2. Integram-se obras cuja divulgação se faz
por via da transmissão oral, por vezes
durante séculos, de geração para
geração, de comunidade para
comunidade, de indivíduo para indivíduo.
3. GÉNEROS PERTENCENTES À LITERATURA ORAL E
TRADICIONAL
• Os contos
• As lendas
• Os mitos
• As fábulas
• Parábolas
• Os romances
tradicionais
• As lengalengas
• Os trava-línguas
• As quadras populares
• As cantigas infantis
• Os provérbios
• As adivinhas
• As anedotas
4. O CONTO POPULAR
Também conhecido como conto tradicional, é
um texto narrativo, geralmente curto.
É criado e enriquecido pela imaginação
popular e procura entreter ou educar o
ouvinte.
A sua origem perdeu-se no tempo. Ninguém
é dono e senhor dos contos populares. Por
isso, cada povo e cada geração contam-nos à
sua maneira, às vezes corrigindo e
acrescentando um ou outro pormenor no
enredo. Daí o provérbio: “Quem conta um
conto acrescenta um ponto”.
5. A LENDA
Narrativa na qual se
misturam realidade e ficção.
A finalidade da história
narrada é apresentar uma
explicação sobre um facto
real (por exemplo o nome
de uma localidade).
Rainha Santa Isabel
6. O MITO
• Um mito é uma narrativa de caráter simbólico,
relacionada a uma dada cultura. O mito
procura explicar a realidade, os fenómenos
naturais, as origens do Mundo e do Homem
por meio de deuses, semideuses e heróis.
• Os acontecimentos históricos podem
transformar-se em mitos, se adquirem uma
determinada carga simbólica para uma dada
cultura.
• Na maioria das vezes, o termo refere-se
especificamente aos relatos das civilizações
antigas que, organizados, constituem uma
mitologia - por exemplo, a mitologia grega e a
mitologia romana.
7. A FÁBULA
Narrativa em prosa ou em verso.
As personagens são geralmente
animais com características
humanas, que mantêm um diálogo.
No final, retira-se uma lição de moral
que resume a história.
Os temas vão desde a vitória da
fraqueza sobre a força, da bondade
sobre a astúcia ou a derrota dos
presunçosos.
8. A PARÁBOLA
História curta que ensina
a verdade ou dá uma lição
de moral.
Muitas vezes, contém um
fundo religioso, por
exemplo, ensinamentos
cristãos.
«Parábola dos sete vimes»
9. Era uma vez um pai que tinha sete filhos. Quando estava para morrer chamou-os todos sete e disse-lhes assim:
– Filhos, já sei que não posso durar muito: mas antes de morrer, quero que cada um de vós me vá buscar um vime seco, e mo traga aqui.
– Eu também? – perguntou o mais pequeno que só tinha quatro anos. O mais velho tinha vinte e cinco, e era um rapaz muito reforçado e o mais
valente da freguesia.
– Tu também – respondeu o pai ao mais pequeno.
Saíram os sete filhos; daí a pouco tornaram a voltar, trazendo cada um o seu vime seco.
O pai pegou no vime que trouxe o filho mais velho, e entregou-o ao mais novinho, dizendo-lhe:
– Parte esse vime.
O pequeno partiu o vime, e não lhe custou nada a partir.
Depois o pai entregou o outro ao mesmo filho mais novo, e disse-lhe:
– Agora parte também esse.
O pequeno partiu-o; e partiu, um a um, todos os outros, que o pai lhe foi entregando, e não lhe custou nada parti-los todos. Partindo o último, o pai
disse outra vez aos filhos:
– Agora ide por outro vime e trazei-mo.
Os filhos tornaram a sair, e daí a pouco estavam outra vez ao pé do pai, cada um com o seu vime.
– Agora dai-mos cá – disse o pai.
E dos vimes todos fez um feixe, atando-os com um vincelho. E voltando-se para o filho mais velho, disse-lhe assim:
– Toma este feixe! Parte-o!
O filho empregou quanta força tinha, mas não foi capaz de partir o feixe.
– Não podes? – perguntou ele ao filho.
– Não, meu pai, não posso.
– E algum de vós é capaz de o partir? Experimentai.
Não foi nenhum capaz de o partir, nem dois juntos, nem três, nem todos juntos.
O pai disse-lhes então:
– Meus filhos, o mais pequenino de vós partiu sem lhe custar nada todos os vimes, enquanto os partiu um por um; e o mais velho de vós não pôde
parti-los todos juntos; nem vós, todos juntos, fostes capazes de partir o feixe. Pois bem, lembrai-vos disto e do que vos vou dizer: enquanto vós
estiverdes unidos, como irmãos que sois, ninguém zombará de vós, nem vos fará mal, ou vencerá. Mas logo que vos separeis, ou reine entre vós
a desunião, facilmente sereis vencidos.
Acabou de dizer isto e morreu – e os filhos foram muito felizes, porque viveram sempre em boa irmandade ajudando-se sempre uns aos outros; e
como não houve forças que os desunissem, também nunca houve forças que os vencessem.
COELHO, Trindade, Os Meus Amores, Biblioteca Ulisseia de Autores Portugueses
10. ROMANCEIROS
• Coleção de romances, isto é, de antigas
narrativas de factos reais, imaginários ou lendas,
em prosa ou em verso, ou de poemas em versos
curtos e simples, baseados em assunto capaz
de comover, próprios para serem cantados.
• Em Portugal, o primeiro romanceiro remonta à
primeira geração romântica, devendo-se a sua
organização a Almeida Garrett (1843).
11. O PROVÉRBIO
Frase da sabedoria
popular que nos dá
conselhos, ensinamentos
ou sugestões.
Não é diretamente
percebido, parecendo um
«código» cujo sentido é
preciso decifrar.
12. A LENGALENGA
Texto oral de origem popular.
Forma de divertimento que, por
vezes, tem uma intenção crítica ou
transmite uma moral.
Tem repetições de palavras e frases
para criar um ritmo
musical e cantante,
facilitando a sua memorização.
Uma lengalenga é para ser dita… e
memorizada.
13. TRAVA-LÍNGUAS
Simples passatempo
com palavras cuja
pronúncia se torna
difícil.
Forma de divertimento
que serve como
exercício de «destrava-
línguas», ou seja, para
pronunciar letras/ sons
corretamente.
14. A ADIVINHA
Frase ou pergunta
enigmática e, em
geral, com graça.
Tem o objetivo de
levar alguém a
encontrar a
solução ou
resposta
adequada.
15. A ANEDOTA
• Uma piada ou anedota é uma breve
história, de final engraçado e às
vezes surpreendente, cujo objetivo é
provocar risos ou gargalhadas em
quem a ouve ou lê. É um recurso
humorístico utilizado na comédia e
também na vida quotidiana.
17. 1. Da tradição oral fazem parte os provérbios, para além das
adivinhas, das quadras populares e dos contos tradicionais.
Verdadeira.
Falsa.
2. Os textos da tradição oral são transmitidos através da escrita.
Verdadeira.
Falsa.
3. Adivinhas, contos populares e provérbios têm sempre um autor que
é identificado.
Verdadeira.
Falsa.
X
4. Uma das funções destes textos é o entretenimento, durante o
convívio entre pessoas de diferentes gerações.
Verdadeira.
Falsa.
X
X
X
18. 5. Trata-se de um repertório muito significativo para um povo, já que
encerra e perpetua um conjunto de ensinamentos morais.
Verdadeira.
Falsa.
6. As crianças e os jovens só começam a contactar com este tipo de
textos quando já sabem ler e escrever.
Verdadeira.
Falsa.
7. A transmissão destes textos dá origem à produção de variantes, pois
cada emissor, tendo sido já um receptor, altera o discurso que ouviu,
acrescentando ou omitindo pormenores.
Verdadeira.
Falsa.
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