O documento resume os principais aspectos do Renascimento na Itália, desde o contexto histórico e social até as características e principais artistas deste período. O Renascimento teve início na Itália no século XIV, impulsionado pelo crescimento econômico e das cidades, e valorizou o humanismo, o racionalismo e o classicismo inspirado na cultura greco-romana. Artistas como Botticelli, Donatello, Leonardo da Vinci e Michelangelo revolucionaram a pintura, escultura e arquitetura, bus
3. CONTEXTO Do século XIV ao XVI os italianos foram os banqueiros por excelência da Europa e dominaram o comércio de artigos de luxo e os negócios do continente através da concentração de cidades ricas e poderosas – Gênova, Milão, Veneza, Mântua, Ferrara, Bolonha etc...
4. Ambiente sócio-cultural O desenvolvimento comercial e o crescimento das cidades deram suporte econômico ao Renascimento. Isso se deu a partir do crescimento de uma burguesia comercial, com uma nova visão de mundo, influenciada, inclusive, pela ampliação dos limites geográficos do mundo graças aos grandes descobrimentos marítimos. Famílias ricas e a própria igreja apoiavam (financiavam) as realizações culturais (mecenato). A Itália é, a um só tempo, o berço do Renascimento e do Capitalismo moderno. Eram profundos conhecedores da cultura clássica e acabaram por despertar nos italianos a consciência de que eles eram herdeiros da sua antiga tradição, detendo um grande conjunto de monumentos que representavam a história material da cultura latina. As realizações deram-se nas artes, na literatura e na ciência. Foi o tempo de ênfase na importância do indivíduo, do interesse nas características físicas do homem e da natureza, além da busca do racional e da forma ideal das artes.
14. PINTURA A perspectiva : consiste na criação de um espaço tridimensional numa superfície plana (criação de um espaço geométrico em que as linhas convergem para o ponto de fuga e as figuras mais afastadas são representadas com menor dimensão) ou através da perspectiva aérea, muito utilizada por Leonardo da Vinci (gradação da luz ou sfumato , que transmite a sensação de afastamento).
34. A Virgem do Carmo Leda (único nu de toda sua obra) Madonna Litta
35.
36. Leonardo da Vinci.1490. O Homem Vitruviano Uma figura masculina desnuda separadamente e simultaneamente em duas posições sobrepostas com os braços inscritos num círculo e num quadrado. A cabeça é calculada como sendo um oitavo da altura total. Vitruviano, vem de Vitruvius um importante arquiteto romano que escreveu um tratado de 10 livros denominado De Architectura, no 3º livro ele descreve as proporções do corpo humano.
39. Coleção de invenções e soluções de engenharia : esboços de helicópteros, submarinos, pára-quedas, veículos, embarcações, máquinas voadoras, turbinas, teares, canhões, pontes, carros de combate, etc.
41. MICHELANGELO Ao contrário de Leonardo, para quem a pintura era a mais nobre das artes porque abarcava todos os aspectos visíveis do mundo, Michelangelo era, essencialmente, um escultor – mais especificamente um entalhador de estátuas de mármore. A arte, para ele, não era uma ciência, mas sim “a criação de homens”, análoga à criação divina. A fé de Michelangelo na imagem do homem como o veículo supremo de expressão deu-lhe um sentido de afinidade com a escultura clássica.
42.
43. Michelangelo David. 1501-1504. Mármore. Altura da figura: 4,089m. A figura foi colocada na entrada do Palazzo Vecchio como símbolo cívico-patriótico da República Florentina. Michelangelo vinha de uma estadia de muitos anos em Roma e ficara fortemente impressionado com os corpos musculosos e cheios de emoção da escultura helenística. Sua escala heróica, sua beleza e poder sobre-humanos e o volume proeminente de suas formas tornaram-se parte do estilo de Michelangelo e, através dele, parte do Renascimento em geral. David, no entanto, jamais poderia ser toamdo por uma estátua da Antiguidade. David é calmo e tenso ao mesmo tempo. David
44.
45. O pecado original O Dilúvio Deus criando o Sol e a Lua A Capela Sistina
46. “ O que ele mostra não é a criação física de Adão, mas a transmissão da centelha divina – a alma- obtendo, assim uma dramática justaposição do Homem e de Deus que jamais foi obtida por nenhum artista. A relação entre o Adão preso à terra e a figura de Deus precipitando-se pelos céus adquire um significado ainda maior quando percebemos que o movimento de Adão não se volta para seu Criador, mas para Eva, que ele vê, ainda por nascer, sob a proteção do braço esquerdo do Senhor.” Janson A Capela Sistina
47. “ Quando Michelangelo voltou à Capela Sistina 20 anos depois, o mundo ocidental estava tomado pela crise espiritual e política da Reforma. (...) A humanidade, igualmente abençoada e condenada, amontoa-se em grupos compactos, implorando por misericórdia perante um Deus irado.” Michelangelo O Juízo FInal 1534-1541 Capela Sistina Roma A Capela Sistina
48. Uma vez concluída, as representações de nudez na própria Capela foram consideradas obscenas e um sacrilégio. Após a morte de Michelangelo, decidiu-se obscurecer os órgãos, o que foi feito por um aprendiz de Michelangelo. Quando o trabalho foi restaurado em 1993, decidiu-se deixar algumas das figuras ainda cobertas, como documentos históricos. A censura sempre perseguiu Michelangelo, que às vezes era chamado de "inventor das obscenidades“. A Capela Sistina
49. O intervalo entre a Capela Sistina e O Juízo Final coincidiu com os papados de Leão X e Clemente VII; ambos pertenciam à família Medici. Leão X decidira cosntruir uma capela contendo quatro túmulos monumentais para membros de sua família. Michelangelo trabalhou no projeto durante 14 anos, completando a capela e dois túmulos. É a única obra do artista em que suas estátuas permanecem no enquadramento especificamente planejado para elas. Michelangelo Túmulo de Giuliano de Medici. 1524-1534 Mármore A capela dos Medici
52. - Estudou os monumentos arquitetônicos dos antigo Sua descoberta da perspectiva científica pode perfeitamente ter sido o resultado de sua busca de um método acurado de registrá-la no papel. - Retorno consciente a arquitetura dos gregos e romanos - Arco de plena volta - colunas - preferência às abóbadas de berço no lugar das abóbadas de arestas “ O objetivo de Brunelleschi era racionalizar o desenho arquitetônico, e para tanto ele precisava do vocabulário padronizado e regular dos antigos, baseado no círculo e no quadrado.” San Lorenzo
62. Filme Agonia e Êxtase 1965, EUA - 138 min. Sinopse Charlton Heston e Rex Harrison interpretam duas das personalidades mais marcantes da Renascença neste drama histórico baseado no best-seller de Irving Stone ambientado no início do Século XVI. Quando o Papa Júlio II (Harrison) encomenda a Michelangelo (Heston) a pintura do teto da Capela Sistina, o artista recusa a princípio. Virtualmente forçado por Júlio a fazer o trabalho, ele acaba por destruir sua obra e foge de Roma. Quando recomeça a pintura, o projeto se torna uma batalha de vontades alimentada pelas diferenças artísticas e de temperamento que são o ponto central deste filme. Indicado ao OSCAR® de Melhor Fotografia e também citado como um dos melhores filmes do ano pelo National Board of Review, AGONIA E ÊXTASE é uma fantástica dramatização da luta por trás de uma das maiores obras-primas do mundo. Tanto a história quanto o filme são tocantes e fascinantes.