SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  10
Télécharger pour lire hors ligne
CITOGENÉTICA & CARIOTIPAGEM HUMANA
CYTOGENETICS AND HUMAN KARYOTYPING
CITOGENÉTICA Y EL CARIOTIPO HUMANO
Tiago Fernando Chaves
tiagochavo@msn.com
Leandro Sidinei Nicolau
leandro_nicolau@hotmail.com
RESUMO
O termo Citogenética refere-se a todo e qualquer estudo relativo ao cromossomo isolado ou em
conjunto, condensado ou distendido, tanto no que diz respeito a sua morfologia, organização,
função e replicação quanto à sua variação e evolução, independentemente dos estágios de
condensação ou associação com proteínas histonas e não histonas. No desenvolver histórico da
Citogenética, cabe destacar dois períodos. O primeiro período, a Citogenética Clássica, teve seu
início em 1902, a partir da hipótese formulada por Boveri e Sutton. Segundo tal hipótese, os fatores
responsáveis pela transmissão de características estavam localizados nos cromossomos. Com a
incorporação de técnicas e metodologias moleculares, iniciou-se um segundo período: o da
Citogenética Molecular. Nesse período, houve um aumento da resolução das análises
cromossômicas e a especificidade do diagnóstico. Isso possibilitou a elevação do nível de
sensibilidade na detecção de aberrações cromossômicas por meio das técnicas de bandeamento e,
mais recentemente, da hibridização in situ por fluorescência (FISH). Atualmente, a análise
cromossômica com resolução e altíssimo grau de precisão é um procedimento diagnóstico cada vez
mais importante em várias áreas da medicina clínica. É muito utilizada para correlacionar
determinadas patologias com alterações do cariótipo normal.
Palavras-chave: Citogenética. Cariótipo. Cariotipagem humana. Bandeamentos cromossômicos.
Cultivo de células animais.
CITOGENÉTICA & CARIOTIPAGEM HUMANA
Revista Saúde e Desenvolvimento | vol.4 n.2 | jul/dez 2013
58
ABSTRACT
The term Cytogenetics refers to all and any study relating to chromosome alone or together,
condensed or distended, as regards both its morphology, organization, function, and replication for
its variation and evolution, regardless of the stages of condensation or association with histone and
no histone proteins. In the developing history of Cytogenetic, two periods can be highlighted. The
first period, the Classical Cytogenetics, had its beginning in 1902, from the hypothesis formulated by
Boveri and Sutton. According to this hypothesis, the factors responsible for the transmission of
characteristics were located on chromosomes. With the incorporation of molecular techniques and
methodologies, a second period started: the Molecular Cytogenetics.
In this period, there was an increase in the resolution of chromosomal analyzes and the specificity of
the diagnosis. This enabled to increase the level of sensitivity in the detection of chromosomal
aberrations by means of techniques of banding and, more recently, by fluorescence in situ
hybridization (FISH). Currently, chromosomal analysis with resolution and very high degree of
accuracy is a diagnostic procedure increasingly important in several areas of clinical medicine. It is
very used to correlate certain pathologies with changes of normal karyotype.
Key words: Cytogenetics. Karyotype. Human karyotyping. Chromosomal bandings. Cultivation of
animal cells.
RESUMEN
El término Citogenética se refiere a todos y cualquier estudio sobre el cromosoma aislado o en
conjunto, condensado o distendido, tanto en lo que respecta a su morfología, organización, función
y replicación respecto a su variación y evolución, independientemente de las etapas de condensación
o asociación con proteínas histonas y no histonas. En el desarrollo histórico de la Citogenética, cabe
señalar dos períodos. El primer período, la citogenética clásica, tuvo su inicio en 1902, a partir de la
hipótesis formulada por Boveri y Sutton. Según esta hipótesis, los factores responsables por la
transmisión de características están ubicados en los cromosomas. Con la incorporación de técnicas y
metodologías moleculares, se inició un segundo período: el de la Citogenética Molecular. Durante
este período, se produjo un aumento en la resolución de análisis cromosómico y en la especificidad
del diagnóstico. Eso posibilitó incrementar el nivel de sensibilidad en la detección de aberraciones
cromosómicas por medio de técnicas de bandeos y, más recientemente, mediante hibridación in situ
por fluorescencia (FISH). Actualmente, el análisis cromosómico con resolución y con muy alto grado
de precisión es un procedimiento de diagnóstico cada vez más importante en varias áreas de la
medicina clínica. Es muy usado para correlacionar algunas patologías con cambios de cariotipo
normal.
Palabras-clave: Citogenética. Cariotipo. Cariotipo humano. Bandeos cromosómicos. Cultivo de
células animales.
INTRODUÇÃO
O termo Citogenética atualmente refere-se a todo e qualquer estudo relativo
ao cromossomo isolado ou em conjunto, condensado ou distendido, tanto no que
diz respeito a sua morfologia, organização, função e replicação, quanto à sua
variação e evolução (GUERRA, 1988), independentemente dos estágios de
condensação ou associação com proteínas histonas e não histonas (OLIVEIRA et al.,
Tiago Fernando Chaves e Leandro Sidinei Nicolau
Revista Saúde e Desenvolvimento | vol.4 n.2 | jul/dez 2013
59
2010). Esta ciência tem suas raízes na Biologia e sobrepõe os conhecimentos da
Biologia Celular e da Genética, estudando a estrutura e os mecanismos celulares
através da constituição genética da célula (MASCENA, 2009), podendo servir como
uma ferramenta no estudo da evolução das espécies, no entendimento da
diversidade genética, na filogenia (SUMNER, 1990), na taxonomia, além de ser
utilizada nos campos da medicina nos quais estudos genéticos têm sido utilizados
para atender aos anseios de um número cada vez maior de especialidades e
detectar, o quanto antes, as malformações congênitas, os desvios metabólicos, as
doenças heredodegenerativas, as displasias esqueléticas e os demais distúrbios
genéticos passíveis de um diagnóstico pré ou pós-natal. Desta maneira, a
Citogenética tem prestado grande subsídio, não só para a disciplina de genética,
mas também para outras áreas (ALBANO, 2000).
No desenvolver histórico da Citogenética cabe destacar dois períodos. O
primeiro período – Citogenética Clássica - começou em 1902, com a hipótese de que
os fatores responsáveis pela transmissão de características estavam localizados nos
cromossomos, formulada por Boveri e Sutton, (LACADENA, 1996). Com a
incorporação de técnicas e metodologias moleculares, iniciou-se um segundo
período: o da Citogenética Molecular que, por sua vez, aumentou a resolução das
análises cromossômicas e a especificidade do diagnóstico (LACADENA, 1996)
através da introdução de novas tecnologias da Biologia Molecular, dentre as quais
as principais são a técnica de Hibridização in situ fluorescente (FISH), a reação em
cadeia da polimerase (PCR), além da implantação de técnicas de bandeamento que
permitem a visualização de blocos de coloração diferenciada (bandas).
Hoje em dia, a análise cromossômica, com uma resolução e uma precisão
muitíssimo melhoradas, é um procedimento diagnóstico cada vez mais importante
em várias áreas da medicina clínica (THOMPSON; THOMPSON, 2002), tornando-se
muito utilizada para correlacionar determinadas patologias com alterações do
cariótipo normal (GUERRA, 1988).
CITOGENÉTICA & CARIOTIPAGEM HUMANA
Revista Saúde e Desenvolvimento | vol.4 n.2 | jul/dez 2013
60
BANDEAMENTOS CROMOSSÔMICOS
O progresso na identificação positiva dos cromossomos se originou de uma
rápida série de estudos que iniciaram em 1968 e 1969, com o trabalho de
Caspersson e colaboradores na Suécia. Em síntese, a base desta mudança foi o fato
de que muitos corantes, como orceína e Giemsa, que têm uma afinidade pelo DNA,
fluorescem sob a luz ultravioleta, sendo que, após tratamento adequado, cada
cromossomo mostra zonas brilhantes e escuras, ou bandas que são específicas em
tamanho e localização para este cromossomo (BRAMMER; ZANOTTO; CAVERZAN,
2007). Com este tipo de coloração, somente as aneuploidias (ou alterações
numéricas) podiam ser caracterizadas (ANDRADES-MIRANDA; MATTEVI, 2011). As
aberrações estruturais dificilmente eram distinguidas, ou eram impossíveis de
serem detectadas, sendo também impossível identificar cada elemento do par
cromossômico ou até mesmo o próprio par (KEAGLE; GERSEN, 2005).
Os avanços da Biologia Molecular, combinados com técnicas da Citogenética
convencional, resultaram em novas marcações cromossômicas, descritas no campo
chamado de Citogenética Molecular. Um dos métodos mais difundidos atualmente
é a hibridização in situ por fluorescência (FISH), que consiste na ligação de
sequências de DNA marcadas com fluorocromos (sondas) aos genes ou
cromossomos-alvo complementares (ANDRADES-MIRANDA; MATTEVI, 2011).
Essa técnica envolve a preparação de lâminas, o isolamento e a marcação da
sequência de DNA que se deseja localizar in situ e a sua hibridização nos
cromossomos. O DNA marcado funciona como uma sonda para encontrar as
sequências do DNA cromossomal complementar a ela, chamada de DNA alvo
(BRAMMER; ZANOTTO; CAVERZAN, 2007). Para visualizar as regiões hibridizadas
com sonda, é preciso associar um corante à sonda e um outro corante ao restante
dos cromossomos (BRASILEIRO-VIDAL, GUERRA, 2002, apud BRAMMER, S. P.;
IORCZESKI, E. J., 2002).
Tiago Fernando Chaves e Leandro Sidinei Nicolau
Revista Saúde e Desenvolvimento | vol.4 n.2 | jul/dez 2013
61
COMO SE ORGANIZA O CARIÓTIPO HUMANO
Segundo Guerra (1988), a representação do cariótipo pode ser feita na forma
de idiograma ou de cariograma. O idiograma é a representação esquemática do
cariótipo, utilizando valores médios da posição do centrômero e tamanho de cada
cromossomo do conjunto haplóide. Esses valores são obtidos a partir de medições
cromossômicas feitas em várias células de um indivíduo ou mesmo de vários
indivíduos de uma espécie.
O cariograma é construído a partir de uma fotografia ou do desenho
detalhado de uma metáfase em que todos os cromossomos estão bem corados e
individualizados. Esses cromossomos são recortados e os homólogos são
emparelhados e enumerados dentro de uma determinada ordem. (GUERRA, 1988).
Os 46 cromossomos humanos formam 23 pares, sendo 22 de autossomos e
um par sexual. Os pares de autossomos são numerados de 1 a 22 em ordem
decrescente de tamanho e os cromossomos sexuais recebem a notação X e Y. Os
pares cromossômicos, incluindo os sexuais, são reunidos em sete grupos
designados pelas letras de A até G. (KASAHARA, 2003).
Figura 1: Cariótipos masculino (esquerda) e feminino (direita) com os cromossomos numerados e
organizados em seus respectivos grupos
Fonte: http://criatividadeeciencia.blogspot.com/2011_04_01_archive.html
CITOGENÉTICA & CARIOTIPAGEM HUMANA
Revista Saúde e Desenvolvimento | vol.4 n.2 | jul/dez 2013
62
VARIAÇÕES CROMOSSÔMICAS
As variações cromossômicas (ou cariotípicas) podem ocorrer entre
diferentes células do indivíduo, entre indivíduos diferentes da mesma população ou
entre populações diferentes da mesma espécie. Esta variação poderá ser, ou não,
geneticamente programada. No homem, por exemplo, o número cromossômico
varia de 23, nos gametas, para 46 na maioria das células somáticas e 92, 184 ou mais
nos hepatócitos. Essa variação faz parte da programação genética da espécie e é
encontrada em todos os indivíduos e populações desta espécie. (GUERRA, 1988).
Conforme Guerra (1988), as variações não programadas são as mutações
cromossômicas que, em relação ao cariótipo normal, podem ser vantajosas,
desvantajosas ou neutras. Quando as variações são neutras ou vantajosas, são
transmitidas aos descendentes, contribuindo para a variação cariotípica natural das
espécies, denominada polimorfismo cromossômico. Contudo, quando ocorrem
mutações desvantajosas, estas são rapidamente eliminadas das populações e não
tem significado evolutivo.
Os distúrbios cromossômicos constituem uma categoria importante de
doenças genéticas, respondendo por uma grande proporção significativa dos
insucessos reprodutivos, malformações congênitas e retardo mental (GARDNER;
SUTHERLAND, 1996). Segundo Thompson e Thompson (2002), as anomalias
cromossômicas específicas são responsáveis por mais de 100 síndromes
identificáveis, afetando 0,7% dos nascidos vivos, 2% das gestações em mulheres
acima dos 35 anos e 50% dos abortos espontâneos do primeiro trimestre. (PEREIRA,
2009). Além disso, estudos de Shaffer e Lupski (2000) indicaram que um em cada
200 nascidos vivos pode ter alguma anormalidade cromossômica, sendo estas
responsáveis pela maior causa de retardo mental.
Tais alterações podem ser classificadas em numéricas quando correspondem
ao aumento ou à perda de um ou mais cromossomos; ou estruturais que, menos
comuns que as numéricas, podem afetar a estrutura de um ou mais cromossomos,
autossomos ou sexuais, podendo estas alterações serem perceptíveis ao
microscópio comum. As numéricas são mais fáceis de ser observadas, mesmo em
Tiago Fernando Chaves e Leandro Sidinei Nicolau
Revista Saúde e Desenvolvimento | vol.4 n.2 | jul/dez 2013
63
espécies com cromossomos muito pequenos e numerosos, e têm efeito mais
drástico para o indivíduo e para a evolução da espécie. (GUERRA, 1988).
A alteração numérica mais comum na espécie humana é a trissomia do 21,
conhecida popularmente como Síndrome de Down. Esta síndrome foi descrita pela
primeira vez por John Langdon Down em 1966, que observou por meio de cariótipo
a presença de um cromossomo extra (21), no número de cromossomos total em
uma célula (TOBO; KHOURI; MOURÃO, 2009). As principais características clínicas
encontradas em seus portadores são perfil achatado, orelhas pequenas e de
implantação baixa, pescoço de aparência larga e grossa com pele redundante na
nuca; mãos e pés tendem a ser pequenos e grossos, podendo ser observado muitas
vezes encurvamento do quinto dígito; língua grande, abdômen saliente e com
tecido adiposo abundante (TOBO; KHOURI; MOURÃO, 2009). Além disso, a
Síndrome de Down está relacionada a diversas formas de comprometimento
imunológico que aumentam a suscetibilidade a infecções, malignidades e doenças
autoimunes. (UGAZIO et al., 1990).
Por outro lado, uma das alterações cromossômicas estruturais mais comum
em nossa espécie é a A Síndrome de Cri-du-chat ou Síndrome do miado de gato.
Descrita por Jérôme Jejeune e colaboradores em 1963 (ANTONELI; MURA; SILVA,
2007; LACADENA, 1996; BEIGUELMAN, 1982), esta doença recebeu esse nome por
causa do choro característico dos pacientes afetados, o qual lembra o miado dos
gatos durante o cio. (BEIGUELMAN, 1982).
Na Citogenética a síndrome é caracterizada pela deleção da metade do braço
curto do cromossomo 5 (JORDE et al., 2000; LACADENA, 1996). Entre as
características clínicas apresentadas pelos recém-nascidos estão tamanho reduzido
da cabeça, hipertelorismo ocular (afastamento excessivo dos olhos), implantação
baixa das orelhas, queixo pequeno, baixo peso, dificuldade no crescimento e
hipotonia muscular, convulsões (BEIGUELMAN, 1982). Os afetados apresentam
ainda cardiopatias congênitas em 30% dos casos, membros mal formados, com
zinodactilia, zigodactilia e sindactilia. (BORGES-OSÓRIO; ROBINSON, 2001).
A maioria dos casos é esporádica (THOMPSON; THOMPSON, 2002) sendo
apenas 10 a 20% dos casos de origem hereditária, (ANTONELI; MURA; SILVA, 2007;
CITOGENÉTICA & CARIOTIPAGEM HUMANA
Revista Saúde e Desenvolvimento | vol.4 n.2 | jul/dez 2013
64
THOMPSON; THOMPSON, 2002). Esta síndrome acomete cerca de 1 a cada 50.000
nativivos, com maior predominância no gênero feminino (2F:1M) (BORGES-OSÓRIO;
JORDE et al., 2000).
CONCLUSÃO
A utilização das técnicas de cariotipagem humana vem contribuindo
significativamente para a detecção de alterações cromossômicas, tanto numéricas
quanto estruturais, e se mostram como uma ferramenta de interesse não apenas na
área da médica, pois além desta, podem ser utilizadas nos processos
biotecnológicos do melhoramento de espécies de interesse econômico.
É sabido que Ciência e Tecnologia são áreas que andam lado a lado num
processo de co-evolução. Este fato é facilmente percebido quando se analisam os
avanços registrados nas ferramentas utilizadas para a realização dos estudos
envolvendo a análise do cariótipo, pois imagens cromossômicas, cada vez melhores,
são obtidas facilitando a identificação de pequenas anomalias estruturais nos
cromossomos, fato impossível de ser alcançado no período da Citogenética Clássica.
Tiago Fernando Chaves e Leandro Sidinei Nicolau
Revista Saúde e Desenvolvimento | vol.4 n.2 | jul/dez 2013
65
REFERÊNCIAS
ALBANO, L.M.J. Importância da genética no serviço público: relato da extinção de
um setor de genética no município de São Paulo, Brasil. Rev Panam Salud Publica;
2000 7 (1): 29-34.
ANDRADES-MIRANDA, J.; MATTEVI, M. S. Técnicas de bandeamentos e coloração
cromossômica. Em: MALUF, S. W.; RIEGEL, M. Citogenética humana – Artmed.
Porto Alegre, 2011.p:63-69.
ANTONELI, R T; MURA, F B; SILVA, L G. A intervenção da terapia ocupacional em
uma criança portadora da sindrome de Cri Du Chat (CDC). Unisalesiano. 2007. 5p.
Disponível em: Trabalhos aceitos. Unisalesiano.
http://www.unisalesiano.edu.br/encontro2007/trabalho/aceitos/CC35262413846.pdf
BEIGUELMAN, B. Citogenética Humana. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan;
1982.
BORGES-OSÓRIO, M. R; ROBINSON, W. M. Genética Humana. 2ª. Edição. Editora
Artmed S.A. Porto Alegre – RS. 2001. 459p.
BRAMMER, S. P.; ZANOTTO, M.; CAVERZAN, A. Citogenética vegetal: da era clássica
à molecular. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2007. 9p. html. (Embrapa Trigo.
Documentos Online, 85). Disponível em:
<http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/do/p_do85.htm>.
BRASILEIRO-VIDAL, A. N.; GUERRA, M. Citogenética molecular em cereais.
In:BRAMMER, S. P.; IORCZESKI, E. J. (Org.). Atualização em técnicas celulares e
moleculares aplicadas ao melhoramento genético vegetal. Passo Fundo: Embrapa
Trigo, 2002. p. 277-298.
GARDNER, R. J. M., SUTHERLAND, G. R. Pregnancy loss and infertility. In:
Chromosome abnormalities an genetic counseling. Ed. Oxford University. Press.
Oxford, p.311-331., 1996
GUERRA, M. S., Introdução à Citogenética Geral. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro,
1988.
CITOGENÉTICA & CARIOTIPAGEM HUMANA
Revista Saúde e Desenvolvimento | vol.4 n.2 | jul/dez 2013
66
JORDE, L. B. Genética médica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000, 297p.
KASAHARA, S. Práticas de Citogenética. Rio claro: [s.n.], 2003. 96 f. : il.
KEAGLE, M. B.; GERSEN, S. L. The principle of clinical cytogenetics. 2 ed. Totowa,
NJ; 2005, p.63-79.
LACADENA, J R. Citogenética. 1ª edição. Editora Complutense S.A. Madrid. 1996.
931p.
MASCENA, J. R. Estudos citogenéticos realizados no Hospital Universitário da UFSC
no período de 2003 a 2008. Trabalho de conclusão de curso. Universidade Federal
de Santa Catarina. Florianópolis, SC. 2009.
OLIVEIRA, I. F. de; FERREIRA C. A. de M; SILVA, M. L. da; LIMA L. G. de; CARVALHO,
R. de. Observação de cromossomos: ciclo mitótico em vegetais. X Jornada de
ensino, pesquisa e extensão. UFRPE. 2010.
PEREIRA, T. M.; Frequência das anomalias cromossômicas: Importância para o
diagnóstico citogenético. Arq. Ciênc. Saúde. Bauru, 2009; 16(1):13-33.
SHAFFER, L. G.; LUPSKI, J. R. Molecular mechanisms for constitucional
chromosomal rearrangeaments is humans. Annu. Rev. Genet. 53: 297-329. 2000.
SUMNER, A.T. Nucleolar organizers (NORs). In: Cromosome Banding, A.T. Sumner
(ed.), Unwin Hyman Ltd., London. 1990.
THOMPSON, J S.; THOMPSON, M W. Genética médica – Thompson & Thompson. 6ª
edição. Ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro – RJ. 2002. 388p.
TOBO, A.; KHOURI, M. E.; MOURÃO , M. A. Diagnóstico da instabilidade atlantoaxial
na Síndrome de Down: uma revisão de literatura. Acta Fisiatr 2009; 16(3): 142-145.
UGAZIO, A.G.; MACCARIO, R.; NOTARANGELO, L.D.; BURGIO, G.R.. Immunology of
Down Syndrome: a review. Am J Med Genet Suppl. 1990;7:204-12.

Contenu connexe

En vedette

Scott Edmunds flashtalk slides from Beyond the PDF2
Scott Edmunds flashtalk slides from Beyond the PDF2Scott Edmunds flashtalk slides from Beyond the PDF2
Scott Edmunds flashtalk slides from Beyond the PDF2GigaScience, BGI Hong Kong
 
Presentació pec portes obertes
Presentació pec portes obertesPresentació pec portes obertes
Presentació pec portes obertesescolapallach
 
ATSYD 13 Claire Kowarsky/Danielle Clarke - KHQ & Tesltra
ATSYD 13 Claire Kowarsky/Danielle Clarke - KHQ & TesltraATSYD 13 Claire Kowarsky/Danielle Clarke - KHQ & Tesltra
ATSYD 13 Claire Kowarsky/Danielle Clarke - KHQ & TesltraGavin Stewart
 
Abelardo Encinas Silva-Derecho Constitucional
Abelardo Encinas Silva-Derecho ConstitucionalAbelardo Encinas Silva-Derecho Constitucional
Abelardo Encinas Silva-Derecho Constitucionalderechoconstitucional
 
3859 d guia-monstruosa-salud
3859 d guia-monstruosa-salud3859 d guia-monstruosa-salud
3859 d guia-monstruosa-saludJessy Clemente
 

En vedette (7)

Scott Edmunds flashtalk slides from Beyond the PDF2
Scott Edmunds flashtalk slides from Beyond the PDF2Scott Edmunds flashtalk slides from Beyond the PDF2
Scott Edmunds flashtalk slides from Beyond the PDF2
 
Presentació pec portes obertes
Presentació pec portes obertesPresentació pec portes obertes
Presentació pec portes obertes
 
Power point for ncyc info mtg
Power point for ncyc info mtgPower point for ncyc info mtg
Power point for ncyc info mtg
 
ATSYD 13 Claire Kowarsky/Danielle Clarke - KHQ & Tesltra
ATSYD 13 Claire Kowarsky/Danielle Clarke - KHQ & TesltraATSYD 13 Claire Kowarsky/Danielle Clarke - KHQ & Tesltra
ATSYD 13 Claire Kowarsky/Danielle Clarke - KHQ & Tesltra
 
Teoria psicanalítica iv
Teoria psicanalítica ivTeoria psicanalítica iv
Teoria psicanalítica iv
 
Abelardo Encinas Silva-Derecho Constitucional
Abelardo Encinas Silva-Derecho ConstitucionalAbelardo Encinas Silva-Derecho Constitucional
Abelardo Encinas Silva-Derecho Constitucional
 
3859 d guia-monstruosa-salud
3859 d guia-monstruosa-salud3859 d guia-monstruosa-salud
3859 d guia-monstruosa-salud
 

Similaire à 229 942-1-pb - cópia

Análise citogenética na leucemia mielóide crônica
Análise citogenética na leucemia mielóide crônicaAnálise citogenética na leucemia mielóide crônica
Análise citogenética na leucemia mielóide crônicaLucas - Suelen CAVALCANTE
 
No passado estudo do crescer na infância juvenil adolescente foi severamente ...
No passado estudo do crescer na infância juvenil adolescente foi severamente ...No passado estudo do crescer na infância juvenil adolescente foi severamente ...
No passado estudo do crescer na infância juvenil adolescente foi severamente ...Van Der Häägen Brazil
 
Carcinogenese as bases moleculares do cancer
Carcinogenese as bases moleculares do cancerCarcinogenese as bases moleculares do cancer
Carcinogenese as bases moleculares do cancerVirgínia L. Sousa
 
CNVs e mosaicismo durante o desenvovimento somático
CNVs e mosaicismo durante o desenvovimento somáticoCNVs e mosaicismo durante o desenvovimento somático
CNVs e mosaicismo durante o desenvovimento somáticoRinaldo Pereira
 
Fibroadenoma x Tu phylodes_como diferenciar.pdf
Fibroadenoma x Tu phylodes_como diferenciar.pdfFibroadenoma x Tu phylodes_como diferenciar.pdf
Fibroadenoma x Tu phylodes_como diferenciar.pdfCristina Costa
 
Diagnóstico e tratamento do câncer de mama
Diagnóstico e tratamento do câncer de mamaDiagnóstico e tratamento do câncer de mama
Diagnóstico e tratamento do câncer de mamaOPERAGATEAU
 
Trabalho de conclusão sobre anatomia e fisiologia bucal
Trabalho de conclusão sobre anatomia e fisiologia bucalTrabalho de conclusão sobre anatomia e fisiologia bucal
Trabalho de conclusão sobre anatomia e fisiologia bucalRogerGustavoEvangeli
 
Aula 02 Histórico da Genética 2023.pptx
Aula 02 Histórico da Genética 2023.pptxAula 02 Histórico da Genética 2023.pptx
Aula 02 Histórico da Genética 2023.pptxNivaldoJnior16
 
ENIGMA NOVA FORMA DE VER TRANSPORTE ESPECÍFICO DE CARGA MOLECULAR
ENIGMA NOVA FORMA DE VER TRANSPORTE ESPECÍFICO DE CARGA MOLECULAR ENIGMA NOVA FORMA DE VER TRANSPORTE ESPECÍFICO DE CARGA MOLECULAR
ENIGMA NOVA FORMA DE VER TRANSPORTE ESPECÍFICO DE CARGA MOLECULAR Van Der Häägen Brazil
 
Aplicações de Nanocarreadores Baseados em Células Animais na.pdf
Aplicações de Nanocarreadores Baseados em Células Animais na.pdfAplicações de Nanocarreadores Baseados em Células Animais na.pdf
Aplicações de Nanocarreadores Baseados em Células Animais na.pdfJonesCerqueira3
 
NEWS, ENIGMA NOVA FORMA DE VER TRANSPORTE ESPECÍFICO DE CARGA MOLECULAR,EX IN...
NEWS, ENIGMA NOVA FORMA DE VER TRANSPORTE ESPECÍFICO DE CARGA MOLECULAR,EX IN...NEWS, ENIGMA NOVA FORMA DE VER TRANSPORTE ESPECÍFICO DE CARGA MOLECULAR,EX IN...
NEWS, ENIGMA NOVA FORMA DE VER TRANSPORTE ESPECÍFICO DE CARGA MOLECULAR,EX IN...Van Der Häägen Brazil
 

Similaire à 229 942-1-pb - cópia (20)

Análise citogenética na leucemia mielóide crônica
Análise citogenética na leucemia mielóide crônicaAnálise citogenética na leucemia mielóide crônica
Análise citogenética na leucemia mielóide crônica
 
No passado estudo do crescer na infância juvenil adolescente foi severamente ...
No passado estudo do crescer na infância juvenil adolescente foi severamente ...No passado estudo do crescer na infância juvenil adolescente foi severamente ...
No passado estudo do crescer na infância juvenil adolescente foi severamente ...
 
Carcinogenese as bases moleculares do cancer
Carcinogenese as bases moleculares do cancerCarcinogenese as bases moleculares do cancer
Carcinogenese as bases moleculares do cancer
 
CNVs e mosaicismo durante o desenvovimento somático
CNVs e mosaicismo durante o desenvovimento somáticoCNVs e mosaicismo durante o desenvovimento somático
CNVs e mosaicismo durante o desenvovimento somático
 
Fibroadenoma x Tu phylodes_como diferenciar.pdf
Fibroadenoma x Tu phylodes_como diferenciar.pdfFibroadenoma x Tu phylodes_como diferenciar.pdf
Fibroadenoma x Tu phylodes_como diferenciar.pdf
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
024
024024
024
 
Diagnóstico e tratamento do câncer de mama
Diagnóstico e tratamento do câncer de mamaDiagnóstico e tratamento do câncer de mama
Diagnóstico e tratamento do câncer de mama
 
Projeto Genoma Humano.pdf
Projeto Genoma Humano.pdfProjeto Genoma Humano.pdf
Projeto Genoma Humano.pdf
 
Trabalho de conclusão sobre anatomia e fisiologia bucal
Trabalho de conclusão sobre anatomia e fisiologia bucalTrabalho de conclusão sobre anatomia e fisiologia bucal
Trabalho de conclusão sobre anatomia e fisiologia bucal
 
Aula 02 Histórico da Genética 2023.pptx
Aula 02 Histórico da Genética 2023.pptxAula 02 Histórico da Genética 2023.pptx
Aula 02 Histórico da Genética 2023.pptx
 
Mixoma (
Mixoma (Mixoma (
Mixoma (
 
Mixoma Odontogênico - Relato de caso
Mixoma Odontogênico - Relato de casoMixoma Odontogênico - Relato de caso
Mixoma Odontogênico - Relato de caso
 
Caso controle
Caso controleCaso controle
Caso controle
 
ENIGMA NOVA FORMA DE VER TRANSPORTE ESPECÍFICO DE CARGA MOLECULAR
ENIGMA NOVA FORMA DE VER TRANSPORTE ESPECÍFICO DE CARGA MOLECULAR ENIGMA NOVA FORMA DE VER TRANSPORTE ESPECÍFICO DE CARGA MOLECULAR
ENIGMA NOVA FORMA DE VER TRANSPORTE ESPECÍFICO DE CARGA MOLECULAR
 
Devolutiva unidade i
Devolutiva   unidade iDevolutiva   unidade i
Devolutiva unidade i
 
Devolutiva unidade i
Devolutiva   unidade iDevolutiva   unidade i
Devolutiva unidade i
 
Aplicações de Nanocarreadores Baseados em Células Animais na.pdf
Aplicações de Nanocarreadores Baseados em Células Animais na.pdfAplicações de Nanocarreadores Baseados em Células Animais na.pdf
Aplicações de Nanocarreadores Baseados em Células Animais na.pdf
 
Trabalho final
Trabalho finalTrabalho final
Trabalho final
 
NEWS, ENIGMA NOVA FORMA DE VER TRANSPORTE ESPECÍFICO DE CARGA MOLECULAR,EX IN...
NEWS, ENIGMA NOVA FORMA DE VER TRANSPORTE ESPECÍFICO DE CARGA MOLECULAR,EX IN...NEWS, ENIGMA NOVA FORMA DE VER TRANSPORTE ESPECÍFICO DE CARGA MOLECULAR,EX IN...
NEWS, ENIGMA NOVA FORMA DE VER TRANSPORTE ESPECÍFICO DE CARGA MOLECULAR,EX IN...
 

Dernier

6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxLeonardoGabriel65
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdfmarlene54545
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptjricardo76
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...MariaCristinaSouzaLe1
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPaulaYaraDaasPedro
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...PatriciaCaetano18
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...DirceuNascimento5
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdfjacquescardosodias
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxMARIADEFATIMASILVADE
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAssuser2ad38b
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeitotatianehilda
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxReinaldoMuller1
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 

Dernier (20)

6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 

229 942-1-pb - cópia

  • 1. CITOGENÉTICA & CARIOTIPAGEM HUMANA CYTOGENETICS AND HUMAN KARYOTYPING CITOGENÉTICA Y EL CARIOTIPO HUMANO Tiago Fernando Chaves tiagochavo@msn.com Leandro Sidinei Nicolau leandro_nicolau@hotmail.com RESUMO O termo Citogenética refere-se a todo e qualquer estudo relativo ao cromossomo isolado ou em conjunto, condensado ou distendido, tanto no que diz respeito a sua morfologia, organização, função e replicação quanto à sua variação e evolução, independentemente dos estágios de condensação ou associação com proteínas histonas e não histonas. No desenvolver histórico da Citogenética, cabe destacar dois períodos. O primeiro período, a Citogenética Clássica, teve seu início em 1902, a partir da hipótese formulada por Boveri e Sutton. Segundo tal hipótese, os fatores responsáveis pela transmissão de características estavam localizados nos cromossomos. Com a incorporação de técnicas e metodologias moleculares, iniciou-se um segundo período: o da Citogenética Molecular. Nesse período, houve um aumento da resolução das análises cromossômicas e a especificidade do diagnóstico. Isso possibilitou a elevação do nível de sensibilidade na detecção de aberrações cromossômicas por meio das técnicas de bandeamento e, mais recentemente, da hibridização in situ por fluorescência (FISH). Atualmente, a análise cromossômica com resolução e altíssimo grau de precisão é um procedimento diagnóstico cada vez mais importante em várias áreas da medicina clínica. É muito utilizada para correlacionar determinadas patologias com alterações do cariótipo normal. Palavras-chave: Citogenética. Cariótipo. Cariotipagem humana. Bandeamentos cromossômicos. Cultivo de células animais.
  • 2. CITOGENÉTICA & CARIOTIPAGEM HUMANA Revista Saúde e Desenvolvimento | vol.4 n.2 | jul/dez 2013 58 ABSTRACT The term Cytogenetics refers to all and any study relating to chromosome alone or together, condensed or distended, as regards both its morphology, organization, function, and replication for its variation and evolution, regardless of the stages of condensation or association with histone and no histone proteins. In the developing history of Cytogenetic, two periods can be highlighted. The first period, the Classical Cytogenetics, had its beginning in 1902, from the hypothesis formulated by Boveri and Sutton. According to this hypothesis, the factors responsible for the transmission of characteristics were located on chromosomes. With the incorporation of molecular techniques and methodologies, a second period started: the Molecular Cytogenetics. In this period, there was an increase in the resolution of chromosomal analyzes and the specificity of the diagnosis. This enabled to increase the level of sensitivity in the detection of chromosomal aberrations by means of techniques of banding and, more recently, by fluorescence in situ hybridization (FISH). Currently, chromosomal analysis with resolution and very high degree of accuracy is a diagnostic procedure increasingly important in several areas of clinical medicine. It is very used to correlate certain pathologies with changes of normal karyotype. Key words: Cytogenetics. Karyotype. Human karyotyping. Chromosomal bandings. Cultivation of animal cells. RESUMEN El término Citogenética se refiere a todos y cualquier estudio sobre el cromosoma aislado o en conjunto, condensado o distendido, tanto en lo que respecta a su morfología, organización, función y replicación respecto a su variación y evolución, independientemente de las etapas de condensación o asociación con proteínas histonas y no histonas. En el desarrollo histórico de la Citogenética, cabe señalar dos períodos. El primer período, la citogenética clásica, tuvo su inicio en 1902, a partir de la hipótesis formulada por Boveri y Sutton. Según esta hipótesis, los factores responsables por la transmisión de características están ubicados en los cromosomas. Con la incorporación de técnicas y metodologías moleculares, se inició un segundo período: el de la Citogenética Molecular. Durante este período, se produjo un aumento en la resolución de análisis cromosómico y en la especificidad del diagnóstico. Eso posibilitó incrementar el nivel de sensibilidad en la detección de aberraciones cromosómicas por medio de técnicas de bandeos y, más recientemente, mediante hibridación in situ por fluorescencia (FISH). Actualmente, el análisis cromosómico con resolución y con muy alto grado de precisión es un procedimiento de diagnóstico cada vez más importante en varias áreas de la medicina clínica. Es muy usado para correlacionar algunas patologías con cambios de cariotipo normal. Palabras-clave: Citogenética. Cariotipo. Cariotipo humano. Bandeos cromosómicos. Cultivo de células animales. INTRODUÇÃO O termo Citogenética atualmente refere-se a todo e qualquer estudo relativo ao cromossomo isolado ou em conjunto, condensado ou distendido, tanto no que diz respeito a sua morfologia, organização, função e replicação, quanto à sua variação e evolução (GUERRA, 1988), independentemente dos estágios de condensação ou associação com proteínas histonas e não histonas (OLIVEIRA et al.,
  • 3. Tiago Fernando Chaves e Leandro Sidinei Nicolau Revista Saúde e Desenvolvimento | vol.4 n.2 | jul/dez 2013 59 2010). Esta ciência tem suas raízes na Biologia e sobrepõe os conhecimentos da Biologia Celular e da Genética, estudando a estrutura e os mecanismos celulares através da constituição genética da célula (MASCENA, 2009), podendo servir como uma ferramenta no estudo da evolução das espécies, no entendimento da diversidade genética, na filogenia (SUMNER, 1990), na taxonomia, além de ser utilizada nos campos da medicina nos quais estudos genéticos têm sido utilizados para atender aos anseios de um número cada vez maior de especialidades e detectar, o quanto antes, as malformações congênitas, os desvios metabólicos, as doenças heredodegenerativas, as displasias esqueléticas e os demais distúrbios genéticos passíveis de um diagnóstico pré ou pós-natal. Desta maneira, a Citogenética tem prestado grande subsídio, não só para a disciplina de genética, mas também para outras áreas (ALBANO, 2000). No desenvolver histórico da Citogenética cabe destacar dois períodos. O primeiro período – Citogenética Clássica - começou em 1902, com a hipótese de que os fatores responsáveis pela transmissão de características estavam localizados nos cromossomos, formulada por Boveri e Sutton, (LACADENA, 1996). Com a incorporação de técnicas e metodologias moleculares, iniciou-se um segundo período: o da Citogenética Molecular que, por sua vez, aumentou a resolução das análises cromossômicas e a especificidade do diagnóstico (LACADENA, 1996) através da introdução de novas tecnologias da Biologia Molecular, dentre as quais as principais são a técnica de Hibridização in situ fluorescente (FISH), a reação em cadeia da polimerase (PCR), além da implantação de técnicas de bandeamento que permitem a visualização de blocos de coloração diferenciada (bandas). Hoje em dia, a análise cromossômica, com uma resolução e uma precisão muitíssimo melhoradas, é um procedimento diagnóstico cada vez mais importante em várias áreas da medicina clínica (THOMPSON; THOMPSON, 2002), tornando-se muito utilizada para correlacionar determinadas patologias com alterações do cariótipo normal (GUERRA, 1988).
  • 4. CITOGENÉTICA & CARIOTIPAGEM HUMANA Revista Saúde e Desenvolvimento | vol.4 n.2 | jul/dez 2013 60 BANDEAMENTOS CROMOSSÔMICOS O progresso na identificação positiva dos cromossomos se originou de uma rápida série de estudos que iniciaram em 1968 e 1969, com o trabalho de Caspersson e colaboradores na Suécia. Em síntese, a base desta mudança foi o fato de que muitos corantes, como orceína e Giemsa, que têm uma afinidade pelo DNA, fluorescem sob a luz ultravioleta, sendo que, após tratamento adequado, cada cromossomo mostra zonas brilhantes e escuras, ou bandas que são específicas em tamanho e localização para este cromossomo (BRAMMER; ZANOTTO; CAVERZAN, 2007). Com este tipo de coloração, somente as aneuploidias (ou alterações numéricas) podiam ser caracterizadas (ANDRADES-MIRANDA; MATTEVI, 2011). As aberrações estruturais dificilmente eram distinguidas, ou eram impossíveis de serem detectadas, sendo também impossível identificar cada elemento do par cromossômico ou até mesmo o próprio par (KEAGLE; GERSEN, 2005). Os avanços da Biologia Molecular, combinados com técnicas da Citogenética convencional, resultaram em novas marcações cromossômicas, descritas no campo chamado de Citogenética Molecular. Um dos métodos mais difundidos atualmente é a hibridização in situ por fluorescência (FISH), que consiste na ligação de sequências de DNA marcadas com fluorocromos (sondas) aos genes ou cromossomos-alvo complementares (ANDRADES-MIRANDA; MATTEVI, 2011). Essa técnica envolve a preparação de lâminas, o isolamento e a marcação da sequência de DNA que se deseja localizar in situ e a sua hibridização nos cromossomos. O DNA marcado funciona como uma sonda para encontrar as sequências do DNA cromossomal complementar a ela, chamada de DNA alvo (BRAMMER; ZANOTTO; CAVERZAN, 2007). Para visualizar as regiões hibridizadas com sonda, é preciso associar um corante à sonda e um outro corante ao restante dos cromossomos (BRASILEIRO-VIDAL, GUERRA, 2002, apud BRAMMER, S. P.; IORCZESKI, E. J., 2002).
  • 5. Tiago Fernando Chaves e Leandro Sidinei Nicolau Revista Saúde e Desenvolvimento | vol.4 n.2 | jul/dez 2013 61 COMO SE ORGANIZA O CARIÓTIPO HUMANO Segundo Guerra (1988), a representação do cariótipo pode ser feita na forma de idiograma ou de cariograma. O idiograma é a representação esquemática do cariótipo, utilizando valores médios da posição do centrômero e tamanho de cada cromossomo do conjunto haplóide. Esses valores são obtidos a partir de medições cromossômicas feitas em várias células de um indivíduo ou mesmo de vários indivíduos de uma espécie. O cariograma é construído a partir de uma fotografia ou do desenho detalhado de uma metáfase em que todos os cromossomos estão bem corados e individualizados. Esses cromossomos são recortados e os homólogos são emparelhados e enumerados dentro de uma determinada ordem. (GUERRA, 1988). Os 46 cromossomos humanos formam 23 pares, sendo 22 de autossomos e um par sexual. Os pares de autossomos são numerados de 1 a 22 em ordem decrescente de tamanho e os cromossomos sexuais recebem a notação X e Y. Os pares cromossômicos, incluindo os sexuais, são reunidos em sete grupos designados pelas letras de A até G. (KASAHARA, 2003). Figura 1: Cariótipos masculino (esquerda) e feminino (direita) com os cromossomos numerados e organizados em seus respectivos grupos Fonte: http://criatividadeeciencia.blogspot.com/2011_04_01_archive.html
  • 6. CITOGENÉTICA & CARIOTIPAGEM HUMANA Revista Saúde e Desenvolvimento | vol.4 n.2 | jul/dez 2013 62 VARIAÇÕES CROMOSSÔMICAS As variações cromossômicas (ou cariotípicas) podem ocorrer entre diferentes células do indivíduo, entre indivíduos diferentes da mesma população ou entre populações diferentes da mesma espécie. Esta variação poderá ser, ou não, geneticamente programada. No homem, por exemplo, o número cromossômico varia de 23, nos gametas, para 46 na maioria das células somáticas e 92, 184 ou mais nos hepatócitos. Essa variação faz parte da programação genética da espécie e é encontrada em todos os indivíduos e populações desta espécie. (GUERRA, 1988). Conforme Guerra (1988), as variações não programadas são as mutações cromossômicas que, em relação ao cariótipo normal, podem ser vantajosas, desvantajosas ou neutras. Quando as variações são neutras ou vantajosas, são transmitidas aos descendentes, contribuindo para a variação cariotípica natural das espécies, denominada polimorfismo cromossômico. Contudo, quando ocorrem mutações desvantajosas, estas são rapidamente eliminadas das populações e não tem significado evolutivo. Os distúrbios cromossômicos constituem uma categoria importante de doenças genéticas, respondendo por uma grande proporção significativa dos insucessos reprodutivos, malformações congênitas e retardo mental (GARDNER; SUTHERLAND, 1996). Segundo Thompson e Thompson (2002), as anomalias cromossômicas específicas são responsáveis por mais de 100 síndromes identificáveis, afetando 0,7% dos nascidos vivos, 2% das gestações em mulheres acima dos 35 anos e 50% dos abortos espontâneos do primeiro trimestre. (PEREIRA, 2009). Além disso, estudos de Shaffer e Lupski (2000) indicaram que um em cada 200 nascidos vivos pode ter alguma anormalidade cromossômica, sendo estas responsáveis pela maior causa de retardo mental. Tais alterações podem ser classificadas em numéricas quando correspondem ao aumento ou à perda de um ou mais cromossomos; ou estruturais que, menos comuns que as numéricas, podem afetar a estrutura de um ou mais cromossomos, autossomos ou sexuais, podendo estas alterações serem perceptíveis ao microscópio comum. As numéricas são mais fáceis de ser observadas, mesmo em
  • 7. Tiago Fernando Chaves e Leandro Sidinei Nicolau Revista Saúde e Desenvolvimento | vol.4 n.2 | jul/dez 2013 63 espécies com cromossomos muito pequenos e numerosos, e têm efeito mais drástico para o indivíduo e para a evolução da espécie. (GUERRA, 1988). A alteração numérica mais comum na espécie humana é a trissomia do 21, conhecida popularmente como Síndrome de Down. Esta síndrome foi descrita pela primeira vez por John Langdon Down em 1966, que observou por meio de cariótipo a presença de um cromossomo extra (21), no número de cromossomos total em uma célula (TOBO; KHOURI; MOURÃO, 2009). As principais características clínicas encontradas em seus portadores são perfil achatado, orelhas pequenas e de implantação baixa, pescoço de aparência larga e grossa com pele redundante na nuca; mãos e pés tendem a ser pequenos e grossos, podendo ser observado muitas vezes encurvamento do quinto dígito; língua grande, abdômen saliente e com tecido adiposo abundante (TOBO; KHOURI; MOURÃO, 2009). Além disso, a Síndrome de Down está relacionada a diversas formas de comprometimento imunológico que aumentam a suscetibilidade a infecções, malignidades e doenças autoimunes. (UGAZIO et al., 1990). Por outro lado, uma das alterações cromossômicas estruturais mais comum em nossa espécie é a A Síndrome de Cri-du-chat ou Síndrome do miado de gato. Descrita por Jérôme Jejeune e colaboradores em 1963 (ANTONELI; MURA; SILVA, 2007; LACADENA, 1996; BEIGUELMAN, 1982), esta doença recebeu esse nome por causa do choro característico dos pacientes afetados, o qual lembra o miado dos gatos durante o cio. (BEIGUELMAN, 1982). Na Citogenética a síndrome é caracterizada pela deleção da metade do braço curto do cromossomo 5 (JORDE et al., 2000; LACADENA, 1996). Entre as características clínicas apresentadas pelos recém-nascidos estão tamanho reduzido da cabeça, hipertelorismo ocular (afastamento excessivo dos olhos), implantação baixa das orelhas, queixo pequeno, baixo peso, dificuldade no crescimento e hipotonia muscular, convulsões (BEIGUELMAN, 1982). Os afetados apresentam ainda cardiopatias congênitas em 30% dos casos, membros mal formados, com zinodactilia, zigodactilia e sindactilia. (BORGES-OSÓRIO; ROBINSON, 2001). A maioria dos casos é esporádica (THOMPSON; THOMPSON, 2002) sendo apenas 10 a 20% dos casos de origem hereditária, (ANTONELI; MURA; SILVA, 2007;
  • 8. CITOGENÉTICA & CARIOTIPAGEM HUMANA Revista Saúde e Desenvolvimento | vol.4 n.2 | jul/dez 2013 64 THOMPSON; THOMPSON, 2002). Esta síndrome acomete cerca de 1 a cada 50.000 nativivos, com maior predominância no gênero feminino (2F:1M) (BORGES-OSÓRIO; JORDE et al., 2000). CONCLUSÃO A utilização das técnicas de cariotipagem humana vem contribuindo significativamente para a detecção de alterações cromossômicas, tanto numéricas quanto estruturais, e se mostram como uma ferramenta de interesse não apenas na área da médica, pois além desta, podem ser utilizadas nos processos biotecnológicos do melhoramento de espécies de interesse econômico. É sabido que Ciência e Tecnologia são áreas que andam lado a lado num processo de co-evolução. Este fato é facilmente percebido quando se analisam os avanços registrados nas ferramentas utilizadas para a realização dos estudos envolvendo a análise do cariótipo, pois imagens cromossômicas, cada vez melhores, são obtidas facilitando a identificação de pequenas anomalias estruturais nos cromossomos, fato impossível de ser alcançado no período da Citogenética Clássica.
  • 9. Tiago Fernando Chaves e Leandro Sidinei Nicolau Revista Saúde e Desenvolvimento | vol.4 n.2 | jul/dez 2013 65 REFERÊNCIAS ALBANO, L.M.J. Importância da genética no serviço público: relato da extinção de um setor de genética no município de São Paulo, Brasil. Rev Panam Salud Publica; 2000 7 (1): 29-34. ANDRADES-MIRANDA, J.; MATTEVI, M. S. Técnicas de bandeamentos e coloração cromossômica. Em: MALUF, S. W.; RIEGEL, M. Citogenética humana – Artmed. Porto Alegre, 2011.p:63-69. ANTONELI, R T; MURA, F B; SILVA, L G. A intervenção da terapia ocupacional em uma criança portadora da sindrome de Cri Du Chat (CDC). Unisalesiano. 2007. 5p. Disponível em: Trabalhos aceitos. Unisalesiano. http://www.unisalesiano.edu.br/encontro2007/trabalho/aceitos/CC35262413846.pdf BEIGUELMAN, B. Citogenética Humana. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan; 1982. BORGES-OSÓRIO, M. R; ROBINSON, W. M. Genética Humana. 2ª. Edição. Editora Artmed S.A. Porto Alegre – RS. 2001. 459p. BRAMMER, S. P.; ZANOTTO, M.; CAVERZAN, A. Citogenética vegetal: da era clássica à molecular. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2007. 9p. html. (Embrapa Trigo. Documentos Online, 85). Disponível em: <http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/do/p_do85.htm>. BRASILEIRO-VIDAL, A. N.; GUERRA, M. Citogenética molecular em cereais. In:BRAMMER, S. P.; IORCZESKI, E. J. (Org.). Atualização em técnicas celulares e moleculares aplicadas ao melhoramento genético vegetal. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2002. p. 277-298. GARDNER, R. J. M., SUTHERLAND, G. R. Pregnancy loss and infertility. In: Chromosome abnormalities an genetic counseling. Ed. Oxford University. Press. Oxford, p.311-331., 1996 GUERRA, M. S., Introdução à Citogenética Geral. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 1988.
  • 10. CITOGENÉTICA & CARIOTIPAGEM HUMANA Revista Saúde e Desenvolvimento | vol.4 n.2 | jul/dez 2013 66 JORDE, L. B. Genética médica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000, 297p. KASAHARA, S. Práticas de Citogenética. Rio claro: [s.n.], 2003. 96 f. : il. KEAGLE, M. B.; GERSEN, S. L. The principle of clinical cytogenetics. 2 ed. Totowa, NJ; 2005, p.63-79. LACADENA, J R. Citogenética. 1ª edição. Editora Complutense S.A. Madrid. 1996. 931p. MASCENA, J. R. Estudos citogenéticos realizados no Hospital Universitário da UFSC no período de 2003 a 2008. Trabalho de conclusão de curso. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC. 2009. OLIVEIRA, I. F. de; FERREIRA C. A. de M; SILVA, M. L. da; LIMA L. G. de; CARVALHO, R. de. Observação de cromossomos: ciclo mitótico em vegetais. X Jornada de ensino, pesquisa e extensão. UFRPE. 2010. PEREIRA, T. M.; Frequência das anomalias cromossômicas: Importância para o diagnóstico citogenético. Arq. Ciênc. Saúde. Bauru, 2009; 16(1):13-33. SHAFFER, L. G.; LUPSKI, J. R. Molecular mechanisms for constitucional chromosomal rearrangeaments is humans. Annu. Rev. Genet. 53: 297-329. 2000. SUMNER, A.T. Nucleolar organizers (NORs). In: Cromosome Banding, A.T. Sumner (ed.), Unwin Hyman Ltd., London. 1990. THOMPSON, J S.; THOMPSON, M W. Genética médica – Thompson & Thompson. 6ª edição. Ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro – RJ. 2002. 388p. TOBO, A.; KHOURI, M. E.; MOURÃO , M. A. Diagnóstico da instabilidade atlantoaxial na Síndrome de Down: uma revisão de literatura. Acta Fisiatr 2009; 16(3): 142-145. UGAZIO, A.G.; MACCARIO, R.; NOTARANGELO, L.D.; BURGIO, G.R.. Immunology of Down Syndrome: a review. Am J Med Genet Suppl. 1990;7:204-12.