Este documento discute a aplicação da semiótica no design. Em três frases:
1) A semiótica é um referencial teórico útil para analisar a produção e desenvolvimento do design, tratando objetos de design como portadores de significados culturais.
2) O designer deve estar atento à relação comunicativa entre produto e usuário, considerando como os significados são percebidos e interpretados pelo usuário.
3) Para projetar experiências significativas, o designer deve inserir o produto no contexto político, econômico, social e cultural no qual será
1. Elementos de Semiótica
Aplicados ao Design
A semiótica é um referencial
teórico na análise da produção –
e desenvolvimento - do design.
Lucy Niemeyer, Ed. 2AB, Rio 2007
Djalma Patricio - FURB 1
2. 1 - SUCESSIVOS E
CUMULATIVOS REQUISITOS
NO DESIGN
O Designer incorpora
conhecimentos de outras áreas,
busca solução formal
esteticamente agradável,
cuidando do funcionalismo, da
ergonomia e da comunicação.
Djalma Patricio - FURB 2
3. O funcionalismo, no inicio do
século XX, especialmente na
Alemanha, busca assumir
especificidade da linguagem
formal, própria à tecnologia
industrial: o produto é ajustado
ao funcionamento.
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4. Com o funcionalismo, o design
passa a se preocupar com a
viabilidade técnica dos produtos
de um ponto de vista racional,
pois torna-se primordial a
otimização de materiais e
processos produtivos.
Djalma Patricio - FURB 4
5. A ergonomia busca adequar o
produto ao usuário,
principalmente após a II Guerra;
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6. A Ergonomia teve, desde sempre, especial
interesse e preocupação pelo estudo do
trabalho. Um dos seus principais âmbitos
de intervenção é o escritório, na medida
em que, grande parte da população ativa
trabalha neste tipo de ambiente e é
reconhecida a existência de graves
doenças/lesões profissionais associadas ao
trabalho sentado e com computadores.
Djalma Patricio - FURB 6
7. - A importância da função estética no design de
produtos consiste em promover a atratividade dos
objetos motivando também uma melhor
usabilidade dos mesmos, conduzindo a uma
experiência satisfatória entre o consumidor e o
produto;
- A atividade projetual do designer vai além da
construção estética e funcional do objeto, ela
consiste na criação de produtos considerando os
seus significados, para assim projetar
experiências, proporcionando relações emocionais
com o usuário
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8. “Notas para uma História do
Design”
• Pedro Luiz Pereira de Souza
Editora 2AB, 2001
Com o objetivo de suscitar debates, o autor apresenta um
conjunto de reflexões, notas e questões, abordando
questões ideológicas, filosóficas e políticas e fornecendo
informação básica para que se estruture um conhecimento
crítico sobre as origens e o desenvolvimento do design
moderno. Através de referências objetivas, encontra-se um
panorama geral desde as origens do pensamento
funcionalista até as iniciativas pós-modernistas.
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9. Exercicio: Escolher e descrever um produto segundo sua
Funcionalidade,
Ergonomia,
e Estética.
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10. A comunicação conquistou maior
importância no final do século
XX, com peso na significação da
mensagem levada pelo produto.
Djalma Patricio - FURB 10
11. O Design na Comunicação proporciona uma
visão alargada do design na comunicação,
através da introdução às técnicas e às
metodologias mais avançadas neste contexto.
A apresentação de modelos teóricos e visões da
comunicação visual possibilita ter uma visão
generalizada dos desafios que se colocam ao
designer no contexto da comunicação
Djalma Patricio - FURB 11
12. Design para a Comunicação são vistas e
tipificadas as políticas de gestão de
design para as empresas mais
importantes.
O papel e a relevância do design em
contextos organizacionais é, além do fator
óbvio de sobrevivência profissional, um
caminho para o desenvolvimento de
novos conceitos e metodologias dando
uma ênfase forte ao encadeamento
projetual.
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13. Design pela Comunicação: Dada a preponderância
incontornável dos média nos nossos quotidianos,
aprender e medir o impacto da comunicação no design é
não só uma maneira inteligente de aprender, mas
também uma ótima estratégia de seleção de práticas
projetuais adequadas.
A relevância com que a comunicação influencia o design
é uma conseqüência que justifica só por si o seu estudo,
porém essa vantagem não é única, sendo também
importante perceber o que se verifica em termos da
legitimidade social da profissão do design.
A Gestão do design já não é uma disciplina nova, é no
contexto organizacional uma realidade que deve ser bem
estudada pelos designer e é isso que pretendemos fazer.
Djalma Patricio - FURB 13
14. O produto carrega expressões
de elaboração e produção, i.é,
cultura e tecnologia – é elemento
de comunicação.
Djalma Patricio - FURB 14
15. O processos de produção é um instrumento de
estruturação e reflexão coletiva, dos
procedimentos mais comuns e necessários às
boas práticas nestes domínios. Oferece ao
designer a possibilidade de se enquadrarem no
domínio das artes. Este módulo pode ser
considerado estrutural, no sentido em que
permite desenvolvimentos nos domínios da cor,
forma, tipo, bem como a sistematização de
muitas outras problemáticas que ocorrem neste
campo de atividade.
Djalma Patricio - FURB 15
16. Assim, além das funções
prática, estética e de
uso, tem a função
significativa.
O produto de design é
tratado como portador
de representações,
participante de um
processo de
comunicação.
Djalma Patricio - FURB 16
17. O processo de Comunicação ocorre
quando o emissor (ou codificador) emite
uma mensagem (ou sinal) ao receptor
(ou decodificador), através de um canal
(ou meio). O receptor interpretará a
mensagem que pode ter chegado até ele
com algum tipo de barreira (ruído,
bloqueio, filtragem) e, a partir daí, dará o
feedback ou resposta, completando o
processo de comunicação.
Djalma Patricio - FURB 17
18. Elementos da Comunicação:
- Codificar: transformar, num
código conhecido, a intenção
da comunicação ou elaborar
um sistema de signos;
- Decodificar: decifrar a
mensagem, operação que
depende do repertório
(conjunto estruturado de
informação) de cada pessoa;
-Feedback: corresponde à
informação que o emissor
consegue obter e pela qual
sabe se a sua mensagem foi
captada pelo receptor.
(Falaremos mais sobre isto
no capitulo 4)
Djalma Patricio - FURB 18
19. 2- DESIGN E
COMUNICAÇÃO
O designer é um
articulador com o setor
produtivo.
Djalma Patricio - FURB 19
20. O produto diz de si próprio
através de suas qualidades e
características, o seu modo de
produção, serventia e para quem
se dirige.
Djalma Patricio - FURB 20
21. Para que serve a semiótica
no design?
Há um caráter estratégico,
na manutenção e circulação
de produtos e serviços.
Djalma Patricio - FURB 21
22. A Semiótica no design de produto
estabelece que todo objeto, além de sua
funcionalidade prática e estética,
também é um símbolo cultural, algo que
tem um significado. Por exemplo: uma
cadeira, além de servir para descanso e
decorar um ambiente, é um símbolo de
status social, ou uma lembrança de um
ente, ou uma peça de moda.
Djalma Patricio - FURB 22
23. A forma de um objeto também comunica sua
função (tornando o objeto amigável) e aquilo
que o usuário deseja. No caso de uma
cadeira, as características desejadas podem
ser resistência, ou limpeza, ou tradição.
Quando o objeto é promocional, ele
representa uma empresa, e se torna um
símbolo desta.
Para comunicar qualquer idéia por meio de
um objeto é preciso pensar de acordo com a
Comunicação Visual.
Djalma Patricio - FURB 23
24. Comunicação Visual é todo meio de
comunicação expresso com a utilização de
componentes visuais, como: signos,
imagens, desenhos, gráficos, ou seja, tudo
que pode ser visto. O termo comunicação
visual é bastante abrangente e não precisa
ser limitado a uma única área de estudo ou
atuação, embora o termo possa ter o mesmo
sentido de design gráfico.
Djalma Patricio - FURB 24
25. O designer deve estar atento à
relação comunicativa entre
produto e usuário, função
semiótica.
Exercício: Escolha um produto e descreva pelo menos seis
referências comunicativas (o que ele passa ao consumidor).
Djalma Patricio - FURB 25
26. Na medida em que Objeto tende
a se revelar por meio de seus
signos, a semiose seria o
processo que abre a
possibilidade continua de futura
restauração desse objeto.
Djalma Patricio - FURB 26
27. Um bom design busca conforto,
segurança, identificação e
significação, proporcionadas pelo
produto ao seu destinatário.
Usabilidade e segurança nos produtos de
consumo: um diferencial na qualidade do
design.
Djalma Patricio - FURB 27
28. “ Nenhum produto pode ser considerado
como absolutamente seguro. Para se atingir
a um nível aceitável de segurança no
produto necessita-se definir uma estratégia
de design e avaliação de produto
adequados.
Esta estratégia envolve diversas etapas que
avaliem a segurança do usuário e a
usabilidade do produto. A legislação de
proteção aos direitos do consumidor
apresenta uma nova dimensão ao processo
de design. >
Djalma Patricio - FURB 28
29. ... “ As elevadas perdas decorrentes de
ações judiciais representam, ao menos
para as grandes empresas, uma
responsabilidade muito grande para ser
deixada nas mãos de um único designer
ou um departamento isolado.
Os elevados custos decorrentes de tais
perdas, em termos financeiros e danos a
imagem da empresa, podem comprometer
seriamente a permanência da empresa no
mercado.” >
Djalma Patricio - FURB 29
30. ... A ergonomia
apresenta-se como uma
disciplina científica
com um corpo de
conhecimento que,
aplicado desde o início
do processo de
desenvolvimento do
produto, melhora a sua
usabilidade e incorpora
valor ao produto na
disputa pelo mercado
de consumo”.
(Marcelo Márcio
Soares ) Djalma Patricio - FURB 30
31. Por que o emprego da semiótica
não é habitual em projetos de
design?
Djalma Patricio - FURB 31
32. Talvez falte aprofundamento
teórico nos cursos;
Exista superficialidade da
atuação do profissional;
Falte a consolidação de critérios
de design, confundidos com o
marketing.
Djalma Patricio - FURB 32
33. Com humor, veja a diferença
entre marketing, relações
públicas, propaganda e branding.
Djalma Patricio - FURB 33
38. Marketing compreende toda uma
organização e seus participantes,
conceitos e ferramentas, com uma visão
estratégica dos relacionamentos que
englobam organização e mercado, tanto
para empresas como para pessoas, que
também podem, e devem, usar
estratégias mercadológicas para atingir
objetivos em âmbito pessoal. Não
apenas venda ou publicidade.
Djalma Patricio - FURB 38
39. 3- ELEMENTOS DE
SEMIOTICA
Do grego semeion = signo = algo
que está para outra coisa.
Djalma Patricio - FURB 39
40. “O estudo dos signos começa com as
origens dos homens, pois entender e
interpretar o mundo e os homens
significa estudar signos.
Porém, o advento da ciência geral
dos signos é de tempos mais
recentes. A Antiguidade grega tinha
uma filosofia do signo, que era uma
teoria do conhecimento humano.>
Djalma Patricio - FURB 40
41. > A Idade Média desenvolveu a sua
própria “doutrina dos signos”, que
culminava numa tipologia
elaboradíssima dos signos.
Na Renascença foram publicadas
mais obras significativas sobre os
signos, sob designações tais como
scientia de signis ou tractatus de
signis.” (Winfried Nöth)
Djalma Patricio - FURB 41
43. Segundo Peirce, signo é algo
que representa alguma coisa
para alguém em determinado
contexto.
Djalma Patricio - FURB 43
44. O signo tem o papel
de mediador entre
algo ausente e um
intérprete presente.
Djalma Patricio - FURB 44
45. Os signos se organizam em
códigos, constituindo sistemas
de linguagem, base da
comunicação:
-Linguagem Verbal - falada e escrita;
- Linguagem Não Verbal – gestual, imagética,
sonora,...;
- Linguagem Sincrética – códigos de naturezas
distintas.
(Falaremos mais sobre signos no capitulo 5)
Djalma Patricio - FURB 45
46. SEMIOTICA APLICADA AO
PROJETO DE DESIGN
O produto deve ser inserido no
cenário político, econômico, social
e cultural, histórico e geográfico.
Djalma Patricio - FURB 46
48. Sensação Cognição
Energias Ó os /Sentidos
rgã Filtros
Luminosa Olhos/ Visã o Instintivos:
Sonora Ouvidos/ Audiç ã o Necessidades
Química Epité lio/ Olfato biofísicas
Té rmica Pele-Tecidos/ Tato-té rmico Psicoló gicos:
Mecâ nica Pele-Tecidos/ Tato-textura Experiê ncias,
Química Língua/ Paladar Expectativas
Aceleraç ões Labirintos/ Vestibular/ Equilíbrio. Culturais:
Mecâ nica reflexa Espiral Neural Sinesté sico Vivê ncias,
Informaç õ es
Estímulo Instintivo Sistema Nervoso Simpá tico e Parassimpá tico
Oxigenaç ã Sede, Fome, Sono, Medo
o,
INPUT > Imagem Mental / Realidade Virtual >
OUTPUT< Escala de Valores Ideais <
OLIVEIRA, Lívia - Percepção e Representação do Espaço Geográfico, in Percepção Ambiental: a experiência
brasileira. São Paulo, Studio Nobel e Editora da UFSC, 1996
Djalma Patricio - FURB 48
49. O Sistema Nervoso Autônomo (SNA) é composto por duas porções
distintas:
Simpático e parassimpático:
De modo geral, esses dois sistemas têm funções contrárias
(antagônicas). Um corrige os excessos do outro. Por exemplo, se o
sistema simpático acelera demasiadamente as batidas do coração, o
sistema parassimpático entra em ação, diminuindo o ritmo cardíaco.
Se o sistema simpático acelera o trabalho do estômago e dos
intestinos, o parassimpático entra em ação para diminuir as
contrações desses órgãos.
Djalma Patricio - FURB 49
50. Esse processo de interação é o
Objeto de estudo de diferentes
áreas: ergonomia, antropologia,
(...), estética, semiótica, etc.
Exercício: Liste três produtos para cada filtro psicológico =
instinto, psicológico e cultural.
Djalma Patricio - FURB 50
52. Gerador: empresário e designer,
conhecimento, acervo,
comunicação com usuários ou
não;
Interpretador: destinatário. A
mensagem percorre diferentes
canais até o público alvo.
Djalma Patricio - FURB 52
53. O designer deve conhecer as
intenções, metas, exigências e
limitações do cliente.
Djalma Patricio - FURB 53
54. Gerador e Interpretador são
interlocutores do processo de
comunicação, na mensagem.
O primeiro leva o segundo a
acreditar e, depois, decidir pelo
produto.
Djalma Patricio - FURB 54
55. O código é o conjunto de
signos que compõem a
mensagem, e temos o
canal por onde envia a
mensagem.
GERADOR/Emissor – CODIGO/ Meio/
MENSAGEM – (Produto como Meio)
- INTERPRETADOR/ Receptor
Exercício: tomando um produto industrial como exemplo,
identifique cinco áreas de conhecimento necessários para o
designer projetá-lo.
Djalma Patricio - FURB 55
56. FATORES INTERVENIENTES
NO PROCESSO DE
COMUNICAÇÃO
Propósito Comunicacional: Persuasão e
manipulação;
Djalma Patricio - FURB 56
57. A persuasão como
estratégia do
Gerador sobre o
interpretador, dar
credibilidade, estar
predisposto.
Persuasão: capacidade de convencer
Djalma Patricio - FURB 57
58. A manipulação do destinatário,
para que assuma, aceite, faça.
Há um componente persuasivo
prévio.
As táticas de manipulação:
intimidação, provocação,
tentação e sedução.
Manipulação aquilo que se leva na mão ou do que pode ser contido na mão;
violadao aberta e deslavada da liberdade do homem; o exercício do poder sem
legitimadao, sem autoridade.
Djalma Patricio - FURB 58
59. Repertório – memória, referência,
experiências, conhecimento. Estabelece a
relação comunicativa.
Codificação/Decodificação – domínio
dos códigos.
Utilização do Canal – meio pelo qual os
códigos que compõem a mensagem...
Escolha adequada do canal.
Djalma Patricio - FURB 59
60. Nível de Informação e Nível de
Redundância:
A informação é imprevisível, novidade,
originalidade;
A redundância o contrário.
Nível de Ruído: qualquer forma de
interferência na mensagem.
Exercício: Na compra de um determinado produto, o
cliente espera novidades: liste seis produtos indicando ao
menos um item mais esperado.
Djalma Patricio - FURB 60
61. EFEITOS DE SENTIDO
Noção do olhar quando em contato
com o produto.
Modo como interagem com o objeto.
Djalma Patricio - FURB 61
62. O que se dá no encontro do interpretador
com a mensagem.
Elementos de comunicação – o produto:
material, dimensão, proporção, partes,
organização, cores, acabamento, etc.
Eixo Sintagmático.
Djalma Patricio - FURB 62
63. Os lingüistas estruturalistas propuseram
a distinção entre eixo sintagmático (eixo
horizontal de relações de sentido entre as
unidades da cadeia falada, que se dão
em presença) e eixo paradigmático (eixo
vertical das relações virtuais entre as
unidades comutáveis, que se dão em
ausência).
Djalma Patricio - FURB 63
64. Sintagma X Paradigma
O sintagma, definido por
F.Saussure como “a combinação de
formas mínimas numa unidade
lingüística superior”, e surge a partir
da linearidade do signo, ou seja, ele
exclui a possibilidade de pronunciar
dois elementos ao mesmo tempo,
pois um termo só passa a ter valor
a partir do momento em que ele se Exercicio:
contrasta com outro elemento. Escolha 6
Já o paradigma é ,como o próprio produtos que
autor define, um "banco de não se usam
reservas" da língua fazendo com mais, e outros 6
que suas unidades se oponham muitos usados,
pois uma exclui a outra. destacando o
design.
Djalma Patricio - FURB 64
65. 5- SIGNOS (segundo Peirce)
Algo que representa alguma coisa para
alguém em determinada circunstância.
Djalma Patricio - FURB 65
66. Representa um Objeto, está em seu lugar.
Vários exemplos de CASA.
Djalma Patricio - FURB 66
67. Objeto originador do signo – Objeto Dinâmico;
Objeto que é o próprio signo – Objeto Imediato;
Interprete Dinâmico – gerado pelo signo, fora dele;
Interprete Imediato – apto do signo;
Objeto X Interpretante, dinâmicos e imediatos;
Djalma Patricio - FURB 67
68. RELAÇÕES SIGNICAS:
1- Primeira Tricotomia –
do representamen;
2- Segunda Tricotomia –
do Objeto;
3- Terceira Tricotomia –
do Interpretante.
Djalma Patricio - FURB 68
69. Os Níveis:
- Nível Sintático (Relação instrumental) -
representamen;
- Nível Semântico (Relação Objetiva) -
Objeto;
- Nível Pragmático (Relação
Interpretativa) - Interpretante.
Djalma Patricio - FURB 69
70. sintático (deve haver regras consistentes
na utilização dos signos)
semântico (os signos devem ter algum
significado)
pragmático (os signos criados pelo
usuário - input - devem ter efeito no
estado do sistema e os signos exibidos
pela interface - output - devem ter efeito
no usuário)
Fonte: http://www.usabilidoido.com.br/
Djalma Patricio - FURB 70
71. 1- SIGNO EM SI OU
REPRESENTAMEN
É algo que integra o processo de
representação. É suporte das significações,
corresponde às dimensões sintáticas e
materiais do produto:
- QUALISIGNO – Uma qualidade que é
signo;
- SINSIGNO – Particulariza e individualiza;
- LEGISIGNO – Convenções e regras.
Djalma Patricio - FURB 71
72. Qualisigno: de qualidade. Uma estrela pode, por
exemplo, ser qualisigno pelo fato de brilhar. Uma
qualidade é a que diretamente nos fala de um signo.
Cores...
Sinsigno: o mero existir, momentâneo, etc., é o que nos
permite falar de signo. Um raio deve existir e aparecer
e por ele podemos chegar a dizer que seja signo. Um
signo que seja sinsigno atuará através de sua
singularidade, temporalidade ou localização únicas.
Legisigno: deve existir para os legisignos uma
convencionalidade (disposição habitual, "lawlike"...). O
fato de que, por exemplo, uma determinada cor seja
usada para o perigo dota a luz vermelha de certa
capacidade (por convenção) de representar seu objeto.
Djalma Patricio - FURB 72
73. 2- OBJETO – Algo passível de
representação:
- ÍCONE – Representação por
semelhança, analogia, expressiva;
- ÍNDICE – Representação por marcas que
o objeto dinâmico causa;
- SIMBOLO - combinação de signos.
Djalma Patricio - FURB 73
74. Ícones: quando as características
representativas semelham ao objeto:
diagramas como ícones. Obviamente
quando desenha uma casa para
representar tal cosa esta fazendo um
ícone.
Djalma Patricio - FURB 74
76. Índices: quando representamos por características
contiguas com o objeto, estabelecendo então o índice
sua correlação principalmente por estes meios, com
certa singularidade: o vento que faz mover-se uma
janela... vemos que este é um evento cujo caráter
causal, existencial, faz que o vejamos índice, um tipo
de signo segundo a representação; Peirce diz que um
índice envolve indivíduos e não diz nada sobre o
objeto, não generaliza, não coleciona. Também ha
índices dêiticos, um dedo que sinala leva a uma
percepção direta dessa contigüidade. Também o mero
"labeling", letras em um diagrama, por exemplo, é um
tipo de signo "índice".
Djalma Patricio - FURB 76
78. Símbolos: quando o signo estabelece
sua correlação mediante características
convencionais. O hábito ou a regra geral
nos símbolos pode ser natural
(congênita) ou adquirida. Os símbolos
são por sua vez singulares ou abstratos:
singulares se seu objeto é um individual
existente, como a lua. Abstratos quando
o objeto é algum caráter ou qualidade.
Djalma Patricio - FURB 78
80. O símbolo perde seu caráter de signo
se não ha interpretante. O ícone não o
perde mesmo se não tenha incluso
objeto que signar. O índice o perde se
não ha objeto, não funciona, etc.
www.mesetas.net/turbulencias/signo.html
Djalma Patricio - FURB 80
81. Ícones:
Imagem – primeiro nível do ícone;
Diagrama – segundo nível do ícone;
Metáfora – terceiro nível do ícone.
Djalma Patricio - FURB 81
82. Índice de Identificação – traça a origem
da causa;
Índice de Indicação – evidencia o efeito.
Djalma Patricio - FURB 82
83. Símbolo – relação entre objeto imediato e
objeto dinâmico – Relação por
convenção, associação não arbitrária.
Os símbolos podem ser Icônicos,
Indiciais e Símbolos simbólicos.
Djalma Patricio - FURB 83
84. Exercício
• Escolha um produto e identifique nele:
• Ícone;
• Índice;
• Símbolo.
Djalma Patricio – FURB 84
85. 3- INTERPRETANTE
– Possibilidades (quase infinita) interpretativas do signo diferente do
intérprete. O interpretante é o que o signo pode gerar na mente de
alguém.
-REMA – Primeiro nível do interpretante, impreciso,
conotado;
As rosas são vermelhas, o predicativo – são vermelhas – é um rema, pois trata-se da
interpretação que o intérprete faz de uma qualidade singular do signo.
-DICENTE – Segundo nível que enseja particularizações,
denotações;
“Na arquitetura, a fachada de um prédio, que representa efetivamente uma unidade
fechada e como tal pode ser julgada ou afirmada, é um dicente”
-ARGUMENTO - Terceiro nível, de precisão, rigor
científico.
Com isso, é possível perceber que o argumento que expressa verdades, ou
juízos verdadeiros.
Djalma Patricio - FURB 85
86. EXPERIÊNCIA SIGNICA:
- PRIMEIRIDADE – Pré-reflexivo, sensível,
qualitativo;
- SECUNDIDADE – a experiência,
manifestação e relação de causa;
-TERCEIRIDADE – A regra, a convenção, a
ciência, o controle.
-Peirce se baseia na Fenomenologia.
Djalma Patricio - FURB 86
88. Fenomenologia é uma investigação que busca a essência
inerente da aparência. Vale ressaltar que o termo aparência
assume duas concepções simetricamente opostas.
1. Ato de ocultar a realidade.
2. manifestação ou revelação da mesma realidade.
Pelo 2°. significado, a aparência é o que manifesta ou revela a
própria realidade, de modo que esta encontra na realidade a sua
verdade, a sua revelação. Aparência é qualquer coisa de que se
tem consciência. Qualquer coisa que apareça à consciência é
uma área legítima da investigação filosófica.Além do mais,
aparência é uma manifestação da essência daquilo de que é a
aparência. (Emanuele Coelho)
(Origem e historia da semiótica e semiologia, trataremos em outro momento)
Djalma Patricio - FURB 88
89. 6 – DIMENSÕES DO
PRODUTO
- Dimensão Material – Hílico;
- Dimensão Técnica/Construtivas –
Sintaxe;
- Dimensão da Forma – Semântica;
- Dimensão do Uso – Pragmática.
Djalma Patricio - FURB 89
90. Os aspectos materiais (Hílico) do
produto influenciam as outras
dimensões.
Djalma Patricio - FURB 90
91. - Dimensão Sintática
– Abrange estrutura e funcionalismo,
análise de construção e dos detalhes
visuais, descritos como aspectos da
composição formal (simplicidade e
complexidade) ou aspectos como
qualidades matemáticas. O ritmo
(qualidade aritmética) requer a repetição
de um detalhe visual na forma.
Djalma Patricio - FURB 91
92. Um detalhe afeta outro que afeta o todo
(exemplo das cores em um produto). A
relação com o contexto/ambiente pode
ser neutra ou dominante, pode ser
coerente, divergente ou ambígua
(exemplo os equipamentos de cozinha).
Djalma Patricio - FURB 92
93. - Dimensão Pragmática
– Vários pontos de vista, como ergonômico,
sociológico, tempo, estético, etc. Exemplo dos
diversos tipos de facas, variando conforme o
cabo, o corte, o tamanho, (...) Muitas funções e
propósitos. Outro exemplo, os telefones, vários
tipos e modelos, lembranças, recordações,
evocações, ...
Djalma Patricio - FURB 93
94. - A Semântica do Produto
-A qualidades expressivas e representacional,
aspectos de referência à dimensão sintática e à
material, estando sujeita a mudanças. Uma
cadeira com seus usos e modos. Qualidade que
muda com o material.
-O aspecto semântico trata só das possibilidades
de descrição de um objeto dinâmico.
Djalma Patricio - FURB 94
95. Exercício:
• Escolha um produto e defina principais
itens de cada dimensão:
• - Hílico;
• - Sintaxe;
• - Semântico;
• - Pragmático.
Prof. Djalma Patricio -Furb 95
96. 7. IDENTIDADE DO PRODUTO
Quanto mais um produto
informar, mais forte é a sua
identidade:
- Informação sobre a existência –
condição fenomênica;
- Informação sobre a origem – designer,
fabricante, país,...
- Informação sobre a qualidade – função,
uso, manutenção,...
Djalma Patricio - FURB 96
97. Categorias de características
manifestas no produto:
- Os elementos da configuração;
- Os materiais e os procedimentos;
- Composição e organização;
- Esquema cromático, odores, sons, ...
Djalma Patricio - FURB 97
98. 8. REFERÊNCIAS NO
PRODUTO
As questões signicas no produto são segundo
contexto cultural e processo comunicacional.
O designer deve ter familiaridade, compreensão
e domínio do grupo cultural onde inserir o
produto. Conquistar confiabilidade.
Djalma Patricio - FURB 98
99. Referências Icônicas -
aspectos de semelhança:
- A tradição da forma (associa um produto a um grupo de
produtos);
- Semelhança cromática (referir-se a qualidades e à
idéias);
- Semelhança de material (referir-se a outra coisa
/atividade);
- Metáfora (referência a outro objeto, por analogia);
- Estilo (relacionando-se entre si);
- Semelhança de ambiente (referir-se a um ambiente
específico);
Djalma Patricio - FURB 99
100. Referências Indiciais - está
subjacente uma determinação de
causalidade/vestígios:
- Traços de ferramenta ou de máquina;
- Cor;
- Forma indicativa;
- Marcas de uso;
- Outros traços;
- Sinais luminosos e sonoros;
- Som de uso e barulho de um produto;
- Cheiro;
- Toque ao material;
- Algarismos.
Djalma Patricio - FURB 100
101. Referências Simbólicas- os
símbolos são de inicio
estabelecidos culturalmente e,
então, difundidos:
- Símbolos gráficos (nome, logotipo,
letras...);
- Cor simbólica;
- Forma simbólica;
- Posições e posturas simbólicas;
- Material simbólico.
Djalma Patricio - FURB 101
102. Relação Produto/Interpretador
- Aspectos temporais e espaciais,
caracterização, situação, motivações,
expectativas, ontologia, finalidades,
tipologia, características físicas,
semelhanças, designações, produto como
veículo de comunicação, papel de
discriminação, integração ou ordenação
social.
Djalma Patricio - FURB 102
103. 9. PROPOSTA DE UMA
ABORDAGEM SEMIÓTICA DO
PRODUTO DE DESIGN
Atingir um objetivo comunicacional em um
projeto de design.
Djalma Patricio - FURB 103
104. Identificação dos valores centrais –
Comunicar algo... algo com
personalidade, reflexo da visão e das
intenções dos responsáveis.
Djalma Patricio - FURB 104
105. - Ver os desafios, mudanças e
expectativas;
- As medidas estratégicas, as
competências;
- Os recursos, serviços, produtos
requeridos.
Decomposição, brainstorming, formulados
como “re-briefing”.
Djalma Patricio - FURB 105
106. Primeira Parte: Construindo
um Personagem.
O designer tem o compromisso de
comunicar mensagens por meio de uma
linguagem formal.
Djalma Patricio - FURB 106
107. -Identificar as qualidades centrais.
-Representar a posição do
empreendimento.
-Analisar o briefing do cliente.
-Tipo de público.
Djalma Patricio - FURB 107
108. -Construir um personagem que tipifique esse
interlocutor (público alvo).
Os geradores do projeto elaboram seu perfil
(sexo, idade, cultura,...).
Relacionar ao produto segundo seus prazeres:
- Fisiológicos;
- Sociais;
- Psicológicos e
- Ideológicos.
Djalma Patricio - FURB 108
109. Segunda Parte: Encontrando
uma voz visual.
Um trabalho de equipe, interessados no
produto, como investidores, fornecedores,
clientes, empregados...
Djalma Patricio - FURB 109
110. -Fazer uma listagem das palavras
relacionadas;
-Fazer uma síntese dessas idéias;
-Captar o conjunto de atributos que se
expressa;
-Retirar a imagem que se destaque;
-Buscar o consenso, elaborando um
briefing;
Djalma Patricio - FURB 110
111. O designer deve identificar elementos
recorrentes como: características, cores,
luminosidades, tipos, contrastes,
complementos, acordes, repetições,
texturas, espessuras, linhas e áreas.
Djalma Patricio - FURB 111
112. O Fluxograma mostra a sistematização
do processo por meio das etapas da
estratégia.
Cabe ao designer decidir quais serão os
enunciados que devem ser transpostos
sob uma configuração imagética ou
verbal.
Djalma Patricio - FURB 112
113. Terceira Parte:
Associações nas Classes
Sígnicas.
Organizar em forma de tabela as
representações alfa-pictoricas de todos os
componentes
Djalma Patricio - FURB 113
114. Exemplo:
Comp.1 Comp.2 Comp. 3
Icônica RG RG RG
Indicial RG RG RG
Simbólica RG RG RG
RG= Representações Gráficas
Cada item é analisado por seus elementos imagéticos, decompostos
em Qualisignos, Sinsignos e Legisignos.
O número de conexões, em principio, é infinito. Algumas decisões
projetuais são na fase analítica dos componentes do enunciado.
Djalma Patricio - FURB 114
115. GERAÇÃO DE
ALTERNATIVAS
Neste ponto do processo de design são
feitos os esboços.
Com nova discussão se confronta as
diferentes propostas.
Djalma Patricio - FURB 115
116. A abordagem de geração de alternativas
está baseada na teoria semiótica, com a
diferenciação dos vários tipos de signos
nas diferentes dimensões.
Dar expressão formal ao propósito
comunicacional.
Djalma Patricio - FURB 116
117. O designer, ao utilizar elementos de
linguagem, em princípio denotativos, do
repertório presumido do interpretador do
produto, considera como definitiva a sua
dimensão pragmática.
Djalma Patricio - FURB 117
118. AVALIAÇÃO DA
COMUNICAÇÃO DO PRODUTO
- Definição dos requisitos;
- Possibilidade de isolar aspectos;
- Consistência dos requisitos;
- Possibilidade de reavaliação;
- Avaliação de imagens;
-Experimentação com modelos.
-(Exercício conforme acima: escolha um produto e
indique três itens para cada etapa)
Djalma Patricio - FURB 118
119. Fonte:
Elementos de Semiótica Aplicados ao
Design
Lucy Niemeyer, Ed. 2AB, Rio 2007
Djalma Patricio - FURBprof. Dr. 119
Djalma Patricio
Notes de l'éditeur
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