Este documento discute o processo de apropriação do sistema de escrita alfabética por crianças e possíveis intervenções pedagógicas. Ele aborda as etapas pré-silábica e silábica deste processo, explicando como as crianças inicialmente não compreendem que a escrita representa sons e gradualmente passam a associar letras a segmentos sonoros menores que sílabas. O documento também discute princípios do sistema de escrita alfabética e como as crianças constroem concepções sobre este sistema ao longo do
Apropriação do SEA e consolidação da alfabetização
1. Ministério da Educação
Secretaria de Educação Básica
Diretoria de Apoio à Gestão Educacional
Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES
Pacto Nacional
pela Alfabetização
na Idade Certa
4. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
OBJETIVOS DO CADERNO
• Compreender que a aprendizagem da escrita alfabética constitui um
processo de apropriação de um sistema de notação e não a aquisição
de um código;
• Refletir sobre a concepção de alfabetização, na perspectiva do
letramento, aprofundando o exame das contribuições da psicogênese da
escrita, de obras pedagógicas do PNBE do Professor e de outros textos
publicados pelo MEC;
• Refletir sobre as relações entre consciência fonológica e
alfabetização, analisando e planejando atividades de reflexão fonológica
e gráfica de palavras, utilizando materiais distribuídos pelo MEC.
5. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
1. Apropriação do sistema de
escrita alfabética pelas crianças:
COMO
APRENDEM Que caminhos percorrem?
ENSINO E
Como podemos auxiliá-las em
INTERVENÇÃO suas trajetórias de aprendizagem?
Artur Gomes de Morais
Tânia Maria S.B. Rios Leite
Carolina Figueiredo de Sá
Ana Cláudia R. Gonçalves Pessoa
6. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
1.1 Alfabetização, letramento e
princípios da educação
“Para que o processo de alfabetização das crianças contribua com o
fortalecimento das identidades coletivas e diversos saberes dos povos do
campo [e da área urbana] é preciso que o mesmo se dê de forma
estreitamente articulada às comunidades [...], ampliando e
valorizando os conhecimentos e vínculos das crianças com a
realidade em que vivem. Neste sentido é que não podemos dissociar o
desenvolvimento dos processos cognitivos dos formativos, ou a
alfabetização das práticas sociais e culturais de escrita e leitura, o
ensino das disciplinas escolares com os contextos econômicos,
políticos e ambientais em que as crianças [...] estão inseridas”
(BRASIL, 2012, p. 10).
7. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
1.2 Alguns princípios do Sistema de
Escrita Alfabética (SEA)
8. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSODE ALFABETIZAÇÃO
SISTEMA
MERO CÓDIGO NOTACIONAL
- Mero Código
S Trabalho Cognitivo e
Conceitual
Como ensinar a
Língua Escrita
E O que é que as
letras notam?
Como as
letras notam
Métodos e
Processos
A As crianças formulam ideias
variadas sobre a SEA
Como as crianças
aprendem o SEA
9. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
“[...] a escrita é um sistema notacional
(FERREIRO, 1985, MORAIS, 2005), ou
seja, é constituído de regras próprias e
princípios abstratos e seu aprendizado
implica um processo cognitivo
complexo e conceitual por parte do
aprendiz” (BRASIL, 2012, p. 10).
10. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Propriedades do SEA:
o que o aprendiz precisa
reconstruir para se tornar
alfabetizado
(MORAIS, 2012 apud BRASIL, 2012, p. 11)
11. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
1) Escreve-se com letras, que não podem ser inventadas, que
têm um repertório finito e que são diferentes de números e de
outros símbolos.
Ex: A escrita da palavra bola não pode ser inventada ou escrita com números e
outros símbolos
BOLA % Ѯ Ѫ 5۞ = BOLA?
Sugestão de atividades: leve para a sala de aula palavras escritas com outros
símbolos ou números e peçam as crianças para ler. Ou então, peça que escrevam
palavras usando outros símbolos, troquem entre si, e tentem ler. A reflexão
sobre a atividade, com os alunos, é sempre indispensável.
TENTE LER:
ی ہ خط جو ایجاد ن ہی ں کیا جا سکتا ک ے وز ٹرز کا ریکار ڈ رک ھا جائ ے گا ہے، جس
می ں ایک محدود رنگمن ڈل ہے اور جس می ں مختلف تعداد اور دیگر علمات ہی ں
12. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
2) As letras têm formatos fixos e pequenas variações produzem
mudanças na identidade das mesmas (p, q, b, d), embora uma
letra assuma formatos variados (P, p, P, p).
A letra P será sempre “P”, e se mudar o sentido e a direção de sua
grafia não será mais a letra “P”.
Sugestão de atividade: peça aos alunos que troquem as letras d, q,
b e p, em palavras para ver o que acontece:
Existem
bola pola, dola, qola no SEA?
documento pocumento, bocumento, qocumento
A reflexão sobre a atividade, com os alunos, é sempre indispensável.
13. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
3) A ordem das letras no interior da palavra não pode ser
mudada.
Ex. GATO AGTO ATOG GAOT é possível de ser lido? Há
sentido dentro do SEA? Existem dentro do SEA?
4) Uma letra pode se repetir no interior de uma palavra e em
diferentes palavras, ao mesmo tempo em que distintas
palavras compartilham as mesmas letras.
Ex. ELEFANTE ELEGANTE BELEZA
A reflexão sobre a atividade, com os alunos, é sempre
indispensável.
14. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
5) Nem todas as letras podem ocupar certas posições no
interior das palavras e nem todas as letras podem vir juntas
de quaisquer outras.
15. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
6) As letras notam ou substituem a pauta sonora das palavras que
pronunciamos e nunca levam em conta as características físicas ou
funcionais dos referentes que substituem.
O signo carro é composto
De um significante De um significado
Fônico: [KaRu] Veículo de transporte
Gráfico:CARRO
16. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
7) As letras notam segmentos sonoros menores que as sílabas
orais que pronunciamos.
Ex.: Apto ( a – pi - to ) Técnica ( te – ki – ni - ca) Afta ( a – fi – ta )
8) As letras têm valores sonoros fixos, apesar de muitas terem
mais de um valor sonoro e certos sons poderem ser notados
com mais de uma letra.
17. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
9) As sílabas podem variar quanto às combinações entre
consoantes e vogais (CV, CCV, CVV, CVC, V, VC, VCC,
CCVCC...), mas a estrutura predominante no português é a
sílaba CV (consoante-vogal), e todas as sílabas do português
contêm, ao menos, uma vogal.
18. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
1.3 O percurso das crianças para compreenderem o
SEA e possíveis intervenções didáticas dos
professores
19. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
E
P
T
R
A
O
P
C
A
E
S
S
S
D
O
O
20. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Pré-
silábico
21. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
22. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Pré-
silábico - a criança ainda não entende que a escrita registra
C a sequência de “pedaços sonoros” das palavras;
A - num momento muito inicial, a criança, ao distinguir
R desenho de escrita, começa a produzir rabiscos,
A
C
bolinhas e garatujas que ainda não são letras;
T -à medida que vai observando as palavras ao seu
E redor (e aprendendo a reproduzir seu nome próprio
R ou outras palavras), ela passa a usar letras, mas sem
Í
S estabelecer relação entre elas e as partes orais da
T palavra que quer escrever. Ou seja, ainda não
I compreende que o que a escrita representa (nota)
C
são os sons da fala e não os próprios objetos com
A
S suas características.
23. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Pré-
silábico
C
A
-pode, inclusive, apresentar o que alguns estudiosos
R chamaram de realismo nominal, que a leva a pensar
A que coisas grandes (casa, carro, boi) seriam escritas
C com muitas letras, ao passo que coisas pequenas
T
E (formiguinha, por exemplo) seriam escritas com poucas
R letras.
Í
S
T
I
C
A
S
24. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Pré-
silábico
A criança cria duas hipóteses absolutamente
C
originais:
A
R - a hipótese de quantidade mínima, segundo a qual
A é preciso ter no mínimo 3 (ou 2) letras para que algo
C possa ser lido; e
T
E
- a hipótese de variedade, ao descobrir que, para
R escrever palavras diferentes, é preciso variar a
Í quantidade e a ordem das letras que usa, assim como
S o próprio repertório de letras que coloca no papel.
T
I
C
A
S
25. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Silábico
26. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
27. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Silábico
-a criança descobre que o que coloca no papel tem a ver
C com as partes orais que pronuncia, ao falar as palavras.
A Ingressa, assim, no período denominado por Ferreiro de
R “fonetização” da escrita (FERREIRO, 1985).
A
- num momento de transição inicial, a criança ainda não
C
T planeja, cuidadosamente, quantas e quais letras vai
E colocar para cada palavra, mas demonstra que está
R começando a compreender que a escrita nota a pauta
Í
sonora das palavras, porque, ao ler o que acabou de
S
T escrever, busca fazer coincidir as sílabas orais que
I pronuncia com as letras que colocou no papel, de modo a
C não deixar que sobrem letras (no que escreveu).
A
S
28. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITAALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSODE ALFABETIZAÇÃO EM
ESCOLAS DO CAMPO
Silábico
As escritas silábicas estritas seguem uma regra exigente:
C uma letra para cada sílaba pronunciada. Tais escritas
A podem ser de dois tipos:
R - silábicas quantitativas ou “sem valor sonoro”, nas
A
quais a criança tende a colocar, de forma rigorosa, uma
C
T letra para cada sílaba pronunciada, mas, na maior parte
E das vezes, usa letras que não correspondem a segmentos
R das sílabas orais da palavra escrita.
Í - silábicas qualitativas ou “com valor sonoro”, nas
S
T
quais a criança se preocupa não só em colocar uma letra
I para cada sílaba da palavra que está escrevendo, mas
C coloca letras que correspondem a sons contidos nas
A sílabas orais daquela palavra.
S
29. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Silábico-
alfabético
30. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSODE ALFABETIZAÇÃO
31. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Silábico-
alfabética -um novo e enorme salto qualitativo ocorre e a
criança começa a entender que o que a escrita
C
nota ou registra no papel tem a ver com os
A
R pedaços sonoros das palavras, mas que é preciso
A “observar os sonzinhos no interior das sílabas”.
C -começa, assim, a compreender, da mesma forme que
T
E
os indivíduos já alfabetizados, o como a escrita nota
R a fala, percebendo que as letras representam sons
Í menores que as sílabas, embora ainda oscile entre
S registrá-las com apenas uma letra (hipótese silábica) e
T
I registrá-las observando as relações entre grafemas-
C fonemas (hipótese alfabética).
A
S
32. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Alfabético
33. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Alfabética -as crianças escrevem com muitos erros
ortográficos, mas já seguindo o princípio de que a
C
A escrita nota, de modo exaustivo, a pauta sonora das
R palavras, colocando letras para cada um dos
A “sonzinhos” que aparecem em cada sílaba, pois
C
T
acreditam que a escrita é a transcrição exata da
E fala.
R -é apenas nesta fase que as crianças devem
Í começar a refletir de forma sistemática sobre as
S
T convenções ortográficas, assim como só a partir
I daí é que se recomenda a escrita frequente em
C letra cursiva.
A
S
34. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Alfabética
“Devemos estar alertas, no entanto, para o fato
C
A
de que ter alcançado uma hipótese alfabética
R não é sinônimo de estar alfabetizado. Se já
A compreendeu como o SEA funciona, a criança
C
T
tem agora que dominar as convenções som-
E grafia de nossa língua. A consolidação da
R alfabetização, direito de aprendizagem a ser
Í
S
assegurado nos segundo e terceiro anos do
T primeiro ciclo, é o que vai permitir que nossas
I crianças leiam e produzam pequenos textos, com
C
A
autonomia [...]” (BRASIL, 2012, p. 19, grifos
S nossos).
35. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
1.4 Consciência fonológica: o que é?
Qual sua importância para a alfabetização?
“A consciência fonológica é um vasto conjunto
de habilidades que nos permitem refletir sobre
as partes sonoras das palavras e manipulá-las
intencionalmente” (FREITAS, 2004; MORAIS e
intencionalmente
LEITE, 2005 apud BRASIL, 2012, p. 20, grifo
nosso).
36. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Exemplos de habilidades:
-Observar que a palavra “janela” tem 3 “pedaços” (sílabas), que a
palavra “casa” tem 2 “pedaços” e que, portanto, a primeira palavra é
maior;
-Identificar, ao lhe mostrarmos 4 figuras (gato, bode, galho e mola),
que as palavras gato e galho são as que “começam parecido”, porque
começam com /ga/;
-Falar cavalo, quando lhe pedimos que diga uma palavra começada
com o mesmo pedaço que aparece no início da palavra casa;
37. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
-- Identificar que no interior das palavras serpente e camaleão há
outras palavras (pente, leão, cama);
-Identificar, ao lhe mostrarmos 4 figuras (chupeta, galinha, panela,
varinha), que as palavras galinha e varinha terminam parecido, isto
é, rimam;
-Falar palavras como caminhão ou macarrão, quando lhe pedimos
que diga uma palavra que rime com feijão;
- Identificar, ao lhe mostrarmos 4 figuras (vestido, martelo, vampiro,
coruja), que as palavras vestido e vampiro são as que começam
parecido, porque começam “com o mesmo sonzinho”.
38. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO EM
ESCOLAS DO CAMPO
39. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
“[...] não devemos nunca reduzir consciência
fonológica a consciência sobre os fonemas das
palavras. Na realidade, diferentes pesquisas
(MORAIS, 2004; AZEVEDO; MORAIS, 2011) têm
demonstrado que mesmo crianças já alfabetizadas
(inclusive por métodos fônicos) são praticamente
incapazes de segmentar palavras dizendo um a um
seus fonemas ou, inversamente, recompor uma
palavra sintetizando seus fonemas escutados
sequencialmente um a um” (BRASIL, 2012, p. 21).
40. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Referências
AZEVEDO, Silvia S.; MORAIS, Artur Gomes. Conhecimentos fonêmicos de
crianças concluindo a alfabetização. Monografia (Especialização em
Alfabetização) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011.
BRASIL, Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica. Diretrizes
Operacionais para a Educação Básica nas escolas do Campo. Brasília: MEC,
2002.
BRASIL, Ministério da Educação, Cadernos Pedagógicos do ProJovem Campo –
Saberes da Terra. Brasília: MEC/SECAD, 2008.
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 1985.
FERREIRO, Emília e TEBEROSKY, Ana. A psicogênese da língua escrita.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1986.
41. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
FREITAS, G. C. M. Sobre a consciência fonológica. In: LAMPRECHT, R.
Aquisição fonológica do português. Porto Alegre: Artmed, 2004.
LEAL, Telma F.; MORAIS, Artur. O aprendizado do sistema de escrita
alfabética: uma tarefa complexa, cujo funcionamento precisamos compreender. In:
LEAL, T.F.; ALBUQUERQUE, E.B.C.; MORAIS, A.G. Alfabetizar letrando na
EJA: fundamentos teóricos e propostas didáticas. Belo Horizonte: Autêntica,
2010.
MORAIS, Artur Gomes. Se a escrita alfabética é um sistema notacional (e não um
código), que implicações isto tem para a alfabetização? In: MORAIS, Artur
Gomes, ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia e LEAL, Telma Ferraz
(Orgs.). Alfabetização: apropriação do sistema de escrita alfabética. Belo
Horizonte: Autêntica, 2005.
MORAIS, Artur Gomes. Sistema de Escrita Alfabética. São Paulo:
Melhoramentos, 2012.
42. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITAALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSODE ALFABETIZAÇÃO EM
ESCOLAS DO CAMPO
MORAIS, Artur Gomes. A apropriação do sistema de notação alfabética e o
desenvolvimento de habilidades de reflexão fonológica. In: Letras de Hoje.
Porto Alegre, 2004.
MORAIS, Artur Gomes; LEITE, Tânia Maria Rios. Como promover o
desenvolvimento das habilidades de reflexão fonológica dos alfabetizandos? In:
MORAIS, Artur Gomes, ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia e LEAL,
Telma Ferraz (Orgs.). Alfabetização: apropriação do sistema de escrita
alfabética. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte:
Autêntica, 1998.