Este documento discute a importância da leitura para a produção de textos. A leitura é fundamental para ampliar nosso conhecimento do mundo e nos tornar melhores produtores de textos, pois nos expõe a diversos gêneros, registros e modalidades linguísticas. Planejamento é essencial para produzir textos coerentes e coesos que atendam ao objetivo comunicativo.
2. A leitura e
a produção de textos
•
Leitura e Produção de Textos estão intimamente ligadas;
•
O texto é produzido para a leitura;
•
A leitura é fundamental na formação do produtor de textos.
•
Ou seja: escrevemos e falamos para sermos lidos e ouvidos.
3. •
Lemos e ouvimos para ampliar nossa leitura do
mundo, que se manifesta no que escrevemos e
falamos.
•
Produzimos textos para interagir com o outro, e a
leitura torna possível esse processo de interação.
4. Mas...
Por que a Leitura
é tão fundamental
para a
Produção de Textos?
5. Porque...
Pela leitura entramos em contato com variedade
• de conteúdos (culturas, áreas de
conhecimento, informações em gera);
• de gêneros textuais;
• de registros e modalidades da língua.
7. “Todos lemos a nós e ao mundo à nossa volta para
vislumbrar o que somos e onde estamos. Lemos para
compreender, ou para começar a compreender. Não
podemos deixar de ler. Ler é como respirar, é nossa
função essencial.”
Alberto Manguel
8. • LEITURA e ESCRITA são, em uma sociedade letrada, a
base do sistema de comunicação.
• Mas se pensarmos bem, veremos que a leitura é algo
muito mais presente em nossa vida do que a escrita.
• Compare o número de vezes em que você leu algo com
o número de vezes em que escreveu.
• Nesse sentido, é natural sermos mais “leitores” do que
“autores”
10. A leitura pode ter as mais variadas motivações.
Identificar seu objetivo nos permite compreender as
características do processo de leitura a ser feito e/ou
as estratégias que serão potencializadas.
11. leitura Investigativa
Ler para buscar uma informação
específica dentro de um texto.
As estratégias potencializadas serão a
procura de indícios que nos levem à
informação específica e à despreocupação
em relação ao conteúdo global do texto.
12. leitura Global
Ler para obter uma noção global
sobre o assunto do texto.
As estratégias serão a preocupação com o
sentido integral e o levantamento das
palavras-chaves do texto.
13. Leitura passo a passo
Ler para entender um
procedimento.
A estratégia será seguir a ordem
lógica e metódica do texto.
14. Leitura fiscalizadora
Ler para fazer a revisão
gramatical de um texto
segundo a norma culta.
As estratégias serão a preocupação com as
estruturas formais utilizadas e a inspeção
do bom emprego delas em função do
sentido do texto.
16. Contudo...
Independente da motivação da leitura, o
domínio da língua, o conhecimento de
mundo, as leituras prévias e a reflexão
sempre terão de ser ativados.
17. Orientações didáticas sobre leitura
1.
Oferecer bons textos para qualquer atividade
2. Fazer um diagnóstico das capacidades das crianças
3. Dar atividades abordando diferentes habilidades
4. Propor a leitura de gêneros variados
5. Planejar a progressão de desafios
6. Propor a leitura em colaboração periodicamente
7. Realizar leituras em dupla ou individualmente
8. Organizar as aulas de modo a dar a autonomia leitora
9. Contemplar empréstimos de livros na rotina semanal
11. Trabalhar diferentes propósitos e modalidades de leitura
12. Incluir a leitura programada no planejamento
18. “Os que escrevem como falam, ainda que
falem muito bem, escrevem mal.”
Buffon (1707-1788, escritor francês)
Modalidade falada x Modalidade escrita
19. Modalidade falada
• Forte dependência Contextual
• Pouco planejamento ou planejamento simultâneo à
produção da fala
• Coesão por meio de recurso paralinguísticos
(entonação,gestos, olhares)
• Predomínio de frases curtas, ordem direta e
período simples
• Presença de elementos que mantêm a conversação
aberta: tá claro?, entende?...
20. Modalidade escrita
• Pouca dependência contextual
• Permite planejamento
fragmentado e contínuo
cuidadoso,
fluxo
não
• Coesão por meio de conectivos, de estrutura
sintáticas etc.
• Períodos longos com muita subordinação, frases
com estrutura complexa
• Forte influência das convenções
24. • Da mesma família semântica temos:
• Textura: S.f. 1.Ato ou efeito de tecer.
2.Tecido,trama,contextura(...)
• Contextura: S.f. Ligação entre as partes de um
todo; encadeamento,contexto(...)
25. Os Gêneros Textuais
• São os tipos de textos efetivamente produzidos em
nossa vida cotidiana com características gerais comuns.
• São facilmente Identificáveis.
• Estão intimamente relacionados às práticas sociais de
uma comunidade.
• São inúmeros, tanto quanto o são as práticas sociais;
26. • São relativamente estáveis, tão estáveis quanto as
práticas sociais a que servem.
• Enquanto a prática social estiver em vigor, o gênero
textual a ela associado circulará.
• Assim, como a vida em sociedade está sempre
mudando
e
evoluindo,
novos
gêneros
nascem, outros desaparecem e outros se mantêm.
27. 6º ANO 7º ANO 8º ANO
9º ANO
X
X
GÊNERO
Poema
Romance
Anúncio
Artigo de opinião
Aviso
Bilhete
Biografia
Carta pessoal
Carta apresentação
Carta leitor
Conto
Convite
Crônica
Currículo
Diário
Divulgação científica
Fábula
Lenda
Lista
Notícia
Parlendas quadrinhas
Quadrinhos/charge
Relato de pesquisa
Reportagem
Resenha
Resumo/esquema
Romance
Texto Instrucional
Panfleto
Artigo científico
Pôster
Tirinha
Piada
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28. PNEU FURADO
O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De pé ao lado do carro, olhando
desconsoladamente para o pneu, uma moça muito bonitinha.
Tão bonitinha que atrás parou outro carro e dele desceu um homem dizendo
"Pode deixar". Ele trocaria o pneu.
- Você tem macaco? - perguntou o homem.
- Não - respondeu a moça.
- Tudo bem, eu tenho - disse o homem - Você tem estepe?
- Não - disse a moça.
- Vamos usar o meu - disse o homem.
E pôs-se a trabalhar, trocando o pneu, sob o olhar da moça.
Terminou no momento em que chegava o ônibus que a moça estava esperando. Ele ficou ali,
suando, de boca aberta, vendo o ônibus se afastar.
Dali a pouco chegou o dono do carro.
- Puxa, você trocou o pneu pra mim. Muito obrigado.
- É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar.
- Coisa estranha.
- É uma compulsão. Sei lá.
(Luís Fernando Veríssimo. Livro: Pai não entende nada. L&PM, 1991).
30. Descritivo
Predominante em gêneros como retrato,
anúncio classificado, cardápio, lista de
compras etc.
Argumentativo
Predominante em gêneros como manifesto,
sermão, ensaio, editorial de jornal, redação
dissertativa, tese de mestrado, etc.
31. Explicativo ou Expositivo
Predominante em gêneros como aulas
expositivas, capítulos de livro didático, etc.
Instrucional ou Injuntivo
Predominante
em
gêneros
como
horóscopo, propaganda, receita culinária,
livros de auto-ajuda, etc.
33.
• A escrita requer um exercício de
aperfeiçoamento (nadar, nadando: escrever,
escrevendo.
34. • Para sucesso de um texto, há noções
que devem ser observadas, tais como:
1. Clareza
2. Expressividade
3. Simplicidade
4. Ordem direta
5. Originalidade
35.
• Em resumo: escrever bem é produzir
formas de comunicação
adequadas,
adaptando a linguagem às diferentes
situações exigidas pelas circunstancias
sociais.
36. Além disso...
• Há que se considerar critérios que
avaliam a produção do “bom texto”...
... como a Coerência e a Coesão
37. Coerência
Resulta de relação harmoniosa entre
pensamentos ou ideias apresentadas num
texto sobre determinado assunto ou tema.
Refere-se especialmente ao conteúdo ou
seja, à sequência ordenada das opiniões ou
fatos expostos.
38. Coesão
Responde pela perfeita articulação das
ideias, o que se consegue através de um
encadeamento semântico e sintático; é,
portanto, a conexão entre as partes do
texto.
40. Considere
Um possível plano de trabalho.(para quem não tem
o hábito de escrever);
Dado o tema, pensar livremente sobre ele,
anotando as mais diferentes ideias que forem
aparecendo;
Colocar as ideias em ordem, organizar sequência;
41. Considere
No caso de um texto predominantemente
descritivo, anotar os elementos mais significativos,
que realmente caracterizam um objeto, pessoa,
paisagem; definir o foco descritivo.
No caso de um texto predominantemente narrativo,
definir personagens, cenário, tempo, conflito,
estabelecer o tipo de narrador.
42. Considere
No caso de um texto predominantemente
argumentativo, anotar os argumentos(a favor e
contra) e definir um posicionamento diante do
tema.
Selecionar as melhores ideias, dando uma estrutura
ao tema que será desenvolvido, sem esquecer de
observar: qual será seu interlocutor? Onde circulará
seu texto? Qual a situação comunicativa? Qual a
intenção? Que gênero textual utilizará?
43. Assim...
Na tecedura do texto a comunicação – objetivo
final e definidor do homem – acontecerá!
E o leitor-autor, o autor-leitor, o sujeito que
remete ao texto que existe em si e no outro irá se
formar, construindo novos mundos e suas
leituras.