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Elementos de Semiótica
  Aplicados ao Design
A semiótica é um referencial
teórico na análise da produção –
e desenvolvimento - do design.
Lucy Niemeyer, Ed. 2AB, Rio 2007



                      Djalma Patricio - FURB   1
1 - SUCESSIVOS E
CUMULATIVOS REQUISITOS
       NO DESIGN
O Designer incorpora
conhecimentos de outras áreas,
busca solução formal
esteticamente agradável,
cuidando do funcionalismo, da
ergonomia e da comunicação.


           Djalma Patricio - FURB   2
O funcionalismo, no inicio do
século XX, especialmente na
Alemanha, busca assumir
especificidade da linguagem
formal, própria à tecnologia
industrial: o produto é ajustado
ao funcionamento.


             Djalma Patricio - FURB   3
Com o funcionalismo, o design
  passa a se preocupar com a
viabilidade técnica dos produtos
 de um ponto de vista racional,
   pois torna-se primordial a
   otimização de materiais e
     processos produtivos.



           Djalma Patricio - FURB   4
A ergonomia busca adequar o
       produto ao usuário,
principalmente após a II Guerra;




           Djalma Patricio - FURB   5
A Ergonomia teve, desde sempre, especial
  interesse e preocupação pelo estudo do
 trabalho. Um dos seus principais âmbitos
 de intervenção é o escritório, na medida
  em que, grande parte da população ativa
      trabalha neste tipo de ambiente e é
      reconhecida a existência de graves
doenças/lesões profissionais associadas ao
   trabalho sentado e com computadores.




               Djalma Patricio - FURB        6
- A importância da função estética no design de
produtos consiste em promover a atratividade dos
objetos     motivando     também     uma     melhor
usabilidade dos mesmos, conduzindo a uma
experiência satisfatória entre o consumidor e o
produto;
- A atividade projetual do designer vai além da
construção estética e funcional do objeto, ela
consiste na criação de produtos considerando os
seus significados, para assim projetar
experiências, proporcionando relações emocionais
com o usuário
                   Djalma Patricio - FURB         7
“Notas para uma História do
      Design”
• Pedro Luiz Pereira de Souza
  Editora 2AB, 2001
  Com o objetivo de suscitar debates, o autor apresenta um
  conjunto de reflexões, notas e questões, abordando
  questões ideológicas, filosóficas e políticas e fornecendo
  informação básica para que se estruture um conhecimento
  crítico sobre as origens e o desenvolvimento do design
  moderno. Através de referências objetivas, encontra-se um
  panorama geral desde as origens do pensamento
  funcionalista até as iniciativas pós-modernistas.




                                                               8
Exercicio: Escolher e descrever um produto segundo sua
Funcionalidade,
Ergonomia,
e Estética.




                      Djalma Patricio - FURB             9
A comunicação conquistou maior
 importância no final do século
XX, com peso na significação da
mensagem levada pelo produto.



           Djalma Patricio - FURB   10
O Design na Comunicação proporciona uma
visão alargada do design na comunicação,
através da introdução às técnicas e às
metodologias mais avançadas neste contexto.
A apresentação de modelos teóricos e visões da
comunicação visual possibilita ter uma visão
generalizada dos desafios que se colocam ao
designer no contexto da comunicação




                 Djalma Patricio - FURB      11
Design para a Comunicação são vistas e
tipificadas as políticas de gestão de
design para as empresas mais
importantes.
O papel e a relevância do design em
contextos organizacionais é, além do fator
óbvio de sobrevivência profissional, um
caminho para o desenvolvimento de
novos conceitos e metodologias dando
uma ênfase forte ao encadeamento
projetual.
                Djalma Patricio - FURB       12
Design pela Comunicação: Dada a preponderância
incontornável dos média nos nossos quotidianos,
aprender e medir o impacto da comunicação no design é
não só uma maneira inteligente de aprender, mas
também uma ótima estratégia de seleção de práticas
projetuais adequadas.
A relevância com que a comunicação influencia o design
é uma conseqüência que justifica só por si o seu estudo,
porém essa vantagem não é única, sendo também
importante perceber o que se verifica em termos da
legitimidade social da profissão do design.
A Gestão do design já não é uma disciplina nova, é no
contexto organizacional uma realidade que deve ser bem
estudada pelos designer e é isso que pretendemos fazer.


                     Djalma Patricio - FURB            13
O produto carrega expressões
 de elaboração e produção, i.é,
cultura e tecnologia – é elemento
         de comunicação.




            Djalma Patricio - FURB   14
O processos de produção é um instrumento de
estruturação e reflexão coletiva, dos
procedimentos mais comuns e necessários às
boas práticas nestes domínios. Oferece ao
designer a possibilidade de se enquadrarem no
domínio das artes. Este módulo pode ser
considerado estrutural, no sentido em que
permite desenvolvimentos nos domínios da cor,
forma, tipo, bem como a sistematização de
muitas outras problemáticas que ocorrem neste
campo de atividade.


                Djalma Patricio - FURB      15
Assim, além das funções
prática, estética e de
uso, tem a função
significativa.
O produto de design é
tratado como portador
de representações,
participante de um
processo de
comunicação.
           Djalma Patricio - FURB   16
O processo de Comunicação ocorre
quando o emissor (ou codificador) emite
uma mensagem (ou sinal) ao receptor
(ou decodificador), através de um canal
(ou meio). O receptor interpretará a
mensagem que pode ter chegado até ele
com algum tipo de barreira (ruído,
bloqueio, filtragem) e, a partir daí, dará o
feedback ou resposta, completando o
processo de comunicação.


                Djalma Patricio - FURB         17
Elementos da Comunicação:
- Codificar: transformar, num
código conhecido, a intenção
da comunicação ou elaborar
um sistema de signos;
- Decodificar: decifrar a
mensagem, operação que
depende do repertório
(conjunto estruturado de
informação) de cada pessoa;
-Feedback: corresponde à
informação que o emissor
consegue obter e pela qual
sabe se a sua mensagem foi
captada pelo receptor.
(Falaremos mais sobre isto
no capitulo 4)
Djalma Patricio - FURB          18
2- DESIGN E
COMUNICAÇÃO
    O designer é um
articulador com o setor
       produtivo.



                 Djalma Patricio - FURB   19
O produto diz de si próprio
através de suas qualidades e
características, o seu modo de
produção, serventia e para quem
se dirige.



            Djalma Patricio - FURB   20
Para que serve a semiótica
no design?
Há um caráter estratégico,
na manutenção e circulação
de produtos e serviços.



            Djalma Patricio - FURB   21
A Semiótica no design de produto
estabelece que todo objeto, além de sua
funcionalidade prática e estética,
também é um símbolo cultural, algo que
tem um significado. Por exemplo: uma
cadeira, além de servir para descanso e
decorar um ambiente, é um símbolo de
status social, ou uma lembrança de um
ente, ou uma peça de moda.

              Djalma Patricio - FURB      22
A forma de um objeto também comunica sua
função (tornando o objeto amigável) e aquilo
que o usuário deseja. No caso de uma
cadeira, as características desejadas podem
ser resistência, ou limpeza, ou tradição.
Quando o objeto é promocional, ele
representa uma empresa, e se torna um
símbolo desta.
Para comunicar qualquer idéia por meio de
um objeto é preciso pensar de acordo com a
Comunicação Visual.


                Djalma Patricio - FURB         23
Comunicação Visual é todo meio de
comunicação expresso com a utilização de
componentes visuais, como: signos,
imagens, desenhos, gráficos, ou seja, tudo
que pode ser visto. O termo comunicação
visual é bastante abrangente e não precisa
ser limitado a uma única área de estudo ou
atuação, embora o termo possa ter o mesmo
sentido de design gráfico.



                Djalma Patricio - FURB       24
O designer deve estar atento à
relação comunicativa entre
produto e usuário, função
semiótica.
Exercício: Escolha um produto e descreva pelo menos seis
referências comunicativas (o que ele passa ao consumidor).
                      Djalma Patricio - FURB                 25
Na medida em que Objeto tende
a se revelar por meio de seus
signos, a semiose seria o
processo que abre a
possibilidade continua de futura
restauração desse objeto.


            Djalma Patricio - FURB   26
Um bom design busca conforto,
segurança, identificação e
significação, proporcionadas pelo
produto ao seu destinatário.

Usabilidade e segurança nos produtos de
consumo: um diferencial na qualidade do
design.

               Djalma Patricio - FURB     27
“ Nenhum produto pode ser considerado
como absolutamente seguro. Para se atingir
a um nível aceitável de segurança no
produto necessita-se definir uma estratégia
de design e avaliação de produto
adequados.
Esta estratégia envolve diversas etapas que
avaliem a segurança do usuário e a
usabilidade do produto. A legislação de
proteção aos direitos do consumidor
apresenta uma nova dimensão ao processo
de design.              >

                Djalma Patricio - FURB    28
... “ As elevadas perdas decorrentes de
ações judiciais representam, ao menos
para as grandes empresas, uma
responsabilidade muito grande para ser
deixada nas mãos de um único designer
ou um departamento isolado.
Os elevados custos decorrentes de tais
perdas, em termos financeiros e danos a
imagem da empresa, podem comprometer
seriamente a permanência da empresa no
mercado.” >

              Djalma Patricio - FURB   29
... A ergonomia
apresenta-se como uma
disciplina científica
com um corpo de
conhecimento que,
aplicado desde o início
do processo de
desenvolvimento do
produto, melhora a sua
usabilidade e incorpora
valor ao produto na
disputa pelo mercado
de consumo”.
(Marcelo Márcio
Soares )           Djalma Patricio - FURB   30
Por que o emprego da semiótica
 não é habitual em projetos de
            design?




           Djalma Patricio - FURB   31
Talvez falte aprofundamento
teórico nos cursos;
Exista superficialidade da
atuação do profissional;
Falte a consolidação de critérios
de design, confundidos com o
marketing.


             Djalma Patricio - FURB   32
Com humor, veja a diferença
   entre marketing, relações
públicas, propaganda e branding.




            Djalma Patricio - FURB   33
Djalma Patricio - FURB   34
Djalma Patricio - FURB   35
“Publicidade/propaganda”
       Djalma Patricio - FURB   36
Branding significa, literalmente, atribuir
 uma marca a um produto ou serviço
               Djalma Patricio - FURB        37
Marketing compreende toda uma
organização e seus participantes,
conceitos e ferramentas, com uma visão
estratégica dos relacionamentos que
englobam organização e mercado, tanto
para empresas como para pessoas, que
também podem, e devem, usar
estratégias mercadológicas para atingir
objetivos em âmbito pessoal. Não
apenas venda ou publicidade.

              Djalma Patricio - FURB      38
3- ELEMENTOS DE
      SEMIOTICA
Do grego semeion = signo = algo
   que está para outra coisa.



           Djalma Patricio - FURB   39
“O estudo dos signos começa com as
origens dos homens, pois entender e
interpretar o mundo e os homens
significa estudar signos.
Porém, o advento da ciência geral
dos signos é de tempos mais
recentes. A Antiguidade grega tinha
uma filosofia do signo, que era uma
teoria do conhecimento humano.>
             Djalma Patricio - FURB   40
> A Idade Média desenvolveu a sua
própria “doutrina dos signos”, que
culminava numa tipologia
elaboradíssima dos signos.
Na Renascença foram publicadas
mais obras significativas sobre os
signos, sob designações tais como
scientia de signis ou tractatus de
signis.” (Winfried Nöth)
              Djalma Patricio - FURB   41
Winfried Nöth




           Djalma Patricio - FURB   42
Segundo Peirce, signo é algo
que representa alguma coisa
para alguém em determinado
          contexto.
          Djalma Patricio - FURB   43
O signo tem o papel
  de mediador entre
  algo ausente e um
  intérprete presente.

Djalma Patricio - FURB   44
Os signos se organizam em
códigos, constituindo sistemas
de linguagem, base da
comunicação:
-Linguagem Verbal - falada e escrita;
- Linguagem Não Verbal – gestual, imagética,
sonora,...;
- Linguagem Sincrética – códigos de naturezas
distintas.
(Falaremos mais sobre signos no capitulo 5)

                 Djalma Patricio - FURB         45
SEMIOTICA APLICADA AO
 PROJETO DE DESIGN
  O produto deve ser inserido no
cenário político, econômico, social
 e cultural, histórico e geográfico.

            Djalma Patricio - FURB     46
Interagem com
filtros psicológicos,
através da percepção, culturais e
emocionais.



            Djalma Patricio - FURB   47
Sensação                              Cognição
Energias                 Ó os /Sentidos
                         rgã                                   Filtros
Luminosa            Olhos/ Visã  o                   Instintivos:
Sonora              Ouvidos/ Audiç ã  o                         Necessidades
Química             Epité lio/ Olfato                           biofísicas
Té rmica            Pele-Tecidos/ Tato-té rmico Psicoló gicos:
Mecâ nica Pele-Tecidos/ Tato-textura                 Experiê ncias,
Química             Língua/ Paladar                             Expectativas
Aceleraç ões        Labirintos/ Vestibular/ Equilíbrio. Culturais:
Mecâ nica reflexa   Espiral Neural Sinesté sico                 Vivê ncias,
                                                                Informaç õ  es
Estímulo Instintivo Sistema Nervoso Simpá    tico e Parassimpá  tico
                    Oxigenaç ã Sede, Fome, Sono, Medo
                                o,

INPUT > Imagem Mental / Realidade Virtual >
OUTPUT< Escala de Valores Ideais <


OLIVEIRA, Lívia - Percepção e Representação do Espaço Geográfico, in Percepção Ambiental: a experiência
brasileira. São Paulo, Studio Nobel e Editora da UFSC, 1996


                                        Djalma Patricio - FURB                                            48
O Sistema Nervoso Autônomo (SNA) é composto por duas porções
distintas:
Simpático e parassimpático:
De modo geral, esses dois sistemas têm funções contrárias
(antagônicas). Um corrige os excessos do outro. Por exemplo, se o
sistema simpático acelera demasiadamente as batidas do coração, o
sistema parassimpático entra em ação, diminuindo o ritmo cardíaco.
Se o sistema simpático acelera o trabalho do estômago e dos
intestinos, o parassimpático entra em ação para diminuir as
contrações desses órgãos.

                         Djalma Patricio - FURB                  49
Esse processo de interação é o
Objeto de estudo de diferentes
áreas: ergonomia, antropologia,
(...), estética, semiótica, etc.




Exercício: Liste três produtos para cada filtro psicológico =
instinto, psicológico e cultural.


                       Djalma Patricio - FURB                   50
4- ANÁLISE COMUNICACIONAL
         EM DESIGN

     Gerador X Interpretador

            Djalma Patricio - FURB   51
Gerador: empresário e designer,
conhecimento, acervo,
comunicação com usuários ou
não;

Interpretador: destinatário. A
mensagem percorre diferentes
canais até o público alvo.

            Djalma Patricio - FURB   52
O designer deve conhecer as
intenções, metas, exigências e
     limitações do cliente.




           Djalma Patricio - FURB   53
Gerador e Interpretador são
interlocutores do processo de
comunicação, na mensagem.
  O primeiro leva o segundo a
  acreditar e, depois, decidir pelo
  produto.

               Djalma Patricio - FURB   54
O código é o conjunto de
signos que compõem a
mensagem, e temos o
canal por onde envia a
mensagem.
GERADOR/Emissor – CODIGO/ Meio/
MENSAGEM – (Produto como Meio)
- INTERPRETADOR/ Receptor
Exercício: tomando um produto industrial como exemplo,
identifique cinco áreas de conhecimento necessários para o
designer projetá-lo.
                         Djalma Patricio - FURB              55
FATORES INTERVENIENTES
     NO PROCESSO DE
      COMUNICAÇÃO



Propósito Comunicacional: Persuasão e
manipulação;



              Djalma Patricio - FURB    56
A persuasão como
estratégia do
Gerador sobre o
interpretador, dar
credibilidade, estar
predisposto.

 Persuasão: capacidade de convencer


                           Djalma Patricio - FURB   57
A manipulação do destinatário,
para que assuma, aceite, faça.
Há um componente persuasivo
prévio.
As táticas de manipulação:
intimidação, provocação,
tentação e sedução.
Manipulação aquilo que se leva na mão ou do que pode ser contido na mão;
violadao aberta e deslavada da liberdade do homem; o exercício do poder sem
legitimadao, sem autoridade.

                             Djalma Patricio - FURB                           58
Repertório – memória, referência,
experiências, conhecimento. Estabelece a
relação comunicativa.
Codificação/Decodificação – domínio
dos códigos.
Utilização do Canal – meio pelo qual os
códigos que compõem a mensagem...
Escolha adequada do canal.


               Djalma Patricio - FURB      59
Nível de Informação e Nível de
Redundância:
A informação é imprevisível, novidade,
originalidade;
A redundância o contrário.
Nível de Ruído: qualquer forma de
interferência na mensagem.
Exercício: Na compra de um determinado produto, o
cliente espera novidades: liste seis produtos indicando ao
menos um item mais esperado.
                       Djalma Patricio - FURB                60
EFEITOS DE SENTIDO

Noção do olhar quando em contato
com o produto.
Modo como interagem com o objeto.




           Djalma Patricio - FURB   61
O que se dá no encontro do interpretador
com a mensagem.
Elementos de comunicação – o produto:
material, dimensão, proporção, partes,
organização, cores, acabamento, etc.
Eixo Sintagmático.




              Djalma Patricio - FURB   62
Os lingüistas estruturalistas propuseram
a distinção entre eixo sintagmático (eixo
horizontal de relações de sentido entre as
unidades da cadeia falada, que se dão
em presença) e eixo paradigmático (eixo
vertical das relações virtuais entre as
unidades comutáveis, que se dão em
ausência).


               Djalma Patricio - FURB    63
Sintagma X Paradigma

O sintagma, definido por
F.Saussure como “a combinação de
formas mínimas numa unidade
lingüística superior”, e surge a partir
da linearidade do signo, ou seja, ele
exclui a possibilidade de pronunciar
dois elementos ao mesmo tempo,
pois um termo só passa a ter valor
a partir do momento em que ele se          Exercicio:
contrasta com outro elemento.              Escolha 6
Já o paradigma é ,como o próprio           produtos que
autor define, um "banco de                 não se usam
reservas" da língua fazendo com            mais, e outros 6
que suas unidades se oponham               muitos usados,
pois uma exclui a outra.                   destacando o
                                           design.
                  Djalma Patricio - FURB               64
5- SIGNOS (segundo Peirce)


Algo que representa alguma coisa para
alguém em determinada circunstância.




             Djalma Patricio - FURB     65
Representa um Objeto, está em seu lugar.
Vários exemplos de CASA.




               Djalma Patricio - FURB   66
Objeto originador do signo – Objeto Dinâmico;
Objeto que é o próprio signo – Objeto Imediato;
Interprete Dinâmico – gerado pelo signo, fora dele;
Interprete Imediato – apto do signo;
Objeto X Interpretante, dinâmicos e imediatos;

                  Djalma Patricio - FURB              67
RELAÇÕES SIGNICAS:
1- Primeira Tricotomia –
do representamen;
2- Segunda Tricotomia –
do Objeto;
3- Terceira Tricotomia –
do Interpretante.



                Djalma Patricio - FURB   68
Os Níveis:
- Nível Sintático (Relação instrumental) -
representamen;
- Nível Semântico (Relação Objetiva) -
Objeto;
- Nível Pragmático (Relação
Interpretativa) - Interpretante.

               Djalma Patricio - FURB        69
sintático (deve haver regras consistentes
na utilização dos signos)
semântico (os signos devem ter algum
significado)
pragmático (os signos criados pelo
usuário - input - devem ter efeito no
estado do sistema e os signos exibidos
pela interface - output - devem ter efeito
no usuário)
Fonte: http://www.usabilidoido.com.br/
                        Djalma Patricio - FURB   70
1- SIGNO EM SI OU
REPRESENTAMEN
É algo que integra o processo de
representação. É suporte das significações,
corresponde às dimensões sintáticas e
materiais do produto:
- QUALISIGNO – Uma qualidade que é
signo;
- SINSIGNO – Particulariza e individualiza;
- LEGISIGNO – Convenções e regras.
                Djalma Patricio - FURB    71
Qualisigno: de qualidade. Uma estrela pode, por
exemplo, ser qualisigno pelo fato de brilhar. Uma
qualidade é a que diretamente nos fala de um signo.
Cores...

Sinsigno: o mero existir, momentâneo, etc., é o que nos
permite falar de signo. Um raio deve existir e aparecer
e por ele podemos chegar a dizer que seja signo. Um
signo que seja sinsigno atuará através de sua
singularidade, temporalidade ou localização únicas.

Legisigno: deve existir para os legisignos uma
convencionalidade (disposição habitual, "lawlike"...). O
fato de que, por exemplo, uma determinada cor seja
usada para o perigo dota a luz vermelha de certa
capacidade (por convenção) de representar seu objeto.

                    Djalma Patricio - FURB             72
2- OBJETO – Algo passível de
representação:
- ÍCONE – Representação por
semelhança, analogia, expressiva;
- ÍNDICE – Representação por marcas que
o objeto dinâmico causa;
- SIMBOLO - combinação de signos.


              Djalma Patricio - FURB   73
Ícones: quando as características
representativas semelham ao objeto:
diagramas como ícones. Obviamente
quando desenha uma casa para
representar tal cosa esta fazendo um
ícone.



               Djalma Patricio - FURB   74
Ícones
Djalma Patricio - FURB   75
Índices: quando representamos por características
contiguas com o objeto, estabelecendo então o índice
sua correlação principalmente por estes meios, com
certa singularidade: o vento que faz mover-se uma
janela... vemos que este é um evento cujo caráter
causal, existencial, faz que o vejamos índice, um tipo
de signo segundo a representação; Peirce diz que um
índice envolve indivíduos e não diz nada sobre o
objeto, não generaliza, não coleciona. Também ha
índices dêiticos, um dedo que sinala leva a uma
percepção direta dessa contigüidade. Também o mero
"labeling", letras em um diagrama, por exemplo, é um
tipo de signo "índice".



                   Djalma Patricio - FURB                76
Índice: onde há fumaça, ...
        Djalma Patricio - FURB   77
Símbolos: quando o signo estabelece
sua correlação mediante características
convencionais. O hábito ou a regra geral
nos símbolos pode ser natural
(congênita) ou adquirida. Os símbolos
são por sua vez singulares ou abstratos:
singulares se seu objeto é um individual
existente, como a lua. Abstratos quando
o objeto é algum caráter ou qualidade.



              Djalma Patricio - FURB       78
Símbolos



Djalma Patricio - FURB              79
O símbolo perde seu caráter de signo
se não ha interpretante. O ícone não o
perde mesmo se não tenha incluso
objeto que signar. O índice o perde se
não ha objeto, não funciona, etc.
www.mesetas.net/turbulencias/signo.html




                     Djalma Patricio - FURB   80
Ícones:
Imagem – primeiro nível do ícone;
Diagrama – segundo nível do ícone;
Metáfora – terceiro nível do ícone.




              Djalma Patricio - FURB   81
Índice de Identificação – traça a origem
da causa;
Índice de Indicação – evidencia o efeito.




                Djalma Patricio - FURB      82
Símbolo – relação entre objeto imediato e
objeto dinâmico – Relação por
convenção, associação não arbitrária.
Os símbolos podem ser Icônicos,
Indiciais e Símbolos simbólicos.




               Djalma Patricio - FURB       83
Exercício
•   Escolha um produto e identifique nele:
•   Ícone;
•   Índice;
•   Símbolo.




                   Djalma Patricio – FURB    84
3- INTERPRETANTE
– Possibilidades (quase infinita) interpretativas do signo diferente do
intérprete. O interpretante é o que o signo pode gerar na mente de
alguém.

-REMA – Primeiro nível do interpretante, impreciso,
conotado;
As rosas são vermelhas, o predicativo – são vermelhas – é um rema, pois trata-se da
interpretação que o intérprete faz de uma qualidade singular do signo.
-DICENTE – Segundo nível que enseja particularizações,
denotações;
“Na arquitetura, a fachada de um prédio, que representa efetivamente uma unidade
fechada e como tal pode ser julgada ou afirmada, é um dicente”
-ARGUMENTO - Terceiro nível, de precisão, rigor
científico.
Com isso, é possível perceber que o argumento que expressa verdades, ou
juízos verdadeiros.
                                 Djalma Patricio - FURB                               85
EXPERIÊNCIA SIGNICA:
- PRIMEIRIDADE – Pré-reflexivo, sensível,
qualitativo;
- SECUNDIDADE – a experiência,
manifestação e relação de causa;
-TERCEIRIDADE – A regra, a convenção, a
ciência, o controle.
-Peirce se baseia na Fenomenologia.


                               Djalma Patricio - FURB   86
Níveis:
- PRIMEIRIDADE   - QUALISIGNO - ÍCONE            - REMA

- SECUNDIDADE    - SINSIGNO          - ÍNDICE    - DICENTE

- TERCEIRIDADE   - LEGISIGNO         - SIMBOLO - ARGUMENTO




                  Djalma Patricio - FURB                     87
Fenomenologia é uma investigação que busca a essência
  inerente da aparência. Vale ressaltar que o termo aparência
  assume duas concepções simetricamente opostas.
  1. Ato de ocultar a realidade.
  2. manifestação ou revelação da mesma realidade.
  Pelo 2°. significado, a aparência é o que manifesta ou revela a
  própria realidade, de modo que esta encontra na realidade a sua
  verdade, a sua revelação. Aparência é qualquer coisa de que se
  tem consciência. Qualquer coisa que apareça à consciência é
  uma área legítima da investigação filosófica.Além do mais,
  aparência é uma manifestação da essência daquilo de que é a
  aparência. (Emanuele Coelho)



(Origem e historia da semiótica e semiologia, trataremos em outro momento)




                           Djalma Patricio - FURB                       88
6 – DIMENSÕES DO
           PRODUTO
- Dimensão Material – Hílico;
- Dimensão Técnica/Construtivas –
Sintaxe;
- Dimensão da Forma – Semântica;
- Dimensão do Uso – Pragmática.


              Djalma Patricio - FURB   89
Os aspectos materiais (Hílico) do
 produto influenciam as outras
          dimensões.




            Djalma Patricio - FURB   90
- Dimensão Sintática
– Abrange estrutura e funcionalismo,
análise de construção e dos detalhes
visuais, descritos como aspectos da
composição formal (simplicidade e
complexidade) ou aspectos como
qualidades matemáticas. O ritmo
(qualidade aritmética) requer a repetição
de um detalhe visual na forma.

               Djalma Patricio - FURB       91
Um detalhe afeta outro que afeta o todo
(exemplo das cores em um produto). A
relação com o contexto/ambiente pode
ser neutra ou dominante, pode ser
coerente, divergente ou ambígua
(exemplo os equipamentos de cozinha).




               Djalma Patricio - FURB     92
- Dimensão Pragmática
– Vários pontos de vista, como ergonômico,
sociológico, tempo, estético, etc. Exemplo dos
diversos tipos de facas, variando conforme o
cabo, o corte, o tamanho, (...) Muitas funções e
propósitos. Outro exemplo, os telefones, vários
tipos e modelos, lembranças, recordações,
evocações, ...



                  Djalma Patricio - FURB           93
- A Semântica do Produto
-A qualidades expressivas e representacional,
aspectos de referência à dimensão sintática e à
material, estando sujeita a mudanças. Uma
cadeira com seus usos e modos. Qualidade que
muda com o material.
-O aspecto semântico trata só das possibilidades
de descrição de um objeto dinâmico.



                  Djalma Patricio - FURB       94
Exercício:
• Escolha um produto e defina principais
  itens de cada dimensão:
• - Hílico;
• - Sintaxe;
• - Semântico;
• - Pragmático.


                Prof. Djalma Patricio -Furb   95
7. IDENTIDADE DO PRODUTO
     Quanto mais um produto
   informar, mais forte é a sua
           identidade:
- Informação sobre a existência –
condição fenomênica;
- Informação sobre a origem – designer,
fabricante, país,...
- Informação sobre a qualidade – função,
uso, manutenção,...
               Djalma Patricio - FURB      96
Categorias de características
  manifestas no produto:
- Os elementos da configuração;
- Os materiais e os procedimentos;
- Composição e organização;
- Esquema cromático, odores, sons, ...



               Djalma Patricio - FURB    97
8. REFERÊNCIAS NO
           PRODUTO
As questões signicas no produto são segundo
contexto cultural e processo comunicacional.
O designer deve ter familiaridade, compreensão
e domínio do grupo cultural onde inserir o
produto. Conquistar confiabilidade.




                  Djalma Patricio - FURB         98
Referências Icônicas -
aspectos de semelhança:
- A tradição da forma (associa um produto a um grupo de
produtos);
- Semelhança cromática (referir-se a qualidades e à
idéias);
- Semelhança de material (referir-se a outra coisa
/atividade);
- Metáfora (referência a outro objeto, por analogia);
- Estilo (relacionando-se entre si);
- Semelhança de ambiente (referir-se a um ambiente
específico);
                    Djalma Patricio - FURB            99
Referências Indiciais - está
 subjacente uma determinação de
      causalidade/vestígios:
- Traços de ferramenta ou de máquina;
- Cor;
- Forma indicativa;
- Marcas de uso;
- Outros traços;
- Sinais luminosos e sonoros;
- Som de uso e barulho de um produto;
- Cheiro;
- Toque ao material;
- Algarismos.
                     Djalma Patricio - FURB   100
Referências Simbólicas- os
      símbolos são de inicio
  estabelecidos culturalmente e,
        então, difundidos:
 - Símbolos gráficos (nome, logotipo,
letras...);
- Cor simbólica;
- Forma simbólica;
- Posições e posturas simbólicas;
- Material simbólico.
               Djalma Patricio - FURB   101
Relação Produto/Interpretador
- Aspectos temporais e espaciais,
caracterização, situação, motivações,
expectativas, ontologia, finalidades,
tipologia, características físicas,
semelhanças, designações, produto como
veículo de comunicação, papel de
discriminação, integração ou ordenação
social.
             Djalma Patricio - FURB   102
9. PROPOSTA DE UMA
  ABORDAGEM SEMIÓTICA DO
    PRODUTO DE DESIGN



Atingir um objetivo comunicacional em um
projeto de design.



               Djalma Patricio - FURB      103
Identificação dos valores centrais –
Comunicar algo... algo com
personalidade, reflexo da visão e das
intenções dos responsáveis.




             Djalma Patricio - FURB   104
- Ver os desafios, mudanças e
expectativas;
- As medidas estratégicas, as
competências;
- Os recursos, serviços, produtos
requeridos.
Decomposição, brainstorming, formulados
como “re-briefing”.

               Djalma Patricio - FURB   105
Primeira Parte: Construindo
       um Personagem.
O designer tem o compromisso de
comunicar mensagens por meio de uma
linguagem formal.




              Djalma Patricio - FURB   106
-Identificar as qualidades centrais.
-Representar a posição do
empreendimento.
-Analisar o briefing do cliente.
-Tipo de público.




                 Djalma Patricio - FURB   107
-Construir um personagem que tipifique esse
interlocutor (público alvo).
Os geradores do projeto elaboram seu perfil
(sexo, idade, cultura,...).
Relacionar ao produto segundo seus prazeres:
- Fisiológicos;
- Sociais;
- Psicológicos e
- Ideológicos.


                 Djalma Patricio - FURB        108
Segunda Parte: Encontrando
     uma voz visual.
Um trabalho de equipe, interessados no
produto, como investidores, fornecedores,
clientes, empregados...




               Djalma Patricio - FURB   109
-Fazer uma listagem das palavras
relacionadas;
-Fazer uma síntese dessas idéias;
-Captar o conjunto de atributos que se
expressa;
-Retirar a imagem que se destaque;
-Buscar o consenso, elaborando um
briefing;


               Djalma Patricio - FURB    110
O designer deve identificar elementos
recorrentes como: características, cores,
    luminosidades, tipos, contrastes,
  complementos, acordes, repetições,
  texturas, espessuras, linhas e áreas.




               Djalma Patricio - FURB       111
O Fluxograma mostra a sistematização
do processo por meio das etapas da
estratégia.
Cabe ao designer decidir quais serão os
enunciados que devem ser transpostos
sob uma configuração imagética ou
verbal.



               Djalma Patricio - FURB     112
Terceira Parte:
  Associações nas Classes
         Sígnicas.

Organizar em forma de tabela as
representações alfa-pictoricas de todos os
componentes


               Djalma Patricio - FURB    113
Exemplo:

              Comp.1          Comp.2              Comp. 3
Icônica       RG              RG                  RG
Indicial      RG              RG                  RG
Simbólica     RG              RG                  RG

RG= Representações Gráficas

Cada item é analisado por seus elementos imagéticos, decompostos
em Qualisignos, Sinsignos e Legisignos.
O número de conexões, em principio, é infinito. Algumas decisões
projetuais são na fase analítica dos componentes do enunciado.




                         Djalma Patricio - FURB                    114
GERAÇÃO DE
        ALTERNATIVAS
Neste ponto do processo de design são
feitos os esboços.
Com nova discussão se confronta as
diferentes propostas.




               Djalma Patricio - FURB   115
A abordagem de geração de alternativas
está baseada na teoria semiótica, com a
diferenciação dos vários tipos de signos
nas diferentes dimensões.
Dar expressão formal ao propósito
comunicacional.




                Djalma Patricio - FURB     116
O designer, ao utilizar elementos de
linguagem, em princípio denotativos, do
repertório presumido do interpretador do
produto, considera como definitiva a sua
dimensão pragmática.




               Djalma Patricio - FURB      117
AVALIAÇÃO DA
COMUNICAÇÃO DO PRODUTO
- Definição dos requisitos;
- Possibilidade de isolar aspectos;
- Consistência dos requisitos;
- Possibilidade de reavaliação;
- Avaliação de imagens;
-Experimentação com modelos.
-(Exercício conforme acima: escolha um produto e
indique três itens para cada etapa)
                     Djalma Patricio - FURB        118
Fonte:
Elementos de Semiótica Aplicados ao
  Design
Lucy Niemeyer, Ed. 2AB, Rio 2007




             Djalma Patricio - FURBprof. Dr.   119
                     Djalma Patricio

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  • 3. O funcionalismo, no inicio do século XX, especialmente na Alemanha, busca assumir especificidade da linguagem formal, própria à tecnologia industrial: o produto é ajustado ao funcionamento. Djalma Patricio - FURB 3
  • 4. Com o funcionalismo, o design passa a se preocupar com a viabilidade técnica dos produtos de um ponto de vista racional, pois torna-se primordial a otimização de materiais e processos produtivos. Djalma Patricio - FURB 4
  • 5. A ergonomia busca adequar o produto ao usuário, principalmente após a II Guerra; Djalma Patricio - FURB 5
  • 6. A Ergonomia teve, desde sempre, especial interesse e preocupação pelo estudo do trabalho. Um dos seus principais âmbitos de intervenção é o escritório, na medida em que, grande parte da população ativa trabalha neste tipo de ambiente e é reconhecida a existência de graves doenças/lesões profissionais associadas ao trabalho sentado e com computadores. Djalma Patricio - FURB 6
  • 7. - A importância da função estética no design de produtos consiste em promover a atratividade dos objetos motivando também uma melhor usabilidade dos mesmos, conduzindo a uma experiência satisfatória entre o consumidor e o produto; - A atividade projetual do designer vai além da construção estética e funcional do objeto, ela consiste na criação de produtos considerando os seus significados, para assim projetar experiências, proporcionando relações emocionais com o usuário Djalma Patricio - FURB 7
  • 8. “Notas para uma História do Design” • Pedro Luiz Pereira de Souza Editora 2AB, 2001 Com o objetivo de suscitar debates, o autor apresenta um conjunto de reflexões, notas e questões, abordando questões ideológicas, filosóficas e políticas e fornecendo informação básica para que se estruture um conhecimento crítico sobre as origens e o desenvolvimento do design moderno. Através de referências objetivas, encontra-se um panorama geral desde as origens do pensamento funcionalista até as iniciativas pós-modernistas. 8
  • 9. Exercicio: Escolher e descrever um produto segundo sua Funcionalidade, Ergonomia, e Estética. Djalma Patricio - FURB 9
  • 10. A comunicação conquistou maior importância no final do século XX, com peso na significação da mensagem levada pelo produto. Djalma Patricio - FURB 10
  • 11. O Design na Comunicação proporciona uma visão alargada do design na comunicação, através da introdução às técnicas e às metodologias mais avançadas neste contexto. A apresentação de modelos teóricos e visões da comunicação visual possibilita ter uma visão generalizada dos desafios que se colocam ao designer no contexto da comunicação Djalma Patricio - FURB 11
  • 12. Design para a Comunicação são vistas e tipificadas as políticas de gestão de design para as empresas mais importantes. O papel e a relevância do design em contextos organizacionais é, além do fator óbvio de sobrevivência profissional, um caminho para o desenvolvimento de novos conceitos e metodologias dando uma ênfase forte ao encadeamento projetual. Djalma Patricio - FURB 12
  • 13. Design pela Comunicação: Dada a preponderância incontornável dos média nos nossos quotidianos, aprender e medir o impacto da comunicação no design é não só uma maneira inteligente de aprender, mas também uma ótima estratégia de seleção de práticas projetuais adequadas. A relevância com que a comunicação influencia o design é uma conseqüência que justifica só por si o seu estudo, porém essa vantagem não é única, sendo também importante perceber o que se verifica em termos da legitimidade social da profissão do design. A Gestão do design já não é uma disciplina nova, é no contexto organizacional uma realidade que deve ser bem estudada pelos designer e é isso que pretendemos fazer. Djalma Patricio - FURB 13
  • 14. O produto carrega expressões de elaboração e produção, i.é, cultura e tecnologia – é elemento de comunicação. Djalma Patricio - FURB 14
  • 15. O processos de produção é um instrumento de estruturação e reflexão coletiva, dos procedimentos mais comuns e necessários às boas práticas nestes domínios. Oferece ao designer a possibilidade de se enquadrarem no domínio das artes. Este módulo pode ser considerado estrutural, no sentido em que permite desenvolvimentos nos domínios da cor, forma, tipo, bem como a sistematização de muitas outras problemáticas que ocorrem neste campo de atividade. Djalma Patricio - FURB 15
  • 16. Assim, além das funções prática, estética e de uso, tem a função significativa. O produto de design é tratado como portador de representações, participante de um processo de comunicação. Djalma Patricio - FURB 16
  • 17. O processo de Comunicação ocorre quando o emissor (ou codificador) emite uma mensagem (ou sinal) ao receptor (ou decodificador), através de um canal (ou meio). O receptor interpretará a mensagem que pode ter chegado até ele com algum tipo de barreira (ruído, bloqueio, filtragem) e, a partir daí, dará o feedback ou resposta, completando o processo de comunicação. Djalma Patricio - FURB 17
  • 18. Elementos da Comunicação: - Codificar: transformar, num código conhecido, a intenção da comunicação ou elaborar um sistema de signos; - Decodificar: decifrar a mensagem, operação que depende do repertório (conjunto estruturado de informação) de cada pessoa; -Feedback: corresponde à informação que o emissor consegue obter e pela qual sabe se a sua mensagem foi captada pelo receptor. (Falaremos mais sobre isto no capitulo 4) Djalma Patricio - FURB 18
  • 19. 2- DESIGN E COMUNICAÇÃO O designer é um articulador com o setor produtivo. Djalma Patricio - FURB 19
  • 20. O produto diz de si próprio através de suas qualidades e características, o seu modo de produção, serventia e para quem se dirige. Djalma Patricio - FURB 20
  • 21. Para que serve a semiótica no design? Há um caráter estratégico, na manutenção e circulação de produtos e serviços. Djalma Patricio - FURB 21
  • 22. A Semiótica no design de produto estabelece que todo objeto, além de sua funcionalidade prática e estética, também é um símbolo cultural, algo que tem um significado. Por exemplo: uma cadeira, além de servir para descanso e decorar um ambiente, é um símbolo de status social, ou uma lembrança de um ente, ou uma peça de moda. Djalma Patricio - FURB 22
  • 23. A forma de um objeto também comunica sua função (tornando o objeto amigável) e aquilo que o usuário deseja. No caso de uma cadeira, as características desejadas podem ser resistência, ou limpeza, ou tradição. Quando o objeto é promocional, ele representa uma empresa, e se torna um símbolo desta. Para comunicar qualquer idéia por meio de um objeto é preciso pensar de acordo com a Comunicação Visual. Djalma Patricio - FURB 23
  • 24. Comunicação Visual é todo meio de comunicação expresso com a utilização de componentes visuais, como: signos, imagens, desenhos, gráficos, ou seja, tudo que pode ser visto. O termo comunicação visual é bastante abrangente e não precisa ser limitado a uma única área de estudo ou atuação, embora o termo possa ter o mesmo sentido de design gráfico. Djalma Patricio - FURB 24
  • 25. O designer deve estar atento à relação comunicativa entre produto e usuário, função semiótica. Exercício: Escolha um produto e descreva pelo menos seis referências comunicativas (o que ele passa ao consumidor). Djalma Patricio - FURB 25
  • 26. Na medida em que Objeto tende a se revelar por meio de seus signos, a semiose seria o processo que abre a possibilidade continua de futura restauração desse objeto. Djalma Patricio - FURB 26
  • 27. Um bom design busca conforto, segurança, identificação e significação, proporcionadas pelo produto ao seu destinatário. Usabilidade e segurança nos produtos de consumo: um diferencial na qualidade do design. Djalma Patricio - FURB 27
  • 28. “ Nenhum produto pode ser considerado como absolutamente seguro. Para se atingir a um nível aceitável de segurança no produto necessita-se definir uma estratégia de design e avaliação de produto adequados. Esta estratégia envolve diversas etapas que avaliem a segurança do usuário e a usabilidade do produto. A legislação de proteção aos direitos do consumidor apresenta uma nova dimensão ao processo de design. > Djalma Patricio - FURB 28
  • 29. ... “ As elevadas perdas decorrentes de ações judiciais representam, ao menos para as grandes empresas, uma responsabilidade muito grande para ser deixada nas mãos de um único designer ou um departamento isolado. Os elevados custos decorrentes de tais perdas, em termos financeiros e danos a imagem da empresa, podem comprometer seriamente a permanência da empresa no mercado.” > Djalma Patricio - FURB 29
  • 30. ... A ergonomia apresenta-se como uma disciplina científica com um corpo de conhecimento que, aplicado desde o início do processo de desenvolvimento do produto, melhora a sua usabilidade e incorpora valor ao produto na disputa pelo mercado de consumo”. (Marcelo Márcio Soares ) Djalma Patricio - FURB 30
  • 31. Por que o emprego da semiótica não é habitual em projetos de design? Djalma Patricio - FURB 31
  • 32. Talvez falte aprofundamento teórico nos cursos; Exista superficialidade da atuação do profissional; Falte a consolidação de critérios de design, confundidos com o marketing. Djalma Patricio - FURB 32
  • 33. Com humor, veja a diferença entre marketing, relações públicas, propaganda e branding. Djalma Patricio - FURB 33
  • 34. Djalma Patricio - FURB 34
  • 35. Djalma Patricio - FURB 35
  • 36. “Publicidade/propaganda” Djalma Patricio - FURB 36
  • 37. Branding significa, literalmente, atribuir uma marca a um produto ou serviço Djalma Patricio - FURB 37
  • 38. Marketing compreende toda uma organização e seus participantes, conceitos e ferramentas, com uma visão estratégica dos relacionamentos que englobam organização e mercado, tanto para empresas como para pessoas, que também podem, e devem, usar estratégias mercadológicas para atingir objetivos em âmbito pessoal. Não apenas venda ou publicidade. Djalma Patricio - FURB 38
  • 39. 3- ELEMENTOS DE SEMIOTICA Do grego semeion = signo = algo que está para outra coisa. Djalma Patricio - FURB 39
  • 40. “O estudo dos signos começa com as origens dos homens, pois entender e interpretar o mundo e os homens significa estudar signos. Porém, o advento da ciência geral dos signos é de tempos mais recentes. A Antiguidade grega tinha uma filosofia do signo, que era uma teoria do conhecimento humano.> Djalma Patricio - FURB 40
  • 41. > A Idade Média desenvolveu a sua própria “doutrina dos signos”, que culminava numa tipologia elaboradíssima dos signos. Na Renascença foram publicadas mais obras significativas sobre os signos, sob designações tais como scientia de signis ou tractatus de signis.” (Winfried Nöth) Djalma Patricio - FURB 41
  • 42. Winfried Nöth Djalma Patricio - FURB 42
  • 43. Segundo Peirce, signo é algo que representa alguma coisa para alguém em determinado contexto. Djalma Patricio - FURB 43
  • 44. O signo tem o papel de mediador entre algo ausente e um intérprete presente. Djalma Patricio - FURB 44
  • 45. Os signos se organizam em códigos, constituindo sistemas de linguagem, base da comunicação: -Linguagem Verbal - falada e escrita; - Linguagem Não Verbal – gestual, imagética, sonora,...; - Linguagem Sincrética – códigos de naturezas distintas. (Falaremos mais sobre signos no capitulo 5) Djalma Patricio - FURB 45
  • 46. SEMIOTICA APLICADA AO PROJETO DE DESIGN O produto deve ser inserido no cenário político, econômico, social e cultural, histórico e geográfico. Djalma Patricio - FURB 46
  • 47. Interagem com filtros psicológicos, através da percepção, culturais e emocionais. Djalma Patricio - FURB 47
  • 48. Sensação Cognição Energias Ó os /Sentidos rgã Filtros Luminosa Olhos/ Visã o Instintivos: Sonora Ouvidos/ Audiç ã o Necessidades Química Epité lio/ Olfato biofísicas Té rmica Pele-Tecidos/ Tato-té rmico Psicoló gicos: Mecâ nica Pele-Tecidos/ Tato-textura Experiê ncias, Química Língua/ Paladar Expectativas Aceleraç ões Labirintos/ Vestibular/ Equilíbrio. Culturais: Mecâ nica reflexa Espiral Neural Sinesté sico Vivê ncias, Informaç õ es Estímulo Instintivo Sistema Nervoso Simpá tico e Parassimpá tico Oxigenaç ã Sede, Fome, Sono, Medo o, INPUT > Imagem Mental / Realidade Virtual > OUTPUT< Escala de Valores Ideais < OLIVEIRA, Lívia - Percepção e Representação do Espaço Geográfico, in Percepção Ambiental: a experiência brasileira. São Paulo, Studio Nobel e Editora da UFSC, 1996 Djalma Patricio - FURB 48
  • 49. O Sistema Nervoso Autônomo (SNA) é composto por duas porções distintas: Simpático e parassimpático: De modo geral, esses dois sistemas têm funções contrárias (antagônicas). Um corrige os excessos do outro. Por exemplo, se o sistema simpático acelera demasiadamente as batidas do coração, o sistema parassimpático entra em ação, diminuindo o ritmo cardíaco. Se o sistema simpático acelera o trabalho do estômago e dos intestinos, o parassimpático entra em ação para diminuir as contrações desses órgãos. Djalma Patricio - FURB 49
  • 50. Esse processo de interação é o Objeto de estudo de diferentes áreas: ergonomia, antropologia, (...), estética, semiótica, etc. Exercício: Liste três produtos para cada filtro psicológico = instinto, psicológico e cultural. Djalma Patricio - FURB 50
  • 51. 4- ANÁLISE COMUNICACIONAL EM DESIGN Gerador X Interpretador Djalma Patricio - FURB 51
  • 52. Gerador: empresário e designer, conhecimento, acervo, comunicação com usuários ou não; Interpretador: destinatário. A mensagem percorre diferentes canais até o público alvo. Djalma Patricio - FURB 52
  • 53. O designer deve conhecer as intenções, metas, exigências e limitações do cliente. Djalma Patricio - FURB 53
  • 54. Gerador e Interpretador são interlocutores do processo de comunicação, na mensagem. O primeiro leva o segundo a acreditar e, depois, decidir pelo produto. Djalma Patricio - FURB 54
  • 55. O código é o conjunto de signos que compõem a mensagem, e temos o canal por onde envia a mensagem. GERADOR/Emissor – CODIGO/ Meio/ MENSAGEM – (Produto como Meio) - INTERPRETADOR/ Receptor Exercício: tomando um produto industrial como exemplo, identifique cinco áreas de conhecimento necessários para o designer projetá-lo. Djalma Patricio - FURB 55
  • 56. FATORES INTERVENIENTES NO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Propósito Comunicacional: Persuasão e manipulação; Djalma Patricio - FURB 56
  • 57. A persuasão como estratégia do Gerador sobre o interpretador, dar credibilidade, estar predisposto. Persuasão: capacidade de convencer Djalma Patricio - FURB 57
  • 58. A manipulação do destinatário, para que assuma, aceite, faça. Há um componente persuasivo prévio. As táticas de manipulação: intimidação, provocação, tentação e sedução. Manipulação aquilo que se leva na mão ou do que pode ser contido na mão; violadao aberta e deslavada da liberdade do homem; o exercício do poder sem legitimadao, sem autoridade. Djalma Patricio - FURB 58
  • 59. Repertório – memória, referência, experiências, conhecimento. Estabelece a relação comunicativa. Codificação/Decodificação – domínio dos códigos. Utilização do Canal – meio pelo qual os códigos que compõem a mensagem... Escolha adequada do canal. Djalma Patricio - FURB 59
  • 60. Nível de Informação e Nível de Redundância: A informação é imprevisível, novidade, originalidade; A redundância o contrário. Nível de Ruído: qualquer forma de interferência na mensagem. Exercício: Na compra de um determinado produto, o cliente espera novidades: liste seis produtos indicando ao menos um item mais esperado. Djalma Patricio - FURB 60
  • 61. EFEITOS DE SENTIDO Noção do olhar quando em contato com o produto. Modo como interagem com o objeto. Djalma Patricio - FURB 61
  • 62. O que se dá no encontro do interpretador com a mensagem. Elementos de comunicação – o produto: material, dimensão, proporção, partes, organização, cores, acabamento, etc. Eixo Sintagmático. Djalma Patricio - FURB 62
  • 63. Os lingüistas estruturalistas propuseram a distinção entre eixo sintagmático (eixo horizontal de relações de sentido entre as unidades da cadeia falada, que se dão em presença) e eixo paradigmático (eixo vertical das relações virtuais entre as unidades comutáveis, que se dão em ausência). Djalma Patricio - FURB 63
  • 64. Sintagma X Paradigma O sintagma, definido por F.Saussure como “a combinação de formas mínimas numa unidade lingüística superior”, e surge a partir da linearidade do signo, ou seja, ele exclui a possibilidade de pronunciar dois elementos ao mesmo tempo, pois um termo só passa a ter valor a partir do momento em que ele se Exercicio: contrasta com outro elemento. Escolha 6 Já o paradigma é ,como o próprio produtos que autor define, um "banco de não se usam reservas" da língua fazendo com mais, e outros 6 que suas unidades se oponham muitos usados, pois uma exclui a outra. destacando o design. Djalma Patricio - FURB 64
  • 65. 5- SIGNOS (segundo Peirce) Algo que representa alguma coisa para alguém em determinada circunstância. Djalma Patricio - FURB 65
  • 66. Representa um Objeto, está em seu lugar. Vários exemplos de CASA. Djalma Patricio - FURB 66
  • 67. Objeto originador do signo – Objeto Dinâmico; Objeto que é o próprio signo – Objeto Imediato; Interprete Dinâmico – gerado pelo signo, fora dele; Interprete Imediato – apto do signo; Objeto X Interpretante, dinâmicos e imediatos; Djalma Patricio - FURB 67
  • 68. RELAÇÕES SIGNICAS: 1- Primeira Tricotomia – do representamen; 2- Segunda Tricotomia – do Objeto; 3- Terceira Tricotomia – do Interpretante. Djalma Patricio - FURB 68
  • 69. Os Níveis: - Nível Sintático (Relação instrumental) - representamen; - Nível Semântico (Relação Objetiva) - Objeto; - Nível Pragmático (Relação Interpretativa) - Interpretante. Djalma Patricio - FURB 69
  • 70. sintático (deve haver regras consistentes na utilização dos signos) semântico (os signos devem ter algum significado) pragmático (os signos criados pelo usuário - input - devem ter efeito no estado do sistema e os signos exibidos pela interface - output - devem ter efeito no usuário) Fonte: http://www.usabilidoido.com.br/ Djalma Patricio - FURB 70
  • 71. 1- SIGNO EM SI OU REPRESENTAMEN É algo que integra o processo de representação. É suporte das significações, corresponde às dimensões sintáticas e materiais do produto: - QUALISIGNO – Uma qualidade que é signo; - SINSIGNO – Particulariza e individualiza; - LEGISIGNO – Convenções e regras. Djalma Patricio - FURB 71
  • 72. Qualisigno: de qualidade. Uma estrela pode, por exemplo, ser qualisigno pelo fato de brilhar. Uma qualidade é a que diretamente nos fala de um signo. Cores... Sinsigno: o mero existir, momentâneo, etc., é o que nos permite falar de signo. Um raio deve existir e aparecer e por ele podemos chegar a dizer que seja signo. Um signo que seja sinsigno atuará através de sua singularidade, temporalidade ou localização únicas. Legisigno: deve existir para os legisignos uma convencionalidade (disposição habitual, "lawlike"...). O fato de que, por exemplo, uma determinada cor seja usada para o perigo dota a luz vermelha de certa capacidade (por convenção) de representar seu objeto. Djalma Patricio - FURB 72
  • 73. 2- OBJETO – Algo passível de representação: - ÍCONE – Representação por semelhança, analogia, expressiva; - ÍNDICE – Representação por marcas que o objeto dinâmico causa; - SIMBOLO - combinação de signos. Djalma Patricio - FURB 73
  • 74. Ícones: quando as características representativas semelham ao objeto: diagramas como ícones. Obviamente quando desenha uma casa para representar tal cosa esta fazendo um ícone. Djalma Patricio - FURB 74
  • 76. Índices: quando representamos por características contiguas com o objeto, estabelecendo então o índice sua correlação principalmente por estes meios, com certa singularidade: o vento que faz mover-se uma janela... vemos que este é um evento cujo caráter causal, existencial, faz que o vejamos índice, um tipo de signo segundo a representação; Peirce diz que um índice envolve indivíduos e não diz nada sobre o objeto, não generaliza, não coleciona. Também ha índices dêiticos, um dedo que sinala leva a uma percepção direta dessa contigüidade. Também o mero "labeling", letras em um diagrama, por exemplo, é um tipo de signo "índice". Djalma Patricio - FURB 76
  • 77. Índice: onde há fumaça, ... Djalma Patricio - FURB 77
  • 78. Símbolos: quando o signo estabelece sua correlação mediante características convencionais. O hábito ou a regra geral nos símbolos pode ser natural (congênita) ou adquirida. Os símbolos são por sua vez singulares ou abstratos: singulares se seu objeto é um individual existente, como a lua. Abstratos quando o objeto é algum caráter ou qualidade. Djalma Patricio - FURB 78
  • 80. O símbolo perde seu caráter de signo se não ha interpretante. O ícone não o perde mesmo se não tenha incluso objeto que signar. O índice o perde se não ha objeto, não funciona, etc. www.mesetas.net/turbulencias/signo.html Djalma Patricio - FURB 80
  • 81. Ícones: Imagem – primeiro nível do ícone; Diagrama – segundo nível do ícone; Metáfora – terceiro nível do ícone. Djalma Patricio - FURB 81
  • 82. Índice de Identificação – traça a origem da causa; Índice de Indicação – evidencia o efeito. Djalma Patricio - FURB 82
  • 83. Símbolo – relação entre objeto imediato e objeto dinâmico – Relação por convenção, associação não arbitrária. Os símbolos podem ser Icônicos, Indiciais e Símbolos simbólicos. Djalma Patricio - FURB 83
  • 84. Exercício • Escolha um produto e identifique nele: • Ícone; • Índice; • Símbolo. Djalma Patricio – FURB 84
  • 85. 3- INTERPRETANTE – Possibilidades (quase infinita) interpretativas do signo diferente do intérprete. O interpretante é o que o signo pode gerar na mente de alguém. -REMA – Primeiro nível do interpretante, impreciso, conotado; As rosas são vermelhas, o predicativo – são vermelhas – é um rema, pois trata-se da interpretação que o intérprete faz de uma qualidade singular do signo. -DICENTE – Segundo nível que enseja particularizações, denotações; “Na arquitetura, a fachada de um prédio, que representa efetivamente uma unidade fechada e como tal pode ser julgada ou afirmada, é um dicente” -ARGUMENTO - Terceiro nível, de precisão, rigor científico. Com isso, é possível perceber que o argumento que expressa verdades, ou juízos verdadeiros. Djalma Patricio - FURB 85
  • 86. EXPERIÊNCIA SIGNICA: - PRIMEIRIDADE – Pré-reflexivo, sensível, qualitativo; - SECUNDIDADE – a experiência, manifestação e relação de causa; -TERCEIRIDADE – A regra, a convenção, a ciência, o controle. -Peirce se baseia na Fenomenologia. Djalma Patricio - FURB 86
  • 87. Níveis: - PRIMEIRIDADE - QUALISIGNO - ÍCONE - REMA - SECUNDIDADE - SINSIGNO - ÍNDICE - DICENTE - TERCEIRIDADE - LEGISIGNO - SIMBOLO - ARGUMENTO Djalma Patricio - FURB 87
  • 88. Fenomenologia é uma investigação que busca a essência inerente da aparência. Vale ressaltar que o termo aparência assume duas concepções simetricamente opostas. 1. Ato de ocultar a realidade. 2. manifestação ou revelação da mesma realidade. Pelo 2°. significado, a aparência é o que manifesta ou revela a própria realidade, de modo que esta encontra na realidade a sua verdade, a sua revelação. Aparência é qualquer coisa de que se tem consciência. Qualquer coisa que apareça à consciência é uma área legítima da investigação filosófica.Além do mais, aparência é uma manifestação da essência daquilo de que é a aparência. (Emanuele Coelho) (Origem e historia da semiótica e semiologia, trataremos em outro momento) Djalma Patricio - FURB 88
  • 89. 6 – DIMENSÕES DO PRODUTO - Dimensão Material – Hílico; - Dimensão Técnica/Construtivas – Sintaxe; - Dimensão da Forma – Semântica; - Dimensão do Uso – Pragmática. Djalma Patricio - FURB 89
  • 90. Os aspectos materiais (Hílico) do produto influenciam as outras dimensões. Djalma Patricio - FURB 90
  • 91. - Dimensão Sintática – Abrange estrutura e funcionalismo, análise de construção e dos detalhes visuais, descritos como aspectos da composição formal (simplicidade e complexidade) ou aspectos como qualidades matemáticas. O ritmo (qualidade aritmética) requer a repetição de um detalhe visual na forma. Djalma Patricio - FURB 91
  • 92. Um detalhe afeta outro que afeta o todo (exemplo das cores em um produto). A relação com o contexto/ambiente pode ser neutra ou dominante, pode ser coerente, divergente ou ambígua (exemplo os equipamentos de cozinha). Djalma Patricio - FURB 92
  • 93. - Dimensão Pragmática – Vários pontos de vista, como ergonômico, sociológico, tempo, estético, etc. Exemplo dos diversos tipos de facas, variando conforme o cabo, o corte, o tamanho, (...) Muitas funções e propósitos. Outro exemplo, os telefones, vários tipos e modelos, lembranças, recordações, evocações, ... Djalma Patricio - FURB 93
  • 94. - A Semântica do Produto -A qualidades expressivas e representacional, aspectos de referência à dimensão sintática e à material, estando sujeita a mudanças. Uma cadeira com seus usos e modos. Qualidade que muda com o material. -O aspecto semântico trata só das possibilidades de descrição de um objeto dinâmico. Djalma Patricio - FURB 94
  • 95. Exercício: • Escolha um produto e defina principais itens de cada dimensão: • - Hílico; • - Sintaxe; • - Semântico; • - Pragmático. Prof. Djalma Patricio -Furb 95
  • 96. 7. IDENTIDADE DO PRODUTO Quanto mais um produto informar, mais forte é a sua identidade: - Informação sobre a existência – condição fenomênica; - Informação sobre a origem – designer, fabricante, país,... - Informação sobre a qualidade – função, uso, manutenção,... Djalma Patricio - FURB 96
  • 97. Categorias de características manifestas no produto: - Os elementos da configuração; - Os materiais e os procedimentos; - Composição e organização; - Esquema cromático, odores, sons, ... Djalma Patricio - FURB 97
  • 98. 8. REFERÊNCIAS NO PRODUTO As questões signicas no produto são segundo contexto cultural e processo comunicacional. O designer deve ter familiaridade, compreensão e domínio do grupo cultural onde inserir o produto. Conquistar confiabilidade. Djalma Patricio - FURB 98
  • 99. Referências Icônicas - aspectos de semelhança: - A tradição da forma (associa um produto a um grupo de produtos); - Semelhança cromática (referir-se a qualidades e à idéias); - Semelhança de material (referir-se a outra coisa /atividade); - Metáfora (referência a outro objeto, por analogia); - Estilo (relacionando-se entre si); - Semelhança de ambiente (referir-se a um ambiente específico); Djalma Patricio - FURB 99
  • 100. Referências Indiciais - está subjacente uma determinação de causalidade/vestígios: - Traços de ferramenta ou de máquina; - Cor; - Forma indicativa; - Marcas de uso; - Outros traços; - Sinais luminosos e sonoros; - Som de uso e barulho de um produto; - Cheiro; - Toque ao material; - Algarismos. Djalma Patricio - FURB 100
  • 101. Referências Simbólicas- os símbolos são de inicio estabelecidos culturalmente e, então, difundidos: - Símbolos gráficos (nome, logotipo, letras...); - Cor simbólica; - Forma simbólica; - Posições e posturas simbólicas; - Material simbólico. Djalma Patricio - FURB 101
  • 102. Relação Produto/Interpretador - Aspectos temporais e espaciais, caracterização, situação, motivações, expectativas, ontologia, finalidades, tipologia, características físicas, semelhanças, designações, produto como veículo de comunicação, papel de discriminação, integração ou ordenação social. Djalma Patricio - FURB 102
  • 103. 9. PROPOSTA DE UMA ABORDAGEM SEMIÓTICA DO PRODUTO DE DESIGN Atingir um objetivo comunicacional em um projeto de design. Djalma Patricio - FURB 103
  • 104. Identificação dos valores centrais – Comunicar algo... algo com personalidade, reflexo da visão e das intenções dos responsáveis. Djalma Patricio - FURB 104
  • 105. - Ver os desafios, mudanças e expectativas; - As medidas estratégicas, as competências; - Os recursos, serviços, produtos requeridos. Decomposição, brainstorming, formulados como “re-briefing”. Djalma Patricio - FURB 105
  • 106. Primeira Parte: Construindo um Personagem. O designer tem o compromisso de comunicar mensagens por meio de uma linguagem formal. Djalma Patricio - FURB 106
  • 107. -Identificar as qualidades centrais. -Representar a posição do empreendimento. -Analisar o briefing do cliente. -Tipo de público. Djalma Patricio - FURB 107
  • 108. -Construir um personagem que tipifique esse interlocutor (público alvo). Os geradores do projeto elaboram seu perfil (sexo, idade, cultura,...). Relacionar ao produto segundo seus prazeres: - Fisiológicos; - Sociais; - Psicológicos e - Ideológicos. Djalma Patricio - FURB 108
  • 109. Segunda Parte: Encontrando uma voz visual. Um trabalho de equipe, interessados no produto, como investidores, fornecedores, clientes, empregados... Djalma Patricio - FURB 109
  • 110. -Fazer uma listagem das palavras relacionadas; -Fazer uma síntese dessas idéias; -Captar o conjunto de atributos que se expressa; -Retirar a imagem que se destaque; -Buscar o consenso, elaborando um briefing; Djalma Patricio - FURB 110
  • 111. O designer deve identificar elementos recorrentes como: características, cores, luminosidades, tipos, contrastes, complementos, acordes, repetições, texturas, espessuras, linhas e áreas. Djalma Patricio - FURB 111
  • 112. O Fluxograma mostra a sistematização do processo por meio das etapas da estratégia. Cabe ao designer decidir quais serão os enunciados que devem ser transpostos sob uma configuração imagética ou verbal. Djalma Patricio - FURB 112
  • 113. Terceira Parte: Associações nas Classes Sígnicas. Organizar em forma de tabela as representações alfa-pictoricas de todos os componentes Djalma Patricio - FURB 113
  • 114. Exemplo: Comp.1 Comp.2 Comp. 3 Icônica RG RG RG Indicial RG RG RG Simbólica RG RG RG RG= Representações Gráficas Cada item é analisado por seus elementos imagéticos, decompostos em Qualisignos, Sinsignos e Legisignos. O número de conexões, em principio, é infinito. Algumas decisões projetuais são na fase analítica dos componentes do enunciado. Djalma Patricio - FURB 114
  • 115. GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS Neste ponto do processo de design são feitos os esboços. Com nova discussão se confronta as diferentes propostas. Djalma Patricio - FURB 115
  • 116. A abordagem de geração de alternativas está baseada na teoria semiótica, com a diferenciação dos vários tipos de signos nas diferentes dimensões. Dar expressão formal ao propósito comunicacional. Djalma Patricio - FURB 116
  • 117. O designer, ao utilizar elementos de linguagem, em princípio denotativos, do repertório presumido do interpretador do produto, considera como definitiva a sua dimensão pragmática. Djalma Patricio - FURB 117
  • 118. AVALIAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DO PRODUTO - Definição dos requisitos; - Possibilidade de isolar aspectos; - Consistência dos requisitos; - Possibilidade de reavaliação; - Avaliação de imagens; -Experimentação com modelos. -(Exercício conforme acima: escolha um produto e indique três itens para cada etapa) Djalma Patricio - FURB 118
  • 119. Fonte: Elementos de Semiótica Aplicados ao Design Lucy Niemeyer, Ed. 2AB, Rio 2007 Djalma Patricio - FURBprof. Dr. 119 Djalma Patricio

Notes de l'éditeur

  1. Linguagem de Produtos 25/11/12 prof.dr. Djalma J. Patricio Djalma Patricio
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