Aula demonstrativa do Curso de Questões Comentadas de Português para Concurso TCU 2015 de Técnico Federal.
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Curso de Direito Previdenciário para Concurso TCDF de Auditor
Questões Comentadas de Português p/ TCU - Técnico
1. Aula 00
RETA FINAL - Questões Comentadas de Português p/ TCU - Técnico
Professor: Ludimila Lamounier
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AULA 00 LÍNGUA PORTUGUESA
Olá, amigos do Estratégia Concursos, tudo bem?
Sejam bem-vindos ao curso de Questões de Língua Portuguesa
para o concurso do TCU Técnico Federal de Controle Externo.
Como o CESPE foi a banca organizadora do último concurso, este curso
será focado exclusivamente em questões dessa instituição e no edital
passado.
A Língua Portuguesa é um importante diferencial em
qualquer concurso, tanto na prova objetiva quanto na discursiva.
Em grande parte deles, a disciplina apresenta um número elevado de
questões e, muitas vezes, tem peso dois. As bancas têm formulado provas
cada vez mais difíceis e complicadas, e, assim, o candidato que domina a
matéria tem mais chances de sucesso nos certames.
O aluno precisa dominar a sintaxe, a semântica, a ortografia, a
gramática, como um todo, além da interpretação de textos. Somente bem
afiados, vocês serão capazes de conseguir uma alta pontuação e fazer a
diferença entre seus concorrentes. É fato: a nota de Língua Portuguesa
pode definir a colocação no concurso. Ela pode tanto desclassificar
excelentes candidatos quanto colocar outros nas primeiras posições.
Além disso, qualquer pessoa só ganha em aprender corretamente o
próprio idioma, em saber se expressar, em saber falar, e em saber ler e
interpretar o que realmente está escrito. Como é bom adquirir
conhecimento, não é mesmo? Ainda mais um que é aplicado em tudo o
que fazemos, durante todos os dias de nossa vida. Por isso, estudar
português nunca é demais, vocês sempre aprenderão coisas novas para
colocar em prática.
A intenção deste curso é que o aluno, por meio da resolução
dos exercícios e análise das questões comentadas, tenha um
domínio geral e completo da disciplina e esteja preparado para
SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação da professora 02 - 04
Cronograma do Curso 04 05
Informações sobre o Curso 05 07
A prova do CESPE 07 08
Lista de Questões 08 39
Gabarito 40 - 41
Questões Comentadas 42 111
Interpretação de texto: informações adicionais 112 - 123
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prestar este concurso e outros. Os exercícios são o meio ideal para o
candidato se familiarizar com as provas de concursos públicos e a forma
como cada assunto é explorado pela banca.
Geralmente, as questões utilizadas pelas bancas examinadoras se
repetem. Por isso, além de analisar as provas mais recentes e perceber
qual o posicionamento adotado pela organizadora em certos temas, é
importante também resolver as provas dos últimos dez anos. A prioridade
deve ser sempre a instituição responsável pelo seu concurso.
Pretendo, portanto, que todos melhorem seu desempenho na
disciplina, mesmo que alguns pontos da matéria pareçam básicos demais.
Há sempre algum detalhe para (re)aprender e memorizar, não é mesmo?
Apresentação da professora
Antes de iniciar os comentários sobre o funcionamento do nosso
curso, gostaria de fazer uma apresentação pessoal.
Meu nome é Ludimila Lamounier e sou Consultora Legislativa da
Câmara dos Deputados (Área XIII Desenvolvimento Urbano, Trânsito e
Transportes) desde janeiro de 2015, em concurso realizado pelo CESPE.
Antes de tomar posse no meu atual cargo, trabalhei por quase dois anos
como Analista Legislativo/Técnica Legislativa também da Câmara dos
Deputados. Antes disso, exerci por pouco mais de oito anos, no Ministério
Público Federal, o cargo de Analista em Arquitetura/Perita. Este foi meu
primeiro cargo no mundo do concurso público, no qual obtive a primeira
colocação no certame promovido pela ESAF em 2004. Mas, antes de
conquistá-lo, passei por várias provas, com aprovação nos seguintes
concursos:
Arquiteto - Emater 2004 (1° lugar);
Arquiteto - Infraero 2004;
Arquiteto - Correios/MG 2004;
Arquiteto - Câmara dos Deputados 2003;
Arquiteto - BNDES 2002;
Arquiteto - BR Distribuidora 2002;
Arquiteto - Prefeitura Municipal de Sete Lagoas/MG 2002.
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Em 2012, apesar de adorar meu trabalho como perita, decidi sair do
Ministério Público em busca de um salário maior e de melhores condições
de plano de carreira. No início daquele ano, prestei o concurso de Técnico
Legislativo/Processo Legislativo do Senado Federal, realizado pela FGV, no
qual obtive a 34ª colocação. No mesmo ano, também participei do
concurso para o cargo de Analista Legislativo/Técnica Legislativa da
Câmara dos Deputados, promovido pelo CESPE.
Sobre a minha relação com a Língua Portuguesa, tenho o costume
de dizer que ela vem desde sempre. Digo isso, porque, ainda nos antigos
tempos de colégio, já era uma relação bastante íntima, pois a escola onde
estudei tratava o Português com uma importância especial. Os alunos
sempre eram direcionados para o constante contato com a leitura e a
escrita. É esse aprendizado que trago comigo, uma base que me ajuda
nos concursos, na minha vida pessoal e no trabalho.
Antes de minha aprovação no MPF, fui professora particular de
português para provas da ESAF e do CESPE, com aulas específicas sobre
questões. Atividade a que dei continuidade por mais três anos depois de
começar a trabalhar no MPF.
No MPF, a minha carreira como perita exigia muito conhecimento
em nossa língua, pois meu trabalho era a produção de laudos e pareceres.
A minha rotina era escrever e escrever, e, desse modo, o treino contínuo
me habilitou ainda mais na atividade de redatora e me trouxe mais
conhecimento, tornando-me uma verdadeira amante das letras.
Essa habilidade foi fundamental para que eu conseguisse notas altas
nas provas objetivas de Português e nas discursivas, diferencial para a
minha aprovação nos dois concursos que prestei em 2012. No concurso da
Câmara dos Deputados (2012), minha nota nas duas provas discursivas
foi a soma de 171,81 em um total de 175 pontos (em uma delas a nota foi
a máxima). Pontuação decisiva, com a qual subi em torno de quatrocentas
posições no resultado final.
Por sua vez, o concurso de Consultor Legislativo da Câmara dos
Deputados (2014) também exigiu bastante desenvoltura em Português e
nas discursivas, porque tivemos que escrever quatro peças (dissertação,
discurso, parecer e minuta de proposição), cada uma com 120 linhas e
sem tempo suficiente para rascunho. É muito gratificante ter conseguido
ficar dentro das duas vagas disponíveis, no edital, para a Área de
Desenvolvimento Urbano, Trânsito e Transportes. Sem dúvida alguma,
dominar a Língua Portuguesa foi o meu grande recurso, o meu diferencial
para conquistar essa tão sonhada aprovação em um dos concursos mais
difíceis do país.
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Em 2014, iniciei meus estudos de pós-graduação em Português
Revisão de Texto, e estou muito animada com a nova oportunidade.
Pessoal, este é meu compromisso aqui no Estratégia: dedicar-me a
vocês. Quero disponibilizar o conhecimento e a experiência adquiridos
para que meus alunos consigam superar as barreiras e dificuldades do
Português, tirar notas altas e conquistar o tão almejado cargo.
Além de buscar da melhor forma a disponibilização de um material
adequado e de qualidade, estarei à disposição e darei suporte a vocês
nessa árdua e complicada fase de preparação. Podem contar comigo!
Sempre que precisarem, entrem em contato. E postem suas dúvidas
no fórum das aulas, aproveitem essa ferramenta, que é de grande auxílio.
Bom, feitas as apresentações iniciais, passemos à proposta do nosso
curso.
Cronograma do Curso
Vejamos como será o cronograma do nosso curso:
Aulas Tópicos abordados Data
Aula 00
Compreensão e interpretação de textos. Tipologia
textual. 06/05
Aula 01 Ortografia oficial. Acentuação gráfica. 18/05
Aula 02 Emprego das classes de palavras. 27/05
Aula 03
Sintaxe da oração e do período.
08/06
Aula 04 Concordância nominal e verbal. Pontuação. 17/06
Aula 05 Regência nominal e verbal. Emprego do sinal
indicativo de crase.
29/06
Aula 06 Redação de correspondências oficiais. 08/07
Aula 07 Aula extra: Verbos 20/07
Aula 08 Aula extra: Pronomes. 29/07
Aula 09
Aula extra: Interpretação de textos - Texto:
compreensão, interpretação, reescritura e correção
gramatical. Coesão, coerência e semântica.
Significação das palavras.
10/08
Aula 10 Revisão e dicas. Simulado com questões CESPE. 19/08
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Atenção!
A depender da data de publicação do edital e realização do
concurso, adaptaremos o cronograma para antecipar a liberação
das aulas e o ajuste dos assuntos.
Informações sobre o Curso
A nossa metodologia será o desenvolvimento da teoria por meio de
questões comentadas, de forma a conjugar a explanação do conteúdo
com a prática das provas, o que facilita a assimilação completa da
matéria. Essa metodologia permite uma preparação mais eficaz e efetiva,
pois o estudo concentrado apenas na teoria se torna muito cansativo.
Assim, cada aula contará com, no mínimo, 50 questões do CESPE
para que vocês as resolvam, procedam à correção pelo gabarito e revisem
por meio dos comentários apresentados no final.
Assim, este curso será composto de uma média de 500 questões
propostas e comentadas. É um verdadeiro arsenal de questões, capaz
de deixá-los preparadíssimos para a prova!
ACORDO ORTOGRÁFICO
Neste curso, também será tratado o Novo Acordo Ortográfico, que já
está em vigor. A banca examinadora pode, portanto, cobrar o
conhecimento do candidato em relação a essas novas regras de
ortografia. É importante que o aluno se atualize, pois as instituições já
vêm adaptando suas provas à nova grafia.
Salienta-se que o Decreto n. 7875, de 27 de dezembro de 2012,
prorrogou o prazo de transição, até 31 de dezembro de 2015, para
implementação do Acordo Ortográfico. Nesse período, coexistirão a norma
ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS E SIMULADO
Pessoal, pela minha experiência no mundo concurseiro, percebo que
há uma grande dificuldade dos alunos em relação à interpretação de
textos. Os candidatos reclamam que não se sentem confiantes e não
sabem como fazer para responder às questões. Além disso, a
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interpretação de textos vem tendo uma participação cada vez maior
no número de questões das provas. Desse modo, quero tratar desse
assunto e desvendar as técnicas de interpretação, para que vocês tenham
mais segurança na hora da prova.
Este curso, além desta aula com aspectos introdutórios sobre
interpretação de textos, terá outra específica e detalhada sobre
esse tema. Esta primeira aula expõe o assunto de forma mais genérica e
introdutória, com explicação de conceitos relativos a essa parte da
disciplina.
A aula extra voltada à interpretação de textos ensinará táticas
para facilitar a interpretação de textos. Nela, darei várias dicas para
serem usadas na hora da prova, de forma a otimizar a leitura e a
compreensão, e, assim, usar o tempo disponível da melhor maneira. Será
uma oportunidade única de treinamento em interpretação de
textos.
Outro tópico do curso, que será muito proveitoso para vocês, se
refere à última aula. Nela, faremos uma espécie de revisão por meio
de dicas sobre o correto uso do idioma. Além disso, teremos um
simulado com questões comentadas exclusivas do CESPE, para que
vocês tenham a oportunidade de treinar os conhecimentos adquiridos ao
longo do curso.
SUPORTE
Nossos estudos vão além das aulas que constam deste curso. Quero
que vocês compartilhem comigo suas dúvidas. Todos nós as temos, e isso
é natural. Só quem estuda tem dúvidas. Vocês podem ter todas as
dúvidas do mundo agora, mas não na hora da prova.
Como já mencionei, não deixem de usar o fórum das aulas. Vamos
discutir o que for preciso para que vocês terminem o curso realmente
seguros de que possam fazer uma boa prova.
O meu objetivo é que vocês aproveitem bem o curso e adquiram o
conhecimento transmitido. Por isso, estou aberta a críticas, sugestões,
questionamentos, solicitação de mais explicações sobre a teoria e as
questões, etc.
Contem comigo!
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Ficarei muito feliz com o sucesso de cada um de vocês, nada é mais
gratificante para um professor do que saber que pôde fazer diferença na
vida de seu aluno, de saber que o ajudou na conquista de um sonho.
A prova do CESPE
O CESPE foi o organizador do último concurso. Essa banca atua no
ramo dos concursos públicos há algum tempo, de modo que não é difícil
traçar um perfil sobre sua forma de avaliação e correção. Lembrem-se,
conhecer o estilo de cobrança de uma banca e o posicionamento acerca de
alguns temas pode fazer toda a diferença na hora da aprovação!
As provas do CESPE costumam gerar nos candidatos um pouco de
receio, a começar pelo sistema de cobrança que geralmente não traz
alternativas para o candidato escolher a correta. O mais comum é haver
uma afirmativa que deve ser julgada como CERTO ou ERRADO. É
importante lembrar que, nesse caso, uma alternativa marcada
erroneamente anula um acerto. Dessa forma, é preciso que vocês estejam
muito seguros e atentos na hora de marcar o gabarito. Normalmente, o
grau de dificuldade do CESPE é considerado complexo. Vale destacar que
as provas de Português têm dado uma relevância cada vez maior às
questões de interpretação de texto.
Mas não se preocupem! Assim que o edital for divulgado,
analisaremos melhor a cobrança da banca examinadora. Os pontos do
edital de Língua Portuguesa serão examinados cuidadosamente, e
chamarei atenção do aluno para as principais questões. Dessa forma, não
há preocupações, exploraremos todos os tópicos do edital de maneira
teórica e prática, a fim de deixá-los afiados até a data da prova.
De todo modo, vale ressaltar que para montar este curso, foi
utilizado como base o edital do concurso passado, abaixo discriminado.
Você notará que o cronograma divulgado abarca todos os pontos e ainda
apresenta três aulas com conteúdo extra: Verbos, Pronomes e
Interpretação de Texto. Esses assuntos foram acrescentados, não só
porque são fundamentais para o completo domínio da Língua Portuguesa,
bem como porque poderão aparecer no edital a ser publicado.
LÍNGUA PORTUGUESA: Compreensão e interpretação de textos. Tipologia
textual. Ortografia oficial. Acentuação gráfica. Emprego das classes de palavras.
Emprego do sinal indicativo de crase. Sintaxe da oração e do período. Pontuação.
Concordância nominal e verbal. Regência nominal e verbal. Significação das
palavras. Redação de correspondências oficiais.
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Dito tudo isso, já podemos partir para a nossa aula 00! Todos
prontos?
Bons estudos,
Ludimila Lamounier
prof.ludimila.estrategia@gmail.com
LISTA DE QUESTÕES
Questão 01 (CESPE) Oficial de Controle Externo TCE-RS/2013
O sistema de banco de milhagens desenvolvido pelo TCE/RS é modelo para outras
instituições no Rio Grande do Sul e no Brasil. O banco de registro de milhagens utiliza os
créditos de passagens aéreas custeadas com recursos públicos. De acordo com o
presidente do TCE/RS, a proposta irá gerar considerável economia aos cofres públicos.
Considerando que as despesas com a emissão de passagens para viagens oficiais são
custeadas pelo tesouro, entendemos que devem ser adotadas todas as medidas possíveis
para que esses créditos sejam utilizados na aquisição de novos bilhetes, em benefício dos
Prêmios ou créditos de milhagens oferecidos pelas companhias de transporte aéreo,
quando resultantes de passagens adquiridas com recursos da administração direta ou
indireta de qualquer dos poderes do Rio Grande do Sul, serão incorporados ao erário e
utilizados apenas em missões oficiais.
Internet: <www1.tce.gov.br/portal> (com adaptações).
Com base no texto acima, julgue o item que se segue.
Depreende-se das informações do texto que os funcionários que usarem passagens
aéreas custeadas pelo governo do Rio Grande do Sul podem usufruir, para viagens
particulares, dos prêmios ou créditos de milhagens concedidos pelas companhias aéreas.
Questão 02 - (CESPE) Todos os cargos - MS/2013
Trecho de entrevista concedida por Lígia Giovanella (LG) à revista Veja (VJ).
VJ Por que o Brasil investe pouco?
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LG Temos limites nas nossas políticas econômicas,
além de disputas sociais e políticas que atrapalham a discussão sobre a quantidade de
recursos. Sabemos que um Sistema Único de Saúde (SUS) de qualidade e com oferta
universal de serviços aumentaria a disposição da classe média em contribuir com o
pagamento de impostos que financiam o sistema. Atualmente, há baixa disposição
porque a classe média não utiliza o serviço e porque os serviços não são completamente
universalizados.
VJ O SUS corre o risco de se tornar inviável? O que
precisa ser feito para que não ocorra um colapso no sistema público?
LG Não acredito que haja risco iminente de colapso do
SUS, mas as escolhas que fizermos a partir de agora podem levar à construção de
diferentes tipos de sistema, a exemplo de uma política mais direcionada a parcelas mais
pobres da população ou um sistema sem acesso universal. O SUS terá de responder às
mudanças sociais. Com a melhoria da situação econômica de uma parcela da sociedade,
precisará atender a expectativas da nova classe média baixa.
VJ Além de aumentar o investimento, o que mais é importante?
LG Outro desafio é estabelecer prioridades para o
modelo assistencial. Atualmente, a cobertura de atenção básica, por meio do programa
Saúde da Família, alcança apenas 50% da população. É preciso que haja uma ampliação
sustentada, de modo a atingir 80% da população. Já estamos em um momento avançado
no SUS, em que é necessário dar à população garantias explícitas de que os serviços irão
funcionar. Além disso, o Brasil precisa intensificar a formação de médicos especializados
em medicina de família e comunidade.
Natalia Cuminale. Desafios brasileiros. Brasil precisa dobrar gasto em saúde, diz especialista.
Internet: (com adaptações).
No que diz respeito à organização das ideias no texto, julgue o item que se
segue.
Conforme o texto, o SUS é autossuficiente, visto que tem capacidade de gerenciar as
necessidades de atendimento de novas demandas e expectativas; por isso, prescinde de
recursos financeiros do poder público.
Questão 03 - (CESPE) Assistente em Ciência e Tecnologia - INCA/2010
Criada em 1983 pela doutora Zilda Arns, a Pastoral da Criança monitora atualmente
cerca de 2 milhões de crianças de até 6 anos de idade e 80 mil gestantes, com presença
em mais de 3,5 mil municípios em todo o país, graças à colaboração de 155 mil
voluntários. A importância da Pastoral é palpável: a média nacional de mortalidade
infantil para crianças de até 1 ano, que é de 22 indivíduos por mil nascidos vivos, cai
para 12 por mil nos lugares atendidos pela instituição. Na primeira experiência da
Pastoral, em Florestópolis, no Paraná, a mortalidade infantil despencou de 127 por mil
nascimentos para 28 por mil em apenas um ano. Sua metodologia é simples por
meio de conversas frequentes com a família, o voluntário receita cuidados básicos para
evitar que a criança morra por falta de conhecimento, como os hábitos de higiene, a
administração do soro caseiro e a adoção da farinha de multimistura na alimentação, que
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se tornou uma solução simples e emblemática contra a desnutrição. Mas o seu segredo é
um só: a persistência.
Jornal do Commercio (PE), Editorial, 20/1/2010 (com adaptações).
Acerca do texto acima, das suas características e estruturas linguísticas, julgue
a afirmativa:
Esse texto é predominantemente narrativo.
Questão 04 - (CESPE) Técnico TRE-AP/2007
Jornal do comércio O voto aberto nos processos de cassação poderia mudar o destino
dos acusados?
Schirmer Não sei se o voto aberto mudaria o resultado final. O que ele mudaria seria a
responsabilidade individual. Porque, com a votação aberta, você e responsável pelo seu
voto. Votando sim ou não, você assume a responsabilidade pelo voto dado. Com o voto
fechado, a responsabilidade é difusa, pois ninguém sabe quem votou em quem e, sendo
assim, todos carregam o ônus do resultado da votação. O voto fechado é muito ruim
porque quem sai perdendo é a própria instituição. Em vez de você falar mal de um ou de
outro deputado, você acaba penalizando a instituição.
Jornal do Comércio, 17.4.2006.
Assinale a opção correta quanto à compreensão e à tipologia do texto.
a) Por estar estruturado em duas partes, compreendendo uma pergunta e uma resposta,
o texto pode pertencer ao gênero entrevista.
b) Na pergunta feita pelo Jornal do Comércio, predomina a descrição dos processos de
cassação.
c) O parágrafo que contém a resposta de Schirmer possui estrutura predominantemente
narrativa, porque o falante explica como se processam as atividades de cassação de
eleitos.
d) O segundo parágrafo do texto é estruturalmente argumentativo, porque apresenta,
primeiro, os aspectos favoráveis ao voto em aberto e, em um segundo momento, os
aspectos desfavoráveis dessa modalidade de votação.
e) O primeiro e o segundo parágrafos têm a mesma estrutura textual e a mesma
tipologia: são dissertativos.
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Questão 05 (CESPE) Diplomata Instituto Rio Branco/2012
Fragmento I
Macunaíma
No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói da nossa gente. Era preto
retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande
escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma criança feia.
Essa criança é que chamaram de Macunaíma.
Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos
não falando. Si o incitavam a falar exclamava:
Ai! Que preguiça!...
e não dizia mais nada. Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de paxiúba, espiando
o trabalho dos outros e principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e
Jiguê na força do homem.
Fragmento II
9 Carta pras icamiabas
Às mui queridas súbditas nossas, Senhoras Amazonas.
Trinta de Maio de Mil Novecentos e Vinte e Seis,
São Paulo.
Senhoras:
Não pouco vos surpreenderá, por certo, o endereço e a literatura desta
missiva. Cumpre-nos, entretanto, iniciar estas linhas de saudade e muito amor, com
desagradável nova. É bem verdade que na boa cidade de São Paulo a maior do
universo, no dizer de seus prolixos habitantes
voz espúria, sinão que pelo apelativo de Amazonas; e de vós, se afirma, cavalgardes
ginetes belígeros e virdes da Hélade clássica; e assim sois chamadas. Muito nos pesou a
nós, Imperator vosso, tais dislates da erudição, porém heis de convir conosco que,
assim, ficais mais heroicas e mais conspícuas, tocadas por essa platina respeitável da
tradição e da pureza antiga.
(...)
Macunaíma, Imperator
Mário de Andrade. Macunaíma, o herói sem nenhum
caráter. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 13, 97 e 109.
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Considerando a coerência, a progressão temática e as marcas de
referencialidade do fragmento II do texto, julgue (C ou E) o seguinte item.
A formalidade da linguagem, na carta endereçada às icamiabas, é adequada ao texto e
destinatárias, as icamiabas.
Questão 06 (CESPE) Diplomata Instituto Rio Branco/2012
(Responda com base nos textos da questão anterior.)
Considerando os aspectos linguísticos e a estrutura da narrativa nos fragmentos
julgue (C ou E) o item subsequente.
Ambos os fragmentos apresentam a estrutura textual típica da narrativa, recurso
empregado pelo autor como forma de manter a coerência dos fatos narrados.
Questão 07 (CESPE) Nível Médio TJ-RR/2012
A dependência do mundo virtual é inevitável, pois grande parte das tarefas do nosso dia
a dia são transferidas para a rede mundial de computadores. A vivência nesse mundo
tem consequências jurídicas e econômicas, assim como ocorre no mundo físico. Uma das
questões suscitadas pelo uso da Internet diz respeito justamente aos efeitos dessa
transposição de fatos do mundo real para o mundo virtual, sobretudo no que se refere à
sua interpretação jurídica. Como exemplos de situações problemáticas, podemos citar a
aplicação das normas comerciais e de consumo nas transações realizadas pela Internet, o
recebimento indesejado de mensagens por email (spam), a validade jurídica do
documento eletrônico, o conflito de marcas com os nomes de domínio, a propriedade
intelectual e industrial, a privacidade, a responsabilidade dos provedores de acesso, de
conteúdo e de terceiros na Web bem como os crimes de informática.
Renato M. S. Opice Blum. Internet: <www.ibpbrasil.com.br> (com adaptações).
Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do texto, julgue o item
subsequente.
Infere-se das informações do texto que no mundo virtual os problemas jurídicos e
econômicos potenciais têm equivalência aos problemas do mundo físico.
Questão 08 - (CESPE) Técnico Segurança do Trabalho - SERPRO/2008
A ansiedade não é doença. Faz parte do sistema de defesa do ser humano e está
projetada em quase todos os animais vertebrados. O significado mais aceito hoje em dia
vem do psiquiatra australiano Aubrey Lewis, que, em 1967, caracterizou-
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estado emocional com a qualidade do medo, desagradável, dirigido para o futuro,
A ansiedade não é doença. É problema de ordem do comportamento que afeta o convívio
social. A ansiedade pode se apresentar como sintoma em muitas doenças ditas
emocionais e mentais, e interfere sobremaneira nos níveis de satisfação do indivíduo.
Quem não se sentiu ansioso até hoje? Com o mundo do jeito que está, natural é se sentir
ansioso; é permitido ficar ansioso. Prejudicial é não saber lidar com a ansiedade. A
proposta é abordar meios eficazes de lidar com esse comportamento que gera tantos
distúrbios.
Diz Patch Adams que indivíduo saudável é aquele que tem uma vida vibrante e feliz,
porque utiliza ao máximo o que possui e só o que possui, com muito prazer. Este é o
indivíduo satisfeito que não anseia quimeras e que sabe viver alegre e feliz.
Internet: <www.irc-espiritismo.org.br> (com adaptações).
A partir da leitura interpretativa e da tipologia do texto acima, julgue o item a
seguir.
O segundo parágrafo do texto é do tipo expositivo, pois caracteriza a ansiedade.
Questão 09 - (CESPE) Técnico-BACEN/2013
Em relação ao texto apresentado acima, julgue os itens seguintes.
o grau de formalidade do texto.
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Questão 10 (CESPE) Técnico Judiciário TRT-17ª Região/2013
Existem várias formas de punição para aqueles que pratiquem assédio moral, podendo
essa punição recair tanto no assediador, quanto na empresa empregadora que não
coíba, ou que até mesmo incentive o assédio, como ocorre, por exemplo, no caso do
assédio moral organizacional, decorrente de políticas corporativas. O empregador
responde pelos danos morais causados à vítima que tenha sofrido assédio em seu
estabelecimento, nos termos do artigo 932 do Código Civil. Em caso de condenação,
cabe à justiça do trabalho fixar um valor de indenização, com o objetivo de reparar o
dano. O assediador, por sua vez, poderá ser responsabilizado em diferentes esferas: na
penal, estará sujeito à condenação por crimes de injúria e difamação, constrangimento
e ameaça (artigos 139, 140, 146 e 147 do Código Penal); na trabalhista, correrá o risco
de ser dispensado por justa causa (artigo 482 da Consolidação das Leis do Trabalho) e
ainda por mau procedimento e ato lesivo à honra e à boa fama de qualquer pessoa; por
fim, na esfera cível, poderá sofrer ação regressiva, movida pelo empregador que for
condenado na justiça do trabalho ao pagamento de indenização por danos morais, em
virtude de atos cometidos pelo empregado.
Internet: <www.tst.jus.br> (com adaptações).
A respeito das estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item seguinte.
O texto classifica-se como expositivo, visto que, nele, é defendida, com base em
argumentos, a punição daqueles que pratiquem assédio moral.
Questão 11 (CESPE) Auditor de Contas Públicas - CGE-PB/2008
No passado, havia uma visão global de trocar o capitalismo pelo socialismo. Hoje
vivemos uma situação em que o capitalismo é uma realidade. As alternativas postas em
prática pela história não deram certo. Então, hoje nada mais resta senão aceitar o
capitalismo e tentar transformá-lo, não derrubá-lo. Hoje é possível utilizar outras formas
de luta, que não rompem com os requisitos legais, com uma capacidade de êxito maior.
Fernando Gabeira. Entrevista. Istoé, 6/6/2007, p. 8 (com adaptações)
Infere-se da arg
(sublinhado no texto) é
a) trocar o capitalismo pelo socialismo.
b) vivenciar o capitalismo como realidade.
c) pôr em prática as alternativas propostas pela história.
d) transformar o capitalismo, respeitando-se os requisitos legais.
e) buscar êxito maior na troca do socialismo pelo capitalismo.
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Questão 12 - (CESPE) Auxiliar de Administração - FUB/2013
Mais verbas têm de se traduzir em mão de obra qualificada, instalações de excelência e
equipamentos de ponta. Saúde e educação devem atrair os talentos mais cobiçados do
país, capazes de ombrear com profissionais que sobressaem no mundo globalizado.
Atingir o patamar de excelência implica perseguir metas, avaliar resultados e corrigir
rumos. Jeitinho, outro nome da improvisação, falta de compromisso e consequente
desperdício, precisa fazer parte de um passado que cultivou a ineficiência para sustentar
orgias pessoais que condenaram gerações à ignorância e ao atraso.
Correio Braziliense, 18/08/2013 (com adaptações).
Em relação ao fragmento de texto acima, julgue o próximo item.
Predomina no fragmento em questão o tipo textual narrativo.
Questão 13 (CESPE) Analista Administrativo - ANTAQ/2014
A participação e o lugar da mulher na história foram negligenciados pelos historiadores e,
por muito tempo, elas ficaram à sombra de um mundo dominado pelo gênero masculino.
Ao pensarmos o mundo medieval e o papel dessa mulher, o quadro de exclusão se
agrava ainda mais, pois, além do silêncio que encontramos nas fontes de consulta, os
textos, que muito raramente tratam o mundo feminino, estão impregnados pela aversão
dos religiosos da época por elas.
Na Idade Média, a maioria das ideias e de conceitos era elaborada pelos escolásticos.
Tudo o que sabemos sobre as mulheres desse período saiu das mãos de homens da
Igreja, pessoas que deveriam viver completamente longe delas. Muitos clérigos
consideravam-nas misteriosas, não compreendiam, por exemplo, como elas geravam a
vida e curavam doenças utilizando ervas.
A mulher era considerada pelos clérigos um ser muito próximo da carne e dos sentidos e,
por isso, uma pecadora em potencial. Afinal, todas elas descendiam de Eva, a culpada
pela queda do gênero humano. No início da Idade Média, a principal preocupação com as
mulheres era mantê-las virgens e afastar os clérigos desses seres demoníacos que
personificavam a tentação. Dessa forma, a maior parte das autoridades eclesiásticas
desse período via a mulher como portadora e disseminadora do mal.
Isso as tornava más por natureza e atraídas pelo vício. A partir do século XI, com a
instituição do casamento pela Igreja, a maternidade e o papel da boa esposa passaram a
ser exaltados. Criou-se uma forma de salvação feminina a partir basicamente de três
modelos femininos: Eva (a pecadora), Maria (o modelo de perfeição e santidade) e Maria
Madalena (a pecadora arrependida). O matrimônio vinha para saciar e controlar as
pulsões femininas. No casamento, a mulher estaria restrita a um só parceiro, que tinha a
função de dominá-la, de educá-la e de fazer com que tivesse uma vida pura e casta.
Essa falta de conhecimento da natureza feminina causava medo aos homens. Os
religiosos se apoiavam no pecado original de Eva para ligá-la à corporeidade e
inferiorizá-la. Isso porque, conforme o texto bíblico, Eva foi criada da costela de Adão,
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sendo, por isso, dominada pelos sentidos e os desejos da carne. Devido a essa visão,
acreditava-se que ela fora criada com a única função de procriar.
Essa concepção de mulher, que foi construída através dos séculos, é anterior mesmo ao
cristianismo. Foi assegurada por ele e se deu porque permitiu a manutenção dos homens
no poder; forneceu ao clero celibatário uma segurança baseada na distância e legitimou
a submissão da ordem estabelecida pelos homens. Essa construção começou apenas a
ruir, mas os alicerces ainda estão bem fincados na nossa sociedade.
Patrícia Barboza da Silva. Colunista do Brasil Escola. (com adaptações).
A respeito das ideias e de aspectos gramaticais do texto acima, julgue o item.
De acordo com o texto, a visão medieval em relação à mulher permanece até os dias
atuais.
Questão 14 (CESPE) Estudante universitário SEE-DF/2014
Ao nos contar a história dos percalços de um funcionário em ascensão pela burocracia do
Brasil imperial, Antonio Candido revisita as questões cruciais de nosso século XIX.
Nascido em um Rio ainda joanino em 1810, Antonio Nicolau Tolentino entrou para o
serviço público em 1825, atravessou os anos turbulentos das Regências e do início do
Segundo Reinado, falecendo em julho de 1888, logo após a abolição da escravatura. O
personagem viveu, portanto, quase todo o período. Em si, o fato não tornaria mais, ou
menos, interessante sua trajetória pessoal, não fosse ela significativa o suficiente para
revelar a dinâmica social do tempo. Filho de lavradores pobres ou de mãe solteira não
se sabe ao certo , saiu da obscuridade por esforço próprio, foi reconhecido em seu
valor por figurões da política, arranjou um bom casamento entre a elite e terminou seus
dias como alto funcionário.
Da roça aos salões de baile na Corte, a subida não foi feita sem ânimo prestativo,
hesitações, orgulho das próprias qualidades, espera do momento oportuno e resignação
de quem teve de ouvir calado. Tudo isso num quadro social que não lhe garantia
qualquer reconhecimento e é uma constante brasileira até hoje. Entretanto, Tolentino
não apenas abaixava a cabeça para resguardar sua carreira, como faria um adulador
medíocre; havia nele um idealismo, no bom sentido do termo, que obviamente encontrou
resistências quando foi posto em prática. O nervo da narrativa de Antonio Candido é o
conflito entre as intenções racionais do burocrata e a politicagem ampla, geral e
irrestrita.
Não se trata, contudo, de luta do bem contra o mal, pois tal embate tem uma
especificação histórica cuja raiz se encontra no próprio surgimento do Brasil como país.
Em outras palavras, o Brasil independente afirmava-se como nação moderna, adotava
uma Constituição, um Parlamento, fraque e cartola, ao mesmo tempo em que mantinha
a maior parte de sua população fora do âmbito da cidadania.
Milton - Resenha de Um funcionário da monarquia: ensaio sobre o
segundo escalão, de Antonio Candido. In: Novos estudos CEBRAP. n.º 34, nov./2002 (com
adaptações).
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Julgue o item seguinte, relativo à ideia do texto acima.
O autor considera como elemento relevante da narrativa de Antonio Candido o fato de
que o percurso biográfico da personagem central do livro revela peculiaridades da
dinâmica social brasileira do período monárquico.
Questão 15 (CESPE) Nível Superior TC-DF/2014
Na casa todos dormiam. Todos, menos a irmã.
Era quieta, essa irmã. Não cantava, não ria; mal falava. Trazia água do poço, varria o
terreiro, passava a roupa, comia pouco, magra que era e ia para a cama sem dar
boa-noite a ninguém. Dormia num puxado, um quartinho só dela; tinha nojo dos irmãos.
Se, na cama, suspirava ou revirava os olhos, nunca ninguém viu. O nome dela era
Honesta.
(Nome dado pela mãe. O pai queria-a ali, na roça; a mãe, porém, tinha esperança que
um dia a filha deixasse o campo e fosse para a cidade se empregar na casa de uma
família de bem. E que melhor nome para uma empregada do que Honesta? O pai
acreditava no campo; a mãe secretamente ansiava pela cidade por um cinema! Nunca
tinha entrado num cinema! Minha filha fará isto por mim, dizia-se, sem notar que a filha
vagueava por paisagens estranhas, distantes do campo, distantes da cidade, distantes de
tudo. [...])
Moacyr Scliar. Doutor Miragem. Porto Alegre: L&PM, 1998, p. 22-3 (com adaptações).
Julgue o item subsequente, com base nas ideias e estruturas linguísticas do texto acima.
Julgue o item seguinte.
as regras gramaticais da norma-padrão da língua ao se expressar.
Questão 16 (CESPE) Agente de Polícia Federal - PF/2014
que não há produção possível sem que seja assegurada a reprodução das condições
materiais da produção: a reprodução dos meios de produção.
Qualquer economista, que neste ponto não se distingue de qualquer capitalista, sabe
que, ano após ano, é preciso prever o que deve ser substituído, o que se gasta ou se usa
na produção: matéria-prima, instalações fixas (edifícios), instrumentos de produção
(máquinas) etc. Dizemos: qualquer economista é igual a qualquer capitalista, pois ambos
exprimem o ponto de vista da empresa.
Louis Althusser. Ideologia e aparelhos ideológicos do Estado. 3.ª ed. Lisboa: Presença, 1980 (com
adaptações)
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Julgue o item a seguir, a respeito dos sentidos do texto acima.
-
são exemplos de
Questão 17 (CESPE) Agente de Polícia Federal - PF/2014
(Responda com base no texto da questão anterior.)
Julgue o item a seguir, a respeito dos sentidos do texto acima.
Infere-se do texto que todo economista é capitalista, mas o inverso não é verdadeiro,
pois nem todo capitalista é proprietário de empresa.
Questão 18 (CESPE) Agente de Polícia Federal - PF/2014
Imigrantes ilegais, os homens e as mulheres vieram para Prato, na Itália, como parte de
snakebodies liderados por snakeheads na Europa. Em outras palavras, fizeram a perigosa
viagem da China por trem, caminhão, a pé e por mar como parte de um grupo pequeno,
aterrorizado, que confiou seu destino a gangues chinesas que administram as maiores
redes de contrabando de gente no mundo. Nos locais em que suas viagens começaram,
havia filhos, pais, esposas e outros que dependiam deles para que enviassem dinheiro.
No destino, havia paredes cobertas com anúncios de mau gosto de empregos que
representavam a esperança de uma vida melhor.
Pedi a um dos homens ao lado da parede que me contasse como tinha sido sua viagem.
Ele objetou. Membros do snakebody têm de jurar segredo aos snakeheads que
organizam sua viagem. Tive de convencê-lo, concordando em usar um nome falso e
camuflar outros aspectos de sua jornada. Depois de uma série de encontros e
entrevistas, pelos quais paguei alguma coisa, a história de como Huang chegou a Prato
emergiu lentamente.
James Kynge. A China sacode o mundo.
São Paulo: Globo, 2007 (com adaptações).
Julgue o seguinte item, relativo às ideias e às estruturas linguísticas do texto
acima.
O texto é narrativo e autobiográfico, o que se evidencia pelo uso da primeira pessoa do
singular no segundo parágrafo, quando é contado um fato acontecido ao narrador.
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Questão 19 (CESPE) Analista Administrativo - ANTAQ/2014
Alexandria, no Egito, reinou quase absoluta como centro da cultura mundial no período
do século III a.C. ao século IV d.C. Sua famosa Biblioteca continha praticamente todo o
saber da Antiguidade em cerca de 700.000 rolos de papiro e pergaminho e era
frequentada pelos mais conspícuos sábios, poetas e matemáticos.
A Biblioteca de Alexandria estava muito próxima do que se entende hoje por
Universidade. E faz-se apropriado o depoimento do insigne Carl B. Boyer, em A História
lexandria evidentemente não diferia muito de
instituições modernas de cultura superior. Parte dos professores provavelmente se
notabilizou na pesquisa, outros eram melhores como administradores e outros ainda
eram conhecidos pela sua capacidade de ensinar.
Em 47 a.C., envolvendo-se na disputa entre a voluptuosa Cleópatra e seu irmão, o
imperador Júlio César mandou incendiar a esquadra egípcia ancorada no porto de
Alexandria. O fogo se propagou até as dependências da Biblioteca, queimando cerca de
500.000 rolos.
Em 640 d.C., o califa Omar ordenou que fossem queimados todos os livros da Biblioteca,
desnecessários ou contêm o oposto e não devemos lê-
A destruição da Biblioteca de Alexandria talvez tenha representado o maior crime contra
o saber em toda a história da humanidade.
Se vivemos hoje a era do conhecimento é porque nos alçamos em ombros de gigantes do
passado. A Internet representa um poderoso agente de transformação do nosso modus
vivendi et operandi.
É um marco histórico, um dos maiores fenômenos de comunicação e uma das mais
democráticas formas de acesso ao saber e à pesquisa. Mas, como toda inovação, a
Internet tem potencial cuja dimensão não deve ser superdimensionada. Seu conteúdo é
fragmentado, desordenado e, além disso, cerca de metade de seus bites é descartável.
Jacir J. Venturi. Internet: <www.geometriaanalitica.com.br> (com adaptações).
Em relação ao texto acima, julgue o item a seguir
Nesse texto, que pode ser classificado como artigo de opinião, identificam-se trechos
narrativos e dissertativos.
Questão 20 (CESPE) Analista Administrativo - ANATEL/2014
A ANATEL anunciou novas regras para os serviços de telefonia fixa e móvel, banda larga
e televisão por assinatura, que buscam melhorar a transparência das empresas com seus
clientes e ampliar os direitos dos últimos em relação à oferta de serviços. Destacam-se,
entre as novas normas, aquelas que facilitam a vida do usuário e reduzem as barreiras
de contato com a contratada, como a exigência de que haja uma forma de cancelamento
por meio da Internet, a obrigatoriedade de que a empresa retorne a ligação que caia
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durante um atendimento e a necessidade de que o cliente receba retornos a suas
solicitações em, no máximo, trinta dias. Além disso, as promoções devem ser mais
transparentes e ampliadas a todos os contratantes, estendendo-se aos que já possuem
produtos e não usufruem de nenhuma condição especial.
A estratégia da agência reguladora de fato parece contribuir para que o consumidor seja
mais bem atendido e tenha acesso a todos os benefícios a que tem direito. No entanto, é
necessário que a fiscalização seja estrita, uma vez que as regras desse setor são
recorrentemente atualizadas e mesmo assim boa parte das empresas permanece com
práticas irregulares. A baixa competitividade do mercado faz com que a qualidade dos
serviços e do atendimento oferecidos deixe a desejar e permite que os preços cobrados
por pacotes de canais, minutos para celular ou Internet assumam valores altos,
sobretudo quando comparados aos de outros países.
É aconselhável que o usuário permaneça sempre atento às ofertas disponíveis não
somente na empresa contratada como também em suas concorrentes, para aumentar
seu poder de barganha em momentos nos quais quiser negociar preços e condições
melhores. A solicitação de portabilidade ou a demonstração da intenção de trocar os
serviços pelos oferecidos por uma concorrente que ofereça condições melhores têm-se
mostrado boas estratégias, visto que as empresas comumente dispõem de vantagens
para não perder seus consumidores.
Samy Dana. De olho em gastos com telefonia e direitos de consumidores. In: Folha de S.Paulo,
21/7/2014 (com adaptações).
Considerando as ideias e estruturas do texto, julgue o item seguinte.
Os altos preços que as empresas de telefonia, de banda larga e de TV por assinatura
cobram por minutos para celular ou Internet e por pacotes de canais, bem como a
qualidade aquém do esperado dos serviços e do atendimento prestados por essas
empresas são reflexos da pequena concorrência que existe no mercado e da falta de uma
fiscalização mais estrita por parte das agências reguladoras.
Questão 21 (CESPE) Analista Administrativo - ANATEL/2014
(Responda com base no texto da questão anterior.)
Considerando as ideias e estruturas do texto, julgue o item seguinte.
Melhor atendimento ao consumidor e acesso do consumidor a todos os benefícios a que
ele tem direito são exemplos de melhorias na transparência das empresas com seus
clientes e de ampliações dos direitos destes no que se refere à oferta de serviços.
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Questão 22 (CESPE) Consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira
Câmara dos Deputados/2014
Pedi ao antropólogo Eduardo Viveiros de Castro que1 falasse sobre a ideia que o
de .
Fazia já alguns anos, então, que o antropólogo se ocupava de um traço específico do
pensamento indígena nas Américas. Em contraste com a ênfase dada pelas sociedades
industriais à produção de objetos, vigora entre esses povos a lógica da predação. O
pensamento ameríndio dá muita importância às relações entre caça e caçador que
têm, para eles, um valor comparável ao que conferimos ao trabalho e à fabricação de
bens de consumo. Diferentes espécies animais são pensadas com base na posição que
ocupam nessa relação. Gente, por exemplo, é, ao mesmo tempo, presa de onça e
predadora de porcos.
Pesquisas realizadas por duas alunas de Viveiros de Castro, na mesma época, com
diferentes grupos indígenas da Amazônia, chamavam a atenção para outra característica
curiosa de seu pensamento: de acordo com os interlocutores de ambas, os animais
podiam assumir a perspectiva humana. Um levantamento realizado então indicava a
existência de ideias semelhantes em outros grupos espalhados pelas Américas, do Alasca
à Patagônia. Segundo diferentes etnias, os porcos, por exemplo, se viam uns aos outros
como gente. E enxergavam os humanos, seus predadores, como onça. As onças, por sua
vez, viam a si mesmas e às outras onças como gente. Para elas, contudo, os índios eram
tapires ou pecaris eram presa.
Ser gente parecia uma questão de ponto de vista. Gente é quem ocupa a posição de
sujeito.
Ao se verem como gente, os animais adotam também todas as características culturais
humanas. Da perspectiva de um urubu, os vermes da carne podre que ele come são
peixes grelhados, comida de gente. O sangue que a onça bebe é, para ela, cauim, porque
é cauim o que se bebe com tanto gosto. Urubus entre urubus também têm relações
sociais humanas, com ritos, festas e regras de casamento.
Tudo se passa, conforme Viveiros de Castro, como se os índios pensassem o mundo de
nós, o que é dado, o universal, é a natureza, igual para todos os povos do planeta. O que
é construído é a cultura, que varia de uma sociedade para outra. Para os povos
ameríndios, ao contrário, o dado universal é a cultura, uma única cultura, que é sempre
a mesma para todo sujeito. Ser gente, para seres humanos, animais e espíritos, é viver
segundo as regras de casamento do grupo, comer peixe, beber cauim, temer onça, caçar
porco.
Mas se a cultura é igual para todos, algo precisa mudar. E o que muda, o que é
construído, dependendo do observador, é a natureza. Para o urubu, os vermes no corpo
em decomposição são peixe assado. Para nós, são vermes. Não há uma terceira posição,
superior e fundadora das outras duas. Ao passarmos de um observador a outro, para que
a cultura permaneça a mesma, toda a natureza em volta precisa mudar.
Rafael Cariello. O antropólogo contra o Estado. In: Revista Piauí, n.º 88, jan./2014 (com
adaptações).
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Em relação ao texto acima, julgue o item abaixo.
Narrado em primeira pessoa e tratando de tema científico, o texto classifica-se como
artigo científico, ainda que tenha sido publicado em periódico não especializado.
Questão 23 (CESPE) Consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira
Câmara dos Deputados/2014
(Responda com base no texto da questão anterior.)
Em relação ao texto acima, julgue o item abaixo.
Questão 24 (CESPE) Nível Superior - ICMBio/2014
De acordo com uma lista da International Union for the Conservation of Nature, o Brasil é
o país com o maior número de espécies de aves ameaçadas de extinção, com um total de
123 espécies sofrendo risco real de desaparecer da natureza em um futuro não tão
distante. A Mata Atlântica concentra cerca de 80% de todas as aves ameaçadas no país,
fato que resulta de muitos anos de exploração e desmatamentos. Atualmente, restam
apenas cerca de 10% da floresta original, não sendo homogênea essa proporção de
floresta remanescente ao longo de toda a Mata Atlântica. A situação é mais séria na
região Nordeste, especialmente nos estados de Alagoas e Pernambuco, onde a maior
parte da floresta original foi substituída por plantações de cana-de-açúcar. É nessa região
que ainda podem ser encontrados os últimos exemplares das aves mais raras em todo o
país, como o criticamente ameaçado limpa-folha-do-nordeste (Philydor novaesi). Essa
pequena ave de dezoito centímetros vive no estrato médio e dossel de florestas bem
conservadas e ricas em bromélias, onde procura artrópodes dos quais se alimenta.
Atualmente, as duas únicas localidades onde a espécie pode ser encontrada são a
Estação Ecológica de Murici, em Alagoas, e a Serra do Urubu, em Pernambuco.
Pedro F. Develey et al. O Brasil e suas aves. In: Scientific American Brasil, 2013 (com adaptações).
Em relação ao texto acima, julgue o item abaixo.
Julgue o item seguinte, relativo às ideias e aos aspectos estruturais do texto
acima.
ameaçada,
sem alteração do sentido original do texto.
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Questão 25 (CESPE) Nível Superior - ICMBio/2014
Se a Dinamarca tivesse seguido a corrente rodoviária dominante desde a década de 60
do século passado, nunca viraria um modelo de planejamento urbano. Em uma época em
que parecia fazer mais sentido priorizar o trânsito de carros, Copenhague apostou na
criação da primeira rua para pedestres do país. Antes de se tornar o maior calçadão da
Europa, com um quilômetro de extensão, a Strøget era uma rua comercial dominada por
automóveis, assim como todo o centro da cidade. O arquiteto por trás da iniciativa, Jan
Gehl, acreditava que os espaços urbanos deveriam servir para a interação social. Na
época, foi criticado pela imprensa e por comerciantes, que ponderavam que as pessoas
não passariam muito tempo ao ar livre em uma capital gélida. Erraram. As vendas
triplicaram, e a rua de pedestres foi ocupada pelos moradores. A experiência reforçou as
convicções de Gehl, que defende o planejamento das cidades para o usufruto e o
conforto das pessoas.
Camilo Gomide. Cidades prazerosas. In: Planeta, fev./2014 (com adaptações).
Julgue o item seguinte, relativo às ideias e às estruturas linguísticas do texto
acima.
É objetivo do texto defender a ideia de que comerciantes do mundo inteiro podem
triplicar seu faturamento caso seja adotado o modelo de planejamento urbano da
Dinamarca.
Questão 26 (CESPE) Médico do Trabalho Caixa/2014
Campos achava grande prazer na viagem que íamos fazendo em trem de ferro. Eu
confessava-lhe que tivera maior gosto quando ali ia em caleças tiradas a burros, umas
atrás das outras, não pelo veículo em si, mas porque ia vendo, ao longe, cá embaixo,
aparecer a pouco e pouco o mar e a cidade com tantos aspectos pinturescos. O trem leva
a gente de corrida, de afogadilho, desesperado, até a própria estação de Petrópolis. E
mais lembrava as paradas, aqui para beber café, ali para beber água na fonte célebre, e
finalmente a vista do alto da serra, onde os elegantes de Petrópolis aguardavam a gente
e a acompanhavam nos seus carros e cavalos até a cidade; alguns dos passageiros de
baixo passavam ali mesmo para os carros onde as famílias esperavam por eles. Campos
continuou a dizer todo o bem que achava no trem de ferro, como prazer e como
vantagem. Só o tempo que a gente poupa! Eu, se retorquisse dizendo-lhe bem do
tempo que se perde, iniciaria uma espécie de debate que faria a viagem ainda mais
sufocada e curta. Preferi trocar de assunto e agarrei-me aos derradeiros minutos, falei do
progresso, ele também, e chegamos satisfeitos à cidade da serra.
Machado de Assis, Memorial de Aires. RJ. Ed. Nova Aguilar. 1994 (com adaptações)
Acerca dos sentidos e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue o
seguinte item.
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Considerando-se que o trecho em questão trata da viagem de duas pessoas, o narrador e
(em negrito no texto),
no primeiro parágrafo, referem-se especificamente a esses dois personagens.
Questão 27 (CESPE) Diplomata Instituto Rio Branco/2014
cronistas, que lhe dessem o brilho universal dos grandes romancistas, dramaturgos e
poetas. Nem se pensaria em atribuir o Prêmio Nobel a um cronista, por melhor que
fosse. Portanto, parece mesmo que a crônica é um gênero menor.
izer, porque, sendo assim, ela fica mais perto de nós.
E para muitos pode servir de caminho não apenas para a vida, que ela serve de perto,
mas para a literatura. Por meio dos assuntos, da composição solta, do ar de coisa sem
necessidade que costuma assumir, ela se ajusta à sensibilidade de todo dia.
Principalmente porque elabora uma linguagem que fala de perto ao nosso modo de ser
mais natural. Na sua despretensão, humaniza; e esta humanização lhe permite, como
compensação sorrateira, recuperar com a outra mão certa profundidade de significado16
e certo acabamento de forma, que de repente podem fazer dela uma inesperada, embora
discreta, candidata à perfeição.
Antonio Candido. A vida ao rés do chão. In: Recortes. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p.
23 (com adaptações).
Em relação ao texto, julgue (C ou E) o item subsequente.
linguagem falada é a que consegue a mais perfeita comunicação literária.
Questão 28 (CESPE) Diplomata Instituto Rio Branco/2014
José Lins do Rego, em ensaio admirável dedicado a Fialho de Almeida, põe talvez
como virtude acima de qualquer
outra num escritor. Tanto que nos dá a impressão de que, em literatura, só os telúricos
se salvam. O que me parece generalização muito próxima da verdade; mas não a
verdade absoluta.
Nem Eça nem Ramalho foram rigorosamente telúricos e, entretanto, sua vitalidade nas
letras portuguesas é das que repelem, meio século depois de mortos os dois grandes
críticos, qualquer unguento ou óleo de complacência com que hoje se pretenda adoçar a
revisão do seu valor social, os dois tendo atuado como revolucionários ou, antes,
renovadores não só das convenções estéticas da língua e da literatura, como das
convenções sociais do povo e da nação que criticaram duramente para, afinal,
terminarem cheios de ternura patriótica e até mística pela tradição portuguesa. Um,
revoltado contra o
,
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que também o separara de tantos valores básicos da vida portuguesa, fazendo-o exigir
da Monarquia e da Igreja, em Portugal, atitudes violentamente contrárias às condições
de um povo apenas tocado pela Revolução Industrial e pela civilização carbonífera do
norte da Europa.
Gilberto Freyre. Eça, Ramalho como renovadores da literatura em língua portuguesa. In: Alhos &
Bugalhos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978, p. 15 (com adaptações).
Em relação ao texto, julgue (C ou E) o item subsequente.
Depreende-se do texto que Eça de Queirós reagiu radicalmente contra o francesismo,
Ramalho Ortigão estava farto do republicanismo (sublinhado no texto) e nenhum dos
dois, na opinião de Gilberto Freyre, demonstrou ser inflexivelmente telúrico.
Questão 29 (CESPE) Nível Superior SUFRAMA/2014
O homem habita a Amazônia há mais de 11.000 anos. No entanto, foi só no século XVI
que o rio Amazonas foi navegado pela primeira vez, pelo explorador e conquistador
espanhol Don Francisco de Orellana (1511-1546). Em busca de vastas florestas de canela
e da lendária cidade do ouro El Dorado, Orellana deixou Quito, no Equador, em fevereiro
de 1541. Não encontrou nem canela nem ouro, e, sim, o maior rio da Terra. O explorador
-
em troca do nome rio Amazonas, inspirado na mítica tribo de guerreiras.
Passaram-se muitos anos até a Amazônia receber uma nova expedição a primeira a
subir o rio inteiro. Entre 1637 e 1638, as primeiras informações detalhadas sobre a
região, sua13 história natural e seu povo foram registradas pelo Padre Cristóvão de
Acuña, que viajou como membro de uma grande expedição comandada pelo general
português Pedro Teixeira. Ele registrou dados de impressionante precisão acerca da
extensão e do tamanho do rio Amazonas, e da topografia de seu curso, com descrições
detalhadas das áreas de floresta19 inundada ao longo do rio, da fauna aquática, dos
sistemas agrícolas e das plantações dos povos indígenas.
Internet: <www.wwf.org> (com adaptações).
No que se refere aos aspectos linguísticos e à tipologia do texto acima, julgue o
item que se segue.
No texto, de caráter informativo, há trechos narrativos que tratam da navegação na
região amazônica.
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Questão 30 (CESPE) Nível Superior FUB/2014
Muitas vezes, na divulgação midiática de pesquisas e projetos científicos, o profissional
da área de comunicação tropeça em questões teóricas, não dá a devida importância para
a pesquisa em si, põe em foco questões do processo de pesquisa que são irrelevantes
para o projeto e para o pesquisador, ou mesmo propaga conhecimentos e crenças
sobre seu projeto ou pesquisa, esquece por vezes que aqueles que lerão nem sempre
têm conhecimento linguístico da área e utiliza uma linguagem não acessível a pessoas
que não pertencem ao meio acadêmico e, dessa forma, dificulta a divulgação de sua
pesquisa.
O jornalista está dentro de uma esfera que tem como foco a comunicação em si e não o
que se comunica. O foco é uma linguagem acessível, interessante e que chame a atenção
do público para comprar e consumir os textos e artigos que são escritos e, se for
necessário, ele sacrifica o conteúdo em prol da atenção do público e da linguagem. Já o
pesquisador está em uma esfera cujo foco é o conteúdo, o objeto de pesquisa e a
pesquisa em si e, muitas vezes, ele sacrifica um grupo extenso de leitores ao empregar
linguagem específica, científica e não acessível. Portanto, ao escrever, os dois
profissionais têm de ter em mente que sua esfera de atividade humana e, por
consequência, de comunicação, se torna mais complexa. O jornalista deve ter em mente
que, quando escreve sobre um projeto científico, não atua apenas em sua área de
atividade humana, a comunicação, mas na comunicação científica. O cientista ou
pesquisador deve considerar que a divulgação de sua pesquisa não deve ser feita apenas
para a comunidade científica, mas para o público em geral. Dessa forma, o pesquisador
precisa constantemente pensar mais nesse público e, consequentemente, na linguagem
utilizada. O jornalista, por sua vez, precisa ficar mais atento à pesquisa que está sendo
divulgada. Cada um precisa aprender com o outro, permitindo-se entrar mais em uma
esfera de atividade humana à qual não pertence originalmente. O principal motivo desse
intercâmbio de intenções ao escrever é aumentar o acesso do público à ciência.
A academia não pode estar voltada apenas para seu público interno. É muito importante
que as informações sejam divulgadas e não permaneçam circulando em um grupo
fechado, até para que haja crescimento da própria comunidade científica.
Camila Delmondes Dias et al. Divulgando a arqueologia: comunicando o conhecimento para
a sociedade. In: Ciência e Cultura. São Paulo, v. 65, n.o 2, jun./2013. Internet:
<http://cienciaecultura.bvs.br> (com adaptações).
De acordo com as ideias expressas no texto,
para que a divulgação midiática de pesquisas e projetos seja compreensível e acessível, é
necessário que os jornalistas se aproximem mais da esfera de atividade humana dos
pesquisadores e vice-versa.
Questão 31 (CESPE) Nível Superior MEC/2014
Nenhuma ação educativa pode prescindir de uma reflexão sobre o homem e de uma
análise sobre suas condições culturais. Não há educação fora das sociedades humanas e
não há homens isolados. O homem é um ser de raízes espaçotemporais. De forma que
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ele é, na e
da educação algo mais que a simples preparação de quadros técnicos para responder
às necessidades de desenvolvimento de uma área depende da harmonia que se
consiga entre a voc
especiais dessa temporalidade e dessa situacionalidade.
Se a vocação ontológica do homem é a de ser sujeito e não objeto, ele só poderá
desenvolvê-la se, refletindo sobre suas condições espaçotemporais, introduzir-se nelas
de maneira crítica. Quanto mais for levado a refletir sobre sua situacionalidade, sobre
compromisso com sua realidade, da qual, porque é sujeito, não deve ser simples
espectador, mas na qual deve intervir cada vez mais.
Paulo Freire. Educação e mudança. 2.ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979, p. 61 (com
adaptações)
Julgue o item seguinte, referentes às ideias e a aspectos linguísticos do texto
acima.
Segundo o texto, a educação deve considerar não apenas o homem, mas também o
contexto em que ele vive, levando-o a refletir sobre sua realidade e atuar sobre ela na
condição de sujeito.
Questão 32 (CESPE) Analista Legislativo Câmara dos Deputados/2014
Em episódio que não sei mais se se estuda na História do Brasil, pois nem mesmo sei se
ainda se estuda História do Brasil, nos contavam, às vezes com admiração, que D. Pedro,
o da Independência, irritado com a primeira Assembleia Constituinte brasileira, por ele
considerada folgada e ousada, encerrou a brincadeira e outorgou a Constituição do novo
Estado. Decerto a razão não é esta, é antes um sintoma, mas vejo aí um momento
exemplar da tradição de encarar o Estado (que, na conversa, cham
como nosso mestre e os nossos direitos como por ele dadivados. Os governantes não são
mandatários ou representantes nossos, mas patrões ou chefes.
Claro, há muito que discutir sobre o conceito de praticamente cada palavra que vou usar
isto sempre, de alguma forma, é possível , mas vamos fingir que existe consenso
sobre elas, não há de fazer muito mal agora. Nunca, de fato, tivemos democracia. E a
República não trouxe nenhuma mudança efetivamente básica para o povo brasileiro,
nenhuma revolução ou movimento o fez. Tudo continua como era dantes, só que os
defeitos, digamos, de fábrica, vão piorando com o tempo e ficam cada vez mais difíceis
de consertar. Alguns, na minha lúgubre opinião, jamais terão reparo, até porque a
Humanidade, pelo menos como a conhecemos, deve acabar antes.
João Ubaldo Ribeiro. A gente se acostuma a tudo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006, p. 113-4
(com adaptações).
Em relação ao trecho acima reproduzido, julgue o item que se segue.
É correto afirmar que o trecho foi extraído de um ensaio acadêmico, pois versa sobre
tema histórico com base em conceitos de teoria política.
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Questão 33 (CESPE) Analista Legislativo Câmara dos Deputados/2014
Tarde de verão, é levado ao jardim na cadeira de braços sobre a palhinha dura a capa
de plástico e, apesar do calor, manta xadrez no joelho. Cabeça caída no peito, um fio de
baba no queixo. Sozinho, regala-se com o trino da corruíra, um cacho dourado de giesta
e, ao arrepio da brisa, as folhinhas do chorão faiscando verde, verde! Primeira vez
depois do insulto cerebral aquela ânsia de viver. De novo um homem, não barata leprosa
com caspa na sobrancelha e, a sombra das folhas na cabecinha trêmula, adormece.
Gritos: Recolha a roupa. Maria, feche a janela. Prendeu o Nero? Rebenta com fúria o
temporal. Aos trancos João ergue o rosto, a chuva escorre na boca torta. Revira em
agonia o olho vermelho é uma coisa, que a família esquece na confusão de recolher a
roupa e fechar as janelas?
Dalton Trevisan. Ah, é? Rio de Janeiro: Record, 1994. p. 67 (com adaptações).
Em relação ao texto acima, julgue o item
Por tratar-se de narrativa em terceira pessoa, o texto apresenta, além do relato das
ações, alguns comentários do narrador, sem perscrutar o pensamento do personagem
principal.
Questão 34 (CESPE) Nível Superior CAIXA/2014
As primeiras moedas, peças representando valores, geralmente em metal, surgiram na
Lídia (atual Turquia), no século VII a.C. As características que se desejava ressaltar eram
transportadas para as peças por meio da pancada de um objeto pesado, em primitivos
cunhos. Com o surgimento da cunhagem a martelo e o uso de metais nobres, como o
ouro e a prata, os signos monetários passaram a ser valorizados também pela nobreza
dos metais neles empregados.
Embora a evolução dos tempos tenha levado à substituição do ouro e da prata por
metais menos raros ou suas ligas, preservou-se, com o passar dos séculos, a associação
dos atributos de beleza e expressão cultural ao valor monetário das moedas, que quase
sempre, na atualidade, apresentam figuras representativas da história, da cultura, das
riquezas e do poder das sociedades.
A necessidade de guardar as moedas em segurança levou ao surgimento dos bancos. Os
negociantes de ouro e prata, por terem cofres e guardas a seu serviço, passaram a
aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de seus clientes e a dar recibos escritos
das quantias guardadas. Esses recibos passaram, com o tempo, a servir como meio de
pagamento por seus possuidores, por ser mais seguro portá-los do que portar dinheiro
concomitantemente ao surgimento das cédulas, a guarda dos valores em espécie dava
origem a instituições bancárias.
Casa da Moeda do Brasil: 290 anos de História, 1694/1984.
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No que se refere aos aspectos linguísticos, à classificação tipológica do texto
acima e às ideias nele expressas, julgue o item a seguir.
No texto, predominantemente descritivo, são utilizados trechos narrativos como recurso
para defender os argumentos elencados.
Questão 35 (CESPE) Nível Superior - FUB/2014
Em 2006 e em 2010, o Ministério da Ciência e Tecnologia promoveu uma pesquisa de
cunho nacional cujo objetivo era fazer um mapeamento do interesse, grau de
informação, atitudes e visões dos brasileiros sobre ciência e tecnologia. Para tanto, foram
realizadas 2.016 entrevistas organizadas quanto a variáveis como gênero, idade,
escolaridade, renda e região de moradia. Um dos resultados a que se chegou é
apresentado no gráfico acima, que mostra a visão dos brasileiros em relação aos
benefícios trazidos pela ciência e tecnologia.
Ministério da Ciência e Tecnologia. Percepção pública da ciência e tecnologia no Brasil:
resultados da enquete de 2010. Internet: (com adaptações).
Considerando que ns/nr signifique que o entrevistado não sabe/não respondeu,
julgue o item com base nas informações acima.
Somente em 2010, o brasileiro passou a acreditar que a ciência e a tecnologia resultam
em mais benefícios que malefícios.
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Questão 36 (CESPE) Nível Superior CADE/2013
(Texto para as questões 36 e 37)
Atualmente, há duas Américas Latinas. A primeira conta com um bloco de países
incluindo Brasil, Argentina e Venezuela com acesso ao Oceano Atlântico, que confere
ao Estado grande papel na economia. A segunda composta por países de frente para o
Pacífico, como México, Peru, Chile e Colômbia adota o livre comércio e o mercado
livre.
Os dois grupos de países compartilham de uma geografia, de culturas e de histórias
semelhantes, entretanto, por quase dez anos, a economia dos países do Atlântico
cresceu mais rapidamente, em grande parte graças ao aumento dos preços das
commodities no mercado global. Atualmente, parece que os anos vindouros são mais
promissores para os países do Pacífico. Assim, a região enfrenta, de certa forma, um
dilema sobre qual modelo adotar: o do Atlântico ou o do Pacífico?
Há razões para pensar que os países com acesso ao Pacífico estão em vantagem, como,
por exemplo, o fato de que, em 2014, o bloco comercial Aliança do Pacífico (formado por
México, Colômbia, Peru e Chile) provavelmente crescerá a uma média de 4,25%, ao
passo que o grupo do Atlântico, formado por Venezuela, Brasil e Argentina unidos pelo
MERCOSUL , crescerá 2,5%. O Brasil, a maior economia da região, tende a crescer
1,9%.
Segundo economistas, os países da América Latina que adotam o livre comércio estão
mais preparados para crescer e registram maiores ganhos de produtividade. Os países do
Pacífico, mesmo aqueles como o Chile, que ainda dependem de commodities como o
cobre, também têm feito mais para fortalecer a exportação. No México, a exportação de
bens manufaturados representa quase 25% da produção econômica anual (no Brasil,
representa 4%). As economias do Pacífico também são mais estáveis. Países como
México e Chile têm baixa inflação e consideráveis reservas estrangeiras.
Venezuela e Argentina, por sua vez, começam a se parecer com casos econômicos sem
solução. Na Venezuela, a inflação passa de 50% ao ano igual à da Síria, país
devastado pela guerra.
David Juhnow. Duas Américas Latinas bem diferentes. The Wall Street Journal. In: Internet: (com
adaptações).
Julgue o item a seguir, no que se refere à tipologia e às ideias do texto acima.
A ideia defendida no texto, que se classifica como dissertativo, é construída por meio de
contrastes.
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Questão 37 (CESPE) Nível Superior CADE/2013
Julgue o item a seguir, no que se refere à tipologia e às ideias do texto acima.
Infere-se do texto que países não banhados pelo Atlântico ou pelo Pacífico, como
Paraguai e Equador, não estão inseridos em nenhuma das duas Américas Latinas citadas
pelo autor.
Questão 38 (CESPE) Oficial da Polícia Militar PM-CE/2013
(Texto para as questões 38 a 40)
Mundo animal
No morro atrás de onde eu moro vivem alguns urubus. Eles decolam juntos, cerca de
dez, e aproveitam as correntes ascendentes para alcançar as nuvens sobre a Lagoa
Rodrigo de Freitas. Depois, planam de volta, dando rasantes na varanda de casa. O
grupo dorme na copa das árvores e lembra o dos carcarás do Mogli. Às vezes, eles
costumam pegar sol no terraço. Sempre que dou de cara com um, trato-o com respeito.
O urubu é um pássaro grande, feio e mal-encarado, mas é da paz. Ele não ataca e só vai
embora se alguém o afugenta com gritos.
Recentemente, notei que um bem-te-vi aparecia todos os dias de manhã para roubar a
palha da palmeira do jardim. De vez em quando, trazia a senhora para ajudar no ninho.
Comecei a colocar pão na mesa de fora, e eles se habituaram a tomar o café conosco.
Agora, quando não encontram o repasto, cantam, reclamando do atraso. Um outro casal
descobriu o banquete, não sei a que gênero esses dois pertencem. A cor é um verde-
escuro brilhante, o tamanho é menor do que o do bem-te-vi e o Pavarotti da dupla é o
macho.
A ideia de prender um passarinho na gaiola, por mais que ele se acostume com o dono, é
muito triste. Comprei um periquito, uma vez, criado em cárcere privado, e o soltei na
sala. Achei que ele ia gostar de ter espaço. Saí para trabalhar e, quando voltei, o pobre
estava morto atrás da poltrona. Ele tentou sair e morreu dando cabeçadas no vidro.
Carrego a culpa até hoje. De boas intenções o inferno está cheio.
O Rio de Janeiro existe entre lá e cá, entre o asfalto e a mata atlântica, mas a fauna
daqui é mais delicada do que a africana e a indiana. Quem tem janela perto do verde
conhece bem o que é conviver com os micos. Nos meus tempos de São Conrado, eu
costumava acordar com um monte deles esperando a boia. Foi a primeira vez que
experimentei cativar espécies não domesticadas.
Lanço aqui a campanha: crie vínculos com um curió, uma paca ou um formigueiro que
seja. Eles são fiéis e conectam você com a mãe natureza. Experimente, ponha um
pãozinho no parapeito e veja se alguém aparece.
Fernanda Torres. In: Veja Rio, 2/12/2012 (com adaptações).
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Com relação às ideias e às suas estruturas linguísticas do texto apresentado,
julgue o item a seguir.
A ideia central do texto consiste na necessidade de criação de mecanismos para a
separação entre espaço urbano e natureza, a fim de se preservar a vida de espécies
animais.
Questão 39 (CESPE) Oficial da Polícia Militar PM-CE/2013
Com relação às ideias e às suas estruturas linguísticas do texto apresentado,
julgue o item a seguir.
Os dois primeiros parágrafos do texto são predominantemente narrativos.
Questão 40 (CESPE) Oficial da Polícia Militar PM-CE/2013
Com relação às ideias e às suas estruturas linguísticas do texto apresentado,
julgue o item a seguir.
O emprego da primeira pessoa do singular confere ao texto um caráter testemunhal que
possibilita a criação de empatia entre o leitor e as experiências da autora.
Questão 41 (CESPE) Primeiro-Tenente CBM-CE/2013
(Texto para as questões 41 e 42)
A história da formação dos corpos de bombeiros no país começou no século XVI, no Rio
de Janeiro. Nessa época, quando ocorria um incêndio, os voluntários, aguadeiros e
milicianos, corriam para apagá-lo e, na maior parte das vezes, perdiam a batalha devido
às construções de madeira. Os incêndios ocorridos à noite vitimavam ainda mais
pessoas, devido à precária iluminação das ruas.
Quando havia um incêndio na cidade, os aguadeiros eram avisados por três disparos de
canhão, partidos do morro do Castelo, e por toques de sinos da igreja de São Francisco
de Paula, correspondendo o número de badaladas ao número da freguesia onde se
verificava o sinistro. Esses toques eram reproduzidos pela igreja matriz da freguesia.
Assim, os homens corriam para os aguadeiros, e a população fazia aquela fila
quilométrica, passando baldes de mão em mão, do chafariz até o incêndio.
Os primeiros bombeiros militares surgiram na Marinha, pois os incêndios nos antigos
navios de madeira eram constantes. Porém, eles existiam apenas como uma
especialidade, e não como uma corporação. A denominação de bombeiros deveu-se a
couro.
Com a vinda da família real portuguesa ao Brasil, no século XIX, mais precisamente ao
Rio de Janeiro, foi criado, 25 em julho de 1856, por decreto imperial, o Corpo de
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Bombeiros Provisório da Corte. Quando recebiam aviso de incêndio, os praças saíam
puxando o corrico (que tinha de seis a oito mangueiras) pela via pública e procuravam
debelar o fogo, solicitando os reforços necessários, conforme a extensão do sinistro.
Internet: (com adaptações).
Considerando as ideias e a estrutura linguística do texto, julgue o item que se
segue.
prejuízo de sentido, por clientela.
Questão 42 (CESPE) Primeiro-Tenente CBM-CE/2013
Considerando as ideias e a estrutura linguística do texto, julgue o item que se
segue.
Nesse texto, de cunho informativo, predomina o tipo narrativo.
Questão 43 (CESPE) Analista Técnico MDIC/2013
Os municípios do Brasil alcançaram, em média, um índice de desenvolvimento humano
municipal (IDHM) alto, graças a avanços em educação, renda e expectativa de vida nos
últimos vinte anos.
Mas o país ainda registra consideráveis atrasos educacionais, de acordo com dados
divulgados pela Organização das Nações Unidas e pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada.
O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 aponta que o IDHM médio do
país subiu de 0,493, em 1991, para 0,727, em 2010 quanto mais próximo de 1, maior
aumento na longevidade, que subiu de 64,7 anos para 73,9 anos. Também houve
aumento de 14,2% ou (R$ 346,31) na renda nesse período.
Os maiores desafios concentram-se na educação, o terceiro componente do IDHM.
Apesar de ter crescido de 0,279 para 0,637 em vinte anos, o IDHM específico de
educação é o mais distante da meta ideal, de 1. Em 2010, pouco mais da metade dos
brasileiros com dezoito anos de idade ou mais havia concluído o ensino fundamental; e
só 57,2% dos jovens entre quinze e dezessete anos de idade tinham o ensino
fundamental com
mas destacou que a educação é o componente que, tendo partido de um patamar mais
baixo, registrou os maiores avanços, graças ao aumento no fluxo de alunos matriculados
nas escolas. O índice de crianças de cinco e seis anos de idade que entraram no sistema
de ensino passou de 37,3%, em 1991, para 91,1%, em 2010.
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Conforme o atlas, dois terços dos 5.565 municípios brasileiros estão na faixa de
desenvolvimento humano considerada alta ou média. Ao mesmo tempo, a porcentagem
2010. O relatório identificou uma redução nas disparidades sociais entre Norte e Sul do
Brasil, mas confirmou que elas continuam a existir. Um exemplo disso é que 90% dos
municípios das regiões Norte e Nordeste têm baixos índices de IDHM em educação e
renda.
Internet: (com adaptações).
No que se refere às ideias e expressões linguísticas contidas no texto, julgue o
item que se segue.
De acordo com dados do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, houve
Questão 44 (CESPE) Procurador TCE-PB/2013
A Carta Roubada é um dos contos mais célebres de Edgar Allan Poe. Nele, o escritor
norte-americano conta a história de um ministro que resolve chantagear a rainha
roubando a carta que lhe fora endereçada por um amante.
Desesperada, a rainha encarrega sua polícia secreta de encontrar a carta, que
provavelmente deveria estar na casa do ministro. Uma astuta análise, com os mais
modernos métodos, é feita sem sucesso. Reconhecendo sua incompetência, o chefe de
polícia apela a Auguste Dupin, um detetive que tem a única ideia sensata do conto:
procurar a carta no lugar mais óbvio possível, a saber, em um porta-cartas em cima da
lareira.
A leitura do conto de Edgar Allan Poe deveria ser obrigatória para os responsáveis pela
educação pública. Muitas vezes, eles parecem se deleitar em procurar as mais finas
explicações, contratar os mais astutos consultores internacionais com seus métodos
pretensamente inovadores, sendo os problemas a combater primários e óbvios para
qualquer um que queira, de fato, enxergá-los.
Por exemplo, há semanas descobrimos, graças ao Censo Escolar de 2011, que 72,5%
das escolas públicas brasileiras simplesmente não têm bibliotecas. Isto equivale a
113.269 escolas. Um descaso que não mudou com o tempo, já que, das 7.284 escolas
construídas a partir de 2008, apenas 19,4% têm algo parecido com uma biblioteca.
Diante de resultados dessa magnitude, não é difícil entender a matriz dos graves
problemas educacionais que atravessamos. Difícil é entender por que demoramos tanto
para ter uma imagem dessa realidade.
Ninguém precisa de mais um discurso óbvio sobre a importância da leitura e do contato
efetivo com livros para a boa formação educacional, ou melhor, ninguém a não ser os
administradores da educação pública, em todas as suas esferas, não fazendo sentido
algum discutir o fracasso educacional brasileiro se questões elementares são
negligenciadas a tal ponto.
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priorizar a
resolução de problemas elementares (bibliotecas, valorização da carreira dos professores
etc.), melhor para todos.
Vladimir Safatle. A biblioteca roubada. In: Folha de S.Paulo, São Paulo, 5/2/2013 (com
adaptações).
Em relação ao texto, assinale a opção correta.
a) O uso dos dados estatísticos é decisivo para a argumentação do autor e, também,
para interpretação do título do texto, A biblioteca roubada.
b) A descrição desempenha papel determinante na exposição das ideias do autor, haja
vista a natureza figurativa do texto.
c) O emprego da primeira pessoa do plural, em algumas partes do texto, evidencia que o
autor possui influência nas instâncias gestoras que decidem sobre a educação no Brasil.
d) Predomina no texto a estrutura narrativa, o que se evidencia na referência ao conto
de Edgar Allan Poe.
e) Não é possível discernir claramente o posicionamento do autor acerca da realidade da
educação brasileira das opiniões veiculadas pelos programas governamentais ligados ao
ensino brasileiro.
Questão 45 (CESPE) Procurador TCE-PB/2013
(Texto para as questões 45 e 46)
Às vezes, eu sinto a angústia de um menino perdido numa multidão. Vivemos hoje no
Brasil um período inusitado de estabilidade política permeada pelas superimposições
promovidas
sociedades (e sobretudo na escravidão, como percebeu o seu teórico mais sensível,
individualismo moderno relativamente igualitário, que demanda burocracia e, com ela,
uma impecável, abrangente e inatingível impessoalidade.
O hibridismo resultante pode ser negativo ou positivo. Pelo que capturo, o hibridismo é
sempre mal visto porque ele não cabe no modo ocidental de pensar. Provam isso as
Cruzadas, a Inquisição, o Puritanismo, as Guerras Mundiais, o Holocausto e a exagerada
costumes, típicas do eurocentrismo. A mistura corre do lado errado e tende a derrapar
como um carro dirigido por jovens bêbados quando saem da balada.
Como gostamos de brincar com fogo, estamos sempre a um passo da legitimação da
violência, justificada como a voz dos oprimidos que ainda não aprenderam a se
manifestar corretamente. E como fazê-lo se jamais tivemos um ensino efetivamente
igualitário ou instrumental para o igualitarismo numa sociedade cunhada pelo escravismo
e por uma ética de condescendência pelos amigos e conhecidos?
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Pressinto uma enorme violência no nosso sistema de vida. Temo que ela venha a ocupar
um território ainda mais denso e seja usada para legitimar outras violências tanto ou
mais brutais do que o quebra-
que começam como demandas legítimas e, infiltrados, tornam-se quebra-quebras. Qual é
o lado a ser tomado se ambos são legítimos e, como é óbvio, dizem alguma coisa como
tudo o que é humano?
Estou, pois, um tanto perdido e um tanto achado nessa encruzilhada entre demandas
legais e prestígios pessoais. Entre patrimonialismo carismático e burocracia, os quais
ai numa sequência que o leitor pode inferir, deferir ou embargar.
Roberto da Mata. Achados e perdidos. In: O Estado de S.Paulo, São Paulo, 23/10/2013 (com
adaptações).
O texto de Roberto da Mata é;
a) estruturado sob ponto de vista marcadamente individualista, o que se comprova pelo
emprego reiterado da primeira pessoa do discurso.
b) predominantemente descritivo, visto que se resume na descrição de conceitos
sociológicos, tais como o de hibridismo.
c) predominantemente narrativo, dada a forma como se organizam os fatos
constituidores da sociedade brasileira.
d) expositivo-argumentativo, o que se evidencia pela exposição de ideias e
argumentação sob um viés teórico-crítico.
e) construído com base em princípios moralizantes e dogmáticos sem a apresentação de
argumentos que possam ser comprovados empiricamente.
Questão 46 (CESPE) Procurador TCE-PB/2013
Com base nas ideias do texto, assinale a opção correta.
a) Conforme demonstrado no texto, o hibridismo legitima a violência na sociedade
brasileira, marcada pela presença de uma população oprimida.
b) De acordo com o texto, há raízes históricas evidentes para a maneira segundo a qual
os brasileiros não conseguem conceber, na prática cotidiana, o igualitarismo.
c) Infere-se da leitura do texto que a burocracia e o pessoalismo no Brasil são
absolutamente excludentes.
d) O autor do texto manifesta-se contrário à miscigenação da sociedade, caracterizada
e) Segundo o autor do texto, o principal problema do país resulta do longo período de
estabilidade política, que permite que quebra-quebra seja entendido como manifestação.
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Questão 47 (CESPE) Analista Judiciário STF/2013
Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem
notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados
os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa.
Como casualmente, informou-me que possuía As Reinações de Narizinho, de Monteiro
Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o,
dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela
sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança de alegria: eu não vivia,
nadava devagar em um mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte,
fui à sua casa, literalmente correndo. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus
olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia
seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo
me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho
de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia
seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo
mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Clarice Lispector. Felicidade clandestina. In: Felicidade clandestina: contos. Rio de Janeiro: Rocco,
1998 (com adaptações).
Julgue o próximo item, referentes às ideias e às estruturas linguísticas do texto
acima.
Infere-se do texto, narrado em primeira pessoa, que a personagem principal sujeitou-se
a atitudes perversas de uma colega, para conseguir emprestada uma obra de Monteiro
Lobato.
Questão 48 (CESPE) Papiloscopista SEGESP-AL/2013
Um cientista chamado Francis Galton é considerado um dos fundadores do que
chamamos hoje de biometria: a aplicação de métodos estatísticos para estudo dos
fenômenos biológicos. Sua pesquisa em habilidades e disposições mentais, a qual incluía
estudos de gêmeos idênticos, foi pioneira em demonstrar que vários traços são
genéticos. A paixão de Galton pela medição permitiu que ele abrisse, em 1884, o
Laboratório de Antropométrica na Exibição Internacional de Saúde, onde ele coletou
estatísticas de milhares de pessoas. Em 1892, Galton inventou o primeiro sistema
moderno de impressão digital. Adotado pelos departamentos de polícia em todo o
mundo, a impressão digital era a forma mais confiável de identificação, até o advento da
tecnologia do DNA no século XX.
Os avanços comerciais na área da biometria começaram na década de 70 do século
passado. Nessa época, um sistema chamado Identimat foi instalado em um número de
locais secretos para controle de acesso. Ele mensurava a forma da mão e olhava
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principalmente para o tamanho dos dedos. A produção do Identimat acabou na década
de 80 do século passado. Seu uso foi pioneiro na aplicação da geometria da mão e
pavimentou o caminho para a tecnologia biométrica como um todo.
Paralelamente ao desenvolvimento da tecnologia de mão, a biometria digital estava
progredindo nas décadas de 60 e 70 do século XX. Nessa época, algumas companhias
estavam envolvidas com identificação automática das imagens digitais para auxiliar as
forças policiais. O processo manual de comparação de imagens digitais em registros
criminais era longo e necessitava de muito trabalho. No final dos anos 60, o FBI começou
a checar automaticamente as imagens digitais e, na metade da década de 70, já havia
instalado certa quantidade de sistemas de scanners digitais automáticos. Desde então, o
papel da biometria nas forças policiais tem crescido rapidamente, e os AFIS (Automated
Fingerprint Identification Systems) são utilizados por um número significante de forças
policiais em todo o mundo.
Internet: (com adaptações).
Com base nas ideias do texto, julgue o item que se segue.
A tecnologia do DNA é um sistema de identificação mais confiável que a impressão
digital.
Questão 49 (CESPE) Papiloscopista SEGESP-AL/2013
Com base nas ideias do texto, julgue o item que se segue.
A identificação automática das imagens digitais foi desenvolvida para auxiliar as forças
policiais.
Questão 50 (CESPE) Auditor Fiscal da Receita Estadual SEFAZ-ES/2013
O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) condicionou o apoio técnico e financeiro
do Ministério da Educação (MEC) à assinatura, pelos estados, pelo Distrito Federal e
pelos municípios, do plano de metas Compromisso Todos pela Educação. Depois da
adesão ao Compromisso, os entes federativos devem elaborar o plano de ações
articuladas (PAR). Todos os 5.563 municípios, os estados e o Distrito Federal aderiram ao
Compromisso.
O PAR, planejamento multidimensional da política de educação que os municípios, os
estados e o DF devem fazer para um período de quatro anos, coordenado pela secretaria
municipal/estadual de educação, deve ser elaborado com a participação de gestores, de
professores e da comunidade local.
Para ajudar os municípios e os estados na elaboração dos planos, o MEC oferece um
roteiro de ações com pontuação de um a quatro, treze tipos de tabelas com dados
demográficos e do censo escolar de cada ente federativo e informações sobre o
preenchimento dos dados. Os itens pontuados pelo município/estado com os números
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um e dois representam suas maiores prioridades. A formação de professores, por
exemplo, aparece na maioria dos planos apresentados ao MEC com os números um e
dois. A maior parte dos municípios com PAR pronto tem interesse na construção de
creches e na melhoria da infraestrutura das escolas urbanas e rurais, ações que
dependem de assistência técnica e, principalmente, da transferência de recursos federais
aos municípios.
Com o objetivo de implantar o PAR, o MEC tomou duas providências: fez parceria com
dezessete universidades públicas e com o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação e
Cultura e Ação Comunitária para que essas instituições auxiliem as prefeituras nas
tarefas de diagnóstico e elaboração dos planos e contratou uma equipe de consultores,
que foi aos municípios prioritários aqueles com os mais baixos índices de
desenvolvimento da educação básica (IDEB) para dar assistência técnica local. Além
disso, alguns estados assumiram o compromisso de ajudar seus municípios no
diagnóstico e na elaboração dos planos. A dinâmica do PAR tem três etapas. O
diagnóstico da realidade da educação e a elaboração do plano são as primeiras etapas e
estão na esfera do município/estado. A terceira etapa é a análise técnica, feita pela
Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação e pelo FNDE. Depois da análise
técnica, o município assina um termo de cooperação com o MEC, do qual constam os
programas aprovados e classificados segundo a prioridade municipal. O termo de
cooperação detalha a par
um período ou pelos quatro anos do PAR e assistência financeira. Para a transferência de
recursos, o município deve assinar um convênio, que é analisado, antes da aprovação, a
cada ano.
Internet: (com adaptações).
De acordo com o texto, é correto afirmar que:
a) é obrigação dos estados ajudar os municípios na elaboração do PAR.
b) a elaboração do PAR não deve prescindir da participação de gestores, de professores
e da comunidade local.
c) os municípios brasileiros cujo IDEB é alto não são considerados prioritários, portanto
não participam do PDE.
d) o plano de metas Compromisso Todos pela Educação foi criado com o objetivo de
aumentar a participação do Distrito Federal, dos estados e dos municípios no PDE.
e) o MEC considera a formação de professores uma de suas maiores prioridades.00000000000
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1. E
2. E
3. E
4. A
5. E
6. E
7. C
8. C
9. E
10. E
11. D
12. E
13. C
14. C
15. E
16. C
17. E
18. E
19. C
20. E
21. C
22. E
23. C
24. E
25. E
26. E
27. E
28. C
29. C
30. C
31. C
32. E
33. E
34. E
35. E
36. C
37. E
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38. E
39. C
40. C
41. E
42. C
43. C
44. A
45. D
46. B
47. C
48. C
49. E
50. B
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QUESTÕES COMENTADAS
Questão 01 (CESPE) Oficial de Controle Externo TCE-RS/2013
O sistema de banco de milhagens desenvolvido pelo TCE/RS é modelo
para outras instituições no Rio Grande do Sul e no Brasil. O banco de
registro de milhagens utiliza os créditos de passagens aéreas custeadas
com recursos públicos. De acordo com o presidente do TCE/RS, a proposta
despesas com a emissão de passagens para viagens oficiais são custeadas
pelo tesouro, entendemos que devem ser adotadas todas as medidas
possíveis para que esses créditos sejam utilizados na aquisição de novos
bilhetes, em benefício dos entes da própria administ
assinalou.
Prêmios ou créditos de milhagens oferecidos pelas companhias de
transporte aéreo, quando resultantes de passagens adquiridas com
recursos da administração direta ou indireta de qualquer dos poderes do
Rio Grande do Sul, serão incorporados ao erário e utilizados apenas em
missões oficiais.
Internet: <www1.tce.gov.br/portal> (com adaptações).
Com base no texto acima, julgue o item que se segue.
Depreende-se das informações do texto que os funcionários que usarem
passagens aéreas custeadas pelo governo do Rio Grande do Sul podem
usufruir, para viagens particulares, dos prêmios ou créditos de milhagens
concedidos pelas companhias aéreas.
Comentários
Temos aqui uma típica questão de intelecção textual, que deve ser
respondida com base nas informações contidas no texto.
Uma dica que dou: primeiro, leia a alternativa a ser julgada (pois é a
veracidade ou falsidade dela que temos que verificar) e somente depois
passe à leitura do texto.
Vamos destrinchar a alternativa que iremos julgar.
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