Este documento fornece diretrizes para a seleção de materiais resistentes à fissuração para uso em equipamentos de petróleo e gás em ambientes contendo H2S. Ele define termos técnicos, lista equipamentos aplicáveis e não aplicáveis, e fornece referências normativas relevantes.
1. PADRÃO ANSI/NACE
INTERNACIONAL MR0175/
ISO
15156-2
Indústrias de petróleo e gás natural -
Materiais para uso em ambientes contendo H2S na
produção de petróleo e gás
Parte 1:
Princípios gerais para seleção de materiais resistentes à
fissura
An American National Standard
Aprovado Dezembro 2, 2010
2. Conteúdo Página
Prólogo............................................................................................................................................... iv
Introducão........................................................................................................................................... v
1 - Escopo........................................................................................................................................... 1
2 - Referências Normativas............................................................................................................... 2
3 - Definições e termos ..................................................................................................................... 3
4 - Termos abreviados ...................................................................................................................... 6
5 - Princípios gerais .......................................................................................................................... 6
6 - Avaliação e definição de condições de trabalho para permitir a seleção de material........... 7
7 - Seleção de materiais resistentes à SSC/SCC na presença de sulfuretos, de existentes
tabelas e listas.................................................................................................................................... 7
8 - Qualificação de materiais para trabalho em H2S ...................................................................... 7
9 - Relatórios dos métodos de qualificação ou seleção................................................................. 9
Bibliografia ....................................................................................................................................... 11
3. Prólogo
ISO (International Organization for Standardization) é uma federação mundial de organismos
nacionais de normalização (organismos membros da ISO). O trabalho de elaboração das
Normas Internacionais é normalmente realizado através de comitês técnicos da ISO. Cada
organismo membro interessado em um assunto para o qual um comitê técnico foi estabelecido tem
o direito de ser representado nesse comitê. Organizações internacionais, governamentais e não
governamentais em ligação com a ISO, também tomam parte no trabalho. ISO colabora
estreitamente com a Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC) em todos os assuntos
de normalização eletrotécnica.
Normas Internacionais são preparadas de acordo com as regras das Diretivas ISO / IEC, Parte 2.
A principal tarefa dos comitês técnicos é preparar Normas Internacionais. Projetos de Normas
Internacionais adotados pelos comitês técnicos são sujeitos aos organismos membros para votação.
Publicação como Norma Internacional requer aprovação de pelo menos 75% dos organismos
membros com direito a voto.
Atenção para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser sujeitos à
direitos de patente. ISO não deve ser considerada responsável pela identificação de quaisquer
direitos de patente.
ANSI / NACE MR0175/ISO 15156-2 foi preparada pelo Comitê Técnico ISO / TC 67, de Materiais,
equipamentos e estruturas offshore de petróleo, indústrias petroquímicas e de gás natural
Esta segunda edição cancela e substitui a primeira edição (ANSI / NACE MR0175/ISO 15156-
2:2003), da qual constitui uma pequena revisão, especificamente pelo seguinte :
inclusão dos requisitos para qualificação dos procedimentos de soldagem para soldagem de
sobreposição;
inclusão de alterações às limitações que se aplicam a Tabela A.1 em dureza de solda;
inclusão do equivalente do ISO ASTM de padrões de dureza;
inclusão de um pequeno número de outras alterações técnicas;
inclusão de mudanças para tornar a intenção do texto mais claro e para corrigir erros editoriais
ANSI / NACE MR0175/ISO 15156 consiste das seguintes partes, sob o título geral de Indústrias de
petróleo e gás natural - Materiais para uso em ambientes contendo H2S na produção de petróleo e
gás:
Parte 1: Princípios gerais para a seleção de materiais resistentes à fissuração
Parte 2: Carbono resistente à fissura, aços de baixa liga e o uso de ferro fundido
Parte 3: CRAs resistentes à fissura (ligas resistentes à corrosão) e outras ligas
4. Introdução
As conseqüências de falhas súbitas de óleo metálicos e componentes do campo de gás, associadas
à sua exposição a fluidos de produção contendo H2S, levou à elaboração da primeira edição da
NACE MR0175, que foi publicado em 1975 pela National Association of Corrosion Engineers, agora
conhecido como NACE International.
As edições originais e subseqüentes da NACE MR0175 estabeleceram limites da pressão parcial de
H2S acima do qual as precauções contra a fissura por stress de sulfureto (SSC) sempre foram
consideradas necessárias. Elas também forneceram orientações para a seleção e especificação de
materiais resistentes à SSC quando os limiares de H2S eram excedidos. Em edições mais recentes,
NACE MR0175 também forneceu limites de aplicação para algumas ligas resistentes à corrosão, em
termos de composição ambiental e pH, temperatura e pressões parciais de H2S.
Em desenvolvimentos separados, a European Federation of Corrosion emitiu a Publicação EFC 16
em 1995 e a Publicação EFC 17 em 1996. Estes documentos são geralmente complementares aos
da NACE embora eles sejam diferentes em escopo e detalhes.
Em 2003, a publicação das três partes da ISO 15156 e ANSI / NACE MR0175/ISO 15156 foi
concluída pela primeira vez. Estes documentos tecnicamente idênticos utilizaram as fontes acima
para fornecer requisitos e recomendações para qualificação e seleção de materiais para aplicação
em ambientes contendo H2S úmido em óleo e sistemas de produção de gás. Eles são
complementados pela NACE TM0177 e métodos de teste NACE TM0284.
A revisão desta parte do ANSI / NACE MR0175/ISO 15156 envolve a consolidação de todas as
alterações acordadas e publicadas na Errata Técnica 1, ANSI / NACE MR0175/ISO 15156-2:2003 /
Cor.1: 2005 e pela Circular Técnica 1, ANSI / NACE MR0175/ISO 15156-2:2001 / Cir.1: 2007 (E),
publicado pela ISO 15156 de manutenção agência de secretariado no DIN, Berlim.
As mudanças foram desenvolvidas por, e aprovadas pelo voto de grupos representativos de dentro
da indústria de petróleo e produção de gás. A grande maioria dessas mudanças decorre de
questões colocadas pelos utilizadores do documento. A descrição do processo pelo qual essas
alterações foram aprovadas pode ser encontrada na ISO 15156 maintenance Web site
www.iso.org/iso15156maintenance.
Quando considerado necessária pelos especialistas de produção de petróleo e gás, futuras
alterações provisórias para esta parte do ANSI / NACE MR0175/ISO 15.156 serão processadas da
mesma maneira e vai levar a atualizações provisórias a esta parte do ANSI / NACE MR0175/ISO
15.156 na forma de Errata Técnica ou Circulares Técnicas. Utilizadores do documento devem estar
cientes de que tais documentos podem existir e podem impactar a validade das referências datadas
desta parte da ANSI / NACE MR0175/ISO 15.156.
A ISO 15156 agência de manutenção na DIN foi criada após a aprovação pelo Conselho de
Administração Técnica ISO dada no documento 34/2007. Este documento descreve o make-up da
agência, que inclui especialistas da NACE, EFC e ISO / TC 67/WG 7, e o processo para aprovação
de emendas. Está disponível no ISO 15156 maintenance Web site e no ISO / TC 67 Secretariado. O
site também oferece acesso a documentos relacionados que fornecem mais detalhes da ISO 15156
atividades de manutenção.
5. Indústrias de petróleo e gás natural -
Materiais para uso em ambiente contendo H2S na
produção de petróleo e gás
Parte 1:
Princípios gerais para seleção de materiais resistentes à
fissura
ADVERTÊNCIA — Materiais metálicos usando a NACE MR0175/ISO 15156 são resistentes à
fissuração em ambientes definidos contendo H2S, na produção de petróleo e gás, mas não
são necessariamente imunes a fissuração em todas as condições de serviço. É de
responsabilidade do usuário do equipamento selecionar materiais apropriados para o serviço
pretendido.
1 Escopo
Esta parte da ANSI / NACE MR0175/ISO 15156 apresenta os requisitos e recomendações para a
seleção e qualificação de carbono de materiais metálicos para trabalho em equipamentos utilizados
na produção de petróleo, gás natural e nas estações de tratamento de gás natural em ambientes
contendo H2S, cujo fracasso pode representar um risco para a saúde e segurança do público,
pessoal ou do ambiente. Ela pode ser aplicada para ajudar a evitar onerosos danos à corrosão do
próprio equipamento. Ela complementa, mas não substitui os requisitos materiais dos códigos de
projetos adequados, normas ou regulamentos.
Esta parte da ANSI/NACE MR0175/ISO 15156 aborda todos os mecanismos de fissura que podem
ser causados por H2S, incluindo fissura por stress de sulfureto, fissura por stress de corrosão,
fissuração por indução de hidrogênio e fissuração gradual, stress-orientada fissuração por indução
de hidrogênio, fissura da zona macia e fissura por tensão de hidrogênio galvanicamente induzido.
Tabela 1 fornece uma lista não exaustiva de equipamentos no qual esta parte da ANSI/NACE
MR0175/ISO15156 é aplicável, incluindo exclusões permitidas.
Esta parte da ANSI/NACE MR0175/ISO 15156 se aplica para qualificação e seleção de materiais
para uso em equipamentos projetados e construídos usando critérios convencionais de projeto
elástico.
Esta parte da ANSI / NACE MR0175/ISO 15156 não é necessariamente adequada para aplicação
em equipamentos utilizados em refinamento ou processos e equipamentos downstream.
6. Tabela 1 – Lista de equipamento
ANSI / NACE MR0175/ISO 15156 é aplicável a
materiais utilizados nos seguintes Exclusões permitidas
equipamentos
Perfuração, construção de poços e Equipamentos expostos apenas para fluidos de
a
equipamentos para trabalho em poços perfuração de composição controlada
Brocas
b
Lâminas de corte impedidoras de rupturas(BOP)
Sistemas drilling riser
Cordas de trabalho
c
Wireline e equipamentos wireline
Superfície e revestimento intermediário
d
Vareta de sucção da bomba e vareta de sucção
Poços, incluindo equipamentos de sub-
Bombas elétricas submersíveis
superfície, equipamentos de elevação à gás,
cabeças do poço e árvores de natal Outros equipamentos de levantamento artificial
Slips
Fluxo de linhas, linhas de coleta, instalações de Armazenamento de petróleo bruto e instalações
campo e instalações de processamento de de manipulação operando a uma pressão
campo total absoluta abaixo de 0,45 MPa (65psi)
Equipamento para controle de água Instalações de controle de água operando a uma
pressão total absoluta abaixo de 0,45 MPa
(65psi)
Equipamentos de injeção e evacuação de água
Estações de tratamento de gás natural ____________
Tubulação de transporte de líquidos, gases e Linhas de tratamento de gás preparada para uso
fluídos multifásicos comercial e doméstico em geral
Para todos os equipamentos acima Componentes carregados somente em
compressão
a. Veja A.2.3.2.3 para mais informações
b. Veja A.2.3.2.1 para mais informações.
c. Lubrificadores de wireline e dispositivos de ligação do lubrificador não são permitidas exclusões.
d. Para vareta de sucção da bomba e vareta de sucção, pode ser feita referência à NACE MR0176.
2 Referências Normativas
Os seguintes documentos referenciados são indispensáveis à aplicação deste documento. Para
referências datadas, apenas a edição citada se aplica. Para referências não datadas, a última
edição do referido documento (incluindo emendas) se aplica.
ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-2:2009, Petroleum and natural gas industries — Materials for use in
H2Scontaining environments in oil and gas production — Part 2: Cracking-resistant carbon and low
alloy steels, and the use of cast irons
ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-3:2009, Petroleum and natural gas industries — Materials for use in
H2Scontaining environments in oil and gas production — Part 3: Cracking-resistant CRAs (corrosion-
resistant alloys) and other alloys
7. 3 Definições e termos
Para efeitos do presente documento, os seguintes termos e definições se aplicam.
3.1
preventor de blowout (blowout preventer)
BOP
dispositivo mecânico capaz de conter pressão, usado para controle de fluidos de poços e fluidos de
perfuração durando operações de perfuração
3.2
brazar, verbo
juntar metais escoando uma fina camada (de espessura capilar) de um metal não ferroso com um
menor ponto de fusão entre eles
3.3
aço carbono
liga de carbono e ferro contendo até 2% de fração mássica de carbono e de até 1.65% de fração
mássica de mangânes e quantidades residuais de outros elementos, exceto aqueles
intencionalmente adicionados em quantidades específicas para desoxidação (geralmente silício e /
ou alumínio)
NOTA Aços carbonos usados na indústria petrolífera geralmente contém menos que 0.8% de fração mássica de
carbono.
3.4
árvore de natal (christmas tree)
equipamento na cabeça do poço para controle da produção ou injeção de fluidos
3.5
trabalhar a frio, verbo
deformar plasticamente o metal em condições de temperatura e taxa de deformação que induzam
encruamento, geralmente, mas não necessariamente conduzida à temperatura ambiente
3.6
ligas resistentes à corrosão
CRA (corrosion-resistant alloy)
liga com a intenção de ser resistente à corrosão geral e localizada dos ambientes de campos
petrolíferos que são corrosivos a aços de carbono
3.7
ferrita
centrado no corpo, fase do cubo cristalino de ligas à base de ferro
3.8
aço ferrítico
aço cuja microestrutura à temperatura ambiente é constituída predominantemente de ferrita
3.9
dureza
resistência do metal à deformação plástica, geralmente medida por indentação
3.10
zona afetada pelo calor
HAZ
a porção do metal de base que nao é fundido durante brasagem, cortagem ou soldagem, mas cuja
microestrutura e propriedades são alteradas pelo calor durante esses processos
3.11
tratamento térmico
8. aquecimento ou resfriamento de um metal ou liga sólida de tal forma a obter as propriedades
desejadas
NOTA Aquecimento para o proposito único de trabalho a quente não é considerado tratamento térmico
3.12
fissura por indução de hidrogênio (hydrogen-induced cracking)
HIC
Fissura planar que ocorre em carbono e aços de baixa liga quando o hidrogênio atômico difunde no
aço e em seguida combina para formar hidrogênio molecular em locais específicos
NOTA Fissuras resultam da pressurização dos locais aprisionados pelo hidrogênio. Nenhuma tensão externa
aplicada é requerida para a formação de fissuras induzidas por hidrogênio. Regiões específicas capazes de
causar HIC são comumente encontradas em aços com níveis de impureza baixos que possuem uma alta
densidade de inserção planar e/ou regiões de microestruturas anômalas (por exemplo, junções) produzidas pela
segregação da impureza e de elementos de liga no aço. Esta forma de fissura por indução de hidrogênio não é
relacionada à soldagem.
3.13
fissura por stress de hidrogênio (hydrogen stress cracking)
HSC
fissuras que resultam da presença de hidrogênio em um metal e da tensão de tração (residual e/ou
aplicada)
NOTA HSC descreve fissura em metais que não sensíveis à SSC, mas que podem ser fragilizados por
hidrogênio quando galvanicamente acoplados, como o cátodo, para outro metal que está corroendo ativamente
como um ânodo. O termo "HSC galvanicamente induzido" tem sido usado para esse mecanismo de fissura.
3.14
aço de baixa liga
aço com um teor total de elementos de liga de menos de 5% de fração mássica, mas mais do que o
especificado para aço carbono
3.15
microestrutura
estrutura de um metal como revelado por exame microscópico de uma amostra adequadamente
preparada
3.16
pressão parcial
pressão que seria exercida por um único componente de um gás se apresentado sozinho, à mesma
temperatura, no volume total ocupado pela mistura.
NOTA Para uma mistura de gases ideais, a pressão parcial de cada componente é igual à pressão total
multiplicada pela fração molar na mistura, onde a sua fração molar é equivalente a fração do volume do
componente
3.17
tensão residual
tensão presente em um componente livre de forcas externas ou gradientes térmicos
3.18
fissura da zona macia
SZC
forma de SSC que pode ocorrer quando um aço contém uma “zona macia” de um material de baixa
resistência à tensão de ruptura
NOTA Sob cargas de trabalho, zonas macias podem gerar e acumular deformação plástica, aumentando a
susceptibilidade à fissura SSC de um material originalmente resistente à SSC. Tais zonas macias são
tipicamente associadas com soldas em aço carbono
3.19
exposição à ambiente ácido (sour service)
Exposição à ambiente de campos petrolíferos que contenham H2S suficiente para causar fissuras
dos materiais pelos mecanismos abordados nesta parte da ANSI/NACE MR0175/ISO 15156
9. 3.20
fissuração gradual (stepwise cracking)
SWC
fissuras que conecta as fissuras induzidas por hidrogênio em planos adjacentes em um aço
NOTA Esse termo descreve o aparecimento de fissuras. O ligamento de fissuras induzidas por hidrogênio para
produzir fissuração gradual é dependente do esforço local entre as fissuras e a fragilização do aço circundante
pelo hidrogênio dissolvido. HIC/SWC é geralmente associado com placas de aço de baixa resistência usadas na
produção de tubulação e vasos
3.21
fissura por stress de corrosão (stress corrosion cracking)
SCC
fissura de um metal envolvendo processos anódicos de corrosão localizada e tensão de tração
(residual e/ou aplicada) na presença de água e H2S
NOTA Cloretos e/ou oxidantes e uma temperatura elevada podem aumentar a susceptibilidade dos metais para
esse mecanismo de ataque
3.22
stress-orientadas fissuração por indução de hidrogênio (stress-oriented hydrogen-induced
cracking)
SOHIC
pequenas fissuras escalonadas formadas aproximadamente perpendicularmente a tensão principal
(residual ou aplicada) resultando em uma fissura “formato de escada” ligando a fissuras HIC já
existentes.
NOTA O modo das fissuras podem ser categorizados como SSC causados por uma combinação de tensão
externa e o esforço local em torno das fissuras induzidas por hidrogênio. SOHIC é relacionada a SSC e
HIC/SWC. Tem sido observado no material de base do tubo soldado longitudinalmente e na zona afetada pelo
calor (HAZ) das soldas em vasos de pressão. SOHIC é um fenômeno relativamente raro geralmente associado
com tubos ferríticos de baixa resistência e vasos de pressão de aço.
3.23
fissura por stress de sulfureto (sulfide stress cracking)
SSC
fissura de um metal envolvendo corrosão e tensão de tração (residual e/ou aplicada) na presença de
água e H2S
NOTA SSC é uma forma de fissura por stress de hidrogênio (HSC) e envolve a fragilização do metal por
hidrogênios atômicos que são produzidos pela corrosão ácida na superfície do metal. Captação de h idrogênio é
promovida na presença de sulfuretos. O hidrogênio atômico pode difundir no metal, reduzir ductilidade e
aumentar a susceptibilidade à fissuras. Materiais metálicos de alta resistência e zonas de solda rígidas são
propensas a SSC.
3.24
soldar, verbo
Unir duas ou mais peças de metal pela aplicação de calor e/ou pressão com ou sem metal de
adição, para produzir uma união através da fusão localizada do substrato e da solidificação através
das interfaces.
3.25
tensão de ruptura
tensão na qual o material exibe um desvio especificado a partir da proporcionalidade da tensão para
o esforço
NOTA O desvio é expresso em termos de esforços seja pelo método offset (geralmente em um esforço de 0.2
%) ou o método de extensão total sob carga (geralmente em um esforço de 0.5 %.
10. 4 Termos abreviados
BOP Preventor de blowout (blowout preventer)
CRA Liga resistente à corrosão (corrosion-resistant alloy)
HAZ Zona afetada pelo calor (heat-affected zone)
HIC Fissura por indução de hidrogênio (hydrogen-induced cracking)
HSC Fissura por stress de hidrogênio (hydrogen stress cracking)
SCC Fissura por stress de corrosão (stress-corrosion cracking)
SOHIC Stress-orientadas fissuração por indução de hidrogênio (Stress-oriented hydrogen-induced
cracking)
SWC Fissuração gradual (step-wise cracking)
SSC Fissura por stress de sulfureto (sulfide stress cracking)
SZC Fissuração da zona macia (soft-zone cracking)
5 Princípios gerais
Usuários da ANSI/NACE MR0175/ISO 15156 (todas as partes) devem primeiramente avaliar as
condições nas quais os materiais que eles desejam selecionar possam ser expostos. Essas
condições devem ser avaliadas, definidas e documentadas em conformidade com esta parte da
ANSI/NACE MR0175/ISO 15156.
O usuário do equipamento deve determinar se as condições de trabalho se aplicam ou não na
ANSI/NACEMR0175/ISO 15156 (todas as partes).
Seleção de materiais deve ser feita seguindo os requisitos e recomendações da ANSI/NACE
MR0175/ISO 15156-2 ou ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-3, conforme apropriada.
O uso da ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-2 ou ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-3 podem exigir um
intercâmbio de informações (por exemplo, em respeito às necessárias ou adequadas condições de
serviço) entre o usuário do equipamento e o fornecedor de equipamentos ou materiais. Se
necessário, o usuário do equipamento deve aconselhar outras partes envolvidas nas condições de
trabalho.
NOTA Pode ser necessário para o fornecedor do equipamento trocar informações com o fabricante do
equipamento, fornecedor dos materiais, e/ou fabricante dos materiais.
Qualificação, em relação a um determinado modo de falha, para uso em condições de trabalho
definidas também qualifica um material para uso sob outras condições de trabalho nas quais são
iguais ou menos severas em todos os aspectos nos quais as condições para a qualificação foi
realizada.
É de responsabilidade do usuário do equipamento garantir que qualquer material especificado para
uso em seus equipamentos é satisfatório no ambiente de trabalho.
É de responsabilidade do fornecedor de equipamento ou materiais atender as exigências de
fabricação e metalurgia, e, quando necessário, quaisquer requisitos de teste adicionais, da
ANSI/NACE MR0175/ISO 15156 (todas as partes) para o material selecionado na condição em qual
entra em trabalho.
É de responsabilidade do fornecedor de equipamento ou materiais atender as exigências da
marcação/documentação de materiais em conformidade com a ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-
2:2009, Clause 9, ou ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-3:2009, 7.2, conforme apropriada.
11. Esta parte da ANSI/NACE MR0175/ISO 15156 se aplica a qualificação e seleção de materiais para
equipamentos projetados e construídos usando critérios convencionais de projeto de elasticidade.
Para projetos utilizando critérios de plástico (por exemplo, projetos baseados em tensão e estados
limites), o uso desta parte da ANSI/NACE MR0175/ISO 15156 pode não ser apropriada e o
fornecedor de equipamento/materiais, em conjunto com o usuário do equipamento, devem avaliar a
necessidade de outros requisitos.
6 Avaliação e definição de condições de trabalho para permitir a seleção de
material
6.1 Antes de selecionar ou qualificar materiais usando parte 2 e 3 da ANSI/NACE MR0175/ISO
15156, o usuário do equipamento deve definir, avaliar e documentar as condições de trabalho nas
quais os materiais podem ser expostos para cada aplicação. As condições definidas devem incluir
ambas as exposições pretendidas e as exposições não pretendidas que podem resultar da falha da
contenção primária ou de métodos de proteção. Atenção devida deve ser dada a quantificação
desses fatores conhecidos por afetar a susceptibilidade dos materiais às fissuras causadas por H 2S.
Outros fatores, além das propriedades do material, conhecidos por afetar a susceptibilidade dos
materiais metálicos à fissuras em trabalho em H2S incluem pressão parcial de H2S, pH in situ, a
concentração de cloreto dissolvido ou outro halogênio, a presença de enxofre elementar ou outro
oxidante, temperatura, efeitos galvânicos, tensão mecânica e tempo de exposição de contato com a
fase de água líquida.
6.2 As condições de trabalho documentadas devem ser usados para uma ou mais das seguintes
finalidades:
a) fornecer a base para seleção de materiais resistentes à SSC/SCC de listas já existentes e
tabelas; ver Cláusula 7;
b) fornecer a base para qualificação e seleção baseadas em experiência prática documentada; ver
8.2;
c) definir os requisitos de testes laboratoriais para qualificar o material para trabalho em H2S em
respeito a um ou mais dos SSC, SCC, HIC, SOHIC, SZC e/ou galvanicamente induzidos HSC; ver
8.3;
d) fornecer a base para a reavaliação da adequação de ligas existentes de construção, usando
Cláusula 7, 8.2 e/ou 8.3, em caso de alterações da atual ou pretendidas condições de trabalho.
7 Seleção de materiais resistentes à SSC/SCC na presença de sulfuretos, de
existentes tabelas e listas
Carbono resistente à SSC e aços de baixa liga podem ser selecionados através dos materiais
identificados na ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-2:2009, Anexo A.
Carbono resistente à SSC e aços de baixa liga podem ser selecionados através dos materiais
identificados na ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-3:2009, Anexo A.
Geralmente, nenhum teste laboratorial adicional dos materiais selecionados desse jeito é
necessário. Os materiais listados têm dado desempenhos aceitáveis sob as condições metalúrgicas,
ambientais e mecânicas estabelecidas por experiência prática e/ou testes laboratoriais. O usuário do
equipamento deve, no entanto, ter consideração a testes específicos dos materiais para aplicações
onde são consideradas as potenciais conseqüências de falha (ver ADVERTÊNCIA)
NOTA A experiência retratada nos requisitos da NACE MR0175-2003 é incluída nas listas e tabelas de materiais
da ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-2:2009, Anexo A, e ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-3:2009, Anexo A.
8 Qualificação de materiais para trabalho em H2S
8.1 Descrição do material e documentação
12. O material sendo qualificado deve ser descrito e documentado, de tal forma que suas propriedades
que possam afetar o desempenho em locais contendo H2S sejam definidas. As tolerâncias ou
intervalos de propriedades que possam ocorrer no material devem ser descritas e documentadas.
Propriedades metalúrgicas conhecidas por afetar o desempenho em ambientes contendo H2S
incluem composição química, método de fabricação, forma do produto, resistência, dureza,
quantidade de trabalho a frio, condição do tratamento térmico e microestrutura.
8.2 Qualificação com base em experiência prática
Plínio Help
O material pode ser qualificado por experiência prática documentada. A descrição do material deve
seguir os requisitos da 8.1. A descrição das condições de trabalho na qual a experiência foi obtida
deve cumprir os requisitos relevantes da 6.1. A duração da documentação da experiência prática
deve ser de pelo menos dois anos, e deve preferencialmente envolver um exame completo do
equipamento depois do seu uso em campo. A gravidade das condições de trabalho pretendida não
deve exceder a gravidade da experiência prática para qual possui registros documentados
disponíveis.
8.3 Qualificação com base em testes laboratoriais
8.3.1 Geral
Testes laboratoriais podem somente aproximar o trabalho em campo
Testes laboratoriais em conformidade com a ANSI/NACE MR0175/ISO 15156 (todas as partes)
podem ser usados para as seguintes finalidades: ⎯
⎯ qualificar materiais metálicos para sua resistência à SSC e/ou SCC sob condições de trabalho até
os limites que se aplicam a materiais de tipo similares listados na ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-
2 e ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-3;
⎯ qualificar materiais metálicos para sua resistência à SSC e/ou SSC sob condições de trabalho com
outros limites;
EXEMPLO Qualificação até um nível mais elevado que o normalmente aceitável de H 2S, para um teste de
tensão menor do que o normalmente requerido ou para limites de temperatura revistos ou para um pH menor
⎯ qualificar carbono e aços de baixa liga em respeito as suas resistências à HIC, SOHIC ou SZC;
⎯ qualificar resistência à corrosão ou outras ligam em respeito a sua resistência à HSC
galvanicamente induzidos
⎯ fornecer dados de qualificação para um material que atualmente não consta na ANSI/NACE
MR0175/ISO 15156-2:2009,Anexo A e ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-3:2009, Anexo A de tal
forma que pode ser considerada para inclusão em uma data posterior.
8.3.2 Amostragem de materiais para testes laboratoriais
O método de amostragem do material para testes laboratoriais deve ser revisado e aceito pelo
usuário do equipamento.
As amostras de testes devem ser representativas do produto comercial.
Para vários lotes de um material produzido em uma única especificação, uma avaliação deve ser
feita das propriedades que influenciam a fissuração em ambientes contendo H2S; ver 8.1. As
distribuições dessas propriedades devem ser consideradas quando selecionando amostras para
testes em conformidade com a ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-2 e ANSI/NACE MR0175/ISO
15156-3. Os materiais na condição metalúrgica que tenham maior susceptibilidade à fissura em
trabalho em H2S devem ser usados para a seleção de amostras de teste
Fonte do material, método de preparação e condição da superfície de amostras para testes devem
ser documentados.
13. 8.3.3 Seleção de métodos de teste laboratoriais
Para carbono e aços de baixa liga, métodos de teste para SSC, HIC, SOHIC e/ou SZC devem ser
selecionados da ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-2 conforme requerido.
Para CRAs e outras ligas, métodos de teste para SSC, SCC e HSC galvanicamente induzidos
devem ser selecionados da ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-3, conforme requerido.
8.3.4 Condições a serem aplicadas durante testes
Para qualificação de carbono e aços de baixa liga para aplicações gerais de exposição à ambiente
ácido ou para gama de aplicações restritas, ambientes de testes padronizados e condições de teste
mecânico devem ser escolhidas dentre os descritos na ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-2.
Para qualificação de CRAs ou outras ligas para uma gama de aplicações restritas apropriadas a
cada tipo de liga, os ambientes de testes padronizados e condições de teste mecânico devem ser
escolhidos dentre os descritos na ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-3
Para qualificação de um material para uso em condições de trabalho em aplicações específicas, o
usuário do equipamento deve tomar cuidado para garantir que as condições de teste e os resultados
dos testes obtidos a partir deles sejam apropriados para as condições específicas de trabalho.
Todas as condições de teste aplicadas devem ser igualmente severas em respeito ao potencial
modo de falha, como as condições definidas a ocorrer em trabalho de campo; ver 6.1. O pH aplicado
deve representar o pH in situ de trabalho.
A justificativa da seleção de ambientes de teste e condições mecânicas de teste em respeito a uma
aplicação específica deve ser documentada pelo usuário do equipamento.
8.3.5 Critérios de aceitação
Critérios de aceitação de testes devem ser definidos para cada método de teste na ANSI/NACE
MR0175/ISO 15156-2 e ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-3.
9 Relatórios dos métodos de qualificação ou seleção
Materiais selecionados ou qualificados em conformidade com esta parte da ANSI/NACE
MR0175/ISO 15156 devem ter o método de seleção documentado relatando os itens a) da seguinte
lista, juntamente com outro item [b), c) or d)]:
a) para todos os materiais, avaliação das condições de trabalho; ver 6.1;
b) para um material selecionado em respeito à resistência à SSC e/ou SCC, de listas e tabelas (ver
Cláusula 7), documentação fazendo referência às subcláusulas pertinentes da ANSI/NACE
MR0175/ISO 15156-2 ou ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-3;
c) para um material selecionado com base em experiência prática, documentação descrevendo
1) o mecanismo(s) de fissuras para qual a qualificação e seleção foi feita.
2) o material usado; ver 8.1,
3) a experiência prática; ver 8.2;
d) para um material selecionado com base em testes laboratoriais, um relatório de teste
descrevendo
1 o mecanismo(s) de fissura para qual a qualificação e seleção foi feita,
2) o material selecionado para testes laboratoriais; ver 8.1.
3) a seleção, amostragem e preparação das amostras de teste; ver 8.3.2.
14. 4) a justificativa dos ambientes de testes e condições físicas de teste para qualificação; ver
8.3.3).
5) os resultados de teste que demonstram conformidade com a ANSI/NACE MR0175/ISO
15156-2 ou ANSI/NACE MR0175/ISO 15156-3; ver 8.3.
O usuário do equipamento deve ser responsável em garantir que a exigida documentação seja
preparada.
15. Bibliografia
[1] ANSI/NACE1 ) Standard MR0175:2003, Metals for Sulfide Stress Cracking and Stress Corrosion
Cracking Resistance in Sour Oilfield Environments
[2] ANSI/NACE Standard TM0177, Laboratory Testing of Metals for Resistance to Sulfide Stress
Cracking and Stress Corrosion Cracking in H2S Environments
[3] ANSI/NACE Standard TM0284, Evaluation of Pipeline and Pressure Vessel Steels for Resistance
to Hydrogen-Induced Cracking
[4] NACE Standard MR0176, Metallic Materials for Sucker-Rod Pumps for Corrosive Oilfield
Environments
[5] EFC2) Publication 16, Guidelines on materials requirements for carbon and low alloy steels for
H2S containingenvironments in oil and gas production
[6] EFC Publication 17, Corrosion resistant alloys for oil and gas production: guidelines on general
requirements and test methods for H2S service