1. O documento discute os rituais de morte e culto dos mortos segundo as tradições Sena e Ndau em Moçambique. 2. Detalha os processos de doença, despedida, morte, enterro e rituais pós-morte para ambas as etnias. 3. Inclui informações sobre antepassados, causas de morte, comunicação da morte, preparação do corpo, cerimônias no cemitério e proteção dos vivos após a morte de um membro da família.
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1. Introdução
O presente trabalho ira abordar aspectos relacionados com ritos de Morte muito concretamente
falaremos da morte e o culto dos mortos segundo a tradicao Sena e Ndau onde focalizaremos a
morte de uma pessoa adulta (pai ou mae) responsavel da familia.
A morte tem sempre uma causa mesmo que se tenha atingido uma idade muito avancada de 200
anos, nao ha demorrer porque viveu 200 anos. A qualquer coisa que leva a vida.
A consciência da morte é uma das marcas características da humanidade. Sabese que as
primeiras materializações que permitem acompanhar o processo de diferenciação humana são
marcas da presença específica de homens em um território.
A morte nao é simplesmente um acontecimento da vida mas ha uma coisa. Por isso sempre se
procura a causa da morte. Depois da morte, se a pessoa foi de facto alguem importante, um chefe
que viveu as tradicoes, viveu bem casado, reconciliou os membros da familia quando havia
momentos dificeis, teve muitos filhos dependendo das suas forcas, teve duas ou quatro mulheres
que viveram bem e em paz, essa passoa que tem estas virtudes quando morrewr, entao logo
existe o processo de chamar defunto.
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2. Objectivos:
Objectivo Geral:
Compreender a morte e o culto dos mortos na tradicao Sena e Ndau;
Objectivos especificos:
Analisar a morte e o culto dos mortos segundo a etnia Sena
Analisar a morte e o culto dos mortos segundo a etnia Ndau
Identificar o tipo de cultos realizados por estas culturas
Analisar o comportamento das culturas Ndau e sena em caso de morte de um familia
adulta (pai ou mae)
Estudar o o comportamento e seus habitos culturais em caso de morte de um familia
adulta
3. Metodologia
Para efectivacao do presente trabalho, foi feita a consulta bibliografica e em algus artigos de
internet bem como algumas entrevistas a alguns cidadaos da etnia Sena e Ndau residentes nesta
cidade
4. Fundamentaçao Teórica
Para Lima-Mesquitela, Mar tinez e Lopes-Filho (1991), são funções dos ritos manter a cultura
integrada e estabelecer ligações com o passado dos indivíduos envolvidos, para que eles possam
reviver determinadas experiências já vividas por seus antepassados.
O rito funciona como um conjunto de regras estabelecidas pelo culto, sendo esse último a
expressão coletiva de adoração e veneração de uma divindade (LIMAMESQUITELA, 1991,
p.141)
Morte é o fim da vida, interrupção definitiva da vida humana, animal e vegetal
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5. A morte e o curto dos mortes segundo os Senas
5.1 Antepassados
Para os senas, antepassados são todos aqueles que fazem parte do “Ntupo” e que em vida
procuraram conhecer as leis, a educação dos filhos e/ou dos netos, os ritos de iniciação, os ritos
funebres e também tiveram boas obras. Os feiticeiros, devido aos seus comportamento, estão
longe da esperança de se tornar antepassados. Uma mulher pode se tornar antipassado. Ela pode
ser imvocada em sircustância importantes, mediante o sacrifício que se faz na família a que
pertence.
5.2 A Doença
Quando o mais velho da casa estiver doente toda família e convocada para um encontro.
Afinalidade deste encontro é de procurar através de curandeiro, a causa da doença . e para que
este asunto não passe de ouvidos de muitos, escolhe-se dentro da família duas ou três pessoas
idosos da família que vão tratar da questão. Se for a esposa que estiver doente, também é
solisitada a sua família, sobre tudo os sogros para em conjunto encontrarem a possível saida.
5.3 Despedida
É natural como em tantas outras culturas a despedida de um pai ou duma mãe ou ainda dum
menbro da família com os seus parentes. Para os sena esta atitude ee frequente quando se trata do
mais velho da casa (pai ou mãe). Normalmente, um pai ou uma mãe qundo sente que esta nos
ultimos dias de vida, chama para junto de si todos os filhos para lhes comunicar as suas últimas
palavras se este pai ou esta mãe tinha muitos bens, entrega ao filho mais venho e confiado. Este
por sua vez vai partilhar com os outros. E quando tiver filhos que ainda não casaram, o dinheiro
deixado sob a responsabilidade do filho mais velho servir-lhes-á para o lobolo. E quando se
duvida da honestidade do tal filho mais velho, o pai ou a mãe distribui os bens por todos os
filhos. E desta maneira, cada qual administra o que recebeu de acordo com as recomendações
dadas pelo pai ou pela mãe.
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5.4 A morte
Quando alguém da família morre, faz-se uma comunicação do acontecimento aos vizinhos bem
como aos de mais familiares. Para os vizinhos ela é feita através de choros “kulira” em casa do
falecido e para os familiares dispersos e por meio de crianças ou outras pessoas que se mandam
com o recado. A pessoa que vai a informação do sucedido, ao chegar perto da casa não entra
imediatamente no quintal, mas chama de fora por alguém ou simplesmente mantem-se de pé.
Assim, os donos da casa apercebem logo de que trata-se duma situação de tristeza.
Depois de reunida toda a família, procura-se saber da pessoa voluntária que tanto pode ser da
família como não, que prestou os primeiros cuidados ao morto, pois esta pessoa já idosa, tem a
responsabilidade de coordenar e tentar todo o processo para o interro. A esta pessoa, os Sena dão
o nome de “Nyarumbi” é o Nyarumbi que se introduz dentro da casa para tirar a medida para a
prepação do caixão “Baulo” é também ele que, acompanhado do membro da família, vai ao
cemitério “Masiye”, para demarcar a cova que os outros ficam a fazer. Mas antes de tudo faz-se
uma pequena serimónia de pedido de lugar preferido pela família ou indicado por quem de
direito. O banho com água morna ao morto, a questão de vestir, a colocação do corpo no caixão é
ainda trabalho de Nyarumbi.
5.5 Saída para o cemitério
A saida para o cemitério “masiye” é feita pela porta principal ou outra se é que existe. E antes de
sair do quintal, dão volta a casa em sinal de despedida com o falecido. O Nyarumbi sempre fica
na parte superior do caixão. Chegados ao cemitério, antes de mais nada, faz-se uma sacrifício
com o tabaco ou farinha branca, pedindo aos antepassados que recebam o outro. Esta cerimónia é
feita por uma pessoa idosa da família em baixo duma árvore com as segintes palavras:
-Imwe akulo muli muno, ife tabwera na ndzanu uyu adasiya dziko ino mbadza kuna imwe.
Mphapo ntambireni mbamukhala naye pabodzi. E por fim todos batem palmas “cibobo”...
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5.6 O enterro
A primeira pessoa que entra na cova é a tal Nyarumbi, segundo depois os outros. O Nyarumbi
recebe o caixão pela parte superior enquanto que os outros o recebem pela parte inferior.
Terminada esta parte do enterro, todos dirigem-se para a casa do falecido. Passados três dias pelo
menos ou no dia seguinte, denovo voltam ao cemitério para ver se algo estranho aconteceu no
tumulo.
5.7 Depois do enterro
Para a protecção dos membros da família, aranja-se um medicamento ou pagam numa galinha e
matam-na. Depois de preparada, todos os membros da família deve comer dela. E se durante o
falecimento um dos membros não esteve presente, guarda se um pedaço de “mbhalakaso” para
que comendo, ele possa também ter a protecção.
5.8 Lei ou Mukho
A família enlutada permanece em casa do falecido num período de 7 dias ou mais e todas as
noites faz-se uma fogueira. Durante este período, canta-se, dança-se, come-se, bebe-se de tudo
que o falecido deixou e observa-se rigorosamente toda família abstinência sexual. O membro da
família que violar, deverá confessar-se no 7o dia porque é o dia em que terminam estas
cerimónias, ficando apenas a aguardar as de tirar o luto. E nessa altura, se procura o Nyanga.
5.9 Como levar o espírito do antepassado para casa
Segundo a tradição Sena, quando o eleigido que é de trazer o espérito do antepassado a casa. E
para tal, toda família se reuine, prepara-se uma bebida que naturalmente que o defunto referia e
procura-se em “Mkhopswe” ou idoso da família se for o caso dum pai diz-se: hoje estamos aqui
reunidos na vossa casa é esta, bebida “Bwadwa” e comida preferida esta aqui o tabaco este, ...
6. A morte e o curto dos mortes segundo os Ndau
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6.1 Antepassados
Os Ndaus, antepassados são todos aqueles que fazem parte do “Mutupo” na própria lingua e que
em vida procuraram conhecer e viver as leis, os encinamentos, os ritos de iniciação, os ritos
funebres e também tinha boas obras. Os feiticeiros, pela sua acção na sociedade, estão longe da
esperança para se tornarem antepassados. Uma mulher pode tornar-se antepassado. Os Ndaus
sustentam a ideia de que o lobolo é também condições escelencial para uma mulher se tornar
antepassado. Ela pode ser invocado nas circunstância importantes, mediante sacrifício que se faz
na família a que pertensem. O corpo do falecido/a colocado num bonde ou esteira “caixão” sobre
o lado esquerdo e a palma virada a cabeça, também ee condições para que estes se tornem
antepassado.
6.2 A Doença
Quando o mais velho da casa encontrasse gravemente doente, toda família se reune para procurar
a causa da doença. Se for caso duma mulher é a mesma coisa so que há um sinal que
normalmente se faz para continuar seus familiares,... um símbolo típico desta cultura para
informar a outra parte de que a vossa filha esta doente. A casos em que esta comunicação é feita
de forma simples e sem nenhum gesto especial.
6.3 Despedida
O doente chama toda família, ou seus filhos para que divide por todos. E se tiver filhos que ainda
não casaram, deixa também o dinheiro que lhes servira para o lobolo.
6.4 A morte
A morte do membro da família, todas as crianças de doze anos para baixo, são transferido para
uma outra casa. Estas não podem ver o corpo do defunto com o receio de que andará assustados
e sonhando mal nas noites. A Comunicada dessa morte é feita por meio de choros ou “mphere”.
7. 9
Baba wangu wee ou mai wangu wee, ee a maneira de chorar dos ndau quando morre o pai ou a
mãe. É através destes choros que a vizinhança se informa do acontecimento. No caso de
familiares que vivem longe, são os jovns (vafana) que levam a informação a diferentes lugares.
Depois o morto é embalsamado pelos familiares e colocabdo numa esteira dentro da casa. Nas
noites, ficam presente todas as pessoas adultas da família, os vizinhos e quatro amigas do
defunto. As mulheres ficam dentro do quarto deitadas ao lado do corpo do falecido chorando. A
maneira desorganizada de se deitar semboliza a tristeza. No dia seguinte os homens preocupam-
se em fazer o caixão ou o “Bonde” e outros vão ao semitério fazer a cova. Mas antes, escolhe-se
uma pessoa da família ou o primogénito para indicar o lugar. Dado esse passo segue uma
pequena cerimónia que é feita no cemitério “kupsipa”. Os que preparam a cova e o resto so
chamados “mabongo”. A escolha do cemitério ou “psipa” é de acordo com a linhagem da
família.
6.5 Mutango-cerimónia para o enterro
Para o enterro procura se na família um sobrinho se for homem e uma sobrinha quando for uma
mulher que morreu para dar banho, vestir e fazer todo o tratamento necessário. A água com que
se da o banho é sempre morna e a roupa é aquela que o falecido sempre gostava, o caixão ou
“bonde” é preparado normalmente de esteira, amarado com um pano brancopor baixo, no meio e
por cima. Segundo o costume dos ndau, as crianças, mulheres que amamentam ou que estão de
gravidas, não podem participar no enterro ou não são admitiadas. A saida do corpo para o
cemitéiro é pela porta principal ou pela outra. O corpo é colocado à porta para ser despedido
pelos familiares.
6.6 Despedida do corpo presente
Para esta despedida cada membro da família é obrigado a corta um pedaço de palha e deita-lo em
cima do caixõo ou “bonde” quando todos estiverem ja fora, carregam o corpo do falecido e
partem em silêncio em direção ao cemitério, os familiares que ficarem ficam a procurarem de
pessoas idosas e com experiência chamadas “madodas” para a prepação do medicamento
8. 10
“mudhemberembe” cujo o objectivo é de tratar os sobreviventes. Estes “madodas”, depois de
preparar tudo, aguardam pelo regresso de quantos tomaram parte do enterro. E a medida que vão
chegando, cada um é espergido nas mãos e nos pes e segudamente salta o fogo que se acende
para o efeito. Neste tyratamento é também para os membros da família que estão presentes e,
faz-se na entrada do quintal do falecido junto com os mabongo. Para os membros ausentes
guarda-se este medicamento para logo que chegarem e antes de comerem alguma coisa da casa,
são contados o acontecimento por meio duma cerimónia que consiste em chupar carvão
“Kumunya simbe”.
6.7 A cova e o seu prolongamento
A cova para o ndau é preparada em duas posições diferentes (verticalmente e horizontalmente).
Primeiro cava-se até uma certa profundidade é dai que cava-se lateralmente. Terminada esta
parte, coloca-se pedacos de estacas e um pouco de palha. Portanto, fica assim uma cova (quarto e
sala) e por ser no quarto que se dorme, logicamente que o caixão “Bande” é colocado no quarto.
A água com que da o banho ao morto também vai ao cemitério “kupsipa” e deitada no tumulo.
6.8 Depois do cemiterio abstenção
Ninguém da família é permitido manter relações conjugais, principalmente na casa do falecido/a
porque as suas coisas ainda estão la, por ex. Roupa, arco, arma, etc. Depois de 7 dias, a família
prepara bebida e mata um cabrito. Tudo isto é levado para um cruzamento de caminhos, onde
vai-se comer beber. Depois de tudo, parte-se o pote e as panelas no próprio local. Portanto é a
partir dai que o sobrinho leva essas coisas deixadas (roupa, arma,arco), amarra e pendura em
casa do falecido/a. E se deixou machamba, esta deve ser cultivada pelo menos duas vezes por
familiares. Isto para o ndau significa “tirar os pes do defunto”. O cabelo é cortado por este
sobrinho em sinal de luto por um conseguinte é feito sempre de pano branco que pode ser um
laço que se amarrano nos pés ou no braço ou ainda que põe no pescoço.
9. 11
6.9 Como levar o espírito do defunto Para casa
É levado para casa depois de se tirar o luto, e esta cerimónia de tirar o luto é feita em casa do
Nyanga e isso acontece passado um ano, tratando se dum adulto. No caso dencriança o período
determinado é de 6 ou 8 meses. É nessa cerimónia que o defunto toma a decisão para com as
suas coisas por intermédio do Nyamussoro.
6.10 Forma de levar o espírito do cemitério para casa
Depois de ter sido consultado o nyamussoro, a família do falecido prepara a festa que geralmente
segue passos propostos na consulta.
No dia marcado o sobrinho é que preside a serimónia mas na companhia dos familiares. Ele,
antes de se dirigir ao cemitério faz um peditório. Dai segue para o cemitério, levando com sigo
uma cabaça “dhesa” e um pano branco “dundi” quando chega no cemitério prepara com o
material ja referido, uma casinha com pauzinhos cobrindo o tumulo. Depois disso, todos
ajoelham-se e ele deita um pouco de bebida pronunciando estas palavras: “ pedimos a todos
antepassados que aqui residem para que nos acompanhem no acto que estamos a realizar, fulano
viemos te levar para a casa afim de nos defender, proteger a saúde das nossas crianças e ajudar-
nos em tido que necessitamos.
Concluida esta parte todos voltam para a casa do falecido mas o sobrinho caminha na dianteira
afim de trazer parajunto dos outros, a bebida que restou. Esta bebida é cionsumida na entrada da
povoação, com manifestações que consistem em espalhar mapira e milho., etc. Esta cerimónia
que é sacrifício pequeno, deve ser realizada anualmente sem grande perrigo em relação ao
sacrifício grande que requer o devido cuidado.
6.11 Nyamussoro:
É um homem dotado de conhecimento espirituais com os quais trabalham sem dar conta de si,
confiando apenas no seu ajudante que no fim dos seus actos, conta-lhe de sucedido. O próprio
nyamussoro diz a família do defunto o presumível autor da morte ao qual o espírito promete se
10. 12
vingar. Com a vinganca do espírito (kupfuka), o autor da morte procura pela família do defunto
para se proceder atraves duma reconciliação a indemnização. O defunto através do nyamussoro,
determina o valor a ser pago.
6.12 Como é que o espírito faz a vingança?
Ha casos em que a família do falecido pede informações ao nyamussoro para saber, como é que
o defunto poderá se vingar na família do autor da morte. O nyamussoro por sua vez entrega a
esta família, segundo o pedido, um medicamento tradicional chamado “punga-lume”. Depois de
ser entregue esta raiz, uma pessoa da família se dirige ao túmulo do falecido. Quando chega junta
ao tumulo, cocretamente na cabeca, esta pessoa deita um pouco deste medicamento invocando o
falecido dizendo: “ fulano, você conhece o autor da sua morte. Deite este punga-lume para poder
se vingar dessa família” e passado um tempo, comessa realmente a desgrassa na família do autor
da morte, isto é, kupfuka segundo o conceito ndau.
7. Breve análise
Fazendo uma comparacao com a actualidade principalmente no contexo urbano nota de que as
pessoas abandonaram por completo as suas tradicoes. Ora vejamos a situacao dos funerais
principalmente no cemiterio de Chissui os funerais quase que já não são feitos segiendo as
tradicoes.
a existencia de varias igrejas ee um motivo forte que desencoraja as pessoas a seguirem as suas
tradicoes.
Segundo JOAO Ainosse, pastor da Igreja Velha Apostolica de
Moçambique toda cerimonia que é tratada segundo normas da igreja,
ela torna se mais facilitada porque a segundo ele a sua igreja bemcomo
outras igrejas ensinam que a morte acontece segundo a vontade de
Deus e não do homem. Afirmou ainda que emcaso de morte apenas faz
se uma cerimonia de oracoes para pedir a Deus que perdoe a alma do
falecido e poder consolar a familia enlutada e depois de tudo faz se a
ultima cerimonia de oracoes pada disperssar a familia e amigos.
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8. Reultados das entrevistas
De acordo com Floriana Jamanhane da etnia Sena respondendo as nossas questoes explica
Recebendo a noticia do desaparecimento fisico do malogrado surge o aparecimento de
familiares, vizinhos e amigos a casa inlutada a fim de prestar as suas condelencias.
A responsabilidade do tratamento do corpo do defunto e assumido por um vizinho muito
proximo a familia, a escolha desta personagem e feita com base no genero. Ex: defunto homem e
tratado por um homem.
A pessoa escolhida para o tratamento do corpo, quando chega a casa inlutada nao pode pedir
licença, apenas chega entra cospe em algum bem que ele queira adquirir para si e leva para sua
posse. Desde entao todos saberam que e a responsavel pelo corpo do defunto.
Procedem com o entero e as pessoas dispersam-se. Seti dias depois decorrem a cerimónia do
setimo dia.
Na cerimonia de um mes, feita um mes apos o enterro a familia, vizinhos e amigos reunem-se
para a decisao do cerimonial da purificacao da casa.
Esta purificacao e denominada pitakufa que consiste em manter relacoes sexuais com o parceiro
do falecido.
A pessoa escolhida para fazer este ritual e paga monitariamente, antigamente so familiares
directos do malogrado e que podiam fazer este ritual com a viuva(o), porem com o decorrer do
tempo, actulmente pode ser um vizinho ou amigo.
Se for feita a cerimonia por uma ansiam da casa depois de pitakufa tem de casar com a pessoa
que esta a pitakufar. Este ritual e feito em 6 dias, mais as relacoes sexuais sao feitas em dias
intercalados, 3 dias sim e 3 nao.
Durante este periodo de 6 dias nao pode extir movimento de pessoas estranhas na casa, e os
residentes nao podem sair e pedir coisas aos vizinhos como por exemplo fogo, sal...
12. 14
No setimo dia a familia e vizinhos aparecem trazendo tabaco, farinha e farelo, falando que
participou nesta cerimónia funebre comeu na casa e pitakufou.
Cada presente na casa pega um pouco de farinha e farelo poe na boca e fuma um pouco o
cigarro. Tambem Poe rape no nariz depois aspira.
Quem nao se faz presente nesta cerimónia enquanto paricipou do falecimento, nao pode comer
nesta casa e nem em um ambiente comum ate fazer a cerimónia.
O tratamento do corpo e feito por um familiar com base no genero. Da-se um bem simbolico a
pessoa que trata do corpo.
Apos o enterro nas cerimonisas do setimo dia procuram um conhecidor de raizes para purificar a
casa. Usam medicamento na comida, espalham na casa, nas roupas do defunto para afugentar o
espirito de morte.
O tipo de medicamento tradicional varia consuante o motivo da moarte do malogrado. A
viuva(o) durante esta cerimónia tem de mostrar a familia do malogrado todos os seus bens
existentes para a divisao.
Se necessario o medico tradicional chama o defunto para falar como e que deseja esta
distribuicao.
Apos este passo determinam o tempo de luto de acordo com seus criterios: 6 meses durante este
tempo a viuva(o) nao pode sair de casa a espera das cerimonias finais que consiste na retirada do
luto, utilizam de novo medicamentos tradicionais e chamam a familia para envocarem o defunto
para saber o que e necessario para tirar o luto. (Josina Maria da etnia Ndau)
9. Conclusao
13. 15
Apos realizacao deste trabalho, o grupo concuiu que Quando alguém da família morre, faz-se
uma comunicação do acontecimento aos vizinhos bem como aos de mais familiares.
Ninguém da família é permitido manter relações conjugais, principalmente na casa do falecido/a
porque as suas coisas ainda estão lá, por ex. Roupa, arco, arma. Depois de 7 dias, a família
prepara bebida e mata um cabrito. Tudo isto é levado para um cruzamento de caminhos, onde
vai-se comer beber. Depois de tudo, parte-se o pote e as panelas no próprio local.
Durante a processo de preparacao funebre, no processo de despedida cada membro da família é
obrigado a cortar um pedaço de palha e deita-lo em cima do caixão ou “bonde” quando todos
estiverem ja fora, carregam o corpo do falecido e partem em silêncio em direção ao cemitério, os
familiares que ficarem ficam a procurarem de pessoas idosas e com experiência chamadas
“madodas” para a prepação do medicamento “mudhemberembe” cujo o objectivo é de tratar os
sobreviventes.
Faz se uma cerimonia mediante a consulta ao nyamussoro, para de seguida a família do falecido
prepara a festa que geralmente segue passos propostos na consulta.
Há casos em que a família do falecido pede informações ao nyamussoro para saber, como é que
o defunto poderá se vingar na família do autor da morte.
10. Referências bibliográficas:
14. 16
MANUEL Joaquim, PEDRO, Zacarias e Virginia; Arquidiocese da Beira: fevereiro.1998.Meira
RODRIGUES, José Carlos: Constantes e variáveis significacionais nos Ritos e mitos associados
à morte
Fontes Orais:
1. Floriana Jamanhane de 40 anos de idade comerciante, Cel: 842055146 (residente no
bairro 1)
2. Josina Maria de 35 anos de idade, viuva, Cel: 823224634 residente na Beira
3. Joao Ainosse de 42 Anos de idade, Anciao da Igreja Velha Apostolica em Moçambique,
cel: 825738070 residente no Bairro Centro Hípico
4. Deolinda Alface, mais ou menos 85 anos, viuva e residente no Bairro Centro Hípico
5. José Vasco Josse de 50 Anos de idade residente no bairro Centro Hípico
11. Anexo
15. 17
Lista de perguntas efectuadas Perguntas:
1. Recebendo a noticia da morte dem pai ou mae, qual ee o procedimento que tradicao rege?
2. De quem ee a responsabilidade do tratamento do corpo do falecido ou da falecida?
3. Apos as cerimonias do funeral o quê que se faz de seguida?
4. Tem alguma exigencia Durante este periodo de 6 dias?
5. Apos todas cerimonias as pessoas se desperçam assim sem mais um tratamrnto?
6. Que tipo de medicamento ee usado nestas cerimonias?
7. A cerimonia de luto tem enquadramento na vossa tradicao?
8. Qual ee o seu nome e contacto?