O documento descreve o vírus Ebola, incluindo sua origem na África, sintomas como febre hemorrágica e sangramento interno, formas de transmissão por contato com fluidos corporais de animais ou humanos infectados, e falta de tratamento específico além de cuidados de suporte.
2. O que é Ebola?
Ebola é uma doença transmitida por um vírus do
gênero Filovirus, altamente infeccioso, que
desenvolve seu ciclo em animais.
Seu principal sintoma é a febre hemorrágica, que
causa sangramentos em órgãos internos. O vírus é
nativo da África, onde surtos esporádicos ocorrem ao
longo de décadas.
Há cinco espécies diferentes desse vírus, que recebe
o nome do local onde foi identificado: Zaire,
Bundibugyo, Costa do Marfim, Sudão e Reston. Este
último ainda não foi encontrado em humanos.
A doença recebe esse nome por causa do rio Ebola,
na República Democrática do Congo, onde o vírus foi
encontrado pela primeira vez.
3. Causas
O vírus Ebola foi descoberto em 1976 e
acontecem surtos esporádicos desde
então.
É possível contrair Ebola por meio do
contato direto com os fluidos corporais de
um animal infectado ou humano. Estes
incluem sangue, saliva, sêmen, vômito,
urina ou fezes.
De acordo com a Organização Mundial de
Saúde, também é possível adquirir o vírus
por lidar com um animal selvagem doente
ou morto que tenha sido infectado.
Uma pessoa infectada normalmente não
se torna contagiosa até que desenvolva
sintomas. Os membros da família são
frequentemente infectados ao cuidar de
parentes doentes ou mortos.
4. Fatores de Risco
Hoje, o que se acredita é que o morcego seja o responsável por
transmitir o vírus para outros animais.
Para a maioria das pessoas, o risco de contrair de Ebola é baixo. No
entanto, as chances aumentam se você:
• Visitar áreas nas quais há surto de Ebola
• Realizar pesquisas em animais, principalmente primatas
originários da África ou Filipinas
• Fornecer assistência médica ou pessoal para pessoas infectadas
• Preparar pessoas infectadas para o enterro, uma vez que os
corpos das pessoas contaminadas ainda podem transmitir a
doença.
Profissionais podem entrar em contato com o vírus se não usarem
equipamentos de proteção, como máscaras cirúrgicas e luvas.
5. Nas hemorragias internas e externas
alguns pacientes podem ter sangue
saindo de seus olhos, nariz, boca, orelhas
ou reto.
Sintomas Avançados
Diarreia, vômito, inchaço
nos genitais
Hemorragia interna e
externa, erupções de pele.
Primeiros Sintomas
Febre, Dor de cabeça,
Garganta Inflamada.
Dor articulas e muscular
Incubação
Entre 2 e 21 dias. Assemelha-se a Gripe
6. Complicações possíveis
Conforme o Ebola progride, pode causar:
Falência múltipla de órgãos
Hemorragia grave
Icterícia
Delírio
Convulsões
Coma
Choque.
Uma razão pela qual os vírus são tão
mortais é que eles interferem com a
capacidade do sistema imunológico para
montar uma defesa.
Para as pessoas que sobrevivem, a
recuperação é lenta. Pode levar meses para
recuperar o peso e força, e o vírus pode
permanecer no organismo durante semanas.
As pessoas podem experimentar:
Perda de cabelo
Alterações sensoriais
Inflamação do fígado (hepatite)
Fraqueza
Fadiga
Dores de cabeça
Inflamação dos olhos
Inflamação testicular.
7. Diagnóstico
Descartar os possíveis diagnósticos de
enfermidades como gripe, dengue
hemorrágica, febre tifoide e malária.
O levantamento da história do paciente,
se esteve exposto a situações de risco
como viagens a lugares de surto.
Se há suspeita de Ebola, a equipe médica
pode faze um exame específico para
identificar rapidamente o vírus, o ensaio
imunoenzimático (ELISA).
Pessoas diagnosticadas com Ebola
devem ser isoladas do público
imediatamente para ajudar a prevenir a
propagação do vírus.
8. Tratamento
Não há cura para Ebola. Os únicos tratamentos
disponíveis são aqueles destinados a ajudar a
aliviar os sintomas.
Estas podem incluir:
Transfusões de sangue
Medicamentos para tratar choque
Medicamentos para a dor.
Reposição de fluidos e eletrólitos,
Hidratação,
Controle da pressão arterial e dos níveis de
oxigenação do sangue, além do tratamento das
complicações infecciosas que possam surgir.
Ainda não existe uma vacina contra a doença,
mas já foi testada uma fórmula animas que
mostrou resultados positivos nesses.
Uma vez que a doença foi curada, a pessoa está
imune ao vírus. Dessa forma, pode entrar em
contato com outras pessoas que tenham a
doença sem maiores riscos.
No Brasil, existem dois centros de referência
preparados para tratar pacientes infectados pelo
vírus ebola: o Fiocruz, no Rio de Janeiro, e o
Hospital Emílio Ribas, em São Paulo.
9. Prevenção
As seguintes precauções podem ajudam a prevenir a infecção
e disseminação do vírus Ebola:
Isolamentos do paciente infectado
Evite áreas de surtos
Lave as mãos com frequência
Evite o contato com pessoas infectadas - Cuidadores e
profissionais de saúde devem evitar o contato com fluidos e
tecidos do corpo da pessoa infectada, incluindo sangue,
sêmen, secreções vaginais e saliva
Sob nenhum pretexto reutilize agulhas e seringas.
Instrumentos médicos metálicos que serão reaproveitados
devem ser esterilizados.
Não manusear corpos de pessoas infectadas - Equipes
organizadas e treinadas devem enterrar os corpos, usando
equipamento de segurança apropriado.
10. Estatísticas
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
9.000
Categoria 1
ESTATÍSTICAS
Nº Casos Mortes Linear (Nº Casos)
O Ebola matou 3.865 pessoas de 8.033 casos detectados
em 5 países do oeste da África (Serra Leoa, Guiné, Libéria,
Nigéria e Senegal), segundo o último balanço da
Organização Mundial da Saúde (OMS), realizado até 5 de
outubro de 2014.
A taxa de sobrevivência geral fica em torno de 50%.
As formas mais graves da doença apresentam uma taxa de
mortalidade de 90%