se
vai focar só neste tipo de projetos.
Acho que tem sido uma experiência
fantástica, porque a equipa do Turis-
mo de Lisboa traz uma experiência
única em termos de turismo (acho
que contra factos não há argumen-
tos e é só olhar para os indicadores
de turismo em Lisboa e como têm
evoluído de forma positiva). Nós
trazemos a nossa experiência no
digital com lições de várias outras
áreas (Ecommerce, plataformas e
estratégia digital). É fascinante o
que se pode trazer de outros seto-
res e empresas, estamos a utilizar
vários princípios com os quais tra-
balhámos com o Walmart ou com
a Sony. Esta combinação tem-nos
permitido criar algo que tem sentido
para a realidade da cidade de Lisboa
e dos associados da ATL. 
É só o princípio de um projeto bas-
tante complexo. Vamos à frente e
estamos a criar algo que vai ter um
impacto muito positivo no turista,
nos associados da ATL e nos cida-
dãos de Lisboa.
Tendo em conta a sua experiên-
cia internacional, o que torna
este desafio especial?	
Depois de 16 anos a morar em todo
o mundo, tem-me reaproximado e
fez-me apaixonar novamente pela
minha cidade. É interessante fazer
um projeto inovador a nível mun-
dial a partir de casa e ver que, ao
contrário do que eu próprio cheguei
a acreditar, é possível liderar o pro-
cesso de inovação mundial desde
Portugal.
Outro dos pontos especiais é a
equipa com a qual estamos a tra-
balhar. Um conjunto de pessoas
muito interessante de várias áreas
de especialidade e o facto de so-
nharmos juntos um projeto único.
Na minha área de ebusiness e
transformação digital, muitos de
nós temos a ideia de conseguir
ter impacto e criar um mundo me-
lhor. Acho que esta é uma dessas
oportunidades. 
Qual será o futuro do digital e
de que modo irá influenciar as
nossas vidas?
Nos próximos anos estaremos pe-
rante a chamada “4.ª revolução
industrial”. Achamos que já vimos
tudo em termos de tecnologia, mas
a próxima década vai ter uma mu-
dança muito mais acelerada. O que
me preocupa é que a maioria das
pessoas e empresas não entendeu
este ponto ainda e, provavelmente,
quando se aperceberem vai ser de-
masiado tarde.
É provável que muitas empresas
grandes ao longo da próxima déca-
da percam relevância ou encerrem
por não se adaptarem. Quatro das
empresas mais valiosas do mundo
são a Apple, o Facebook, a Amazon
e o Google. Estão a entrar em todos
os setores de uma forma discreta
(a maioria das seguradoras, por
exemplo, ainda não entendeu que
o Google provavelmente irá tomar
conta de muitos dos negócios de
seguros atuais). Estamos a criar os
próximos grandes monopólios e
temos estado de olhos fechados.
No caso do turismo, o mesmo está
a acontecer com empresas como
o TripAdvisor, que começam a ter
demasiado poder para o bem dos
destinos turísticos e devem ser
controladas. Se o TripAdvisor, por
exemplo, alterar o algoritmo de
classificação dos locais ou colocar
publicidade despercebida no início
da página, pode alterar comple-
tamente os fluxos de turismo em
Lisboa. Queremos centralizar este
poder numa só empresa? Acho fan-
tástico o trabalho que esta empre-
sa tem feito, mas não acredito que
seja saudável no longo prazo tanto
domínio do setor.
Este controlo não vem como mui-
tas empresas pensam (na minha
opinião erradamente) de processar
juridicamente as novas iniciativas
para manter o status quo. Vem dos
players atuais conseguirem desen-
volver boas soluções para os seus
clientes. 
Vai ser uma década marcada pelos
dados e por tecnologias como big
data, internet of things, inteligência
artificial, machine learning, realida-
de mista e virtual e robots. Muitos
dos filmes de ficção científica estão
a tornar-se finalmente realidade.
Nem George Orwell no livro 1984
imaginou que íamos ter em todo o
momento câmaras de vídeo e micro-
fones em cada ser humano o tempo
todo (o que são os telemóveis?).  
Existe um conjunto de temas éticos,
legais e sociais aos quais vamos ter
de estar muito atentos.  Não vamos
conseguir parar esta evolução, por isso
creio que o melhor que todos temos
Questionado sobre como pers-
petiva o futuro do digital no se-
tor do turismo e de que modo
irá influenciar as vidas de cada
um, David Bernardo declara:
estamos a caminhar para um
futuro mais previsível pela
quantidade de dados que va-
mos conseguir recolher e com
isso reduzir a incerteza e tomar
melhores decisões. Parece pou-
co romântico, mas no final vai
trazer uma melhor experiência
e mais individualizada.
A mudança é inevitável. Natu-
ralmente vai correr muito bem
para alguns, em especial no
caso do turista porque a expe-
riência vai melhorar bastante,
mas para outros vai correr mal
porque não se vão adaptar em
tempo útil ou vão lutar contra a
mudança.
As mudanças vão ser progressi-
vas. Vamos passar por um pe-
ríodo de híper entusiasmo em
que todos acham que o turismo
vai mudar e depois por um pe-
ríodo de desilusão, em que as
pessoas não entendem porque
não se mudou tudo imediata-
mente como se falava. Depois
vamos estabilizar num modelo
bastante mais evoluído do que
temos hoje, que vai continuar a
crescer. São os ciclos normais.
Mas acredito que estamos a
presenciar uma revolução no
setor do turismo e que vamos
ver mais mudanças na próxima
década do que nas últimas três.
Estou muito positivo. 
Revolução no setor do turismo
a fazer é educar-nos sobre o tema e
pensarmos como fazer parte dele. 
O que acha de Lisboa enquanto
destino turístico de excelência?
Eu passo uma grande parte do meu
tempo fora de Portugal e cada vez
que falo de Lisboa existe quase uma
reação de ‘Uauuuu!’.
Quem não visitou, quer visitar e
quem visitou, apaixonou-se.
Boletim Interno | B
TURISMODELISBOA|
31
sintra, capital do romantismo
CENTRO INTERPRETATIVO MITOS E LENDAS
O Centro Interpretativo Mitos e Lendas de Sintra é uma das principais atrações turísticas desta vila romântica,
localizada a poucos quilómetros de Lisboa, prestes a comemorar um ano de atividade. A funcionar no edifício
do Posto de Turismo é, nesse local, que os visitantes são convidados a descobrir o misticismo, os segredos
e o romantismo de Sintra, numa viagem que cruza história, música e literatura, recorrendo a cenografia,
técnicas multimédia e experiências sensoriais.
hologramas de dimensões reais que dão espe-
tacularidade à história, mas são também criadas
experiências kinetic em que os visitantes encar-
nam uma personagem de um jogo, correndo pelo
bosque, desviando-se de obstáculos e apanhando
alguns dos elementos associados à lenda.
Num outro espaço é feita uma homenagem aos
escritores que se deixaram seduzir pela vila má-
gica de Sintra, exibindo-se quadros de imagens
animadas dos mesmos, com locução das suas ex-
periências contadas na primeira pessoa. Aqui, num
espaço 4D, através de uma experiência multissen-
sorial complementada por mecanismos de cheiro
e vento, é explicada a lenda da aparição de Nossa
Senhora à rapariga muda que pastoreava um reba-
nho de ovelhas na serra.
No Piso -1, novas aventuras esperam os visitan-
tes, como a entrada num túnel que simula o Poço
Iniciático; a experiência imersiva de estar a bordo
de um barco, a ver o Adamastor, enquanto são
envolvidos pelas ondas do mar; ou, até mesmo,
as cenografias e hologramas que recriam o uni-
verso pagão omnipresente nas lendas e mitos,
através da natureza, animais e fadas. A visita ter-
mina na envolvência da magia do verde, ao som
da floresta.
O Centro Interpretativo Mitos e Lendas de Sintra
pode ser visitado todos os dias, das 9h30 às 18h00.
A entrada tem um valor de 4,5 euros, existindo
bilhetes especiais para séniores/estudantes e para
crianças entre os 6 e os 15 anos. A experiência é
inclusiva pelo que, aos visitantes com deficiência
auditiva ou visual é disponibilizado, respetivamen-
te, um tablet legendado e um áudio guia específi-
co, que lhes permite acompanhar todo o percurso,
com descrição das ações e envolvência.
A promoção deste espaço é da responsabilidade
da Associação Turismo de Lisboa, em parceria
com a Entidade Regional de Turismo da Região
de Lisboa e a Câmara Municipal de Sintra.
É em Sintra que o Turismo de Lisboa leva os visi-
tantes numa viagem surpreendente pelas histórias
e locais que, desde tempos imemoriais, enchem
a vila de mistério e a tornam num dos destinos
mais apetecidos do mundo. O percurso da visita,
cruza a realidade e a ficção em várias dimensões
ao longo dos 17 espaços existentes e inicia-se num
elevador forrado com imagens que simulam um
dos caminhos da vila, ao som da floresta e com
luzes reduzidas, conduzindo os visitantes ao Piso 3,
ponto de partida desta experiência.
Ao chegar a esta sala fica-se com a sensação
de se ter chegado ao cimo da serra de Sintra
e é aí que um narrador introduz o conceito das
lendas e o momento da Criação das Penhas
– Lenda dos Cinco Altos de Nomes Iguais e
Apelidos Diferentes de Sintra. Passando para o
Piso 2, os visitantes começam a ter contacto
com eventos históricos e outras lendas, através
de ecrãs touchscreen e um filme de animação
em telas, com recurso a video mapping, apoia-
dos por narrações em áudio guia.
Já no Piso 1 revelam-se mais algumas lendas,
como a do Túmulo dos Dois Irmãos - uma das
mais empolgantes histórias do imaginário da vila
-, e a dos Sete Ais. Para as contar, são recriados
| Lisboa Vista de Fora
|TURISMODELISBOA
32
L
O MELHOR DESTINO DE 2016
A REVISTA ELLE BRASIL ELEGE LISBOA
A edição brasileira da revista Elle, conceituada publicação
especializada em moda, publicou uma reportagem alargada dedicada
à capital portuguesa intitulada “Lisboa. O melhor destino de 2016”.
Em 8 páginas, detalha-se como é que “outra Lisboa, tão atraente
quanto a antiga está em ebulição”.
A autora do artigo, que viajou a convite do Turis-
mo de Lisboa, apresenta uma cidade moderna,
vibrante e dinâmica, cada vez mais orientada
para a economia criativa e um “destino certo
para quem gosta de moda, design e boa cozi-
nha”. E é precisamente nestas três áreas que se
centra a reportagem.
A jornalista verifica que a situação de crise que
afetou o país, e de forma geral a Europa, indicia
estar ultrapassada e acabou por ser perceciona-
da como uma oportunidade, já que houve mais
investimento na capital portuguesa. Quem hoje
visita Lisboa apercebe-se que há todo um con-
junto de novas infraestruturas e serviços, que se
encontram quase a cada esquina – desde novos
hotéis, a bares e restaurantes, passando tam-
bém por lojas.
Este movimento trouxe uma “mudança de
ar” e captou ainda mais turistas estrangeiros
que elegem cada vez mais Lisboa como des-
tino preferencial, atraídos pelo “clima ameno,
o custo mais convidativo do que em outras
metrópoles europeias e essa nova energia
estão atraindo todas as atenções”. É por isso
que quem passeia pelas ruas da cidade ouve
falar português mas muitas outras línguas se
cruzam, entre as quais se destaca o francês, o
espanhol ou o italiano.
À conversa com o estilista Nuno Gama, a jor-
nalista vê reforçada a ideia de que a crise foi
mesmo entendida como uma oportunidade:
“as pessoas encontraram formas diferentes de
fazer cinema, teatro, pintura, música, moda. E
com qualidade. As crises são ótimas para isso.
Fomos obrigados a ir à luta e a convencer os
outros de que somos interessantes”.
Após esta breve introdução sobre o que levou
Lisboa a ser o que é hoje - cidade que cruza o
moderno mas sem negar a sua história e tradi-
ções -, o artigo introduz um guia completo, com
sugestões de locais a visitar, bem como figuras
da moda que devem ser consideradas quando
se está visita a cidade.
Entra-se no verdadeiro mundo da moda, ou
não fosse esta uma das principais temáticas da
Elle Brasil. A jornalista convida a passear pela
Avenida da Liberdade, uma das principais arté-
rias da cidade e “inspirada nos Champs Elysées
parisienses”, onde aí se encontram localizadas
LIFESTYLE#viagem
surgindocomforçatotal.Comecepelonúmero42daaveni-da Politécnica, onde está o Entre Tanto indoor Market(entretanto.pt),umespaçocomummixinteressantedelojas,comoaFora sunglasses,quefazóculosdesolcomperfu-me retrô e ar contemporâneo, e a Vintage Department,comótimaspeçasdedecoração.SubindoemdireçãoàPraçadoPríncipeReal,umacontinuaçãodaavenida,vocêencon-tranonúmero21a21pr Concept store,ondeodestaquesãoasvelasMadetLen,Fornassetti,ChateaudeVersailleseTom Dixon, as bijoux de Filipe Faísca e as joias de CarolinaCurado e da marca Corpus Christi, além de incríveis itensde papelaria by Lacroix. Tudo sob a curadoria cuidadosa deMaria João Sopa, que abriu o lugar há quatro anos. “A ideiaé ter pouca quantidade de itens únicos, com forte ligaçãocomamoda”,conta.Jánonúmero26,oPalaceteRibeirodaCunha, de arquitetura árabe do século 19, abriga a Embai-xada (embaixadalx.pt),comrestaurantes,lojasdeprodutosartesanais, decoração e moda espalhados por dois andaresdecorados por arcadas. Vale conhecer os produtos de belezaorgânicosdaorganii,ossapatoscooldeArmandoCabral,que agora conta com uma linha feminina, e os objetos esti-losos da Mercado (de acessórios e joias de autor a produtospara casa). Antes de sair, experimente um dos drinques doGin lovers, especialistas em bons drinques com a bebida.Saindodapraça,aavenidamudadenomeparaDomPedroV. A Espaço b (espaco-b.com), no número 120, tem umaseleção que vai de Comme des Garçons a Yohji Yamamoto.Mas dê atenção também a nomes menos conhecidos poraqui, como Sofie D’Hoore, Yoshi Kondo, Annette Görtz eApuntoB,entreoutrasassinaturasquecaminhamnamesmavibe,commuitaalfaiatariaclean,modernaebemconstruída.Na outra margem da avenida, no 111, o mercado de pro-dutos gourmet Sá & Leal merece uma parada rápida paracomprarchocolates,chás,vinhosedoces.ElogoalipertinhoestãoosateliêsdaestilistabósniaLidijaKolovrat (lidijakolo-vrat.com), de Alexandra Moura (alexandramoura.com) e deNuno Gama (nunogama.pt). Se bater fome, vale ter ano-tadonaagenda:a Cevicheria (PedroV,129),dochefKikoMartins, com bons ceviches e empanadas, e a pizzaria ZeroZero (Politécnica, 32), que trouxe pizzaiolos e ingredientesdiretamente de Nápoles para garantir o vero sabor italiano.
c a p i ta l c u l tApesardessanovaface,Lisboanãoperdeuseuladotradicio-nal. Passado e presente encontraram o equilíbrio por aqui.O amor às coisas portuguesas continua presente e algunsdos ícones populares ganharam status de cult. Tanto que aa Vida Portuguesa (avidaportuguesa.com)vivedetrans-formarantigasreferênciasemobjetosdodesejo.Naunidadedo Chiado ou no Intendente, suas prateleiras estão cheiasde mimos, como as andorinhas de cerâmica de Bordalo Pi-nheiro,ossabonetesAchBritoeClausPorto(ospreferidosdaapresentadoraOprahWinfrey),osbordadosdeVianadoCasteloeasmantasalentejanas,entreoutrosachados.Tudocomumolharfresh.Nomesmoestilo,aburel(burelfactory.com), também no Chiado, deu vida nova às clássicas lãs daSerradaEstrela.Alémdotecidoqueemprestaonomeàloja,tweeds, tartãs e pied de poule estão em mantas, cachecóise peças de decoração. Um achado superfofo? As almofadasde bondinhos recortados de lã amarela.Asfamosasconservassãooutroprodutoantigoquevolta-ramàmoda.EsqueçaaslatinhasqueconhecemosnoBrasil.Eváalémdastradicionaissardinhas(ótimas,porsinal).Ex-perimente as de bacalhau, enguia, mexilhão, polvo, maris-cos,carapaus,lagostas...Sãofáceisdeencontrarpelacidade,mas dois endereços são obrigatórios: a Conserveira de
lisboa (conserveiradelisboa.pt), tradicionalíssima, funda-da em 1930, que trabalha com as marcas Tricana, Prata doMar e Minor, e a loja das Conservas (Rua do Arsenal,130), criada há dois anos para promover a produção de 18empresas conserveiras. Um bônus: as embalagens lindas!Quer provar antes? Vá até a Praça do Comércio, pertinhodeondeestãoasduaslojas.Ali,orestauranteCan the Can(canthecanlisboa.com)usaasconservasemversõesgourmet.Experimente a tiborna de bacalhau – uma espécie de brus-chetta que vale por um almoço leve. Delícia!Não longe dali encontra-se o Mude (www.mude.pt),Museu do Design e da Moda, imperdível para quem amaosdoistemas.Inauguradoem2009,eleabrigaacoleçãode1 362 itens de Francisco Capelo no prédio do antigo Ban-co Nacional Ultramarino. Peças icônicas de McQueen,Balenciaga, Dior, Vivienne Westwood, Courrèges e PacoRabanne, entre outros, dividem espaço com grifes de ar-quitetura e design, como Le Corbusier e Charles Eames,sugerindo um diálogo interessante entre moda e design,luxo e alta-costura. Até o fim de 2017, os seis pisos devemganhar restaurante panorâmico no terraço, cafeteria, lojacom objetos de design e espaço para oficinas. Em umafrase: incrível agora, melhor muito em breve.
Almofada com
bondinhos recortados
da Burel. Ao lado,
detalhe da PR 21 e a
Cevicheria, ambas no
bairro Príncipe Real.
Look de emilio
Pucci, de 1960,
ao lado de vespa,
no mude. À dir.,
restaurante Can
the Can e latarias
da Conserveira.
FoToseLiaNasaNChesedivuLgação
FoToJoaNaviaNa
www.elle.com.br 251 eLLe
Lisboa Vista de Fora |
TURISMODELISBOA|
33
L
todas as grandes marcas de luxo internacional
e lojas multi-marca. É nesta ampla alameda
que também se pode aproveitar um dos mui-
tos quiosques para descansar, enquanto se bebe
um copo de vinho ou um café, podendo ouvir-se
música ao vivo ao fim-de-semana.
Deixando para trás a baixa lisboeta, um dos ro-
teiros mais turísticos da cidade, a sugestão se-
guinte é subir para o Bairro Alto, passando pela
rua Dom Pedro V até chegar ao Príncipe Real.
Todo este circuito fica numa das zonas mais
históricas, conhecida pelos bares e antiquários.
Hoje, após um grande projeto de rejuvenes-
cimento, acolhe galerias multimarca, indoor
markets, lojas de arte e decoração, entre tantos
outros conceitos capazes de atrair habitantes
locais e estrangeiros. É também aí que encon-
tram vários restaurantes da moda e lojas com
produtos gourmet (como chocolate, chás, vinho
ou doces).
Apesar desta faceta mais moderna, Lisboa é
uma cidade com uma grande história, pelo
que a jornalista mostra este equilíbrio e como
é apreciado, sendo referidas algumas das atra-
ções mais emblemáticas como os Jerónimos, o
bairro histórico de Alfama, as colinas e os elé-
tricos, o Fado e o rio Tejo. Adicionalmente, é
sugerido um roteiro de lojas em que se vê “o
amor às coisas portuguesas” e que foram capa-
zes “de transformar antigas referências em ob-
jetos de desejo” como os sabonetes Ach Brito,
peças de cerâmica Bordalo Pinheiro, bordados
ou mantas, entre tantas outras peças. Algumas
dessas lojas encontram-se em duas das zonas
mais emblemáticas da cidade, o Chiado ou o
Largo do Intendente. Quase a fechar o artigo, a
jornalista sugere ainda um passeio pelo Terreiro
do Paço onde é possível provar alguns petiscos
portugueses, como as tradicionais conservas, e
aí perto merece uma visita o MUDE - Museu do
Design e da Moda, “imperdível para quem ama
os dois temas”.
T | Tesouros
|TURISMODELISBOA
34
CONVENTO DA ARRÁBIDA
LOCAL DE CULTO QUE NASCEU
DE UMA PROMESSA
Construído no século XVI, o Convento da Arrábida destaca-se
pela sua beleza natural e ímpar. Localizado numa área que abrange
25 hectares, na encosta da serra e com uma vista privilegiada sobre
o Atlântico, inclui o Convento Velho, situado na parte mais elevada,
o Convento Novo, localizado a meia encosta, o Jardim e o Santuário
do Bom Jesus.
da primitiva instalação, o Convento Velho. Ter-
minava desta forma a vida eremítica dos cinco
religiosos e passou a ser possível começar a re-
ceber noviços naquele local.
Nos anos seguintes, a comunidade franciscana
prosperou e modificou-se a espiritualidade dos
frades fundamentada na Regra de S. Francisco
de Assis, na qual S. Pedro de Alcântara teve um
papel relevante.
Foi D. Jorge de Lencastre, filho do primeiro Duque
de Aveiro, que mandou proceder à edificação da
cerca do convento, promoveu uma maior aproxi-
mação das celas dos religiosos, que até então se
encontravam dispersas pela serra, e que iniciou
outras obras que vieram a completar-se apenas
após da sua morte.
O seu primo, D. Álvaro, mandou construir a hos-
pedaria e projetou as guaritas que ligam o con-
vento ao sopé da montanha, deixando, contudo,
três por acabar. Foi depois D. Ana Manique de
Lara, nora de D. Álvaro, que mandou construir
duas capelas, enquanto o filho de D. Álvaro,
D. António de Lencastre, mandou edificar, em
1650, o Santuário do Bom Jesus.
O  Convento Novo ficou assim concluído em
1662, edificado na encosta da serra da Arrábi-
da, do lado sul, com a frente para o mar, sendo
constituído por um agrupamento de pequenas
celas, igrejas e outras dependências. Viria poste-
riormente a integrar uma igreja mais ampla, um
mosteiro com mais oficinas e mais terreno para
cultivo. Até então, incluía também um jardim,
envolvente do Santuário do Bom Jesus e algu-
mas casas onde eram alojados os peregrinos.
De referir que a igreja do Convento era um local
de descanso para algumas das pessoas que se
destacaram pela posição ilustre que tiveram ao
longo da sua vida e pelas suas virtudes.
Como curiosidade fica o registo de uma das len-
das associadas à imagem da Nossa Senhora da
A história do Convento da Arrábida iniciou-se
com um presente de D. João de Lencastre, pri-
meiro duque de Aveiro, a Frei Martinho no final
da década de 1530. Foi assim que a Serra da
Arrábida, onde já existia uma ermida, foi ofe-
recida, por promessa, a Frei Martinho para que
este pudesse levar uma vida de reclusão, dedi-
cando a sua vida à Nossa Senhora da Arrábida.
Frei Martinho de Santa Maria, como passou a
ser chamado, em conjunto com Frei Pedro de
Alcântara, Frei Diogo, Frei João Aquila e Frei Fran-
cisco Pedraita criaram a primeira comunidade do
Convento da Arrábida, vivendo em celas escava-
das nas rochas.
Já tinham decorrido dois anos da vida da comu-
nidade da Arrábida quando, em 1542, o Padre-
-geral da Ordem Franciscana Frei João Calvo
incorporou a ermida na Ordem e autorizou a
construção do Convento Novo, obra iniciada por
D. João de Lencastre – aquele nome distinguia
Tesouros | T
TURISMODELISBOA|
35
As visitas ao Convento Novo realizam-se,
mediante marcação prévia, nos seguintes
dias: quartas-feiras, sábados e domingos.
Entrada: 5€
Grupos com mais de 15 pessoas:
3€ por visitante
Crianças até 6 anos: Gratuito
Estudantes e maiores de 65 anos: 3€
Informação útil
Preços
Arrábida existente na Ermida da Memória. Se-
gundo a história, esta foi trazida para o Convento
Novo quando este se fundou, mas três vezes se
ausentou para o local a que pertencia. A nova
imagem era de pedra, estava sentada numa
cadeira e tinha no braço esquerdo um Menino
Jesus que numa das mãos pegava numa ave e
com a outra arrancava um espinho do pé, sinal
da aspereza da vida na serra. Um guardião do
convento achou pouco própria a posição sentada
e resolveu por a imagem de pé, mandando-a
serrar a construir-lhe um meio corpo de madei-
ra. Dado o facto de a mão direita estar pegada
à cadeira, fez-lhe outra, em que pôs um ceptro.
Estas alterações foram, como seria de esperar,
motivo de forte contestação quer por parte dos
frades quer por parte daqueles que se têm inte-
ressado pela história do mosteiro.
Em 1834, a extinção das ordens religiosas fez com
que todo este emblemático património ficasse ao
abandono, causando a sua degradação. Contudo,
devido ao reconhecimento do seu valor histórico
e patrimonial, o Convento foi adquirido pela Casa
de Palmela que optou pela execução de obras de
restauro na década de 40 e 50, já no século XX.
Desde 1990, o convento da Arrábida e a área
na qual este se insere, pertencem ao patrimó-
nio da Fundação Oriente. Foram vendidos por
Manuel de Souza Holstein Beck e entregues à
fundação, uma vez que esta tinha todas as con-
dições necessárias à preservação destes monu-
mentos que representam uma parte da história
de Portugal, e ainda condições para manter em
segurança todos os valores que os antepassados
entregaram aos arrábidos no século XVI.
O Convento da Arrábida é, sem dúvida, um peda-
ço de história e cultura portuguesa marcante, que
deve por este motivo ser preservado e gradual-
mente reconhecido através do desenvolvimento
do turismo interno e externo no nosso país.
As instalações do convento encontram-se
disponíveis para acolher outras instituições
que pretendam efetuar encontros, estudos
ou seminários de cariz cultural, profissio-
nal, cientifico ou de reflexão pessoal.
Para mais informações entre em Contacto
com a Fundação Oriente ou com o Convento
da Arrábida.
Cedência de Instalações
T | Tendências
|TURISMODELISBOA
36
TURISMO EM LISBOA
COMO CONSOLIDAR OS RESULTADOS
E ENFRENTAR OS DESAFIOS
O Turismo na cidade de Lisboa é um fator de dinamização da
economia, que contribui para que a cidade seja cada vez mais
dinâmica, internacional, vibrante e atrativa. A forma como se
quantifica o seu impacto na economia e se adequam necessidades
ou otimizam recursos é um novo caminho a consolidar.
A performance da cidade de Lisboa como des-
tino turístico é claramente um fator de orgulho
da cidade e de Portugal, o que está consubs-
tanciado nos inúmeros prémios que a cidade
tem ganho, como por exemplo; Best short-brake
(Insider Travel Media Awards), European best
Destination (2.º lugar), Melhor Destino de Férias
no Inverno – Vacation Rankings / v.s. News
Travel 2.º lugar) e no 9.º lugar em termos de
taxa de ocupação, no ano de 2015, segundo o
estudo da PwC, European Cities Hotel Forecast,
o qual compara as 19 cidades mais relevantes
em termos turísticos na Europa. Lisboa é ainda
uma das três cidades europeias com maior cres-
cimento do preço médio por quarto (RevPar).
O turismo na cidade de Lisboa é um fator de
dinamização da economia da cidade e antevê-
-se que venha a contribuir como um elemento
para que Lisboa seja, cada vez mais, uma cidade
dinâmica, internacional, vibrante e atrativa. O
sucesso de Lisboa é uma realidade que resulta
de um conjunto de fatores; a cidade e os seus
arredores têm um património histórico, natural,
cultural, ambiental e climático ímpar; os investi-
mentos ajudaram a potenciar esse património,
divulgando o mesmo e simultaneamente crian-
do as condições para receber um número cres-
cente de turistas e a geopolítica internacional,
a fraqueza do euro e uma ligeira recuperação
económica nos maiores mercados emissores,
tornaram o destino particularmente atrativo.
No entanto, a informação disponível, nomeada-
mente a quantitativa sobre o impacto do turismo
na economia e na qualidade de vida da cidade
e do país é limitada, e em alguns casos, insufi-
ciente. Segundo o WEF – Travel Competitiveness
Index 2012 e 2015 -, Portugal é o 87.º país no
que respeita à qualidade e cobertura das esta-
tísticas para o setor do turismo, o que impede
a fundamentação rigorosa de tomada de deci-
são e até a antecipação de alguns desafios que
a cidade enquanto destino turístico vai ter de
enfrentar.
O turismo na cidade é muito mais que o alo-
jamento em hotéis, que as chegadas ao Ae-
roporto de Lisboa, que as visitas às principais
atrações, que as refeições na competitiva e
diversificada oferta de restauração. O turismo
na cidade é também o investimento em nova
oferta, o alojamento local (recentes estimativas
da AHP - Associação de Hotelaria de Portugal -
AHP apontam que já pode representar 40 por
cento da oferta total de alojamento), inúmeras
atividades de animação turística, a oferta de
serviços de educação (o número de estudantes
estrangeiros que estuda e vive em Lisboa tem
vindo a crescer significativamente) e a oferta
de serviços de saúde. É ainda necessário ter em
consideração a chegada de um número cres-
cente de novos residentes, atraídos pelas opor-
tunidades de investimento e pela qualidade de
vida da cidade.
Os contornos e impactos desta dinâmica, que
não se esgota nas referências anteriores, são
em grande parte desconhecidos; não existe in-
formação sobre a mesma e a que existe está
dispersa e não é objeto de sistematização e tra-
tamento, de forma a poder ser usada de forma
efetiva na consolidação dos resultados e em es-
pecial na tomada de decisões para enfrentar os
desafios que vão ser colocados à cidade.
A sustentabilidade do crescimento do Turismo
em Lisboa está dependente da gestão de diver-
sas variáveis e das exigências da “nova popu-
lação”, do impacto do turismo na qualidade de
vida de quem reside na cidade e nas característi-
cas intrínsecas de Lisboa, que constituem fatores
de atração.
A satisfação destas exigências e do equilíbrio
entre a “nova população” e a população local é
um dos desafios dos próximos anos. No presen-
te assiste-se ao impacto positivo da reabilitação
do centro histórico da cidade, mas a mudança
do paradigma da ocupação do espaço vai ter im-
pactos que é necessário estudar e prever.
É também necessário ter em consideração a car-
ga diária do movimento dos turistas nos princi-
pais pontos turísticos da cidade, que se espera
vir a aumentar, pelo que é importante tomar
medidas atempadas, de forma a não originar si-
tuações de rutura do equilíbrio da qualidade de
vida nesses locais.
Urge, assim, para além de organizar e siste-
matizar a informação disponível, recolher de
forma sistemática informação adicional – so-
bre o alojamento local, os percursos efetuados
pelos turistas na cidade (existe metodologia e
tecnologia para o fazer) de forma a identificar,
com antecipação, pontos de saturação ou mes-
mo de rutura e criar soluções alternativas antes
Tendências | T
TURISMODELISBOA|
37
da sua ocorrência, sobre o ritmo de “proces-
samento” de turistas pelas principais atrações
turísticas (melhorando o mesmo e a própria ex-
periência do visitante), a mobilidade do turista
na cidade e na grande Lisboa (comunicando a
diversidade da oferta e melhorando a mesma),
de forma a aliviar a concentração dos mesmos
nalguns pontos que, sendo de interesse, não
são obrigatórios para alguns segmentos da pro-
cura, o impacto económico de alguns eventos
por entidades independentes e com know-how
específico.
Há que criar novos produtos e novas ofertas,
que fomentarão a repetição das visitas mas des-
congestionando os pontos sensíveis em termos
de carga. Trabalhar “em rede”, de uma forma
consistente para, articulando as disponibilidades
e os interesses de cada um dos stakeholders
públicos e privados, levar à consolidação dos
resultados e à adequada resposta aos desafios.
Estamos a tempo de dar corpo a este trabalho,
de forma a evitar situações de rutura ou de pré
rutura, que já se estão a verificar noutras cida-
des e destinos europeus, cujas consequências
poderão ser importantes para o setor e para a
economia nacional, que tem uma oportunidade
relevante para gerar crescimento, emprego e in-
vestimento na melhoria das condições de vida
da população local.
As questões acima são importantes, pelo que
é necessário agir ou seja, decidir, trabalhar e
produzir resultados, a Cidade e o País assim o
requerem.
“É bom comemorar o sucesso, mas é importante
prestar atenção às lições do passado” (Bill Gates).
César Gonçalves
Partner da PwC |Tourism Leader
| Relatório de Atividades
|TURISMODELISBOA
38
R
abril 2016
ASSOCIATIVISMO
ÓRGÃOS SOCIAIS
ATIVIDADES INSTITUCIONAIS
> Dia 7 de abril – Inauguração do Peixe em Lisboa 2016;
> De 7 a 17 de abril - Peixe em Lisboa 2016;
> Dia 8 de abril – Reunião de Direção;
> Dia 14 de abril – Assembleia Geral da Rota de Vinhos da Península de Setúbal;
> Dia 15 de abril – Jantar Fórum Turismo Portugal Tourism Challenge 2016;
> Dia 27 de abril – Reunião de Direção;
> Dia 27 de abril – Assembleia Geral Ordinária;
> Dia 27 de abril – Assembleia Geral Eleitoral.
DESENVOLVIMENTO DO ASSOCIATIVISMO
REVISTA DO TURISMO DE LISBOA
Edição do 148.º número da Revista Institucional do Turismo de Lisboa.
Esta publicação foi enviada para os Associados, Delegações do TdP, lista
institucional do TL, Organismos Oficiais ligados ao turismo, trade do setor,
imprensa especializada. A Revista tem uma aplicação para iPad.
CONSULTA A ASSOCIADOS
Durante o mês de março foram feitas as seguintes consultas:
Alojamento 29
Restaurantes 16
Agências de Viagem 8
Passeios e Circuitos 3
Transferes 3
Guias 1
Fado 1
Gastronomia e Vinhos 2
TOTAL 63
GESTÃO DOS PROCESSOS DE ADESÃO
Durante o presente mês foram enviadas 6 cartas de captação de membros
associados, entre as quais se destacam 3 empresas de Passeios e Circuitos
Turísticos, 1 Agência de Viagens, 1 empresa de Rent-a-Car e 1 Fornecedor
de Bens e Prestador de Serviço.
Durante o mês de abril foram enviadas 59 propostas de adesão.
OUTROS
Atualização contínua dos associados nas bases de dados, no site e nas
publicações Follow Me e RTL.
MAILINGS ENVIADOS
Durante o mês de abril foram enviados os seguintes mailings:
> Mapa de ligações aéreas para Lisboa;
> Follow Me via email;
> Boletim LSC;
> “Peixe em Lisboa 2016”;
> “Convite PwC: European Cities Hotel Forecast for 2016 and 2017”;
> “Convocatória e OT para AG” (Efectivos);
> “Cluster Dorothy - Projeto piloto de logística urbana e turismo de
compras” (Observatório – Hotéis de 4* e 5* em Lisboa).
PROMOÇÃO TURÍSTICA
PROMOÇÃO DO DESTINO – AÇÕES MULTIPRODUTOS
CANAIS ONLINE
DESENVOLVIMENTO E MANUTENÇÃO DO SITE
> Adaptação de imagens aos diferentes formatos;
> Adaptação de textos e hiperligações;
> Seleção e adaptação de conteúdos para a homepage;
> Introdução dos PDF’s das publicações mensais;
> Produção do novo site.
PROMOÇÃO NOS MOTORES DE BUSCA
> Implementação da campanha de search.
PROMOÇÃO EM SITES DE VIAGEM
> Avaliação das propostas online feitas ao mercado.
REDES SOCIAIS
> Posts Facebook: 40
> Tweets Twitter: 54
VISITAS AO SITE: 92 376
Participação do Destino em certames generalistas (FITUR, ABAV,
ITB, WTM, e MITT)
MULTIMERCADOS - Gestão da participação da ARPT Lisboa e do seu trade
nos certames internacionais de 2016, através do portal Feiras do TdP.
PROMOÇÃO CITY & SHORT BREAKS
PRESS TRIPS E AÇÕES COM MEDIA
ALEMANHA – Revista “Focus”, em colaboração com o TP. Programa
realizado na Região de Lisboa. Presente 1 elemento;
ALEMANHA – Jornalista freelance – Ekkehart Eichler. Programa realizado
em Lisboa. Presentes 2 elementos;
ALEMANHA – Revista “Brigitte”, em colaboração com o TP. Programa
realizado em Lisboa. Presente 1 elemento;
ARGENTINA – Jornalista freelance – Luís Angio. Programa realizado em
Lisboa. Presente 1 elemento;
País de
Origem
Sessões
% Novas
sessões
Novos
Utilizadores
Duração
média
da sessão
92.376 81,63% 75.405 00:02:14
1 Portugal 35.238 78,1% 27.513 00:01:38
2 Brasil 8.928 83,4% 7.447 00:02:11
3 França 7.885 82,5% 6.507 00:03:08
4 Alemanha 6.657 85,2% 5.671 00:02:52
5 Espanha 5.746 84,5% 4.856 00:02:42
6 Itália 5.281 83,5% 4.411 00:03:00
7 Reino Unido 4.940 85,3% 4.213 00:02:08
8
Estados
Unidos
2.899 88,6% 2.567 00:01:46
9 Holanda 1.442 81,5% 1.175 00:02:42
10 Bélgica 1.333 82,0% 1.093 00:02:58
Relatório de Atividades |
TURISMODELISBOA|
39
R
BRASIL – Revista “Viagens e Turismo”. Programa realizado em Lisboa e na
Região de Lisboa. Presente 1 elementos;
BRASIL – Jornal “Diário Catarinense”. Programa realizado em Lisboa.
Presente 1 elemento;
ESPANHA – Jornalista Freelance – Juan Antonio Narro. Programa realizado
em Lisboa. Presente 1 elemento;
ESPANHA – Jornal online “Expresso” - programa realizado em Lisboa.
Presentes 2 elementos;
ESPANHA – Jornal “ABC”. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento;
ESPANHA – Jornalista freelance – Jorge Guitián. Programa realizado em
Lisboa. Presente 1 elemento;
EUA – “Grupo Corinthia”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 7
elementos, dos seguintes meios de comunicação: “Travel Write Draw
Blog”; “Travel Blog Bon Traveler”; “Portal Jetsetter”; “Revista Travel”;
“Revista National Geographic”; “Revista Bella”;
EUA – TV “House Hunters”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 6
elementos;
EUA – Revista de bordo “United Airlines”. Programa realizado em Lisboa.
Presente 1 elemento;
EUA – Revista online. “About.com Sustainable”. Programa realizado em
Lisboa. Presente 1 elemento;
FRANÇA – Revista “Le Parisien Magazine”. Programa realizado em Lisboa.
Presente 1 elemento;
FRANÇA – Ação Rádio “FG”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 2
elementos;
FRANÇA – Guia “Le Petite Futée Brestoise”. Programa realizado em Lisboa.
Presentes 2 elementos;
FRANÇA – TV “TF1”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 3 elementos;
FRANÇA – Revista “Le quotidien du Tourisme”, em colaboração com o TP.
Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento;
FRANÇA – Blogue: “La Petite Futée Brestoise”. Programa realizado em
Lisboa. Presentes 2 elementos;
FRANÇA – Revista “Air France Magazine”. Programa realizado em Lisboa.
Presente 1 elemento;
FRANÇA – Revista “Fashizblack”. Programa realizado em Lisboa. Presentes
6 elementos;
FRANÇA – Revista “MAdorf”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 2
elementos;
HOLANDA – Revista “Link Magazine”. Programa realizado na Região de
Lisboa. Presentes 2 elementos;
HOLANDA – “Ruta Ibérica”. Programa realizado na Região de Lisboa.
Presentes 2 elementos;
ÍNDIA – Jornalista freelance – Divanshi Mody. Programa realizado em
Lisboa. Presente 1 elemento;
Itália – Jornalista freelance – Anna Mayer. Programa realizado em Lisboa.
Presente 1 elemento;
NORUEGA – “Bjorn Moholdt”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 2
elementos;
REPÚBLICA CHECA – Revista “ELLE”. Programa realizado em Lisboa.
Presentes 8 elementos;
REINO UNIDO – Revista “Cruise International”. Programa realizado em
Lisboa. Presente 1 elemento;
REINO UNIDO – Vídeo promocional “Monarch Airways”, em colaboração
com o TP. Programa realizado em Lisboa. Presentes 2 elementos;
REINO UNIDO – “BBC Radio”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 2
elementos;
REINO UNIDO – Jornal “The Independent”, em colaboração com o TP.
Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento;
REINO UNIDO – Guia “Rough Guides”, em colaboração com o TP. Programa
realizado na região de Lisboa. Presente 1 elemento;
REINO UNIDO – Jornal “The Guardian”. Programa realizado em Lisboa.
Presente 1 elemento;
REINO UNIDO – Revista “Little White Lies”. Programa realizado em Lisboa.
Presente 1 elemento;
SUÉCIA – Jornalista Freelance – Dagens Nyheter – em colaboração com o
TP. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento;
TAILÂNDIA – Revista “Living etc”. Programa realizado em Lisboa e na
Região de Lisboa. Presentes 2 elementos.
Parcerias com Operadores Turísticos
HOLANDA – Parceria de promoção com operador “TUI - NL”.
Fam Trips com Operadores e Agentes de Viagens
MULTIMERCADOS – Fam trip “Encontro com Operadores Lisboa – I”.
Programa realizado em Lisboa. Presentes 22 participantes;
MULTIMERCADOS – Fam trip “AEHL”. Programa realizado em Lisboa.
Presentes 37 participantes;
ALEMANHA - Fam trip “Thomas Cook/Dianatours”. Programa realizado em
Lisboa. Presentes 26 participantes.
APOIO MEIOS DE COMUNICAÇÂO
ALEMANHA – Revista “Merian”;
ESPANHA – Revista “Glamour”;
ESPANHA – Revista “Mujer Hoy”;
EUA – Jornalista freelance “http://jbcanepa.com”;
FRANÇA – Portal “Class Tourisme”;
FRANÇA – Revista “Le Filon Mag”;
FRANÇA – Revista “M Sainte”;
FRANÇA – Revista “Whisky Magazine & Fine Spirits”;
ITÁLIA – Jornal “Il Giornale”;
ITÁLIA – Revista “Polo Weekend Premium”;
POLÓNIA – Revista “Lost in Fashion”;
REINO UNIDO – Revista “Food and Travel Magazine”;
REINO UNIDO – Guia “Hg2”;
REINO UNIDO – Revista “BA the executive lounge magazine”;
REINO UNIDO – Revista “Easyjet Traveller”;
REINO UNIDO – Revista online “Hero & Leander”;
REINO UNIDO – Guia “Lonely Planet”.
ENTREVISTAS
ESPANHA – Rádio “Canal Extremadura/Peixe em Lisboa”;
ESPANHA – Rádio “Canal Extremadura/Indie”.
PROMOÇÃO MI – MEETINGS INDUSTRY
Participação Institucional em certames
especializados de MI (EIBTM, IMEX Frankfurt, IMEX
América e C&IT)
IMEX Frankfurt – 13.ª edição da IMEX. Presentes 33 empresas
Associados do TL. Presentes 2 representantes do LCB, no módulo de
Destino LCB, com 2 agendas de reunião.
| Relatório de Atividades
|TURISMODELISBOA
40
R
PROMOÇÃO E APOIO A CONGRESSOS E INCENTIVOS
WTA 2018 – Candidatura de Lisboa;
EADV 2020 – Candidatura de Lisboa.
APOIO A EDIÇÕES EM LISBOA
Colloqium ISEG 2016.
Campanha de Publicidade Específica
Análise das propostas recebidas para este ano;
Produção de peças criativas para a campanha.
Fam Trips
Mercado EUA – Ação iniciativa do Associado Abreu. Apoio do LCB com
jantar em restaurante associado;
Mercado EUA – Ação iniciativa do Associado Oásis. Apoio do LCB com
jantar em restaurante associado;
Mercado Austrália – Ação iniciativa do associado PTT. Apoio do LCB
com jantar em restaurante associado;
Mercado México – Ação iniciativa do associado AIM em parceria com
o Corinthia e TAP Portugal. Apoio do LCB com almoço em restaurante
associado.
Visitas de Inspeção
Argentina Leisure Express Abril.
PROMOÇÃO GOLFE
CAMPANHA DE PUBLICIDADE ESPECÍFICA
Implementação da campanha online;
Produção de banners.
Press Trips
HOLANDA – Press Trip “Zin”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 2
elementos;
REINO UNIDO - Press Trip “Today’s Golfer”. Programa realizado em Lisboa
e na Região de Lisboa. Presente 1 elemento.
PROMOÇÃO DE OUTROS PRODUTOS
Cruzeiros
Parceria com agente do setor/operador de cruzeiros Pullmantur;
Parceria com agente do setor/publicação de cruzeiros Intotheblue Media.
Housing
Avaliação das propostas recebidas.
Birdwatching
Elaboração de plano de Meios – Imprensa & Online.
PLANO DE COMERCIALIZAÇÃO E VENDAS
PARTICIPAÇÃO DAS EMPRESAS EM FEIRAS E OUTROS
CERTAMES (FITUR,ABAV, ITB, WTM, VAKANTIBEURS, MITT, TTG
INCONTRI, EIBTM, IMEX FRANKFURT, IMEX, AMÉRICA, IGTM,
BMW OPEN, SCANDINAVIAN MASTERS E OUTROS CERTAMES)
MULTIMERCADOS - Gestão da participação da ARPT Lisboa e do seu trade
nos certames internacionais de 2016, através do portal Feiras do TdP.
Workshops City & Short Breaks
Encontro com Operadores/Workshop Lisboa – I. Organização e produção.
Presentes 22 empresas (buyers) e 20 empresas associadas (suppliers).
Sales Blitz MI
Mercado Alemanha – Iniciativa do LCB com a presença de uma Equipa
de 3 Associados LCB, respetivamente - Hotel Cascais Miragem, Hotel Lisboa
Marriott, Cititravel DMC. A ação decorreu em Munique, com 11 reuniões.
Organização e acompanhamento da exclusiva responsabilidade do LCB.
PROGRAMA DA INICIATIVA
DAS EMPRESAS
Programas com grupos de empresas
Receção de propostas dos seguintes grupos de associados:
Haliotis/Hotel do Mar.
PROGRAMAS COM EMPRESAS INDIVIDUAIS
Receção de propostas dos seguintes associados:
APL.
MELHORIA DA INFORMAÇÃO
E QUALIDADE DE SERVIÇO
PRODUTOS PARA TURISTAS
LISBOA STORY CENTRE: 8.492 visitantes
ARCO DA RUA AUGUSTA: 16.033 visitantes
INFORMAÇÃO TURÍSTICA
TURISTAS ATENDIDOS: 171.703
PEDIDOS DE INFORMAÇÃO ESCRITOS RESPONDIDOS: 202
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
DE EXPERIÊNCIAS MULTICENTRALIDADE
LISBOA CARD: 14.834 cartões vendidos
MITOS E LENDAS DE SINTRA: 786 visitantes
Roteiros “Lisbon Stories”
Roteiro do Palácio dos Marqueses de Pombal – Pesquisa para produção
de guião indicativo para um roteiro.
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
DA CENTRALIDADE DE LISBOA
Desenvolvimento de Ofertas ligadas aos
miradouros e Cristo-Rei (Almada)
Reunião com a Câmara Municipal de Almada sobre a execução dos projetos
no eixo Cacilhas – Cristo Rei.
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
DA CENTRALIDADE DA ARRÁBIDA
Estruturação do produto, Turismo de Natureza
e Gastronomia e Vinhos
Reunião do Grupo de Trabalho do Turismo de Natureza.
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
DA CENTRALIDADE O ARCO DO TEJO
Estruturação do produto, Turismo de Natureza
e Gastronomia e Vinhos
Reunião com a Câmara Municipal do Montijo referente a um projeto com
conteúdos ligados ao Turismo Náutico.
Revista Turismo de Lisboa May16
Revista Turismo de Lisboa May16
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  • 1. TURISMODELISBOA| 1 N . º 1 4 9 | m a i o | 2 0 1 6 David Bernardo managing partner da LITS ebusiness Nova plataforma digital traz vantagens aos associados tomada de posse Corpos sociais ATL 2016-2019 ICCA no top 10 das cidades mais requisitadas para congressos MAIO 2015 OBSERVATÓRIO DO TURISMO DE LISBOA Índice LISBOA 1429 abril 2016 OBSERVATÓRIO DO TURISMO DE LISBOA Índice LISBOA xxxx
  • 2. 16
  • 3. 3418 36 4 EDITORIAL A competitividade movida por destinos congéneres é grande, mas confia-se no sucesso do compromisso que assumimos, cientes da riqueza e qualidade da nossa oferta e da validade das linhas estratégicas que nos propusemos seguir dando continuidade ao reforço do posicionamento de Lisboa em alguns mercados e partindo à conquista de outros. Para isso contamos com todos para assim irmos mais longe. 5 NACIONAL Os novos Corpos Sociais da Associação Turismo de Lisboa do triénio 2016- 2019 tomaram posse no passado dia 12 de maio e manifestaram o total empenho e disponibilidade para fazer crescer e consolidar Lisboa entre os melhores destinos, com base numa oferta turística diversificada e de qualidade. 18 ENTREVISTA Melhorar a experiência de cada turista, personalizando-a, é o objetivo da nova app que a Associação Turismo de Lisboa (ATL) se prepara para lançar, o que tornará a cidade pioneira a nível mundial neste tipo de solução. Mas a maior inovação é, sem dúvida, a plataforma de gestão do turismo da ci- dade, na qual todos os associados da ATL poderão participar e assim obter vantagens, garante David Bernardo, managing partner da LITS ebusiness que, em colaboração com a Associação, está a desenvolver este projeto. 31 boletim interno O Centro Interpretativo Mitos e Lendas de Sintra é uma das principais atrações turísticas desta vila romântica, localizada a poucos quilómetros de Lisboa, prestes a comemorar um ano de atividade. A funcionar no edifício do Posto de Turismo é, nesse local, que os visitantes são convidados a descobrir o misticismo, os se- gredos e o romantismo de Sintra, numa viagem que cruza história, música e li- teratura, recorrendo a cenografia, técnicas multimédia e experiências sensoriais. 32 LISBOA VISTA DE FORA A edição brasileira da revista Elle, conceituada publicação especializada em moda, publicou uma reportagem alargada dedicada à capital portuguesa intitulada “Lisboa. O melhor destino de 2016”. Em 8 páginas, detalha-se como é que “outra Lisboa, tão atraente quanto a antiga está em ebulição”. 34 tesouros Construído no século XVI, o Convento da Arrábida destaca-se pela sua be- leza natural e ímpar. Localizado numa área que abrange 25 hectares, na encosta da serra e com uma vista privilegiada sobre o Atlântico, inclui o Convento Velho, situado na parte mais elevada, o Convento Novo, localiza- do a meia encosta, o Jardim e o Santuário do Bom Jesus. 36 tendências O Turismo na cidade de Lisboa é um fator de dinamização da economia, que contribui para que a cidade seja cada vez mais dinâmica, interna- cional, vibrante e atrativa. A forma como se quantifica o seu impacto na economia e se adequam necessidades ou otimizam recursos é um novo caminho a consolidar. 42 MARKET PLACE Lisboa surpreende quem a visita e quem nela habita pela multiplicidade da oferta que, constantemente reinventada, adapta-se a todos os gostos e supera expetativas. 50 A NÃO PERDER Destaques da agenda cultural em Lisboa, com detalhes sobre exposições, concertos, musicais, entre muitas outras sugestões que prometem uma passagem animada por Lisboa. 05
  • 4. |TURISMODELISBOA 4 Os Órgãos Sociais da nossa Associação acabam de tomar posse para o triénio 2016-2019, um período que se perspetiva de grande dinamismo e que iniciamos com empenho e entusiamo, na prossecução do objetivo que desde sempre tem norteado a ATL: a promoção de Lisboa. A competitividade movida por destinos congé- neres é grande, mas confia-se no sucesso do compromisso que assumimos, cientes da rique- za e qualidade da nossa oferta e da validade das linhas estratégicas que nos propusemos seguir dando continuidade ao reforço do posiciona- mento de Lisboa em alguns mercados e par- tindo à conquista de outros. Para isso contamos com todos para assim irmos mais longe. Lisboa tem condições para progredir enquanto destino turístico, multifacetado e apto para cor- responder às expetativas de cada turista. Graças à capacidade de inovação e de empreendedoris- mo de quantos trabalham pela notoriedade de Lisboa, o afluxo turístico ao destino tem aumen- tado. Vamos continuar a trabalhar neste senti- do, promovendo Lisboa quer através dos meios convencionais, quer através da mais recente e inovadora tecnologia digital. Estamos à frente e queremos continuar à frente. Têm sido múltiplos os prémios e reconhecimen- tos que Lisboa vem justificando; neste contexto, não posso deixar de destacar o posicionamento de Lisboa também enquanto destino anfitrião de congressos. A capital portuguesa subiu três lugares no ranking da ICCA, passando a fazer parte do Top 10, o que atesta a excelência da sua oferta. Versatilidade, qualidade da oferta, inovação e arte de bem receber são alguns dos apanágios Estamos confiantes no sucesso do compromisso que assumimos Continuar a promover Lisboa quer através dos meios convencionais, quer através da mais recente e inovadora tecnologia digital Lisboa no Top 10 da ICCA O Montijo surge como a alternativa complementar à Portela O relógio não para e a concorrência é muita E | Editorial Jorge Ponce de Leão Presidente Adjunto do Turismo de Lisboa caraterísticos de Lisboa, que têm permitido que o destino, mais do que consolidar-se, continue a crescer. Porém, o tão desejado e necessário crescimento, sinónimo de sustentabilidade e, por conseguinte, de um futuro mais promissor, depende, como se sabe, da existência e manu- tenção de condições que garantam a competiti- vidade do destino. Numa época em que as pessoas viajam cada vez mais, seja em trabalho ou lazer, a qualidade da oferta aeroportuária revela-se fundamental se queremos continuar referenciados como des- tino de excelência. Vencedora do prémio “Best City or Short Break” com que Lisboa foi galar- doada pelos Travel Media constitui não apenas um fator de regozijo mas também um tremendo desafio. Os 20 milhões de passageiros regista- dos em 2015 no Aeroporto Humberto Delgado, um novo recorde, voltaram a trazer a lume a necessidade de criar oferta adicional, com carac- terísticas que permitam alavancar as vantagens competitivas que neste aspeto Lisboa tem usu- fruído. O aproveitamento para uso civil da Base Aérea do Montijo surge assim como a alternati- va, complementar à Portela, para permitir não só o reforço da qualidade da capacidade aero- portuária disponível, como também o aumento de capacidade que, a bem da nossa Economia, se perspetiva necessária e que tanta falta faz. Há, pois, que decidir com clarividência, mas também agir com rapidez. É que o relógio não para e a concorrência é muita.
  • 5. NNacional | TURISMODELISBOA| 5 ASSOCIAÇÃO TURISMO DE LISBOA TOMADA DE POSSE DOS CORPOS SOCIAIS 2016-2019 Os novos Corpos Sociais da Associação Turismo de Lisboa do triénio 2016-2019 tomaram posse no passado dia 12 de maio e manifestaram o to- tal empenho e disponibilidade para fazer crescer e consolidar Lisboa entre os melhores destinos, com base numa oferta turística diversificada e de qualidade. O mandato que agora se inicia tem como prin- cipal desafio aumentar a atratividade de Lisboa através do dinamismo e da inovação, com as ati- vidades centradas em programas que incluem o associativismo, a promoção turística, a melhoria da informação e da experiência dos turistas e o desen- volvimento das centralidades turísticas da Região. A estratégia de promoção turística de Lisboa passa por constituir uma intervenção cada vez mais forte, coesa e competitiva, contribuindo para o aumento de fluxos financeiros, captação de receitas externas, criação de emprego e rea- bilitação urbana. Os membros dos diversos órgãos dos Corpos So- ciais da ATL (Direção, Mesa da Assembleia Geral e Conselho Fiscal) foram empossados pelo presi- dente da Mesa da Assembleia Geral, o Comen- dador Rui Horta, que na sua intervenção lembrou que, em 1997, “quando decidimos avançar com a ATL, uns encararam com desconfiança e outros decidiram esperar para ver, e passámos da teo- ria à prática». «Foi muito trabalho, muito consen- so, mas hoje os resultados da estratégia então delineada estão à vista», constatou Rui Horta, concluindo que, apesar dos que «com ligeireza apontam os perigos de uma turistificação”, há que dar continuidade a este trabalho. Na cerimónia de tomada de posse, Fernando Medina, na dupla qualidade de presidente da Câmara Municipal de Lisboa e da Direção da ATL, sublinhou o sucesso da ATL enquanto  parceria público-privada, a quem se devem “os resulta- dos de crescimento que hoje temos e que fazem de Lisboa uma cidade melhor”. Sobre o trabalho futuro da ATL, o autarca foi perentório, indicando que “queremos conti- nuar a crescer, queremos mais turistas e que cada turista traga mais valor para a cidade”, considerando que o crescimento deve manter “elementos de identidade e autenticidade, apostando na inovação para promover sus- tentadamente o turismo”. Antes de finalizar, Fernando Medina ainda destacou a importân- cia de “adaptar a cidade ao número eleva- do de turistas, que traz um incrível impacto positivo quer à inovação da  economia, que permitiu passarmos melhor pela crise, quer ao nível do emprego, da reabilitação urba- na, da cultura e da sociedade”. Para o efeito, é preciso “promover novos pólos de atração e animação, continuar a requalificar o espaço público e a criar novos equipamentos cultu- rais”. Mas esta “necessidade permanente de inventar” para promover o turismo terá que ser acompanhada por um “processo perma- nente de adaptação entre o turismo e a qua- lidade de vida dos habitantes”. Comendador Rui Horta Rui de Sousa com Fernando Medina Tomada de Posse - Órgãos Sociais 2016-2019
  • 6. | NacionalN |TURISMODELISBOA 6 Joana Cardoso, o diretor-geral da The Live Company, Álvaro Covões, o vice-Presidente Comercial da TAP, Luiz Mór e o administrador do Hotel Marquês de Pombal, José Marto. Rui Horta, presidente da TopMic, renova o car- go de presidente da Mesa Assembleia Geral do Turismo de Lisboa, que integra ainda o diretor do Museu Nacional de Arte Antiga, António Filipe Pimentel, e o administrador delegado do Grupo Barraqueiro, Martinho Santos Costa. O cargo de presidente do Conselho Fiscal é ocupado por Luís Castanheira Lopes, do Grupo Pestana, em repre- sentação da Pousada de Lisboa. Completam a lista para o Conselho Fiscal a AVIS, representada por Filipe Taveira e o Mosteiro dos Jerónimos, representado por Isabel Cruz Almeida. Mário Machado, que até aqui ocupava o lugar de presidente-adjunto do Turismo de Lisboa, foi o mandatário da lista. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa man- tém-se como presidente da Direção, liderando uma equipa de consenso que integra representantes das principais entidades associadas. Jorge Ponce Leão, administrador-delegado da ANA, é o novo presidente-adjunto da Direção, e Rui Sousa, diretor geral do Hotel Tivoli, o presidente do Convention Bureau. A lista de vogais da Direção conta com o presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, Vitor Costa, o vice-presidente da Câmara Municipal de Sintra, Rui Pereira, o ve- reador da Câmara Municipal de Cascais, Nuno Piteira Lopes, e a vereadora da Câmara Municipal de Mafra, Célia Fernandes. Para representar as Associações do setor, a lista de vogais da Direção integra ainda o vice-presidente da Direção Executiva da AHP, Bernardo Trindade, o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, o diretor-geral da AHRESP, José Manuel Esteves, a presidente da Direção da UACS, Carla Salsinha, e a diretora-geral da Lisboa, Feiras, Congressos e Eventos – FCE/Associação Empresarial, Maria João Rocha de Matos. Completam esta lista o presidente da Direção do NewsMuseum, Luís Paixão Martins, a presi- dente do Conselho de Administração da EGEAC, Fernando Medina Rui Pereira, Luís Paixão Martins e Vítor Costa Nuno Piteira Lopes, José Marto e José Manuel Esteves
  • 7. Turismo de Lisboa - Corpos Sociais 2016-2019 TURISMODELISBOA| 7 NNacional | Direção MESA ASSEMBLEIA GERAL conselho fiscal Rui Horta Presidente Presidente do Conselho de Administração da TopMic Turismo Portugal António Pimentel Secretário Diretor do Museu Nacional de Arte Antiga Martinho Santos Costa Vogal Administrador Delegado da Barraqueiro Transportes Luís Castanheira Lopes Presidente Vogal do Conselho de Administração da Pousada de Lisboa Filipe Taveira Secretário Leisure Sales Manager AVIS Rent-a-Car Isabel Cruz Almeida Vogal Diretora de Serviços do Mosteiro dos Jerónimos Fernando Medina Presidente Presidente da Câmara Municipal de Lisboa Jorge Ponce de Leão Presidente Adjunto Administrador-Delegado da ANA – Aeroportos de Portugal Rui de Sousa Presidente do Convention Bureau Diretor Geral do Hotel Tivoli Vítor Costa Vogal Presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa Bernardo Trindade Vogal Vice-Presidente Direção Executiva da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal Maria João Rocha de Matos Vogal Diretora Geral da Lisboa, Feiras, Congressos e Eventos – FCE Associação Empresarial José Marto Vogal Administrador do Hotel Marquês de Pombal Álvaro Covões Vogal Diretor Geral da The Live Company Joana Gomes Cardoso Vogal Presidente do Conselho de Administração da EGEAC Rui Pereira Vogal Vice-Presidente da Câmara Municipal de Sintra Pedro Costa Ferreira Vogal Presidente da APAVT – Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo Nuno Piteira Lopes Vogal Vereador da Câmara Municipal de Cascais José Manuel Esteves Vogal Diretor Geral da AHRESP – Associação da Hotelaria Restauração e Similares de Portugal Célia Fernandes Vogal Vereadora da Câmara Municipal de Mafra Carla Salsinha Vogal Presidente da Direção da UACS – União das Associações de Comércio e Serviços Luís Paixão Martins Vogal Presidente da Direção do NewsMuseum Luiz Mór Vogal Vice-Presidente Comercial da TAP
  • 8. | NacionalN |TURISMODELISBOA 8 DADOS ICCA REVELAM SUBIDA DE TRÊS POSIÇÕES LISBOA NO TOP 10 DAS CIDADES MAIS REQUISITADAS PARA CONGRESSOS INTERNACIONAIS Lisboa sobe três lugares no ranking mundial das cidades e alcança o top 10 das mais solicitadas para acolher congressos asso- ciativos internacionais em 2015, segundo dados divulgados pela ICCA – Internatio- nal Congress & Convention Association. O 9.º lugar ocupado confirma a afirmação da capital portuguesa enquanto destino de eleição para o acolhimento deste género de iniciativas. Com 145 reuniões associativas realizadas em 2015, a capital portuguesa surge no ranking mundial à frente de Copenhaga, Praga, Ames- terdão e Bruxelas, que ocupam respetiva- mente a 10.ª, a 11.ª, a 12.ª e a 13.ª posição. Em 2014, Lisboa recebeu 109 congressos. Lisboa encontra-se naturalmente na mira e ambição de muitas organizações pela clara oferta de condições particularmente vanta- josas para este segmento, nomeadamente a ótima relação qualidade/preço da hotelaria, a excelência das acessibilidades, as boas li- gações aéreas a qualquer parte do mundo e a privilegiada localização do aeroporto na cidade, com acesso direto ao Metro. Os resultados obtidos no ranking ICCA é o reflexo do esforço promocional que tem vindo a ser desenvolvido junto de mercados estratégicos e prioritários, através de um trabalho contínuo e persistente de promo- ção, indispensável na valorização do mérito de Lisboa, face à forte concorrência. TRAVEL MEDIA AWARDS 2016 CAPITAL PORTUGUESA ELEITA ‘BEST CITY OR SHORT BREAK DESTINATION’ Lisboa foi eleita ‘Best City or Short Break Des- tination’ pelos Travel Media Awards 2016, em Dublin, na Irlanda. O prémio distingue a capital portuguesa como melhor cidade para estadia de curta duração pela sua qualidade e diversidade de serviços em hotéis, restaurantes, museus, locais de diversão e outras atrações turísticas. O prémio Travel Media Awards é o único do se- tor em que a imprensa de viagens é convidada a participar e a votar, distinguindo desta forma as empresas, entidades e organismos que pres- taram os melhores exemplos de boas práticas no Turismo. Organizados pela TravelMedia.ie, uma empresa de relações públicas especialista em Turismo ba- seada em Dublin, na Irlanda, contam este ano com a sua sexta edição. Todas as votações são realizadas por uma auditoria independente e geridas pelo Departamento de Turismo da DIT (Dublin Institute of Technology).
  • 9. NNacional | TURISMODELISBOA| 9 INE PORTUGUESES BATEM RECORDE NAS VIAGENS O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou os dados provisórios referentes às viagens dos portugueses em 2015. Segundo os dados divul- gados, as deslocações turísticas dos habitantes nacionais atingiram os 19,15 milhões, mais 7 por cento face a período homólogo, depois de terem estabilizado (0,2 por cento) entre 2013 e 2014. Segundo o INE, a “visita a familiares ou amigos” foi o principal motivo para viajar, tendo origina- do 8,6 milhões de viagens, mais 44,9 por cen- to em relação a 2014. Já os motivos de “lazer, recreio ou férias” originaram 8,1 milhões, mais 42,2 por cento. Por seu turno, as deslocações «profissionais ou de negócios” atingiram os 1,7 milhões, ou seja, 8,7 por cento das viagens to- tais. Os dados permitem ainda observar que foi durante o mês de agosto que Portugal recebeu mais turistas, dizendo 23,3 por cento respeito à população residente. Seguiu-se julho (14,9 por cento) e dezembro (14,5 por cent). Agosto foi também o mês em que os portugueses mais viajaram com mais de três milhões de viagens, seguindo-se julho e dezembro. PROMOÇÃO INTERNACIONAL TRUNFO PARA ATRAIR TURISTAS O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, numa visita oficial ao Luxemburgo, destacou e defendeu a importância de promo- ver o património e a cultura portuguesa no es- trangeiro, sustentando que é um “trunfo” para atrair mais turismo para Portugal. Este tipo de promoção deve ser entendido como “um convite para que as pessoas se inte- ressem por conhecer melhor Portugal, a histó- ria, o património e a cultura portuguesa”. Em declarações à Lusa, o ministro reforçou que “o património cultural é um dos principais trunfos dos países no Turismo. Os turistas não querem apenas sol e praia, também querem cultura e património”.
  • 10. | NacionalN |TURISMODELISBOA 10 EFEITO PÁSCOA MAIS HÓSPEDES, DORMIDAS E PROVEITOS De acordo com os últimos dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os estabe- lecimentos de alojamento turístico portugueses somaram em março 1,35 milhões de hóspedes (+18 por cento), 3,65 milhões de dormidas (mais 20,3 por cento) e 170,6 milhões de euros de proveitos totais (mais 22,5 por cento), in- cluindo 118,7 milhões de proveitos de aposento. O INE admite dever-se “em parte” ao efeito de calendário da Páscoa, que leva a que apenas no final do quadrimestre as comparações com anos anteriores sejam mais fiáveis. Este ano, com a Páscoa a 27 de março, levan- do a que as férias deste período tenham sido integralmente no mês de março, enquanto em 2015 foi a 5 de abril, levando a que as férias se tenham repartido entre os dois meses, a compa- ração que em março favorece este ano, em abril terá o efeito inverso. No conjunto do primeiro trimestre, que é igual- mente influenciado no sentido da alta pela Páscoa mais cedo, o alojamento turístico portu- guês soma 3,2 milhões de hóspedes (+14,9 por cento que no período homólogo de 2015), 8,34 milhões de dormidas (+16 por cento) e 394,3 milhões de euros de proveitos totais (+19,7 por cento), incluindo 272 milhões de proveitos de aposento (+21,5 por cento). TURISMO EM LISBOA RECEITA BRUTA DE 3.500M€ / ANO De acordo com o presidente da Câmara Muni- cipal de Lisboa, Fernando Medina, o turismo na capital portuguesa já vale 3.500 milhões de eu- ros por ano em receita bruta. Em declarações proferidas durante o VI Congresso da APED - As- sociação Portuguesa de Empresas de Distribui- ção, numa mesa redonda sob o mote “Crescer com o Consumidor”, o responsável evidenciou ainda que “o setor do turismo em Lisboa, do ponto de vista da exportação, se considerarmos a venda que é feita a estrangeiros que chegam hoje a Lisboa, é superior a todo o setor do cal- çado”. Já Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, destacou três pontos que devem ser considerados quando se discute o que é o me- lhor retalho para o turismo. São eles, “a questão da experiência”, “a complementaridade” e, por último, “o estar atento ao novo consumidor”.
  • 11. NNacional | TURISMODELISBOA| 11 THE TALL SHIPS RACES GIGANTES DO MAR “INVADEM” LISBOA A capital portuguesa está em contagem decres- cente para receber os grandes veleiros que vão participar na The Tall Ships Races Lisboa 2016, o maior evento náutico que acontece este ano no nosso país. Esta edição da regata comemora o 60.º aniversário e vai realizar-se entre os dias 22 e 25 de julho, no Terminal de Cruzeiros entre Santa Apolónia e o Terreiro do Paço, propondo quatro dias, totalmente gratuitos, em que os vi- sitantes vão poder viver uma experiência com- pleta e envolvente ao nível dos cinco sentidos. Ao longo do rio e das embarcações, estender- -se-á o Passeio dos 7 Mares dividido por zonas que terão várias atividades culturais e recreati- vas, desde concertos, workshops, exposições, entre muitas outras atrações. LISBOA SEDE DAS COMEMORAÇÕES DO 10 DE JUNHO Segundo nota divulgada na página oficial da Presidência da República, foi  publicado em Diário da República o despacho assinado pelo chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, que “designa Lisboa como sede, no ano de 2016, das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas”. Nessa nota é ainda referido que, para a or- ganização das comemorações, é constituída uma comissão que será presidida por João Manuel Gaspar Caraça, integrando ainda o Chefe do Estado-Maior General das Forças Ar- madas, general Artur Neves Pina Monteiro, o chefe do protocolo do Estado, António Almei- da Lima, e o secretário-geral da Presidência da República, Arnaldo Pereira Coutinho. capital portuguesa É A MELHOR CIDADE PARA VIVER, VISITAR E FAZER NEGÓCIOS Lisboa foi eleita pelo terceiro ano consecutivo como a melhor cidade para viver, visitar e fazer negócios, segundo o City Brand Ranking elabo- rado pela Bloom Consulting. Este estudo cruza diversos dados estatísticos relativos aquelas três áreas-chave, com as pes- quisas que são feitas na internet sobre cada município. Após a análise, Lisboa destaca-se claramente das restantes em todas as categorias, apresen- tando-se como a principal cidade do país. Para começar, praticamente uma em quatro pes- quisas sobre municípios portugueses (22,5 por cento) são sobre Lisboa. A consolidar a primeira posição da capital está também a liderança de cada uma das categorias individuais, nas quais é igualmente líder nacional.
  • 12. | NacionalN |TURISMODELISBOA 12 EM 2017 CAPITAL SERÁ PALCO DE PROVA MUNDIAL DE TRIATLO O Lisboa Triathlon vai integrar o circuito mundial de triatlo de longa distância a partir do próximo ano. O diretor da prova, Paulo Passos Leite, em decla- rações à agência Lusa disse esperar que Lisboa fique “ainda mais na moda” com a presença no circuito mundial, observando que a etapa por- tuguesa já é “uma das provas preferidas dos atletas, devido ao percurso e às condições cli- matéricas”. “A integração no circuito Challenge Family dá maior amplitude ao evento, que vai, seguramente, crescer em notoriedade e dimen- são, porque se trata de uma marca internacio- nal muito forte», disse Passos Leite, contando no próximo ano duplicar o atual orçamento de 160 mil euros. “A prova nasceu em 2006 com 178 participantes. Hoje, no 10.º aniversário estamos com quase 10 vezes mais atletas inscritos, de 40 países. Mes- mo sem integrar ainda o circuito mundial, o Lis- boa Triathlon já é uma prova muito conhecida e procurada pelos atletas», assinalou Passos Leite. A capital portuguesa vai assumir a designação de Challenge Lisboa e terá a presença garantida durante os próximos três anos no circuito mun- dial, composto por 44 provas em 21 países. MONARCH REFORÇA ROTAS PARA LISBOA A companhia de aviação britânica, Monarch, que integra um grupo independente e se posiciona como uma companhia aérea de lazer, anunciou novas rotas com destino ao Aeroporto de Lisboa. Já em curso, desde o passado dia 29 de abril, estão as viagens a partir dos aeroportos de Ga- twick (Londres) e Manchester e no próximo dia 17 de junho iniciam-se as rotas com origem no aeroporto de Birmingham com destino ao aero- porto de Lisboa.
  • 13. NNacional | TURISMODELISBOA| 13 TURISMO NOVA PLATAFORMA PARA EMPRESÁRIOS O Turismo de Portugal lançou a plataforma ‘online’ Travel BI que vai funcionar como observató- rio com informação para apoiar empresários e profissionais do turismo na tomada de decisão. Segundo Luís Araújo, presidente da instituição, explicou à Lusa “o Travel BI resulta de uma ne- cessidade que nós e os empresários do setor do turismo sentimos de ter informação mais fácil e acessível sobre os mercados.” A nova plataforma disponibiliza informação sobre os mercados, da- dos estatísticos, estudos ou análises sobre o de- sempenho do setor. Também é possível encontrar conteúdos ligados à sustentabilidade, às políticas setoriais e às tendências emergentes serão tam- bém disponibilizados, assim como informação sobre os principais emissores para Portugal, en- tre os quais se encontram a Alemanha, Bélgica, Áustria, Canadá, Espanha, França e Holanda. TURISTAS lisboa É UMA CIDADE SEGURA Num artigo publicado pelo jornal Diário de No- tícias, os turistas estrangeiros que vêm a Lisboa consideram que a cidade é segura. Esta foi a opinião generalizada ouvida pela jor- nalista e que vai ao encontro dos resultados de um inquérito sobre segurança do Observa- tório do Turismo de Lisboa, feito no verão do ano passado, em que 96 por cento dos turistas estrangeiros disseram sentir-se seguros na capi- tal portuguesa. A esmagadora maioria (75 por cento) disse também sentir confiança na polícia. Quanto aos agentes de segurança pública estes têm vindo a receber formação específica para lidar com os turistas. CONGRESSO EUROPEU SOBRE A DIABETES REGRESSA À CAPITAL PORTUGUESA EM 2017 A 53.ª reunião anual da EASD - European As- sociation for The Study of Diabetes vai decorrer em Lisboa entre 11 e 15 de setembro de 2017, e prevê trazer à capital portuguesa entre 25 a 30 mil de especialistas de todo o mundo, que se dedicam ao estudo e investigação desta doença. A apresentação oficial deste encontro decorreu na Câmara Municipal de Lisboa, com o presidente da autarquia a afirmar que se trata de uma “oportuni- dade de excelência que a cidade precisa de saber potenciar” e que “os participantes internacionais que são esperados constituem “os melhores em- baixadores para espalhar o bom nome de Lisboa.” Também Vítor Costa, presidente da Associação Turismo de Lisboa, reforça que a decisão da ESAD voltar a realizar em Lisboa uma reunião com esta envergadura demonstra a atratividade da cidade. É a segunda vez que se realiza esta reunião na capital portuguesa, a primeira foi em 2011 e o impacto direto cifrou-se em cerca de 100 mi- lhões de euros nas áreas da hotelaria, comércio, cultura e lazer. Para 2017 espera-se que os be- nefícios sejam superiores. O encontro é organizado em parceria pela Câ- mara Municipal de Lisboa, a Associação de Tu- rismo de Lisboa e a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal.
  • 14. | NacionalN |TURISMODELISBOA 14 SNAPCHAT PARTILHA LIVE STORY SOBRE LISBOA O Snapchat lançou, recentemente, uma Live Story dedicada a Lisboa e convidou todos os lisboetas e turistas a partilhar os seus momentos na cidade. Para participar bastava tirar uma foto ou gravar um vídeo e partilhá-lo na Live Story de Lisboa. Os melhores conteúdos, selecionados por uma equipa de editores do Snapchat, eram mostrados publicamente. Este é uma das funcionalidades mais populares do Snapchat, as Stories, que podem ser criadas por qualquer utilizador mas também pelo próprio Snapchat, sendo que nes- te caso as Live Stories reúnem snaps públicos de utilizadores, bem conteúdo produzido pela própria equipa desta rede social. ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA APOSTA EM CICLOVIAS Fernando Medina, presidente da Câma- ra Municipal de Lisboa, em declarações à margem de uma reunião descentralizada do município no Centro de Congressos de Lisboa, referiu que “na Área Metropolitana de Lisboa, houve um acordo entre os mu- nicípios, dentro de um conjunto de verbas muito reduzidas de fundos comunitários, de apresentar um projeto comum para a con- clusão das redes de ciclovias de cada muni- cípio (...) e depois para a ligação entre elas”. Em Lisboa, será feita uma aposta em “toda a frente ribeirinha”. “É isto que vai estar em curso, com ritmos diferentes em função da disponibilidade de cada município, e é isto que vai unir as duas margens nos próximos anos”, adiantou. Por sua vez, o vereador da Estrutura Verde da autarquia, José Sá Fernandes, revelou que Lisboa vai “apresentar um projeto de alargamento das ciclovias e de melhoria das que existem”, para que a rede passe de 70 para 90 quilómetros e seja melho- rada em pintura e sinalética.
  • 15. NNacional | TURISMODELISBOA| 15 A TRIP TO LISBOA AZULEJOS INSPIRAM COLEÇÃO DE ROUPA A marca de roupa italiana, Benetton, inspirou- -se na capital portuguesa e nos seus tradicionais azulejos para desenhar padrões florais ou dese- nhos mais geométricos para várias peças, como vestidos, saias, macacões, casacos, lenços, mas também para aplicar noutros acessórios, como pulseiras e colares. Esta coleção para a estação primavera-verão recebeu o nome de A Trip to Lisboa. Ainda neste âmbito, a marca desafiou a cera- mista Ana Vilela, que trabalha regularmente para o Museu Nacional do Azulejo e para o Instituto Português dos Museus, a inspirar-se na nova coleção e criar azulejos. CAPITAL DA MODA FORBES NOMEIA LISBOA A conceituada publicação norte-americana, Forbes, considera que Lisboa tem todos os ingredientes para ser uma capital mundial em moda masculina. Isto porque a cidade é conhecida pela ar- quitetura, pela cozinha e até pelos seus artistas contemporâneos, mas raramente é associada à moda, defendendo que apenas falta uma comunicação mais eficiente por parte das marcas e produtos. E por moda entenda-se vestuário como também aces- sórios made in Portugal. O artigo deixa ainda a referência que os pro- dutos feitos à medida são parte da cultura da moda portuguesa e que existem várias fábri- cas de produção locais, assim como estilistas conhecidos pelas suas coleções para homem. BBC ELOGIA LISBOA MELHOR CAPITAL EUROPEIA PARA TRABALHAR Para a BBC, cadeia de informação britânica, a capital portuguesa é a melhor da Europa para trabalhar e desfrutar. Esta distinção é publicada num artigo da autoria de Lennox Morrison que desafia os leitores a viajar até Lisboa, cidade que “está a trabalhar muito para dar apoio aos negó- cios locais e para atrair empreendedores de todo o mundo”. É ainda referido que a cidade foi considerada Re- gião Europeia Empreendedora do Ano em 2015 e tem sofrido renovações e reabilitações de lojas, cafés, restaurantes e casas para habitação no centro, o que fez muitas pessoas regressar. O artigo menciona ainda que cerca de 30 por cen- to dos novos empreendedores que têm Lisboa como base são estrangeiros e que essa escolha tem a ver com a “evolução tecnológica” aliada ao facto de as pessoas com talento poderem tra- balhar e viver em qualquer lado. Quanto a ser uma cidade que permite desfrutar, destaca-se pelo facto de ter praias de areia dou- rada e 220 dias de sol no ano.
  • 16. | NacionalN |TURISMODELISBOA 16 ATÉ 28 DE AGOSTO SANTA CASA PROMOVE ROTAS DO DIÁLOGO No âmbito das celebrações do Jubileu Extraordi- nário da Misericórdia, a Santa Casa da Misericór- dia de Lisboa (SCML) organiza o itinerário “Rotas do Diálogo”, até 28 de agosto, com o objetivo de promover o diálogo intercultural, fomentar o ecumenismo e sensibilizar para a importância da Misericórdia enquanto conceito universal. Trata-se de um programa de visitas guiadas gra- tuitas com periodicidade quinzenal, em que a Igreja de São Roque, propriedade da Santa Casa, será o ponto de partida para a visita a outros luga- res de culto de diferentes confissões religiosas na cidade de Lisboa (uma visita por cada confissão). A Igreja Lusitana Portuguesa de Comunhão Anglicana, a BLIA (Associação Internacional Buddha’s Light), a União Portuguesa dos Adven- tistas do Sétimo Dia, a Primeira Igreja Baptista de Lisboa, bem como as Comunidades Islâmi- ca, Israelita, Hindu e Ismaelita de Lisboa são os locais de culto a visitar gratuitamente, median- te marcação. Por sua vez, a SCML providencia transporte gratuito de ida e volta a partir da Igreja de São Roque, que integra também o pro- grama de visitas. Com esta iniciativa, a instituição espera contri- buir para cumprir o desígnio mais vasto de fazer a misericórdia chegar a todos, pela mão de to- dos, independentemente da sua religião. CIDADE PARA APAIXONADOS JORNAL CHINÊS DEDICA ARTIGO A LISBOA O principal jornal oficial chinês de língua inglesa, China Daily, dedicou uma extensa reportagem à capital portuguesa, que descreve como uma “ci- dade para apaixonados” e homenageia a rique- za arquitetónica e histórica da capital portuguesa e de Sintra, refere a Lusa. “A sua estética apela igualmente a casais apaixonados e aficionados da arquitetura”, aponta o jornal, num texto assi- nado pelo jornalista Erik Nilsson e acompanhado de fotografias do Palácio da Pena e do Castelo dos Mouros, em Sintra. “Talvez a característica mais marcante da paisa- gem de Lisboa resida nos geométricos padrões coloridos que irradiam de edifícios cobertos por azulejos”, descreve o autor. Numa alusão à “encantadora miscelânea de construções que colidem contra a costa oceâni- ca como ondas”, Nilsson retrata ainda “o polia- mor entre o neogótico, neoárabe, neobarroco, neoclássico, art déco, arte nova e estruturas medievais”. E prossegue com uma descrição do Castelo dos Mouros e a sua área circundante: “Florestas de uma biodiversidade em flor”, que no “espírito do pensamento romântico, nunca foram arranjadas”.
  • 17. NNacional | TURISMODELISBOA| 17 THE CULTURE TRIP ELEGE LISBOA DESTINO IDEAL PARA FAMÍLIAS O site inglês The Culture Trip, dedicado à gastrono- mia, cultura e viagens, nomeia Lisboa como um dos 10 melhores destinos europeus para famílias. Segundo a autora, Lani Seelinger, viajar é uma ótima maneira de mostrar o mundo às crianças e existem cidades que têm uma multiplicidade de atrações para os mais pequenos e para os pais. É com este enquadramento que Lisboa surge neste ranking, “onde a exuberância natural da cidade levará a uma das férias mais divertidas que se pode imaginar”. Entre os locais a visitar, esta publicação sugere o Oceanário de Lisboa, um dos maiores da Europa, que tem “abun- dância de exposições especialmente criadas para os espectadores mais jovens”. Também é proposta uma viagem de comboio até à vila de Sintra onde se podem visitar vários castelos ou, se a opção for ficar em Lisboa, poderá usar- -se o “encantador” elétrico para se deslocar na cidade. A autora refere que o melhor de tudo talvez sejam os muitos restaurantes que a cida- de oferece com zonas especiais para crianças, onde estes podem divertir-se enquanto os pais desfrutam de uma refeição tranquila. FUNDAÇÃO INATEL INTEGRA FESTAS DE LISBOA A Fundação INATEL produz o evento Salão Piolho, uma iniciativa integrada nas Festas de Lisboa e que terá lugar de 15 a 18 de junho, período du- rante o qual serão realizadas diversas sessões com clássicos do cinema internacional, em locais que outrora foram salas e salões de cinema do início do séc. XX. Entre estes, encontram-se uma igreja, um salão nobre, um armazém de revenda ou um convento, que se pretende devolver aos lisboetas, durante esses 4 dias. O evento terminará com um filme-concerto no Largo do Intendente no dia 18 que será em si- multâneo a comemoração dos 120 anos da primeira exibição cinematográfica em Portugal. Será assim exibido o filme “O Circo” de Charles Chaplin, acompanhado ao piano pelo músico Filipe Raposo. LISBOA EXIBE OBRAS DE VHILS O artista plástico Alexandre Farto, mais conhe- cido por Vhils, mantém uma forte ligação à ci- dade de Lisboa, apesar da internacionalização. O seu trabalho destaca-se sobretudo pelas esculturas de rostos nas paredes de edifícios e quem passeia pela capital muito provavel- mente já terá passado por uma obra do artista – considerado uma estrela urbana portuguesa. Entre os trabalhos a descobrir nas ruas de Lisboa encontra-se o projeto de tributo a Amália Rodrigues, de 2015, que marcou a estreia de Vhils em obras com calçada portu- guesa e teve a colaboração de calceteiros da Câmara Municipal de Lisboa. Esta obra pode ser vista na zona de Alfama. Já junto ao rio Tejo, num edifício em Alcântara, encontra-se uma obra que faz parte de uma exposição a solo do artista intitulada “Dissecção”, de 2014. Também em espaço público, junto à Praça de Espanha, existe uma outra intervenção, esta datada de 2012, que está integrada numa outra exposição a solo na agência Vera Cortês, “Diorama”. Estes são alguns dos exemplos das interven- ções públicas de Vhils, mas existem muitos outros que podem ser descobertos pela cidade.
  • 18. E | Entrevista |TURISMODELISBOA 18 Ponte entre associados e turistas David Bernardo managing partner da LITS ebusiness E EE | Entrevista Melhorar a experiência de cada turista, personalizando-a, é o objetivo da nova app que a Associação Turismo de Lisboa (ATL) se prepara para lançar, o que tornará a cidade pioneira a nível mundial neste tipo de solução. Mas a maior inovação é, sem dúvida, a plataforma de gestão do turismo da cidade, na qual todos os associados da ATL poderão participar e assim obter vantagens, garante David Bernardo, managing partner da LITS ebusiness que, em colaboração com a Associação, está a desenvolver este projeto.
  • 19. TURISMODELISBOA| 19 Entrevista | E Como define a nova app da ATL? Não se define como uma app. É muito mais do que isso. A app e o website são apenas as caras para o turista. Apps há muitas (boas não tantas), a app é crítica para o turista, mas é só a ponta do iceberg. Fazer uma app e website seria excelente se estivéssemos em 2010. Hoje em dia já não é suficiente. O Turismo de Lisboa é a instituição por excelência que tem os associa- dos, a experiência e os conteúdos. Ninguém melhor para fazer uma app para os turistas. Mas a grande inovação é sobretudo a plataforma que estamos a criar por trás. É toda uma plataforma de gestão do tu- rismo da cidade em que no futuro todos os associados poderão parti- cipar e ter vantagens reais a nível de receitas, qualidade de serviço e eficiência das suas operações.   Naturalmente não é possível imple- mentar tudo de um momento para o outro. É um projeto que vai crescer bastante nos próximos anos. Estamos confiantes que ao estar na liderança mundial destas soluções vamos con- seguir continuar o grande crescimento qualitativo do turismo em Lisboa. Quais são, em seu entender, as caraterísticas diferenciadoras que esta plataforma proporcio- na a Lisboa em termos de pro- moção turística? Se como promoção vamos assumir a captação de mais turistas, temos várias formas relevantes: • Acompanhamento de todo o tourist journey – a maioria das plataformas foca-se numa só área do tourist journey. Vemos isso, por exemplo, com vários sites de outras capitais europeias que são muito bonitos, mas a partir do momento em que inspiram o turista já não fa- zem muito mais. A plataforma que estamos a desen- volver vai permitir um registo do tu- rista a qualquer ponto do journey e uma vez registado acompanhamo- -lo e vamos construindo o seu perfil. Com isto conseguimos um maior entendimento do turista e levá-lo a que visite Lisboa. As interações vão evoluir e formatando-se à me- dida que o turista vai avançando. Por exemplo, na fase de pesquisa, é provável que o site seja mais importante, mas quando está na cidade já vai usar mais app. E a pró- pria app vai adaptar-se à situação. Se está dentro do museu, poderá dar-lhe um guia áudio e se está na rua, dá-lhe direções para o próximo destino. • Site inspirador – o site Visit Lisboa foi completamente redesenhado para inspirar mais os turistas na parte de sonhar e planear a viagem. Para isso foi produzida e atualizada uma grande quantidade de conteúdos so- bre Lisboa. • Search Engine Optimization (SEO) – O Visit Lisboa é o site por excelência para os turistas que vi- sitam a cidade. E o próprio Google valoriza isso, colocando-o nos resul- tados iniciais quando alguém procu- ra palavras relacionadas. Estamos a trabalhar com os melhores experts em SEO para aumentar o número de visitantes no site para nove milhões nos próximos três anos. • Análise e otimização de cam- panhas de marketing – Os dados vão-nos permitir analisar os resulta- dos de cada campanha que se faz de promoção e com isso otimizar os investimentos. • Capacidade de partilha da ex- periência – o site e a app estão pensados para que os turistas parti- lhem as suas experiências nas redes sociais e com os amigos. Não existe melhor promoção que a recomen- dação de alguém próximo. O que significa, na prática, a in- tegração que esta app faz entre o mundo real e o mundo digital? Significa pensar na realidade atual em vez de pensar no mundo de há 10 anos. Quantas vezes saiu de casa sem o telemóvel no último mês? Estamos sempre ligados ao mundo digital e ao mesmo tempo vivemos no mundo físico. Então por que con- tinuamos a falar de mundo digital e real em separado? Temos de pensar que o turista vai interagir através do “canal” que fizer mais sentido para ele em cada momento e, por ve- zes, vai combinar a experiência. Por exemplo, está a visitar um monu- mento e pode ver na aplicação a his- tória ou cenas de um filme feito ali. Cada vez mais novas tecnologias como realidade aumentada e mista, geolocalização, scanners 3D e ou- tras vão permitir viver a experiên- cia da cidade de uma forma mais completa. Mais do que olhar para um monu- mento e fazer uma selfie, vou poder olhar para o monumento e ver como era há 500 anos. Imagine poder pas- sear fisicamente na Praça do Comér- cio como se estivesse em 1700. Em sua opinião, o que poderá tornar esta ferramenta na refe- rência para o setor do turismo a nível global? A estratégia é muito inovadora e, ao mesmo tempo, vamos utilizar as últimas tecnologias como é o caso de machine learning, inteligência artificial e bots, entre outras. Muitas cidades andam a debater-se com os mesmos problemas e quan- do virem o que estamos a fazer vão prestar muita atenção. E se combi- narmos com o facto que muita da comunidade do setor tecnológico vai visitar Lisboa nos próximos anos, nomeadamente para participar na Web Summit… Plataforma para todos No que concerne à experiência personalizada do turista, como é feita a ponte entre os diferentes associados do Turismo de Lisboa? Estamos a montar uma plataforma para todos os associados que pres- supõe que se juntem ao sistema e tenham vantagens claras com isso. Numa fase inicial vamos melho- rar as recomendações ao turista e promover a Região como um todo. Levá-los a descobrir novos lugares que normalmente estariam fora das primeiras opções. Esta questão em particular é fundamental para de- senvolver toda a Região de Lisboa. Numa próxima fase queremos inte- grar os sistemas dos vários associa- dos (hotéis, restaurantes, museus, monumentos, transportes e tours, entre outros). Podemos também perceber as necessidades que são comuns a todos os associados, desde a informação a softwares
  • 20. E | Entrevista |TURISMODELISBOA 20 específicos e ajudá-los a solucionar esses desafios. Os associados vão beneficiar de mais dados fidedignos e em tempo real do que os disponíveis atualmente. Isto permitirá tomar melhores decisões para os seus negócios. A ideia é criar a plataforma onde todos se conectam e com toda essa informação criar um perfil único de turista que todos ali- mentam e do qual todos beneficiam. Lisboa é o destino pioneiro a nível mundial neste tipo de solução? É. Tanto quanto sabemos, e eu tenho andado à procura tanto nas feiras mundiais de turismo como online, não existe nada tão desenvolvido como o que estamos a planear. Quais considera serem as mais- -valias decorrentes desta capaci- dade de inovação e pioneirismo? No final, o turismo depende de um fator crítico: o turista. Um turista mais satisfeito significa um setor de turis- mo mais forte e saudável. Essa é a principal mais-valia desta plataforma. De que modo esta plataforma permite a evolução do conceito digital de Lisboa? Esta plataforma permite a evolução do conceito digital até ao limite de matarmos o digital. O nosso grande objetivo é integrar o digital e o tradi- cional de tal forma que deixe de ter sentido pensar neles em separado. Quais são os principais objetivos que estão na base de construção deste tipo de ferramenta? Os principais objetivos são: • Melhorar a experiência de cada turista • Melhorar a qualidade dos serviços de turismo • Reforçar a promoção das diferentes áreas da Região de Lisboa • Criar ferramentas de informação e ação em tempo real • Aumentar o número de turistas em toda a Região de Lisboa Inovação ao serviço dos players A construção da aplicação teve em conta o facto de Lisboa ser um destino com uma dinâmica permanente? Essa é a grande vantagem desta plataforma e em especial da app. Podemos atualizar os conteúdos em tempo real e dentro de pouco tem- po de forma automática e de acordo com as preferências de cada turista. Uma das possibilidades que vamos ter no futuro é controlar os fluxos de turistas. Vamos ter mais informação e identificar em tempo real o que está a acontecer e ao mesmo tempo tomar decisões. Imagine, por exem- plo, que identificamos que há mui- ta gente na zona do Castelo de São Jorge e que houve um acidente ro- doviário que torna os acessos muito difíceis. Então, alteramos em tempo real os percursos dos turistas na par- te de roteiro e enviamos avisos para evitarem a zona com uma recomen- dação alternativa segundo os gostos de cada um. Mais dinâmico é difícil. Dar a cada um a sua Lisboa Em sua opinião, qual é, hoje em dia, o perfil do turista e o que procura? A grande tendência é cada turista ter a sua própria experiência personali- zada, segundo as suas preferências. Vamos ter de acabar com a segmen- tação dos turistas e passarmos a personalizar a experiência para cada um. Vamos dar algo especial a cada um dos nossos convidados. Existem claramente algumas ten- dências, como é o caso da busca pelo autêntico e genuíno, uma com- ponente social maior (as pessoas querem conhecer outras pessoas e praticar atividades em conjunto) e o turismo de saúde e bem-estar, entre outras. Mas, de facto, a personaliza- ção é o grande desafio de momento. A seu ver, qual deverá ser a estra- tégia digital no que se refere ao turismo e a Lisboa em particular? A primeira parte é desenvolver o turismo focado no turista (o famoso tourist centric). Temos de considerar o turismo em Lisboa com um produ- to único com várias componentes. Criamos um perfil de turista único e acompanhamo-lo ao longo de todo o tourist journey (desde a fase em que começa a sonhar com a próxima viagem, passando pelo planeamen- to, compra, experiência na cidade e o partilhar a viagem no final). O turista tem de deixar de ser um número e passar a ser o João e a Joana. Outra área fundamental é a integra- ção do turismo com a população lo- cal, de forma a ter um crescimento sustentado. A estratégia tem de ser continua- mente medida por dados que nos vão permitir avaliar o impacto de cada decisão em tempo real e com isso reagir em tempo real também. É por isso que estamos a criar uma plataforma integrada de gestão do turismo da cidade, na qual todos os associados podem participar, retiran- do vantagens e melhorando-a. Por que razão é importante a personalização na experiência do turista? Porque no final somos todos dife- rentes e sermos tratados como uma média não é a melhor forma. Temos de dar a cada um o que necessita, quando o necessita e através do melhor canal para ele/ela em cada momento. Não existe uma Lisboa, existem milhões de Lisboas, cada um de nós tem a sua. Eu e os meus ami- gos não vivemos a cidade da mesma maneira. Temos, se calhar, 60 por cen- to da experiência em comum e o res- to é diferente. Gostamos de desportos diferentes ou comida diferente e ouvi- mos música diferente. Então por que temos de ter recomendações iguais? Lisboa tem de ser diferente para cada turista e mudar com o tempo. Antes era impossível fazer este tipo de experiência porque requeria mui- tas pessoas e investimento. Hoje em dia já é possível graças às tecnologias disponíveis e à capacidade de analisar grandes quantidades de dados.  Esta personalização vai aumentar o nível de satisfação dos visitantes e com isso aumentam, nomeadamente, as recei- tas e o número de visitas.  Como interpreta esta personali- zação no que se refere a Lisboa? Um exemplo que acho interessante é fazer um spotify para a cidade de
  • 21. Entrevista | E TURISMODELISBOA| 21 Lisboa. Em vez de recomendarmos música, vamos recomendar de uma forma individual para cada turista o que visitar, comer e onde dormir, de acordo com a sua personalidade e interesses. Se compararmos com o setor da Moda, por exemplo, de três tama- nhos standards de roupa, Lisboa passa a fazer roupa por medida para cada turista. Vantagens do digital Será o digital a forma de garantir a oferta personalizada que cada turista procura, permitindo em simultâneo uma utilização racio- nal de custos? Ao gerirmos a experiência com dados reais em tempo real diminuímos a in- certeza e otimizamos custos. Não só custos, mas também aumentamos receitas. Pense num restaurante, por exemplo, que consiga saber que tipo de comida vai vender mais em certos dias segundo a temperatura, a época do ano e as preferências de cada cliente. Pode fazer as compras já a contar com isso e assim diminuir o desperdício. Ao mesmo tempo pode propor a cada turista um tipo de comi- da e experiência mais adequadas e, com isso, aumentar a receita por turis- ta. Parece ficção científica, mas estas soluções são já realidade e irão ser implementadas nos próximos anos. Em que medida o eCommerce in- fluencia o presente e o futuro do turismo? O turismo foi, provavelmente, o pri- meiro setor a ser impactado e isto aconteceu por várias razões porque: • as linhas aéreas já tinham os GDS com a informação e sistemas de informação disponíveis de forma eletrónica • sendo produto homogeneizado, o cliente não necessita de fazer uma compra pessoal, como acontecia com a Moda. Um bilhete de avião ou um hotel não precisam de ser com- prados presencialmente e sempre foram comprados de forma remota • não existir necessidade de logística física de entrega de produto Como tal, o primeiro setor a desen- volver-se digitalmente num país é sempre o turismo. Por estas ra- zões, uma grande percentagem das transações já se realiza através de comércio eletrónico e cada vez suce- derá mais.  Para os mais resistentes à mudança existem novos modelos de interação com o usuário. Imagine, por exem- plo, uma Siri que entende tudo o que diz ou comprar bilhetes por what- sapp como se estivesse a falar com um amigo. Todas estas novas solu- ções vão levar a que o usuário não necessite de qualquer familiaridade com tecnologia para comprar. A tec- nologia vai deixar de ser uma con- sideração, porque vai ser parte tão integral e natural da realidade que ninguém dará conta. Com isso, mui- tas das pessoas que acham que não usam tecnologia ou não gostam de internet vão passar a fazê-lo. Acho que neste momento já não há outra opção e o setor começa a reconhecer e tem aproveitado a oportunidade. A questão é que neste momento temos que pensar muito para além do Ecommerce e é o momento de fazê-lo, antes que outras empresas o façam. Visão estratégica Como surgiu este desafio para, em parceria com a ATL, criar uma app inovadora? Esta colaboração surge da melhor forma. Com a Direção do Turismo de Lisboa a identificar um conjunto de tendências que deviam incluir na sua estratégia, como é o caso do digital. A maioria das empresas não entende que existe uma necessidade antes de ser demasiado tarde. Mas, o Turismo de Lisboa começou com o “pé direito”.  O Turismo de Lisboa teve algo louvá- vel que muitas empresas deveriam copiar: não se colocou à “sombra da bananeira”, o que era fácil dado os excelentes resultados que tem tido e entendeu que a próxima grande revolução vem do digital. Na definição do Plano Estratégico que o Turismo de Lisboa fez com a consultora Roland Berger, o digital era uma parte crítica e a nossa em- presa LITS ebusiness (litsebusiness. com), pela sua experiência em di- gital transformation, foi convidada A app vai ser companheira dos turistas enquanto exploram a cidade, afirma David Bernardo. Temos um conjunto de funcio- nalidades que o cliente pode utilizar, entre elas: Trip planner – vamos criar um roteiro personalizado para cada turista. O interessante deste sis- tema é que ao longo do tempo vai aprender mais sobre os turis- tas automaticamente e combinar informação de redes sociais, dos seus amigos, de outros turistas, do clima e do trânsito, entre outros, em tempo real para conseguir um percurso à medida de cada um. Lisboa Card – o Lisboa Card, que é um sucesso entre os turistas, vai estar integrado na app. Ao mos- trar a aplicação, o turista vai poder entrar, na fase inicial, em museus e monumentos e no futuro utili- zar os transportes da cidade. Social Lisbon/meet people – aqui o turista e os locais podem criar ou juntar-se a uma ativida- de com outras pessoas. Imagine que alguém quer conhecer a cidade em patins ou fazer Surf. Aqui pode encontrar a compa- nhia para o fazer. Começamos a ter atividades desenvolvidas pela comunidade para cada um dos muitos nichos existentes. O limite é a imaginação de cada um. Lisbon stories – roteiros te- máticos (Fado ou História, por exemplo) nos quais o turista segue um percurso pré-definido em que lhe é contada uma his- tória completa com áudio, vídeo e no futuro realidade mista e aumentada. Temos previsto também integrar sistemas de visitas guiadas aos museus e monumentos. Ferramenta antecipa o futuro
  • 22. E | Entrevista |TURISMODELISBOA 22 para apoiar nesta área.  A partir daí a relação foi-se desenvolvendo e a visão alinhando.  Estamos a trabalhar na plataforma há mais de um ano e começamos a ver os primeiros frutos. Criámos uma área especializada, City for 1, que se vai focar só neste tipo de projetos. Acho que tem sido uma experiência fantástica, porque a equipa do Turis- mo de Lisboa traz uma experiência única em termos de turismo (acho que contra factos não há argumen- tos e é só olhar para os indicadores de turismo em Lisboa e como têm evoluído de forma positiva). Nós trazemos a nossa experiência no digital com lições de várias outras áreas (Ecommerce, plataformas e estratégia digital). É fascinante o que se pode trazer de outros seto- res e empresas, estamos a utilizar vários princípios com os quais tra- balhámos com o Walmart ou com a Sony. Esta combinação tem-nos permitido criar algo que tem sentido para a realidade da cidade de Lisboa e dos associados da ATL.  É só o princípio de um projeto bas- tante complexo. Vamos à frente e estamos a criar algo que vai ter um impacto muito positivo no turista, nos associados da ATL e nos cida- dãos de Lisboa. Tendo em conta a sua experiên- cia internacional, o que torna este desafio especial? Depois de 16 anos a morar em todo o mundo, tem-me reaproximado e fez-me apaixonar novamente pela minha cidade. É interessante fazer um projeto inovador a nível mun- dial a partir de casa e ver que, ao contrário do que eu próprio cheguei a acreditar, é possível liderar o pro- cesso de inovação mundial desde Portugal. Outro dos pontos especiais é a equipa com a qual estamos a tra- balhar. Um conjunto de pessoas muito interessante de várias áreas de especialidade e o facto de so- nharmos juntos um projeto único. Na minha área de ebusiness e transformação digital, muitos de nós temos a ideia de conseguir ter impacto e criar um mundo me- lhor. Acho que esta é uma dessas oportunidades.  Qual será o futuro do digital e de que modo irá influenciar as nossas vidas? Nos próximos anos estaremos pe- rante a chamada “4.ª revolução industrial”. Achamos que já vimos tudo em termos de tecnologia, mas a próxima década vai ter uma mu- dança muito mais acelerada. O que me preocupa é que a maioria das pessoas e empresas não entendeu este ponto ainda e, provavelmente, quando se aperceberem vai ser de- masiado tarde. É provável que muitas empresas grandes ao longo da próxima déca- da percam relevância ou encerrem por não se adaptarem. Quatro das empresas mais valiosas do mundo são a Apple, o Facebook, a Amazon e o Google. Estão a entrar em todos os setores de uma forma discreta (a maioria das seguradoras, por exemplo, ainda não entendeu que o Google provavelmente irá tomar conta de muitos dos negócios de seguros atuais). Estamos a criar os próximos grandes monopólios e temos estado de olhos fechados. No caso do turismo, o mesmo está a acontecer com empresas como o TripAdvisor, que começam a ter demasiado poder para o bem dos destinos turísticos e devem ser controladas. Se o TripAdvisor, por exemplo, alterar o algoritmo de classificação dos locais ou colocar publicidade despercebida no início da página, pode alterar comple- tamente os fluxos de turismo em Lisboa. Queremos centralizar este poder numa só empresa? Acho fan- tástico o trabalho que esta empre- sa tem feito, mas não acredito que seja saudável no longo prazo tanto domínio do setor. Este controlo não vem como mui- tas empresas pensam (na minha opinião erradamente) de processar juridicamente as novas iniciativas para manter o status quo. Vem dos players atuais conseguirem desen- volver boas soluções para os seus clientes.  Vai ser uma década marcada pelos dados e por tecnologias como big data, internet of things, inteligência artificial, machine learning, realida- de mista e virtual e robots. Muitos dos filmes de ficção científica estão a tornar-se finalmente realidade. Nem George Orwell no livro 1984 imaginou que íamos ter em todo o momento câmaras de vídeo e micro- fones em cada ser humano o tempo todo (o que são os telemóveis?).   Existe um conjunto de temas éticos, legais e sociais aos quais vamos ter de estar muito atentos.  Não vamos conseguir parar esta evolução, por isso creio que o melhor que todos temos Questionado sobre como pers- petiva o futuro do digital no se- tor do turismo e de que modo irá influenciar as vidas de cada um, David Bernardo declara: estamos a caminhar para um futuro mais previsível pela quantidade de dados que va- mos conseguir recolher e com isso reduzir a incerteza e tomar melhores decisões. Parece pou- co romântico, mas no final vai trazer uma melhor experiência e mais individualizada. A mudança é inevitável. Natu- ralmente vai correr muito bem para alguns, em especial no caso do turista porque a expe- riência vai melhorar bastante, mas para outros vai correr mal porque não se vão adaptar em tempo útil ou vão lutar contra a mudança. As mudanças vão ser progressi- vas. Vamos passar por um pe- ríodo de híper entusiasmo em que todos acham que o turismo vai mudar e depois por um pe- ríodo de desilusão, em que as pessoas não entendem porque não se mudou tudo imediata- mente como se falava. Depois vamos estabilizar num modelo bastante mais evoluído do que temos hoje, que vai continuar a crescer. São os ciclos normais. Mas acredito que estamos a presenciar uma revolução no setor do turismo e que vamos ver mais mudanças na próxima década do que nas últimas três. Estou muito positivo.  Revolução no setor do turismo a fazer é educar-nos sobre o tema e pensarmos como fazer parte dele.  O que acha de Lisboa enquanto destino turístico de excelência? Eu passo uma grande parte do meu tempo fora de Portugal e cada vez que falo de Lisboa existe quase uma reação de ‘Uauuuu!’. Quem não visitou, quer visitar e quem visitou, apaixonou-se.
  • 23. Boletim Interno | B TURISMODELISBOA| 31 sintra, capital do romantismo CENTRO INTERPRETATIVO MITOS E LENDAS O Centro Interpretativo Mitos e Lendas de Sintra é uma das principais atrações turísticas desta vila romântica, localizada a poucos quilómetros de Lisboa, prestes a comemorar um ano de atividade. A funcionar no edifício do Posto de Turismo é, nesse local, que os visitantes são convidados a descobrir o misticismo, os segredos e o romantismo de Sintra, numa viagem que cruza história, música e literatura, recorrendo a cenografia, técnicas multimédia e experiências sensoriais. hologramas de dimensões reais que dão espe- tacularidade à história, mas são também criadas experiências kinetic em que os visitantes encar- nam uma personagem de um jogo, correndo pelo bosque, desviando-se de obstáculos e apanhando alguns dos elementos associados à lenda. Num outro espaço é feita uma homenagem aos escritores que se deixaram seduzir pela vila má- gica de Sintra, exibindo-se quadros de imagens animadas dos mesmos, com locução das suas ex- periências contadas na primeira pessoa. Aqui, num espaço 4D, através de uma experiência multissen- sorial complementada por mecanismos de cheiro e vento, é explicada a lenda da aparição de Nossa Senhora à rapariga muda que pastoreava um reba- nho de ovelhas na serra. No Piso -1, novas aventuras esperam os visitan- tes, como a entrada num túnel que simula o Poço Iniciático; a experiência imersiva de estar a bordo de um barco, a ver o Adamastor, enquanto são envolvidos pelas ondas do mar; ou, até mesmo, as cenografias e hologramas que recriam o uni- verso pagão omnipresente nas lendas e mitos, através da natureza, animais e fadas. A visita ter- mina na envolvência da magia do verde, ao som da floresta. O Centro Interpretativo Mitos e Lendas de Sintra pode ser visitado todos os dias, das 9h30 às 18h00. A entrada tem um valor de 4,5 euros, existindo bilhetes especiais para séniores/estudantes e para crianças entre os 6 e os 15 anos. A experiência é inclusiva pelo que, aos visitantes com deficiência auditiva ou visual é disponibilizado, respetivamen- te, um tablet legendado e um áudio guia específi- co, que lhes permite acompanhar todo o percurso, com descrição das ações e envolvência. A promoção deste espaço é da responsabilidade da Associação Turismo de Lisboa, em parceria com a Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa e a Câmara Municipal de Sintra. É em Sintra que o Turismo de Lisboa leva os visi- tantes numa viagem surpreendente pelas histórias e locais que, desde tempos imemoriais, enchem a vila de mistério e a tornam num dos destinos mais apetecidos do mundo. O percurso da visita, cruza a realidade e a ficção em várias dimensões ao longo dos 17 espaços existentes e inicia-se num elevador forrado com imagens que simulam um dos caminhos da vila, ao som da floresta e com luzes reduzidas, conduzindo os visitantes ao Piso 3, ponto de partida desta experiência. Ao chegar a esta sala fica-se com a sensação de se ter chegado ao cimo da serra de Sintra e é aí que um narrador introduz o conceito das lendas e o momento da Criação das Penhas – Lenda dos Cinco Altos de Nomes Iguais e Apelidos Diferentes de Sintra. Passando para o Piso 2, os visitantes começam a ter contacto com eventos históricos e outras lendas, através de ecrãs touchscreen e um filme de animação em telas, com recurso a video mapping, apoia- dos por narrações em áudio guia. Já no Piso 1 revelam-se mais algumas lendas, como a do Túmulo dos Dois Irmãos - uma das mais empolgantes histórias do imaginário da vila -, e a dos Sete Ais. Para as contar, são recriados
  • 24. | Lisboa Vista de Fora |TURISMODELISBOA 32 L O MELHOR DESTINO DE 2016 A REVISTA ELLE BRASIL ELEGE LISBOA A edição brasileira da revista Elle, conceituada publicação especializada em moda, publicou uma reportagem alargada dedicada à capital portuguesa intitulada “Lisboa. O melhor destino de 2016”. Em 8 páginas, detalha-se como é que “outra Lisboa, tão atraente quanto a antiga está em ebulição”. A autora do artigo, que viajou a convite do Turis- mo de Lisboa, apresenta uma cidade moderna, vibrante e dinâmica, cada vez mais orientada para a economia criativa e um “destino certo para quem gosta de moda, design e boa cozi- nha”. E é precisamente nestas três áreas que se centra a reportagem. A jornalista verifica que a situação de crise que afetou o país, e de forma geral a Europa, indicia estar ultrapassada e acabou por ser perceciona- da como uma oportunidade, já que houve mais investimento na capital portuguesa. Quem hoje visita Lisboa apercebe-se que há todo um con- junto de novas infraestruturas e serviços, que se encontram quase a cada esquina – desde novos hotéis, a bares e restaurantes, passando tam- bém por lojas. Este movimento trouxe uma “mudança de ar” e captou ainda mais turistas estrangeiros que elegem cada vez mais Lisboa como des- tino preferencial, atraídos pelo “clima ameno, o custo mais convidativo do que em outras metrópoles europeias e essa nova energia estão atraindo todas as atenções”. É por isso que quem passeia pelas ruas da cidade ouve falar português mas muitas outras línguas se cruzam, entre as quais se destaca o francês, o espanhol ou o italiano. À conversa com o estilista Nuno Gama, a jor- nalista vê reforçada a ideia de que a crise foi mesmo entendida como uma oportunidade: “as pessoas encontraram formas diferentes de fazer cinema, teatro, pintura, música, moda. E com qualidade. As crises são ótimas para isso. Fomos obrigados a ir à luta e a convencer os outros de que somos interessantes”. Após esta breve introdução sobre o que levou Lisboa a ser o que é hoje - cidade que cruza o moderno mas sem negar a sua história e tradi- ções -, o artigo introduz um guia completo, com sugestões de locais a visitar, bem como figuras da moda que devem ser consideradas quando se está visita a cidade. Entra-se no verdadeiro mundo da moda, ou não fosse esta uma das principais temáticas da Elle Brasil. A jornalista convida a passear pela Avenida da Liberdade, uma das principais arté- rias da cidade e “inspirada nos Champs Elysées parisienses”, onde aí se encontram localizadas LIFESTYLE#viagem surgindocomforçatotal.Comecepelonúmero42daaveni-da Politécnica, onde está o Entre Tanto indoor Market(entretanto.pt),umespaçocomummixinteressantedelojas,comoaFora sunglasses,quefazóculosdesolcomperfu-me retrô e ar contemporâneo, e a Vintage Department,comótimaspeçasdedecoração.SubindoemdireçãoàPraçadoPríncipeReal,umacontinuaçãodaavenida,vocêencon-tranonúmero21a21pr Concept store,ondeodestaquesãoasvelasMadetLen,Fornassetti,ChateaudeVersailleseTom Dixon, as bijoux de Filipe Faísca e as joias de CarolinaCurado e da marca Corpus Christi, além de incríveis itensde papelaria by Lacroix. Tudo sob a curadoria cuidadosa deMaria João Sopa, que abriu o lugar há quatro anos. “A ideiaé ter pouca quantidade de itens únicos, com forte ligaçãocomamoda”,conta.Jánonúmero26,oPalaceteRibeirodaCunha, de arquitetura árabe do século 19, abriga a Embai-xada (embaixadalx.pt),comrestaurantes,lojasdeprodutosartesanais, decoração e moda espalhados por dois andaresdecorados por arcadas. Vale conhecer os produtos de belezaorgânicosdaorganii,ossapatoscooldeArmandoCabral,que agora conta com uma linha feminina, e os objetos esti-losos da Mercado (de acessórios e joias de autor a produtospara casa). Antes de sair, experimente um dos drinques doGin lovers, especialistas em bons drinques com a bebida.Saindodapraça,aavenidamudadenomeparaDomPedroV. A Espaço b (espaco-b.com), no número 120, tem umaseleção que vai de Comme des Garçons a Yohji Yamamoto.Mas dê atenção também a nomes menos conhecidos poraqui, como Sofie D’Hoore, Yoshi Kondo, Annette Görtz eApuntoB,entreoutrasassinaturasquecaminhamnamesmavibe,commuitaalfaiatariaclean,modernaebemconstruída.Na outra margem da avenida, no 111, o mercado de pro-dutos gourmet Sá & Leal merece uma parada rápida paracomprarchocolates,chás,vinhosedoces.ElogoalipertinhoestãoosateliêsdaestilistabósniaLidijaKolovrat (lidijakolo-vrat.com), de Alexandra Moura (alexandramoura.com) e deNuno Gama (nunogama.pt). Se bater fome, vale ter ano-tadonaagenda:a Cevicheria (PedroV,129),dochefKikoMartins, com bons ceviches e empanadas, e a pizzaria ZeroZero (Politécnica, 32), que trouxe pizzaiolos e ingredientesdiretamente de Nápoles para garantir o vero sabor italiano. c a p i ta l c u l tApesardessanovaface,Lisboanãoperdeuseuladotradicio-nal. Passado e presente encontraram o equilíbrio por aqui.O amor às coisas portuguesas continua presente e algunsdos ícones populares ganharam status de cult. Tanto que aa Vida Portuguesa (avidaportuguesa.com)vivedetrans-formarantigasreferênciasemobjetosdodesejo.Naunidadedo Chiado ou no Intendente, suas prateleiras estão cheiasde mimos, como as andorinhas de cerâmica de Bordalo Pi-nheiro,ossabonetesAchBritoeClausPorto(ospreferidosdaapresentadoraOprahWinfrey),osbordadosdeVianadoCasteloeasmantasalentejanas,entreoutrosachados.Tudocomumolharfresh.Nomesmoestilo,aburel(burelfactory.com), também no Chiado, deu vida nova às clássicas lãs daSerradaEstrela.Alémdotecidoqueemprestaonomeàloja,tweeds, tartãs e pied de poule estão em mantas, cachecóise peças de decoração. Um achado superfofo? As almofadasde bondinhos recortados de lã amarela.Asfamosasconservassãooutroprodutoantigoquevolta-ramàmoda.EsqueçaaslatinhasqueconhecemosnoBrasil.Eváalémdastradicionaissardinhas(ótimas,porsinal).Ex-perimente as de bacalhau, enguia, mexilhão, polvo, maris-cos,carapaus,lagostas...Sãofáceisdeencontrarpelacidade,mas dois endereços são obrigatórios: a Conserveira de lisboa (conserveiradelisboa.pt), tradicionalíssima, funda-da em 1930, que trabalha com as marcas Tricana, Prata doMar e Minor, e a loja das Conservas (Rua do Arsenal,130), criada há dois anos para promover a produção de 18empresas conserveiras. Um bônus: as embalagens lindas!Quer provar antes? Vá até a Praça do Comércio, pertinhodeondeestãoasduaslojas.Ali,orestauranteCan the Can(canthecanlisboa.com)usaasconservasemversõesgourmet.Experimente a tiborna de bacalhau – uma espécie de brus-chetta que vale por um almoço leve. Delícia!Não longe dali encontra-se o Mude (www.mude.pt),Museu do Design e da Moda, imperdível para quem amaosdoistemas.Inauguradoem2009,eleabrigaacoleçãode1 362 itens de Francisco Capelo no prédio do antigo Ban-co Nacional Ultramarino. Peças icônicas de McQueen,Balenciaga, Dior, Vivienne Westwood, Courrèges e PacoRabanne, entre outros, dividem espaço com grifes de ar-quitetura e design, como Le Corbusier e Charles Eames,sugerindo um diálogo interessante entre moda e design,luxo e alta-costura. Até o fim de 2017, os seis pisos devemganhar restaurante panorâmico no terraço, cafeteria, lojacom objetos de design e espaço para oficinas. Em umafrase: incrível agora, melhor muito em breve. Almofada com bondinhos recortados da Burel. Ao lado, detalhe da PR 21 e a Cevicheria, ambas no bairro Príncipe Real. Look de emilio Pucci, de 1960, ao lado de vespa, no mude. À dir., restaurante Can the Can e latarias da Conserveira. FoToseLiaNasaNChesedivuLgação FoToJoaNaviaNa www.elle.com.br 251 eLLe
  • 25. Lisboa Vista de Fora | TURISMODELISBOA| 33 L todas as grandes marcas de luxo internacional e lojas multi-marca. É nesta ampla alameda que também se pode aproveitar um dos mui- tos quiosques para descansar, enquanto se bebe um copo de vinho ou um café, podendo ouvir-se música ao vivo ao fim-de-semana. Deixando para trás a baixa lisboeta, um dos ro- teiros mais turísticos da cidade, a sugestão se- guinte é subir para o Bairro Alto, passando pela rua Dom Pedro V até chegar ao Príncipe Real. Todo este circuito fica numa das zonas mais históricas, conhecida pelos bares e antiquários. Hoje, após um grande projeto de rejuvenes- cimento, acolhe galerias multimarca, indoor markets, lojas de arte e decoração, entre tantos outros conceitos capazes de atrair habitantes locais e estrangeiros. É também aí que encon- tram vários restaurantes da moda e lojas com produtos gourmet (como chocolate, chás, vinho ou doces). Apesar desta faceta mais moderna, Lisboa é uma cidade com uma grande história, pelo que a jornalista mostra este equilíbrio e como é apreciado, sendo referidas algumas das atra- ções mais emblemáticas como os Jerónimos, o bairro histórico de Alfama, as colinas e os elé- tricos, o Fado e o rio Tejo. Adicionalmente, é sugerido um roteiro de lojas em que se vê “o amor às coisas portuguesas” e que foram capa- zes “de transformar antigas referências em ob- jetos de desejo” como os sabonetes Ach Brito, peças de cerâmica Bordalo Pinheiro, bordados ou mantas, entre tantas outras peças. Algumas dessas lojas encontram-se em duas das zonas mais emblemáticas da cidade, o Chiado ou o Largo do Intendente. Quase a fechar o artigo, a jornalista sugere ainda um passeio pelo Terreiro do Paço onde é possível provar alguns petiscos portugueses, como as tradicionais conservas, e aí perto merece uma visita o MUDE - Museu do Design e da Moda, “imperdível para quem ama os dois temas”.
  • 26. T | Tesouros |TURISMODELISBOA 34 CONVENTO DA ARRÁBIDA LOCAL DE CULTO QUE NASCEU DE UMA PROMESSA Construído no século XVI, o Convento da Arrábida destaca-se pela sua beleza natural e ímpar. Localizado numa área que abrange 25 hectares, na encosta da serra e com uma vista privilegiada sobre o Atlântico, inclui o Convento Velho, situado na parte mais elevada, o Convento Novo, localizado a meia encosta, o Jardim e o Santuário do Bom Jesus. da primitiva instalação, o Convento Velho. Ter- minava desta forma a vida eremítica dos cinco religiosos e passou a ser possível começar a re- ceber noviços naquele local. Nos anos seguintes, a comunidade franciscana prosperou e modificou-se a espiritualidade dos frades fundamentada na Regra de S. Francisco de Assis, na qual S. Pedro de Alcântara teve um papel relevante. Foi D. Jorge de Lencastre, filho do primeiro Duque de Aveiro, que mandou proceder à edificação da cerca do convento, promoveu uma maior aproxi- mação das celas dos religiosos, que até então se encontravam dispersas pela serra, e que iniciou outras obras que vieram a completar-se apenas após da sua morte. O seu primo, D. Álvaro, mandou construir a hos- pedaria e projetou as guaritas que ligam o con- vento ao sopé da montanha, deixando, contudo, três por acabar. Foi depois D. Ana Manique de Lara, nora de D. Álvaro, que mandou construir duas capelas, enquanto o filho de D. Álvaro, D. António de Lencastre, mandou edificar, em 1650, o Santuário do Bom Jesus. O  Convento Novo ficou assim concluído em 1662, edificado na encosta da serra da Arrábi- da, do lado sul, com a frente para o mar, sendo constituído por um agrupamento de pequenas celas, igrejas e outras dependências. Viria poste- riormente a integrar uma igreja mais ampla, um mosteiro com mais oficinas e mais terreno para cultivo. Até então, incluía também um jardim, envolvente do Santuário do Bom Jesus e algu- mas casas onde eram alojados os peregrinos. De referir que a igreja do Convento era um local de descanso para algumas das pessoas que se destacaram pela posição ilustre que tiveram ao longo da sua vida e pelas suas virtudes. Como curiosidade fica o registo de uma das len- das associadas à imagem da Nossa Senhora da A história do Convento da Arrábida iniciou-se com um presente de D. João de Lencastre, pri- meiro duque de Aveiro, a Frei Martinho no final da década de 1530. Foi assim que a Serra da Arrábida, onde já existia uma ermida, foi ofe- recida, por promessa, a Frei Martinho para que este pudesse levar uma vida de reclusão, dedi- cando a sua vida à Nossa Senhora da Arrábida. Frei Martinho de Santa Maria, como passou a ser chamado, em conjunto com Frei Pedro de Alcântara, Frei Diogo, Frei João Aquila e Frei Fran- cisco Pedraita criaram a primeira comunidade do Convento da Arrábida, vivendo em celas escava- das nas rochas. Já tinham decorrido dois anos da vida da comu- nidade da Arrábida quando, em 1542, o Padre- -geral da Ordem Franciscana Frei João Calvo incorporou a ermida na Ordem e autorizou a construção do Convento Novo, obra iniciada por D. João de Lencastre – aquele nome distinguia
  • 27. Tesouros | T TURISMODELISBOA| 35 As visitas ao Convento Novo realizam-se, mediante marcação prévia, nos seguintes dias: quartas-feiras, sábados e domingos. Entrada: 5€ Grupos com mais de 15 pessoas: 3€ por visitante Crianças até 6 anos: Gratuito Estudantes e maiores de 65 anos: 3€ Informação útil Preços Arrábida existente na Ermida da Memória. Se- gundo a história, esta foi trazida para o Convento Novo quando este se fundou, mas três vezes se ausentou para o local a que pertencia. A nova imagem era de pedra, estava sentada numa cadeira e tinha no braço esquerdo um Menino Jesus que numa das mãos pegava numa ave e com a outra arrancava um espinho do pé, sinal da aspereza da vida na serra. Um guardião do convento achou pouco própria a posição sentada e resolveu por a imagem de pé, mandando-a serrar a construir-lhe um meio corpo de madei- ra. Dado o facto de a mão direita estar pegada à cadeira, fez-lhe outra, em que pôs um ceptro. Estas alterações foram, como seria de esperar, motivo de forte contestação quer por parte dos frades quer por parte daqueles que se têm inte- ressado pela história do mosteiro. Em 1834, a extinção das ordens religiosas fez com que todo este emblemático património ficasse ao abandono, causando a sua degradação. Contudo, devido ao reconhecimento do seu valor histórico e patrimonial, o Convento foi adquirido pela Casa de Palmela que optou pela execução de obras de restauro na década de 40 e 50, já no século XX. Desde 1990, o convento da Arrábida e a área na qual este se insere, pertencem ao patrimó- nio da Fundação Oriente. Foram vendidos por Manuel de Souza Holstein Beck e entregues à fundação, uma vez que esta tinha todas as con- dições necessárias à preservação destes monu- mentos que representam uma parte da história de Portugal, e ainda condições para manter em segurança todos os valores que os antepassados entregaram aos arrábidos no século XVI. O Convento da Arrábida é, sem dúvida, um peda- ço de história e cultura portuguesa marcante, que deve por este motivo ser preservado e gradual- mente reconhecido através do desenvolvimento do turismo interno e externo no nosso país. As instalações do convento encontram-se disponíveis para acolher outras instituições que pretendam efetuar encontros, estudos ou seminários de cariz cultural, profissio- nal, cientifico ou de reflexão pessoal. Para mais informações entre em Contacto com a Fundação Oriente ou com o Convento da Arrábida. Cedência de Instalações
  • 28. T | Tendências |TURISMODELISBOA 36 TURISMO EM LISBOA COMO CONSOLIDAR OS RESULTADOS E ENFRENTAR OS DESAFIOS O Turismo na cidade de Lisboa é um fator de dinamização da economia, que contribui para que a cidade seja cada vez mais dinâmica, internacional, vibrante e atrativa. A forma como se quantifica o seu impacto na economia e se adequam necessidades ou otimizam recursos é um novo caminho a consolidar. A performance da cidade de Lisboa como des- tino turístico é claramente um fator de orgulho da cidade e de Portugal, o que está consubs- tanciado nos inúmeros prémios que a cidade tem ganho, como por exemplo; Best short-brake (Insider Travel Media Awards), European best Destination (2.º lugar), Melhor Destino de Férias no Inverno – Vacation Rankings / v.s. News Travel 2.º lugar) e no 9.º lugar em termos de taxa de ocupação, no ano de 2015, segundo o estudo da PwC, European Cities Hotel Forecast, o qual compara as 19 cidades mais relevantes em termos turísticos na Europa. Lisboa é ainda uma das três cidades europeias com maior cres- cimento do preço médio por quarto (RevPar). O turismo na cidade de Lisboa é um fator de dinamização da economia da cidade e antevê- -se que venha a contribuir como um elemento para que Lisboa seja, cada vez mais, uma cidade dinâmica, internacional, vibrante e atrativa. O sucesso de Lisboa é uma realidade que resulta de um conjunto de fatores; a cidade e os seus arredores têm um património histórico, natural, cultural, ambiental e climático ímpar; os investi- mentos ajudaram a potenciar esse património, divulgando o mesmo e simultaneamente crian- do as condições para receber um número cres- cente de turistas e a geopolítica internacional, a fraqueza do euro e uma ligeira recuperação económica nos maiores mercados emissores, tornaram o destino particularmente atrativo. No entanto, a informação disponível, nomeada- mente a quantitativa sobre o impacto do turismo na economia e na qualidade de vida da cidade e do país é limitada, e em alguns casos, insufi- ciente. Segundo o WEF – Travel Competitiveness Index 2012 e 2015 -, Portugal é o 87.º país no que respeita à qualidade e cobertura das esta- tísticas para o setor do turismo, o que impede a fundamentação rigorosa de tomada de deci- são e até a antecipação de alguns desafios que a cidade enquanto destino turístico vai ter de enfrentar. O turismo na cidade é muito mais que o alo- jamento em hotéis, que as chegadas ao Ae- roporto de Lisboa, que as visitas às principais atrações, que as refeições na competitiva e diversificada oferta de restauração. O turismo na cidade é também o investimento em nova oferta, o alojamento local (recentes estimativas da AHP - Associação de Hotelaria de Portugal - AHP apontam que já pode representar 40 por cento da oferta total de alojamento), inúmeras atividades de animação turística, a oferta de serviços de educação (o número de estudantes estrangeiros que estuda e vive em Lisboa tem vindo a crescer significativamente) e a oferta de serviços de saúde. É ainda necessário ter em consideração a chegada de um número cres- cente de novos residentes, atraídos pelas opor- tunidades de investimento e pela qualidade de vida da cidade. Os contornos e impactos desta dinâmica, que não se esgota nas referências anteriores, são em grande parte desconhecidos; não existe in- formação sobre a mesma e a que existe está dispersa e não é objeto de sistematização e tra- tamento, de forma a poder ser usada de forma efetiva na consolidação dos resultados e em es- pecial na tomada de decisões para enfrentar os desafios que vão ser colocados à cidade. A sustentabilidade do crescimento do Turismo em Lisboa está dependente da gestão de diver- sas variáveis e das exigências da “nova popu- lação”, do impacto do turismo na qualidade de vida de quem reside na cidade e nas característi- cas intrínsecas de Lisboa, que constituem fatores de atração. A satisfação destas exigências e do equilíbrio entre a “nova população” e a população local é um dos desafios dos próximos anos. No presen- te assiste-se ao impacto positivo da reabilitação do centro histórico da cidade, mas a mudança do paradigma da ocupação do espaço vai ter im- pactos que é necessário estudar e prever. É também necessário ter em consideração a car- ga diária do movimento dos turistas nos princi- pais pontos turísticos da cidade, que se espera vir a aumentar, pelo que é importante tomar medidas atempadas, de forma a não originar si- tuações de rutura do equilíbrio da qualidade de vida nesses locais. Urge, assim, para além de organizar e siste- matizar a informação disponível, recolher de forma sistemática informação adicional – so- bre o alojamento local, os percursos efetuados pelos turistas na cidade (existe metodologia e tecnologia para o fazer) de forma a identificar, com antecipação, pontos de saturação ou mes- mo de rutura e criar soluções alternativas antes
  • 29. Tendências | T TURISMODELISBOA| 37 da sua ocorrência, sobre o ritmo de “proces- samento” de turistas pelas principais atrações turísticas (melhorando o mesmo e a própria ex- periência do visitante), a mobilidade do turista na cidade e na grande Lisboa (comunicando a diversidade da oferta e melhorando a mesma), de forma a aliviar a concentração dos mesmos nalguns pontos que, sendo de interesse, não são obrigatórios para alguns segmentos da pro- cura, o impacto económico de alguns eventos por entidades independentes e com know-how específico. Há que criar novos produtos e novas ofertas, que fomentarão a repetição das visitas mas des- congestionando os pontos sensíveis em termos de carga. Trabalhar “em rede”, de uma forma consistente para, articulando as disponibilidades e os interesses de cada um dos stakeholders públicos e privados, levar à consolidação dos resultados e à adequada resposta aos desafios. Estamos a tempo de dar corpo a este trabalho, de forma a evitar situações de rutura ou de pré rutura, que já se estão a verificar noutras cida- des e destinos europeus, cujas consequências poderão ser importantes para o setor e para a economia nacional, que tem uma oportunidade relevante para gerar crescimento, emprego e in- vestimento na melhoria das condições de vida da população local. As questões acima são importantes, pelo que é necessário agir ou seja, decidir, trabalhar e produzir resultados, a Cidade e o País assim o requerem. “É bom comemorar o sucesso, mas é importante prestar atenção às lições do passado” (Bill Gates). César Gonçalves Partner da PwC |Tourism Leader
  • 30. | Relatório de Atividades |TURISMODELISBOA 38 R abril 2016 ASSOCIATIVISMO ÓRGÃOS SOCIAIS ATIVIDADES INSTITUCIONAIS > Dia 7 de abril – Inauguração do Peixe em Lisboa 2016; > De 7 a 17 de abril - Peixe em Lisboa 2016; > Dia 8 de abril – Reunião de Direção; > Dia 14 de abril – Assembleia Geral da Rota de Vinhos da Península de Setúbal; > Dia 15 de abril – Jantar Fórum Turismo Portugal Tourism Challenge 2016; > Dia 27 de abril – Reunião de Direção; > Dia 27 de abril – Assembleia Geral Ordinária; > Dia 27 de abril – Assembleia Geral Eleitoral. DESENVOLVIMENTO DO ASSOCIATIVISMO REVISTA DO TURISMO DE LISBOA Edição do 148.º número da Revista Institucional do Turismo de Lisboa. Esta publicação foi enviada para os Associados, Delegações do TdP, lista institucional do TL, Organismos Oficiais ligados ao turismo, trade do setor, imprensa especializada. A Revista tem uma aplicação para iPad. CONSULTA A ASSOCIADOS Durante o mês de março foram feitas as seguintes consultas: Alojamento 29 Restaurantes 16 Agências de Viagem 8 Passeios e Circuitos 3 Transferes 3 Guias 1 Fado 1 Gastronomia e Vinhos 2 TOTAL 63 GESTÃO DOS PROCESSOS DE ADESÃO Durante o presente mês foram enviadas 6 cartas de captação de membros associados, entre as quais se destacam 3 empresas de Passeios e Circuitos Turísticos, 1 Agência de Viagens, 1 empresa de Rent-a-Car e 1 Fornecedor de Bens e Prestador de Serviço. Durante o mês de abril foram enviadas 59 propostas de adesão. OUTROS Atualização contínua dos associados nas bases de dados, no site e nas publicações Follow Me e RTL. MAILINGS ENVIADOS Durante o mês de abril foram enviados os seguintes mailings: > Mapa de ligações aéreas para Lisboa; > Follow Me via email; > Boletim LSC; > “Peixe em Lisboa 2016”; > “Convite PwC: European Cities Hotel Forecast for 2016 and 2017”; > “Convocatória e OT para AG” (Efectivos); > “Cluster Dorothy - Projeto piloto de logística urbana e turismo de compras” (Observatório – Hotéis de 4* e 5* em Lisboa). PROMOÇÃO TURÍSTICA PROMOÇÃO DO DESTINO – AÇÕES MULTIPRODUTOS CANAIS ONLINE DESENVOLVIMENTO E MANUTENÇÃO DO SITE > Adaptação de imagens aos diferentes formatos; > Adaptação de textos e hiperligações; > Seleção e adaptação de conteúdos para a homepage; > Introdução dos PDF’s das publicações mensais; > Produção do novo site. PROMOÇÃO NOS MOTORES DE BUSCA > Implementação da campanha de search. PROMOÇÃO EM SITES DE VIAGEM > Avaliação das propostas online feitas ao mercado. REDES SOCIAIS > Posts Facebook: 40 > Tweets Twitter: 54 VISITAS AO SITE: 92 376 Participação do Destino em certames generalistas (FITUR, ABAV, ITB, WTM, e MITT) MULTIMERCADOS - Gestão da participação da ARPT Lisboa e do seu trade nos certames internacionais de 2016, através do portal Feiras do TdP. PROMOÇÃO CITY & SHORT BREAKS PRESS TRIPS E AÇÕES COM MEDIA ALEMANHA – Revista “Focus”, em colaboração com o TP. Programa realizado na Região de Lisboa. Presente 1 elemento; ALEMANHA – Jornalista freelance – Ekkehart Eichler. Programa realizado em Lisboa. Presentes 2 elementos; ALEMANHA – Revista “Brigitte”, em colaboração com o TP. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento; ARGENTINA – Jornalista freelance – Luís Angio. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento; País de Origem Sessões % Novas sessões Novos Utilizadores Duração média da sessão 92.376 81,63% 75.405 00:02:14 1 Portugal 35.238 78,1% 27.513 00:01:38 2 Brasil 8.928 83,4% 7.447 00:02:11 3 França 7.885 82,5% 6.507 00:03:08 4 Alemanha 6.657 85,2% 5.671 00:02:52 5 Espanha 5.746 84,5% 4.856 00:02:42 6 Itália 5.281 83,5% 4.411 00:03:00 7 Reino Unido 4.940 85,3% 4.213 00:02:08 8 Estados Unidos 2.899 88,6% 2.567 00:01:46 9 Holanda 1.442 81,5% 1.175 00:02:42 10 Bélgica 1.333 82,0% 1.093 00:02:58
  • 31. Relatório de Atividades | TURISMODELISBOA| 39 R BRASIL – Revista “Viagens e Turismo”. Programa realizado em Lisboa e na Região de Lisboa. Presente 1 elementos; BRASIL – Jornal “Diário Catarinense”. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento; ESPANHA – Jornalista Freelance – Juan Antonio Narro. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento; ESPANHA – Jornal online “Expresso” - programa realizado em Lisboa. Presentes 2 elementos; ESPANHA – Jornal “ABC”. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento; ESPANHA – Jornalista freelance – Jorge Guitián. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento; EUA – “Grupo Corinthia”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 7 elementos, dos seguintes meios de comunicação: “Travel Write Draw Blog”; “Travel Blog Bon Traveler”; “Portal Jetsetter”; “Revista Travel”; “Revista National Geographic”; “Revista Bella”; EUA – TV “House Hunters”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 6 elementos; EUA – Revista de bordo “United Airlines”. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento; EUA – Revista online. “About.com Sustainable”. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento; FRANÇA – Revista “Le Parisien Magazine”. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento; FRANÇA – Ação Rádio “FG”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 2 elementos; FRANÇA – Guia “Le Petite Futée Brestoise”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 2 elementos; FRANÇA – TV “TF1”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 3 elementos; FRANÇA – Revista “Le quotidien du Tourisme”, em colaboração com o TP. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento; FRANÇA – Blogue: “La Petite Futée Brestoise”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 2 elementos; FRANÇA – Revista “Air France Magazine”. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento; FRANÇA – Revista “Fashizblack”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 6 elementos; FRANÇA – Revista “MAdorf”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 2 elementos; HOLANDA – Revista “Link Magazine”. Programa realizado na Região de Lisboa. Presentes 2 elementos; HOLANDA – “Ruta Ibérica”. Programa realizado na Região de Lisboa. Presentes 2 elementos; ÍNDIA – Jornalista freelance – Divanshi Mody. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento; Itália – Jornalista freelance – Anna Mayer. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento; NORUEGA – “Bjorn Moholdt”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 2 elementos; REPÚBLICA CHECA – Revista “ELLE”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 8 elementos; REINO UNIDO – Revista “Cruise International”. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento; REINO UNIDO – Vídeo promocional “Monarch Airways”, em colaboração com o TP. Programa realizado em Lisboa. Presentes 2 elementos; REINO UNIDO – “BBC Radio”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 2 elementos; REINO UNIDO – Jornal “The Independent”, em colaboração com o TP. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento; REINO UNIDO – Guia “Rough Guides”, em colaboração com o TP. Programa realizado na região de Lisboa. Presente 1 elemento; REINO UNIDO – Jornal “The Guardian”. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento; REINO UNIDO – Revista “Little White Lies”. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento; SUÉCIA – Jornalista Freelance – Dagens Nyheter – em colaboração com o TP. Programa realizado em Lisboa. Presente 1 elemento; TAILÂNDIA – Revista “Living etc”. Programa realizado em Lisboa e na Região de Lisboa. Presentes 2 elementos. Parcerias com Operadores Turísticos HOLANDA – Parceria de promoção com operador “TUI - NL”. Fam Trips com Operadores e Agentes de Viagens MULTIMERCADOS – Fam trip “Encontro com Operadores Lisboa – I”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 22 participantes; MULTIMERCADOS – Fam trip “AEHL”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 37 participantes; ALEMANHA - Fam trip “Thomas Cook/Dianatours”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 26 participantes. APOIO MEIOS DE COMUNICAÇÂO ALEMANHA – Revista “Merian”; ESPANHA – Revista “Glamour”; ESPANHA – Revista “Mujer Hoy”; EUA – Jornalista freelance “http://jbcanepa.com”; FRANÇA – Portal “Class Tourisme”; FRANÇA – Revista “Le Filon Mag”; FRANÇA – Revista “M Sainte”; FRANÇA – Revista “Whisky Magazine & Fine Spirits”; ITÁLIA – Jornal “Il Giornale”; ITÁLIA – Revista “Polo Weekend Premium”; POLÓNIA – Revista “Lost in Fashion”; REINO UNIDO – Revista “Food and Travel Magazine”; REINO UNIDO – Guia “Hg2”; REINO UNIDO – Revista “BA the executive lounge magazine”; REINO UNIDO – Revista “Easyjet Traveller”; REINO UNIDO – Revista online “Hero & Leander”; REINO UNIDO – Guia “Lonely Planet”. ENTREVISTAS ESPANHA – Rádio “Canal Extremadura/Peixe em Lisboa”; ESPANHA – Rádio “Canal Extremadura/Indie”. PROMOÇÃO MI – MEETINGS INDUSTRY Participação Institucional em certames especializados de MI (EIBTM, IMEX Frankfurt, IMEX América e C&IT) IMEX Frankfurt – 13.ª edição da IMEX. Presentes 33 empresas Associados do TL. Presentes 2 representantes do LCB, no módulo de Destino LCB, com 2 agendas de reunião.
  • 32. | Relatório de Atividades |TURISMODELISBOA 40 R PROMOÇÃO E APOIO A CONGRESSOS E INCENTIVOS WTA 2018 – Candidatura de Lisboa; EADV 2020 – Candidatura de Lisboa. APOIO A EDIÇÕES EM LISBOA Colloqium ISEG 2016. Campanha de Publicidade Específica Análise das propostas recebidas para este ano; Produção de peças criativas para a campanha. Fam Trips Mercado EUA – Ação iniciativa do Associado Abreu. Apoio do LCB com jantar em restaurante associado; Mercado EUA – Ação iniciativa do Associado Oásis. Apoio do LCB com jantar em restaurante associado; Mercado Austrália – Ação iniciativa do associado PTT. Apoio do LCB com jantar em restaurante associado; Mercado México – Ação iniciativa do associado AIM em parceria com o Corinthia e TAP Portugal. Apoio do LCB com almoço em restaurante associado. Visitas de Inspeção Argentina Leisure Express Abril. PROMOÇÃO GOLFE CAMPANHA DE PUBLICIDADE ESPECÍFICA Implementação da campanha online; Produção de banners. Press Trips HOLANDA – Press Trip “Zin”. Programa realizado em Lisboa. Presentes 2 elementos; REINO UNIDO - Press Trip “Today’s Golfer”. Programa realizado em Lisboa e na Região de Lisboa. Presente 1 elemento. PROMOÇÃO DE OUTROS PRODUTOS Cruzeiros Parceria com agente do setor/operador de cruzeiros Pullmantur; Parceria com agente do setor/publicação de cruzeiros Intotheblue Media. Housing Avaliação das propostas recebidas. Birdwatching Elaboração de plano de Meios – Imprensa & Online. PLANO DE COMERCIALIZAÇÃO E VENDAS PARTICIPAÇÃO DAS EMPRESAS EM FEIRAS E OUTROS CERTAMES (FITUR,ABAV, ITB, WTM, VAKANTIBEURS, MITT, TTG INCONTRI, EIBTM, IMEX FRANKFURT, IMEX, AMÉRICA, IGTM, BMW OPEN, SCANDINAVIAN MASTERS E OUTROS CERTAMES) MULTIMERCADOS - Gestão da participação da ARPT Lisboa e do seu trade nos certames internacionais de 2016, através do portal Feiras do TdP. Workshops City & Short Breaks Encontro com Operadores/Workshop Lisboa – I. Organização e produção. Presentes 22 empresas (buyers) e 20 empresas associadas (suppliers). Sales Blitz MI Mercado Alemanha – Iniciativa do LCB com a presença de uma Equipa de 3 Associados LCB, respetivamente - Hotel Cascais Miragem, Hotel Lisboa Marriott, Cititravel DMC. A ação decorreu em Munique, com 11 reuniões. Organização e acompanhamento da exclusiva responsabilidade do LCB. PROGRAMA DA INICIATIVA DAS EMPRESAS Programas com grupos de empresas Receção de propostas dos seguintes grupos de associados: Haliotis/Hotel do Mar. PROGRAMAS COM EMPRESAS INDIVIDUAIS Receção de propostas dos seguintes associados: APL. MELHORIA DA INFORMAÇÃO E QUALIDADE DE SERVIÇO PRODUTOS PARA TURISTAS LISBOA STORY CENTRE: 8.492 visitantes ARCO DA RUA AUGUSTA: 16.033 visitantes INFORMAÇÃO TURÍSTICA TURISTAS ATENDIDOS: 171.703 PEDIDOS DE INFORMAÇÃO ESCRITOS RESPONDIDOS: 202 PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE EXPERIÊNCIAS MULTICENTRALIDADE LISBOA CARD: 14.834 cartões vendidos MITOS E LENDAS DE SINTRA: 786 visitantes Roteiros “Lisbon Stories” Roteiro do Palácio dos Marqueses de Pombal – Pesquisa para produção de guião indicativo para um roteiro. PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA CENTRALIDADE DE LISBOA Desenvolvimento de Ofertas ligadas aos miradouros e Cristo-Rei (Almada) Reunião com a Câmara Municipal de Almada sobre a execução dos projetos no eixo Cacilhas – Cristo Rei. PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA CENTRALIDADE DA ARRÁBIDA Estruturação do produto, Turismo de Natureza e Gastronomia e Vinhos Reunião do Grupo de Trabalho do Turismo de Natureza. PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA CENTRALIDADE O ARCO DO TEJO Estruturação do produto, Turismo de Natureza e Gastronomia e Vinhos Reunião com a Câmara Municipal do Montijo referente a um projeto com conteúdos ligados ao Turismo Náutico.