O documento descreve o processo de produção gráfica no passado, que era lento e caro, envolvendo vários profissionais e etapas como rascunho, fotocomposição, montagem, provas e impressão. O documento também explica termos como CMYK, LPI, DPI e PPI e fatores a serem considerados na escolha do processo de impressão adequado.
5. Agências de propaganda no
passado: processo tradicional
A única vantagem da época: o cliente também
sabia que as coisas levavam mais tempo, por isso
havia mais prazo.
A qualidade gráfica da época era, na maior parte
das vezes, bem ruim. Os estúdios tinham
profissionais mais experientes, mas valorizavam
um aspecto mais artesanal que criativo.
6. Rascunho e layout
• O diretor de arte rascunhava uma ideia enquanto o redator
datilografava(!) o conteúdo.
• Títulos, imagens e textos eram apresentados separadamente ao
diretor de criação.
• Aprovadas as peças, elas seguiam para o estúdio, que era cheio
de pranchetas.
• Lá a imagem era ilustrada, o título desenhado à mão e o texto,
decalcado.
• Enquanto isso uma secretária datilografava o texto em papel
timbrado.
7. Apresentação
• Tudo era montado em papel cartão e coberto com
papel-manteiga, para não se desfazer com a chuva.
• O cliente via algo muito diferente do resultado
final: ilustração em vez de fotografia, texto falso
(às vezes não tinha o mesmo tamanho do texto
real) e assim por diante.
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9. Fotocomposição
• Uma vez aprovado, o texto ia para a fotocomposição, um
processo em que era re-digitado em uma máquina (a
composer) que produzia uma tripa de texto na tipografia
correta, em alta definição, em papel fotográfico.
• Depois ele seguia para a revisão, feita por um humano.
• A fotografia, depois de aprovada, seguia para um
processo de separação cromática, a quadricromia, que
gerava quatro fotolitos.
• Um deles era projetado em papel fotográfico no tamanho
final, em um processo chamado de Bromuro.
10. Paste-up
• Todo esse material era levado para o profissional de paste-up, que
recortava o Bromuro e a fotocomposição (linha a linha, se fosse
necessário fazer o texto contornar a imagem) e as colava em um
papel para fazer a arte final.
• A cola usada para isso tinha Benzina e o estúdio tinha um cheiro
forte que dava barato em muitos.
• Com uma caneta nanquim, todos os splashes e linhas eram
desenhados à mão.
• Desnecessário dizer que todo esse processo não tinha Undo e
qualquer etapa errada ou que demandasse alterações precisava
recomeçar.
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12. Fotolito
• Pronta, a arte-final era fotografada e formava o
filme preto do fotolito.
• As outras cores seguiam a indicação do bromuro na
arte-final e eram, também, fotografadas.
• Os quatro fotolitos eram retocados para eliminar
quaisquer marcas de poeira, emendas e impurezas e
seguiam para a prova de prelo, uma espécie de
gráfica manual que queimava uma chapa especial e
imprimia uma ou mais cópias, sempre poucas.
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14. Provas
• As provas seguiam para o cliente, que fazia a
aprovação final antes de mandar para a gráfica,
onde as chapas definitivas eram gravadas e o
material, finalmente impresso.
• Em anúncios de revistas, várias dessas etapas eram
feitas na própria editora, para poupar tempo. Todo
o processo levava de uma a duas semanas, e
chegava a envolver mais de 20 profissionais.
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16. Tipografia
• A tipografia era um capítulo à parte. Ela poderia ser decalcada
ou desenhada à mão, o que limitava bastante as opções.
• As agências precisavam ter em seus estúdios pilhas de caixas de
filme transferível.
• Cada tipo, em cada estilo, de cada tamanho precisava de um
filme diferente.
• Helvetica Bold, corpo 12 era diferente de Helvetica Bold corpo 11
e de Helvetica Regular corpo 12.
• Cada tipo específico era chamado de “fonte”. Helvetica era uma
“família tipográfica”.
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18. Gráfica
• Se a gráfica ainda não usasse modernidades como os fotolitos,
precisaria de tipos de metal (uma liga de chumbo e antimônio)
para cada fonte. No processo de fotocomposição, cada família
tipográfica precisava de uma matriz especial. Desnecessário dizer
que aberrações como “corpo 11,75″ não existiam nem em piadas.
!
• Com isso tudo, propaganda e editoração eram processos muito
caros, e não poderiam ser tocados por qualquer um. A
pulverização das agências e editoras depois do surgimento da
Editoração Eletrônica não é coincidência.
42. Pontos, Pixels, Dots
• PPI: Pixel: picture element – “ponto de tela”.
• Tem cor própria
• Depende da definição (resolução) do monitor
• Normalmente 72 a 96 ppi
• DPI: Dot: ponto de impressão
• Não tem cor própria, simula a cor através de
retícula.
• LPI: Line: freqüência da tela
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46. LPI, PPI, DPI
• Dois fatores básicos para a definição da LPI:
• Suporte (porosidade)
• Equipamento gráfico (capacidade)
• LPI determina DPI que determina PPI
• (resolução de saída / freqüência de tela)^2+1= número de
tons de cinza. O máximo que pode produzir é 256, e deve
ficar perto disso.
• Relação scan: (altura da imagem final / altura do
original) x LPI x 2 = PPI necessários.
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48. Moiré:
• Se um dos filmes aparecer fora de seu ângulo previsto, pode
“interferir” perceptualmente nos outros (Gestalt).
• Pontos que não deveriam ser aglutinados são vistos e se
formam padrões texturados sobre a imagem, um efeito
normalmente conhecido como padrão Moiré.
• O Moiré chama a atenção para seu padrão e atrapalha a
percepção de transição suave de cor.
• Uma forma comum de se reproduzi-lo é digitalizar imagens
impressas e reimprimi-las, pois a sobreposição de retículas
tenderá a causar o padrão Moiré.
62. Custo fixo vs. Variável
• Qualquer processo de impressão deve considerá-
los.
• Tiragem: número de exemplares impressos. Alguns
processos têm custo muito alto para pequenas
tiragens, mas esse custo se dilui ao imprimir
grandes volumes.
63. Normalmente se calculam:
• Custo fixo: matriz (fotolitos, chapas), mão de obra
e perdas iniciais para regulagem do equipamento,
especialmente quando o serviço envolve várias
camadas de cores.
• Custo variável: insumos (pigmentos), materiais
(papel) e acabamento.
64. Qual processo é mais
adequado?
• Vantagens
• Deficiências
• Custo
• Tiragem
• Oferta de materiais e disponibilidade
(sazonalidade, matérias-primas)
• Competência e experiência dos fornecedores
65. Elementos a se considerar em
um briefing de gráfica:
• Suporte (e sua espessura)
• Tipo de tinta
• Tipografia
• Imagens e sua resolução
• Número de cores
• Encadernação
• Acabamento
• Distribuição