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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE HUMANIDADES
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO
CURSO DE BIBLIOTECONOMIA
DAYANNE ALBUQUERQUE ARAÚJO
ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO EM MEMORIAIS: UMA PROPOSTA PARA
CRIAÇÃO DO WEBSITE DO MEMORIAL DA UFC A PARTIR DOS SISTEMAS DE
MORVILLE E ROSENFELD
FORTALEZA
2013
DAYANNE ALBUQUERQUE ARAUJO
ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO EM MEMORIAIS: UMA PROPOSTA PARA
CRIAÇÃO DO WEBSITE DO MEMORIAL DA UFC A PARTIR DOS SISTEMAS DE
MORVILLE E ROSENFELD
Monografia apresentada ao curso de
Biblioteconomia do Departamento de Ciências
da Informação da Universidade Federal do
Ceará, como requisito parcial para obtenção de
título de Bacharel em Biblioteconomia.
Orientador: Prof.° Arnoldo Nunes da Silva.
FORTALEZA
2013
A663a Araújo, Dayanne Albuquerque
Arquitetura da informação em memoriais: uma proposta para
criação do website do Memorial da UFC a partir dos sistemas de
Morville e Rosenfeld /Dayanne Albuquerque Araújo. 2013.
73 f.
Orientador: Prof. Arnoldo Nunes da Silva
Monografia (Graduação) - Universidade Federal do
Ceará, Departamento de Ciências da Informação,
Fortaleza, 2013.
1.Arquitetura da informação. 2. Websites. 3. Memori-
ais. I Universidade Federal do Ceará. II. Título.
DAYANNE ALBUQUERQUE ARAÚJO
ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO EM MEMORIAIS: UMA PROPOSTA PARA
CRIAÇÃO DO WEBSITE DO MEMORIAL DA UFC A PARTIR DOS SISTEMAS DE
MORVILLE E ROSENFELD
Monografia apresentada ao curso de
Biblioteconomia do Departamento de Ciências
da Informação da Universidade Federal do
Ceará, como requisito parcial para obtenção de
título de Bacharel em Biblioteconomia.
Orientador: Prof.° Arnoldo Nunes da Silva.
Aprovada em: ___/___/____.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________
Professor Arnoldo Nunes da Silva (Orientador)
Universidade Federal do Ceará (UFC)
_______________________________________________
Professora Adriana Nóbrega da Silva
Universidade Federal do Ceará (UFC)
_______________________________________________
Professora Odete Máyra Mesquita Coelho
Universidade Federal do Ceará (UFC)
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos que estiveram presentes em minha trajetória acadêmica: todo o
corpo docente do Departamento de Ciências da Informação, colegas mais próximos da sala de
aula, família e amigos.
Especialmente ao meu orientador, Professor Arnoldo, demonstrando atenção ao meu
estudo e sendo extremamente complacente.
Á banca composta pelas professoras Adriana Nóbrega e Máyra Mesquita, que
aceitaram meu convite e que as admiro pela sua simpatia e conhecimento.
Á Adelaide Gonçalves, professora do curso de história, por me mostrar diversos
caminhos para minha atuação profissional, assim como na trajetória pessoal.
Á Marcela G. Teixeira, arquivista da Universidade Federal do Ceará, por possibilitar a
realização deste estudo, por enriquecer meu conhecimento na área arquivística e apoiar
minhas ideias como bolsista do Memorial da Universidade Federal do Ceará.
Aos meus colegas do projeto de extensão, Projeto Novo Vestibular, por contribuírem
com dados para realização deste estudo. E por acrescentarem tanto na minha formação
profissional com essa interação interdisciplinar que o projeto possibilita.
E as minhas amigas Ana Luzia Feitosa e Márcia Cunha, pela força e incentivo para a
conclusão deste.
Obrigada a todos.
“Se soubéssemos quantas e quantas vezes as
nossas palavras são mal interpretadas, haveria
muito mais silêncio neste mundo.”
(Oscar Wilde)
RESUMO
Esta monografia apresenta um breve estudo sobre o tema Arquitetura da Informação, e
objetiva aplicar os métodos desta em ambiente web de memoriais, priorizando organização,
“encontrabilidade” e facilidade de uso do conteúdo informacional para sua disseminação,
expondo a arquitetura da informação como ferramenta eficaz de organização informacional
em websites, especificando as etapas de construção conceitual de uma página web e
resultando na proposta de um website estruturado a partir da metodologia de Rosenfeld e
Morville (2002) em arquitetura da informação. Utiliza como metodologia, a pesquisa
bibliográfica e quantitativa, através de aplicação de um formulário aberto e questionário.
Assim como também, métodos do Benchmarking, para análise de portais dentro da temática
de memoriais, e Card Sorting para validação da terminologia e categorização dos rótulos. E
após a análise destes dados coletados, torna-se possível a apresentação de wireframes de um
site para o Memorial da Universidade Federal do Ceará, que objetiva divulgar seu acervo e
facilitar a comunicação com a comunidade, fundamentado na Arquitetura da Informação.
Palavras-chave: Arquitetura da informação. Website. Memorial. Memorial UFC.
Organização da informação. Proposta de website.
ABSTRACT
This monograph presents a brief study on the topic of Information Architecture , and
objectively apply the methods in this web memorials environment , prioritizing the
organization , " findability " and ease of use of informational content to its spread , exposing
the information architecture as an effective tool organization of informational websites ,
specifying the conceptual stages of building a web page and resulting in the proposal of a web
site built around the methodology of Rosenfeld and Morville on information architecture .
Used as a methodology to bibliographic and quantitative research , through an open
application and questionnaire form. As well , the Benchmarking methods for analysis of
portals within the theme of memorials and Card Sorting for validation of terminology and
categorization of labels . And after analysis of collected data , it becomes possible to display
wireframes of a website for the Memorial of the Federal University of Ceará , which aims to
promote their collections and facilitate communication with the community foundation in
Information Architecture .
Keywords: Information Architecture . Website. Memorial. Memorial UFC. Organization of
information. Proposal for a website .
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Mapa da rota ferroviária de Yamanote................................................. 15
Figura 2 – Esquemas de organização exatos......................................................... 17
Figura 3 – Sistema ambíguo por tema................................................................... 18
Figura 4 – Sistemas de Organização..................................................................... 18
Figura 5 – Página inicial da Biblioteca Nacional do Brasil................................... 19
Figura 6 - Página do Google+ - Etiquetas textuais e ícones.................................. 20
Figura 7 - Sistema de navegação embutido........................................................... 22
Figura 8 – Mapa do site do Instituto Brasileiro de Museus................................... 23
Figura 9 – Nuvem de tags do portal Flickr............................................................ 23
Figura 10 – Personalização site da Livraria.......................................................... 24
Figura 11 - Sistema de busca................................................................................. 25
Figura 12 – Modelo de etapas da arquitetura de website..................................... 26
Figura 13 – Página inicial do Centro de Memória da UnB................................... 27
Figura 14 – Página inicial do Instituto Roberto Bolsch........................................ 31
Figura 15 – Página inicial do Memorial da Resistência de São Paulo.................. 31
Figura 16 – Sistema de busca no site do Memorial da Resistência de São Paulo 32
Figura 17 – Página do Memorial Brasil Artes Cênicas......................................... 32
Figura 18 – Página do Centro de Memória da UNICAMP.................................... 33
Figura 19 – Portal do Centro de Documentação e Arquivo da UFRG.................. 40
Figura 20 – Portal do MAUC................................................................................ 42
Figura 21 – Portal do Museu da UFRGS.............................................................. 43
Figura 22 – Estrutura de organização e navegação............................................... 44
Figura 23 – Mapa conceitual................................................................................. 45
Figura 24 – Mapa conceitual elaborado pelo público-alvo................................... 46
Figura 25 - Página Inicial proposta para o website do Memorial UFC................ 48
Figura 26 – Breadcrumbs...................................................................................... 49
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 12
2 ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO.......................................................... 13
2.1 A arquitetura da informação em websites..................................................... 16
2.1.1 Sistemas de organização.................................................................................... 17
2.1.2 Sistema de rotulagem......................................................................................... 20
2.1.3 Sistema de Navegação....................................................................................... 21
2.1.4 Sistema de pesquisa........................................................................................... 25
2.2 Metodologia da Arquitetura da Informação em websites........................... 26
3 ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO EM MEMORIAIS......................... 28
4 METODOLOGIA............................................................................................ 35
5 PROPOSTA DE MODELO PARA WEBSITE DO MEMORIAL DA
UFC...................................................................................................................
38
5.1 Pesquisa sobre a instituição............................................................................. 39
5.2 Definição dos sistemas de AI........................................................................... 39
5.3 Projeto do website........................................................................................... 47
6 CONCLUSÃO.................................................................................................. 50
REFERENCIAS............................................................................................... 51
APÊNDICE A – FORMULÁRIO - LEVANTAMENTO DE DADOS
SOBRE A INSTITUIÇÃO...............................................................................
52
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO - TERMOS PARA ROTULAGEM
PRINCIPAL......................................................................................................
53
APÊNDICE C - CARD SORTING – CARTÕES BRANCOS……………. 54
APÊNDICE D- CARD SORTING – CARTÕES AMARELOS.................. 55
APÊNDICE E – APLICAÇÃO DO CARD SORTING................................ 56
12
1 INTRODUÇÃO
Em 1991 foi lançado na web o primeiro site, contendo apenas um texto sobre o que era
a Word Wide Web,criado pelo inglês Tim Berners-Lee. À medida que a linguagem HyperText
Markup Language (HTML) crescia, foi possível incorporar imagens e sons, deixando seu
conteúdo mais atraente. Neste mesmo ano, Richard Saul Wurman, já aplicava conceitos de
arquitetura à informação. O princípio era estruturar e organizar a informação para que os
usuários a associassem da forma mais clara possível.
A arquitetura da informação em websites tem como o objetivo torná-los mais
acessíveis e utilizados de forma plena. Relacionando-se com mecanismos de busca,
estruturação de conteúdo, design de página e outros aspectos inerentes à organização e
usabilidade da informação em meio digital.
Em meio físico, os Memoriais buscam também, a organização, preservação e
disponibilização de seus itens documentais no mais diversos suportes, que contem
informações de extrema relevância memorialística para a sociedade. A fim de disponibilizar
seu conteúdo na web e torná-lo “encontrável” dentro de um site, indispensável é a aplicação
desta ferramenta, que é a Arquitetura da Informação, para aprimorar seus serviços e atender a
demanda de usuários na rede.
Justifica-se pela carência de material bibliográfico em língua portuguesa para sua
disseminação e para desmitificar sua aplicação. Contribuindo assim com o estudo da
arquitetura da informação exemplificando sua aplicação em forma simples em memoriais.
Este estudo tem como objetivo geral:
Aplicar os métodos da Arquitetura da Informação em ambientes web de memoriais,
priorizando organização, “encontrabilidade” e facilidade de uso do conteúdo informacional
para sua disseminação.
E como objetivos específicos:
a) Expor a arquitetura da informação como ferramenta eficaz de organização
informacional em websites
b) Especificar as etapas de construção conceitual de uma página web;
c) Propor um website estruturado a partir da metodologia de Rosenfeld e Morville em
arquitetura da informação.
13
2 ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO
A WWW (World Wide Web ou, simplesmente, Web) é a parte multimídia da Internet,
portanto possibilita a exibição de páginas de hipertexto, ou seja, documentos que podem
conter todo o tipo de informação: textos, fotos, animações, trechos de vídeo e sons
e programas e, especialmente, que permite conexões entre documentos, os chamados links.
Na Internet a informação é colocada em documentos denominados "sites" ou páginas Web.
Assim, a web é formada por milhões de "páginas", ou "sítios", ou "locais" ou "sites", que
podem conter uma ou mais páginas ligadas entre si, cada qual em um endereço particular, em
que as informações estão organizadas. Os sites se apresentam de maneira muito variada e
podem ter tamanho grande ou pequeno, estarem bem organizados ou não,
conter informações importantes ou não. Para encontrarmos determinada informação é
necessário percorrer um longo e ramificado caminho, repleto de alternativas e distrações.
Dentro deste “baú de dados”, na navegação, precisamos fechar diversas pop up’s de
propagandas indesejadas, driblar banners interativos, clicar diversas vezes em links até
acharmos, ou não, aquilo que precisamos.
A princípio, através de um navegador, que seja capaz de permitir o uso total do web
site, previamente precisamos saber seu endereço Uniform Resource Locator (URL). Caso não
o saibamos, recorremos as ferramentas de busca ,como o Google, que com seus motores
varrem a rede cruzando as palavras-chaves e parte dos conteúdos das páginas, com os termos
da pesquisa inseridos pelo usuário. Encontrado o website, analisamos se este é confiável, se
suas informações tem respaldo, se aparenta ser seguro , se seu layout possui boa visibilidade
de leitura, dentre outros pontos que inconscientemente observamos. Após isto, já no site que
acreditamos estar a informação, precisamos entendê-lo. “Que botões existem no menu de
navegação?” ,“Será que estes agrupam informações semelhantes para diminuir meu tempo de
busca?” ,“Quem é o responsável pelo site?” ,“Existe um formulário de contato, e-mail,
endereço ou telefone?” ,“Como utilizar as ferramentas do site?”. Uma página tendo seu
conteúdo “limpo”, organizado e que possamos subentender seu funcionamento, clicaremos no
que parece nos levar ao resultado. No fim deste percurso, com a informação em nossa tela, o
site a disponibiliza? É possível copiar, efetuar o download em formatos compatíveis com o
sistema do nosso computador?
A construção de uma página, muitas vezes é feita sem levar em consideração estas
possíveis indagações, sem o estudo de seu público-alvo, atendendo somente as necessidades
14
do seu criador. Com o objetivo de hierarquizar e organizar as informações no website para que
o usuário possa vir a encontrar com rapidez e precisão o que busca, o arquiteto da informação
faz-se de extrema necessidade para a aplicabilidade e eficácia da página. Elaborando uma
interface bem estruturada, que destaque os principais tópicos oferecidos, mostrando ao
usuário o caminho feito, possibilitando sua volta sem precisar refazer o caminho, prevendo os
passos destes para antecipar ações que o orientem.
A expressão Arquitetura da Informação foi criada pelo arquiteto Richard Saul Wurman,
em 1976, em seu discurso no Instituto Americano de Conferência de Arquitetura, na tentativa
de evitar a ansiedade de informação que já existia naquela época, onde metaforizava a
construção de um edifício, atendendo as necessidades de seus ocupantes com a organização
da informação, tendo o usuário como foco em sua elaboração.
A ansiedade era causada pelo sentimento angustiante provocado pelo excesso de
informação, que diretamente causava o distanciamento entre a compreensão da informação e
o que ela realmente informava.
“O objetivo da Arquitetura de Informação era organizar os padrões
inerentes dos dados e criar a estrutura ou mapa da informação de forma a
permitir que outros encontrem seus próprios caminhos para o conhecimento
tornando o complexo claro. No livro “Information Architects”, Wurman e
outros autores apresentam exemplos de aplicação da nova área que vai desde
um simples mapa de metrô, mapa de museu, imagens de diagnóstico médico,
até um website. Portanto, é possível concluir que a AI não nasceu com a
Internet, mas se encaixa perfeitamente a ela.” (WURMAN, 1997, p.16 apud
CORREA, 2012).
Um trabalho bastante popular de Wurman (1991), utilizado para ilustrar de forma
rápida e clara os resultados de uma boa arquitetura informacional é o mapa da rota ferroviária
da cidade de Yamanote no Japão:
Figura 1 – Mapa da rota ferroviária de Yamanote
15
Fonte: REIS(2008)
O mapa a esquerda não contém informações úteis sobre itinerário e paradas, seu
formato não facilita o entendimento. Já o da direita, sendo circular, com paradas detalhadas,
destacando o Palácio Imperial, facilita a memorização do percurso. A partir das definições de
paradas, os passageiros deduzem o ponto de partida e o de chegada, pois sua rota é circular.
Em 2011,Davenport a define como uma série de ferramentas que adaptam os recursos
às necessidades da informação. Ela conecta os processos, os comportamentos, os métodos, a
estrutura e o espaço físico, incluindo mapas, diretórios e padrões relacionados com o uso e
armazenamento das informações.
Uma das principais razões que levam à elaboração de uma arquitetura é que,
geralmente, as informações estão muito dispersas pela organização, com usos variados, vindas
de muitas fontes e armazenadas em diversos meios e formatos, dificultando o acesso aos
dados. (Davenport, 2001; Mcgee e Prusak, 1994).
Nestes conceitos há diversas características que são atribuídas como palavras-chaves
da Arquitetura da Informação: taxonomia, hierarquização dos conteúdos, navegação cognitiva
através dos espaços de informação e conhecimento, orientação centrada no usuário,
usabilidade das informações, estudos estatísticos, métricas de resultados, indexação, interação
homem-máquina, tecnologia da informação e sistemas de informação. Porém, percebemos
que estes conceitos são bastante abrangentes, podendo a Arquitetura da Informação ser
aplicada em qualquer meio ou suporte informacional.
Em 1998, houve um marco na área: Peter Morville e Louis Rosenfeld, bibliotecários
influenciados pela organização de conteúdos web, produziram trabalhos com uma nova
perspectiva. Não concordavam com o pensamento de Wurman na organização da informação
16
de forma tão superficial somente no design.Esta deve estar organizada em sistemas. Para eles
a arquitetura da informação segue além do design ,chegando estar entre as páginas de um
website, ou seja, nas ligações, na estrutura, enquanto que para Wurman parecia ser o desenho
das páginas, sua apresentação.
Em seu livro “Information Architecture for the wide web” apresentam algumas
definições sobre: O design estrutural de ambientes de informação compartilhados; A
combinação de organização, rotulagem, pesquisa e sistemas de navegação em sites e intranets;
A arte e a ciência de dar forma a produtos de informação e experiências para apoiar
usabilidade e “encontrabilidade” (findability) e uma disciplina emergente e comunidade de
prática focada em trazer princípios de design e arquitetura para a paisagem digital.
Rosenfeld e Morville foram recebidos com enorme sucesso, e no final de 1990 e início
de 2000 a prática de arquitetura de informação era geralmente sinônimo de criação de sites
web. Este trabalho se volta especificamente para a criação de um website a partir do conceito
e métodos destes que serão explicitados mais profundamente nos próximos tópicos.
Atualmente a definição atribuída para a arquitetura da informação, é do Instituto de
Arquitetura de Informação, organização internacional comprometida com a promoção e o
avanço dsta prática:
A arquitetura da informação é a arte e a ciência de organizar e
rotular websites, intranets, comunidades virtuais e software para dar
suporte a usabilidade e a facilidade de obtenção a informações, e
também ,como uma comunidade emergente de profissionais focada
em trazer princípios de design e arquitetura para o ambiente digital.
(INFORMATION ARCHITECTURE INSTITUTE, 2008).
2.2 Arquitetura da informação em websites
Como dito anteriormente, este trabalho seguirá os conceitos e métodos de Arquitetura
da Informação para websites de acordo com o proposto por Peter Morville e Louis Rosenfeld.
Colocando como objetivo no processo de criação de um website: Deixar clara a visão e
missão do site, identificar seu público e necessidades; conhecer o conteúdo a ser ofertado;
harmonizar função do sistema x necessidades dos usuários x objetivos x recursos tecnológicos
adequados; organizar a informação e os sistemas de navegação; determinar o vocabulário a
17
ser utilizado dentro dos links e seções; definir como será o sistema de busca; planejar o
controle e avaliação do site.
Mas para tanto, é necessário conhecer os quatro sistemas de estruturação de
informações: Sistemas de Organização, Sistemas de Rotulagem, Sistemas de Navegação e
Sistemas de Busca.
2.2.1 Sistemas de Organização
“Um esquema de organização define as características compartilhadas de itens de
conteúdo e influencia o agrupamento lógico de tais itens. Uma estrutura de organização define
os tipos de relações entre os itens de conteúdo e dos grupos.” (Rosenfeld e Morville, 2002, p.
58)
Existem diferentes maneiras de organização. Esses sistemas podem ser divididos em
dois grupos: esquemas de organização e estruturas de organização. Os esquemas de
organização são divididos em exatos, ambíguos e híbridos No exato, as informações são
separadas em seções exclusivas e bem definidas. Sendo os critérios alfabéticos e cronológicos
os mais comuns. Bastante útil ao usuário que sabe exatamente o que procura. São
categorizados por: alfabético, cronológico, geográfico, sequencial.
O site da Biblioteca Mundial Digital, exemplificado na Figura 2, tem a sua informação
organizada de forma alfabética no campo de idiomas, cronológica e geográfica no
refinamento da busca. Ressalto aqui que as escolhas das imagens dos portais a seguir foram
feitas pela semelhança com os serviços prestados em memoriais ou que ilustre de forma eficaz
a ferramenta descrita.
Figura 2 – Esquemas de organização exatos
18
Fonte: (http://www.wdl.org/pt/ )
Já o esquema de organização ambígua categorizam as informações com definições não
exatas. Rosenfeld e Morville (2002) citam como exemplo desse tipo de sistema a classificação
do tomate. Para alguns ele pode ser classificado como fruta, para outros, como legume e ainda
há aqueles que o classificam como verdura.
São categorizados por: temas, tarefas, público-alvo, metáforas e híbridos.
No site da Biblioteca do Congresso dos Estudados Unidos, vemos um exemplo da
organização por temas.
Figura 3 – Sistema ambíguo por tema
Fonte: (http://www.loc.gov/index.html )
Figura 4 – Sistemas de Organização
Fonte:REIS(2009)
19
Quanto as estruturas de organização, relacionam-se itens de conteúdo x grupos de
informação. Podendo haver inúmeras formas de apresentação, alguns tipos identificáveis
facilmente na web são os:
a)“Top-down” ou hierárquica. Esta abordagem permite a identificação das principais
áreas do site e os possíveis modos de organização do conteúdo, sem a necessidade de passar
pelo inventário de conteúdo. Tende a ser centrada no usuário, pois foca no comportamento e
necessidades dele para determinar a navegação no website. Das divisões, criam-se subdivisões,
havendo um parentesco com o grupo maior, sempre se ramificando, como um passo a passo
do geral para o específico. No site da Biblioteca Nacional brasileira, visualmente o usuário já
percebe a divisão dos conteúdos. Ao lado esquerdo, o menu de navegação principal, em
“cascata”, onde subpáginas são mostradas ao passar do mouse. Já no centro, o campo de
notícias e nas laterais, pequenos banners para sites externos.
Figura 5 – Página inicial da Biblioteca Nacional do Brasil
Fonte: ( http://www.bn.br/portal/ )
.
b) Base relacional ou “Bottom-up” utiliza informações organizadas em bases de dados
relacionais que permitem a busca por informações específicas que podem ser realizadas em
qualquer campo do registro. É considerada uma organização “bottom-up”, por partir de uma
informação específica para uma geral.
c) A hipertextual organiza a informação de forma não linear através do hipertexto,
20
envolvendo parte da informação com links que remetem para a informação de forma integral
em outra página do mesmo site ou externo.
2.2.2 Sistemas de Rotulagem
A rotulagem ou “etiquetas” é uma forma de representar/identificar uma unidade de
informação em sistemas de hipertextos para remeter o usuário à informação desejada.
Podendo ser representadas de duas formas no meio digital: por grupos de palavras ou ícones.
Podemos identificar este sistema facilmente em uma página na área do Menu. Geralmente
encontramos as palavras: Inicio, Sobre, Equipe, Serviços, Contato. Ou através de ícones,
como uma casinha, que remete a palavra Home, que retorna a página inicial do site, ou uma
lupa para pesquisa.
Figura 6 - Página do Google+ - Etiquetas textuais e ícones.
Fonte: (https://plus.google.com/u/0/ )
A atribuição destes termos ou ícones para cada função daquele hiperlink deve ser feita
de uma forma padronizada tanto externa, assemelhando-se a outros sites, quanto interna,
mantendo-se sua concordância sintáxica e funcional. A aplicação dos conceitos de
Benchmarking, Card Sorting e são indicados para a elaboração destes rótulos.
21
Benchmarking é a arte de descobrir como e porque algumas empresas
podem desempenhar muito mais tarefas do que outras. Podem-se comparar dez
diferenças em termos de qualidade, velocidade e desempenho em custos de uma
empresa média versus outra de classe mundial.(...) envolve as sete etapas seguintes:
(1) determinar em que funções praticá-lo; (2) identificar as principais variáveis de
desempenho a mensurar; (3) identificar as melhores empresas do setor; (4) mensurar
o desempenho dessas melhores empresas; (5) mensurar o desempenho da empresa
em questão; (6) especificar programas e ações para preencher os hiatos; (7)
implementar e monitorar os resultados.” (KOTLER, 1998)
Neste processo de rotulagem, podemos exemplificar pesquisando sites das mesmas
áreas de atuação, verificando os termos utilizados em sua categorização, mensurar sua
repetição podendo ser utilizados como referência no processo de criação.
O Card Sorting é uma técnica para explorar como as pessoas agrupam itens de
informação. Segundo Gafney (2000) permite o desenvolvimento de estruturas que aumentem
as probabilidades de usuários encontrarem o que procuram, ou seja, ajuda a descobrir como o
usuário usa e classifica uma informação em sua mente. Sendo de extrema importância para
agrupar os itens do menu de navegação e conteúdos relacionados. De acordo com o modelo
proposto por Rosenfeld e Morville (2002) o Card Sorting possui duas variantes básicas: as
formas aberta e fechada. Na forma aberta os participantes recebem cartões em branco e é mais
usada para levantamento/descoberta de termos. Na forma fechada os cartões já estão rotulados
sendo a forma mais utilizada para validação de estruturas e de uso mais comum. Entre essas
duas opções pode-se utilizar formas híbridas, mais fechadas ou mais abertas, balanceadas de
acordo com as necessidades de cada projeto.
2.2.3 Sistema de Navegação
Especifica as maneiras de navegar, de se mover pelo espaço informacional e
hipertextual. Respondendo ao usuário: Onde estou? (na web, e dentro do site); De onde vim?
(uniformidade na página); Para onde vou? (Breadcrumb,“migalhas de pão”).
Figura 7 - Sistema de navegação embutido
22
Fonte:Rosenfeld e Morvielle(2002) (traduzido pela autora)
Sua função é indicar ao usuário sua localização e mostrar o caminho correto para que
ele chegue ao seu destino, como um ponto de referência. Podemos comparar com placas de
sinalização no trânsito, que indicam caminhos, retornos e a distância para algum lugar. Assim
como os nomes de ruas, número de casas e diversos outros meios físicos que temos para nos
localizarmos e locomovermos. No meio digital, essas referências precisam ser criadas para
orientar a navegação do usuário, tanto na internet, quanto dentro do site. A falta de um sistema
como esse faz com que o usuário se perca, fique a deriva ao navegar no site. (REIS, 2011). O
sistema de navegação, divide-se em embutido e suplementar. O embutido é composto por
diversos subsistemas: Global, Local, Hierárquico e ad hoc. O suplementar é meio de oferecer
outros caminhos para o usuário navegar pelo site, como Sitemap, Índices, Guias,
Personalização e Customização, Busca e Navegação Social.
I - Sistemas de Navegação Embutidos:
a) Global – A navegação global deve apresentar links que permitam a navegação para áreas
chaves do sistema. Usada em forma de barra de navegação/menu principal, e as vezes usadas
no rodapé da página.
b) Local – O sistema de navegação local é um sistema utilizado para complementar o sistema
global, permitindo uma navegação entre um conjunto particular de páginas de um website. Ou
seja, este sistema é específico do conteúdo apresentado, permanecendo presente na tela
somente enquanto determinado assunto está sendo abordado. Pode ser representado ainda por
uma lista de tópicos ou por uma lista de alguns itens que se relacionem entre si.
c) Hierárquico – Tal como é apresentado na estrutura de organização hierárquica, este sistema
segue o modelo de apresentação de informações por ordem de subordinação. Neste caso, a
navegação permite o acesso às informações percorrendo páginas alocadas em uma sequencia
que se inicia com informações gerais e vai até níveis com informações mais detalhadas (geral
- específico). A página principal do site possui ramificação geral da estrutura, apresentando
opções secundárias que serão subdivididas.
d) Ad Hoc / Contextual – Funciona como remissiva para outros conteúdos relacionados a
informação. Como “Ver também”, “assuntos relacionados”.
II- Sistemas de Navegação Suplementares:
23
e) Sitemap – Para sites com denso conteúdo informacional. Deve reforçar a hierarquia da
informação, proporcionar o acesso direto aos conteúdos, ser “limpo” e conciso.
Figura 8 – Mapa do site do Instituto Brasileiro de Museus
Fonte: ( http://www.museus.gov.br/mapadosite/ )
f) Índices – Devem apresentar palavras-chaves organizadas alfabeticamente. Uma das formas
de utilizá-lo é como “Cloud Tag”,ou nuvem de palavras-chaves.
Figura 9 – Nuvem de tags do portal Flickr
Fonte: ( http://www.flickr.com/ )
c) Guias – Funcionam como tutoriais. Ex.: Ilustrações, vídeos, passo a passo, demonstração.
d) Personalização e Customização - A personalização consiste na apresentação de páginas
para o usuário com base em um modelo de comportamento, necessidades e preferências de
cada indivíduo. (ROSENFELD; MORVILLE, 2002). Já a customização dará controle ao
usuário da apresentação de páginas web, possibilitando que um website fique muito mais
24
atraente.
Figura 10 – Personalização - Sugestões de livros do site da Livraria Cultura com base no perfil do
usuário
Fonte : (http://www.livrariacultura.com.br/scripts/index.asp )
e) Navegação Social - Segundo Rosenfeld e Morville (2002), a navegação social é construída
sobre a ideia simples de que o valor para o usuário individual pode ser derivada da observação
das ações de outros usuários. Exemplos desse sistema de navegação são as listas de mais
populares ou menos populares.
Figura 11 – Navegação Social - Lista de livros mais vendidos do site Estante Virtual
Fonte: ( www.estantevirtual.com.br)
25
f) Busca - Segundo Rosenfeld e Morville (2002), a busca, é o sistema de navegação favorito
do usuário, pois permite que o mesmo faça uso das suas próprias palavras-chave para a busca
da informação desejada. Sendo um dos quatro sistemas que sustentam o conceito da
Arquitetura da Informação.
2.2.4 Sistemas de Busca
“Cerca de 1/3 das pessoas que nós testamos normalmente tentam a busca como sua
estratégia inicial e outras recorrem a ela quando não conseguem uma resposta seguindo os
links de navegação”. Rosenfeld e Morville (2002). Os recursos para efetuar a busca podem ser:
lógica, booleana, linguagem natural, tipos específicos de itens e operadores de proximidade.
Podendo ser apresentados por listagens, relevância e refinamentos de busca. Possibilitando ao
usuário a formulação das expressões de busca para a informação desejada.
Sua Interface deve está associada à navegação, o usuário necessita identificar em qual
local poderá efetuar sua pesquisa. Podemos dividir a busca, em simples (linguagem natural) e
em avançada (filtros, lógica booleana, vocabulários controlados). Em ambos, os resultados
devem ser precisos, claros e relevantes. E para isso é necessário que seu conteúdo esteja
perfeitamente indexado e rotulado.
Segundo Rosenfeld e Morville (2002, p. 146) “um sistema de busca determina as
perguntas que o usuário pode fazer e o conjunto de respostas que ele irá obter do
sistema”. [...] utilizar linguagem natural ou operadores booleanos. As perguntas são
cruzadas com um índice que representa o conteúdo, formado por todos os termos
encontrados nos documentos ou por uma lista com títulos, autores, categorias e
informação relacionada. (AGNER, 2007, p. 97)
Figura 11 - Sistema de busca
26
Fonte: Rosenfeld e Morville, 2002, p.150.
A ferramenta de busca por ser complexa e envolver ferramentas específicas dos
profissionais em tecnologia da informação, deve ser elabora conjuntamente com estes.
Idealmente, o arquiteto de informação, o especialista em TI, e pessoas com outros
tipos de competências irão determinar as suas respectivas necessidades, discutir
como essas podem afetar uns aos outros, e, finalmente, apresentar um conjunto
unificado de requisitos ao avaliar um sistema de busca. (ROSENFELD; MORVILLE,
2006, p. 150)
Os fatores a se considerar para projetar um sistema de busca são: o que se busca, o que
recuperar e como exibir os resultados. Rosenfeld e Morville (2002, p. 180) citam alguns
fatores que determinam esta variação de interface: Nível de especialização da busca e
motivação; Tipos de necessidade informacional; Tipo de informação a ser pesquisada, e
quantidade de informação que está sendo pesquisada.
2.3 Metodologia da arquitetura da informação em websites
Os autores apresentam a metodologia de desenvolvimento de arquitetura de
informação em cinco fases:
g) Pesquisa – esta fase começa com uma revisão do material existente e com reuniões com a
equipe estratégica e clientes, a fim de obter um elevado nível de compreensão do contexto,
conteúdo e usuários. Busca-se compreender que produtos ou serviços a empresa/instituição
deseja oferecer e qual o perfil do cliente, o que ele pretende encontrar.
g) Estratégia – a fase estratégica deverá abordar as oportunidades para alavancar os
instrumentos já existentes e identificar as necessidades adicionais de tecnologias para
desenvolver ou gerenciar a arquitetura da informação. Nesta etapa também se criam as
diretrizes de como serão os quatro sistemas da arquitetura da informação e é determinada a
direção a seguir nas próximas etapas. É o momento de discussão e acertos entre toda a equipe
participante do projeto.
h) Design – Esta fase é quando o arquiteto de informação transforma uma estratégia de alto
nível em arquitetura da informação criando esquemas detalhados, wireframes , metadados que
27
serão utilizados por Web designers, programadores, redatores e pelo pessoal da produção. É
nesta etapa que o arquiteto de informação faz a maior parte do trabalho. Todavia, precisa ser
muito bem feito, pois uma fase de design malfeito pode arruinar a estratégia.
i) Implementação – nesta fase o website é construído. Tudo o que foi elaborado anteriormente
é posto em prática, transformando ideias em realidade. Nesta etapa os demais profissionais
envolvidos com o projeto como Web designers, programadores e redatores constroem o site
seguindo as especificações do projeto elaborado pelo arquiteto de informação. Cabe ao
arquiteto, nessa fase, resolver as dúvidas que venham a surgir, bem como solucionar
problemas.
j) Administração – trata-se do gerenciamento do site, mediante o acompanhamento do seu
crescimento e utilização. A avaliação do desempenho pode ser feita por testes de usabilidade,
buscando-se sempre melhorias.
Figura 12 – Modelo de etapas da arquitetura de website
Fonte : Morville (2006)
28
3 ARQUITETURA DA INFOMAÇÃO EM MEMORIAIS
“O importante conjunto de acervos históricos
deve ser preservado e colocado à disposição da
sociedade. As empresas possuem verdadeiros tesouros,
relacionados ao desenvolvimento das pessoas, das
cidades, dos negócios e da comunicação empresarial.”
(NASSAR,2009)
Para Pierre Nora (1993) memoriais são locais que reúnem diversos tipos documentais
sobre a memória histórica de uma pessoa, comunidade ou instituição, sendo pública ou
privada, a fim de preservar, organizar e disponibilizar estas informações em benefício da
produção científica, tecnológica, cultural e social, bem como do testemunho jurídico e
histórico. Num acervo memorialístico podemos encontrar desde de objetos museológicos,
arquitetônicos, bibliográficos, iconográficos, cartográficos, audiovisuais, e etc.
Também denominados centros ou lugares de memória, a preservação da memória
histórica é de extrema importância, sendo ela uma capacidade individual do ser humano que
está sujeita a distorções e falhas. E além, para agrupar e representar sua memória coletiva que
geram a perpetuação da sua história para as próximas gerações. Estes espaços sempre
existiram em todas as sociedades e culturas conhecidas, e são definidos como sendo lugares
topográficos, como os arquivos, as bibliotecas e os museus e também como lugares
monumentais como os cemitérios ou as arquiteturas.
O trabalho específico com a memória das organizações começou a ser realizado de
forma mais especifica a partir da década de 70, em virtude de estudos sociológicos,
antropológicos e históricos mais profundamente voltados para a questão da memória, muitas
organizações se deram conta da importância, para o seu próprio crescimento, do registro e da
preservação de sua memória institucional como forma de fortalecer sua identidade interna e
externa e de compreender mais claramente seu papel e o de seu corpo funcional nos novos
cenários, com vistas a uma adaptação mais bem-sucedida.
A preservação da memória social é o tema em destaque na passagem do
século XX para o século XXI. Ao longo do século vinte e, principalmente, após a
segunda guerra mundial, a preocupação com a criação de registros de memória, quer
fossem na literatura, nos monumentos ou nas comemorações, levou a sociedade a
produzir um campo de discussão sobre o perigo de esquecer fatos históricos
marcantes. (DOBEDEI, 2008, p. 1)
29
Ao promover a preservação da Memória Institucional às instituições detêm a
possibilidade de disseminá-la com a criação do seu próprio lugar de memória. Entre os anos
de 1940 e 1950, por causa das transformações sociais e econômicas do pós-guerra, os estudos
voltam-se para o uso da tecnologia e de novas formas de organização, para superar a
competição cada vez mais acirrada. Pós- ditadura militar no Brasil, com o início do acesso às
revoluções tecnológicas, surgiu a possibilidade de resgatar informações, para se conhecer a
história do país e disponibilizar essas informações de forma organizada e transparente à
sociedade.
As primeiras instituições a reunirem acervos memorialísticos, um misto de
documentos arquivísticos, museológicos e bibliográficos, foram os órgãos governamentais e
universidades.
O conceito de centro de memória é derivado de dois conceitos definidos pela
biblioteconomia: documentação e centros de documentação. A definição clássica de
Documentação é a de organização de informações relacionadas a um assunto, sem restrições
de acervo. Um centro de documentação, portanto, é uma entidade que reúne qualquer tipo de
documento em torno de uma especialidade bem determinada. Os centros de memória são,
portanto, centros de documentação destinados a um tema específico, a memória de uma
organização ou de uma área de conhecimento. Por isso encontramos historiadores,
arquivistas, museólogos, bibliotecários, comunicadores trabalhando nesses centros.
Profissionais de diferentes formações, acostumados com diferentes metodologias e, o
principal, com diferentes concepções teóricas a respeito da informação contida no acervo.
Dois conceitos da arquitetura da informação são fundamentais e que se relacionam
perfeitamente com os objetivos de uma página Memorial, são o de “findability”, traduzido
como “encontrabilidade” e usabilidade.
Findability é um termo para a facilidade com que as informações contidas no site
podem ser encontradas, tanto do lado de fora do site (utilizando os motores de busca e outros)
e por usuários já existentes no site. Heather Lutze é conhecido por ser o criador do termo no
início de 2000, mas a sua popularização é geralmente atribuída a Peter Morville. Em 2005, ele
a definiu como: “a capacidade dos usuários para identificar um site apropriado e navegar
pelas páginas deste para descobrir e recuperar os recursos de informação relevantes”.
A usabilidade tem como objetivo tornar a relação humano- computador mais efetiva,
eficiente e satisfatória. Quando a usabilidade é levada em conta durante o processo de
desenvolvimento de interfaces web, vários problemas podem ser eliminados como, por
30
exemplo, pode-se reduzir o tempo de acesso à informação, tornar informações facilmente
disponíveis aos usuários e evitar a frustração de não encontrar informações no site.
Um site Memorial busca disseminar a informação e facilitar o acesso a ela. Se ele
tiver problemas com a usabilidade, pode tornar-se obsoleto, com gasto financeiro e pessoal
muito alto, sem o retorno esperado. A usabilidade está associada, segundo Nielsen (1993), aos
seguintes princípios: facilidade de aprendizado; facilidade de lembrar como realizar uma
tarefa após algum tempo; rapidez no desenvolvimento de tarefas; baixa taxa de erros;
satisfação subjetiva do usuário. Por tanto, para atender ao objetivo de um site memorial, que e
a recuperação da informação de forma rápida e clara, além de proporcionar um ambiente
confiável para pesquisadores, através da transparência da instituição e dos responsáveis pela
veracidade das informações.
O site deve conter suprir as necessidades do usuário, sendo arquitetado para este.
Memoriais, como dito anteriormente, retêm variados documentos, constituindo um denso
acervo a ser disponibilizado. Além de outros serviços, como organização de eventos,
exposições, cursos e notícias da área. Todas estas informações precisam estar bem
organizadas e identificáveis na página inicial para que o navegante saiba aonde e como ir para
encontrar o que deseja.
Fazendo uma rápida pesquisa no site Google, por páginas brasileiras de centros de
memória, percebemos que não são muitas, e das que existem muitas não possuem
informações que atendam a todos estes requisitos. Como por exemplo, a do Centro de
Memória da Universidade de Brasília (UnB), que em nenhum link do portal, é possível entrar
em contato com os responsáveis ou achar informações deste.
Figura 13 – Página inicial do Centro de Memória da UnB
Fonte: (http://www.cmd.unb.br/index.php )
31
Aplicando aos quatro sistemas da arquitetura da informação, podemos visualizar
melhor a apresentação de um site memorialístico, potencializando seus serviços.
O sistema de navegação: O mapa do site é aconselhável quando o número de páginas e
subpáginas é grande e sua visualização na íntegra não é possível na página inicial. Porém o
breadcrumb é importante tê-lo para que possa navegar com maior facilidade, possibilitando
retorno ou avanço. As barras de navegação devem ser organizadas de forma que o usuário
identifique a instituição física, e os serviços que pode encontrar virtualmente. Oferecendo
mais de um caminho para aquela informação. Por exemplo, o site do Centro de Memória
Bolsch, onde existem três menus. O primeiro na forma horizontal sobre a instituição
mantedora, que abre subpáginas ao passarmos o mouse, em cima do banner animado que
dificulta sua visualização. O segundo ao lado esquerdo na vertical, com serviços e
informações sobre o centro de memória e si, e o terceiro no rodapé da página, com as mesmas
informações do primeiro menu.
Figura 14 – Página inicial do Instituto Roberto Bolsch
Fonte: (http://www.institutorobertbosch.org.br/secao14/11/2/2/Centro-de-Memoria )
Sistema de busca: O campo de busca deve está visível em um campo de destaque, e
fixo em todas as páginas, possibilitando que o usuário insira o termo que busca, sem ter que
navegar pelo site. E também além da busca simples, ofertar campos para refinamento da
pesquisa. Como no site do Memorial da Resistência de São Paulo.Onde na página inicial, o
campo de pesquisa é claramente identificável, e possibilita o refinamento da busca com fácil
entendimento.
Figura 15 – Página inicial do Memorial da Resistência de São Paulo
32
Fonte:(http://www.memorialdaresistenciasp.org.br/ )
Figura 16 – Sistema de busca no site do Memorial da Resistência de São Paulo
Fonte:(http://www.memorialdaresistenciasp.org.br/ )
Sistema de rotulagem: Saber quem é o público- alvo é primordial para elaboração de
rótulos. Uma linguagem restrita a determinada área, minimiza o findability. A construção
destes deve ser feito com a interação de outras pessoas e mais próxima possível ao significado
no que está no conteúdo. O uso da palavra “Acervo Iconográfico”, pode ser substituído por
“Imagens” e assim por diante. O site do Memorial Brasil Artes Cênicas apresenta uma
rotulagem simples e fácil de interpretar. Havendo concordância numeral, no plural , um
padrão de escrita em caixa baixa e uma linguagem informal.
33
Figura 17 – Página do Memorial Brasil Artes Cênicas
Fonte : ( http://www.memorialdeartescenicas.com.br/site/ )
Sistema de Organização : Analisando a página do centro de memória da Universidade
de Campinas (UNICAMP), visualizamos um esquema de organização por agrupamento lógico
de conteúdo por tema e tarefas. E estrutura de organização "top-down”, permitindo a
visualização de todos os links e caminhos a seguir logo na página inicial. Sendo seu campo de
conteúdo bem delimitado (Ver figura 18). No número 1,o menu de navegação principal que é
fixo na alternância de páginas. No número 2, o menu secundário. No número 3, um terceiro
menu em forma de banner que remete as mesmas ações do menu principal, no número 4, o
espaço de conteúdo, que é modificado com cada navegação. O número 5,com informações de
contato, que também é fixo, e no rodapé fixo, todas as páginas que o site possuí, funcionando
como caminho alternativo e mapa do site.
Figura 18 – Página do Centro de Memória da UNICAMP
34
Fonte: ( http://www.cmu.unicamp.br/)
35
4 METODOLOGIA
Os procedimentos metodológicos utilizados neste estudo partem de uma pesquisa
bibliográfica. E para conhecer melhor o universo da pesquisa, foi utilizado como ferramentas
a análise dois questionários. Uma para levantamento de dados sobre a instituição, com a
Coordenadora responsável pelo Memorial da Universidade Federal do Ceará, Marcela
Gonçalves Teixeira (APÊNDICE A) e outro para a elaboração da terminologia principal, com
uma parcela do público-alvo que compreende a comunidade acadêmica da UFC;
pesquisadores; instituições educacionais (escolas que posteriormente realizarão visitas in loco)
e a comunidade em geral (APENDICE B). E para a elaboração da taxonomia, um grupo de
nove estudantes dos cursos de História, Letras, Psicologia e Ciências Contábeis para aplicação
do card sorting.(APENDICE C) Assim, este conjunto de procedimento deu embasamento
teórico para desenvolvimento da proposta do website do Memorial da UFC.
Neste contexto, Severino (2007, p. 122) destaca que a pesquisa bibliográfica é:
Aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de
pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos,
teses etc. Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhados
por outros pesquisadores e devidamente registrado.
Dentre os textos pesquisados, o foco deu-se na obra de 2002,de Morville e Rosenfeld,
“Arquitetura da Informação em websites”. Assim, os estudos realizados a partir destes textos,
contribuíram para o entendimento sobre Arquitetura da Informação e sua aplicabilidade no
contexto de website. Servindo então, de alicerce no processo de desenvolvimento desta
proposta de criação do website do Memorial da UFC com base nos métodos da Arquitetura da
Informação propostos por Morville e Rosenfeld. Focado nas três primeiras fases, pois as fases
seguintes, de implementação, e monitoramento inferem diretamente na construção e
publicação do site, que não será feita neste estudo.
A escolha do Memorial da Universidade Federal do Ceará para a proposta do website,
foi feita pela autora, devido a esta ter sido bolsista durante dois anos na instituição e conhecer
a necessidade que as informações preservadas naquele local, precisam estar disponíveis da
melhor forma para a comunidade em geral.
Para registro e exposição das informações sobre a instituição, foi elaborado um
formulário com perguntas sobre serviços, objetivo do site, serviços a serem ofertados, dentre
36
outras. Respondido pela Coordenadora responsável.
A partir das respostas deste formulário, foram extraídos dados para a elaboração dos
esquemas de organização e rotulagem.
Uma análise tipo Benchmarking , que consiste em extrair modelos já consolidados na
área de atuação em sites correlatos. Um mapa conceitual com os possíveis rótulos e
organização foi elaborado. Mas para sua validação foi aplicado, um questionário de 13
perguntas, indagando qual o melhor termo para uma determinada ação. Havendo um item em
aberto, podendo ser atribuindo outro termo.
Define-se mapa conceitual por:
O mapa conceitual visa representar relações entre conceitos através de pro-
posições. Os conceitos aparecem dentro de caixas de texto ou círculos, ao
passo que as relações entre eles são representadas por linhas que unem as
respectivas caixas ou círculos. As linhas, quanto a elas, apresentam palavras
associadas (de ligação) que descrevem qual é a natureza da relação que vin-
cula os conceitos. Posto isto, um mapa conceitual permite resumir os princi-
pais conteúdos de um texto.(AUSBEL,1960.)
Para o agrupamento destes no web site foi aplicado o card sorting com nove
estudantes de diversas áreas de graduação. É uma técnica para explorar como as pessoas
agrupam itens de informação. Segundo Gafney (2000) permite o desenvolvimento de estrutu-
ras que aumentem as probabilidades de usuários encontrarem o que procuram, ou seja, ajuda a
descobrir como o usuário usa e classifica uma informação em sua mente, identificando qual
terminologia é a mais usual, qual pode gerar confusões e que termos são mais difíceis de cate-
gorizar. Para Morville (2005) o resultado do processo se adequa ao conceito de findability, a
qualidade de ser localizável ou navegável.
Segundo Davies (1996) as origens do Card Sorting remontam à técnica
conhecida como Kelly Grid, desenvolvida por George Kelly em 1955 para seus
estudos de modelos conceituais em psicologia. Rick Davies adaptou a técnica a seu
trabalho com organizações não-governamentais para identificação dos atores no
ambiente externo da organização. O próximo passo foi sua utilização para
elaboração de estruturas web, gerando a disseminação do conceito no âmbito da
arquitetura da informação.
De acordo com o modelo proposto por Rosenfeld e Morville (2002) o Card Sorting
possui duas variantes básicas: as formas aberta e fechada. Na forma aberta os participantes
recebem cartões em branco e é mais usada para levantamento/descoberta de termos. Na forma
fechada os cartões já estão rotulados, sendo a forma mais utilizada para validação de
37
estruturas e de uso mais comum. Entre essas duas opções, pode-se utilizar formas híbridas,
mais fechadas ou mais abertas, balanceadas de acordo com as necessidades de cada projeto.
Os participantes de uma rodada de Card Sorting devem ser os usuários
representativos da estrutura que está sendo elaborada. O ideal é que o grupo de
participantes varie entre 6 e 15, agrupados 3 a três, mas a técnica pode ser
empregada até via e-mail, individualmente, se não houver outra possibilidade.
Recomenda-se a utilização de pequenos grupos pois a utilização da técnica com
apenas uma pessoa impede a discussão sobre outros pontos de vista/modelos
mentais assim como grandes grupos podem dificultar o consenso ou diluir o foco na
estrutura em debate. O tempo necessário para realização de uma rodada de Card
Sorting é de duas a três horas por rodada. Uma hora para organizar os cartões e uma
a duas horas para discussão, em média.
Foram elaborados 13 cartões em branco (APENDICE D), representando a navegação
principal do site, nomeada de acordo com a análise do questionário anteriormente aplicado. E
outros cartões, na cor amarelo (APENDICE E), que deveriam ser agrupados com os brancos.
formando uma hierarquia de páginas. Os cartões amarelos poderiam ser renomeados e
colocados na navegação principal caso o grupo assim concordasse. O resultado foi a
elaboração de outro mapa conceitual, servindo de base para a construção dos wireframes,
onde apresentasse o esboço estrutural do site aqui proposto para o Memorial UFC.
De Acordo com Van Dijck (2003), os wireframes são esboços da interface que o usu-
ário terá contato. Mostram o design de interface sem mostrar ainda o design gráfico,
indicando como funcionarão links, botões funcionais e outros elementos que possam
influenciar o uso da interface e a relação entre eles. Chak (2004) afirma que os wire-
frames devem apenas mostrar o contorno daquilo que será a interface, sem aprofun-
damentos no design gráfico (DE MORAES, 2008).
38
5 PROPOSTA DE MODELO PARA WEBSITE DO MEMORIAL DA UFC
5.1 Pesquisa sobre a instituição
Foi usado nesta etapa, que consiste na fase de pesquisa da metodologia de Rosenfeld e
Morville (2002), um formulário digital (APÊNDICE A) composto por 14 perguntas, com
respostas livres. O intuito é conhecer os objetivos e serviços do Memorial da UFC, o
propósito da criação de um website e outras informações para sua arquitetura.. Respondido
pela Coordenadora, Marcela Gonçalves Teixeira foram possíveis sintetizar as seguintes
informações: O Memorial da UFC foi criado em 2007, e em como objetivo consolidar o
acervo documental produzido pela UFC, assegurar a sua guarda e integridade material,
reconhecendo a importância do legado de registros históricos, tendo por fim a adoção de
medidas administrativas que assegurem a preservação de um valioso acervo sob risco de
perecimento. Sua equipe é composta por um arquivista, um fotógrafo, um educador e bolsistas
de iniciação acadêmica.
A criação de uma página na internet, objetiva disponibilizar o material do acervo
histórico, arquivístico, museológico, patrimonial e bibliográfico da UFC em torno desta
temática. Disponibilizar informações sobre patrimônio universitário desta instituição
independentemente de seu suporte. Possibilitar um tour virtual sobre o Memorial; interação
com o público; disponibilizar acervo, artigos, pesquisas, textos, imagens fotográficas,
exibição de vídeos, sites sobre lugares de memória de outras instituições renomadas,
agendamento de visitas; disponibilizar notícias em torno da temática no site e nas redes
sociais; disponibilizar a programação e agenda do Memorial, dentre outras atividades.
Vindo também a suprir a necessidade de divulgação à comunidade acadêmica de
forma geral sobre a existência do Memorial e sobre o rico acervo que a UFC possui. Assim
como também a, interatividade com os usuários, seja o público externo ou a comunidade
acadêmica. Possibilitando a realização de feedback, opiniões e sugestões com qualquer
cidadão
O site deve conter como conteúdo informações sobre a equipe, contato; acervo
fotográfico; acervo de vídeos institucionais em torno da Memória da UFC, gravações em
vídeo sobre atividades realizadas como promoção de palestras e seminários; tour virtual;
divulgação sobre os lugares de memória da UFC; objetivos do Memorial; Resolução de
39
criação; gravações em áudio; documentos digitalizados e transcritos; sugestões de biblioteca;
agenda do Memorial; link das redes sociais do Memorial e recomendar links para outras
instituições da área.
Sobre o a ação primária que o usuário deve ter ao entrar no site, o foco deve ser em
conhecer a instituição (histórico, equipe, endereço, objetivos). Devendo ter uma estrutura
amigável e interativo.
Como indicação de sites concorrentes, que possuem uma organização de informações
que podem servir de parâmetro para realização do Benchmarking , foram dados os seguintes:
a do arquivo nacional, do Ministério da Justiça (www.arquivonacionalgov.br ); do Sistema de
gestão de documentos de arquivo da administração pública feral (SIGA)
(www.siga.arquivonacional.gov.br); Museu da Universidade Federal do
Ceará(MAUC)(www.mauc.ufc.br); a da Pró- Reitoria de Extensão da Universidade Federal do
Ceará (PREX) (www.prex.ufc.br); a do Centro de documentação, informação e arquivo da
Universidade Federal de Goiás (CIDARQ) (www.cidarq.ufg.br ) e do Museu da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFG) (www.ufrgs.br/museu ).
Numa breve síntese, o site deve ser de fácil entendimento, focado em informações
sobre o Memorial, como meio de divulgação e comunicação. Ofertando também, acesso ao
acervo histórico da UFC para pesquisadores e a comunidade em geral. Dos seis sites
indicados, observamos que o do MAUC, o do CIDARQ e o do Museu da UFRGS são os que
mais se aproximam deste perfil.
5.2 Definição dos sistemas de AI
Como dito anteriormente, esta etapa consiste nas especificações de cada sistema, de
organização, rotulagem, navegação e busca. Para isto, será usado as informações cedidas pela
Coordenadora do Memorial.
A aplicação do Benchmarking nos sites do MAUC, CIDARQ e do Museu da UFRGS
objetiva analisar os sistemas destes e encontrar padrões para criação do mapa mental de
terminologias e categorias.
40
Figura 19 – Portal do Centro de Documentação e Arquivo da UFRG
Fonte: (www.ufrgs.br/museu)
No topo da página temos a identificação da página, acompanhado de um banner
dinâmico com quatro imagens não clicáveis. Logo abaixo, uma barra de navegação para o
conteúdo ofertado com rótulos textuais e iconográfico. Sendo seu agrupamento por assunto,
no caso, serviços desenvolvidos e ofertados. E devido sua localização, do ponto de vista
hierárquico, em relação aos outros elementos da página, o foco do site. Aos clicá-los, uma
nova guia em nosso navegador é aberta, e nos menus “Arquivos em vídeo” e “Pesquisa no
41
Acervo”,o usuário é redirecionado para fora do site, que contém outro tipo de organização,
rótulos e navegação.
Abaixo desta barra de navegação, no lado esquerdo, existe outra barra de navegação,
onde os menus também ao serem clicados, abrem uma nova guia no navegador, podendo
assim, no final termos 15 ou mais páginas abertas ao passarmos por todos os menus. Esta
barra de navegação é a principal, por manter-se como padrão em todas as subpáginas.
Em seguida, dois banners clicáveis. O primeiro “Acesso à informação” que remete a
outro site. E o segundo, “Casa da Memória”, funciona como alternativa para a mesma função
que se encontra na barra de navegação principal.
Ao lado, no centro da página, temos o campo de conteúdo. Funcionando na página
inicial como divulgação de ações com parcerias.
No rodapé, “Contato” e “Links Úteis”.
A organização da página visualmente apresenta um conteúdo bem dividido e de fácil
acesso ao usuário. Os rótulos possuem um padrão e são claros. A navegação é simples, pois
todos os caminhos possíveis estão presentes logo na página inicial, mas por novas guias serem
abertas e a cada clique, o usuário pode se perder e não tem a possibilidade de voltar a página
inicial, pois não há um link para ela. Assim como, a ferramenta de pesquisa é inexistente.
Sendo assim quanto ao sistema de organização, o esquema é ambíguo, por assunto e sua
estrutura hipertextual. O sistema de navegação é global, sem sistemas suplementares. O
sistema de rotulagem é textual e iconográfico. Sem sistema de busca.
Figura 20 - Portal do MAUC
42
Fonte: ( www.mauc.ufc.br)
A página inicial do MAUC apresenta na sua esquerda, a barra de navegação principal,
com menus bem concisos e abaixo um banner mutável de acordo com a página que nos
localizamos. No topo, ao lado, a identificação textual do site, seguido de um menu em
rolagem, que na página inicial não é “clicável”, apresentando o texto “Viste o MAUC”,
horário de visitação e endereço. Funcionando como seria o campo “Contatos” da página do
CIDARQ. Este menu em rolagem, é modificado quando estamos nas subpáginas de “Acervo”,
“Visitas” e “Exposições”, apresentado uma ordem cronológica de datas para a recuperação
das informações, funcionando como um mecanismo de busca fechado. E muito dos links
apresentados estão fora do ar. No campo central de conteúdo, há sempre uma imagem, e
abaixo um menu secundário com as mesmas informações do primário, sendo mais um
caminho que o usuário pode escolher.
Sendo assim quanto ao sistema de organização, o esquema é ambíguo, por assunto e
sua estrutura hipertextual. O sistema de navegação é global, sem sistemas suplementares. O
sistema de rotulagem é textual.
Figura 21 – Portal do Museu da UFRGS
43
Fonte : (www.ufrgs.br/museu)
O site do Museu da UFRGS aparenta ter mais estruturado do que os anteriores, por
apresentar a ferramenta de busca dentro site em destaque no topo no lado oposto a logomarca.
Possui um menu de navegação em cascata, chegando alguns menus ao terceiro nível. E abaixo
dele, um breadcrumb. No meio da página, um banner estático “clicável”. Abaixo, o campo de
notícias e ao lado deste, outro banner estático de serviços. E no rodapé, as formas de contato e
ícones das redes sociais.
Sendo assim quanto ao sistema de organização, o esquema é ambíguo, por assunto e
sua estrutura hierárquica ,cronológica e hipertextual. O sistema de navegação embutido é
global, e tem como suplementar o "breadcrumb". O sistema de rotulagem é textual e possui
um sistema de busca.
Como base nesta análise, torna-se possível propor a seguinte organização e navegação:
44
Figura 22 – Estrutura de organização e navegação
Fonte : Elaborado pela autora
Como o objetivo do site é ser amigável e de fácil entendimento, optou-se por um
esquema de organização bem definida, por seções de tarefas. No topo do site, a identificação
da instituição com a logo, e a barra de navegação principal com menu em cascata de, sendo
suas subpáginas organizadas de forma alfabética. Onde o usuário poderá navegar por todas as
páginas do site sem sair dele, e ainda com sistema de navegação suplementar de breadcrumb,
45
se localizar e saber o caminho realizado. Na lateral direita, banner que funcionam como
alternativas ao foco do site, que é a divulgação e comunicação da instituição abaixo dele, a
logo da instituição principal que é a UFC, sendo “clicável” para o domínio desta. No centro, a
área de conteúdo que será modificável de acordo com a subpágina. Sendo na página inicial,
um feed de notícias e também de divulgação de imagens das ações do Memorial, em forma de
banner dinâmico, “clicável” para a subpágina correspondente. A no rodapé, outro sistema de
navegação suplementar, o mapa do site com o inventário de todas as páginas do site. E logo
no topo, no canto direito, a ferramenta de pesquisa, que possibilitará a pesquisa dentro do site,
de forma simples ou avançada. E abaixo, os ícones para as redes sociais do Memorial UFC.
Para o sistema de rotulagem, é necessário o levantamento de termos para efetuar as
ações dentro do site. De acordo com as informações da pesquisa da instituição e objetivos do
site, foi possível elaborar o mapa conceitual:
Figura 23 – Mapa conceitual
Fonte: Elaborado pela autora
Para validação destes rótulos e categorização, foi aplicado o questionário (APÊNDICE
B), determinado os termos de navegação principal e o card sorting com o segmento do
público- alvo do site para a categorização e determinação dos termos das subpáginas.
46
Resultando num segundo mapa:
Figura 24 – Mapa conceitual elaborado pelo público-alvo
Fonte:Elaborado pela autora
47
Quanto ao sistema de busca, este deverá recuperar somente informações contidas
dentro do site, ofertando a busca simples pelo termo abrangendo todos as postagens com o
mesmo, apresentando-os por ordem de relevância ou a avançada, com filtros por data e
assunto. Possibilitando também o uso dos operadores booleanos. E caso uma pesquisa, não
encontre resultados, deverá ser indicado o link para a página “Fale Conosco” par que o
usuário possa ter outra opção.
5.3 Projeto do website
E por fim, a visualização do protótipo do website do Memorial da Universidade
Federal do Ceará com a aplicação da Arquitetura da Informação em websites por Perter
Morvilel e Rosenfeld (2006), em forma de um desenho básico, como um esqueleto, que
demonstra de forma direta a arquitetura de como o a página final será de acordo com as
especificações relatadas.
Figura 25 - Página Inicial proposta para o website do Memorial UFC
48
Fonte: Elaborado pela autora.
49
Figura 26 – Breadcrumbs
Fonte: Elaborado pela autora
50
CONCLUSÃO
Como resultado do percurso dessa monografia foi possível ressaltar a importância da
Arquitetura da Informação no desenvolvimento de websites em Memoriais , na tentativa de
alcançar a satisfação de usuários e possíveis clientes.
Individualmente, considero esta pesquisa breve, mas a partir dos procedimentos
metodológicos foi possível cumprir os objetivos propostos permitindo um maior
conhecimento a respeito da AI como facilitadora ao processo de organização da informação
em websites.
A pesquisa bibliográfica somente foi possível devido à disponibilização de artigos e
monografias na web. Pois, são poucos os livros traduzidos sobre o tema publicados no Brasil.
A aplicação do Card Sorting evidenciou o quanto é necessário o desenvolvimento de um site
com a participação do público-alvo para sua eficiência.
O site aqui proposto não é um modelo final, pois as necessidades dos usuários são
volúveis, assim como os serviços prestados pela instituição. Este deve ser constantemente
reformulado, aplicando os métodos explicitados para que exista a interpretação correta das
informações.
O trabalho de reflexão e prática da teoria possibilitou uma melhor percepção de cada
uma das fases do processo de criação de um web site. E neste ponto é que entra a questão da
importância da atividade de arquitetura de informação, como forma de auxiliar no processo de
organização, classificação e escolha da melhor forma de apresentar-se o material disponível,
na forma de web site, conforme foi discorrido ao longo deste trabalho.
Caso fosse possível aprofundar ou continuar este estudo, recomendaria o
acompanhamento da criação da página junto aos outros profissionais e o monitoramento junto
ao público-alvo sempre o ajustando as suas necessidades. Elaborando para tal um plano de
avaliação e monitoramento.
51
REFERÊNCIAS
CAMARGO, Liriane Soares De Araújo De.Metodologia e desenvolvimento de ambientes
informacionais digitais a partir dos princípios da arquitetura da informação.2010. 287 f.
Tese (Doutorado) - Unesp, Marília, 2010. Disponível em:
<http://www.marilia.unesp.br/Home/PosGraduacao/CienciadaInformacao/Dissertacoes/camar
go_lsa_do_mar.pdf>. Acesso em: 28 out. 2013.
COLOMBO, Claudia Bertoldo. Arquitetura de informação a web: Estudo de caso de web
site corporativo. 2001. 147 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Estatual de Campinas,
Campinas, 2001. Disponível em: <http://cutter.unicamp.br/document/?code=vtls000219663>.
Acesso em: 28 out. 2013.
LE GOFF, Jacques.Memória e História. Campinas: Unicamp, 1990. 472 p. Disponível em:
<xa.yimg.com/kq/groups/19906282/.../LE_GOFF_HistoriaEMemoria.pdf‎>. Acesso em: 28
out. 2013.
MARQUES, Otacílio Guedes.Informação histórica:recuperação e divulgação da memória
do poder judiciário brasileiro. 2007. 133 f. Dissertação (Mestrado) - Unb, Brasília, 2007.
Disponível em :
<http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/1563/1/Dissertacao_Otacilio_Guedes_Marques.pdf
> . Acesso em: 28 out. 2013.
MORVILLE, Peter.; ROSENFELD, Louis. Information architecture for the World Wide
Web. 3rd ed. Beijing: O'Reilly, c2007. xix, 504 p.
RODRIGUES, Vanessa Aparecida.Arquitetura da Informação em projetos web.
Taquaritinga: 2010. 58 p. Disponível em: <http://fotos.fatectq.edu.br/a/5359.pdf>. Acesso em:
28 out. 2013.
WURMAN, R. Ansiedade de Informação. São Paulo: Cultura, 1991, pág. 286 APUD
Disponível
em:<http://www.guilhermo.com/apresentacoes/Arquitetura_InformacaoXDesign_Websites.pd
f > . Acesso em: 28 out. 2013
APÊNDICE A – FORMULÁRIO APLICADO A COORDENADORA DO MEMORIAL
DA UFC PARA LEVANTAMENTO DE DADOS SOBRE A INSTITUIÇÃO
1.O que é o Memorial da UFC?(Histórico,objetivo,missão)
52
2.Por quem é composta a equipe de trabalho?(formação dos profissionais,cargos,atividades)
3.Quais atividades e serviços são ofertados? E quais pretendem ser ofertados?
4.Qual o objetivo da criação do site ?O que deseja promover,expor?Que produtos,serviços?
5.Quais os principais problemas que deseja solucionar com a criação deste
site?Divulgação,contato,visibilidade?
6.Que itens de conteúdo devem ser inseridos no site?Sobre a
instituição,contato,serviços,equipe, tipos de mídias (audio,vídeo,imagens)
7.Qual o público alvo a ser atingido?Idade, ocupação, área de atuação, o perfil.
8.Qual a ação primária que seu usuário deve ter ao entrar no site?Conhecer a
instituição,realizar pesquisa,entrar em contato....
9.Descreva como o usuário deve perceber o novo site?(use exemplos como prestígio,
amigável, corporativo, divertido, inovador).
10.Liste os seus principais concorrentes e seus respectivos sites. O que você gosta e não gosta
em cada um deles? O que acha que funciona e o que não funciona nestes sites?
11.Liste os sites que acha interessantes e o que gosta em cada um.três sites no máximo.
12.Liste os sites que não gosta e o que desagrada em cada um.três sites no máximo.
13.Há elementos visuais ou conteúdo que deve ser utilizado do seu material promocional atual
(logo, navegação, convenções de vocabulário, palavras específicas entre outros)?
14.Caso ache interessante falar algo que considere importante, utilize livremente o espaço
abaixo.
53
APÊNDICE B
1. Tomar conhecimento do que se trata a instituição?
Sobre a instituição ( Ex.: Sobre a Coca-cola)
54
O que é
A instituição ( Ex.: A Coca-cola)
About
Outro:
2. Sobre saber de quem é composta a instituição?
Quem somos
Equipe
Grupo de trabalho
Funcionários
Responsáveis
Outro:
3. Para as atualizações?
News
Novidades
Atualizações
Notícias
Informes
Notas
Avisos
Outro:
4. Para um grupo de imagens?
Imagens
Galeria de Imagens
Fotos
55
Albúm
Coleção de Imagens
Outro:
5. Para formas de contato com a instituição?
Fale Conosco
Contatos
Comunicação
Acesso a instituição
Outro:
6. Para indicações de outros conteúdos fora do site:para links, bibliografias , dicas de lu-
gares..
Referências
Indicações
Recomendações
Ver também
Links
Outro:
7. Para efetuar uma pesquisa:
Pesquisar
Buscar
Consulta
Achar
Averiguar
Explorar
Investigar
56
Procurar
Perguntar
Outro:
8. Para atividades realizadas pela instituição:
Eventos
Acontecimentos
Espetáculos
Ocorrências
Solenidades
Outro:
9. Para saber das próximas atividades a serem realizadas?
Agenda
Próximas atividades
Programação
Planos
Calendário de eventos
Eventos
Outro:
10. Para acessar um banco de dados para recursos de imagens,sonoros,bibliográficos e etc:
Banco de Dados
Acervo
Coleção
Recursos
Materiais
57
Itens
Fundos
Outro:
11. Para acesso a downloads de arquivos digitais ( digitalizações, entrevistas, fotografias):
Downloads
Digitalizações
Baixar
Descarregar
Cópiar
Mídias
Outro:
12. Para linhas de tempo sobre determinadas pessoas ou setores:
Linha do tempo
Cronologias
Datas
Outro:
13. Para acesso a produções científicas da instituição?
Publicações
Produção Científica
Obras
Outro:
14. Para dados geográficos de outras instituições com acervos memorialísti-
cos?Bibliotecas,Museus,Centros de documentação,memoriais,exposições...
Mapas
58
Mapeamento
Lugares de Memória
Endereços
Localização de outras instituições
Outras instituições
Catálogo de Instuições
Lista de instituições
Outro:
APÊNDICE C – CARTÕES BRANCOS COM A TERMINOLOGIA PRINCIPAL
APLICADO PELO CARD SORTING
O Memorial
UFC
(Tomar
conhecimento do que
se trata a instituição)
Quem somos
(de quem é composta a instituição)
Notícias
(atualizações)
Cronologias
(Para linhas de tempo
sobre determinadas
pessoas ou setores)
59
Eventos
( Para atividades
realizadas pela
instituição)
Agenda
( Para saber das próximas atividades a
serem realizadas)
Acervo
( acessar um banco de dados para
recursos de
imagens,sonoros,bibliográficos e
etc)
Ver também
(indicações de outros
conteúdos fora do site)
Galeria de
imagens
(grupo de imagens)
Downloads
(Para acesso a downloads de arquivos
digitais (digitalizações, entrevistas,
fotografias)
Fale Conosco
( formas de contato com a
instituição)
Publicações
(Para acesso a
produções científicas
da instituição
Pesquisar
( Para efetuar uma
pesquisa
Outras instituições
(Para dados geográficos de outras
instituições com acervos
memorialísticos-
Bibliotecas,Museus,Centros de
documentação,memoriais,exposições)
APÊNDICE D - CARTÕES AMARELOS COM A TERMINOLOGIA SECUNDÁRIA
APLICADO PELO CARD SORTING
60
Exposições
(Realizados pela
instituição)
Cursos
(ou
treinamentos,realiz
ados pela
instituição.)
Resolução
(sobre a instituição)
Objetivos
( da instituição)
Atuação
(áreas de atuação
da instituição )
Serviços
( oferecidos pela
instituição)
Iconográfico
( imagens,
fotografias,
desenhos,mapas,etc
.Material
relacionado a arte
visual.)
Bibliográfico
( livros, revistas,
monografias, etc.)
Fonográfico
(aúdio,som,música,
etc.)
Audiovisual
( vídeos, etc.)
Arquivístico
( ofícios, atas,
resoluções,
registros, etc.)
Digitalizações
( documentos ,seja
m livros,
fotografias,
ofícios,convertidos
para o formato
digital, disponível
para o público
efetuar download
ou cópia)
Transcrições
( registro escrito de
aúdios,disponível
para download ou
cópia )
Entrevistas
( Depoimento
pessoal,em formato
de vídeos, aúdio,
fotografias,etc.Disp
onível para
download ou cópia)
Fotografias
( Registro
visual ,disponível
para download ou
cópia)
Formulário
( Campos de
identificação e
comunicação
com instituição)
Localização
( endereço físico da
instituição)
Telefone
( da instituição)
Agendamento
( forma de
comunicação com a
instituição para
pedido de serviços)
Departamentos
( informações sobre
a data e
responsáveis de
criação por
departamentos da
UFC,organizados
em ordem crescente
ou decrescente)
Reitores
( informações sobre
os Reitores da
UFC,organizados
em ordem crescente
ou decrescente)
Links
( para outras
instituições
indicadas)
Bibliografia
( referências
indicadas sobre
assuntos correlatos)
Lugares de
memória
( Indicações para
outros lugares,fora
da UFC)
Edições Fac-
Similares
( orgazanizadas
pela instituição)
Artigos
( produzidos pela
instituição)
Livros
( de autoria da
instituição)
Museus
( localização e
contato dos Museus
dentro da UFC)
Bibliotecas
( localização e
contato das
Bibliotecas dentro
da UFC)
Exposições
Permanentes
( localização das
exposições
permanentes dentro
da UFC)
Prédios
( localização de
Prédios
arquitetônicos
tombados ou
não,dentro da UFC)
Antiquariatos
( localização e
contato dos
antiquariatos (obras
raras) dentro da
UFC)
APÊNDICE E
61
APÊNDICE F
62
63
APÊNDICE G

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  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE HUMANIDADES DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA DAYANNE ALBUQUERQUE ARAÚJO ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO EM MEMORIAIS: UMA PROPOSTA PARA CRIAÇÃO DO WEBSITE DO MEMORIAL DA UFC A PARTIR DOS SISTEMAS DE MORVILLE E ROSENFELD FORTALEZA 2013
  • 2. DAYANNE ALBUQUERQUE ARAUJO ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO EM MEMORIAIS: UMA PROPOSTA PARA CRIAÇÃO DO WEBSITE DO MEMORIAL DA UFC A PARTIR DOS SISTEMAS DE MORVILLE E ROSENFELD Monografia apresentada ao curso de Biblioteconomia do Departamento de Ciências da Informação da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção de título de Bacharel em Biblioteconomia. Orientador: Prof.° Arnoldo Nunes da Silva. FORTALEZA 2013
  • 3. A663a Araújo, Dayanne Albuquerque Arquitetura da informação em memoriais: uma proposta para criação do website do Memorial da UFC a partir dos sistemas de Morville e Rosenfeld /Dayanne Albuquerque Araújo. 2013. 73 f. Orientador: Prof. Arnoldo Nunes da Silva Monografia (Graduação) - Universidade Federal do Ceará, Departamento de Ciências da Informação, Fortaleza, 2013. 1.Arquitetura da informação. 2. Websites. 3. Memori- ais. I Universidade Federal do Ceará. II. Título.
  • 4. DAYANNE ALBUQUERQUE ARAÚJO ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO EM MEMORIAIS: UMA PROPOSTA PARA CRIAÇÃO DO WEBSITE DO MEMORIAL DA UFC A PARTIR DOS SISTEMAS DE MORVILLE E ROSENFELD Monografia apresentada ao curso de Biblioteconomia do Departamento de Ciências da Informação da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção de título de Bacharel em Biblioteconomia. Orientador: Prof.° Arnoldo Nunes da Silva. Aprovada em: ___/___/____. BANCA EXAMINADORA ____________________________________________ Professor Arnoldo Nunes da Silva (Orientador) Universidade Federal do Ceará (UFC) _______________________________________________ Professora Adriana Nóbrega da Silva Universidade Federal do Ceará (UFC) _______________________________________________ Professora Odete Máyra Mesquita Coelho Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • 5. AGRADECIMENTOS Agradeço a todos que estiveram presentes em minha trajetória acadêmica: todo o corpo docente do Departamento de Ciências da Informação, colegas mais próximos da sala de aula, família e amigos. Especialmente ao meu orientador, Professor Arnoldo, demonstrando atenção ao meu estudo e sendo extremamente complacente. Á banca composta pelas professoras Adriana Nóbrega e Máyra Mesquita, que aceitaram meu convite e que as admiro pela sua simpatia e conhecimento. Á Adelaide Gonçalves, professora do curso de história, por me mostrar diversos caminhos para minha atuação profissional, assim como na trajetória pessoal. Á Marcela G. Teixeira, arquivista da Universidade Federal do Ceará, por possibilitar a realização deste estudo, por enriquecer meu conhecimento na área arquivística e apoiar minhas ideias como bolsista do Memorial da Universidade Federal do Ceará. Aos meus colegas do projeto de extensão, Projeto Novo Vestibular, por contribuírem com dados para realização deste estudo. E por acrescentarem tanto na minha formação profissional com essa interação interdisciplinar que o projeto possibilita. E as minhas amigas Ana Luzia Feitosa e Márcia Cunha, pela força e incentivo para a conclusão deste. Obrigada a todos.
  • 6. “Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo.” (Oscar Wilde)
  • 7. RESUMO Esta monografia apresenta um breve estudo sobre o tema Arquitetura da Informação, e objetiva aplicar os métodos desta em ambiente web de memoriais, priorizando organização, “encontrabilidade” e facilidade de uso do conteúdo informacional para sua disseminação, expondo a arquitetura da informação como ferramenta eficaz de organização informacional em websites, especificando as etapas de construção conceitual de uma página web e resultando na proposta de um website estruturado a partir da metodologia de Rosenfeld e Morville (2002) em arquitetura da informação. Utiliza como metodologia, a pesquisa bibliográfica e quantitativa, através de aplicação de um formulário aberto e questionário. Assim como também, métodos do Benchmarking, para análise de portais dentro da temática de memoriais, e Card Sorting para validação da terminologia e categorização dos rótulos. E após a análise destes dados coletados, torna-se possível a apresentação de wireframes de um site para o Memorial da Universidade Federal do Ceará, que objetiva divulgar seu acervo e facilitar a comunicação com a comunidade, fundamentado na Arquitetura da Informação. Palavras-chave: Arquitetura da informação. Website. Memorial. Memorial UFC. Organização da informação. Proposta de website.
  • 8. ABSTRACT This monograph presents a brief study on the topic of Information Architecture , and objectively apply the methods in this web memorials environment , prioritizing the organization , " findability " and ease of use of informational content to its spread , exposing the information architecture as an effective tool organization of informational websites , specifying the conceptual stages of building a web page and resulting in the proposal of a web site built around the methodology of Rosenfeld and Morville on information architecture . Used as a methodology to bibliographic and quantitative research , through an open application and questionnaire form. As well , the Benchmarking methods for analysis of portals within the theme of memorials and Card Sorting for validation of terminology and categorization of labels . And after analysis of collected data , it becomes possible to display wireframes of a website for the Memorial of the Federal University of Ceará , which aims to promote their collections and facilitate communication with the community foundation in Information Architecture . Keywords: Information Architecture . Website. Memorial. Memorial UFC. Organization of information. Proposal for a website .
  • 9. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Mapa da rota ferroviária de Yamanote................................................. 15 Figura 2 – Esquemas de organização exatos......................................................... 17 Figura 3 – Sistema ambíguo por tema................................................................... 18 Figura 4 – Sistemas de Organização..................................................................... 18 Figura 5 – Página inicial da Biblioteca Nacional do Brasil................................... 19 Figura 6 - Página do Google+ - Etiquetas textuais e ícones.................................. 20 Figura 7 - Sistema de navegação embutido........................................................... 22 Figura 8 – Mapa do site do Instituto Brasileiro de Museus................................... 23 Figura 9 – Nuvem de tags do portal Flickr............................................................ 23 Figura 10 – Personalização site da Livraria.......................................................... 24 Figura 11 - Sistema de busca................................................................................. 25 Figura 12 – Modelo de etapas da arquitetura de website..................................... 26 Figura 13 – Página inicial do Centro de Memória da UnB................................... 27 Figura 14 – Página inicial do Instituto Roberto Bolsch........................................ 31 Figura 15 – Página inicial do Memorial da Resistência de São Paulo.................. 31 Figura 16 – Sistema de busca no site do Memorial da Resistência de São Paulo 32 Figura 17 – Página do Memorial Brasil Artes Cênicas......................................... 32 Figura 18 – Página do Centro de Memória da UNICAMP.................................... 33 Figura 19 – Portal do Centro de Documentação e Arquivo da UFRG.................. 40
  • 10. Figura 20 – Portal do MAUC................................................................................ 42 Figura 21 – Portal do Museu da UFRGS.............................................................. 43 Figura 22 – Estrutura de organização e navegação............................................... 44 Figura 23 – Mapa conceitual................................................................................. 45 Figura 24 – Mapa conceitual elaborado pelo público-alvo................................... 46 Figura 25 - Página Inicial proposta para o website do Memorial UFC................ 48 Figura 26 – Breadcrumbs...................................................................................... 49
  • 11. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 12 2 ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO.......................................................... 13 2.1 A arquitetura da informação em websites..................................................... 16 2.1.1 Sistemas de organização.................................................................................... 17 2.1.2 Sistema de rotulagem......................................................................................... 20 2.1.3 Sistema de Navegação....................................................................................... 21 2.1.4 Sistema de pesquisa........................................................................................... 25 2.2 Metodologia da Arquitetura da Informação em websites........................... 26 3 ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO EM MEMORIAIS......................... 28 4 METODOLOGIA............................................................................................ 35 5 PROPOSTA DE MODELO PARA WEBSITE DO MEMORIAL DA UFC................................................................................................................... 38 5.1 Pesquisa sobre a instituição............................................................................. 39 5.2 Definição dos sistemas de AI........................................................................... 39 5.3 Projeto do website........................................................................................... 47 6 CONCLUSÃO.................................................................................................. 50 REFERENCIAS............................................................................................... 51 APÊNDICE A – FORMULÁRIO - LEVANTAMENTO DE DADOS SOBRE A INSTITUIÇÃO............................................................................... 52 APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO - TERMOS PARA ROTULAGEM PRINCIPAL...................................................................................................... 53 APÊNDICE C - CARD SORTING – CARTÕES BRANCOS……………. 54 APÊNDICE D- CARD SORTING – CARTÕES AMARELOS.................. 55 APÊNDICE E – APLICAÇÃO DO CARD SORTING................................ 56
  • 12. 12 1 INTRODUÇÃO Em 1991 foi lançado na web o primeiro site, contendo apenas um texto sobre o que era a Word Wide Web,criado pelo inglês Tim Berners-Lee. À medida que a linguagem HyperText Markup Language (HTML) crescia, foi possível incorporar imagens e sons, deixando seu conteúdo mais atraente. Neste mesmo ano, Richard Saul Wurman, já aplicava conceitos de arquitetura à informação. O princípio era estruturar e organizar a informação para que os usuários a associassem da forma mais clara possível. A arquitetura da informação em websites tem como o objetivo torná-los mais acessíveis e utilizados de forma plena. Relacionando-se com mecanismos de busca, estruturação de conteúdo, design de página e outros aspectos inerentes à organização e usabilidade da informação em meio digital. Em meio físico, os Memoriais buscam também, a organização, preservação e disponibilização de seus itens documentais no mais diversos suportes, que contem informações de extrema relevância memorialística para a sociedade. A fim de disponibilizar seu conteúdo na web e torná-lo “encontrável” dentro de um site, indispensável é a aplicação desta ferramenta, que é a Arquitetura da Informação, para aprimorar seus serviços e atender a demanda de usuários na rede. Justifica-se pela carência de material bibliográfico em língua portuguesa para sua disseminação e para desmitificar sua aplicação. Contribuindo assim com o estudo da arquitetura da informação exemplificando sua aplicação em forma simples em memoriais. Este estudo tem como objetivo geral: Aplicar os métodos da Arquitetura da Informação em ambientes web de memoriais, priorizando organização, “encontrabilidade” e facilidade de uso do conteúdo informacional para sua disseminação. E como objetivos específicos: a) Expor a arquitetura da informação como ferramenta eficaz de organização informacional em websites b) Especificar as etapas de construção conceitual de uma página web; c) Propor um website estruturado a partir da metodologia de Rosenfeld e Morville em arquitetura da informação.
  • 13. 13 2 ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO A WWW (World Wide Web ou, simplesmente, Web) é a parte multimídia da Internet, portanto possibilita a exibição de páginas de hipertexto, ou seja, documentos que podem conter todo o tipo de informação: textos, fotos, animações, trechos de vídeo e sons e programas e, especialmente, que permite conexões entre documentos, os chamados links. Na Internet a informação é colocada em documentos denominados "sites" ou páginas Web. Assim, a web é formada por milhões de "páginas", ou "sítios", ou "locais" ou "sites", que podem conter uma ou mais páginas ligadas entre si, cada qual em um endereço particular, em que as informações estão organizadas. Os sites se apresentam de maneira muito variada e podem ter tamanho grande ou pequeno, estarem bem organizados ou não, conter informações importantes ou não. Para encontrarmos determinada informação é necessário percorrer um longo e ramificado caminho, repleto de alternativas e distrações. Dentro deste “baú de dados”, na navegação, precisamos fechar diversas pop up’s de propagandas indesejadas, driblar banners interativos, clicar diversas vezes em links até acharmos, ou não, aquilo que precisamos. A princípio, através de um navegador, que seja capaz de permitir o uso total do web site, previamente precisamos saber seu endereço Uniform Resource Locator (URL). Caso não o saibamos, recorremos as ferramentas de busca ,como o Google, que com seus motores varrem a rede cruzando as palavras-chaves e parte dos conteúdos das páginas, com os termos da pesquisa inseridos pelo usuário. Encontrado o website, analisamos se este é confiável, se suas informações tem respaldo, se aparenta ser seguro , se seu layout possui boa visibilidade de leitura, dentre outros pontos que inconscientemente observamos. Após isto, já no site que acreditamos estar a informação, precisamos entendê-lo. “Que botões existem no menu de navegação?” ,“Será que estes agrupam informações semelhantes para diminuir meu tempo de busca?” ,“Quem é o responsável pelo site?” ,“Existe um formulário de contato, e-mail, endereço ou telefone?” ,“Como utilizar as ferramentas do site?”. Uma página tendo seu conteúdo “limpo”, organizado e que possamos subentender seu funcionamento, clicaremos no que parece nos levar ao resultado. No fim deste percurso, com a informação em nossa tela, o site a disponibiliza? É possível copiar, efetuar o download em formatos compatíveis com o sistema do nosso computador? A construção de uma página, muitas vezes é feita sem levar em consideração estas possíveis indagações, sem o estudo de seu público-alvo, atendendo somente as necessidades
  • 14. 14 do seu criador. Com o objetivo de hierarquizar e organizar as informações no website para que o usuário possa vir a encontrar com rapidez e precisão o que busca, o arquiteto da informação faz-se de extrema necessidade para a aplicabilidade e eficácia da página. Elaborando uma interface bem estruturada, que destaque os principais tópicos oferecidos, mostrando ao usuário o caminho feito, possibilitando sua volta sem precisar refazer o caminho, prevendo os passos destes para antecipar ações que o orientem. A expressão Arquitetura da Informação foi criada pelo arquiteto Richard Saul Wurman, em 1976, em seu discurso no Instituto Americano de Conferência de Arquitetura, na tentativa de evitar a ansiedade de informação que já existia naquela época, onde metaforizava a construção de um edifício, atendendo as necessidades de seus ocupantes com a organização da informação, tendo o usuário como foco em sua elaboração. A ansiedade era causada pelo sentimento angustiante provocado pelo excesso de informação, que diretamente causava o distanciamento entre a compreensão da informação e o que ela realmente informava. “O objetivo da Arquitetura de Informação era organizar os padrões inerentes dos dados e criar a estrutura ou mapa da informação de forma a permitir que outros encontrem seus próprios caminhos para o conhecimento tornando o complexo claro. No livro “Information Architects”, Wurman e outros autores apresentam exemplos de aplicação da nova área que vai desde um simples mapa de metrô, mapa de museu, imagens de diagnóstico médico, até um website. Portanto, é possível concluir que a AI não nasceu com a Internet, mas se encaixa perfeitamente a ela.” (WURMAN, 1997, p.16 apud CORREA, 2012). Um trabalho bastante popular de Wurman (1991), utilizado para ilustrar de forma rápida e clara os resultados de uma boa arquitetura informacional é o mapa da rota ferroviária da cidade de Yamanote no Japão: Figura 1 – Mapa da rota ferroviária de Yamanote
  • 15. 15 Fonte: REIS(2008) O mapa a esquerda não contém informações úteis sobre itinerário e paradas, seu formato não facilita o entendimento. Já o da direita, sendo circular, com paradas detalhadas, destacando o Palácio Imperial, facilita a memorização do percurso. A partir das definições de paradas, os passageiros deduzem o ponto de partida e o de chegada, pois sua rota é circular. Em 2011,Davenport a define como uma série de ferramentas que adaptam os recursos às necessidades da informação. Ela conecta os processos, os comportamentos, os métodos, a estrutura e o espaço físico, incluindo mapas, diretórios e padrões relacionados com o uso e armazenamento das informações. Uma das principais razões que levam à elaboração de uma arquitetura é que, geralmente, as informações estão muito dispersas pela organização, com usos variados, vindas de muitas fontes e armazenadas em diversos meios e formatos, dificultando o acesso aos dados. (Davenport, 2001; Mcgee e Prusak, 1994). Nestes conceitos há diversas características que são atribuídas como palavras-chaves da Arquitetura da Informação: taxonomia, hierarquização dos conteúdos, navegação cognitiva através dos espaços de informação e conhecimento, orientação centrada no usuário, usabilidade das informações, estudos estatísticos, métricas de resultados, indexação, interação homem-máquina, tecnologia da informação e sistemas de informação. Porém, percebemos que estes conceitos são bastante abrangentes, podendo a Arquitetura da Informação ser aplicada em qualquer meio ou suporte informacional. Em 1998, houve um marco na área: Peter Morville e Louis Rosenfeld, bibliotecários influenciados pela organização de conteúdos web, produziram trabalhos com uma nova perspectiva. Não concordavam com o pensamento de Wurman na organização da informação
  • 16. 16 de forma tão superficial somente no design.Esta deve estar organizada em sistemas. Para eles a arquitetura da informação segue além do design ,chegando estar entre as páginas de um website, ou seja, nas ligações, na estrutura, enquanto que para Wurman parecia ser o desenho das páginas, sua apresentação. Em seu livro “Information Architecture for the wide web” apresentam algumas definições sobre: O design estrutural de ambientes de informação compartilhados; A combinação de organização, rotulagem, pesquisa e sistemas de navegação em sites e intranets; A arte e a ciência de dar forma a produtos de informação e experiências para apoiar usabilidade e “encontrabilidade” (findability) e uma disciplina emergente e comunidade de prática focada em trazer princípios de design e arquitetura para a paisagem digital. Rosenfeld e Morville foram recebidos com enorme sucesso, e no final de 1990 e início de 2000 a prática de arquitetura de informação era geralmente sinônimo de criação de sites web. Este trabalho se volta especificamente para a criação de um website a partir do conceito e métodos destes que serão explicitados mais profundamente nos próximos tópicos. Atualmente a definição atribuída para a arquitetura da informação, é do Instituto de Arquitetura de Informação, organização internacional comprometida com a promoção e o avanço dsta prática: A arquitetura da informação é a arte e a ciência de organizar e rotular websites, intranets, comunidades virtuais e software para dar suporte a usabilidade e a facilidade de obtenção a informações, e também ,como uma comunidade emergente de profissionais focada em trazer princípios de design e arquitetura para o ambiente digital. (INFORMATION ARCHITECTURE INSTITUTE, 2008). 2.2 Arquitetura da informação em websites Como dito anteriormente, este trabalho seguirá os conceitos e métodos de Arquitetura da Informação para websites de acordo com o proposto por Peter Morville e Louis Rosenfeld. Colocando como objetivo no processo de criação de um website: Deixar clara a visão e missão do site, identificar seu público e necessidades; conhecer o conteúdo a ser ofertado; harmonizar função do sistema x necessidades dos usuários x objetivos x recursos tecnológicos adequados; organizar a informação e os sistemas de navegação; determinar o vocabulário a
  • 17. 17 ser utilizado dentro dos links e seções; definir como será o sistema de busca; planejar o controle e avaliação do site. Mas para tanto, é necessário conhecer os quatro sistemas de estruturação de informações: Sistemas de Organização, Sistemas de Rotulagem, Sistemas de Navegação e Sistemas de Busca. 2.2.1 Sistemas de Organização “Um esquema de organização define as características compartilhadas de itens de conteúdo e influencia o agrupamento lógico de tais itens. Uma estrutura de organização define os tipos de relações entre os itens de conteúdo e dos grupos.” (Rosenfeld e Morville, 2002, p. 58) Existem diferentes maneiras de organização. Esses sistemas podem ser divididos em dois grupos: esquemas de organização e estruturas de organização. Os esquemas de organização são divididos em exatos, ambíguos e híbridos No exato, as informações são separadas em seções exclusivas e bem definidas. Sendo os critérios alfabéticos e cronológicos os mais comuns. Bastante útil ao usuário que sabe exatamente o que procura. São categorizados por: alfabético, cronológico, geográfico, sequencial. O site da Biblioteca Mundial Digital, exemplificado na Figura 2, tem a sua informação organizada de forma alfabética no campo de idiomas, cronológica e geográfica no refinamento da busca. Ressalto aqui que as escolhas das imagens dos portais a seguir foram feitas pela semelhança com os serviços prestados em memoriais ou que ilustre de forma eficaz a ferramenta descrita. Figura 2 – Esquemas de organização exatos
  • 18. 18 Fonte: (http://www.wdl.org/pt/ ) Já o esquema de organização ambígua categorizam as informações com definições não exatas. Rosenfeld e Morville (2002) citam como exemplo desse tipo de sistema a classificação do tomate. Para alguns ele pode ser classificado como fruta, para outros, como legume e ainda há aqueles que o classificam como verdura. São categorizados por: temas, tarefas, público-alvo, metáforas e híbridos. No site da Biblioteca do Congresso dos Estudados Unidos, vemos um exemplo da organização por temas. Figura 3 – Sistema ambíguo por tema Fonte: (http://www.loc.gov/index.html ) Figura 4 – Sistemas de Organização Fonte:REIS(2009)
  • 19. 19 Quanto as estruturas de organização, relacionam-se itens de conteúdo x grupos de informação. Podendo haver inúmeras formas de apresentação, alguns tipos identificáveis facilmente na web são os: a)“Top-down” ou hierárquica. Esta abordagem permite a identificação das principais áreas do site e os possíveis modos de organização do conteúdo, sem a necessidade de passar pelo inventário de conteúdo. Tende a ser centrada no usuário, pois foca no comportamento e necessidades dele para determinar a navegação no website. Das divisões, criam-se subdivisões, havendo um parentesco com o grupo maior, sempre se ramificando, como um passo a passo do geral para o específico. No site da Biblioteca Nacional brasileira, visualmente o usuário já percebe a divisão dos conteúdos. Ao lado esquerdo, o menu de navegação principal, em “cascata”, onde subpáginas são mostradas ao passar do mouse. Já no centro, o campo de notícias e nas laterais, pequenos banners para sites externos. Figura 5 – Página inicial da Biblioteca Nacional do Brasil Fonte: ( http://www.bn.br/portal/ ) . b) Base relacional ou “Bottom-up” utiliza informações organizadas em bases de dados relacionais que permitem a busca por informações específicas que podem ser realizadas em qualquer campo do registro. É considerada uma organização “bottom-up”, por partir de uma informação específica para uma geral. c) A hipertextual organiza a informação de forma não linear através do hipertexto,
  • 20. 20 envolvendo parte da informação com links que remetem para a informação de forma integral em outra página do mesmo site ou externo. 2.2.2 Sistemas de Rotulagem A rotulagem ou “etiquetas” é uma forma de representar/identificar uma unidade de informação em sistemas de hipertextos para remeter o usuário à informação desejada. Podendo ser representadas de duas formas no meio digital: por grupos de palavras ou ícones. Podemos identificar este sistema facilmente em uma página na área do Menu. Geralmente encontramos as palavras: Inicio, Sobre, Equipe, Serviços, Contato. Ou através de ícones, como uma casinha, que remete a palavra Home, que retorna a página inicial do site, ou uma lupa para pesquisa. Figura 6 - Página do Google+ - Etiquetas textuais e ícones. Fonte: (https://plus.google.com/u/0/ ) A atribuição destes termos ou ícones para cada função daquele hiperlink deve ser feita de uma forma padronizada tanto externa, assemelhando-se a outros sites, quanto interna, mantendo-se sua concordância sintáxica e funcional. A aplicação dos conceitos de Benchmarking, Card Sorting e são indicados para a elaboração destes rótulos.
  • 21. 21 Benchmarking é a arte de descobrir como e porque algumas empresas podem desempenhar muito mais tarefas do que outras. Podem-se comparar dez diferenças em termos de qualidade, velocidade e desempenho em custos de uma empresa média versus outra de classe mundial.(...) envolve as sete etapas seguintes: (1) determinar em que funções praticá-lo; (2) identificar as principais variáveis de desempenho a mensurar; (3) identificar as melhores empresas do setor; (4) mensurar o desempenho dessas melhores empresas; (5) mensurar o desempenho da empresa em questão; (6) especificar programas e ações para preencher os hiatos; (7) implementar e monitorar os resultados.” (KOTLER, 1998) Neste processo de rotulagem, podemos exemplificar pesquisando sites das mesmas áreas de atuação, verificando os termos utilizados em sua categorização, mensurar sua repetição podendo ser utilizados como referência no processo de criação. O Card Sorting é uma técnica para explorar como as pessoas agrupam itens de informação. Segundo Gafney (2000) permite o desenvolvimento de estruturas que aumentem as probabilidades de usuários encontrarem o que procuram, ou seja, ajuda a descobrir como o usuário usa e classifica uma informação em sua mente. Sendo de extrema importância para agrupar os itens do menu de navegação e conteúdos relacionados. De acordo com o modelo proposto por Rosenfeld e Morville (2002) o Card Sorting possui duas variantes básicas: as formas aberta e fechada. Na forma aberta os participantes recebem cartões em branco e é mais usada para levantamento/descoberta de termos. Na forma fechada os cartões já estão rotulados sendo a forma mais utilizada para validação de estruturas e de uso mais comum. Entre essas duas opções pode-se utilizar formas híbridas, mais fechadas ou mais abertas, balanceadas de acordo com as necessidades de cada projeto. 2.2.3 Sistema de Navegação Especifica as maneiras de navegar, de se mover pelo espaço informacional e hipertextual. Respondendo ao usuário: Onde estou? (na web, e dentro do site); De onde vim? (uniformidade na página); Para onde vou? (Breadcrumb,“migalhas de pão”). Figura 7 - Sistema de navegação embutido
  • 22. 22 Fonte:Rosenfeld e Morvielle(2002) (traduzido pela autora) Sua função é indicar ao usuário sua localização e mostrar o caminho correto para que ele chegue ao seu destino, como um ponto de referência. Podemos comparar com placas de sinalização no trânsito, que indicam caminhos, retornos e a distância para algum lugar. Assim como os nomes de ruas, número de casas e diversos outros meios físicos que temos para nos localizarmos e locomovermos. No meio digital, essas referências precisam ser criadas para orientar a navegação do usuário, tanto na internet, quanto dentro do site. A falta de um sistema como esse faz com que o usuário se perca, fique a deriva ao navegar no site. (REIS, 2011). O sistema de navegação, divide-se em embutido e suplementar. O embutido é composto por diversos subsistemas: Global, Local, Hierárquico e ad hoc. O suplementar é meio de oferecer outros caminhos para o usuário navegar pelo site, como Sitemap, Índices, Guias, Personalização e Customização, Busca e Navegação Social. I - Sistemas de Navegação Embutidos: a) Global – A navegação global deve apresentar links que permitam a navegação para áreas chaves do sistema. Usada em forma de barra de navegação/menu principal, e as vezes usadas no rodapé da página. b) Local – O sistema de navegação local é um sistema utilizado para complementar o sistema global, permitindo uma navegação entre um conjunto particular de páginas de um website. Ou seja, este sistema é específico do conteúdo apresentado, permanecendo presente na tela somente enquanto determinado assunto está sendo abordado. Pode ser representado ainda por uma lista de tópicos ou por uma lista de alguns itens que se relacionem entre si. c) Hierárquico – Tal como é apresentado na estrutura de organização hierárquica, este sistema segue o modelo de apresentação de informações por ordem de subordinação. Neste caso, a navegação permite o acesso às informações percorrendo páginas alocadas em uma sequencia que se inicia com informações gerais e vai até níveis com informações mais detalhadas (geral - específico). A página principal do site possui ramificação geral da estrutura, apresentando opções secundárias que serão subdivididas. d) Ad Hoc / Contextual – Funciona como remissiva para outros conteúdos relacionados a informação. Como “Ver também”, “assuntos relacionados”. II- Sistemas de Navegação Suplementares:
  • 23. 23 e) Sitemap – Para sites com denso conteúdo informacional. Deve reforçar a hierarquia da informação, proporcionar o acesso direto aos conteúdos, ser “limpo” e conciso. Figura 8 – Mapa do site do Instituto Brasileiro de Museus Fonte: ( http://www.museus.gov.br/mapadosite/ ) f) Índices – Devem apresentar palavras-chaves organizadas alfabeticamente. Uma das formas de utilizá-lo é como “Cloud Tag”,ou nuvem de palavras-chaves. Figura 9 – Nuvem de tags do portal Flickr Fonte: ( http://www.flickr.com/ ) c) Guias – Funcionam como tutoriais. Ex.: Ilustrações, vídeos, passo a passo, demonstração. d) Personalização e Customização - A personalização consiste na apresentação de páginas para o usuário com base em um modelo de comportamento, necessidades e preferências de cada indivíduo. (ROSENFELD; MORVILLE, 2002). Já a customização dará controle ao usuário da apresentação de páginas web, possibilitando que um website fique muito mais
  • 24. 24 atraente. Figura 10 – Personalização - Sugestões de livros do site da Livraria Cultura com base no perfil do usuário Fonte : (http://www.livrariacultura.com.br/scripts/index.asp ) e) Navegação Social - Segundo Rosenfeld e Morville (2002), a navegação social é construída sobre a ideia simples de que o valor para o usuário individual pode ser derivada da observação das ações de outros usuários. Exemplos desse sistema de navegação são as listas de mais populares ou menos populares. Figura 11 – Navegação Social - Lista de livros mais vendidos do site Estante Virtual Fonte: ( www.estantevirtual.com.br)
  • 25. 25 f) Busca - Segundo Rosenfeld e Morville (2002), a busca, é o sistema de navegação favorito do usuário, pois permite que o mesmo faça uso das suas próprias palavras-chave para a busca da informação desejada. Sendo um dos quatro sistemas que sustentam o conceito da Arquitetura da Informação. 2.2.4 Sistemas de Busca “Cerca de 1/3 das pessoas que nós testamos normalmente tentam a busca como sua estratégia inicial e outras recorrem a ela quando não conseguem uma resposta seguindo os links de navegação”. Rosenfeld e Morville (2002). Os recursos para efetuar a busca podem ser: lógica, booleana, linguagem natural, tipos específicos de itens e operadores de proximidade. Podendo ser apresentados por listagens, relevância e refinamentos de busca. Possibilitando ao usuário a formulação das expressões de busca para a informação desejada. Sua Interface deve está associada à navegação, o usuário necessita identificar em qual local poderá efetuar sua pesquisa. Podemos dividir a busca, em simples (linguagem natural) e em avançada (filtros, lógica booleana, vocabulários controlados). Em ambos, os resultados devem ser precisos, claros e relevantes. E para isso é necessário que seu conteúdo esteja perfeitamente indexado e rotulado. Segundo Rosenfeld e Morville (2002, p. 146) “um sistema de busca determina as perguntas que o usuário pode fazer e o conjunto de respostas que ele irá obter do sistema”. [...] utilizar linguagem natural ou operadores booleanos. As perguntas são cruzadas com um índice que representa o conteúdo, formado por todos os termos encontrados nos documentos ou por uma lista com títulos, autores, categorias e informação relacionada. (AGNER, 2007, p. 97) Figura 11 - Sistema de busca
  • 26. 26 Fonte: Rosenfeld e Morville, 2002, p.150. A ferramenta de busca por ser complexa e envolver ferramentas específicas dos profissionais em tecnologia da informação, deve ser elabora conjuntamente com estes. Idealmente, o arquiteto de informação, o especialista em TI, e pessoas com outros tipos de competências irão determinar as suas respectivas necessidades, discutir como essas podem afetar uns aos outros, e, finalmente, apresentar um conjunto unificado de requisitos ao avaliar um sistema de busca. (ROSENFELD; MORVILLE, 2006, p. 150) Os fatores a se considerar para projetar um sistema de busca são: o que se busca, o que recuperar e como exibir os resultados. Rosenfeld e Morville (2002, p. 180) citam alguns fatores que determinam esta variação de interface: Nível de especialização da busca e motivação; Tipos de necessidade informacional; Tipo de informação a ser pesquisada, e quantidade de informação que está sendo pesquisada. 2.3 Metodologia da arquitetura da informação em websites Os autores apresentam a metodologia de desenvolvimento de arquitetura de informação em cinco fases: g) Pesquisa – esta fase começa com uma revisão do material existente e com reuniões com a equipe estratégica e clientes, a fim de obter um elevado nível de compreensão do contexto, conteúdo e usuários. Busca-se compreender que produtos ou serviços a empresa/instituição deseja oferecer e qual o perfil do cliente, o que ele pretende encontrar. g) Estratégia – a fase estratégica deverá abordar as oportunidades para alavancar os instrumentos já existentes e identificar as necessidades adicionais de tecnologias para desenvolver ou gerenciar a arquitetura da informação. Nesta etapa também se criam as diretrizes de como serão os quatro sistemas da arquitetura da informação e é determinada a direção a seguir nas próximas etapas. É o momento de discussão e acertos entre toda a equipe participante do projeto. h) Design – Esta fase é quando o arquiteto de informação transforma uma estratégia de alto nível em arquitetura da informação criando esquemas detalhados, wireframes , metadados que
  • 27. 27 serão utilizados por Web designers, programadores, redatores e pelo pessoal da produção. É nesta etapa que o arquiteto de informação faz a maior parte do trabalho. Todavia, precisa ser muito bem feito, pois uma fase de design malfeito pode arruinar a estratégia. i) Implementação – nesta fase o website é construído. Tudo o que foi elaborado anteriormente é posto em prática, transformando ideias em realidade. Nesta etapa os demais profissionais envolvidos com o projeto como Web designers, programadores e redatores constroem o site seguindo as especificações do projeto elaborado pelo arquiteto de informação. Cabe ao arquiteto, nessa fase, resolver as dúvidas que venham a surgir, bem como solucionar problemas. j) Administração – trata-se do gerenciamento do site, mediante o acompanhamento do seu crescimento e utilização. A avaliação do desempenho pode ser feita por testes de usabilidade, buscando-se sempre melhorias. Figura 12 – Modelo de etapas da arquitetura de website Fonte : Morville (2006)
  • 28. 28 3 ARQUITETURA DA INFOMAÇÃO EM MEMORIAIS “O importante conjunto de acervos históricos deve ser preservado e colocado à disposição da sociedade. As empresas possuem verdadeiros tesouros, relacionados ao desenvolvimento das pessoas, das cidades, dos negócios e da comunicação empresarial.” (NASSAR,2009) Para Pierre Nora (1993) memoriais são locais que reúnem diversos tipos documentais sobre a memória histórica de uma pessoa, comunidade ou instituição, sendo pública ou privada, a fim de preservar, organizar e disponibilizar estas informações em benefício da produção científica, tecnológica, cultural e social, bem como do testemunho jurídico e histórico. Num acervo memorialístico podemos encontrar desde de objetos museológicos, arquitetônicos, bibliográficos, iconográficos, cartográficos, audiovisuais, e etc. Também denominados centros ou lugares de memória, a preservação da memória histórica é de extrema importância, sendo ela uma capacidade individual do ser humano que está sujeita a distorções e falhas. E além, para agrupar e representar sua memória coletiva que geram a perpetuação da sua história para as próximas gerações. Estes espaços sempre existiram em todas as sociedades e culturas conhecidas, e são definidos como sendo lugares topográficos, como os arquivos, as bibliotecas e os museus e também como lugares monumentais como os cemitérios ou as arquiteturas. O trabalho específico com a memória das organizações começou a ser realizado de forma mais especifica a partir da década de 70, em virtude de estudos sociológicos, antropológicos e históricos mais profundamente voltados para a questão da memória, muitas organizações se deram conta da importância, para o seu próprio crescimento, do registro e da preservação de sua memória institucional como forma de fortalecer sua identidade interna e externa e de compreender mais claramente seu papel e o de seu corpo funcional nos novos cenários, com vistas a uma adaptação mais bem-sucedida. A preservação da memória social é o tema em destaque na passagem do século XX para o século XXI. Ao longo do século vinte e, principalmente, após a segunda guerra mundial, a preocupação com a criação de registros de memória, quer fossem na literatura, nos monumentos ou nas comemorações, levou a sociedade a produzir um campo de discussão sobre o perigo de esquecer fatos históricos marcantes. (DOBEDEI, 2008, p. 1)
  • 29. 29 Ao promover a preservação da Memória Institucional às instituições detêm a possibilidade de disseminá-la com a criação do seu próprio lugar de memória. Entre os anos de 1940 e 1950, por causa das transformações sociais e econômicas do pós-guerra, os estudos voltam-se para o uso da tecnologia e de novas formas de organização, para superar a competição cada vez mais acirrada. Pós- ditadura militar no Brasil, com o início do acesso às revoluções tecnológicas, surgiu a possibilidade de resgatar informações, para se conhecer a história do país e disponibilizar essas informações de forma organizada e transparente à sociedade. As primeiras instituições a reunirem acervos memorialísticos, um misto de documentos arquivísticos, museológicos e bibliográficos, foram os órgãos governamentais e universidades. O conceito de centro de memória é derivado de dois conceitos definidos pela biblioteconomia: documentação e centros de documentação. A definição clássica de Documentação é a de organização de informações relacionadas a um assunto, sem restrições de acervo. Um centro de documentação, portanto, é uma entidade que reúne qualquer tipo de documento em torno de uma especialidade bem determinada. Os centros de memória são, portanto, centros de documentação destinados a um tema específico, a memória de uma organização ou de uma área de conhecimento. Por isso encontramos historiadores, arquivistas, museólogos, bibliotecários, comunicadores trabalhando nesses centros. Profissionais de diferentes formações, acostumados com diferentes metodologias e, o principal, com diferentes concepções teóricas a respeito da informação contida no acervo. Dois conceitos da arquitetura da informação são fundamentais e que se relacionam perfeitamente com os objetivos de uma página Memorial, são o de “findability”, traduzido como “encontrabilidade” e usabilidade. Findability é um termo para a facilidade com que as informações contidas no site podem ser encontradas, tanto do lado de fora do site (utilizando os motores de busca e outros) e por usuários já existentes no site. Heather Lutze é conhecido por ser o criador do termo no início de 2000, mas a sua popularização é geralmente atribuída a Peter Morville. Em 2005, ele a definiu como: “a capacidade dos usuários para identificar um site apropriado e navegar pelas páginas deste para descobrir e recuperar os recursos de informação relevantes”. A usabilidade tem como objetivo tornar a relação humano- computador mais efetiva, eficiente e satisfatória. Quando a usabilidade é levada em conta durante o processo de desenvolvimento de interfaces web, vários problemas podem ser eliminados como, por
  • 30. 30 exemplo, pode-se reduzir o tempo de acesso à informação, tornar informações facilmente disponíveis aos usuários e evitar a frustração de não encontrar informações no site. Um site Memorial busca disseminar a informação e facilitar o acesso a ela. Se ele tiver problemas com a usabilidade, pode tornar-se obsoleto, com gasto financeiro e pessoal muito alto, sem o retorno esperado. A usabilidade está associada, segundo Nielsen (1993), aos seguintes princípios: facilidade de aprendizado; facilidade de lembrar como realizar uma tarefa após algum tempo; rapidez no desenvolvimento de tarefas; baixa taxa de erros; satisfação subjetiva do usuário. Por tanto, para atender ao objetivo de um site memorial, que e a recuperação da informação de forma rápida e clara, além de proporcionar um ambiente confiável para pesquisadores, através da transparência da instituição e dos responsáveis pela veracidade das informações. O site deve conter suprir as necessidades do usuário, sendo arquitetado para este. Memoriais, como dito anteriormente, retêm variados documentos, constituindo um denso acervo a ser disponibilizado. Além de outros serviços, como organização de eventos, exposições, cursos e notícias da área. Todas estas informações precisam estar bem organizadas e identificáveis na página inicial para que o navegante saiba aonde e como ir para encontrar o que deseja. Fazendo uma rápida pesquisa no site Google, por páginas brasileiras de centros de memória, percebemos que não são muitas, e das que existem muitas não possuem informações que atendam a todos estes requisitos. Como por exemplo, a do Centro de Memória da Universidade de Brasília (UnB), que em nenhum link do portal, é possível entrar em contato com os responsáveis ou achar informações deste. Figura 13 – Página inicial do Centro de Memória da UnB Fonte: (http://www.cmd.unb.br/index.php )
  • 31. 31 Aplicando aos quatro sistemas da arquitetura da informação, podemos visualizar melhor a apresentação de um site memorialístico, potencializando seus serviços. O sistema de navegação: O mapa do site é aconselhável quando o número de páginas e subpáginas é grande e sua visualização na íntegra não é possível na página inicial. Porém o breadcrumb é importante tê-lo para que possa navegar com maior facilidade, possibilitando retorno ou avanço. As barras de navegação devem ser organizadas de forma que o usuário identifique a instituição física, e os serviços que pode encontrar virtualmente. Oferecendo mais de um caminho para aquela informação. Por exemplo, o site do Centro de Memória Bolsch, onde existem três menus. O primeiro na forma horizontal sobre a instituição mantedora, que abre subpáginas ao passarmos o mouse, em cima do banner animado que dificulta sua visualização. O segundo ao lado esquerdo na vertical, com serviços e informações sobre o centro de memória e si, e o terceiro no rodapé da página, com as mesmas informações do primeiro menu. Figura 14 – Página inicial do Instituto Roberto Bolsch Fonte: (http://www.institutorobertbosch.org.br/secao14/11/2/2/Centro-de-Memoria ) Sistema de busca: O campo de busca deve está visível em um campo de destaque, e fixo em todas as páginas, possibilitando que o usuário insira o termo que busca, sem ter que navegar pelo site. E também além da busca simples, ofertar campos para refinamento da pesquisa. Como no site do Memorial da Resistência de São Paulo.Onde na página inicial, o campo de pesquisa é claramente identificável, e possibilita o refinamento da busca com fácil entendimento. Figura 15 – Página inicial do Memorial da Resistência de São Paulo
  • 32. 32 Fonte:(http://www.memorialdaresistenciasp.org.br/ ) Figura 16 – Sistema de busca no site do Memorial da Resistência de São Paulo Fonte:(http://www.memorialdaresistenciasp.org.br/ ) Sistema de rotulagem: Saber quem é o público- alvo é primordial para elaboração de rótulos. Uma linguagem restrita a determinada área, minimiza o findability. A construção destes deve ser feito com a interação de outras pessoas e mais próxima possível ao significado no que está no conteúdo. O uso da palavra “Acervo Iconográfico”, pode ser substituído por “Imagens” e assim por diante. O site do Memorial Brasil Artes Cênicas apresenta uma rotulagem simples e fácil de interpretar. Havendo concordância numeral, no plural , um padrão de escrita em caixa baixa e uma linguagem informal.
  • 33. 33 Figura 17 – Página do Memorial Brasil Artes Cênicas Fonte : ( http://www.memorialdeartescenicas.com.br/site/ ) Sistema de Organização : Analisando a página do centro de memória da Universidade de Campinas (UNICAMP), visualizamos um esquema de organização por agrupamento lógico de conteúdo por tema e tarefas. E estrutura de organização "top-down”, permitindo a visualização de todos os links e caminhos a seguir logo na página inicial. Sendo seu campo de conteúdo bem delimitado (Ver figura 18). No número 1,o menu de navegação principal que é fixo na alternância de páginas. No número 2, o menu secundário. No número 3, um terceiro menu em forma de banner que remete as mesmas ações do menu principal, no número 4, o espaço de conteúdo, que é modificado com cada navegação. O número 5,com informações de contato, que também é fixo, e no rodapé fixo, todas as páginas que o site possuí, funcionando como caminho alternativo e mapa do site. Figura 18 – Página do Centro de Memória da UNICAMP
  • 35. 35 4 METODOLOGIA Os procedimentos metodológicos utilizados neste estudo partem de uma pesquisa bibliográfica. E para conhecer melhor o universo da pesquisa, foi utilizado como ferramentas a análise dois questionários. Uma para levantamento de dados sobre a instituição, com a Coordenadora responsável pelo Memorial da Universidade Federal do Ceará, Marcela Gonçalves Teixeira (APÊNDICE A) e outro para a elaboração da terminologia principal, com uma parcela do público-alvo que compreende a comunidade acadêmica da UFC; pesquisadores; instituições educacionais (escolas que posteriormente realizarão visitas in loco) e a comunidade em geral (APENDICE B). E para a elaboração da taxonomia, um grupo de nove estudantes dos cursos de História, Letras, Psicologia e Ciências Contábeis para aplicação do card sorting.(APENDICE C) Assim, este conjunto de procedimento deu embasamento teórico para desenvolvimento da proposta do website do Memorial da UFC. Neste contexto, Severino (2007, p. 122) destaca que a pesquisa bibliográfica é: Aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhados por outros pesquisadores e devidamente registrado. Dentre os textos pesquisados, o foco deu-se na obra de 2002,de Morville e Rosenfeld, “Arquitetura da Informação em websites”. Assim, os estudos realizados a partir destes textos, contribuíram para o entendimento sobre Arquitetura da Informação e sua aplicabilidade no contexto de website. Servindo então, de alicerce no processo de desenvolvimento desta proposta de criação do website do Memorial da UFC com base nos métodos da Arquitetura da Informação propostos por Morville e Rosenfeld. Focado nas três primeiras fases, pois as fases seguintes, de implementação, e monitoramento inferem diretamente na construção e publicação do site, que não será feita neste estudo. A escolha do Memorial da Universidade Federal do Ceará para a proposta do website, foi feita pela autora, devido a esta ter sido bolsista durante dois anos na instituição e conhecer a necessidade que as informações preservadas naquele local, precisam estar disponíveis da melhor forma para a comunidade em geral. Para registro e exposição das informações sobre a instituição, foi elaborado um formulário com perguntas sobre serviços, objetivo do site, serviços a serem ofertados, dentre
  • 36. 36 outras. Respondido pela Coordenadora responsável. A partir das respostas deste formulário, foram extraídos dados para a elaboração dos esquemas de organização e rotulagem. Uma análise tipo Benchmarking , que consiste em extrair modelos já consolidados na área de atuação em sites correlatos. Um mapa conceitual com os possíveis rótulos e organização foi elaborado. Mas para sua validação foi aplicado, um questionário de 13 perguntas, indagando qual o melhor termo para uma determinada ação. Havendo um item em aberto, podendo ser atribuindo outro termo. Define-se mapa conceitual por: O mapa conceitual visa representar relações entre conceitos através de pro- posições. Os conceitos aparecem dentro de caixas de texto ou círculos, ao passo que as relações entre eles são representadas por linhas que unem as respectivas caixas ou círculos. As linhas, quanto a elas, apresentam palavras associadas (de ligação) que descrevem qual é a natureza da relação que vin- cula os conceitos. Posto isto, um mapa conceitual permite resumir os princi- pais conteúdos de um texto.(AUSBEL,1960.) Para o agrupamento destes no web site foi aplicado o card sorting com nove estudantes de diversas áreas de graduação. É uma técnica para explorar como as pessoas agrupam itens de informação. Segundo Gafney (2000) permite o desenvolvimento de estrutu- ras que aumentem as probabilidades de usuários encontrarem o que procuram, ou seja, ajuda a descobrir como o usuário usa e classifica uma informação em sua mente, identificando qual terminologia é a mais usual, qual pode gerar confusões e que termos são mais difíceis de cate- gorizar. Para Morville (2005) o resultado do processo se adequa ao conceito de findability, a qualidade de ser localizável ou navegável. Segundo Davies (1996) as origens do Card Sorting remontam à técnica conhecida como Kelly Grid, desenvolvida por George Kelly em 1955 para seus estudos de modelos conceituais em psicologia. Rick Davies adaptou a técnica a seu trabalho com organizações não-governamentais para identificação dos atores no ambiente externo da organização. O próximo passo foi sua utilização para elaboração de estruturas web, gerando a disseminação do conceito no âmbito da arquitetura da informação. De acordo com o modelo proposto por Rosenfeld e Morville (2002) o Card Sorting possui duas variantes básicas: as formas aberta e fechada. Na forma aberta os participantes recebem cartões em branco e é mais usada para levantamento/descoberta de termos. Na forma fechada os cartões já estão rotulados, sendo a forma mais utilizada para validação de
  • 37. 37 estruturas e de uso mais comum. Entre essas duas opções, pode-se utilizar formas híbridas, mais fechadas ou mais abertas, balanceadas de acordo com as necessidades de cada projeto. Os participantes de uma rodada de Card Sorting devem ser os usuários representativos da estrutura que está sendo elaborada. O ideal é que o grupo de participantes varie entre 6 e 15, agrupados 3 a três, mas a técnica pode ser empregada até via e-mail, individualmente, se não houver outra possibilidade. Recomenda-se a utilização de pequenos grupos pois a utilização da técnica com apenas uma pessoa impede a discussão sobre outros pontos de vista/modelos mentais assim como grandes grupos podem dificultar o consenso ou diluir o foco na estrutura em debate. O tempo necessário para realização de uma rodada de Card Sorting é de duas a três horas por rodada. Uma hora para organizar os cartões e uma a duas horas para discussão, em média. Foram elaborados 13 cartões em branco (APENDICE D), representando a navegação principal do site, nomeada de acordo com a análise do questionário anteriormente aplicado. E outros cartões, na cor amarelo (APENDICE E), que deveriam ser agrupados com os brancos. formando uma hierarquia de páginas. Os cartões amarelos poderiam ser renomeados e colocados na navegação principal caso o grupo assim concordasse. O resultado foi a elaboração de outro mapa conceitual, servindo de base para a construção dos wireframes, onde apresentasse o esboço estrutural do site aqui proposto para o Memorial UFC. De Acordo com Van Dijck (2003), os wireframes são esboços da interface que o usu- ário terá contato. Mostram o design de interface sem mostrar ainda o design gráfico, indicando como funcionarão links, botões funcionais e outros elementos que possam influenciar o uso da interface e a relação entre eles. Chak (2004) afirma que os wire- frames devem apenas mostrar o contorno daquilo que será a interface, sem aprofun- damentos no design gráfico (DE MORAES, 2008).
  • 38. 38 5 PROPOSTA DE MODELO PARA WEBSITE DO MEMORIAL DA UFC 5.1 Pesquisa sobre a instituição Foi usado nesta etapa, que consiste na fase de pesquisa da metodologia de Rosenfeld e Morville (2002), um formulário digital (APÊNDICE A) composto por 14 perguntas, com respostas livres. O intuito é conhecer os objetivos e serviços do Memorial da UFC, o propósito da criação de um website e outras informações para sua arquitetura.. Respondido pela Coordenadora, Marcela Gonçalves Teixeira foram possíveis sintetizar as seguintes informações: O Memorial da UFC foi criado em 2007, e em como objetivo consolidar o acervo documental produzido pela UFC, assegurar a sua guarda e integridade material, reconhecendo a importância do legado de registros históricos, tendo por fim a adoção de medidas administrativas que assegurem a preservação de um valioso acervo sob risco de perecimento. Sua equipe é composta por um arquivista, um fotógrafo, um educador e bolsistas de iniciação acadêmica. A criação de uma página na internet, objetiva disponibilizar o material do acervo histórico, arquivístico, museológico, patrimonial e bibliográfico da UFC em torno desta temática. Disponibilizar informações sobre patrimônio universitário desta instituição independentemente de seu suporte. Possibilitar um tour virtual sobre o Memorial; interação com o público; disponibilizar acervo, artigos, pesquisas, textos, imagens fotográficas, exibição de vídeos, sites sobre lugares de memória de outras instituições renomadas, agendamento de visitas; disponibilizar notícias em torno da temática no site e nas redes sociais; disponibilizar a programação e agenda do Memorial, dentre outras atividades. Vindo também a suprir a necessidade de divulgação à comunidade acadêmica de forma geral sobre a existência do Memorial e sobre o rico acervo que a UFC possui. Assim como também a, interatividade com os usuários, seja o público externo ou a comunidade acadêmica. Possibilitando a realização de feedback, opiniões e sugestões com qualquer cidadão O site deve conter como conteúdo informações sobre a equipe, contato; acervo fotográfico; acervo de vídeos institucionais em torno da Memória da UFC, gravações em vídeo sobre atividades realizadas como promoção de palestras e seminários; tour virtual; divulgação sobre os lugares de memória da UFC; objetivos do Memorial; Resolução de
  • 39. 39 criação; gravações em áudio; documentos digitalizados e transcritos; sugestões de biblioteca; agenda do Memorial; link das redes sociais do Memorial e recomendar links para outras instituições da área. Sobre o a ação primária que o usuário deve ter ao entrar no site, o foco deve ser em conhecer a instituição (histórico, equipe, endereço, objetivos). Devendo ter uma estrutura amigável e interativo. Como indicação de sites concorrentes, que possuem uma organização de informações que podem servir de parâmetro para realização do Benchmarking , foram dados os seguintes: a do arquivo nacional, do Ministério da Justiça (www.arquivonacionalgov.br ); do Sistema de gestão de documentos de arquivo da administração pública feral (SIGA) (www.siga.arquivonacional.gov.br); Museu da Universidade Federal do Ceará(MAUC)(www.mauc.ufc.br); a da Pró- Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Ceará (PREX) (www.prex.ufc.br); a do Centro de documentação, informação e arquivo da Universidade Federal de Goiás (CIDARQ) (www.cidarq.ufg.br ) e do Museu da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFG) (www.ufrgs.br/museu ). Numa breve síntese, o site deve ser de fácil entendimento, focado em informações sobre o Memorial, como meio de divulgação e comunicação. Ofertando também, acesso ao acervo histórico da UFC para pesquisadores e a comunidade em geral. Dos seis sites indicados, observamos que o do MAUC, o do CIDARQ e o do Museu da UFRGS são os que mais se aproximam deste perfil. 5.2 Definição dos sistemas de AI Como dito anteriormente, esta etapa consiste nas especificações de cada sistema, de organização, rotulagem, navegação e busca. Para isto, será usado as informações cedidas pela Coordenadora do Memorial. A aplicação do Benchmarking nos sites do MAUC, CIDARQ e do Museu da UFRGS objetiva analisar os sistemas destes e encontrar padrões para criação do mapa mental de terminologias e categorias.
  • 40. 40 Figura 19 – Portal do Centro de Documentação e Arquivo da UFRG Fonte: (www.ufrgs.br/museu) No topo da página temos a identificação da página, acompanhado de um banner dinâmico com quatro imagens não clicáveis. Logo abaixo, uma barra de navegação para o conteúdo ofertado com rótulos textuais e iconográfico. Sendo seu agrupamento por assunto, no caso, serviços desenvolvidos e ofertados. E devido sua localização, do ponto de vista hierárquico, em relação aos outros elementos da página, o foco do site. Aos clicá-los, uma nova guia em nosso navegador é aberta, e nos menus “Arquivos em vídeo” e “Pesquisa no
  • 41. 41 Acervo”,o usuário é redirecionado para fora do site, que contém outro tipo de organização, rótulos e navegação. Abaixo desta barra de navegação, no lado esquerdo, existe outra barra de navegação, onde os menus também ao serem clicados, abrem uma nova guia no navegador, podendo assim, no final termos 15 ou mais páginas abertas ao passarmos por todos os menus. Esta barra de navegação é a principal, por manter-se como padrão em todas as subpáginas. Em seguida, dois banners clicáveis. O primeiro “Acesso à informação” que remete a outro site. E o segundo, “Casa da Memória”, funciona como alternativa para a mesma função que se encontra na barra de navegação principal. Ao lado, no centro da página, temos o campo de conteúdo. Funcionando na página inicial como divulgação de ações com parcerias. No rodapé, “Contato” e “Links Úteis”. A organização da página visualmente apresenta um conteúdo bem dividido e de fácil acesso ao usuário. Os rótulos possuem um padrão e são claros. A navegação é simples, pois todos os caminhos possíveis estão presentes logo na página inicial, mas por novas guias serem abertas e a cada clique, o usuário pode se perder e não tem a possibilidade de voltar a página inicial, pois não há um link para ela. Assim como, a ferramenta de pesquisa é inexistente. Sendo assim quanto ao sistema de organização, o esquema é ambíguo, por assunto e sua estrutura hipertextual. O sistema de navegação é global, sem sistemas suplementares. O sistema de rotulagem é textual e iconográfico. Sem sistema de busca. Figura 20 - Portal do MAUC
  • 42. 42 Fonte: ( www.mauc.ufc.br) A página inicial do MAUC apresenta na sua esquerda, a barra de navegação principal, com menus bem concisos e abaixo um banner mutável de acordo com a página que nos localizamos. No topo, ao lado, a identificação textual do site, seguido de um menu em rolagem, que na página inicial não é “clicável”, apresentando o texto “Viste o MAUC”, horário de visitação e endereço. Funcionando como seria o campo “Contatos” da página do CIDARQ. Este menu em rolagem, é modificado quando estamos nas subpáginas de “Acervo”, “Visitas” e “Exposições”, apresentado uma ordem cronológica de datas para a recuperação das informações, funcionando como um mecanismo de busca fechado. E muito dos links apresentados estão fora do ar. No campo central de conteúdo, há sempre uma imagem, e abaixo um menu secundário com as mesmas informações do primário, sendo mais um caminho que o usuário pode escolher. Sendo assim quanto ao sistema de organização, o esquema é ambíguo, por assunto e sua estrutura hipertextual. O sistema de navegação é global, sem sistemas suplementares. O sistema de rotulagem é textual. Figura 21 – Portal do Museu da UFRGS
  • 43. 43 Fonte : (www.ufrgs.br/museu) O site do Museu da UFRGS aparenta ter mais estruturado do que os anteriores, por apresentar a ferramenta de busca dentro site em destaque no topo no lado oposto a logomarca. Possui um menu de navegação em cascata, chegando alguns menus ao terceiro nível. E abaixo dele, um breadcrumb. No meio da página, um banner estático “clicável”. Abaixo, o campo de notícias e ao lado deste, outro banner estático de serviços. E no rodapé, as formas de contato e ícones das redes sociais. Sendo assim quanto ao sistema de organização, o esquema é ambíguo, por assunto e sua estrutura hierárquica ,cronológica e hipertextual. O sistema de navegação embutido é global, e tem como suplementar o "breadcrumb". O sistema de rotulagem é textual e possui um sistema de busca. Como base nesta análise, torna-se possível propor a seguinte organização e navegação:
  • 44. 44 Figura 22 – Estrutura de organização e navegação Fonte : Elaborado pela autora Como o objetivo do site é ser amigável e de fácil entendimento, optou-se por um esquema de organização bem definida, por seções de tarefas. No topo do site, a identificação da instituição com a logo, e a barra de navegação principal com menu em cascata de, sendo suas subpáginas organizadas de forma alfabética. Onde o usuário poderá navegar por todas as páginas do site sem sair dele, e ainda com sistema de navegação suplementar de breadcrumb,
  • 45. 45 se localizar e saber o caminho realizado. Na lateral direita, banner que funcionam como alternativas ao foco do site, que é a divulgação e comunicação da instituição abaixo dele, a logo da instituição principal que é a UFC, sendo “clicável” para o domínio desta. No centro, a área de conteúdo que será modificável de acordo com a subpágina. Sendo na página inicial, um feed de notícias e também de divulgação de imagens das ações do Memorial, em forma de banner dinâmico, “clicável” para a subpágina correspondente. A no rodapé, outro sistema de navegação suplementar, o mapa do site com o inventário de todas as páginas do site. E logo no topo, no canto direito, a ferramenta de pesquisa, que possibilitará a pesquisa dentro do site, de forma simples ou avançada. E abaixo, os ícones para as redes sociais do Memorial UFC. Para o sistema de rotulagem, é necessário o levantamento de termos para efetuar as ações dentro do site. De acordo com as informações da pesquisa da instituição e objetivos do site, foi possível elaborar o mapa conceitual: Figura 23 – Mapa conceitual Fonte: Elaborado pela autora Para validação destes rótulos e categorização, foi aplicado o questionário (APÊNDICE B), determinado os termos de navegação principal e o card sorting com o segmento do público- alvo do site para a categorização e determinação dos termos das subpáginas.
  • 46. 46 Resultando num segundo mapa: Figura 24 – Mapa conceitual elaborado pelo público-alvo Fonte:Elaborado pela autora
  • 47. 47 Quanto ao sistema de busca, este deverá recuperar somente informações contidas dentro do site, ofertando a busca simples pelo termo abrangendo todos as postagens com o mesmo, apresentando-os por ordem de relevância ou a avançada, com filtros por data e assunto. Possibilitando também o uso dos operadores booleanos. E caso uma pesquisa, não encontre resultados, deverá ser indicado o link para a página “Fale Conosco” par que o usuário possa ter outra opção. 5.3 Projeto do website E por fim, a visualização do protótipo do website do Memorial da Universidade Federal do Ceará com a aplicação da Arquitetura da Informação em websites por Perter Morvilel e Rosenfeld (2006), em forma de um desenho básico, como um esqueleto, que demonstra de forma direta a arquitetura de como o a página final será de acordo com as especificações relatadas. Figura 25 - Página Inicial proposta para o website do Memorial UFC
  • 49. 49 Figura 26 – Breadcrumbs Fonte: Elaborado pela autora
  • 50. 50 CONCLUSÃO Como resultado do percurso dessa monografia foi possível ressaltar a importância da Arquitetura da Informação no desenvolvimento de websites em Memoriais , na tentativa de alcançar a satisfação de usuários e possíveis clientes. Individualmente, considero esta pesquisa breve, mas a partir dos procedimentos metodológicos foi possível cumprir os objetivos propostos permitindo um maior conhecimento a respeito da AI como facilitadora ao processo de organização da informação em websites. A pesquisa bibliográfica somente foi possível devido à disponibilização de artigos e monografias na web. Pois, são poucos os livros traduzidos sobre o tema publicados no Brasil. A aplicação do Card Sorting evidenciou o quanto é necessário o desenvolvimento de um site com a participação do público-alvo para sua eficiência. O site aqui proposto não é um modelo final, pois as necessidades dos usuários são volúveis, assim como os serviços prestados pela instituição. Este deve ser constantemente reformulado, aplicando os métodos explicitados para que exista a interpretação correta das informações. O trabalho de reflexão e prática da teoria possibilitou uma melhor percepção de cada uma das fases do processo de criação de um web site. E neste ponto é que entra a questão da importância da atividade de arquitetura de informação, como forma de auxiliar no processo de organização, classificação e escolha da melhor forma de apresentar-se o material disponível, na forma de web site, conforme foi discorrido ao longo deste trabalho. Caso fosse possível aprofundar ou continuar este estudo, recomendaria o acompanhamento da criação da página junto aos outros profissionais e o monitoramento junto ao público-alvo sempre o ajustando as suas necessidades. Elaborando para tal um plano de avaliação e monitoramento.
  • 51. 51 REFERÊNCIAS CAMARGO, Liriane Soares De Araújo De.Metodologia e desenvolvimento de ambientes informacionais digitais a partir dos princípios da arquitetura da informação.2010. 287 f. Tese (Doutorado) - Unesp, Marília, 2010. Disponível em: <http://www.marilia.unesp.br/Home/PosGraduacao/CienciadaInformacao/Dissertacoes/camar go_lsa_do_mar.pdf>. Acesso em: 28 out. 2013. COLOMBO, Claudia Bertoldo. Arquitetura de informação a web: Estudo de caso de web site corporativo. 2001. 147 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Estatual de Campinas, Campinas, 2001. Disponível em: <http://cutter.unicamp.br/document/?code=vtls000219663>. Acesso em: 28 out. 2013. LE GOFF, Jacques.Memória e História. Campinas: Unicamp, 1990. 472 p. Disponível em: <xa.yimg.com/kq/groups/19906282/.../LE_GOFF_HistoriaEMemoria.pdf‎>. Acesso em: 28 out. 2013. MARQUES, Otacílio Guedes.Informação histórica:recuperação e divulgação da memória do poder judiciário brasileiro. 2007. 133 f. Dissertação (Mestrado) - Unb, Brasília, 2007. Disponível em : <http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/1563/1/Dissertacao_Otacilio_Guedes_Marques.pdf > . Acesso em: 28 out. 2013. MORVILLE, Peter.; ROSENFELD, Louis. Information architecture for the World Wide Web. 3rd ed. Beijing: O'Reilly, c2007. xix, 504 p. RODRIGUES, Vanessa Aparecida.Arquitetura da Informação em projetos web. Taquaritinga: 2010. 58 p. Disponível em: <http://fotos.fatectq.edu.br/a/5359.pdf>. Acesso em: 28 out. 2013. WURMAN, R. Ansiedade de Informação. São Paulo: Cultura, 1991, pág. 286 APUD Disponível em:<http://www.guilhermo.com/apresentacoes/Arquitetura_InformacaoXDesign_Websites.pd f > . Acesso em: 28 out. 2013 APÊNDICE A – FORMULÁRIO APLICADO A COORDENADORA DO MEMORIAL DA UFC PARA LEVANTAMENTO DE DADOS SOBRE A INSTITUIÇÃO 1.O que é o Memorial da UFC?(Histórico,objetivo,missão)
  • 52. 52 2.Por quem é composta a equipe de trabalho?(formação dos profissionais,cargos,atividades) 3.Quais atividades e serviços são ofertados? E quais pretendem ser ofertados? 4.Qual o objetivo da criação do site ?O que deseja promover,expor?Que produtos,serviços? 5.Quais os principais problemas que deseja solucionar com a criação deste site?Divulgação,contato,visibilidade? 6.Que itens de conteúdo devem ser inseridos no site?Sobre a instituição,contato,serviços,equipe, tipos de mídias (audio,vídeo,imagens) 7.Qual o público alvo a ser atingido?Idade, ocupação, área de atuação, o perfil. 8.Qual a ação primária que seu usuário deve ter ao entrar no site?Conhecer a instituição,realizar pesquisa,entrar em contato.... 9.Descreva como o usuário deve perceber o novo site?(use exemplos como prestígio, amigável, corporativo, divertido, inovador). 10.Liste os seus principais concorrentes e seus respectivos sites. O que você gosta e não gosta em cada um deles? O que acha que funciona e o que não funciona nestes sites? 11.Liste os sites que acha interessantes e o que gosta em cada um.três sites no máximo. 12.Liste os sites que não gosta e o que desagrada em cada um.três sites no máximo. 13.Há elementos visuais ou conteúdo que deve ser utilizado do seu material promocional atual (logo, navegação, convenções de vocabulário, palavras específicas entre outros)? 14.Caso ache interessante falar algo que considere importante, utilize livremente o espaço abaixo.
  • 53. 53 APÊNDICE B 1. Tomar conhecimento do que se trata a instituição? Sobre a instituição ( Ex.: Sobre a Coca-cola)
  • 54. 54 O que é A instituição ( Ex.: A Coca-cola) About Outro: 2. Sobre saber de quem é composta a instituição? Quem somos Equipe Grupo de trabalho Funcionários Responsáveis Outro: 3. Para as atualizações? News Novidades Atualizações Notícias Informes Notas Avisos Outro: 4. Para um grupo de imagens? Imagens Galeria de Imagens Fotos
  • 55. 55 Albúm Coleção de Imagens Outro: 5. Para formas de contato com a instituição? Fale Conosco Contatos Comunicação Acesso a instituição Outro: 6. Para indicações de outros conteúdos fora do site:para links, bibliografias , dicas de lu- gares.. Referências Indicações Recomendações Ver também Links Outro: 7. Para efetuar uma pesquisa: Pesquisar Buscar Consulta Achar Averiguar Explorar Investigar
  • 56. 56 Procurar Perguntar Outro: 8. Para atividades realizadas pela instituição: Eventos Acontecimentos Espetáculos Ocorrências Solenidades Outro: 9. Para saber das próximas atividades a serem realizadas? Agenda Próximas atividades Programação Planos Calendário de eventos Eventos Outro: 10. Para acessar um banco de dados para recursos de imagens,sonoros,bibliográficos e etc: Banco de Dados Acervo Coleção Recursos Materiais
  • 57. 57 Itens Fundos Outro: 11. Para acesso a downloads de arquivos digitais ( digitalizações, entrevistas, fotografias): Downloads Digitalizações Baixar Descarregar Cópiar Mídias Outro: 12. Para linhas de tempo sobre determinadas pessoas ou setores: Linha do tempo Cronologias Datas Outro: 13. Para acesso a produções científicas da instituição? Publicações Produção Científica Obras Outro: 14. Para dados geográficos de outras instituições com acervos memorialísti- cos?Bibliotecas,Museus,Centros de documentação,memoriais,exposições... Mapas
  • 58. 58 Mapeamento Lugares de Memória Endereços Localização de outras instituições Outras instituições Catálogo de Instuições Lista de instituições Outro: APÊNDICE C – CARTÕES BRANCOS COM A TERMINOLOGIA PRINCIPAL APLICADO PELO CARD SORTING O Memorial UFC (Tomar conhecimento do que se trata a instituição) Quem somos (de quem é composta a instituição) Notícias (atualizações) Cronologias (Para linhas de tempo sobre determinadas pessoas ou setores)
  • 59. 59 Eventos ( Para atividades realizadas pela instituição) Agenda ( Para saber das próximas atividades a serem realizadas) Acervo ( acessar um banco de dados para recursos de imagens,sonoros,bibliográficos e etc) Ver também (indicações de outros conteúdos fora do site) Galeria de imagens (grupo de imagens) Downloads (Para acesso a downloads de arquivos digitais (digitalizações, entrevistas, fotografias) Fale Conosco ( formas de contato com a instituição) Publicações (Para acesso a produções científicas da instituição Pesquisar ( Para efetuar uma pesquisa Outras instituições (Para dados geográficos de outras instituições com acervos memorialísticos- Bibliotecas,Museus,Centros de documentação,memoriais,exposições) APÊNDICE D - CARTÕES AMARELOS COM A TERMINOLOGIA SECUNDÁRIA APLICADO PELO CARD SORTING
  • 60. 60 Exposições (Realizados pela instituição) Cursos (ou treinamentos,realiz ados pela instituição.) Resolução (sobre a instituição) Objetivos ( da instituição) Atuação (áreas de atuação da instituição ) Serviços ( oferecidos pela instituição) Iconográfico ( imagens, fotografias, desenhos,mapas,etc .Material relacionado a arte visual.) Bibliográfico ( livros, revistas, monografias, etc.) Fonográfico (aúdio,som,música, etc.) Audiovisual ( vídeos, etc.) Arquivístico ( ofícios, atas, resoluções, registros, etc.) Digitalizações ( documentos ,seja m livros, fotografias, ofícios,convertidos para o formato digital, disponível para o público efetuar download ou cópia) Transcrições ( registro escrito de aúdios,disponível para download ou cópia ) Entrevistas ( Depoimento pessoal,em formato de vídeos, aúdio, fotografias,etc.Disp onível para download ou cópia) Fotografias ( Registro visual ,disponível para download ou cópia) Formulário ( Campos de identificação e comunicação com instituição) Localização ( endereço físico da instituição) Telefone ( da instituição) Agendamento ( forma de comunicação com a instituição para pedido de serviços) Departamentos ( informações sobre a data e responsáveis de criação por departamentos da UFC,organizados em ordem crescente ou decrescente) Reitores ( informações sobre os Reitores da UFC,organizados em ordem crescente ou decrescente) Links ( para outras instituições indicadas) Bibliografia ( referências indicadas sobre assuntos correlatos) Lugares de memória ( Indicações para outros lugares,fora da UFC) Edições Fac- Similares ( orgazanizadas pela instituição) Artigos ( produzidos pela instituição) Livros ( de autoria da instituição) Museus ( localização e contato dos Museus dentro da UFC) Bibliotecas ( localização e contato das Bibliotecas dentro da UFC) Exposições Permanentes ( localização das exposições permanentes dentro da UFC) Prédios ( localização de Prédios arquitetônicos tombados ou não,dentro da UFC) Antiquariatos ( localização e contato dos antiquariatos (obras raras) dentro da UFC) APÊNDICE E
  • 62. 62