A comunicação está presente em todos os aspectos da vida cotidiana, inclusive no relacionamento com as tecnologias de informação e comunicação. O presente trabalho é uma reflexão sobre o relacionamento do profissional médico com estas tecnologias. Baseando-se nas teorias da comunicação, abordou-se os aspectos históricos e comportamentais desse profissional. Estudando os sistemas e as tecnologias de comunicação e informação aproximamos estes conceitos à teoria de Foucault na obra Vigiar e Punir, matizando a aspectos da obra O capital de Marx.
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
A Informatização da Medicina
1. A Informatização da Medicina
O Relacionamento da Classe Médica com os Sistemas
de Informação e Comunicação
Fabiana Casarin Bertazzo
Orientador: Prof. Armando Levy
Dezembro de 2010
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2. A Informatização da Medicina
Delineando o objeto:
• Percepção do baixo nível de informatização dos serviços
de saúde
• O médico como figura central
• Levantamento de antecedentes na literatura científica -
Joia e Magalhães (2009); Pires (2004); Costa (2001)
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3. A Informatização da Medicina
Para entender o relacionamento da classe médica com
os sistemas informatizados:
• História da medicina
• A problemática dos Sistemas:
- Foucault - Panoptismo
- Marx - Conflito homem-máquina
• Desenvolvimento da informática médica
• Entrevistas com médicos – Grupos de Foco
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4. A Informatização da Medicina
Uma reflexão como intervenção:
• O médico reconhece que os sistemas informatizados facilitam
alguns aspectos do seu trabalho, como na pesquisa de literatura
científica.
- Porém, ele está ciente de que os sistemas fortalecem a
dominação das instituições.
• A informatização expõe o profissional – Panoptismo: de “invisível”
para controlado.
- Até então, o médico detinha autoridade frente aos pacientes e a
equipe multiprofissional.
• Não é que o médico seja resistente a tecnologia, ele é resistente
ao que se interpõe entre ele e o paciente.
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5. A Informatização da Medicina
Uma reflexão como intervenção:
• Como já acontecido com outros profissionais: a vigilância não é
mais só fazer valer os regulamentos, ela agora extrai o
conhecimento e assim expande o domínio das instituições.
É o problema das grandes oficinas e das fábricas, onde se organiza um
novo tipo de vigilância. [...] leva em conta a atividade dos homens, seu
conhecimento técnico, a maneira de fazê-lo, sua rapidez, seu zêlo, seu
comportamento. (FOULCALT, 2004, p. 146)
• Resistência silenciosa – Boicote aos sistemas:
- Negligenciamento de informações
- Uso de senha de terceiros
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6. A Informatização da Medicina
Uma reflexão como intervenção:
• A desorganização da resposta médica a informatização dos
sistemas acaba prejudicando o paciente – Que não tem conhecimento
do que está acontecendo e por este motivo não se pronuncia sobre a questão.
• Sugestão de pesquisa em comunicação:
- Pensar o envolvimento da sociedade na questão do sigilo de
suas informações de saúde.
- É preciso ouvir e compreender os pacientes, os verdadeiros
“donos” das informações registradas nos sistemas aplicados à medicina.
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7. Obrigada!
Fabiana Casarin Bertazzo
fabertazzo@hotmail.com
fabertazzo@usp.br
Trabalho apresentado junto ao Departamento de Comunicações e Artes da
Escola de Comunicação e Artes da USP como requisito parcial para obtenção do
título de especialista em nível de especialização em
Gestão da Comunicação: Políticas, Educação e Cultura.
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