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O Raio de Deus nas sete partes do
Universo
... E novamente começou um tecer de
correntes luminosas; um largo raio dirigiu-se de
cima para baixo através do cubo da Criação.
Como um caminho parecia esse raio que, com
uma reluzente luz, clareava toda vizinhança até
as mais baixas profundezas. Lá, porém, era
escuro! Noturnamente acinzentada formava-se
a densidade desse mundo gigantesco, que aí,
circulando, realizava sua rota prescrita nas
órbitas estelares.
Elas eram mantidas em poderosas forças de
irradiação e em equilibradas correntes de
movimentos, numa direção determinada a elas
pelo Criador, a qual realizavam num movimento
circular elíptico. Assim como uma galinha
reúne em torno de si seus pintinhos, da mesma
forma um poderoso corpo chamejante reúne em
torno de si um de sete reluzentes sóis, que
novamente estão distante um dos outros por
milhões e milhões de anos-luz nas medidas de
distâncias terrenas, e estes são sempre
circundados por sóis menores e seus sistemas.
E dentro de sua espécie e origem eles
movimentam-se novamente em movimentos
circulares rítmicos em torno de si mesmos e de
sua estrela-mãe. Cantam aos espíritos do
cosmos sua bramante e retumbante melodia do
movimento.
Aí também existiam inúmeros grupos de
entealidades, que perpassavam esse cosmos.
Todos encontravam-se em forte movimento,
todos em alegre expectativa e atividade.
E de cima, do ondular de luz das esferas,
desceu um grande espírito – reluzindo como um
archote! Ele envolveu Éfeso com suas asas.
Então, ergueu seu rosto para a Luz e todos os
espíritos viram quão belo ele era – e quão triste;
pois não podia suportar o lastro do mal. Mas
uma retumbante voz de trovão penetrou até ele,
lá embaixo:
“A quem vencer, a este Eu darei da
madeira da vida que está no Paraíso de
Deus!” —
As chamas luminosas avistaram o raio da
Luz de Deus, o qual indicava o caminho através
da Criação à Estrela de Seu Filho, e elas
perceberam que esse era um longo caminho. O
raio deveria tocar espiritualmente todas as
partes do Universo, antes que o Senhor
enviasse Seu Filho à materialidade. Seus olhos
seguiram o raio dourado que se dirigiu
novamente para cima, a uma direção
totalmente diferente do grande cubo. Lá um
espírito esperava sua chegada. —
No lugar mais alto, dentro da Criação, mais
próximo do Reino de Deus, irradiava a luminosa
e leve parte do Universo que era atingida agora
pelo raio da Luz de Deus. Essa parte do
Universo era protegida por um anjo flamejante e
luminoso que juntava seus frutos.
Esses frutos pareciam como que de luz. Em
torno dessa parte do Universo estava como que
difundido um brilho de pureza, como só o
reflexo oriundo da força da luminosa
proximidade de Deus pode produzir.
Maravilhosos sóis, subindo e circulando,
separavam-se brilhando como madrepérolas,
sóis que emitiam por sua vez, luminosos
círculos de irradiação numa delicada coloração
luminosa. Eles mergulhavam e se elevavam
novamente no brilho refletido de uma suave luz
dourada, emparelhando o frescor e a pureza do
brilho lunar com a força de irradiação do Sol.
As vibrações dessas irradiações eram
correspondentes à fineza lá dominante, bem
como todos os sons dessa parte do Universo.
Branda era também aquela densidade que
envolvia os espíritos como invólucros. A leveza
em tudo deixa também que cada irradiação,
cada som, cada movimento chegue à expressão
de forma bem mais forte do que lá onde a
densidade é mais grosseira e mais pesada.
Os olhos dos espíritos, nos elevados círculos
luminosos, podiam abranger a essência desse
mundo e eles alegravam-se pelo brilho,
tranqüilidade e pela claridade dessa esfera
mundial. Eles também compreendiam com seu
elevado olhar a entealidade que se desenvolvia
aí de forma viva.
“Se deves chegar à encarnação nesse mundo,
então colocarás primeiramente aquele invólucro
que corresponde totalmente à espécie dessa
parte do Universo, pois do contrário não
poderias nem viver nem atuar lá, também não
serias reconhecido ali.
Os germes espirituais que encontraram vida
lá, onde baixaram seus espíritos, para
alcançarem o desenvolvimento e a experiência
que ainda lhes era necessária, são totalmente
livres. Isto é aquilo que os seres humanos
terrenos chamariam de espiritualmente
“pobres”, mas, exatamente por isso, eles são tão
ricos. Sua existência já se aproxima da bem-
aventurança do Paraíso. Eles reconhecem a Luz
e a Estrela do Juízo e alegram-se. Vede, eles
festejam!”
Ismaniela ao ouvir estas palavras era como se
estivesse, de repente, de pé sobre uma
montanha dourada, no meio de uma ampla
planície rodeada por suaves elevações
montanhosas, e diante dela, a seus pés, estava
estendida uma maravilhosa cidade. Altas e
pontiagudas colunas erguiam-se como dedos no
brilhante espaço celeste, como se os
construtores quisessem indicar com eles, num
servir em adoração, ao Senhor da Luz que se
encontra lá em cima, em distâncias irradiantes,
e segura nas mãos uma estrela dourada e
enviou a eles Seu Espírito.
Sobre amplas praças, que estavam rodeadas
por elevadas e brancas construções, nas quais
os moradores desta cidade moravam, estavam
figuras à semelhança humana, bem
proporcionadas e de grande beleza. Elas
trajavam simples vestimentas brancas. Seres
femininos encontravam-se entre elas. Estes
estavam totalmente envoltos; também seus
rostos estavam cobertos por um véu branco.
Apenas os grandes e maravilhosos olhos
estavam livres. Parecia que eles eram os
condutores deste povo, enquanto que os
moradores masculinos, bem mais fortes, eram
os executantes.
Uma vontade dava-lhes ânimo interior: A
vontade de seu Deus e Senhor! Eles serviam
unicamente a Ele, e recebiam a condução e a
força através de Seus mensageiros, os quais Ele
lhes enviava. Em Sua honra eles construíam.
Trabalhavam o solo de sua pátria terrena para
a alimentação de seus corpos. Eles não tinham
nenhuma aflição e penúria, pois estavam
sempre contentes. O que necessitavam, o amor
de Deus dava-lhes abundantemente, tão logo
movimentavam-se de acordo. Mas eles eram
bastante modestos e não necessitavam de
muito.
Era como se o Raio do Senhor perpassasse
esse mundo com um chamado luminoso e todos
ouviam. Eles aguardavam a vinda de Parsival,
esperavam pela Estrela. O chamado estremeceu
sua esfera:
“Sê fiel até a morte, e Eu te darei a coroa
da vida!”
E o anjo dourado, o guardião da parte do
Universo Smirna, ergueu os frutos que ele
juntou nas dobras de sua veste e levou-os à
Luz. —
Novamente apareceu o raio de Luz
chamejante do dedo de Deus, o qual deixava
agora a resplandecente parte do Universo
Smirna, onde os mais puros espíritos humanos
puderam se lavar. O caminho do raio indicador
da determinação divina veio bramindo e soando
e precipitou-se apressadamente em direção
oposta em gigantescas distâncias e
profundezas. Estremeceram as chamas bem-
aventuradas, que de elevados postos podiam
lançar o olhar sobre a Pós-Criação do Senhor,
devido a incomensurabilidade, amplitude, sim,
expansão aparentemente infinita daquilo que foi
criado pela Vontade de Deus. A grandeza e
onipotência dessa Vontade, à Qual eles podiam
servir, fazia-os tremer. Eles não se arrogavam a
criar uma medida, pois sabiam que jamais
seriam capazes.
Se eles não estivessem na claridade
luminosa, jamais lhes teria surgido o conceito
da grandeza e poder da Criação luminosa, da
incomensurabilidade da Pós-Criação. Ter-lhes-
ia faltado para isso o sentido, com o qual
pudessem compreender. Também pressentiam
que lhes sobreviria o esquecimento, quando as
sementes amadurecidas tivessem que afundar
novamente, no desejo da própria resolução para
a livre realização na matéria, onde densidade
após densidade envolve as luminosas chamas
espirituais como proteção e para adaptação.
Mas ainda não havia chegado o momento
para isso. As chamas ainda vibravam sem
turvação no conceito bem-aventurado da graça
de Deus e olhavam com olhos bem abrangentes
no presente, passado e futuro como em um,
pois estavam acima do espaço e do tempo da
materialidade.
Apesar disso a corrente da força os fez
estremecer, a qual sentiam brotar em
incomensurável distância em torno de outra
parte do Universo, que devia se abrir ao espírito
que observava.
E eles puderam olhar. Densa, pesada
escuridão, como uma névoa marrom-amarelada
alastrava-se sobre extensas distâncias, como
um mar, através do qual, como cobras, fogo
chamejante vermelho se convulsionava e do
qual pendia certa cortina de fumaça de forma
pesada e tenaz. Nesse meio erguiam-se bolhas
que arrebentando lançavam vapores que, como
exalações metálicas venenosas, obscureciam a
coloração da névoa.
Que contraste era esse em comparação
àquele mundo luminoso das ilhas estelares
resplandecentes que seus olhos puderam ver?
Tão terrível parecia ele a Ismaniela que, de
preferência, não o teria olhado. Contudo, tinha
de ser assim, pois assim o desejava a lei de seu
desenvolvimento. Impelia adiante a força da
disposição desejada por Deus, na qual os bem--
aventurados espíritos atuavam vivendo, de
modo que continuavam a vibrar em tudo o que
era vitalmente necessário a seu ritmo, seu soar
e sua corrente de cores, sem conhecer uma
outra vontade além da vontade de Deus
eternamente pulsante.
Sagrada era essa lei! Sagrada e incontestável
a força que movimenta tudo no Reino de Deus.
Jamais podia surgir uma vontade própria.
Mas onde densidade após densidade se junta
e cada vez mais estreitamente se aglomera, aí
atua o pesadume, o atrito, a descarga e coloca,
através da corrente contrária que provém de
Lúcifer, a criatura em luta consigo mesma.
Reconhecendo isso, estremeceram as chamas
espirituais diante do perigo para o espírito
humano. Temerosamente olhavam para baixo.
Uma bela e séria face olhava para cima na
direção delas, cheia de dor. Claros eram os
olhos do anjo, mas profundamente tristes. Um
traço áspero havia no rosto e o vibrar de suas
asas pendia fraco. Com um gesto cheio de dor
ele mostrou os locais que Deus lhe dera para
proteger. Mas cheio de força estava sua grande
e pura figura e ele segurava o que tinha com
punho férreo.
Contudo, hora após hora tornava-se cada vez
mais sombrio e venenoso, apesar de sua
fidelidade, pois o mal havia se aninhado e
rompido seu domínio no mundo do pesadume e
da escuridão. Gigantesco era tudo ali. De forma
gigantesca rolava o pesadume do enorme corpo
estelar num lento movimento de uma órbita
aparentemente infinita. Lá era noite, uma noite
aparentemente eterna que só parecia fazer
lugar a uma luz turva e apagada. As chamas
metálicas e avermelhadas das crateras
saturadas com gases ainda não extintas,
estavam dando até então, através de explosões,
uma funesta e irregular claridade passageira.
Sobre os astros frios que pareciam ser de
tamanho gigantesco, nem se podia pressentir
que havia algo vivo. Fluídos saturados de
metais e sais estavam em profundas crateras,
imóveis e sombrios, como sangue parado e
nenhum movimento no ar, nenhum animal
podia ser percebido, que pudesse movimentar
ondas suaves.
De forma férrea refletiam-se abismos e
escarpas nos claros e viscosos conjuntos de
água. Nenhuma lua, nenhum sol circulava
através dos espessos vapores da atmosfera, que
se elevavam como um torpor de chumbo. Nada
vivia lá por amor e gratidão ao Criador.
Onde, porém, ainda havia um calor e um
ardor mais fluente, aí não havia alegria, mas
prazer selvagem que impelia os supostos seres
humanos e formas animais a horríveis ações de
violência. Não podiam ser espíritos humanos
que, em grande número, habitavam lá os
invólucros terrenos. Eram degenerações,
excrescências de Lúcifer.
Possuídos pela ânsia por violência e por
poder, criavam, segundo o ritmo da vontade
construtora, obras de poder e violência, mas
nada para a adoração a Deus. Divergências
selvagens das leis impressionavam os
habitantes. Apenas segundo a vontade
humana eles queriam atuar e acertar as contas
entre si. Cultivavam hábitos selvagens de
sacrifício e magia negra.
Mas seu guardião era fiel e sofria por causa
dos poucos que deveriam morrer sacrificados,
para que permanecessem espiritualmente vivos.
Seus frutos eram pequenos e pobres, mas a voz
do Senhor retumbou para baixo até suas
feridas:
“A quem vencer, a este Eu darei do maná
oculto para comer, e uma pedra branca e
Meu Nome, o Novo, o qual só conhece aquele
que o recebe!”
Um violento tremor estremeceu a
comunidade Pérgamo com estas palavras, que
eram dirigidas ao espírito oriundo de Deus, e
fora realizada com isso a preparação espiritual
de seu caminho futuro.
O luminar de Deus havia enviado seu raio até
as mais profundas profundezas e indicado o
caminho a Seu mensageiro despertador. Agora
as chamas espirituais olhavam cheias de alegria
o retorno do raio de Deus às esferas mais puras
e elevadas e seguiam tensas seu caminho que
brilhava como uma luz solar.
“Eu quero dirigir Minha Estrela para
Tiátira, para que vós saibais o caminho!”
Assim falou a voz oriunda das alturas. Um
brilho dourado envolvia a vibração dessa voz,
quando ela penetrou nas chamas,
presenteando-lhes com isso um saber vivo. E
elas logo perceberam, em distâncias reluzentes
bem abaixo da bem-aventurada comunidade de
Smirna, a luz brilhante de uma outra parte do
Universo.
Nesta reinava um intenso movimento.
Corriam misturadas, como água fluente,
correntes luminosas verde-azuladas e cinza-
prateadas, e o envio espiritual da Estrela
despertadora atuava aí como uma pedra
atirada.
O choque ocasionava ondas e anéis violentos
na água corrente, mas logo as ondas luminosas
triunfantes murmuravam continuamente e
adiante.
Apenas aqui e acolá mostravam-se
redemoinhos, que pareciam provir dos baixios e
que cresciam como um perigo ameaçador para
o contínuo e assíduo movimento e para a clara
corrente da vida. Rolando e circulando em
elipses surgiam e desapareciam mundos. Todos
eram tocados pela corrente irradiante espiritual
que o Senhor enviava à sua frente, anunciando.
Como uma fagulha, ela incandescia, aqui e
acolá, e trazia consigo naquele mundo um novo
e indescritível movimento.
Sobre nuvens semelhantes a travesseiros
pairava o espírito sobre Tiátira, velando. Ele era
puro. Também suas ovelhas eram claras, elas
andavam sob a proteção de puras forças
enteais, suas órbitas prescritas e equilibradas,
traziam frutos e davam morada, alimentação e
possibilidade de desenvolvimento a todo ser da
Criação posterior. Ofereciam-se lá maravilhosas
possibilidades de vida em abundância.
As irradiações dos sóis mundiais dessa
comunidade estavam preenchidas de
maravilhosa força. Os corpos que resfriavam e
que já eram em si próprios mais frios, eram
sustentados por sua força de atração,
incandescidos por seu calor, vivificados por sua
luz e por isso ainda podiam trazer maravilhosos
frutos e sementeiras numa abundância
dourada. As leis da cristalização realizavam
maravilhas nas profundezas das grutas
perpassadas de luz, de cujos tetos abobadados
e arqueados, ecoantes e sussurrantes,
infiltrava-se água, fazendo com que houvesse
uma fina e quente garoa sobre o solo.
Verde-azulados e transparentes como gelo de
gruta eram as figuras de cristal que o atuar
cheio de amor das forças enteálicas formavam.
Quão belo era esse mundo! Quão ativos
encontravam-se seres humanos e animais sobre
esses astros. Eles eram saudáveis e cheios de
alegria, puros e vivazes, serviam a beleza e a
toda arte elevada, pois nasceram da beleza, da
pureza e da força, e o amor fora-lhes dado para
tudo o que era belo.
Dos murmúrios e dos cantos das grutas
surgiam grandes hinos naturais de
agradecimento ao Criador, os quais homens
sábios sabiam condensar e cantar. Os
instrumentos que fizeram para
acompanhamento, reproduziam os profundos
sons das matas murmurantes, das águas
gargarejantes e as palavras que seus cantores
buscavam das vozes sussurrantes dos ares,
estavam repletas de vogais que espíritos
generosos lhes haviam dito, de modo que com
seu som podiam condensar e atrair o bom e o
belo.
Da mesma forma como reconheciam e
vivenciavam a beleza de seu mundo, com a
mesma força vivenciavam o Criador que lhes
doava essa maravilha. Eles alegravam-se pela
existência com uma alegria que era comparável
à alegria das chamas espirituais bem-
aventuradas, às alegrias paradisíacas da Luz.
Por gratidão eles trabalhavam de forma
construtiva na parte da Criação Tiátira, eram
humildes, fiéis e alegres como crianças.
Suas mulheres eram puras como as fontes
que saltavam claras como cristal, das
profundezas de suas grutas; pois elas adoravam
e serviam o seu mais elevado ideal: A Pureza!
Luminosos e louros, quase louro-prateados
eram os cabelos; os olhos grandes e puros
brilhavam na cor clara verde-azulada ou
acinzentada dos lagos de suas grutas. Tinham
movimentos livres e suaves dos espíritos do ar,
que às vezes viam quando ouviam as canções
de seus cantores sacerdotais. Na beleza do
movimento elas exercitavam-se. O cuidado com
as flores, com a casa e com a arte de tecer era
sua ocupação principal. O que os homens
podiam formar em sons e palavras, as mulheres
formavam em finas tecelagens, trançados e
tecidos dourados, que ornamentavam com
maravilhosas pedras e metais. Ao utilizarem de
tal forma as dádivas de Deus, afluía-lhes a
força da arte e da beleza.
Maravilhosas obras foram realizadas para
honra do Criador e Sustentador, o Qual eles
não ousavam apresentar em imagens, mas cuja
onipotência mostrava-se-lhes na forma de uma
Cruz luminosa. Essa Cruz luminosa formava a
forma básica para todas suas construções, seus
cálculos e seus projetos. Assim criavam
maravilhosas obras grosso-materiais extraídas
da Lei. Eles eram ricos e felizes, cheios de
humildade e sempre atuavam com boa vontade.
O guardião da comunidade era como uma
luminosa pedra preciosa, irradiando em
adoração. Contudo, ainda assim ele havia
cometido uma falta, pois suportou e tolerou a
força que se ergueu contra a Beleza, a Verdade
e o Amor num querer saber melhor, numa
arrogância do raciocínio oriundos da
sementeira de Lúcifer! Por isso havia alguns
que não vibravam na Lei. Sua ânsia por poder,
vaidade e sensualidade expandia-se.
A mulher que havia se submetido ao
raciocínio, reinava em seu ápice. Assim também
aqui já começava a brotar a mentira e o vício.
E quando o raio da Luz atingiu essa parte do
Universo, o anjo da comunidade encobriu sua
cabeça e chorou. O Senhor, porém, exclamou:
“Mantém o que tens, até que Eu venha;
pois quem vencer até o fim, a este Eu darei
poder sobre os pagãos!”
E novamente estremeceu a Criação na força
da reluzente voz do Senhor, a qual soava como
uma trombeta.
“Eu sei de tuas obras!”
A voz do Senhor havia penetrado nas
distâncias.
Todos os espíritos que ouviam dirigiram seus
olhos imediatamente à direção desejada por
Deus. Eles sabiam que o raio despertador
espiritual da Estrela havia deixado Tiátira
numa poderosa corrente. Ele já estava numa
direção oposta e ardia lá de forma crepuscular
em densas e extensas névoas.
Qual uma sombra alastrou-se, de repente, em
torno dos espíritos que foram escolhidos para
vivenciarem junto o grande fenômeno da
revelação às partes do Universo! Um triste
torpor tomou conta, como que pressionando-os
sob uma abafada coberta a um solo cinzento, e
como que estrangulando suas gargantas
ressecadas. Como um grito de dor algo passava
queixando-se através do vapor que se elevava
das profundezas da parte universal. E a voz
divina falou novamente. Ela soou advertindo,
como o distante retumbar de um trovão:
“Tu tens o nome de que vives, mas estás
morta! Sê vigilante e fortalece o que quer
morrer!”
Quão triste era esse mundo e, apesar disso,
belo. Num colorido circular ardiam sóis
mundiais e suas correntezas cantavam de
maneiras maravilhosas.
Pairava uma poderosa força de vida na
riqueza dessa parte da Criação; uma vida ativa
pulsada da entealidade para cima. Mas o
espiritual dormia! Ele utilizava tudo o que a
entealidade oferecia para finalidades grosseiras.
Ele formou para si o mundo a partir de sua
força dominadora do livre-arbítrio, conquistou
poder sobre as outras criaturas, criou riquezas,
honra, alegria e lucro terrenos. E foi-lhe
possível fazer maravilhas. E com isso a criatura
humana acreditava fazer o suficiente. Ela
tornou-se autoritária, grande e orgulhosa e
considerou-se muito poderosa.
Cada vez mais o atamento grosso-material
vencia e formas funestas tomavam posse do
entendimento. A entealidade vivia em uma
ardente dedicação à sua missão na Vontade da
Criação; o espírito humano, contudo, utilizava
sua força para amordaçar com sua vontade
intelectual, cada vez mais e mais a entealidade.
O espírito humano realizou obras gigantescas
sobre os corpos mundiais da parte da Criação
Sardes. Mas a “outra parte” dormia.
Por isso alastrava-se uma turvação sobre
Sardes, de tal modo que o despertar espiritual
através da Estrela só pôde penetrar
vagarosamente através da densidade. Era bem
diferente do que junto a Tiátira.
Sobre o maior dos planetas que possibilitava
vida grosso-material para os espíritos humanos,
estendiam-se enormes colônias humanas. Na
turva atmosfera fumegante do vapor das
máquinas e dos sistemas de aquecimento,
erguiam-se torres de alturas vertiginosas.
Apenas às vezes as estrelas cintilavam
receosamente através da densa atmosfera.
Suspiros atormentados pareciam se perder
pelos ares. Como animais de carga apressados
os seres humanos precipitavam-se pelas
cidades. Por toda parte havia violência,
infortúnio e agitação, por toda parte percebia-se
sofrimento e descontentamento.
Os mais fortes oprimiam sempre mais as
delicadas vibrações que procuravam beleza,
paz, força e pureza. Para o amor eles não
tinham nenhum tempo; em seu lugar surgiu a
objetividade, o bom-senso e o cálculo. Os
espíritos que observavam estremeciam e
ansiavam para que o Senhor puxasse uma
cortina diante desse triste panorama de Sardes,
que morria espiritualmente. Mas o amor do
Senhor chamava e chamava. Sabia que alguns
esperavam por Ele, alguns que acendiam uma
clara luz no silêncio oculto de seu quarto, que
lavavam de suas vestes a poeira da turvação e
que pediam cheios de saudade; pois eles não
haviam esquecido o Nome e não queriam
morrer. Eles eram como uma clara vela na
escura noite e percebiam o Raio de Luz da
preparação espiritual, ouviam a voz que
clamava:
“Quem vencer, não será apagado do Livro
da Vida!”
Estendeu-se um grande silêncio sobre a
Criação e na Criação, e era como se ela
respirasse profundamente. Tornou-se claro nas
profundezas e as chamas espirituais bem-
aventuradas intuíram uma pura e singela
alegria.
Ainda era visível o risco luminoso traçado
pelo dedo de Deus que havia atravessado a
Criação através do ato de Sua Sagrada Vontade.
Ele havia deixado Sardes e dirigiu-se para
distâncias onde reluzia num brilho róseo, como
se o crepúsculo do despertar se elevasse
consoladoramente sobre nuvens escuras. De
coisas velhas, mortas, sem esperanças, a força
do amor de Deus dirigiu-se para um novo
formar.
Rósea brilhava a luz através da extensa
comunidade, cujos mundos claros e puros
circulavam contínua e tranqüilamente como
calmos sóis.
Sobre esse mundo não oprimia a pressão da
densidade sombria, lá a vinda e a ida de forças
auxiliares espirituais e enteais não estava
obstruída, pois os seres humanos de Filadélfia
não haviam se fechado, mas ainda utilizavam
sua força de maneira correta, mesmo não sendo
esta grande. Eles eram humildes. Por isso o
Senhor os amava, e os bem-aventurados
ouviam e compreendiam Sua Palavra:
“Por haveres conservado Minha Palavra,
também conservar-te-ei na hora da tentação
que virá sobre todo o circular mundial, para
verificar se persistem os que aí moram. Esta
é a chave. Ninguém além de Mim, o Senhor,
pode abrir, e ninguém fechar. Tu
conservaste Meu Nome!”
Por todo lado essa parte do Universo era
ricamente abençoada e a felicidade morava
junto com as criaturas humanas que ainda
estavam em estreita ligação com o espiritual e o
enteal. Elas tinham auxílio em todas as obras e,
por isso, também sucesso em todas as coisas.
Beleza estendia-se sobre os astros, os quais já
circulavam resfriados no circular da força de
seu grande doador de luz. Esses planetas
traziam as mais belas plantas – mares e
florestas de uma beleza lendária e de uma
grande abundância. Também a terra oferecia
tesouros: areia parecida com ouro e
maravilhosas pedras. Elas serviam às criaturas
humanas para erguerem grandes e
maravilhosas construções, segundo o exemplo
artístico da natureza.
Belos eram os seres humanos, grandes,
espertos e orgulhosos, cheios de sabedoria seus
sacerdotes, os quais formavam o ápice de sua
estirpe.
Eles tinham a Palavra e viviam em Deus,
reconheciam os efeitos de Suas forças e
veneravam toda justiça, amor e pureza. Por isso
construíam templos especiais, para neles se
abrirem a essa vibração divina, sobre a qual,
servindo conforme as leis, deixavam que se
tornasse ação na vida cotidiana.
Não conheciam nenhuma preocupação e não
temiam. Seu alvo mais elevado, mais sagrado
era viver nos raios da Cruz luminosa, que eles
reconheciam e em cuja força vibravam. A Cruz
não precisava libertá-los, pois eles eram livres.
E por isso o Senhor falou:
“Segura o que tens, para que ninguém
tome tua coroa!”
Novamente um brilho forte atravessou a
Criação, e era como se soprasse um quente e
incandescente fôlego das alturas luminosas.
Trovejando murmuravam as esferas,
preenchidas pelo sussurro inquieto e receoso
dos eternos; pois o Senhor estava irado. Como
ouro incandescente brilhava o raio anunciador
da Estrela prometida e, como uma flecha,
atingia rapidamente as incomensurabilidades
da grande Criação. Receosas as chamas
espirituais lançaram o olhar para uma outra
parte da Criação: “Laodicéa”.
Aparentemente sem fim estendia-se o
maravilhoso e ardente reino vermelho-dourado.
Suas estrelas, porém, circulavam
vagarosamente e na irresistível pressão da
proximidade da irradiação divina, o movimento
lento não era capaz de unir-se com a
aumentada irradiação e respiração de tudo o
que fora criado. Disso surgiu um desequilíbrio e
uma tensa pressão, que produzia um grande
cansaço e densas exalações.
Fumegando ardia a luz vermelha dos sóis e
assumia uma coloração cobreada. Oprimida
estava Laodicéa, nem quente nem fria, nem
sonora nem silenciosa, nem rápida nem imóvel.
Cansada, fraca, indolente e crepuscular
esgueiravam-se véus sombrios sobre os
mundos.
A entealidade estava triste e retraía-se cada
vez mais dos planetas, nos quais viviam seres
humanos. Por isso, tudo ali também se
mostrava sem alegria. De fato luz e vida era a
abundância ali, riqueza expandia-se sobre os
grandes e maravilhosos mundos. Mas havia
falta de amor, de humildade e de gratidão! Não
havia templos em honra a Deus para se ver.
Tudo estava como morto.
Doloroso tornara-se às chamas espirituais
que olhavam para Laodicéa, que era rica,
grande e poderosa, mas sem amor. E um
estremecer perpassou todos os espíritos, ao
soar de cima a voz do Senhor:
“Tu pensas que és rica e estás farta e não
vês que és pobre e estás nua. Unge teus
olhos para que tornes a ver, então
encontrarás o ouro que Eu quero clarificar
com Meu fogo para ti. Sê aplicada e faze
penitência!”
Num bramir poderoso soaram essas Palavras
do Senhor através da Criação, estremecendo
Laodicéa.
Sob os olhos radiantes e admirados dos
espíritos que podiam ver, brilhava o cubo da
Pós-Criação límpido e puro como cristal. Em
suas profundezas ardiam os mundos, e uma
fina corrente de luz descrevia o caminho da
Estrela despertadora que, em suas próprias
linhas, também podia ser vista como uma
estrela.
Através do circular dos jardins luminosos
fazia-se sentir a transformação de um novo dia
universal, nas ondulações e nos movimentos
flutuantes da Luz, nos cantos das esferas que
brilhavam nas mais delicadas cores.
Uma corrente poderosa e clara como cristal
reluzia de cima, abrindo caminho através de
um portal cristalino. Em seu fluxo a própria
Estrela se tomou visível, a qual descia
bramindo na velocidade do vento.
Os grandes arcos celestes se abobadavam
sobre o Santo Graal, que irradiava como uma
pedra preciosa sobre os jardins dourados. Em
saudade e alegria os espíritos bem-aventurados
comprimiam-se cada vez mais próximo dos
fluxos luminosos, que traziam uma saudação
das mais elevadas alturas.
E abriu-se um segundo portal. Dentro dele
reluzia a magnificência da Luz. Sobre a pedra
branca do Santo Graal pairava a Pomba e
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"O RAIO DE DEUS NAS SETE PARTES DO UNIVERSO"

  • 1. O Raio de Deus nas sete partes do Universo ... E novamente começou um tecer de correntes luminosas; um largo raio dirigiu-se de cima para baixo através do cubo da Criação. Como um caminho parecia esse raio que, com uma reluzente luz, clareava toda vizinhança até as mais baixas profundezas. Lá, porém, era escuro! Noturnamente acinzentada formava-se a densidade desse mundo gigantesco, que aí, circulando, realizava sua rota prescrita nas órbitas estelares. Elas eram mantidas em poderosas forças de irradiação e em equilibradas correntes de movimentos, numa direção determinada a elas pelo Criador, a qual realizavam num movimento circular elíptico. Assim como uma galinha reúne em torno de si seus pintinhos, da mesma forma um poderoso corpo chamejante reúne em torno de si um de sete reluzentes sóis, que novamente estão distante um dos outros por milhões e milhões de anos-luz nas medidas de distâncias terrenas, e estes são sempre circundados por sóis menores e seus sistemas. E dentro de sua espécie e origem eles movimentam-se novamente em movimentos circulares rítmicos em torno de si mesmos e de sua estrela-mãe. Cantam aos espíritos do cosmos sua bramante e retumbante melodia do movimento.
  • 2. Aí também existiam inúmeros grupos de entealidades, que perpassavam esse cosmos. Todos encontravam-se em forte movimento, todos em alegre expectativa e atividade. E de cima, do ondular de luz das esferas, desceu um grande espírito – reluzindo como um archote! Ele envolveu Éfeso com suas asas. Então, ergueu seu rosto para a Luz e todos os espíritos viram quão belo ele era – e quão triste; pois não podia suportar o lastro do mal. Mas uma retumbante voz de trovão penetrou até ele, lá embaixo: “A quem vencer, a este Eu darei da madeira da vida que está no Paraíso de Deus!” — As chamas luminosas avistaram o raio da Luz de Deus, o qual indicava o caminho através da Criação à Estrela de Seu Filho, e elas perceberam que esse era um longo caminho. O raio deveria tocar espiritualmente todas as partes do Universo, antes que o Senhor enviasse Seu Filho à materialidade. Seus olhos seguiram o raio dourado que se dirigiu novamente para cima, a uma direção totalmente diferente do grande cubo. Lá um espírito esperava sua chegada. — No lugar mais alto, dentro da Criação, mais próximo do Reino de Deus, irradiava a luminosa e leve parte do Universo que era atingida agora pelo raio da Luz de Deus. Essa parte do
  • 3. Universo era protegida por um anjo flamejante e luminoso que juntava seus frutos. Esses frutos pareciam como que de luz. Em torno dessa parte do Universo estava como que difundido um brilho de pureza, como só o reflexo oriundo da força da luminosa proximidade de Deus pode produzir. Maravilhosos sóis, subindo e circulando, separavam-se brilhando como madrepérolas, sóis que emitiam por sua vez, luminosos círculos de irradiação numa delicada coloração luminosa. Eles mergulhavam e se elevavam novamente no brilho refletido de uma suave luz dourada, emparelhando o frescor e a pureza do brilho lunar com a força de irradiação do Sol.
  • 4. As vibrações dessas irradiações eram correspondentes à fineza lá dominante, bem como todos os sons dessa parte do Universo. Branda era também aquela densidade que envolvia os espíritos como invólucros. A leveza em tudo deixa também que cada irradiação, cada som, cada movimento chegue à expressão de forma bem mais forte do que lá onde a densidade é mais grosseira e mais pesada. Os olhos dos espíritos, nos elevados círculos luminosos, podiam abranger a essência desse mundo e eles alegravam-se pelo brilho, tranqüilidade e pela claridade dessa esfera mundial. Eles também compreendiam com seu elevado olhar a entealidade que se desenvolvia aí de forma viva. “Se deves chegar à encarnação nesse mundo, então colocarás primeiramente aquele invólucro que corresponde totalmente à espécie dessa parte do Universo, pois do contrário não poderias nem viver nem atuar lá, também não serias reconhecido ali. Os germes espirituais que encontraram vida lá, onde baixaram seus espíritos, para alcançarem o desenvolvimento e a experiência que ainda lhes era necessária, são totalmente livres. Isto é aquilo que os seres humanos terrenos chamariam de espiritualmente “pobres”, mas, exatamente por isso, eles são tão ricos. Sua existência já se aproxima da bem- aventurança do Paraíso. Eles reconhecem a Luz
  • 5. e a Estrela do Juízo e alegram-se. Vede, eles festejam!” Ismaniela ao ouvir estas palavras era como se estivesse, de repente, de pé sobre uma montanha dourada, no meio de uma ampla planície rodeada por suaves elevações montanhosas, e diante dela, a seus pés, estava estendida uma maravilhosa cidade. Altas e pontiagudas colunas erguiam-se como dedos no brilhante espaço celeste, como se os construtores quisessem indicar com eles, num servir em adoração, ao Senhor da Luz que se encontra lá em cima, em distâncias irradiantes, e segura nas mãos uma estrela dourada e enviou a eles Seu Espírito. Sobre amplas praças, que estavam rodeadas por elevadas e brancas construções, nas quais os moradores desta cidade moravam, estavam figuras à semelhança humana, bem proporcionadas e de grande beleza. Elas trajavam simples vestimentas brancas. Seres femininos encontravam-se entre elas. Estes estavam totalmente envoltos; também seus rostos estavam cobertos por um véu branco. Apenas os grandes e maravilhosos olhos estavam livres. Parecia que eles eram os condutores deste povo, enquanto que os moradores masculinos, bem mais fortes, eram os executantes. Uma vontade dava-lhes ânimo interior: A vontade de seu Deus e Senhor! Eles serviam unicamente a Ele, e recebiam a condução e a
  • 6. força através de Seus mensageiros, os quais Ele lhes enviava. Em Sua honra eles construíam. Trabalhavam o solo de sua pátria terrena para a alimentação de seus corpos. Eles não tinham nenhuma aflição e penúria, pois estavam sempre contentes. O que necessitavam, o amor de Deus dava-lhes abundantemente, tão logo movimentavam-se de acordo. Mas eles eram bastante modestos e não necessitavam de muito. Era como se o Raio do Senhor perpassasse esse mundo com um chamado luminoso e todos ouviam. Eles aguardavam a vinda de Parsival, esperavam pela Estrela. O chamado estremeceu sua esfera: “Sê fiel até a morte, e Eu te darei a coroa da vida!” E o anjo dourado, o guardião da parte do Universo Smirna, ergueu os frutos que ele juntou nas dobras de sua veste e levou-os à Luz. — Novamente apareceu o raio de Luz chamejante do dedo de Deus, o qual deixava agora a resplandecente parte do Universo Smirna, onde os mais puros espíritos humanos puderam se lavar. O caminho do raio indicador da determinação divina veio bramindo e soando e precipitou-se apressadamente em direção oposta em gigantescas distâncias e profundezas. Estremeceram as chamas bem- aventuradas, que de elevados postos podiam
  • 7. lançar o olhar sobre a Pós-Criação do Senhor, devido a incomensurabilidade, amplitude, sim, expansão aparentemente infinita daquilo que foi criado pela Vontade de Deus. A grandeza e onipotência dessa Vontade, à Qual eles podiam servir, fazia-os tremer. Eles não se arrogavam a criar uma medida, pois sabiam que jamais seriam capazes. Se eles não estivessem na claridade luminosa, jamais lhes teria surgido o conceito da grandeza e poder da Criação luminosa, da incomensurabilidade da Pós-Criação. Ter-lhes- ia faltado para isso o sentido, com o qual pudessem compreender. Também pressentiam que lhes sobreviria o esquecimento, quando as sementes amadurecidas tivessem que afundar novamente, no desejo da própria resolução para a livre realização na matéria, onde densidade após densidade envolve as luminosas chamas espirituais como proteção e para adaptação. Mas ainda não havia chegado o momento para isso. As chamas ainda vibravam sem turvação no conceito bem-aventurado da graça de Deus e olhavam com olhos bem abrangentes no presente, passado e futuro como em um, pois estavam acima do espaço e do tempo da materialidade. Apesar disso a corrente da força os fez estremecer, a qual sentiam brotar em incomensurável distância em torno de outra parte do Universo, que devia se abrir ao espírito que observava.
  • 8. E eles puderam olhar. Densa, pesada escuridão, como uma névoa marrom-amarelada alastrava-se sobre extensas distâncias, como um mar, através do qual, como cobras, fogo chamejante vermelho se convulsionava e do qual pendia certa cortina de fumaça de forma pesada e tenaz. Nesse meio erguiam-se bolhas que arrebentando lançavam vapores que, como exalações metálicas venenosas, obscureciam a coloração da névoa. Que contraste era esse em comparação àquele mundo luminoso das ilhas estelares resplandecentes que seus olhos puderam ver? Tão terrível parecia ele a Ismaniela que, de preferência, não o teria olhado. Contudo, tinha de ser assim, pois assim o desejava a lei de seu desenvolvimento. Impelia adiante a força da disposição desejada por Deus, na qual os bem-- aventurados espíritos atuavam vivendo, de modo que continuavam a vibrar em tudo o que era vitalmente necessário a seu ritmo, seu soar e sua corrente de cores, sem conhecer uma outra vontade além da vontade de Deus eternamente pulsante. Sagrada era essa lei! Sagrada e incontestável a força que movimenta tudo no Reino de Deus. Jamais podia surgir uma vontade própria. Mas onde densidade após densidade se junta e cada vez mais estreitamente se aglomera, aí atua o pesadume, o atrito, a descarga e coloca, através da corrente contrária que provém de Lúcifer, a criatura em luta consigo mesma.
  • 9. Reconhecendo isso, estremeceram as chamas espirituais diante do perigo para o espírito humano. Temerosamente olhavam para baixo. Uma bela e séria face olhava para cima na direção delas, cheia de dor. Claros eram os olhos do anjo, mas profundamente tristes. Um traço áspero havia no rosto e o vibrar de suas asas pendia fraco. Com um gesto cheio de dor ele mostrou os locais que Deus lhe dera para proteger. Mas cheio de força estava sua grande e pura figura e ele segurava o que tinha com punho férreo. Contudo, hora após hora tornava-se cada vez mais sombrio e venenoso, apesar de sua fidelidade, pois o mal havia se aninhado e rompido seu domínio no mundo do pesadume e da escuridão. Gigantesco era tudo ali. De forma gigantesca rolava o pesadume do enorme corpo estelar num lento movimento de uma órbita aparentemente infinita. Lá era noite, uma noite aparentemente eterna que só parecia fazer lugar a uma luz turva e apagada. As chamas metálicas e avermelhadas das crateras saturadas com gases ainda não extintas, estavam dando até então, através de explosões, uma funesta e irregular claridade passageira. Sobre os astros frios que pareciam ser de tamanho gigantesco, nem se podia pressentir que havia algo vivo. Fluídos saturados de metais e sais estavam em profundas crateras, imóveis e sombrios, como sangue parado e nenhum movimento no ar, nenhum animal
  • 10. podia ser percebido, que pudesse movimentar ondas suaves. De forma férrea refletiam-se abismos e escarpas nos claros e viscosos conjuntos de água. Nenhuma lua, nenhum sol circulava através dos espessos vapores da atmosfera, que se elevavam como um torpor de chumbo. Nada vivia lá por amor e gratidão ao Criador. Onde, porém, ainda havia um calor e um ardor mais fluente, aí não havia alegria, mas prazer selvagem que impelia os supostos seres humanos e formas animais a horríveis ações de violência. Não podiam ser espíritos humanos que, em grande número, habitavam lá os invólucros terrenos. Eram degenerações, excrescências de Lúcifer. Possuídos pela ânsia por violência e por poder, criavam, segundo o ritmo da vontade construtora, obras de poder e violência, mas nada para a adoração a Deus. Divergências selvagens das leis impressionavam os habitantes. Apenas segundo a vontade humana eles queriam atuar e acertar as contas entre si. Cultivavam hábitos selvagens de sacrifício e magia negra. Mas seu guardião era fiel e sofria por causa dos poucos que deveriam morrer sacrificados, para que permanecessem espiritualmente vivos. Seus frutos eram pequenos e pobres, mas a voz do Senhor retumbou para baixo até suas feridas:
  • 11. “A quem vencer, a este Eu darei do maná oculto para comer, e uma pedra branca e Meu Nome, o Novo, o qual só conhece aquele que o recebe!” Um violento tremor estremeceu a comunidade Pérgamo com estas palavras, que eram dirigidas ao espírito oriundo de Deus, e fora realizada com isso a preparação espiritual de seu caminho futuro. O luminar de Deus havia enviado seu raio até as mais profundas profundezas e indicado o caminho a Seu mensageiro despertador. Agora as chamas espirituais olhavam cheias de alegria o retorno do raio de Deus às esferas mais puras e elevadas e seguiam tensas seu caminho que brilhava como uma luz solar. “Eu quero dirigir Minha Estrela para Tiátira, para que vós saibais o caminho!” Assim falou a voz oriunda das alturas. Um brilho dourado envolvia a vibração dessa voz, quando ela penetrou nas chamas, presenteando-lhes com isso um saber vivo. E elas logo perceberam, em distâncias reluzentes bem abaixo da bem-aventurada comunidade de Smirna, a luz brilhante de uma outra parte do Universo. Nesta reinava um intenso movimento. Corriam misturadas, como água fluente, correntes luminosas verde-azuladas e cinza- prateadas, e o envio espiritual da Estrela
  • 12. despertadora atuava aí como uma pedra atirada. O choque ocasionava ondas e anéis violentos na água corrente, mas logo as ondas luminosas triunfantes murmuravam continuamente e adiante. Apenas aqui e acolá mostravam-se redemoinhos, que pareciam provir dos baixios e que cresciam como um perigo ameaçador para o contínuo e assíduo movimento e para a clara corrente da vida. Rolando e circulando em elipses surgiam e desapareciam mundos. Todos eram tocados pela corrente irradiante espiritual que o Senhor enviava à sua frente, anunciando. Como uma fagulha, ela incandescia, aqui e acolá, e trazia consigo naquele mundo um novo e indescritível movimento. Sobre nuvens semelhantes a travesseiros pairava o espírito sobre Tiátira, velando. Ele era puro. Também suas ovelhas eram claras, elas andavam sob a proteção de puras forças enteais, suas órbitas prescritas e equilibradas, traziam frutos e davam morada, alimentação e possibilidade de desenvolvimento a todo ser da Criação posterior. Ofereciam-se lá maravilhosas possibilidades de vida em abundância. As irradiações dos sóis mundiais dessa comunidade estavam preenchidas de maravilhosa força. Os corpos que resfriavam e que já eram em si próprios mais frios, eram sustentados por sua força de atração, incandescidos por seu calor, vivificados por sua
  • 13. luz e por isso ainda podiam trazer maravilhosos frutos e sementeiras numa abundância dourada. As leis da cristalização realizavam maravilhas nas profundezas das grutas perpassadas de luz, de cujos tetos abobadados e arqueados, ecoantes e sussurrantes, infiltrava-se água, fazendo com que houvesse uma fina e quente garoa sobre o solo. Verde-azulados e transparentes como gelo de gruta eram as figuras de cristal que o atuar cheio de amor das forças enteálicas formavam. Quão belo era esse mundo! Quão ativos encontravam-se seres humanos e animais sobre esses astros. Eles eram saudáveis e cheios de alegria, puros e vivazes, serviam a beleza e a toda arte elevada, pois nasceram da beleza, da pureza e da força, e o amor fora-lhes dado para tudo o que era belo. Dos murmúrios e dos cantos das grutas surgiam grandes hinos naturais de agradecimento ao Criador, os quais homens sábios sabiam condensar e cantar. Os instrumentos que fizeram para acompanhamento, reproduziam os profundos sons das matas murmurantes, das águas gargarejantes e as palavras que seus cantores buscavam das vozes sussurrantes dos ares, estavam repletas de vogais que espíritos generosos lhes haviam dito, de modo que com seu som podiam condensar e atrair o bom e o belo.
  • 14. Da mesma forma como reconheciam e vivenciavam a beleza de seu mundo, com a mesma força vivenciavam o Criador que lhes doava essa maravilha. Eles alegravam-se pela existência com uma alegria que era comparável à alegria das chamas espirituais bem- aventuradas, às alegrias paradisíacas da Luz. Por gratidão eles trabalhavam de forma construtiva na parte da Criação Tiátira, eram humildes, fiéis e alegres como crianças. Suas mulheres eram puras como as fontes que saltavam claras como cristal, das profundezas de suas grutas; pois elas adoravam e serviam o seu mais elevado ideal: A Pureza! Luminosos e louros, quase louro-prateados eram os cabelos; os olhos grandes e puros brilhavam na cor clara verde-azulada ou acinzentada dos lagos de suas grutas. Tinham movimentos livres e suaves dos espíritos do ar, que às vezes viam quando ouviam as canções de seus cantores sacerdotais. Na beleza do movimento elas exercitavam-se. O cuidado com as flores, com a casa e com a arte de tecer era sua ocupação principal. O que os homens podiam formar em sons e palavras, as mulheres formavam em finas tecelagens, trançados e tecidos dourados, que ornamentavam com maravilhosas pedras e metais. Ao utilizarem de tal forma as dádivas de Deus, afluía-lhes a força da arte e da beleza. Maravilhosas obras foram realizadas para honra do Criador e Sustentador, o Qual eles
  • 15. não ousavam apresentar em imagens, mas cuja onipotência mostrava-se-lhes na forma de uma Cruz luminosa. Essa Cruz luminosa formava a forma básica para todas suas construções, seus cálculos e seus projetos. Assim criavam maravilhosas obras grosso-materiais extraídas da Lei. Eles eram ricos e felizes, cheios de humildade e sempre atuavam com boa vontade. O guardião da comunidade era como uma luminosa pedra preciosa, irradiando em adoração. Contudo, ainda assim ele havia cometido uma falta, pois suportou e tolerou a força que se ergueu contra a Beleza, a Verdade e o Amor num querer saber melhor, numa arrogância do raciocínio oriundos da sementeira de Lúcifer! Por isso havia alguns que não vibravam na Lei. Sua ânsia por poder, vaidade e sensualidade expandia-se. A mulher que havia se submetido ao raciocínio, reinava em seu ápice. Assim também aqui já começava a brotar a mentira e o vício. E quando o raio da Luz atingiu essa parte do Universo, o anjo da comunidade encobriu sua cabeça e chorou. O Senhor, porém, exclamou: “Mantém o que tens, até que Eu venha; pois quem vencer até o fim, a este Eu darei poder sobre os pagãos!” E novamente estremeceu a Criação na força da reluzente voz do Senhor, a qual soava como uma trombeta.
  • 16. “Eu sei de tuas obras!” A voz do Senhor havia penetrado nas distâncias. Todos os espíritos que ouviam dirigiram seus olhos imediatamente à direção desejada por Deus. Eles sabiam que o raio despertador espiritual da Estrela havia deixado Tiátira numa poderosa corrente. Ele já estava numa direção oposta e ardia lá de forma crepuscular em densas e extensas névoas. Qual uma sombra alastrou-se, de repente, em torno dos espíritos que foram escolhidos para vivenciarem junto o grande fenômeno da revelação às partes do Universo! Um triste torpor tomou conta, como que pressionando-os sob uma abafada coberta a um solo cinzento, e como que estrangulando suas gargantas ressecadas. Como um grito de dor algo passava queixando-se através do vapor que se elevava das profundezas da parte universal. E a voz divina falou novamente. Ela soou advertindo, como o distante retumbar de um trovão: “Tu tens o nome de que vives, mas estás morta! Sê vigilante e fortalece o que quer morrer!” Quão triste era esse mundo e, apesar disso, belo. Num colorido circular ardiam sóis mundiais e suas correntezas cantavam de maneiras maravilhosas.
  • 17. Pairava uma poderosa força de vida na riqueza dessa parte da Criação; uma vida ativa pulsada da entealidade para cima. Mas o espiritual dormia! Ele utilizava tudo o que a entealidade oferecia para finalidades grosseiras. Ele formou para si o mundo a partir de sua força dominadora do livre-arbítrio, conquistou poder sobre as outras criaturas, criou riquezas, honra, alegria e lucro terrenos. E foi-lhe possível fazer maravilhas. E com isso a criatura humana acreditava fazer o suficiente. Ela tornou-se autoritária, grande e orgulhosa e considerou-se muito poderosa. Cada vez mais o atamento grosso-material vencia e formas funestas tomavam posse do entendimento. A entealidade vivia em uma ardente dedicação à sua missão na Vontade da Criação; o espírito humano, contudo, utilizava sua força para amordaçar com sua vontade intelectual, cada vez mais e mais a entealidade. O espírito humano realizou obras gigantescas sobre os corpos mundiais da parte da Criação Sardes. Mas a “outra parte” dormia. Por isso alastrava-se uma turvação sobre Sardes, de tal modo que o despertar espiritual através da Estrela só pôde penetrar vagarosamente através da densidade. Era bem diferente do que junto a Tiátira. Sobre o maior dos planetas que possibilitava vida grosso-material para os espíritos humanos, estendiam-se enormes colônias humanas. Na turva atmosfera fumegante do vapor das
  • 18. máquinas e dos sistemas de aquecimento, erguiam-se torres de alturas vertiginosas. Apenas às vezes as estrelas cintilavam receosamente através da densa atmosfera. Suspiros atormentados pareciam se perder pelos ares. Como animais de carga apressados os seres humanos precipitavam-se pelas cidades. Por toda parte havia violência, infortúnio e agitação, por toda parte percebia-se sofrimento e descontentamento. Os mais fortes oprimiam sempre mais as delicadas vibrações que procuravam beleza, paz, força e pureza. Para o amor eles não tinham nenhum tempo; em seu lugar surgiu a objetividade, o bom-senso e o cálculo. Os espíritos que observavam estremeciam e ansiavam para que o Senhor puxasse uma cortina diante desse triste panorama de Sardes, que morria espiritualmente. Mas o amor do Senhor chamava e chamava. Sabia que alguns esperavam por Ele, alguns que acendiam uma clara luz no silêncio oculto de seu quarto, que lavavam de suas vestes a poeira da turvação e que pediam cheios de saudade; pois eles não haviam esquecido o Nome e não queriam morrer. Eles eram como uma clara vela na escura noite e percebiam o Raio de Luz da preparação espiritual, ouviam a voz que clamava: “Quem vencer, não será apagado do Livro da Vida!”
  • 19. Estendeu-se um grande silêncio sobre a Criação e na Criação, e era como se ela respirasse profundamente. Tornou-se claro nas profundezas e as chamas espirituais bem- aventuradas intuíram uma pura e singela alegria. Ainda era visível o risco luminoso traçado pelo dedo de Deus que havia atravessado a Criação através do ato de Sua Sagrada Vontade. Ele havia deixado Sardes e dirigiu-se para distâncias onde reluzia num brilho róseo, como se o crepúsculo do despertar se elevasse consoladoramente sobre nuvens escuras. De coisas velhas, mortas, sem esperanças, a força do amor de Deus dirigiu-se para um novo formar. Rósea brilhava a luz através da extensa comunidade, cujos mundos claros e puros circulavam contínua e tranqüilamente como calmos sóis. Sobre esse mundo não oprimia a pressão da densidade sombria, lá a vinda e a ida de forças auxiliares espirituais e enteais não estava obstruída, pois os seres humanos de Filadélfia não haviam se fechado, mas ainda utilizavam sua força de maneira correta, mesmo não sendo esta grande. Eles eram humildes. Por isso o Senhor os amava, e os bem-aventurados ouviam e compreendiam Sua Palavra: “Por haveres conservado Minha Palavra, também conservar-te-ei na hora da tentação
  • 20. que virá sobre todo o circular mundial, para verificar se persistem os que aí moram. Esta é a chave. Ninguém além de Mim, o Senhor, pode abrir, e ninguém fechar. Tu conservaste Meu Nome!” Por todo lado essa parte do Universo era ricamente abençoada e a felicidade morava junto com as criaturas humanas que ainda estavam em estreita ligação com o espiritual e o enteal. Elas tinham auxílio em todas as obras e, por isso, também sucesso em todas as coisas. Beleza estendia-se sobre os astros, os quais já circulavam resfriados no circular da força de seu grande doador de luz. Esses planetas traziam as mais belas plantas – mares e florestas de uma beleza lendária e de uma grande abundância. Também a terra oferecia tesouros: areia parecida com ouro e maravilhosas pedras. Elas serviam às criaturas humanas para erguerem grandes e maravilhosas construções, segundo o exemplo artístico da natureza. Belos eram os seres humanos, grandes, espertos e orgulhosos, cheios de sabedoria seus sacerdotes, os quais formavam o ápice de sua estirpe. Eles tinham a Palavra e viviam em Deus, reconheciam os efeitos de Suas forças e veneravam toda justiça, amor e pureza. Por isso construíam templos especiais, para neles se abrirem a essa vibração divina, sobre a qual,
  • 21. servindo conforme as leis, deixavam que se tornasse ação na vida cotidiana. Não conheciam nenhuma preocupação e não temiam. Seu alvo mais elevado, mais sagrado era viver nos raios da Cruz luminosa, que eles reconheciam e em cuja força vibravam. A Cruz não precisava libertá-los, pois eles eram livres. E por isso o Senhor falou: “Segura o que tens, para que ninguém tome tua coroa!” Novamente um brilho forte atravessou a Criação, e era como se soprasse um quente e incandescente fôlego das alturas luminosas. Trovejando murmuravam as esferas, preenchidas pelo sussurro inquieto e receoso dos eternos; pois o Senhor estava irado. Como ouro incandescente brilhava o raio anunciador da Estrela prometida e, como uma flecha, atingia rapidamente as incomensurabilidades da grande Criação. Receosas as chamas espirituais lançaram o olhar para uma outra parte da Criação: “Laodicéa”. Aparentemente sem fim estendia-se o maravilhoso e ardente reino vermelho-dourado. Suas estrelas, porém, circulavam vagarosamente e na irresistível pressão da proximidade da irradiação divina, o movimento lento não era capaz de unir-se com a aumentada irradiação e respiração de tudo o que fora criado. Disso surgiu um desequilíbrio e
  • 22. uma tensa pressão, que produzia um grande cansaço e densas exalações. Fumegando ardia a luz vermelha dos sóis e assumia uma coloração cobreada. Oprimida estava Laodicéa, nem quente nem fria, nem sonora nem silenciosa, nem rápida nem imóvel. Cansada, fraca, indolente e crepuscular esgueiravam-se véus sombrios sobre os mundos. A entealidade estava triste e retraía-se cada vez mais dos planetas, nos quais viviam seres humanos. Por isso, tudo ali também se mostrava sem alegria. De fato luz e vida era a abundância ali, riqueza expandia-se sobre os grandes e maravilhosos mundos. Mas havia falta de amor, de humildade e de gratidão! Não havia templos em honra a Deus para se ver. Tudo estava como morto. Doloroso tornara-se às chamas espirituais que olhavam para Laodicéa, que era rica, grande e poderosa, mas sem amor. E um estremecer perpassou todos os espíritos, ao soar de cima a voz do Senhor: “Tu pensas que és rica e estás farta e não vês que és pobre e estás nua. Unge teus olhos para que tornes a ver, então encontrarás o ouro que Eu quero clarificar com Meu fogo para ti. Sê aplicada e faze penitência!”
  • 23. Num bramir poderoso soaram essas Palavras do Senhor através da Criação, estremecendo Laodicéa. Sob os olhos radiantes e admirados dos espíritos que podiam ver, brilhava o cubo da Pós-Criação límpido e puro como cristal. Em suas profundezas ardiam os mundos, e uma fina corrente de luz descrevia o caminho da Estrela despertadora que, em suas próprias linhas, também podia ser vista como uma estrela. Através do circular dos jardins luminosos fazia-se sentir a transformação de um novo dia universal, nas ondulações e nos movimentos flutuantes da Luz, nos cantos das esferas que brilhavam nas mais delicadas cores. Uma corrente poderosa e clara como cristal reluzia de cima, abrindo caminho através de um portal cristalino. Em seu fluxo a própria Estrela se tomou visível, a qual descia bramindo na velocidade do vento. Os grandes arcos celestes se abobadavam sobre o Santo Graal, que irradiava como uma pedra preciosa sobre os jardins dourados. Em saudade e alegria os espíritos bem-aventurados comprimiam-se cada vez mais próximo dos fluxos luminosos, que traziam uma saudação das mais elevadas alturas. E abriu-se um segundo portal. Dentro dele reluzia a magnificência da Luz. Sobre a pedra branca do Santo Graal pairava a Pomba e
  • 24. enviava Sua Vontade para baixo, seguindo a Estrela. Preparava-se um grande acontecimento na materialidade ...