Este documento apresenta um estudo de caso sobre a Associação de Jogos Tradicionais da Guarda. Aborda como esta associação promove o património cultural imaterial da região através da preservação e animação de tradições lúdicas. Defende que o turismo pode ser uma ferramenta para sensibilizar as comunidades e revitalizar a sua cultura, sublinhando as diferenças locais. A metodologia incluiu análise de documentos sobre património mundial e cultura, e dados estatísticos sobre o
2. PATRIMÓNIO MUNDIAL, HERANÇA CULTURAL
2/17
Estudo
desenvolvido
por
Elsa
Fernandes,
Gloria
Caetano,
João
Mesquita,
Paulo
Gonçalves,
no
âmbito
do
módulo
“Turismo
Cultural
e
da
Natureza”
da
pós-‐graduação
em
Marketing
de
Eventos
e
Produtos
Turísticos,
orientado
por
Professora
Doutora
Margarida
Vaz
Covilhã,
Julho
de
2007
3. PATRIMÓNIO MUNDIAL, HERANÇA CULTURAL
3/17
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 4
ESTUDO DE CASO 9
ACTIVIDADES 10
QUESTÕES EM INVESTIGAÇÃO 12
COMO PODEMOS INTERLIGAR AS TRÊS GRANDES TEMÁTICAS PRESENTES NESTE
TRABALHO: TURISMO, CULTURA E JOGO 12
COMO PODEMOS POTENCIAR A HERANÇA CULTURAL DO CONCELHO E DISTRITO
DA GUARDA ATRAVÉS DA AJTG? 13
MUSEU DO JOGO TRADICIONAL, OBSERVATÓRIO NACIONAL DAS TRADIÇÕES 13
CONCLUSÃO 17
ANEXOS 17
4. PATRIMÓNIO MUNDIAL, HERANÇA CULTURAL
4/17
INTRODUÇÃO
As
influências
chegam
de
todo
o
lado,
mas
nem
sempre
conseguimos
identificar
as
fontes.
No
nosso
caso
a
inspiração
chegou-‐nos
da
actualidade
mundial
que
colocou
na
agenda
do
dia
temas
e
conceitos
bombardeados
até
à
exaustão
pelos
órgãos
de
comunicação
social:
globalização,
património
mundial,
clima,
aquecimento
global,
espécies
em
vias
de
extinção,
etc.
Para
um
mesmo
fim-‐de-‐semana
ficaram
marcadas
duas
actividades
de
carácter
mundial
e
com
preocupações
no
mínimo
louváveis:
“As
7
maravilhas
do
mundo
moderno”
e
“Live
Earth”.
Enquanto
o
primeiro
louvava
a
criatividade
e
o
poder
construtivo
da
humanidade,
o
segundo
tentava
alertar
para
os
exageros
desta
mesma
criatividade
e
poder
construtivo.
Comentamos
estes
paralelismos
e
pensamos
um
pouco
em
voz
alta
e
associamos
o
nosso
pensar
ao
tema
do
módulo
(Turismo
Cultural
e
da
Natureza)
e
concluímos
que
tinha
todo
o
sentido
reflectir
sobre
estas
duas
temáticas.
Depois
começamos
a
fazer
associações
livres
e
concluímos
que
na
grande
maioria
dos
casos
as
preocupações
eram
com
todo
uma
envolvente
física,
mesmo
quando
referente
à
cultura
(é
o
património,
a
arquitectura,
os
objectos
de
arte,
etc…)
e
pareceu-‐nos
correcto
pensar
na
perspectiva
da
defesa
cultural
em
termos
dos
aspectos
imateriais
–
tradições,
narrativas,
vivências,
experiências,
sensações,
etc.
Desta
sequência
de
pensamentos
colectivos
surgiu
o
tema:
Herança
Cultural.
O
caso
em
estudo
-‐
Associação
de
Jogos
Tradicionais
da
Guarda
-‐
surge
porque
as
actividades
desenvolvidas
por
esta
instituição
nascem
da
união
lógica
entre
cultura
e
natureza
sobre
uma
base
comum
que
é
a
promoção,
preservação
e
animação
lúdica
e
tradicional.
O
objectivo
deste
trabalho
é
oferecer
outros
pontos
de
vista
para
temas
já
por
si
tão
debatidos,
também
temos
a
presunção
de
dar
um
contributo
na
defesa
de
um
turismo
sustentado
através
de
uma
união
harmoniosa
entre
cultura
e
natureza.
A
metodologia
utilizada
passou
por
uma
levantamento
de
informação
sobre
as
temáticas
em
consideração,
nomeadamente
quanto
as
referências
ao
Património
Mundial
através
da
análise
de
documentos
da
UNESCO,
passou
por
um
contexto
conceptual
dos
temas
a
abordar
e
por
uma
análise
ao
caso
em
estudo.
Também
recorremos
a
dados
estatístico
sobre
o
distrito
da
Guarda
para
podermos
retirar
algumas
considerações
finais.
5. PATRIMÓNIO MUNDIAL, HERANÇA CULTURAL
5/17
Com
o
presente
trabalho
queremos
provar
que
não
é
só
o
ambiente
que
corre
risco,
não
é
só
o
património
edificado
que
se
desmorona,
não
são
só
os
animais
que
correm
risco
de
extinção…
A
história,
o
passado,
os
valores,
as
normas,
tudo
o
que
nos
dá
a
característica
de
ser
civilizado
também
está
em
vias
de
extinção
e
sobre
estas
“espécies”
em
extinção
não
temos
registo
fotográfico,
não
temos
filmes
nem
músicas
que
mandam
mensagens
ao
coração,
nem
sentimos
que
existam
problemas
de
maior
se
este
espólio
se
perder
de
vez…
porque,
afinal,
a
esta
perda
damos
o
nome
de
evolução
e
desenvolvimento.
Temos
por
isso
a
ousadia
de
querer
provar
que
através
do
turismo
é
possível
sensibilizar,
promover
e
criar
as
condições
necessárias
para
a
revitalização
cultural
das
comunidades,
sublinhando
as
suas
diferenças
como
elemento
único
que
permite
a
sua
distinção
no
global.
Não
fizemos,
neste
trabalho,
nenhuma
referência
ao
concelho
da
Guarda,
mas
remetemos
para
o
trabalho
de
caracterização
já
anteriormente
realizado
no
âmbito
deste
módulo.
6. PATRIMÓNIO MUNDIAL, HERANÇA CULTURAL
6/17
QUADRO TEÓRICO DE REFERÊNCIA
De
forma
a
permitir
um
contexto
em
termos
de
conceitos
que
são
usados
neste
trabalho,
procurámos
encontrar
as
definições
e
abordagens
que
melhor
se
adequam
aos
objectivos
do
trabalho,
considerando
como
fundamentais
as
devidas
diferenças
entre
os
teóricos.
Neste
contexto
consideramos
que:
Segundo
a
Organização
Mundial
de
Turismo,
turismo
são
“actividades
que
as
pessoas
realizam
durante
as
suas
viagens
e
permanência
em
lugares
distintos
dos
que
vivem,
por
um
período
de
tempo
inferior
a
um
ano
consecutivo,
com
fins
de
lazer,
negócios
e
outros”.
O
sentido
maior
do
turismo
é
satisfazer
o
desejo
das
pessoas
de
viajar
e
viver
novas
experiências
nos
mais
diferentes
locais.
h incentivar
e
trabalhar
o
turismo,
h conquistar
e
satisfazer
o
turista
h trabalhar
o
meio
ambiente
de
forma
a
preservá-‐lo
e
recuperá-‐lo.
"todas
as
formas
de
desenvolvimento
turístico,
planeamento
e
actividades
que
mantenham
a
integridade
social
e
económica
das
populações,
bem
como
a
perenidade
do
património
natural,
construído
e
cultural".
Turismo
Cultural
prevê
a
existência
dos
seguintes
factores:
h Permanência
prolongada
e
um
contacto
mais
“intimo”
com
a
comunidade,
h Viagens
menores
e
suplementares
dentro
da
mesma
localidade
com
o
intuito
de
aprofundar
a
experiência
cultural.
h Esforço
para
conhecer,
pesquisar
e
analisar
dados,
obras
ou
factos,
nas
suas
variadas
manifestações
“Cultura
é
a
memória
não-‐hereditária
de
uma
comunidade»
(Lotman)
“
Cultura
-‐
Fazem
parte
dos
conhecimentos
adquiridos
de
geração
para
geração
e
estão
relacionados
com
o
Folclore,
o
teatro,
as
lendas,
as
adivinhas,
os
costumes,
etc.”
(Cordeiro,
M.
1982)
7. PATRIMÓNIO MUNDIAL, HERANÇA CULTURAL
7/17
“A
utilização
da
palavra
Património
para
definir
aquilo
que
consideramos
herança
cultural
(normalmente
traduzida
em
bens
materiais
representativos
de
obras,
valores,
pessoas,
etc.)
tem
sofrido
ao
longo
do
tempo
alterações
significativas
de
sentido:
o
que
era
considerado
património
ontem
poderá
não
o
ser
hoje
ou
deixar
de
vir
a
ser
amanhã,
tal
como
o
que
ontem
não
era
tido
nesse
conceito
pode
hoje
nele
estar
incluído
ou
vir
a
sê-‐lo
no
futuro”
(Águas
Santas,
1999)
Na
declaração
de
Budapest
em
2002
foram
defendidos
os
4
C’s
para
definir
a
importância
em
termos
de
património
mundial:
h Credibilidade
h Conservação
h Capacidade
de
Construção
h Comunicação
“A
herança
cultural
é
feita
das
coisas
que
recebemos,
assinalamos
e
moldamos
e
daquelas
que
esquecemos
desde
os
tempos
mais
longínquos.”
(Ana
da
Palma)
“Um
museu
é
uma
instituição
permanente
sem
fins
lucrativos,
a
serviço
da
sociedade
e
de
seu
desenvolvimento
e
aberto
ao
público,
que
adquire,
conserva,
pesquisa,
comunica
e
exibe
para
finalidades
do
estudo,
da
instrução
e
da
apreciação,
evidência
material
dos
povos
e
seu
ambiente”
(ICOM,
1974)
“…o
museu
foi
concebido
mais
como
um
local
onde
o
passado
era
preservado,
nas
suas
formas
materiais,
do
que
um
local
visitável
e
utilizável
por
grande
número
de
pessoas.
Certamente
que
a
veneração
do
passado,
o
resguardo
dos
seus
testemunhos
materiais,
servia
a
alguém.”
(Sérgio
Lira)
“…
os
Jogos
Tradicionais
podem,
proporcionar
estudos
diversificados
no
âmbito
da
História,
da
Historiografia,
da
Psicologia,
da
Sociologia,
da
Pedagogia,
da
Etnografia
e
da
Linguística,
entre
outros.”
(Graça
Guedes,
1989)
“Os
jogos
tradicionais
são
criados
pelos
seus
praticantes
a
partir
do
reportório
dos
mais
velhos
e
adaptados
às
características
do
local.
A
denominação
de
cada
um
deles
evoca
por
si
mesma
as
suas
características
e
regras
principais.”
Graça
Guedes
(1989)
8. PATRIMÓNIO MUNDIAL, HERANÇA CULTURAL
8/17
“
Movimento
-‐
As
suas
diferentes
formas
de
exteriorização
promovem
um
grande
contacto
com
os
mais
variados
tipos
de
movimento:
o
salto,
o
lançamento,
a
corrida,
etc.”
(Cordeiro,
M.
1982)
“Competição
Saudável
-‐
O
mais
importante
é
o
convívio
simples
e
salutar
entre
as
pessoas
ou
grupos,
próximas
ou
distantes.”
(Cordeiro,
M.
1982)
“
Festa
-‐
É
um
momento
de
descontracção,
de
pausa
na
labuta
diária.”
(Cordeiro,
M.
1982)
“Nos
nossos
dias,
os
brinquedos
perderam
muito
do
seu
valor
social
e
dos
seus
significados
lúdicos
e
mágicos.
Deixaram
de
ser
instrumentos
activos
de
formação
e
divertimento
para
se
converterem
em
mercadorias
(...).
(Pacheco;1995)
“Os
jogos
são
actividades
tradicionais
que
têm
como
objectivo
um
prazer
sensorial,
de
algum
modo
estético.
Os
jogos
estão,
muitas
vezes,
na
origem
dos
ofícios
e
de
numerosas
actividades
superiores,
rituais
ou
naturais,
ensaiadas,
primeiro,
na
actividade
excedentária
que
os
jogos
constituem.
Distribuem-‐se
entre
as
idades,
os
sexos,
as
gerações,
os
tempos,
os
espaços.”
(Mauss;
1967)
9. PATRIMÓNIO MUNDIAL, HERANÇA CULTURAL
9/17
ESTUDO DE CASO
A
Associação
de
Jogos
Tradicionais
da
Guarda
é
uma
colectividade
com
28
anos
de
existência.
Desde
1979
que
vem
intervindo
no
sentido
de
proceder
à
recolha,
sistematização
e
incentivo
à
prática
de
Jogos
Tradicionais.
De
âmbito
distrital,
a
sua
acção
tem-‐se
desenvolvido
por
todo
o
distrito
da
Guarda,
pelo
país
e
também
além
fronteiras.
Assim,
desde
início
tem
vindo
a
participar
em
numerosos
projectos,
sempre
na
perspectiva
da
salvaguarda
da
cultura
lúdica
tradicional.
Como
referência
salientam-‐
se
as
seguintes
actividades
desenvolvidas
ao
longo
destes
anos:
Recolha
e
filmagem,
em
conjunto
com
o
Professor
Noronha
Feio,
de
um
programa
televisivo
exibido
pela
Radiotelevisão
Portuguesa:
“Os
homens
e
os
Jogos
–
Os
Jogos
das
Terras
Frias”;
Realização
de
centenas
de
Encontros
de
Jogos
Tradicionais
Distritais;
Participação
na
17ª
Exposição
Europeia
de
Arte,
Ciência
e
Cultura;
Organização
da
1.ª
Exposição
Distrital
de
Artesanato;
Participação
na
1ª,
2ª,
3ª
e
5ª
Festas
Internacionais
dos
Jogos;
Organização
da
4ª
Festa
Internacional
dos
Jogos,
na
Guarda,
em
1990;
Produção
de
uma
peça
de
teatro
baseada
num
jogo
tradicional
(jogo
do
Galo),
“Nana,
Ina,
Não,
Ficas
Tu
Eu
Não”;
Publicação
de
diversos
estudos
ligados
à
temática
dos
jogos
e
do
seu
papel
nas
sociedades;
Participação
em
diversos
Workshops
sobre
temáticas
de
animação
e
intervenção
socio-‐comunitária
em
diversos
países
da
Europa.
A
par
com
as
actividades
lúdicas,
culturais
e
de
formação,
também
foram
editadas
várias
publicações:
A
Malha,
Desporto
Tradicional
Português;
O
Jogo
do
Galo
por
Terras
da
Beira;
Os
Jogos
de
Força
do
Distrito
da
Guarda;
Magusto
da
Velha
em
Aldeia
Viçosa;
O
Beto;
Os
Jogos
de
Bola
do
Distrito
da
Guarda;
A
Capeia
Raiana,
uma
Mostra
de
Força
Colectiva;
A
Pelota,
Contributo
para
a
sua
Recuperação;
Ritos
de
Morte
em
Casal
de
Cinza;
A
Aprendizagem
para
além
da
Escola:
O
Jogo
Infantil
Numa
Aldeia
Portuguesa;
Catarse
–
Guarda,
1990;
Brincadeiras
da
Minha
Meninice,
Guarda,
28
de
Agosto
de
1999;
Colecção
de
postais
"20
Anos,
20
Jogos
de
Humor",
Janeiro
2000;
O
Saber
Sexual
das
Crianças,
desejo-‐te
porque
te
amo,
Guarda,
30
de
Junho
de
2000
e
Vila
Ruiva,
1
de
Julho
de
2000.
10. PATRIMÓNIO MUNDIAL, HERANÇA CULTURAL
10/17
ACTIVIDADES
“
(...)
O
Jogo
Tradicional
é
memória,
mas
é
também
presente:
se
observarmos
em
detalhe
o
jogo
da
criança
de
hoje
em
comparação
aos
jogos
infantis
do
começo
do
século,
constataremos
que
existem,
obviamente,
grandes
diferenças.
A
televisão
e
a
tecnologia
dos
brinquedos
modernos
mudaram,
sem
dúvida,
a
brincadeira
infantil.
A
falta
de
espaço
e
de
segurança
nas
ruas
também
modificaram
algumas
brincadeiras."
“Brinquedos
dos
nossos
Avós”:
Em
sequência
de
um
concurso
com
as
escolas
preparatórias
do
concelho
da
Guarda
nasceu
esta
exposição.
O
concurso
com
o
tema
do
jogo
tradicional
pretendia
que
as
crianças
se
debruçassem
um
pouco
sobre
esta
temática
recorrendo
aos
seus
familiares
para
obtenção
de
testemunhos
em
discurso
directo.
Desta
ligação
enriquecedora
entre
gerações
e
de
grandes
doses
de
criatividade
nasceram
trabalhos
de
uma
beleza
extraordinária
e
de
uma
originalidade
indiscutível.
Hoje
todos
estes
trabalhos
fazem
parte
da
exposição
que
nasceu
com
o
mesmo
nome
do
concurso
que
lhe
deu
origem
“Brinquedos
dos
nossos
avós”.
“Eu
tenho
um
pião”:
Alguns
anos
mais
tarde
e
dentro
da
mesma
lógica
de
ligações
entre
gerações
e
familiares
nasce
no
concelho
de
Aguiar
da
Beira
um
concurso
dirigido
a
todas
as
escolas
do
1.º
ciclo
do
ensino
básico
deste
concelho:
“Eu
tenho
um
pião”.
Deste
esforço
de
promoção
e
motivação
para
o
jogo
do
pião
obteve-‐se
um
resultado
observável
na
originalidade
de
uma
centena
de
piões
que
as
crianças
pintaram
e
desenharam
de
forma
única.
Mas,
mais
do
que
um
concurso,
é
também
o
resultado
dos
diálogos
estabelecidos
entre
as
crianças
e
os
mais
velhos.
Um
resultado
policromático,
mas
também
a
soma
de
muitos
saberes,
muitas
experiências
e,
quem
sabe,
venha
a
resultar
num
recrudescer
do
jogo
do
pião
por
parte
das
crianças.
Foi
este
um
dos
nossos
objectivos
quando
lançámos
o
concurso;
dar
oportunidade
às
crianças
de
contactarem
com
um
jogo
cuja
prática
potência
aprendizagens
várias,
das
quais
se
salienta
a
interiorização
de
regras
e
valores
sociais.
11. PATRIMÓNIO MUNDIAL, HERANÇA CULTURAL
11/17
“O
Tempo
a
Brincar”:
Em
conjunto
com
outras
instituições
organizou-‐se
em
2000
e
2001
uma
escola-‐oficina
de
jogos
e
brinquedos
tradicionais,
composta
por
formação
teórica
e
prática.
Os
destinatários
foram
adultos
desempregados
e
devidamente
inscritos
no
IEFP
local.
Do
trabalho
criativo
e
perfeito
de
uma
dúzia
de
formandas
ao
longo
de
alguns
meses
obteve-‐se
mais
de
cinco
centenas
de
peças
que
hoje
fazem
parte
do
espólio
da
AJTG
e
realizam
uma
exposição
marcada
pelo
colorido
das
tradições
portuguesas,
pela
multiplicidade
do
nosso
folclore
e
pela
perfeição
dos
nossos
artesãos.
“Jogar
a
Tradição”:
Este
é
o
lema
da
Associação
e
porque
ao
longo
dos
últimos
27
anos,
foi
isso
que
a
AJTG
fez:
reavivou
tradições,
implementou
a
prática
dos
jogos
de
antanho,
sistematizou
informação.
Os
objectos
patentes
nesta
exposição
são
uma
parte
daqueles
que
nos
permitiram
intervir
no
terreno.
São
objectos
recolhidos
em
inúmeras
saídas
que,
depois,
proporcionaram
(e
ainda
proporcionam)
momentos
lúdicos
um
pouco
por
todo
o
distrito,
pelo
país,
pelo
mundo.
São
portanto
elementos
fundamentais
na
acção
da
AJTG.
Alguns
são
hoje
apenas
peças
para
exposição;
outros
continuam
a
desempenhar
o
papel
para
o
qual
foram
pensados:
permitir
que
se
continue
a...
jogar
a
tradição.
Jogos
Concelhios:
A
AJTG
promove
há
cerca
de
24
anos
actividades
em
ligação
estreita
com
as
autarquias,
pretendendo
promover
os
jogos
tradicionais
em
ambientes
de
festa
e
união
de
populações.
É
nesta
filosofia
de
festa
e
união
que
se
enquadram
os
Jogos
Concelhios
realizados
já
em
quase
todos
os
concelhos
do
distrito
da
Guarda.
Os
Jogos
Concelhios
organizados
e
promovidos
pela
AJTG
em
conjunto
com
as
autarquias
locais
pretendem
ser
momentos
de
festa
em
que
as
populações
de
todas
as
freguesias
do
concelho
se
unem
à
volta
do
jogo
tradicional.
Neste
contexto
são
sempre
organizados
jogos
que
à
priori
se
sabem
disputados
em
participantes
como
em
espectadores:
a
malha,
a
raiola,
a
corrida
de
sacos,
a
cantarinha,
a
corrida
de
cântaros,
o
salto
a
pés
juntos,
a
luta
tracção
com
corda,
a
pedra,
o
panco,
a
subida
ao
pau
ensebado,
e
vários
outros
jogos
como
o
pião,
as
andas,
os
arcos,
o
sapo,
o
burro,
etc.
12. PATRIMÓNIO MUNDIAL, HERANÇA CULTURAL
12/17
QUESTÕES EM INVESTIGAÇÃO
Em
sequência
das
informações
apresentadas,
referimos,
nesta
altura,
quais
as
questões
que
nos
colocamos
quando
incialmente
começamos
a
reflectir
sobre
este
tema.
Inicialmente
surgiu-‐nos
a
questão
COMO PODEMOS INTERLIGAR AS TRÊS GRANDES TEMÁTICAS PRESENTES NESTE
TRABALHO: TURISMO, CULTURA E JOGO
e
chegamos
à
conclusão
que
através
da
ligação
entre
as
três
áreas
se
consegue:
h Intervir
nos
grupos
e
nas
comunidades.
É
possível
intervir
nas
comunidades
através
de
cada
um
dos
aspectos
individualmente,
mas
é
na
ligação
entre
turismo,
cultura
e
jogo
que
se
consegue
com
maior
possibilidade
de
sucessos
que
esta
intervenção
seja
participada
e
bilateral,
possibilitando
um
turismo
interactivo,
uma
cultura
vivida
e
um
jogo
pedagógico.
h Participar
de
forma
activa,
sem
distanciamentos.
Cada
uma
das
partes
poder
ter
este
nível
de
participação,
mas
é
na
união
que
ela
se
torna
mais
efectiva
e,
efectivamente
mais
potencializada.
h Partilhar
conhecimentos,
regras,
vivências.
Não
é
garantido
que
cada
um
individualmente
consiga
obter
esta
partilha.
O
turismo
não
implica
transmissão
e/ou
absorção
de
conhecimentos,
a
cultura
e
o
jogo
podem
ser
exclusivamente
assistidos
sem
existir
feed-‐back.
No
entanto
os
três
aspectos
em
conjunto
garantem
que
esta
partilha
seja
real.
h Viver
os
locais
e
os
ambientes.
Possivelmente
será
esta
a
pretensão
de
qualquer
destino
turístico.
Afinal
será
para
este
fim
maior
que
os
destinos
existem.
No
entanto,
é
importante
ressalvar
que
viver
os
locais
e
os
ambientes
não
é
viver
nos
locais,
assim
entendemos
a
vivência
dos
locais
como
as
experiências
compartilhadas
com
as
comunidades
anfitriãs
de
acordo
com
as
suas
regras
e
normas.
13. PATRIMÓNIO MUNDIAL, HERANÇA CULTURAL
13/17
Há
medida
que
continuamos
a
nossa
reflexão
debatemo-‐nos
com
a
questão
seguinte:
COMO PODEMOS POTENCIAR A HERANÇA CULTURAL DO CONCELHO E DISTRITO DA
GUARDA ATRAVÉS DA AJTG?
Desta
dúvida
surgiram-‐nos
algumas
soluções.
Além
das
actividades
já
realizadas
pela
AJTG
que
são
uma
forma
de
manter
viva
as
experiências
do
passado,
propomos
um
projecto
com
potencial
a
ser
desenvolvido:
Museu do Jogo Tradicional, Observatório Nacional das
Tradições
Um
espaço
museológico
é
sempre
um
projecto
complexo,
porque
se
pretende
que
para
além
do
espólio
físico
se
consiga
expor
todo
um
espólio
imaterial
difícil
de
ser
transmitido
e
cada
vez
mais
potencializado
pela
multimédia
e
pelas
novas
tecnologias
da
informação.
No
caso
deste
projecto
também
se
pretende
utilizar
todos
os
recursos
possíveis
para
transmitir
o
que
é
mais
importante
neste
género
de
espaço:
o
sentimento,
a
experiência,
a
emoção,
a
interactividade,
a
aprendizagem…
os
afectos.
Em
conjunto
com
a
actividade
museológica,
sugere-‐se
a
criação
de
um
espaço
de
investigação
científica
na
vertente
da
antropologia
e
da
sociologia
e
que
permita
criar
um
espaço
de
estudo
aberto
ao
mundo
académico
e
cientifico,
habitualmente
carente
por
informação
específica
e
credível.
O
Museu
do
Jogo
Tradicional
e
um
Observatório
Nacional
de
Tradições,
porque:
h O
jogo
é
uma
componente
muito
importante
na
vida
e
na
história
dos
povos.
h O
contributo
do
jogo
para
o
património
cultural
do
País
e
em
particular
desta
região
é
extremamente
rico
e
importante
para
a
compreensão
do
sentir
e
do
viver
de
um
povo.
h Limitações
e
dispersão
de
entidades
que
superintendem
esta
área
têm
dificultado
a
recolha
e
tratamento
dos
diversos
acervos
documentais
pertencentes
a
entidades
públicas
e
privadas,
de
molde
a
contribuírem
de
forma
activa
para
a
compreensão
da
sociedade
portuguesa
em
geral
e
do
actividade
lúdica
e
tradicional
em
particular.
14. PATRIMÓNIO MUNDIAL, HERANÇA CULTURAL
14/17
A
finalidade
desta
instituição
deveria
ser:
h Conservar
o
património
cultural
h Promover
as
normas,
os
valores,
as
vivências
h Transmitir
a
história,
as
tradições
h Potenciar
o
turismo
cultural
(a
nível
local,
regional,
nacional)
h Recuperar
os
hábitos,
os
objectos
e
as
histórias
Os
objectivos
a
serem
cumpridos
teriam
que
passar,
obrigatoriamente
por:
h Promoção
da
instituição
promotora
–AJTG
–
e
das
parcerias
públicas
e
privadas
h Dinamizar
a
região
da
Guarda
através
da
criação
de
um
espaço
multidisciplinar
com
enfoque
nas
vertentes
pedagógica,
culturais
e
comerciais
h Fomentar
e
potencializar
a
interactividade
permanente
através
de
oficinas
de
trabalho,
estações
de
jogo
e
utilização
das
NTI
h Recuperar,
conservar
e
produzir
materiais
e
objectos
de
jogo
Para
permitir
um
funcionamento
museológico
correcto,
as
atribuições
deveriam
ser:
h Recolha,
estudo,
identificação,
conservação
no
seu
contexto
histórico,
exposição
e
divulgação
de
espécies
relativas
às
tradições
lúdicas
e
outras
formas
de
manifestação
com
elas
relacionadas.
De
entre
os
milhares
de
objectos
passíveis
de
exposição,
este
museu
deveria
privilegiar:
h Objectos
de
Jogo
h Jogos
tradicionais
h Trajes
e
equipamentos
h Guias,
programas,
bilhetes,
cartazes,
panfletos,
desdobráveis
e
outro
material
de
publicidade
h Fotografias,
pinturas
e
gravuras
h Galhardetes,
flâmulas
e
bandeiras
h Discos,
filmes
e
vídeo
cassetes
h Publicações
h Objectos
artesanais
representativos
de
jogos
15. PATRIMÓNIO MUNDIAL, HERANÇA CULTURAL
15/17
Para
além
do
espaço
do
museu,
propriamente
dito,
sugerimos
a
criação
de
espaços
de
apoio
e
complementares:
h biblioteca;
h iconoteca;
h fototeca;
h fonoteca;
h videoteca;
h cinemateca;
h loja
comercial
própria
h Oficinas
de
construção
e
restauro
h Observatório
Nacional
das
Tradições
As
estratégias
para
implementação
desta
ideia:
h Pequenos
eventos,
grandes
impactos
♦ Dinamismo
♦ Interactividade
♦ Ausência
de
elitismo
cultural
h Inovação
♦ Temática
♦ Forma
de
funcionamento
h Qualidade
♦ Certificação
♦ Controlo
permanente
A
visão
para
o
futuro
deve
passar
por
situações
de
cooperação
nacional
e
internacional
e
também
pela
“certificação”
do
património
cultural
do
distrito
da
Guarda:
h Criar
uma
rede
de
etnografia
e
cultura
popular
europeia
através
da
escolha
de
outras
localidades
como
a
Guarda.
h Candidatura
à
UNESCO
para
16. PATRIMÓNIO MUNDIAL, HERANÇA CULTURAL
16/17
Porque
pensamos
que
este
projecto
poderia
contribuir
para
a
sustentabilidade:
h Planificação
presente
nas
parcerias
estratégicas
com
instituições
públicas
e
privadas
h Integração
na
realidade
local
em
especial
no
que
concerne
á
organização
de
visitas
e
visitantes
h Abertura
ao
território
através
da
cooperação
permanente
com
a
comunidade
local
e
vizinha
h Dimensão
temporal
e
espacial,
através
de
uma
distribuição
equitativa
da
actividade
promocional
h Participação
através
de
compromissos
firmados
entre
todos
os
envolvidos
directa
ou
indirectamente
h Duração
e
viabilidade
que
se
pretende
com
resultados
concretos
e
analisáveis
a
10
anos
17. PATRIMÓNIO MUNDIAL, HERANÇA CULTURAL
17/17
CONCLUSÃO
Após
esta
reflexão
concluímos
que
ainda
há
muito
caminho
para
desbravar
quando
se
fala
em
turismo
cultural
e
que
a
nível
da
nossa
realidade
há
muito
espaço
e
muitos
ambientes
com
potencial
para
serem
aproveitados
em
termos
culturais,
lúdicas
e
principalmente
em
termos
turísticos.
Também
é
verdade
que
os
nossos
olhos
(e
a
nossa
mente)
se
viciam
nas
mesmas
perspectivas
e
só
com
dificuldade
conseguem
visualizar
outros
horizontes,
pelo
que
nem
sempre
a
Serra
da
Estrela
é
o
ponto
mais
atractivo
do
concelho
da
Guarda.
O
concelho
da
Guarda
tem
outros
aspectos
passíveis
de
serem
potencializados
e
atrevemo-‐nos
a
dizer
com
maior
sustentabilidade.
Também
percebemos
que
no
que
se
refere
às
preocupações
com
a
Herança
Cultural,
ela
ainda
não
está
muito
presente
e
o
que
muitos
consideram
a
morte
da
civilização
outros
chamam
globalização
cultural.
A
verdade
é
que
nos
objectivos
do
programa
de
actividades
para
o
Ano
Internacional
do
Planeta
Terra,
em
2008
não
está
previsto
nada
que
vá
de
encontro
à
promoção
da
diferença
cultural
enquanto
forma
de
sublinhar
a
unicidade
de
cada
que
faz
de
nós
um
colectivo:
h Demonstrar
que
existem
novas
e
atractivas
formas
de
fazer
face
aos
desafios
para
tornar
este
planeta
mais
seguro
e
próspero;
h Reduzir
os
riscos
para
a
sociedade
das
consequências
dos
acidentes
naturais
e
originados
por
causas
humanas;
h Reduzir
os
problemas
de
saúde,
através
de
maiores
e
mais
aprofundados
conhecimentos
acerca
dos
aspectos
médicos
das
ciências
da
Terra;
h Descobrir
novos
recursos
naturais.
Para
finalizar
e
considerando
que
2007
é
o
Ano
Europeu
da
Igualdade
de
Oportunidades,
deixamos
a
sugestão
para
este
ano
e
para
o
próximos:
Acrescentem
um
propósito
ao
planeta
terra:
Enfatizar
as
diferenças
como
forma
de
promover
as
igualdades.
ANEXOS: Apresentação
em
Powerpoint
41. Meio Ambiente
• O sentido maior do turismo é
satisfazer o desejo das pessoas
de viajar e viver novas
experiências nos mais diferentes
locais.
♦ incentivar e trabalhar o turismo,
♦ conquistar e satisfazer o turista
♦ trabalhar o meio ambiente de forma
a preservá-lo e recuperá-lo.
42. Sustentabilidade
• "todas as formas de
desenvolvimento turístico,
planeamento e actividades que
mantenham a integridade social e
económica das populações, bem
como a perenidade do património
natural, construído e cultural".
43. Herança Cultural
• “A herança cultural é feita das
coisas que recebemos,
assinalamos e moldamos e
daquelas que esquecemos desde
os tempos mais longínquos.”
Ana da Palma
44. Objectivos World Heritage
• 4 C’s
♦ Credibilidade
♦ Conservação
♦ Capacidade de Construção
♦ Comunicação
Declaração de Budapest, 2002
46. Ano Internacional do Planeta Terra
• Objectivos do programa de
actividades:
♦ Demonstrar que existem novas e
atractivas formas de fazer face aos
desafios para tornar este planeta mais
seguro e próspero;
♦ Reduzir os riscos para a sociedade das
consequências dos acidentes naturais e
originados por causas humanas;
♦ Reduzir os problemas de saúde, através
de maiores e mais aprofundados
conhecimentos acerca dos aspectos
médicos das ciências da Terra;
♦ Descobrir novos recursos naturais.
47. TURISMO
CULTURAL
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse
biblioteca.
FP
48. Cultura
• valores de um dado grupo de pessoas,
• normas que são seguidas
valores são ideias abstractas
normas são princípios
definidos ou regras
que se espera que se cumpram.
• “Cultura é a memória não-hereditária de
uma comunidade”
Lotman
49. Turismo
• actividades que as pessoas
realizam durante as suas viagens
e permanência em lugares
distintos dos que vivem, por um
período de tempo inferior a um
ano consecutivo, com fins de
lazer, negócios e outros
OMT
50. Turismo Cultural
• Permanência prolongada e um contacto
mais “intimo” com a comunidade,
• viagens menores e suplementares
dentro da mesma localidade com o
intuito de aprofundar a experiência
cultural.
• esforço para conhecer, pesquisar e
analisar dados, obras ou factos, nas
suas variadas manifestações
51. Jogo Tradicional
• “… os Jogos Tradicionais podem,
proporcionar estudos
diversificados no âmbito da
História, da Historiografia, da
Psicologia, da Sociologia, da
Pedagogia, da Etnografia e da
Linguística, entre outros.”
Graça Guedes, 1989
52. • “Nos nossos dias, os brinquedos
perderam muito do seu valor social
e dos seus significados lúdicos e
mágicos. Deixaram de ser
instrumentos activos de formação
e divertimento para se
converterem em mercadorias (...).
Pacheco, 1995
53. Turismo, Cultura e Jogo
• Intervir nos grupos e nas comunidades
• Participar de forma activa, sem
distanciamentos
• Partilhar conhecimentos, regras, vivências
• Viver os locais e os ambientes
59. AJTG
• Associação de Jogos Tradicionais da
Guarda
• 1979, Guarda
• Âmbito Distrital
• Colectividade de Utilidade Pública,1986
• Estrutura associativa com base
no voluntariado
• Medalha de Mérito Municipal, 1988
60. Objectivos da AJTG
• Promoção da cultura
e das tradições
♦ Levantamento cultural
♦ Pesquisa de campo
♦ Arquivo
♦ Registo
♦ Publicação
• Recolha, sistematização e incentivo à
prática de Jogos Tradicionais
• Salvaguardar a cultura lúdica
tradicional
61. Actividades
• Mostras e exposições da AJTG
♦ “Brinquedos dos nossos Avós”
♦ “Eu tenho um pião”
♦ “O Tempo a Brincar”
♦ “Jogar a Tradição”
• Concursos para as escolas
• Acções de Formação
62. Actividades
• Publicações
♦ “Brincadeiras da Minha Meninice”
♦ Postais “20 anos, 20 jogos”
• Merchandising
♦ T’Shirts e equipamento desportivo
♦ Pins
♦ Troféus e prémios especiais
♦ Edição de vinhos especiais
com rótulos próprios
63. Actividades
• Jogos Concelhios
• Troféus e Torneios Regionais
• Demonstração de Jogos
♦ Nacionais
♦ Internacionais
• Animação lúdica e desportiva
• Participação em eventos
64. Actividades
• Escola do Jogo do Pau
• Promocional
♦ Cartazes específicos para cada ano
e para eventos em particular
♦ Brochuras genéricas e específicas
♦ Folhetos promocionais de acordo com as
actividades
♦ Guia de Jogos
♦ JigaJoga – boletim informativo
♦ Postais de época (natal, aniversários, etc.)
65. Contributo para o Turismo Cultural
• Intercâmbios anuais com 2 países
da EU (Espanha, França)
• Organização de Conferências temáticas com
a participação de prelectores internacionais
(Espanha, França, Inglaterra, Brasil)
• Participações internacionais, representando
o distrito da Guarda
66. Museu do Jogo Tradicional
Observatório Nacional das Tradições
O Jogo e o Turismo Cultural
67. Justificação
• O jogo é uma componente muito importante na vida
e na história dos povos.
• O contributo do jogo para o património cultural do
País e em particular desta região é extremamente
rico e importante para a compreensão do sentir e do
viver de um povo.
• Limitações e dispersão de entidades que
superintendem esta área têm dificultado a recolha e
tratamento dos diversos acervos documentais
pertencentes a entidades públicas e privadas,
de molde a contribuírem de forma activa
para a compreensão da sociedade
portuguesa em geral e do actividade lúdica
e tradicional em particular.
68. Finalidades
• Conservar o património cultural
• Promover as normas, os valores,as
vivências
• Transmitir a história, as tradições
• Potenciar o turismo cultural (a nível local,
regional, nacional)
• Recuperar os hábitos, os objectos
e as histórias
69. Objectivos
• Promoção da instituição promotora –AJTG –
e das parcerias públicas e privadas
• Dinamizar a região da Guarda através da
criação de um espaço multidisciplinar com
enfoque nas vertentes pedagógica, culturais
e comerciais
• Fomentar e potencializar a interactividade
permanente através de oficinas de trabalho,
estações de jogo e utilização das NTI
• Recuperar, conservar e produzir materias e
objectos de jogo
70. Atribuições
• Recolha, estudo, identificação,
conservação no seu contexto histórico,
exposição e divulgação de espécies
relativas às tradições lúdicas e outras
formas de manifestação com elas
relacionadas.
71. Acervo
• Objectos de Jogo
• Jogos tradicionais
• Trajes e equipamentos
• Guias, programas, bilhetes, cartazes, panfletos,
desdobráveis e outro material de publicidade
• Fotografias, pinturas e gravuras
• Galhardetes, flâmulas e bandeiras
• Discos, filmes e vídeo cassetes
• Publicações
• Objectos artesanais
representativos de jogos
72. Estruturas de Apoio
• biblioteca;
• iconoteca;
• fototeca;
• fonoteca;
• videoteca;
• cinemateca;
• loja comercial própria
• Oficinas de construção e restauro
• Observatório Nacional das Tradições
75. Contributo para o turismo
• A Guarda não tem capacidade para um
turismo de massas;
• 80% da população da UE vive em espaços
urbanos e passa as suas férias em espaços
rurais;
• As pessoas procuram memórias vivas do seu
passado com o objectivo de transmitir as
gerações futuras
• Os tempos de lazer participativos
ganham espaço aos passivos
76. Estratégias
• Pequenos eventos, grandes impactos
♦ Dinamismo
♦ Interactividade
♦ Ausência de elitismo cultural
• Inovação
♦ Temática
♦ Forma de funcionamento
• Qualidade
♦ Certificação
♦ Controlo permanente
77. Futuro
• Criar uma rede de etnografia
e cultura popular europeia
através da escolha de outras
localidade como a Guarda.
78. Princípios básicos da
sustentabilidade
• Planificação presente nas parcerias estratégicas
com instituições públicas e privadas
• Integração na realidade local em especial
no que concerne á organização de visitas e visitantes
• Abertura ao território através da cooperação
permanente com a comunidade local e vizinha
• Dimensão temporal e espacial, através de
uma distribuição equitativa da actividade promocional
• Participação através de compromissos firmados
entre todos os envolvidos directa ou indirectamente
• Duração e viabilidade que se pretende com
resultados concretos e analisáveis a 10 anos
79. Para andar lhe pus a capa
E tirei-lha para andar
Ele sem a capa não anda
Nem com ela pode andar
80. Projecto desenvolvido no âmbito do módulo “Tursimo Cultural e da Natureza”
da pós-graduação em Marketing de Eventos e Produtos Turísticos por:
Elsa Fernandes | Glória Caetano | João Mesquita | Paulo Gonçalves
Docente: Professora Doutora Margarida Vaz
OBRIGADO