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A História de Santo Antônio
                                    Fernando nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto de
                                    1191. Seus pais eram de nobre linhagem: Fernando Martins
                                    Afonso de Bulhões e Maria Taveira. Moravam bem de frente
                                    à catedral. Nessa escola episcopal, Fernando recebeu a
                                    instrução cristã e elementar. Adolescente ainda entrou
                                    para o seminário dos Cônegos Regulares de Santo
                                    Agostinho, de onde ele mesmo pediu transferência para
                                    Coimbra (a quase 200 quilômetros de distância) a fim de
                                    continuar seus estudos. com mais sossego, sem a
                                    atrapalhação das contínuas visitas de parentes e amigos
                                    que queriam persuadi-lo a desistir da "sua" vocação.
                                    Fernando era um jovem que sabia o que queria: dedicar-se
                                    de corpo e alma a Deus e aos estudos da Bíblia Sagrada. Na
                                    cidade universitária - Coimbra porém, ele encontrou uma
                                    outra dificuldade no seu desejo de seguir em radicalidade
a Palavra de Deus. Na época, o mosteiro de Santa Cruz, onde morava e estudava, era palco de
intrigas, fuxicos e brigas por bens materiais entre prelados e reis, monges e leigos. Fernando
se empenhou fortemente por estar alheio a toda essa dura, mas triste realidade. Mais do que
nunca, dedicouse a seus estudos escriturísticos e ao seu crescimento espiritual. Um dia
encontrou-se com 5 frades franciscanos. Amor à primeira vista: viu neles todo o Evangelho
vivido na simplicidade, na alegria, na humildade e na generosidade.

                                     Estavam de saída para Marrocos, para pregar a "PAZ" e o
                                     "BEM", como dizia o fundador deles, Francisco de Assis,
                                     ainda vivo, na Itália. Tempos depois, diante das relíquias
                                     dos 5 primeiros mártires franciscanos, Fernando não teve
                                     mais dúvidas: trocou todo aquele aparato clerical cheio de
                                     hipocrisia que ele conhecia pela simplicidade do Evangelho
                                     vivido na fraternidade e no anúncio do Reino de Deus a
                                     povos pagãos. Trocou até o nome. De Fernando passou a
                                     ser chamado Antônio, frei Antônio e, jovem ainda, teve um
                                     só desejo: morrer mártir como aqueles 5 frades e
                                     "merecer, assim, junto com eles, a coroa da glória."
                                     Não havia soado ainda, a hora de Deus! O homem propõe.
                                     Deus dispõe. Uma febre sem tamanho, na África, deixou-o
                                     prostrado meses na cama. Aos poucos também aprende -
                                     com que fadiga! - a seguir o projeto de Deus. Decide voltar
                                     a Portugal, sua terra natal. Qual novo Pentecostes, porém,
                                     os ventos sopram seu navio na direção da Itália e ali ele
começa colocar-se definitivamente nos passos de Deus. Na grande reunião dos frades (3.000)
em Assis, encontra-se com Francisco, com milhares de irmãos que seguiam o mesmo ideal e,
mais tarde, com Clara de Assis... Mudança radical na sua vida, no seu desejo. Antônio não
toma mais ' a iniciativa talvez pela decisão dura e pedagógica de Marrocos -, mas se entrega
incondicionalmente, embora também com certo medo, nas mãos de Deus. Terminada a
grande assembléia, em maio de 1221, escolhe o silêncio: nada mais diz sobre sua preparação,
seus estudos, sua competência. Ninguém o conhece. Ninguém se interessa por ele. "As almas
humildes - escreverá mais tarde com conhecimento de causa -, desconhecidas e felizes por
serem esquecidas, são aquelas que imitam mais perfeitamente a vida escondida de Jesus
de Nazaré" (Sermões). E, assim, a pedido de frei Graciano, ministro provincial da Romanha,
no centro da Itália, lá vai frei Antônio fazer parte de um conventinho eremitério situado no
cimo do Monte Paulo. Como sacerdote, reza missa aos confrades, mas faz outros serviços
necessários à comunidade, como lavar pratos, cuidar da horta, da limpeza, etc.


                                                Dedica-se a longos tempos de oração -
                                                contemplação, jejum e penitência. “Em águas
                                                turvas, escreverá mais tarde, não se vê
                                                espelhado o próprio rosto. Se quiseres que o
                                                rosto de Cristo se espelhe em ti, sai do
                                                barulho das coisas e guarda tranqüila tua
                                                alma "(Sermões).
                                                Finalmente chega a hora de Antônio, que é a
                                                hora de Deus. Na cidade de Forli, durante uma
                                                ordenação sacerdotal, na catedral lotada de
                                                padres, irmãs, freis e fiéis, é convocado pelo
                                                superior a fazer a pregação. Daqueles lábios há
                                                tanto tempo calados surgem, de repente, como
      Basilica de Sto.Antonio em Padua
                                                de uma fonte viva de água cristalina, as
palavras mais comoventes, os exemplos mais convincentes, os estímulos mais penetrantes.
Todos, do bispo ao provincial frei Graciano, dos frades às irmãs, dos padres aos fiéis, todos
ficam admirados pela eloqüência, pela sabedoria e pela profundidade daquele frade até
então desconhecido. Dali para frente, todos chamam a frei Antônio e ele passa a percorrer as
estradas, sobretudo as do norte da Itália e as do sul da França e, nos últimos anos, (1229-
1231), os caminhos de Pádua, anunciando o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Percorrendo as estradas da Europa, frei Antônio percebe a fraqueza do povo na prática da fé,
vítima às vezes das inúmeras heresias e erros da época. Francisco o admira e envia-lhe um
bilhete pedindo que a mesma sabedoria que lhe deu uma profunda experiência de Deus, ele a
transmita a seus confrades.
"A frei Antônio, meu bispo: Saudações! Muito me agrada que tu ensines a sagrada teologia
aos frades, contanto que não se extinga o espírito da santa oração e devoção ao qual tudo
deve estar submisso, conforme está escrito na Regra frei Francisco".



                                                    Coisa admirável, maravilhosa. Antonio
                                                    unia em si a sabedoria e a humildade, a
                                                    cultura e a simplicidade, a oração e a
                                                    caridade. Confrades e povo o "adoravam"
                                                    nesse sentido. Tão alto em sua cultura e
                                                    tão simples no trato com a gente, Doutor
                                                    da Igreja e amigo dos simples e dos
                                                    pobres! E o povo ouve suas palavras.
                                                    Segue seus conselhos. Sente-se
                                                    reconfortado em suas lutas. Crianças são
                                                    por ele abraçadas e abençoadas.
                                                    Mulheres e esposas são defendidas em
                                                    seus direitos. Lares são reunidos pela
                                                    força do amor que ele tão bem sabe
       altar tumulo de Sto.Antonio,em Pádua
                                                    suscitar.
E o povo continua a contar: "a mula se ajoelhou diante da Eucaristia. O coração avarento foi
encontrado no cofre do seu tesouro. Ele curou o pé decepado de um jovem. Ele pregou aos
peixes. Ele defendeu os agricultores diante do terrível Ezzelino da Romano...'
E, assim, passou frei Antônio seus últimos anos, curando e consolando os outros e tendo, para
si, cansaço, doenças e penitência. Após uma intensa atividade de pregações e confissões de
Quaresma em Pádua, retira-se na tranqüilidade da localidade de Camposampiero.

                                              Mas, em junho de 1231, sente as forças
                                              faltarem-lhe completamente. Pede para voltar
                                              a Pádua. Percorre os 20km em carro de boi,
                                              moribundo. Em Arcella, às portas da cidade de
                                              Pádua, num quartinho humilde do convento
                                              das Irmãs Clarissas Franciscanas, exala o
                                              último suspiro, cantando com voz tênue:
                                              "Gloriosa Senhora - sobre as estrelas
                                              exaltada - alimentaste em teu seio Aquele
                                              que te criou". Olhando um ponto fixo,
                                              consegue ainda exclamar: "Estou vendo o meu
                                              Senhor". E morre. Não chegara aos 40 anos.
Onze meses depois, em 30 de maio de 1232, na catedral de Espoleto, Itália, foi proclamado
Santo pelo papa Gregório IX.
Santo Antônio de Pádua, Santo Antônio de Lisboa, Santo Antônio do mundo inteiro!

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A história de santo antônio

  • 1. A História de Santo Antônio Fernando nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto de 1191. Seus pais eram de nobre linhagem: Fernando Martins Afonso de Bulhões e Maria Taveira. Moravam bem de frente à catedral. Nessa escola episcopal, Fernando recebeu a instrução cristã e elementar. Adolescente ainda entrou para o seminário dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, de onde ele mesmo pediu transferência para Coimbra (a quase 200 quilômetros de distância) a fim de continuar seus estudos. com mais sossego, sem a atrapalhação das contínuas visitas de parentes e amigos que queriam persuadi-lo a desistir da "sua" vocação. Fernando era um jovem que sabia o que queria: dedicar-se de corpo e alma a Deus e aos estudos da Bíblia Sagrada. Na cidade universitária - Coimbra porém, ele encontrou uma outra dificuldade no seu desejo de seguir em radicalidade a Palavra de Deus. Na época, o mosteiro de Santa Cruz, onde morava e estudava, era palco de intrigas, fuxicos e brigas por bens materiais entre prelados e reis, monges e leigos. Fernando se empenhou fortemente por estar alheio a toda essa dura, mas triste realidade. Mais do que nunca, dedicouse a seus estudos escriturísticos e ao seu crescimento espiritual. Um dia encontrou-se com 5 frades franciscanos. Amor à primeira vista: viu neles todo o Evangelho vivido na simplicidade, na alegria, na humildade e na generosidade. Estavam de saída para Marrocos, para pregar a "PAZ" e o "BEM", como dizia o fundador deles, Francisco de Assis, ainda vivo, na Itália. Tempos depois, diante das relíquias dos 5 primeiros mártires franciscanos, Fernando não teve mais dúvidas: trocou todo aquele aparato clerical cheio de hipocrisia que ele conhecia pela simplicidade do Evangelho vivido na fraternidade e no anúncio do Reino de Deus a povos pagãos. Trocou até o nome. De Fernando passou a ser chamado Antônio, frei Antônio e, jovem ainda, teve um só desejo: morrer mártir como aqueles 5 frades e "merecer, assim, junto com eles, a coroa da glória." Não havia soado ainda, a hora de Deus! O homem propõe. Deus dispõe. Uma febre sem tamanho, na África, deixou-o prostrado meses na cama. Aos poucos também aprende - com que fadiga! - a seguir o projeto de Deus. Decide voltar a Portugal, sua terra natal. Qual novo Pentecostes, porém, os ventos sopram seu navio na direção da Itália e ali ele começa colocar-se definitivamente nos passos de Deus. Na grande reunião dos frades (3.000) em Assis, encontra-se com Francisco, com milhares de irmãos que seguiam o mesmo ideal e, mais tarde, com Clara de Assis... Mudança radical na sua vida, no seu desejo. Antônio não toma mais ' a iniciativa talvez pela decisão dura e pedagógica de Marrocos -, mas se entrega incondicionalmente, embora também com certo medo, nas mãos de Deus. Terminada a grande assembléia, em maio de 1221, escolhe o silêncio: nada mais diz sobre sua preparação, seus estudos, sua competência. Ninguém o conhece. Ninguém se interessa por ele. "As almas humildes - escreverá mais tarde com conhecimento de causa -, desconhecidas e felizes por serem esquecidas, são aquelas que imitam mais perfeitamente a vida escondida de Jesus de Nazaré" (Sermões). E, assim, a pedido de frei Graciano, ministro provincial da Romanha, no centro da Itália, lá vai frei Antônio fazer parte de um conventinho eremitério situado no
  • 2. cimo do Monte Paulo. Como sacerdote, reza missa aos confrades, mas faz outros serviços necessários à comunidade, como lavar pratos, cuidar da horta, da limpeza, etc. Dedica-se a longos tempos de oração - contemplação, jejum e penitência. “Em águas turvas, escreverá mais tarde, não se vê espelhado o próprio rosto. Se quiseres que o rosto de Cristo se espelhe em ti, sai do barulho das coisas e guarda tranqüila tua alma "(Sermões). Finalmente chega a hora de Antônio, que é a hora de Deus. Na cidade de Forli, durante uma ordenação sacerdotal, na catedral lotada de padres, irmãs, freis e fiéis, é convocado pelo superior a fazer a pregação. Daqueles lábios há tanto tempo calados surgem, de repente, como Basilica de Sto.Antonio em Padua de uma fonte viva de água cristalina, as palavras mais comoventes, os exemplos mais convincentes, os estímulos mais penetrantes. Todos, do bispo ao provincial frei Graciano, dos frades às irmãs, dos padres aos fiéis, todos ficam admirados pela eloqüência, pela sabedoria e pela profundidade daquele frade até então desconhecido. Dali para frente, todos chamam a frei Antônio e ele passa a percorrer as estradas, sobretudo as do norte da Itália e as do sul da França e, nos últimos anos, (1229- 1231), os caminhos de Pádua, anunciando o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Percorrendo as estradas da Europa, frei Antônio percebe a fraqueza do povo na prática da fé, vítima às vezes das inúmeras heresias e erros da época. Francisco o admira e envia-lhe um bilhete pedindo que a mesma sabedoria que lhe deu uma profunda experiência de Deus, ele a transmita a seus confrades. "A frei Antônio, meu bispo: Saudações! Muito me agrada que tu ensines a sagrada teologia aos frades, contanto que não se extinga o espírito da santa oração e devoção ao qual tudo deve estar submisso, conforme está escrito na Regra frei Francisco". Coisa admirável, maravilhosa. Antonio unia em si a sabedoria e a humildade, a cultura e a simplicidade, a oração e a caridade. Confrades e povo o "adoravam" nesse sentido. Tão alto em sua cultura e tão simples no trato com a gente, Doutor da Igreja e amigo dos simples e dos pobres! E o povo ouve suas palavras. Segue seus conselhos. Sente-se reconfortado em suas lutas. Crianças são por ele abraçadas e abençoadas. Mulheres e esposas são defendidas em seus direitos. Lares são reunidos pela força do amor que ele tão bem sabe altar tumulo de Sto.Antonio,em Pádua suscitar. E o povo continua a contar: "a mula se ajoelhou diante da Eucaristia. O coração avarento foi encontrado no cofre do seu tesouro. Ele curou o pé decepado de um jovem. Ele pregou aos peixes. Ele defendeu os agricultores diante do terrível Ezzelino da Romano...'
  • 3. E, assim, passou frei Antônio seus últimos anos, curando e consolando os outros e tendo, para si, cansaço, doenças e penitência. Após uma intensa atividade de pregações e confissões de Quaresma em Pádua, retira-se na tranqüilidade da localidade de Camposampiero. Mas, em junho de 1231, sente as forças faltarem-lhe completamente. Pede para voltar a Pádua. Percorre os 20km em carro de boi, moribundo. Em Arcella, às portas da cidade de Pádua, num quartinho humilde do convento das Irmãs Clarissas Franciscanas, exala o último suspiro, cantando com voz tênue: "Gloriosa Senhora - sobre as estrelas exaltada - alimentaste em teu seio Aquele que te criou". Olhando um ponto fixo, consegue ainda exclamar: "Estou vendo o meu Senhor". E morre. Não chegara aos 40 anos. Onze meses depois, em 30 de maio de 1232, na catedral de Espoleto, Itália, foi proclamado Santo pelo papa Gregório IX. Santo Antônio de Pádua, Santo Antônio de Lisboa, Santo Antônio do mundo inteiro!