SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
Primeira categoria
Alucinações telepáticas emque o animal é o
agente
Caso 4 (Impressão)
Eu o extraio da revista Lig ht, de Lo ndre s, Ing late rra (1 9 21 ,
pág. 187). O narrador é o senhor F. W. Percival, que
escreveu:
“O senhor Everard Richard Calthrop, importante criador
de cavalos puro-sangue, em seu recente livro intitulado
The Ho rse as Co m rade and Frie nd (Edição Hutchinso n
& Co , 242 págs., 1920), conta que há alguns anos ele
possuía uma magnífica égua chamada “Windemers”, à
qual ele era profundamente apegado; a égua lhe
retribuía tal afeto com um efetivo transporte, o que dá ao
presente caso um caráter realmente comovente. O
destino quis que a égua se afogasse num pântano
próximo à fazenda do senhor Calthrop, e ele expôs
assim as impressões que teve naquele trágico momento:
“Às 3:20 da manhã do dia 18 de março de 1913, acordei de um sono
profundo num ímpeto, não por causa de algum barulho ou relinchar,
mas por causa de um chamado de ajuda que transmitia – não
compreendi de que maneira – minha égua “Windemers”. Eu escutei e
não se ouvia sequer um som na noite calma; assim que fiquei
completamente acordado, senti vibrar em meu cérebro, em meus
nervos, o chamado desesperado de minha égua; soube que ela estava
diante de um enorme perigo e invocava um auxílio imediato. Vesti um
sobretudo, calcei minhas botas, abri a porta e me pus a correr no
parque. Não ouvia os relinchares nem as queixas, mas sabia, de uma
maneira incompreensível e prodigiosa, de que lado vinha esse sinal de
“telégrafo sem fio”, embora o mesmo enfraquecesse rapidamente.
Assim que saí, dei-me conta, com espanto, de que o sinal vinha do
lado do pântano. Corria, mas sentia que as ondas vibratórias do
“telégrafo sem fio” ressoavam cada vez menos em meu cérebro;
quando cheguei à beira do pântano, elas tinham cessado. Ao olhar as
águas, percebi que elas estavam ainda sendo remexidas por pequenas
ondas concêntricas que vinham até a margem; no meio do pântano
notei uma massa negra que se definia de maneira sinistra com a
primeira claridade da aurora. Compreendi rapidamente que lá estava o
corpo da minha pobre “Windemers” e que, infelizmente, eu tinha
“Realmente, em casos como estes, não
há o testemunho do agente; porém, isto
não impede que as três regras de
Fredrich W. H. Myers – elaboradas para
distinguir os casos telepáticos6
daqueles
que não o são – sejam, de qualquer
forma, aplicáveis ao caso em questão.
As três regras são as seguintes:
O senhor F. W. Percival, ao reproduzir esse relato
na Lig ht (1921, pág. 187), ressaltou:
1) que o agente tenha se encontrado em
uma situação excepcional (neste caso, o
agente lutava contra a morte);
2) que o receptor tenha
sentido/experimentado algo psiquicamente
excepcional, inclusive uma sensação de
que o agente era conhecido (neste caso, a
impressão que revela o agente é
manifesta);
3) que os dois incidentes coincidam do
ponto de vista temporal (esta condição é
também observada).”
 Poderíamos acrescentar que o impulso
telepático foi pontual e intenso o bastante a
ponto de despertar o percipiente de um
sono profundo, de fazê-lo imediatamente
perceber que se tratava de um pedido de
socorro de sua égua e de orientar seus
passos, sem nenhuma hesitação, em
direção ao local onde o drama se passava.
Assim sendo, não me parece que seja
possível colocar em dúvida o caráter
realmente telepático do acontecimento.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a 5 primeira categoria - caso 4

Apresentação da antologia PULP FICTION PORTUGUESA no Fórum Fantástico 2011
Apresentação da antologia PULP FICTION PORTUGUESA no Fórum Fantástico 2011Apresentação da antologia PULP FICTION PORTUGUESA no Fórum Fantástico 2011
Apresentação da antologia PULP FICTION PORTUGUESA no Fórum Fantástico 2011tecnofantasia
 
Sugestão de atividade de leitura e escrita (1)
Sugestão de atividade de leitura e escrita (1)Sugestão de atividade de leitura e escrita (1)
Sugestão de atividade de leitura e escrita (1)helena takahashi
 
Monstros de Nossa Juventude
Monstros de Nossa JuventudeMonstros de Nossa Juventude
Monstros de Nossa Juventudemomengtonoticia
 
4 na mansão dos mortos
4   na mansão dos mortos4   na mansão dos mortos
4 na mansão dos mortosFatoze
 
Orson Welles
Orson WellesOrson Welles
Orson WellesAna_Mota
 
O fantasma de canterville
O fantasma de cantervilleO fantasma de canterville
O fantasma de cantervilleEddye Oliveira
 
Fundo documental 15 16 blogue
Fundo documental 15 16  blogueFundo documental 15 16  blogue
Fundo documental 15 16 bloguelidiacosta
 
TROYES, Chretien. Romances da távola redonda
TROYES, Chretien. Romances da távola redondaTROYES, Chretien. Romances da távola redonda
TROYES, Chretien. Romances da távola redondaNathana Costantin
 

Semelhante a 5 primeira categoria - caso 4 (13)

Apresentação da antologia PULP FICTION PORTUGUESA no Fórum Fantástico 2011
Apresentação da antologia PULP FICTION PORTUGUESA no Fórum Fantástico 2011Apresentação da antologia PULP FICTION PORTUGUESA no Fórum Fantástico 2011
Apresentação da antologia PULP FICTION PORTUGUESA no Fórum Fantástico 2011
 
a-Ilha-Do-Tesouro.pdf
a-Ilha-Do-Tesouro.pdfa-Ilha-Do-Tesouro.pdf
a-Ilha-Do-Tesouro.pdf
 
Sugestão de atividade de leitura e escrita (1)
Sugestão de atividade de leitura e escrita (1)Sugestão de atividade de leitura e escrita (1)
Sugestão de atividade de leitura e escrita (1)
 
Monstros de Nossa Juventude
Monstros de Nossa JuventudeMonstros de Nossa Juventude
Monstros de Nossa Juventude
 
4 na mansão dos mortos
4   na mansão dos mortos4   na mansão dos mortos
4 na mansão dos mortos
 
Orson Welles
Orson WellesOrson Welles
Orson Welles
 
Frei Luís de Sousa
Frei Luís de SousaFrei Luís de Sousa
Frei Luís de Sousa
 
O fantasma de canterville
O fantasma de cantervilleO fantasma de canterville
O fantasma de canterville
 
Fundo documental 15 16 blogue
Fundo documental 15 16  blogueFundo documental 15 16  blogue
Fundo documental 15 16 blogue
 
Caderno de leitura
Caderno de leituraCaderno de leitura
Caderno de leitura
 
Caderno de leitura
Caderno de leituraCaderno de leitura
Caderno de leitura
 
Frei Luís de Sousa
Frei Luís de SousaFrei Luís de Sousa
Frei Luís de Sousa
 
TROYES, Chretien. Romances da távola redonda
TROYES, Chretien. Romances da távola redondaTROYES, Chretien. Romances da távola redonda
TROYES, Chretien. Romances da távola redonda
 

Mais de Fatoze

Evangelho animais 95
Evangelho animais 95Evangelho animais 95
Evangelho animais 95Fatoze
 
Evangelho animais 94
Evangelho animais 94Evangelho animais 94
Evangelho animais 94Fatoze
 
Evangelho animais 93
Evangelho animais 93Evangelho animais 93
Evangelho animais 93Fatoze
 
Evangelho animais 92
Evangelho animais 92Evangelho animais 92
Evangelho animais 92Fatoze
 
Evangelho animais 91
Evangelho animais 91Evangelho animais 91
Evangelho animais 91Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (69)
Evangelho no lar com crianças (69)Evangelho no lar com crianças (69)
Evangelho no lar com crianças (69)Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (68)
Evangelho no lar com crianças (68)Evangelho no lar com crianças (68)
Evangelho no lar com crianças (68)Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (67)
Evangelho no lar com crianças (67)Evangelho no lar com crianças (67)
Evangelho no lar com crianças (67)Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (66)
Evangelho no lar com crianças (66)Evangelho no lar com crianças (66)
Evangelho no lar com crianças (66)Fatoze
 
68 oitava categoria - caso 14
68   oitava categoria - caso 1468   oitava categoria - caso 14
68 oitava categoria - caso 14Fatoze
 
67 oitava categoria - caso 12 e caso 13
67   oitava categoria - caso 12 e caso 1367   oitava categoria - caso 12 e caso 13
67 oitava categoria - caso 12 e caso 13Fatoze
 
66 oitava categoria - caso 10 e caso 11
66   oitava categoria - caso 10 e caso 1166   oitava categoria - caso 10 e caso 11
66 oitava categoria - caso 10 e caso 11Fatoze
 
65 oitava categoria - caso 08 e caso 09
65   oitava categoria - caso 08 e caso 0965   oitava categoria - caso 08 e caso 09
65 oitava categoria - caso 08 e caso 09Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (65)
Evangelho no lar com crianças (65)Evangelho no lar com crianças (65)
Evangelho no lar com crianças (65)Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (64)
Evangelho no lar com crianças (64)Evangelho no lar com crianças (64)
Evangelho no lar com crianças (64)Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (63)
Evangelho no lar com crianças (63)Evangelho no lar com crianças (63)
Evangelho no lar com crianças (63)Fatoze
 
Evangelho animais 90
Evangelho animais 90Evangelho animais 90
Evangelho animais 90Fatoze
 
Evangelho animais 89
Evangelho animais 89Evangelho animais 89
Evangelho animais 89Fatoze
 
Evangelho animais 88
Evangelho animais 88Evangelho animais 88
Evangelho animais 88Fatoze
 
Aula 15 irmaos
Aula 15   irmaosAula 15   irmaos
Aula 15 irmaosFatoze
 

Mais de Fatoze (20)

Evangelho animais 95
Evangelho animais 95Evangelho animais 95
Evangelho animais 95
 
Evangelho animais 94
Evangelho animais 94Evangelho animais 94
Evangelho animais 94
 
Evangelho animais 93
Evangelho animais 93Evangelho animais 93
Evangelho animais 93
 
Evangelho animais 92
Evangelho animais 92Evangelho animais 92
Evangelho animais 92
 
Evangelho animais 91
Evangelho animais 91Evangelho animais 91
Evangelho animais 91
 
Evangelho no lar com crianças (69)
Evangelho no lar com crianças (69)Evangelho no lar com crianças (69)
Evangelho no lar com crianças (69)
 
Evangelho no lar com crianças (68)
Evangelho no lar com crianças (68)Evangelho no lar com crianças (68)
Evangelho no lar com crianças (68)
 
Evangelho no lar com crianças (67)
Evangelho no lar com crianças (67)Evangelho no lar com crianças (67)
Evangelho no lar com crianças (67)
 
Evangelho no lar com crianças (66)
Evangelho no lar com crianças (66)Evangelho no lar com crianças (66)
Evangelho no lar com crianças (66)
 
68 oitava categoria - caso 14
68   oitava categoria - caso 1468   oitava categoria - caso 14
68 oitava categoria - caso 14
 
67 oitava categoria - caso 12 e caso 13
67   oitava categoria - caso 12 e caso 1367   oitava categoria - caso 12 e caso 13
67 oitava categoria - caso 12 e caso 13
 
66 oitava categoria - caso 10 e caso 11
66   oitava categoria - caso 10 e caso 1166   oitava categoria - caso 10 e caso 11
66 oitava categoria - caso 10 e caso 11
 
65 oitava categoria - caso 08 e caso 09
65   oitava categoria - caso 08 e caso 0965   oitava categoria - caso 08 e caso 09
65 oitava categoria - caso 08 e caso 09
 
Evangelho no lar com crianças (65)
Evangelho no lar com crianças (65)Evangelho no lar com crianças (65)
Evangelho no lar com crianças (65)
 
Evangelho no lar com crianças (64)
Evangelho no lar com crianças (64)Evangelho no lar com crianças (64)
Evangelho no lar com crianças (64)
 
Evangelho no lar com crianças (63)
Evangelho no lar com crianças (63)Evangelho no lar com crianças (63)
Evangelho no lar com crianças (63)
 
Evangelho animais 90
Evangelho animais 90Evangelho animais 90
Evangelho animais 90
 
Evangelho animais 89
Evangelho animais 89Evangelho animais 89
Evangelho animais 89
 
Evangelho animais 88
Evangelho animais 88Evangelho animais 88
Evangelho animais 88
 
Aula 15 irmaos
Aula 15   irmaosAula 15   irmaos
Aula 15 irmaos
 

Último

AUTORA VILMA DIAS - MARIA ANTES DE SER MARIA (1).ppt
AUTORA VILMA DIAS - MARIA ANTES DE SER MARIA  (1).pptAUTORA VILMA DIAS - MARIA ANTES DE SER MARIA  (1).ppt
AUTORA VILMA DIAS - MARIA ANTES DE SER MARIA (1).pptVilmaDias11
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxCelso Napoleon
 
THIAGO-meudiadefestaparaimpressão_thandreola_300324.pdf
THIAGO-meudiadefestaparaimpressão_thandreola_300324.pdfTHIAGO-meudiadefestaparaimpressão_thandreola_300324.pdf
THIAGO-meudiadefestaparaimpressão_thandreola_300324.pdfthandreola
 
Oração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo BrasileiroOração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo BrasileiroNilson Almeida
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealizaçãocorpusclinic
 
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptxLição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptxCelso Napoleon
 
Missões News 04/2024 - Informativo Missionário
Missões News 04/2024 - Informativo MissionárioMissões News 04/2024 - Informativo Missionário
Missões News 04/2024 - Informativo MissionárioComando Resgatai
 
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide SilvaVivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide SilvaSammis Reachers
 
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptxBíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptxIgreja Jesus é o Verbo
 
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdfComentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdfRobertoLopes438472
 
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyoNovo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyothandreola
 
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINALAntropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINALMiltonCesarAquino1
 
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptxFORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptxodairmarques5
 

Último (13)

AUTORA VILMA DIAS - MARIA ANTES DE SER MARIA (1).ppt
AUTORA VILMA DIAS - MARIA ANTES DE SER MARIA  (1).pptAUTORA VILMA DIAS - MARIA ANTES DE SER MARIA  (1).ppt
AUTORA VILMA DIAS - MARIA ANTES DE SER MARIA (1).ppt
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
 
THIAGO-meudiadefestaparaimpressão_thandreola_300324.pdf
THIAGO-meudiadefestaparaimpressão_thandreola_300324.pdfTHIAGO-meudiadefestaparaimpressão_thandreola_300324.pdf
THIAGO-meudiadefestaparaimpressão_thandreola_300324.pdf
 
Oração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo BrasileiroOração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo Brasileiro
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
 
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptxLição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
 
Missões News 04/2024 - Informativo Missionário
Missões News 04/2024 - Informativo MissionárioMissões News 04/2024 - Informativo Missionário
Missões News 04/2024 - Informativo Missionário
 
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide SilvaVivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
 
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptxBíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
 
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdfComentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
 
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyoNovo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
 
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINALAntropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
 
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptxFORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
 

5 primeira categoria - caso 4

  • 1.
  • 2. Primeira categoria Alucinações telepáticas emque o animal é o agente Caso 4 (Impressão) Eu o extraio da revista Lig ht, de Lo ndre s, Ing late rra (1 9 21 , pág. 187). O narrador é o senhor F. W. Percival, que escreveu:
  • 3. “O senhor Everard Richard Calthrop, importante criador de cavalos puro-sangue, em seu recente livro intitulado The Ho rse as Co m rade and Frie nd (Edição Hutchinso n & Co , 242 págs., 1920), conta que há alguns anos ele possuía uma magnífica égua chamada “Windemers”, à qual ele era profundamente apegado; a égua lhe retribuía tal afeto com um efetivo transporte, o que dá ao presente caso um caráter realmente comovente. O destino quis que a égua se afogasse num pântano próximo à fazenda do senhor Calthrop, e ele expôs assim as impressões que teve naquele trágico momento:
  • 4. “Às 3:20 da manhã do dia 18 de março de 1913, acordei de um sono profundo num ímpeto, não por causa de algum barulho ou relinchar, mas por causa de um chamado de ajuda que transmitia – não compreendi de que maneira – minha égua “Windemers”. Eu escutei e não se ouvia sequer um som na noite calma; assim que fiquei completamente acordado, senti vibrar em meu cérebro, em meus nervos, o chamado desesperado de minha égua; soube que ela estava diante de um enorme perigo e invocava um auxílio imediato. Vesti um sobretudo, calcei minhas botas, abri a porta e me pus a correr no parque. Não ouvia os relinchares nem as queixas, mas sabia, de uma maneira incompreensível e prodigiosa, de que lado vinha esse sinal de “telégrafo sem fio”, embora o mesmo enfraquecesse rapidamente. Assim que saí, dei-me conta, com espanto, de que o sinal vinha do lado do pântano. Corria, mas sentia que as ondas vibratórias do “telégrafo sem fio” ressoavam cada vez menos em meu cérebro; quando cheguei à beira do pântano, elas tinham cessado. Ao olhar as águas, percebi que elas estavam ainda sendo remexidas por pequenas ondas concêntricas que vinham até a margem; no meio do pântano notei uma massa negra que se definia de maneira sinistra com a primeira claridade da aurora. Compreendi rapidamente que lá estava o corpo da minha pobre “Windemers” e que, infelizmente, eu tinha
  • 5. “Realmente, em casos como estes, não há o testemunho do agente; porém, isto não impede que as três regras de Fredrich W. H. Myers – elaboradas para distinguir os casos telepáticos6 daqueles que não o são – sejam, de qualquer forma, aplicáveis ao caso em questão. As três regras são as seguintes: O senhor F. W. Percival, ao reproduzir esse relato na Lig ht (1921, pág. 187), ressaltou:
  • 6. 1) que o agente tenha se encontrado em uma situação excepcional (neste caso, o agente lutava contra a morte); 2) que o receptor tenha sentido/experimentado algo psiquicamente excepcional, inclusive uma sensação de que o agente era conhecido (neste caso, a impressão que revela o agente é manifesta); 3) que os dois incidentes coincidam do ponto de vista temporal (esta condição é também observada).”
  • 7.  Poderíamos acrescentar que o impulso telepático foi pontual e intenso o bastante a ponto de despertar o percipiente de um sono profundo, de fazê-lo imediatamente perceber que se tratava de um pedido de socorro de sua égua e de orientar seus passos, sem nenhuma hesitação, em direção ao local onde o drama se passava. Assim sendo, não me parece que seja possível colocar em dúvida o caráter realmente telepático do acontecimento.