O documento discute os impactos ambientais causados pela monocultura da cana-de-açúcar no Nordeste brasileiro, incluindo a degradação do solo, poluição da água e emissão de poluentes atmosféricos. Ele também sugere medidas como reflorestamento, rotação de culturas e criação de reservas biológicas para reduzir esses impactos de forma sustentável.
Prof Demétrio Melo - Agropecuária e Impactos Socioambientais
1º trab de educação ambiental
1. UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS
BIOLÓGICAS - POLO SURUBIM
DISCIPLINA: Educação Ambiental
EQUIPE: Fernanda Vieira B. de Moraes
Josefa Claudinete Silva de Souza
Josivânia Xavier da Silva
Mauricio Marquez
IMPACTOS CAUSADOS PELA CANA DE
AÇÚCAR
Há 500 anos, a paisagem dominante na costa
brasileira era a densa e exuberante Floresta
Atlântica, com árvores gigantescas. Este
ecossistema estendia-se á partir do litoral,
penetrando o continente em direção ao interior por
extensões variadas.
2. Desde os primórdios da colonização portuguesa,
este imenso ecossistema vem sendo destruído,
principalmente devido à exploração desordenada
causada pela retirada indiscriminadamente de
madeira e posteriormente com o cultivo da cana-
de-açúcar. Na época do descobrimento este
ecossistema apresentava uma área que
correspondia a 12% do território nacional e
atualmente encontra-se reduzida a menos de 5% da
cobertura vegetal original (LINO, 1992). Na Zona
da Mata Nordestina, o primeiro local ocupado
pelos colonizadores, a floresta foi completamente
devastada e em seu lugar surgiram extensos
canaviais. A cana-de-açúcar (Saccharum
officinarum) foi a principal atividade econômica
nos séculos XVI e XVII e atualmente ainda é a
principal fonte de renda de algumas cidades.
3. Como em qualquer outra cultura intensiva, decorre
da homogeneização do ambiente, problemas
ambientais, como a contaminação do solo e dos
veios d’água, a degradação ambiental em função
do desmatamento, a poluição do ar causada pela
queima da cana anteriormente ao corte e muitos
outros que, juntamente com estes, precisam ser
analisados cuidadosamente.
Por ser uma planta de crescimento rápido, a cana-
de-açúcar acaba exigindo muito do solo, causando
o empobrecimento deste. Outra questão que pode
também ser mencionada é a utilização intensiva do
sistema de irrigação, o que provoca uma relativa
pressão sobre os recursos hídricos locais,
provocando em algumas situações degradação das
nascentes e diminuição do volume d’água.
Além das situações mencionadas, deve-se levar em
conta também, a questão do uso de agrotóxicos
4. para o cultivo; o que consequentemente exige um
manejo extremamente monitorado para não
provocar prejuízos para o solo, e poluição das
águas na medida em que resíduos destes
agrotóxicos sejam carreados para dentro dos cursos
d’água.
Assim, buscamos diagnosticar os impactos
ambientais causados pela monocultura canavieira,
bem como indicar algumas medidas que poderiam
reduzir os danos causados por esse tipo de cultura.
Podemos perceber que qualquer monocultura
extensiva pode mudar de maneira significativa a
região, mas é possível reduzir esses impactos se
forem adotadas técnicas de desenvolvimento
sustentável, como a preservação do meio,
reflorestamento de margens de rios, criação de
reservas biológicas em áreas consideradas
inadequadas para cultivo de cana-de-açúcar e
5. rotação de cultura, o que seria o indicado para se
evitar o empobrecimento do solo.
Em resumo, a sociedade deve se atentar mais para
o que vem acontecendo à sua volta, de modo a
tomar iniciativas no tocante à implementação das
medidas acima mencionadas. Somente assim será
possível reduzir os impactos causados pelo cultivo
extensivo da cana-de-açúcar.