- O documento discute a atividade do espírito durante o sono, quando se desprende parcialmente do corpo.
- Sonhos podem ser reflexos de nossas disposições físicas ou psicológicas, ou exteriorizações de impressões armazenadas na mente do espírito.
- Em alguns casos, sonhos podem representar atividade real do espírito e encontros com outros espíritos durante o sono.
1. Eduardo Ottonelli Pithan
Grupo Vagalumes – Novo Hamburgo
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82042277
2. EVANGELHO SEGUNDO ESPIRITISMO, Allan Kardec,
Cap V, 11; Cap XXVIII, 38 e 39.
LIVRO DOS ESPIRITOS, Allan Kardec, Cap VIII,
Libertação da Alma.
LIVRO DOS MÉDIUNS, Cap VI, item 101;
A GÊNESE, Allan Kardec, Cap XV, 3; Cap XIV 27 e 28.
ESTUDANDO A MEDIUNIDADE, Martins Peralva;
3.
4. Sonhos (Cap XV – número 3)
3. - José, diz o Evangelho, foi avisado por um anjo, que lhe apareceu em
sonho e que lhe aconselhou fugisse para o Egito com o Menino. (S.
Mateus, cap. II, vv. 19 -23.)
Os avisos por meio de sonhos desempenham grande papel nos livros
sagrados de todas as religiões. Sem garantir a exatidão de todos os fatos
narrados e sem os discutir, o fenômeno em si mesmo nada tem de
anormal, sabendo-se, como se sabe, que, durante o sono, é quando o
Espírito, DESPRENDIDO dos laços da matéria, entra
momentaneamente na vida espiritual, onde se encontra com os que lhe
são conhecidos. É com frequência essa a ocasião que os Espíritos
protetores aproveitam para se manifestar a seus protegidos e lhes dar
conselhos mais diretos. São numerosos os casos de avisos em sonho,
porém, não se deve inferir daí que todos os sonhos são avisos, nem,
ainda menos, que tem uma significação tudo o que se vê em sonho.
Cumpre se inclua entre as crenças supersticiosas e absurdas a arte de
interpretar os sonhos.
7. 135. Há no homem alguma outra coisa além da alma e do
corpo?
“Há o laço que liga a alma ao corpo.”
a) - De que natureza é esse laço?
“Semimaterial, isto é, de natureza intermédia entre o Espírito e
o corpo. É preciso que seja assim para que os dois se possam
comunicar um com o outro. Por meio desse laço é que o
Espírito atua sobre a matéria e reciprocamente.”
8.
9. O homem é, portanto, formado de três partes essenciais:
1º - o corpo ou ser material, análogo ao dos animais e animado
pelo mesmo princípio vital;
2º - a alma, Espírito encarnado que tem no corpo a sua
habitação;
3º - o princípio intermediário, ou períspirito, substância
semimaterial que serve de primeiro envoltório ao Espírito e liga
a alma ao corpo. Tais, num fruto, o gérmen, o perisperma e a
casca.
10. 27. - Necessariamente incompleta e imperfeita é a vista espiritual nos
Espíritos encarnados e, por conseguinte, sujeita à aberrações. Tendo por
sede a própria alma, o estado desta há de influir nas percepções que
aquela vista faculte. Segundo o grau de desenvolvimento, as circunstâncias
e o estado moral do indivíduo, pode ela dar, quer durante o sono, quer no
estado de vigília:
1° a percepção de certos fatos materiais e reais , como o conhecimento de
alguns que ocorram a grande distância, os detalhes descritivos de uma
localidade, as causas de uma enfermidade e os remédios convenientes;
2° a percepção de coisas igualmente reais do mundo espiritual
(ESPIRITUAIS), como a presença dos Espíritos;
3° imagens fantásticas criadas pela imaginação, análogas às criações
fluídicas do pensamento.
Estas criações se acham sempre em relação com as disposições morais do
Espírito que as gera.
11. 28. - Os sonhos propriamente ditos apresentam os três caracteres das
visões acima descritas. Às duas primeiras categorias (Percepção fatos
materiais e reais e percepção das coisas igualmente reais do mundo
espiritual) dessas visões pertencem os sonhos de previsões,
pressentimentos e avisos.
Na terceira, isto e, nas criações fluídicas do pensamento, é que se pode
deparar com a causa de certas imagens fantásticas, que nada têm de real,
com relação à vida corpórea, mas que apresentam às vezes, para o Espírito,
uma realidade tal, que o corpo lhe sente o contrachoque, havendo casos
em que os cabelos embranquecem sob a impressão de um sonho. Podem
essas criações ser provocadas:
pela exaltação das crenças;
por lembranças retrospectivas;
por gostos, desejos, paixões, temor, remorsos (psicológicos);
pelas preocupações habituais (psicológicos);
pelas necessidades do corpo, ou por um embaraço nas funções do
organismo;
finalmente, por outros Espíritos, com objetivo benéfico ou maléfico,
conforme a sua natureza.
12.
13. • Repercussão de nossas
disposições físicas ou psicológicas.Comuns
• Exteriorização de impressões e
imagens arquivadas na mente do
espírito.
Reflexivos
• Atividade real e efetiva do Espírito
durante o sonoEspíritas
14.
15. 15
O LIVRO DOS MÉDIUNS CAP. VI, ITEM 101
uma visão atual das coisas presentes, ou ausentes;
uma visão retrospectiva do passado e, em alguns casos
excepcionais, um pressentimento do futuro.
Também muitas vezes são quadros alegóricos que os Espíritos nos
põem sob as vistas, para darmos úteis avisos e salutares conselhos,
se se trata de Espíritos bons; ou,
para induzir-nos em erro e nos lisonjear as paixões, se são
Espíritos imperfeitos os que no-lo apresentam.
16.
17. 400. O Espírito encarnado permanece de bom grado no seu
envoltório corporal?
“É como se perguntasses se ao encarcerado agrada o cárcere. O
Espírito encarnado aspira constantemente à sua libertação e
tanto mais deseja ver-se livre do seu invólucro, quanto mais
grosseiro é este.”
401. Durante o sono, a alma repousa como o corpo?
“Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-
se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então
da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação
mais direta com os outros Espíritos. ”
20. 402. Como podemos julgar da liberdade do Espírito durante o
sono?
“Pelos sonhos, Quando o corpo repousa, acredita-o, tem o Espírito mais
faculdades do que no estado de vigília. Lembra-se do passado e algumas
vezes prevê o futuro.
ACORDADOS
Limitados pelos 5 sentidos
Obedecemos as leis da
física
DORMINDO
Os sentidos se ampliam
Não estamos limitados pela
matéria
Voamos, volitamos na
velocidade do pensamento
21. 402. Como podemos julgar da liberdade do Espírito durante o
sono?
“O sono liberta a alma parcialmente do corpo. Quando dorme, o homem se
acha por algum tempo no estado em que fica permanentemente depois que
morre...”
(...) Numa palavra: o sono influi mais do que supondes na vossa vida. “Graças
ao sono, os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo
dos Espíritos.”
(...) “O sono é a porta que Deus lhes abriu, para que possam ir ter com seus
amigos do céu; é o recreio depois do trabalho, enquanto esperam a grande
libertação, a libertação final, que os restituirá ao meio que lhes é próprio.
SUPERIOR ou INFERIOR
“O sonho é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono. Notai, porém,
que nem sempre sonhais. Que quer isso dizer? Que nem sempre vos lembrais
do que vistes, ou de tudo o que haveis visto, enquanto dormíeis. É que não
tendes então a alma no pleno desenvolvimento de suas faculdades.
22. 402. Como podemos julgar da liberdade do Espírito durante o
sono?
(...) Os sonhos são efeito da emancipação da alma, que mais independente se
torna pela suspensão da vida ativa e de relação. Daí uma espécie de
clarividência indefinida que se alonga até aos mais afastados lugares e até
mesmo a outros mundos. Daí também a lembrança que traz à memória
acontecimentos da precedente existência ou das existências anteriores. As
singulares imagens do que se passa ou se passou em mundos desconhecidos,
entremeados de coisas do mundo atual, é que formam esses conjuntos
estranhos e confusos, que nenhum sentido ou ligação parecem ter.
23. 23
Nos sonhos espíritas a alma,
desprendida do corpo, exerce
atividade real e efetiva, encontrando-
se com parentes, amigos, instrutores e
também com os inimigos desta e de
outras existências. (MERECIMENTO)
24. 403. Por que não nos lembramos sempre dos sonhos?
“Em o que chamas sono, só há o repouso do corpo, visto que o
Espírito está constantemente em atividade. Recobra, durante o
sono, um pouco da sua liberdade e se corresponde com os que
lhe são caros, quer neste mundo, quer em outros. Mas, como é
pesada e grosseira a matéria que compõe, o corpo dificilmente
conserva as impressões que o Espírito recebeu, porque a este
não chegaram por intermédio dos órgãos corporais.”
25. 404. Que se deve pensar das significações atribuídas aos
sonhos?
“Os sonhos não tem o significado que certos adivinhos lhes
atribuem. É um absurdo acreditar que sonhar com isso significa
aquilo. Os sonhos são verdadeiros no sentido de que
apresentam imagens que para o espírito são reais, mas que ,
muitas vezes, não guardam nenhuma relação com o que se
passa na vida do encarnado. Como já dissemos, os sonhos são
também uma lembrança. Algumas vezes, podem ser um
pressentimento do futuro, se Deus o permite, ou a visão
daquilo que ocorre naquele momento, em outro lugar, para
onde a alma se transporta...
26. 407. É necessário o sono completo para a emancipação do Espírito?
“Não; basta que os sentidos entrem em torpor para que o Espírito
recobre a sua liberdade. Para se emancipar, ele se aproveita de todos
os instantes de trégua que o corpo lhe concede. Desde que haja
prostração das forças vitais, o Espírito se desprende, tornando-se tanto
mais livre, quanto mais fraco for o corpo.”
Assim se explica que imagens idênticas às que vemos, em sonho,
vejamos estando apenas meio dormindo, ou em simples modorra.
Ex. Centro espirita em oração, recebendo o passe, fazendo oração em
casa
409. Doutras vezes, num estado que ainda não é bem o do
adormecimento, estando com os olhos fechados, vemos imagens
distintas, figuras cujas mínimas particularidades percebemos. Que há
aí, efeito de visão ou de imaginação?
“Estando entorpecido o corpo, o Espírito trata de desprender-se.
Transporta-se e vê. Se já fosse completo o sono, haveria sonho.”
27. 410. Dá-se também que, durante o sono, ou quando nos
achamos apenas ligeiramente adormecidos, acodem-nos ideias
que nos parecem excelentes e que se nos apagam da memória,
apesar dos esforços que façamos para retê-las. Donde vêm
essas ideias?
“Provêm da liberdade do Espírito que se emancipa e que,
emancipado, goza de suas faculdades com maior amplitude.
Também são, frequentemente, conselhos que outros Espíritos
dão.”
a) - De que servem essas ideias e esses conselhos, desde que,
pelos esquecer, não os podemos aproveitar?
“Essas ideias, em regra, mais dizem respeito ao mundo dos
Espíritos do que ao mundo corpóreo. Pouco importa que
comumente o Espírito as esqueça, quando unido ao corpo. Na
ocasião oportuna, voltar-lhe-ão como inspiração de momento.”
28. 411. Estando desprendido da matéria e atuando como Espírito,
sabe o Espírito encarnado qual será a época de sua morte?
“Acontece pressenti-la. Também sucede ter plena consciência
dessa época, o que dá lugar a que, em estado de vigília, tenha
intuição do fato. Por isso é que algumas pessoas preveem com
grande exatidão a data em que virão a morrer.” (CÂNCER,
estudos novos, precede depressão)
412. Pode a atividade do Espírito, durante o repouso, ou o sono
corporal, fatigar o corpo?
“Pode, pois que o Espírito se acha preso ao corpo qual balão
cativo ao poste. Assim como as sacudiduras do balão abalam o
poste, a atividade do Espírito reage sobre o corpo e pode fatigá-
lo.”
DEPENDE PRA ONDE VAI
PLANO ESPIRITUAL SUPERIOR OU INFERIOR
29.
30. Cap V – número 11
...E não é somente após a morte que o Espírito recobra a
lembrança dó passado. Pode dizer-se que jamais a perde, pois
que, como a experiência o demonstra, mesmo encarnado,
adormecido o corpo, ocasião em que goza de certa liberdade, o
Espírito tem consciência de seus atos anteriores; sabe por que
sofre e que sofre com justiça. A lembrança unicamente se apaga
no curso da vida exterior, da vida de relação. Mas, na falta de
uma recordação exata, que lhe poderia ser penosa e prejudicá-lo
nas suas relações sociais, forças novas haure ele nesses
instantes de emancipação da alma, se os sabe aproveitar.
31. Cap XXVIII – número 38
À hora de dormir
38. PREFÁCIO. O sono tem por fim dar repouso ao corpo; o Espírito, porém, não
precisa de repousar. Enquanto os sentidos físicos se acham entorpecidos, a alma se
desprende, em parte, da matéria e entra no gozo das faculdades do Espírito. O
sono foi dado ao homem para reparação das forças orgânicas e também para a
das forças morais. Enquanto o corpo recupera os elementos que perdeu por efeito
da atividade da vigília, o Espírito vai retemperar-se entre os outros Espíritos. Haure,
no que vê, no que ouve e nos conselhos que lhe dão, ideias que, ao despertar, lhe
surgem em estado de intuição. É a volta temporária do exilado à sua verdadeira
pátria. É o prisioneiro restituído por momentos à liberdade. Mas, como se dá com
o presidiário perverso, acontece que nem sempre o Espírito aproveita dessa hora
de liberdade para seu adiantamento. Se conserva instintos maus, em vez de
procurar a companhia de Espíritos bons, busca a de seus iguais e vai visitar os
lugares onde possa dar livre curso aos seus pendores.
Eleve, pois, aquele que se ache compenetrado desta verdade, o seu pensamento a
Deus, quando sinta aproximar-se o sono, e peça o conselho dos bons Espíritos e de
todos cuja memória lhe seja cara, a fim de que venham juntar-se-lhe, nos curtos
instantes de liberdade que lhe são concedidos, e, ao despertar, sentir-se-á mais
forte contra o mal, mais corajoso diante da adversidade.
33. 39. Prece. - Minha alma vai estar por alguns instantes com os
outros Espíritos. Venham os bons ajudar-me com seus conselhos.
Faze, meu anjo guardião, que, ao despertar, eu conserve durável e
salutar impressão desse convívio.
34. 1. Se somos formados por três partes: ESPÍRITO (ALMA),
PERISPIRITO E CORPO, quando adoecemos porque só
tratamos do corpo?
2. Como fazer uma cura total sem fazer tratamento
espiritual?
3. No sono quem se desloca e guarda as impressões dos
contatos?
4. Todos os sonhos são contatos com espíritos?
5. Existem quantos tipos de sonhos? (Comuns, reflexivos e
espíritas)
6. Quando meditamos, oramos, refletimos o que estamos
fazendo?
35. 405. Acontece com frequência verem-se em sonho coisas que
parecem um pressentimento, que, afinal, não se confirma. A
que se deve atribuir isto?
“Pode suceder que tais pressentimentos venham a confirmar-se
apenas para o Espírito. Quer dizer que este viu aquilo que
desejava, foi ao seu encontro. É preciso não esquecer que,
durante o sono, a alma está mais ou menos sob a influência da
matéria e que, por conseguinte, nunca se liberta
completamente de suas ideias terrenas, donde resulta que as
preocupações do estado de vigília podem dar ao que se vê a
aparência do que se deseja, ou do que se teme. A isto é que, em
verdade, cabe chamar-se efeito da imaginação. Sempre que uma
ideia nos preocupa fortemente, tudo o que vemos se nos mostra
ligado a essa ideia.”
36. CAPÍTULO VI - 101
As manifestações aparentes mais comuns se dão durante o sono, por
meio dos sonhos: são as visões. Os limites deste estudo não comportam
o exame de todas as particularidades que os sonhos podem apresentar.
Resumiremos tudo, dizendo que eles podem ser: uma visão atual das
coisas presentes, ou ausentes; uma visão retrospectiva do passado e,
em alguns casos excepcionais, um pressentimento do futuro.
Também muitas vezes são quadros alegóricos que os Espíritos nos
põem sob as vistas, para darmos úteis avisos e salutares conselhos,
se se trata de Espíritos bons; para induzir-nos em erro e nos lisonjear
as paixões, se são Espíritos imperfeitos os que no-lo apresentam. A
teoria que se segue aplica-se aos sonhos, como a todos os outros casos
de aparições.
Notes de l'éditeur
Nos sonhos espíritas, teremos que considerar a lei de afinidade .