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RELATÓRIO EXPERTISE
DE PESQUISAS
#brasilsemfiltro
ANO 1
Um raio X de como os internautas brasileiros enxergam
o país através de temas relevantes que fazem parte do
nosso cotidiano e dos nossos noticiários.
Periodicamente, a Expertise realiza pesquisas com a população
brasileira para ouvir sua opinião sobre temas extremamente
importantes para a nossa sociedade, e entender como estes
assuntos influenciam o dia-a-dia de cada uma dessas pessoas.
Com este trabalho, que é sempre amplamente divulgado na
mídia, a Expertise pretende contribuir para a reflexão, o debate e
a disseminação da informação destes temas entre a população.
#brasilsemfiltro
PRECONCEITO ............................................................................. 04
MENSALÃO ............................................................................. 06
MACONHA ............................................................................. 08
SEXISMO ............................................................................. 10
MOBILIDADE URBANA ............................................................................. 12
COPA DO MUNDO .............................................................................. 14
#brasilsemfiltro
ÍNDICE
PRECONCEITO
Coleta: realizada via web através do Opinion Box
Período: entrevistas realizadas em outubro/13
Amostra: 1.215 casos
Perfil: Brasileiros de todos os estados | ambos os
sexos | classes A, B, C, D e E | entre 18 e 59 anos
Margem de erro: 2,8 pp
A discussão sobre o preconceito ainda é uma pauta constante na nossa sociedade. Frequentemente, o tema vem
à tona no nosso dia-dia, nos noticiários, no Planalto, nos campos de futebol e nas redes sociais. Por isto,
escolhemos este tema para dar início ao projeto #brasilsemfiltro.
A pesquisa, realizada em outubro de 2013, reforçou o tanto que o assunto é polêmico e contraditório. Quando os
internautas falam sobre o brasileiro em geral, não há muitas dúvidas: 72% dos entrevistados concordam que o
brasileiro é um povo preconceituoso. Mas na hora de falar sobre a própria conduta, os dados mostram que talvez
haja uma dificuldade em reconhecer as atitudes discriminatórias de cada um. Para enxergar como as pessoas
lidam com o próprio preconceito, a pesquisa perguntou como as pessoas agiriam diante de algumas situações.
Se fossem donos de uma empresa, 91% contratariam um funcionário negro, 82% contratariam um homossexual
masculino, 80% empregariam um homossexual feminino e 94% aceitariam um deficiente físico no seu quadro
de funcionários.
Ainda que esses números pareçam mostrar um Brasil bem menos preconceituoso do que os próprios
entrevistados apontam, alguns dados ainda chocam: dizer que 91% contratariam um funcionário negro é o
mesmo que dizer que 1 em cada 10 pessoas deixaria de contratar alguém, independentemente de suas
habilidades, simplesmente por causa da sua cor de pele, e 1 em cada 5 não contrataria por causa de sua opção
sexual.
E por falar nos homossexuais, a pesquisa mostrou que o tema ainda é polêmico na cabeça dos brasileiros: pouco
menos da metade é a favor da união homoafetiva (45%) e da adoção homoparental (48%). Por outro lado, um
pouco mais da metade é a favor da criminalização da homofobia (54%) e contra o tratamento psicológico para a
homossexualidade (54%).
Os dados mostram claramente que o Brasil ainda precisa avançar muito para vencer o preconceito e que a
população tem dificuldades em lidar com as diferenças.
!   72% consideram o brasileiro um
povo preconceituoso.
!   91% contrataria um funcionário
negro.
!   94% contrataria um deficiente
físico.
#brasilsemfiltro
Infelizmente,
a nossa sociedade
ainda precisa evoluir
muito para se livrar
do preconceito
Marcelo Cenni, CIO da Expertise
MENSALÃO
Coleta: realizada via web através do Opinion Box
Período: entrevistas realizadas em novembro/13
Amostra: 1.252 casos
Perfil: Brasileiros de todos os estados | ambos os
sexos | classes A, B, C, D e E | entre 18 e 59 anos
Margem de erro: 2,8 pp
Em um dos momentos mais marcantes do escândalo do Mensalão - quando os primeiros réus começaram a ser
presos em novembro de 2013 – a Expertise realizou sua segunda pesquisa do projeto #brasilsemfiltro para
saber a opinião da população e avaliar o grau de conhecimento sobre o tema.
Apesar da imensidão do país, 98% dos internautas já tinham ouvido falar do Mensalão e, de maneira geral, os
entrevistados tinham algum conhecimento sobre o tema, mesmo que não aprofundado: 45% das pessoas
afirmaram ter alto grau de conhecimento; outros 46% afirmaram possuir nível médio de entendimento e
somente 9% dos entrevistados apontaram baixo ou nenhum conhecimento sobre o assunto. Outro item
interessante é que apenas 20% da população não concordou com o resultado do julgamento. O estudo
constatou ainda que quanto maior a idade e a classe social dos entrevistados, maior o percentual de
conhecimento aprofundado a respeito do Mensalão. E quanto maior o conhecimento sobre o tema, maior a
concordância com o resultado do julgamento.
No entanto, mesmo com as sentenças de condenação de diversos réus, os dados mostram a baixa credibilidade
do sistema judiciário: 9 em cada 10 entrevistados afirmaram acreditar que os presos não cumpririam as penas
em sua totalidade, e também 9 em cada 10 disseram acreditar que os condenados teriam privilégios na prisão.
Com relação à imparcialidade do processo, os brasileiros também se mostraram relativamente céticos: 6 em
cada 10 afirmaram que houve influência política e 6 em cada 10 disseram que houve influência da mídia nos
resultados do julgamento. Apesar disso, os entrevistados enxergaram alguns pontos positivos: 74% afirmaram
acreditar que o resultado influenciaria outros julgamentos de corrupção no país e 83% entenderam que a
atuação do Ministro Joaquim Barbosa foi adequada ou muito adequada.
Acima de tudo, a pesquisa mostrou que, mesmo que momentaneamente, o tema atraiu a atenção das pessoas
para o cenário político que vivemos no país. Mais do que isto, 72% afirmaram que o resultado do julgamento
influenciará os seus votos nas eleições de 2014.
#brasilsemfiltro
!   Apenas 20% dos entrevistados
não concordaram com o
resultado do julgamento.
!   92% acreditam que os presos
não cumprirão a totalidade das
penas.
!   83% aprovaram a atuação do
Ministro Joaquim Barbosa.
haja opiniões distintas,
o julgamento foi
importante para
colocar a corrupção
em pauta
Christian Reed, CEO da Expertise
Mesmo que
Coleta: realizada via web através do Opinion Box
Período: entrevistas realizadas em janeiro/14
Amostra: 1.259 casos
Perfil: Brasileiros de todos os estados | ambos os
sexos | classes A, B, C, D e E | entre 18 e 59 anos
Margem de erro: 2,8 pp
No Uruguai, ela é legalizada. Em países como Canadá, República Tcheca, Romênia e Israel, e em 20 estados dos
Estados Unidos, ela pode ser usada para fins medicinais. No Colorado e em Washington, pode ser usada para
fins recreativos. Em Portugal, não é crime. Na Coréia do Norte, não é droga. Alguns acham que ela vicia e mata.
Outros defendem que ela pode ajudar no tratamento do câncer. A forma como os governos e as pessoas ao
redor do mundo lidam com a maconha mostra claramente que não há um consenso sobre a substância. Não
tinha como este assunto ficar de fora do #brasilsemfiltro.
Em janeiro de 2014, a Expertise ouviu os internautas brasileiros e descobriu que 57% dos entrevistados são a
favor da legalização da maconha para fins medicinais e 1 em cada 4 é a favor da legalização para todos os fins.
Sobre a relação pessoal de cada um com a substância, 26% dos entrevistados afirmam ter fumado maconha
pelo menos uma vez. Destes, 44% experimentaram a erva antes dos 18 anos, 83% não fumam mais e 4%
declaram fumar diariamente. Entre os que nunca experimentaram, 69% justificam que não houve curiosidade e
16% que acham perigoso para a saúde. Um dado curioso é que, apesar de 74% afirmar que nunca fumou, 60%
dizem ter familiares ou amigos próximos que fumam maconha.
O estudo mostrou que há uma nítida diferença de opinião sobre a droga entre aqueles que já usaram e os que
nunca usaram. Por exemplo, entre os que já fumaram, 41% consideram a droga nada ou pouco prejudicial à
saúde. Entre os que nunca experimentaram, 85% consideram prejudicial ou muito prejudicial. 35% dos que
consumiram pelo menos uma vez acreditam que a criminalidade diminuiria com a legalização, e 40% dos que
nunca tiveram contato com a maconha acham que a criminalidade aumentaria. Independentemente de já ter
experimentado ou não, 58% acreditam que o consumo aumentaria caso a erva fosse legalizada. Entre os que
são contra a liberação, esse número aumenta para 76%. Por outro lado, 76% dos que são a favor da legalização
apostam que o consumo diminuiria ou permaneceria estável.
A pesquisa mostra claramente que, ainda que não haja um apoio massivo para uso recreativo da maconha, a
legalização para fins medicinais já tem apoio representativo.
MACONHA
#brasilsemfiltro
!   57% dos brasileiros são a favor
da legalização da maconha para
fins medicinais.
!   1 em cada 4 são a favor da
legalização para todos os fins.
!   26% afirmam ter fumado pelo
menos uma única vez.
!
mostram que não há
um consenso, o que
só comprova que
está mais do que na
hora de se iniciar um
amplo debate sobre o
tema
Christian Reed, CEO da Expertise
Os dados
Coleta: realizada via web através do Opinion Box
Período: entrevistas realizadas em fevereiro/14
Amostra: 1.258 casos
Perfil: Brasileiros de todos os estados | ambos os
sexos | classes A, B, C, D e E | entre 18 e 59 anos
Margem de erro: 2,5 pp
Muito se fala da igualdade entre os sexos, e sabemos que já houve grandes avanços neste sentido. Há menos de
100 anos, as mulheres não podiam votar no Brasil, e hoje temos uma presidente mulher comandando o país e
muitas outras na presidência de importantes empresas. Mas será que avançamos o suficiente?
O #brasilsemfiltro procurou saber como a população enxerga o papel e os direitos da mulher na sociedade e
constatou que 75% dos internautas consideram o Brasil um país machista e 96% afirmam que há diferenças
entre homens e mulheres no país. Entre as mulheres, esse número aumenta para 82%, e entre os homens cai
para 69%. Por outro lado, apenas 1/3 dos homens admitiu ser machista ou pouco machista.
Apesar da grande maioria considerar a sociedade machista, o estudo comprovou que há espaço para mudanças:
8 em cada 10 brasileiros não veem problema em a mulher ganhar mais do que o homem. Em situações do dia-
a-dia, o cenário também já vem mudando: 78% acham que o casal deve dividir a conta do restaurante, 94%
afirmam que a responsabilidade de cuidar dos filhos deve ser dividida e 88% acreditam que as atividades
domésticas também devem ser partilhadas.
Em alguns casos, porém, antigos valores ainda prevalecem: para 44% dos entrevistados, a conta do motel deve
ser paga pelo homem. Entre as mulheres, esse número aumenta para 50%. Além disso, 1 em cada 5 pessoas
considera inaceitável a mulher usar roupas justas.
O estudo foi além e quis saber como as pessoas enxergariam uma mulher desempenhando profissões dominadas
por homens: 73% se mostraram indiferentes ao sexo de um instrutor de auto-escola, 55% achariam legal entrar
em um taxi e ser uma motorista mulher e 50% achariam legal uma mulher pilotando um avião. Por outro lado,
43% achariam estranho, em um primeiro momento, chegar na casa de um amigo e encontrar um empregado
doméstico homem, mas não veriam problema.
A pesquisa mostra que avançamos, mas ainda temos espaço para melhoras.
SEXISMO
#brasilsemfiltro
!   1/3 das mulheres se consideram
feministas.
!   75% consideram o Brasil um país
machista.
!   96% afirmam que ainda há
diferenças entre os homens e as
mulheres.
que há espaço para
avançarmos no
sentido de promover
a igualdade entre
homem e mulher
Rodrigo Cicutti, COO da Expertise
O Estudo mostra
SEXISMO
75%
dos brasileiros acham que
o Brasil é um país machista.
83% dos brasileiros optaria pela contratação
de uma mulher para cuidar dos filhos. 17%
Quem deveria pagar a
conta do restaurante?
Quem deveria pagar
a conta do motel?
Quem deveria bancar
a festa de casamento?
Quem deveria ser responsável
por cuidar dos filhos?
Quem deveria ser responsável
por cuidar das tarefas
domésticas?
Quem deve
ficar com a guarda
dos filhos?
21%
38%
9%
1%
0%
1%
23%
50%
8%
1%
1%
0%
0%
0%
2%
6%
14%
9%
0%
0%
1%
5%
8%
16%
O que tiver
melhores
condições
O que tiver
melhores
condições
79%
62%
89%
93%
86%
68%
22%
77%
50%
91%
94%
91%
66%
18%
1 em cada
3 das
mulheres
brasileiras
se
considera
feminista
ou muito
feminista.
62%
dos brasileiros entendem que o
movimento feminista é legítimo.
96%
dos brasileiros acham que existe diferença
entre homens e mulheres no país.
1 em cada
3 dos
homens
admite ser
machista
ou um
pouco
machista.
MOTEL
Homens Mulheres
1 em cada 5
brasileiros
considera ina-
ceitável que as
mulheres usem
roupas justas e
decotadas.
4 em cada 5
brasileiros
acham que é
aceitável que a
mulher ganhe
mais do que o
homem.
estariam dispostos a contar com um profissional
do sexo masculino para zelar pelas crianças.
O que pensam:
Mulheres Ambos/Devem dividirLEGENDA: Homens
Coleta: realizada via web através do Opinion Box
Período: entrevistas realizadas em abril/14
Amostra: 1.259 casos
Perfil: Brasileiros de todos os estados | ambos os
sexos | classes A, B, C, D e E | entre 18 e 59 anos
Margem de erro: 2,8 pp
O estudo de mobilidade urbana do #brasilsemfiltro revelou que o medo e a tensão são dois dos principais
ingredientes no trânsito das cidades brasileiras. Os dados impressionam: 52% dos entrevistados consideram o
transporte público ruim ou péssimo, 26% já participaram de uma discussão acalorada no trânsito e 43%
sofreram algum tipo de agressão verbal nos últimos 12 meses.
A violência é recorrente e interfere na rotina das pessoas: 18% afirmaram que sofreram tentativa de assalto no
trânsito nos últimos 12 meses e 1/3 altera com muita frequência o caminho por medo da violência.
Entre os que responderam a pesquisa, 39% afirmaram andar principalmente de ônibus, 34% utilizam mais o
carro e 11% se deslocam prioritariamente a pé. Independentemente do meio de transporte que utilizam, 56%
gastam mais de uma hora por dia se deslocando em sua cidade. Entre os que usam ônibus e metrô, o tempo
médio gasto é ainda maior e muitas vezes chega a até 3 horas por dia. Além disso, 1/3 dos brasileiros já mudou
ou pensa em mudar de endereço por conta da distância da casa para o trabalho e 40% já recusaram ou
desistiram de um emprego devido à distância ou dificuldade de locomoção.
Com base neste cenário, não chega a ser surpreendente que apenas 11% dos respondentes avaliaram o
transporte público como bom ou ótimo. Além disso, 66% acham que o deslocamento em sua cidade piorou nos
últimos 12 meses e 41% afirmam que está muito pior. As expectativas para o futuro também não são boas:
49% acham que este cenário tende a piorar nos próximos 12 meses, e apenas 23% acreditam que a situação
pode melhorar.
Sobre possíveis soluções para melhorar o trânsito, alguns dados não deixam dúvidas: 92% são a favor de faixas
exclusivas para ônibus, e também 92% concordam com a instalação de ciclovias. 6 em cada 10 dos brasileiros
são a favor do rodízio de carros. Mesmo entre os que utilizam os automóveis, 45% são a favor. Além disso,
quase metade (45%) dos respondentes do estudo disse ser a favor da diminuição das vagas para
estacionamento em regiões mais movimentadas da cidade. Não há dúvidas, a mobilidade urbana é um grande
desafio para o país.
MOBILIDADE URBANA
#brasilsemfiltro
!   52% avaliam o transporte público
como ruim ou péssimo.
!   18% sofreu tentativa de assalto
no trânsito nos últimos 12
meses.
!   6 em cada 10 são a favor do
rodízio semanal de veículos.
que passamos boa
parte do tempo em
deslocamento é
verdadeira. Um tempo
precioso, que poderia
ser dedicado à
qualidade de vida e
bem-estar, acaba
perdido
Christian Reed, CEO da Expertise
A premissa de
Coleta: realizada via web através do Opinion Box
Período: entrevistas realizadas em maio/14
Amostra: 2.089 casos
Perfil: Brasileiros de todos os estados | ambos os
sexos | classes A, B, C, D e E | entre 18 e 59 anos
Margem de erro: 2,1 pp
Após 7 anos de organização, R$ 30 bilhões investidos e 12 arenas construídas ou reformadas, a Copa do Mundo
começa com opiniões divergentes. A poucos dias da bola rolar no Itaquerão, o #brasilsemfiltro quis saber como
estava a sensação, a empolgação e a expectativa dos brasileiros para o maior evento que o país já recebeu.
A pesquisa mostra que a população está unida e otimista em relação à seleção brasileira, mas dividida em
relação à forma como foram conduzidos os preparativos para a realização do evento no país. 65% dos
internautas acreditam que o Brasil será o vencedor, 64% avaliam o trabalho do Felipão como muito bom ou
excelente e apenas 6% rejeitam os jogadores convocados para a seleção.
Por outro lado, quando perguntamos sobre a animação com o evento em si, vemos dois grupos distintos: 39%
estão mais animados com esta Copa do que as edições anteriores, mas 38% estão menos animados com esta
edição. Os dados mostram também que a animação com o evento depende do interesse pelo futebol: dos 52%
que afirmam se interessar muito pelo esporte, 58% estão mais animados com a Copa no Brasil do que estavam
em outros anos. Já entre os 15% que revelam baixo ou nenhum interesse por futebol, 66% estão mais
desanimados com a edição brasileira.
A pesquisa mostra também uma insatisfação com os preparativos para a realização do evento. Foram
apresentadas diferentes frases para os internautas, todas amplamente comentadas nos últimos meses, para que
eles identificassem a que melhor reflete a sua percepção em relação ao evento. 42% escolheram a frase “É um
absurdo que o Brasil esteja gastando tanto dinheiro em um evento como esse, quando há coisas mais
importantes para serem resolvidas” e 19% escolheram “Não concordo com o dinheiro investido, mas estou feliz
de poder ver uma Copa de perto”. Apenas 6% selecionaram a frase “A Copa será um sucesso e a população
ficará orgulhosa do Brasil” e 4% preferiram “Os investimentos foram necessários e ficarão como legado”. Os
demais entrevistados oscilaram entre afirmações de orgulho e alegria por sediar o evento e desse ser o momento
de manifestar para que as reivindicações do povo sejam atendidas. Além disso, 35% afirmam que a Copa do
Mundo pode influenciar seu voto nas eleições de outubro.
Apesar das ressalvas em relação à condução do evento, o esporte e a seleção representam o Brasil que dá certo
e acabarão contagiando grande parte da população.
COPA DO MUNDO
#brasilsemfiltro
!   65% acreditam que o Brasil vai
conquistar o Hexa.
!   35% afirmam que a Copa pode
influenciar seu voto em outubro.
!   39% estão mais animados com a
Copa no Brasil do que em
edições anteriores e 38% estão
mais desanimados.
nos mostra, de forma
bem interessante,
que a relação do
brasileiro com a Copa
do Mundo depende,
acima de tudo, do
interesse de cada um
pelo futebol
Christian Reed, CEO da Expertise
A pesquisa
RELATÓRIO EXPERTISE #brasilsemfiltro
CEO - Christian Reed
COO - Rodrigo Cicutti
CIO - Marcelo Cenni
Coleta de dados: Felipe Schepers | Thais Faria
Análise e Inteligência: Denise Furtado | Karina Figueredo
Conteúdo: Daniela Schermann
Rua Padre Severino, 61 – São Pedro
Belo Horizonte – MG
CEP 30330-150
www.expertise.net.br
expertise@expertise.net.br
(31) 4501 2020
#Brasilsemfiltro

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#Brasilsemfiltro

  • 1. RELATÓRIO EXPERTISE DE PESQUISAS #brasilsemfiltro ANO 1 Um raio X de como os internautas brasileiros enxergam o país através de temas relevantes que fazem parte do nosso cotidiano e dos nossos noticiários.
  • 2. Periodicamente, a Expertise realiza pesquisas com a população brasileira para ouvir sua opinião sobre temas extremamente importantes para a nossa sociedade, e entender como estes assuntos influenciam o dia-a-dia de cada uma dessas pessoas. Com este trabalho, que é sempre amplamente divulgado na mídia, a Expertise pretende contribuir para a reflexão, o debate e a disseminação da informação destes temas entre a população. #brasilsemfiltro
  • 3. PRECONCEITO ............................................................................. 04 MENSALÃO ............................................................................. 06 MACONHA ............................................................................. 08 SEXISMO ............................................................................. 10 MOBILIDADE URBANA ............................................................................. 12 COPA DO MUNDO .............................................................................. 14 #brasilsemfiltro ÍNDICE
  • 4. PRECONCEITO Coleta: realizada via web através do Opinion Box Período: entrevistas realizadas em outubro/13 Amostra: 1.215 casos Perfil: Brasileiros de todos os estados | ambos os sexos | classes A, B, C, D e E | entre 18 e 59 anos Margem de erro: 2,8 pp A discussão sobre o preconceito ainda é uma pauta constante na nossa sociedade. Frequentemente, o tema vem à tona no nosso dia-dia, nos noticiários, no Planalto, nos campos de futebol e nas redes sociais. Por isto, escolhemos este tema para dar início ao projeto #brasilsemfiltro. A pesquisa, realizada em outubro de 2013, reforçou o tanto que o assunto é polêmico e contraditório. Quando os internautas falam sobre o brasileiro em geral, não há muitas dúvidas: 72% dos entrevistados concordam que o brasileiro é um povo preconceituoso. Mas na hora de falar sobre a própria conduta, os dados mostram que talvez haja uma dificuldade em reconhecer as atitudes discriminatórias de cada um. Para enxergar como as pessoas lidam com o próprio preconceito, a pesquisa perguntou como as pessoas agiriam diante de algumas situações. Se fossem donos de uma empresa, 91% contratariam um funcionário negro, 82% contratariam um homossexual masculino, 80% empregariam um homossexual feminino e 94% aceitariam um deficiente físico no seu quadro de funcionários. Ainda que esses números pareçam mostrar um Brasil bem menos preconceituoso do que os próprios entrevistados apontam, alguns dados ainda chocam: dizer que 91% contratariam um funcionário negro é o mesmo que dizer que 1 em cada 10 pessoas deixaria de contratar alguém, independentemente de suas habilidades, simplesmente por causa da sua cor de pele, e 1 em cada 5 não contrataria por causa de sua opção sexual. E por falar nos homossexuais, a pesquisa mostrou que o tema ainda é polêmico na cabeça dos brasileiros: pouco menos da metade é a favor da união homoafetiva (45%) e da adoção homoparental (48%). Por outro lado, um pouco mais da metade é a favor da criminalização da homofobia (54%) e contra o tratamento psicológico para a homossexualidade (54%). Os dados mostram claramente que o Brasil ainda precisa avançar muito para vencer o preconceito e que a população tem dificuldades em lidar com as diferenças. !   72% consideram o brasileiro um povo preconceituoso. !   91% contrataria um funcionário negro. !   94% contrataria um deficiente físico. #brasilsemfiltro
  • 5. Infelizmente, a nossa sociedade ainda precisa evoluir muito para se livrar do preconceito Marcelo Cenni, CIO da Expertise
  • 6. MENSALÃO Coleta: realizada via web através do Opinion Box Período: entrevistas realizadas em novembro/13 Amostra: 1.252 casos Perfil: Brasileiros de todos os estados | ambos os sexos | classes A, B, C, D e E | entre 18 e 59 anos Margem de erro: 2,8 pp Em um dos momentos mais marcantes do escândalo do Mensalão - quando os primeiros réus começaram a ser presos em novembro de 2013 – a Expertise realizou sua segunda pesquisa do projeto #brasilsemfiltro para saber a opinião da população e avaliar o grau de conhecimento sobre o tema. Apesar da imensidão do país, 98% dos internautas já tinham ouvido falar do Mensalão e, de maneira geral, os entrevistados tinham algum conhecimento sobre o tema, mesmo que não aprofundado: 45% das pessoas afirmaram ter alto grau de conhecimento; outros 46% afirmaram possuir nível médio de entendimento e somente 9% dos entrevistados apontaram baixo ou nenhum conhecimento sobre o assunto. Outro item interessante é que apenas 20% da população não concordou com o resultado do julgamento. O estudo constatou ainda que quanto maior a idade e a classe social dos entrevistados, maior o percentual de conhecimento aprofundado a respeito do Mensalão. E quanto maior o conhecimento sobre o tema, maior a concordância com o resultado do julgamento. No entanto, mesmo com as sentenças de condenação de diversos réus, os dados mostram a baixa credibilidade do sistema judiciário: 9 em cada 10 entrevistados afirmaram acreditar que os presos não cumpririam as penas em sua totalidade, e também 9 em cada 10 disseram acreditar que os condenados teriam privilégios na prisão. Com relação à imparcialidade do processo, os brasileiros também se mostraram relativamente céticos: 6 em cada 10 afirmaram que houve influência política e 6 em cada 10 disseram que houve influência da mídia nos resultados do julgamento. Apesar disso, os entrevistados enxergaram alguns pontos positivos: 74% afirmaram acreditar que o resultado influenciaria outros julgamentos de corrupção no país e 83% entenderam que a atuação do Ministro Joaquim Barbosa foi adequada ou muito adequada. Acima de tudo, a pesquisa mostrou que, mesmo que momentaneamente, o tema atraiu a atenção das pessoas para o cenário político que vivemos no país. Mais do que isto, 72% afirmaram que o resultado do julgamento influenciará os seus votos nas eleições de 2014. #brasilsemfiltro !   Apenas 20% dos entrevistados não concordaram com o resultado do julgamento. !   92% acreditam que os presos não cumprirão a totalidade das penas. !   83% aprovaram a atuação do Ministro Joaquim Barbosa.
  • 7. haja opiniões distintas, o julgamento foi importante para colocar a corrupção em pauta Christian Reed, CEO da Expertise Mesmo que
  • 8. Coleta: realizada via web através do Opinion Box Período: entrevistas realizadas em janeiro/14 Amostra: 1.259 casos Perfil: Brasileiros de todos os estados | ambos os sexos | classes A, B, C, D e E | entre 18 e 59 anos Margem de erro: 2,8 pp No Uruguai, ela é legalizada. Em países como Canadá, República Tcheca, Romênia e Israel, e em 20 estados dos Estados Unidos, ela pode ser usada para fins medicinais. No Colorado e em Washington, pode ser usada para fins recreativos. Em Portugal, não é crime. Na Coréia do Norte, não é droga. Alguns acham que ela vicia e mata. Outros defendem que ela pode ajudar no tratamento do câncer. A forma como os governos e as pessoas ao redor do mundo lidam com a maconha mostra claramente que não há um consenso sobre a substância. Não tinha como este assunto ficar de fora do #brasilsemfiltro. Em janeiro de 2014, a Expertise ouviu os internautas brasileiros e descobriu que 57% dos entrevistados são a favor da legalização da maconha para fins medicinais e 1 em cada 4 é a favor da legalização para todos os fins. Sobre a relação pessoal de cada um com a substância, 26% dos entrevistados afirmam ter fumado maconha pelo menos uma vez. Destes, 44% experimentaram a erva antes dos 18 anos, 83% não fumam mais e 4% declaram fumar diariamente. Entre os que nunca experimentaram, 69% justificam que não houve curiosidade e 16% que acham perigoso para a saúde. Um dado curioso é que, apesar de 74% afirmar que nunca fumou, 60% dizem ter familiares ou amigos próximos que fumam maconha. O estudo mostrou que há uma nítida diferença de opinião sobre a droga entre aqueles que já usaram e os que nunca usaram. Por exemplo, entre os que já fumaram, 41% consideram a droga nada ou pouco prejudicial à saúde. Entre os que nunca experimentaram, 85% consideram prejudicial ou muito prejudicial. 35% dos que consumiram pelo menos uma vez acreditam que a criminalidade diminuiria com a legalização, e 40% dos que nunca tiveram contato com a maconha acham que a criminalidade aumentaria. Independentemente de já ter experimentado ou não, 58% acreditam que o consumo aumentaria caso a erva fosse legalizada. Entre os que são contra a liberação, esse número aumenta para 76%. Por outro lado, 76% dos que são a favor da legalização apostam que o consumo diminuiria ou permaneceria estável. A pesquisa mostra claramente que, ainda que não haja um apoio massivo para uso recreativo da maconha, a legalização para fins medicinais já tem apoio representativo. MACONHA #brasilsemfiltro !   57% dos brasileiros são a favor da legalização da maconha para fins medicinais. !   1 em cada 4 são a favor da legalização para todos os fins. !   26% afirmam ter fumado pelo menos uma única vez.
  • 9. ! mostram que não há um consenso, o que só comprova que está mais do que na hora de se iniciar um amplo debate sobre o tema Christian Reed, CEO da Expertise Os dados
  • 10. Coleta: realizada via web através do Opinion Box Período: entrevistas realizadas em fevereiro/14 Amostra: 1.258 casos Perfil: Brasileiros de todos os estados | ambos os sexos | classes A, B, C, D e E | entre 18 e 59 anos Margem de erro: 2,5 pp Muito se fala da igualdade entre os sexos, e sabemos que já houve grandes avanços neste sentido. Há menos de 100 anos, as mulheres não podiam votar no Brasil, e hoje temos uma presidente mulher comandando o país e muitas outras na presidência de importantes empresas. Mas será que avançamos o suficiente? O #brasilsemfiltro procurou saber como a população enxerga o papel e os direitos da mulher na sociedade e constatou que 75% dos internautas consideram o Brasil um país machista e 96% afirmam que há diferenças entre homens e mulheres no país. Entre as mulheres, esse número aumenta para 82%, e entre os homens cai para 69%. Por outro lado, apenas 1/3 dos homens admitiu ser machista ou pouco machista. Apesar da grande maioria considerar a sociedade machista, o estudo comprovou que há espaço para mudanças: 8 em cada 10 brasileiros não veem problema em a mulher ganhar mais do que o homem. Em situações do dia- a-dia, o cenário também já vem mudando: 78% acham que o casal deve dividir a conta do restaurante, 94% afirmam que a responsabilidade de cuidar dos filhos deve ser dividida e 88% acreditam que as atividades domésticas também devem ser partilhadas. Em alguns casos, porém, antigos valores ainda prevalecem: para 44% dos entrevistados, a conta do motel deve ser paga pelo homem. Entre as mulheres, esse número aumenta para 50%. Além disso, 1 em cada 5 pessoas considera inaceitável a mulher usar roupas justas. O estudo foi além e quis saber como as pessoas enxergariam uma mulher desempenhando profissões dominadas por homens: 73% se mostraram indiferentes ao sexo de um instrutor de auto-escola, 55% achariam legal entrar em um taxi e ser uma motorista mulher e 50% achariam legal uma mulher pilotando um avião. Por outro lado, 43% achariam estranho, em um primeiro momento, chegar na casa de um amigo e encontrar um empregado doméstico homem, mas não veriam problema. A pesquisa mostra que avançamos, mas ainda temos espaço para melhoras. SEXISMO #brasilsemfiltro !   1/3 das mulheres se consideram feministas. !   75% consideram o Brasil um país machista. !   96% afirmam que ainda há diferenças entre os homens e as mulheres.
  • 11. que há espaço para avançarmos no sentido de promover a igualdade entre homem e mulher Rodrigo Cicutti, COO da Expertise O Estudo mostra SEXISMO 75% dos brasileiros acham que o Brasil é um país machista. 83% dos brasileiros optaria pela contratação de uma mulher para cuidar dos filhos. 17% Quem deveria pagar a conta do restaurante? Quem deveria pagar a conta do motel? Quem deveria bancar a festa de casamento? Quem deveria ser responsável por cuidar dos filhos? Quem deveria ser responsável por cuidar das tarefas domésticas? Quem deve ficar com a guarda dos filhos? 21% 38% 9% 1% 0% 1% 23% 50% 8% 1% 1% 0% 0% 0% 2% 6% 14% 9% 0% 0% 1% 5% 8% 16% O que tiver melhores condições O que tiver melhores condições 79% 62% 89% 93% 86% 68% 22% 77% 50% 91% 94% 91% 66% 18% 1 em cada 3 das mulheres brasileiras se considera feminista ou muito feminista. 62% dos brasileiros entendem que o movimento feminista é legítimo. 96% dos brasileiros acham que existe diferença entre homens e mulheres no país. 1 em cada 3 dos homens admite ser machista ou um pouco machista. MOTEL Homens Mulheres 1 em cada 5 brasileiros considera ina- ceitável que as mulheres usem roupas justas e decotadas. 4 em cada 5 brasileiros acham que é aceitável que a mulher ganhe mais do que o homem. estariam dispostos a contar com um profissional do sexo masculino para zelar pelas crianças. O que pensam: Mulheres Ambos/Devem dividirLEGENDA: Homens
  • 12. Coleta: realizada via web através do Opinion Box Período: entrevistas realizadas em abril/14 Amostra: 1.259 casos Perfil: Brasileiros de todos os estados | ambos os sexos | classes A, B, C, D e E | entre 18 e 59 anos Margem de erro: 2,8 pp O estudo de mobilidade urbana do #brasilsemfiltro revelou que o medo e a tensão são dois dos principais ingredientes no trânsito das cidades brasileiras. Os dados impressionam: 52% dos entrevistados consideram o transporte público ruim ou péssimo, 26% já participaram de uma discussão acalorada no trânsito e 43% sofreram algum tipo de agressão verbal nos últimos 12 meses. A violência é recorrente e interfere na rotina das pessoas: 18% afirmaram que sofreram tentativa de assalto no trânsito nos últimos 12 meses e 1/3 altera com muita frequência o caminho por medo da violência. Entre os que responderam a pesquisa, 39% afirmaram andar principalmente de ônibus, 34% utilizam mais o carro e 11% se deslocam prioritariamente a pé. Independentemente do meio de transporte que utilizam, 56% gastam mais de uma hora por dia se deslocando em sua cidade. Entre os que usam ônibus e metrô, o tempo médio gasto é ainda maior e muitas vezes chega a até 3 horas por dia. Além disso, 1/3 dos brasileiros já mudou ou pensa em mudar de endereço por conta da distância da casa para o trabalho e 40% já recusaram ou desistiram de um emprego devido à distância ou dificuldade de locomoção. Com base neste cenário, não chega a ser surpreendente que apenas 11% dos respondentes avaliaram o transporte público como bom ou ótimo. Além disso, 66% acham que o deslocamento em sua cidade piorou nos últimos 12 meses e 41% afirmam que está muito pior. As expectativas para o futuro também não são boas: 49% acham que este cenário tende a piorar nos próximos 12 meses, e apenas 23% acreditam que a situação pode melhorar. Sobre possíveis soluções para melhorar o trânsito, alguns dados não deixam dúvidas: 92% são a favor de faixas exclusivas para ônibus, e também 92% concordam com a instalação de ciclovias. 6 em cada 10 dos brasileiros são a favor do rodízio de carros. Mesmo entre os que utilizam os automóveis, 45% são a favor. Além disso, quase metade (45%) dos respondentes do estudo disse ser a favor da diminuição das vagas para estacionamento em regiões mais movimentadas da cidade. Não há dúvidas, a mobilidade urbana é um grande desafio para o país. MOBILIDADE URBANA #brasilsemfiltro !   52% avaliam o transporte público como ruim ou péssimo. !   18% sofreu tentativa de assalto no trânsito nos últimos 12 meses. !   6 em cada 10 são a favor do rodízio semanal de veículos.
  • 13. que passamos boa parte do tempo em deslocamento é verdadeira. Um tempo precioso, que poderia ser dedicado à qualidade de vida e bem-estar, acaba perdido Christian Reed, CEO da Expertise A premissa de
  • 14. Coleta: realizada via web através do Opinion Box Período: entrevistas realizadas em maio/14 Amostra: 2.089 casos Perfil: Brasileiros de todos os estados | ambos os sexos | classes A, B, C, D e E | entre 18 e 59 anos Margem de erro: 2,1 pp Após 7 anos de organização, R$ 30 bilhões investidos e 12 arenas construídas ou reformadas, a Copa do Mundo começa com opiniões divergentes. A poucos dias da bola rolar no Itaquerão, o #brasilsemfiltro quis saber como estava a sensação, a empolgação e a expectativa dos brasileiros para o maior evento que o país já recebeu. A pesquisa mostra que a população está unida e otimista em relação à seleção brasileira, mas dividida em relação à forma como foram conduzidos os preparativos para a realização do evento no país. 65% dos internautas acreditam que o Brasil será o vencedor, 64% avaliam o trabalho do Felipão como muito bom ou excelente e apenas 6% rejeitam os jogadores convocados para a seleção. Por outro lado, quando perguntamos sobre a animação com o evento em si, vemos dois grupos distintos: 39% estão mais animados com esta Copa do que as edições anteriores, mas 38% estão menos animados com esta edição. Os dados mostram também que a animação com o evento depende do interesse pelo futebol: dos 52% que afirmam se interessar muito pelo esporte, 58% estão mais animados com a Copa no Brasil do que estavam em outros anos. Já entre os 15% que revelam baixo ou nenhum interesse por futebol, 66% estão mais desanimados com a edição brasileira. A pesquisa mostra também uma insatisfação com os preparativos para a realização do evento. Foram apresentadas diferentes frases para os internautas, todas amplamente comentadas nos últimos meses, para que eles identificassem a que melhor reflete a sua percepção em relação ao evento. 42% escolheram a frase “É um absurdo que o Brasil esteja gastando tanto dinheiro em um evento como esse, quando há coisas mais importantes para serem resolvidas” e 19% escolheram “Não concordo com o dinheiro investido, mas estou feliz de poder ver uma Copa de perto”. Apenas 6% selecionaram a frase “A Copa será um sucesso e a população ficará orgulhosa do Brasil” e 4% preferiram “Os investimentos foram necessários e ficarão como legado”. Os demais entrevistados oscilaram entre afirmações de orgulho e alegria por sediar o evento e desse ser o momento de manifestar para que as reivindicações do povo sejam atendidas. Além disso, 35% afirmam que a Copa do Mundo pode influenciar seu voto nas eleições de outubro. Apesar das ressalvas em relação à condução do evento, o esporte e a seleção representam o Brasil que dá certo e acabarão contagiando grande parte da população. COPA DO MUNDO #brasilsemfiltro !   65% acreditam que o Brasil vai conquistar o Hexa. !   35% afirmam que a Copa pode influenciar seu voto em outubro. !   39% estão mais animados com a Copa no Brasil do que em edições anteriores e 38% estão mais desanimados.
  • 15. nos mostra, de forma bem interessante, que a relação do brasileiro com a Copa do Mundo depende, acima de tudo, do interesse de cada um pelo futebol Christian Reed, CEO da Expertise A pesquisa
  • 16. RELATÓRIO EXPERTISE #brasilsemfiltro CEO - Christian Reed COO - Rodrigo Cicutti CIO - Marcelo Cenni Coleta de dados: Felipe Schepers | Thais Faria Análise e Inteligência: Denise Furtado | Karina Figueredo Conteúdo: Daniela Schermann Rua Padre Severino, 61 – São Pedro Belo Horizonte – MG CEP 30330-150 www.expertise.net.br expertise@expertise.net.br (31) 4501 2020