O documento descreve o processo de independência da América Espanhola no século XVIII, liderado por figuras como San Martín e Bolívar. Ideias iluministas e revoluções na Europa enfraqueceram o domínio espanhol, levando os criollos a buscarem autonomia política e econômica. A invasão de Napoleão à Espanha deu impulso aos movimentos de independência entre 1810-1824.
2. Desde o final do século XVIII o Iluminismo teve
forte penetração na América. Apesar de várias
mudanças na Europa, a elite colonial
permaneceu no poder das colônias americanas.
Seguindo ideais da Independência do EUA, pois
mantinha a escravidão mesmo após a
independência, diferentemente da Revolução
Francesa, a elite criolla americana iniciou o
processo de independência, porém garantindo
que não haveria muitas mudanças no sistema
de governo.
3. Quando a Espanha foi dominada pelas tropas francesas
de Bonaparte tornou-se mais fácil iniciar o movimento
pela independência da América Espanhola, quando os
criollos se uniram a este movimento. A primeira fase do
processo de independência foi uma guerra civil entre
colonos que durou de 1810 a 1814 – a Inglaterra,
adversária de Bonaparte, apoiou os colonos. Napoleão
Bonaparte foi derrotado pela Inglaterra na Europa, mas
ainda assim os ingleses permaneceram ao lado dos
americanos que contaram ainda com apoio dos EUA –
esta foi a Segunda Fase, de 1815 a 1824.
DA GUERRA CIVIL AO ROMPIMENTO COM A
METRÓPOLE
4. PERÍODO
O processo de independência da América
Espanhola ocorreu em um conjunto de situações
experimentadas ao longo do século XVIII. Nesse
período, observamos a ascensão de um novo
conjunto de valores que questionava
diretamente o pacto colonial e o autoritarismo
das monarquias. O iluminismo defendia a
liberdade dos povos e a queda dos regimes
políticos que promovessem o privilégio de
determinadas classes sociais.
5. PARTICIPANTES DO MOVIMENTO
Simón Bolívar
José de San Martín
Pedro I do Brasil
José Bonifácio de Andrada e Silva
Manuel Belgrano
Bernardo O'Higgins
José Miguel Carrera
José Gervasio Artigas
Antonio José de Sucre
Ramón Castilla
José Joaquín de Miranda
Miguel Hidalgo
Agustín de Iturbide
7. BIOGRAFIA JOSÉ DE SAN MARTÍN
José de San Martín y Matorras, nasceu na Argentina, em 1778. Era filho de
espanhóis e viveu sua infância na Europa. Quando jovem, retornou à Argentina e,
em 1816, saiu vitorioso da luta de independência daquele país. Foi um grande
estrategista militar.
Em 1818, participou da luta pela independência do atual Chile. Em 1820, San
Martín partiu do Chile, juntamente com o marinheiro e aventureiro inglês lorde
Cochrane, para libertar o Peru do domínio espanhol. San Martín conseguiu
conquistar Lima e tornou-se protetor do Peru (1821), mas ainda estava longe de
derrotar os exércitos espanhóis. Ele precisava, na verdade, de apoio externo para
vencer definitivamente os espanhóis, que veio de Simón Bolívar.
O encontro daqueles que ficaram conhecidos como os dois grandes libertadores
da América espanhola - San Martín e Simón Bolívar - deu-se na cidade de Guaiaquil,
em 1822. Até hoje não se sabe o teor da conversa entre os dois, mas, depois desse
encontro, San Martín decidiu abandonar o Peru e deixar para Bolívar a tarefa de
torná-lo independente.
Após encontrar-se com Simón Bolívar em 1822, San Martín exilou-se na Bélgica
e depois na França, onde faleceu em 1850. Defendia a adoção da monarquia
constitucionalista.
8. BIOGRAFIA MIGUEL HIDALGO
Padre mexicano nascido em Corralejo, no estado mexicano de Guanajuato,
patrono da independência do México. Ordenou-se aos 36 anos, ensinou teologia
em Valladolid e depois foi nomeado vigário de Dolores. No início de sua carreira
eclesiástica, o interesse pelo progresso material dos paroquianos logo despertou
suspeitas nas autoridades espanholas. Aproveitando que os franceses depuseram
o rei Ferdinando VII, da Espanha (1808), os mexicanos planejaram aproveitar a
ocasião para lutar pela independência do país. O movimento separatista foi
descoberto pelos espanhóis, mas em vez de fugir preferiu lutar abertamente pela
soberania do país e conclamou os paroquianos à luta. Era o dia 16 de setembro
(1810) e o movimento de independência acabou por se tornar uma guerra entre
os mais desfavorecidos e as classes mais ricas. Liderando milhares de índios e
mestiços, conquistou importantes cidades e estavam próximos da capital, quando
foram derrotados na batalha de Calderón, em 17 de janeiro (1811). Ele fugiu para
o norte, numa tentativa de obter asilo nos Estados Unidos, mas foi capturado
antes de chegar à fronteira. Condenado por rebeldia, foi fuzilado em Chihuahua,
em 31 de julho daquele ano. Embora pouco tenha conseguido com sua rebelião
contra os espanhóis, o dia 16 de setembro é comemorado como a data mais
importante da história do país.
9. BIOGRAFIA SIMÓN BOLÍVAR
Simon José Antônio de La Santíssima Trinidad Bolívar Palácios y Blanco, ou simplesmente Simon
Bolívar nasceu em Caracas, Vice-Reinado de Nova Granada, em 24 de julho de 1783. Filho de
fazendeiros de origem espanhola, perdeu os pais aos nove anos de idade.
Foi educado por um tio, Carlos Palácios, e cuidado por Hipólita. Aluno de Simon Carreño
Rodriguez, professor revolucionário, com quem desenvolveu interesse pela política e pela luta em
prol da liberdade.
Aos 15 anos, viajou para a Espanha, no intuito de completar os estudos, conheceu Maria
Teresa Rodríguez del Toro y Alayza, com quem se casou em 1802. Ao retornar para Caracas, sua
esposa morreu de febre amarela.
Em 1804, viaja para os EUA e Europa, na França assistiu a coroação de Napoleão, e adquiriu
admiração pelas idéias iluministas. Em 1807, retornou à Caracas, onde inicia um planejamento
político que objetivava a libertação das colônias espanholas. Em 1810, foi nomeado coronel das
milícias.
Em 1811, o Congresso Nacional declarou a independência da Venezuela, Francisco de
Miranda foi nomeado general e Bolívar, responsável pela defesa. Miranda foi preso em 1812.
Bolívar se refugiou em Caracas, meses depois viajou a Cartagena, atual Colômbia, publicou o
Manifesto de Cartegena, onde pedia a união dos revolucionários e o fim do domínio espanhol na
Venezuela.
Em 1824, Bolívar e Sucre libertaram o Peru e a República da Bolívia. Em 1827, a Grande Colômbia
tornou-se terreno de guerras civis, Bolívar escapa ileso do atentado “Conspiração Setembrina”. Em
1829, Venezuela e Colômbia se separam, Quito declara-se independente e adota o nome de
Equador. Bolívar faleceu aos 47 anos, sem apoio político, em 17 de dezembro de 1830, Colômbia;
sendo enterrado em Caracas.
10. MOTIVAÇÃO
Crise do antigo regime, fazendo com que buscassem a
liberdade política e divisão dos poderes. Desejo pela
liberdade econômica (não precisava mais fazer comércio
apenas com a metrópole, o que aumentava o lucro).
Criollo: interessados em romper pacto colonial e criar
governo onde eles mandassem na própria terra; Espanhóis
nascidos na América; Aristocratas, ricos.
Eram americanos nacionalistas (que amavam sua
Espanha e não queriam independência) até a revolução
francesa. Exército de Napoleão invade a Espanha e quem
passa a governá-la era um francês. Os espanhóis passam a
não seguir ordens do rei e criar revoltas.
12. PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS
O fim do Antigo Regime nas últimas décadas do século XVIII foi
conseqüência das transformações ideológicas, econômicas e
políticas produzidas pelo Iluminismo, pela Revolução Industrial,
pela independência dos Estados Unidos e pela Revolução Francesa.
Estes acontecimentos, que se condicionaram e se influenciaram
reciprocamente, desempenharam um papel decisivo no processo
de independência da América espanhola. As elites da América
colonial encontraram na filosofia iluminista o embasamento
ideológico para seus ideais autonomistas. A luta pela liberdade
política encontrava sua justificativa no direito dos povos oprimidos
à rebelião contra os governos tirânicos e á luta pela liberdade
econômica na substituição do monopólio comercial pelo regime de
livre concorrência.
13. DESFECHO
Processo de independência, no entanto, não
significou a radical transformação da situação
socioeconômica vivida pelas populações latino-
americanas. A dependência econômica em
relação às potências capitalistas e a manutenção
dos privilégios das elites locais fizeram com que
muitos dos problemas da antiga América
Hispânica permanecessem presentes ao logo da
História latino-americana.
14. MENSAGEM
Acredite no sucesso total, não
imagine obstáculos na sua
mente.
Tudo que uma pessoa é capaz de
planejar, ela é capaz de realizar.
Fim!!!