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                                  Neoplasia

1. Conceito:

As neoplasias podem ser conceituadas como:

"Proliferações locais de clones celulares cuja reprodução foge ao controle normal, e
que tendem para um tipo de crescimento autônomo e progressivo, e para a perda de
diferenciação."

O conceito indica bem a origem da palavra "neoplasia": "neo” = novo; "plasia" =
formação. O crescimento autônomo de uma população celular, bem como a liberdade
de diferenciação (a perda da diferenciação pode ser entendida como uma ação que a
célula adquire de se especializar segundo novas regras, interpretada por nós como
sendo uma perda da diferenciação normal) indica que há um novo tecido se formando
no local. Alguns autores chamam a neoplasia de "tumor", a despeito de esse termo se
referir a qualquer aumento de volume não necessariamente neoplásico. Trata-se de
uma convenção cuja adoção e proposta devem ser sempre esclarecidos pelo grupo
que a adota.

2. Etiologia:

Os agentes causadores das neoplasias ainda constituem um mistério. Devido à
complexidade de alterações celulares presentes, ainda não se conseguiu isolar o
agente agressor. De qualquer forma, estes foram agrupados como se segue, tendo
uma participação no mecanismo neoplásico ainda não muito bem definido.

As pesquisas envolvendo a etiologias das neoplasias abordam uma possível origem a
partir da alteração direta do DNA. Isso implica que o agente agressor foi de tal ordem
que suplantou os mecanismos de reparação do DNA naturalmente disponíveis.
Acredita-se hoje que, para uma célula se tornar neoplásica, são necessárias inúmeras
mutações, ou seja, várias modificações no código genético em intervalos de tempo
distintos para que a célula adquira fenótipo neoplásico. Vale dizer que uma célula
normalmente sofre mutações no decorrer do seu ciclo (segundo Guidugli-Neto (1997),
cerca de 1000000 mutações ocorrem no ciclo normal celular, devido à imperfeição do
nosso sistema de reparo do DNA).

Em termos genéticos, os genes alterados e ditos promotores das neoplasias são
denominados de oncogenes. Esses oncogenes podem ter seu alelo ativo ou inativo
(nesse último caso, conhecido como "proto-oncogene); produzem grande quantidade
de proteínas, as quais já bem conhecidas e pesquisadas. Essas proteínas podem
servir futuramente como fonte de diagnóstico precoce neoplasia, por intermédio de sua
detecção (utilizando sistemas de marcação protéica de rastreamento genético) já nos
primeiros momentos da formação da célula neoplásica.

Outro mecanismo de origem das neoplasias envolveria os agentes epigenéticos, ou
seja, que causariam alterações na expressão do DNA, mas não diretamente em sua
estrutura. Uns exemplos são alguns agentes químicos que promovem a carcinogênese
(origem do câncer) não por lesão direta da estrutura do DNA, mas provavelmente por
selecionarem e facilitarem a viabilidade de alguns elementos celulares já mutados.

Didaticamente, os agentes neoplásicos podem ser divididos em:

                                              2.1 Agentes químicos - compreendem
                                              substâncias tóxicas e não-tóxicas. Ex.:
                                              tetracloreto de carbono, álcool,
                                              medicamentos, detergentes, fenóis etc.

                                              a) corantes: as anilinas, por exemplo,
                                              têm sido relacionadas ao
                                              desenvolvimento de cânceres no trato
                                              urinário.

                                           b) fumo: a queima do tabaco também
pode ser um agente promotor de transformação maligna.



     Carcinoma epidermóide em boca. Dentre as neoplasias malignas em boca, o
 carcinoma epidermóide é o mais freqüente, sendo bastante prevalente na população
brasileira. Sua presença atualmente tem sido correlacionada a hábitos de uso de fumo
                                      e álcool.



2.2 Agentes biológicos - Ex.: infecções viróticas, bacterianas ou micóticas, parasitas
etc.

a) virais: o DNA - vírus incorpora-se ao genoma humano ou participa diretamente dos
mecanismos de multiplicação celular, incluindo suas proteínas nesse processo. Os
RNA - vírus, ao contrário, copiam seqüências genéticas humanas e passam a interferir
diretamente nos mecanismos celulares. Acredita-se hoje que muitos vírus participem
dos processos neoplásicos haja visto sua interferência no genoma humano. Os mais
estudados são o HPV (papiloma vírus humano), como possível causador de
carcinomas de colo uterino, e o citomegalovírus, como causador de linfomas.

b) bacterianos: ainda não se conhece bem a participação de bactérias no mecanismo
de formação neoplásica (alguns autores nem acreditam que tenha participação);
contudo, têm sido fonte também de pesquisas.

                                Lesão branca em mucosa de rebordo alveolar. Essa
                                lesão é clinicamente denominada de "leucoplasia"
                                (leuco = branco; plasia = formação). Acredita-se que
                                essas lesões tenham alto potencial de transformação
                                maligna, originando neoplasias malignas. A origem
                                deste tipo de leucoplasia (denominado de
                                "leucoplasia pilosa") é possivelmente viral.



2.3 Agentes físicos - Ex.: ação mecânica, temperatura, radiação, efeitos magnéticos;
a) energia radiante: representadas pela radiação ultravioleta e pelo raio X. Provocaram
danos diretos à estrutura do DNA.

b) energia térmica: principalmente exposições constantes ao calor ou queimaduras,
envolvendo principalmente lesões em pele. A constante exposição ao calor implica um
alto grau de renovação celular, principalmente do epitélio cutâneo, o que faz com que
a célula se multiplique constantemente, aumentando a probabilidade de mutações.
Carcinoma epidermóide (neoplasia maligna epitelial) em lábio inferior é muito comum
em países tropicais, acredita-se devido à grande exposição sol e à fragilidade do
revestimento cutâneo e mucoso dessa região labial.



3.0 Classificações das neoplasias

Existe a CLASSIFICAÇÃO HISTOGENÉTICA das neoplasias, que tem como critério o
tecido de origem.

Epiteliais:

a) do epitélio de revestimento: as benignas são denominadas "papilomas" e as
malignas, "carcinomas";

b) do epitélio glandular: as benignas são denominadas "adenomas" e as malignas,
"adenocarcinomas".


Tecido epitelial              Benignas                     Malignas


Epitélio de revestimento      Papilomas                    Carcinomas


Epitélio glandular            Adenomas                     Adenocarcinomas




Mesenquimais:

a) não-hematopoiéticas: incluem todas as células mesenquimais não derivadas do
tecido hematopoiético (sangüíneo). As benignas recebem o nome segundo o tecido de
origem seguido do sufixo "oma"; as malignas recebem a terminação "sarcoma".

b) hematopoiéticas: incluem as células que são exportadas para o sangue
(principalmente com relação aos glóbulos brancos). A grande maioria tem
comportamento maligno; quando há formação de massas distinguíveis, chamamos de
"linfoma", "plasmocitoma" etc.; quando há exportação de células tumorais da medula
diretamente para o sangue, dizemos "leucemia".
Tecido mesenquimal            Benignas                    Malignas


Não-hematopoiéticas          Recebem o nome              As malignas recebem a
                            segundo o tecido de          terminação "sarcoma
                            origem seguido do sufixo
                            "oma"

Hematopoiéticas:             Minoria                      Maioria


A classificação prognóstica aparece sempre acompanhada da histogenética. Às vezes,
não é possível estabelecer a origem da célula, tal é o grau de desdiferenciação que
ela apresenta. Em outros casos, ainda, o estabelecimento da classificação prognóstica
também é dificultoso, dada a complexidade de critérios de benignidade e malignidade,
os quais variam de tecido para tecido.

4.0 Classificações quanto ao comportamento biológico:

Existem critérios de classificação para as neoplasias conforme os padrões de
comportamento destas (se agressivas ou não). Esses critérios dizem respeito À
CLASSIFICAÇÃO PROGNÓSTICA, pela qual, basicamente, as neoplasias podem ser
divididas em BENIGNAS ou MALIGNAS. Dentro dessa classificação, esses dois tipos
possuem características macroscópicas e microscópicas peculiares:

Características anatômicas macroscópicas:

               Critérios               Neoplasias benignas     Neoplasias malignas
     Velocidade de crescimento                 Lenta                  Rápida
       Forma de crescimento                 Expansiva          Expansiva e infiltrativa
Crescimento à distância (metástases)         Ausente                 Presente




                                                  À direita vemos uma neoplasia
                                                  benigna (fibroma em útero), em que
                                                  se nota aumento de volume do órgão
                                                  como um todo (crescimento
                                                  expansivo), sem alteração de
superfície; a coloração está meio alterada (mais esbranquiçada, em decorrência do
acúmulo de fibras colágenas). À esquerda vemos um carcinoma em fígado, uma
neoplasia maligna. Olhe como é irregular a distribuição do tecido neoplásico
(mapeamento), parecendo infiltrar-se no tecido hepático (crescimento infiltrativo e
expansivo). A superfície é mais rugosa e também há alteração de cor.



Características anatômicas microscópicas:

Os tumores benignos apresentam suas células semelhantes às do tecido de origem.
Seus núcleos não estão alterados, ou seja, a célula neoplásica é indistinguível da
normal. Porém, há formação de um arranjo tecidual diferente que segue os padrões de
 formação citados anteriormente.



                                                 Neoplasia benigna de tecido nervoso
                                                 periférico (HE, 400X). As células são
                                                    bastante semelhantes entre si e
                                                     também em relação às células
                                                  nervosas normais. Surge somente
                                                   um padrão tecidual diferente, uma
                                                  distribuição e disposição novas das
                                                                 células.




 As neoplasias malignas apresentam células com núcleos alterados: há irregularidades
 na forma, tamanho e número; podem surgir mitoses atípicas, hipercromasia nuclear
 (=grande quantidade de cromatina), pleomorfismo (variados tamanhos e formas de
 núcleo e da célula como um todo) etc. O citoplasma dessas células pode ter a relação
 núcleo/citoplasma alterada. Essas características microscópicas são consideradas
 índices de atipia.



                                                Neoplasia maligna epitelial, exibindo
                                                hipercromatismo (setas), células de
                                                    tamanhos e formas variados
                                                  (pleomorfismo), vacuolização no
                                                 citoplasma e alteração da relação
                                              núcleo-citoplasma. Mitose atípica é vista
                                                        no centro do campo.




 Diferenciando um tumor benigno de um maligno

                             Benigno                         Maligno
Tamanho                      Pequeno (< 6 mm)               Grande (> 6 mm)
Crescimento                  Lento                          Rápido
Ulceração                    Não                            Sim
Sangramento                  Não                            Sim
Infiltração                  Não                            Sim
Delimitação                  Bem delimitado                 Mal delimitado
Lesão satélite               Não                            Sim
Simetria                     Simétrico                      Assimétrico
Bordas                          Regulares             Irregulares
Cor                             Uma cor/ tonalidade   Diferentes tipos de cores
Prudido (coceira)               Não                   Sim
Inflamação                      Não                   Sim

 Em relação ao tamanho:




 Em relação às bordas:




 Em relação à lesão satélite:




 Em relação à cor:
Em relação à inflamação:




Em relação ao sangramento:




Em relação à simetria:




Em relação à ulceração:
5. Cascata metastática

A metástase produz-se através de uma série complexa de passos, a cascata
metastática, em que as células cancerosas abandonam o lugar original do tumor e
emigram a outras partes do corpo através da circulação sanguínea ou linfática. A
cascata metastática, iniciam-se com a ruptura de limite naturais do tecido, a lamina
basal, em caso de epiteliomas, mediante um processo de invasão da matriz
extracelular. A invasão segue a intravasão, fenómeno pelo que a célula tumoral se
introduz em um copo sanguíneo ou linfático e procede a sua circulação pelo
organismo. Processos inflamatorios e de restrição de elasticidade determinam a
detenção da célula tumoral em um capilar. Depois de sua detenção a célula tumoral
procede a sua extravasão à matriz conectiva perivascular, para proliferar em seu novo
assentamento e formar uma metástase. Para invadir a matriz extracelular, as células
malignas separam-se do tumor primário unem-se e degradam as proteínas da matriz
extracelular circundante, que separa o tumor de tecido colindante. Degradando estas
proteínas, as células neoplásicas podem mover-se pela matriz extracelular e escapar
de seus limites naturais estabelecidos durante o desenvolvimento embrionário.
Quando os cancros de cabeça e pescoço metastatiza, viajam comumente através do
sistema linfático aos ganglios linfáticos do pescoço. A investigação das condições
necessárias para a metástase do cancro têm descoberto que um dos acontecimentos
críticos requeridos para o crescimento dos tumores e a produção de suas metástases
é o desenvolvimento de uma nova rede dos copos sanguíneos. Este processo de
formar novos copos sanguíneos chama-se angiogénesis.

A angiogénesis do tumor é a proliferacão de uma rede de copos sanguíneos que
penetra no tumor, lhe proporciona nutrientes, oxigénio e lhe retira os residuos. A
angiogénesis tumoral pode estar favorecida pelas próprias células cancerosas,
capazes de produzir moléculas que enviam sinais ao tecido normal circundante. Estes
sinais ativam certo gene no tecido hóspede que responde com a síntese de proteínas
que estimulam o crescimento de novos copos sanguíneos.

A cascata metastática pode ser dividida em duas partes:

   •   Invasão da matriz
   •   Disseminação vascular e implantação das células tumorais
Obs: Fiz uns slides que estou
mandando junto com a pesquisa
sobre neoplasia, coloquei pontos
importantes que não citei nesse
documento porque não fazia parte
dos dados pedidos. Achei
interessante alguns assuntos
relacionados à neoplasia e
gostaria que a professora
aceitasse como complemento de
trabalho mais específico e
detalhado para ajuda de nota.
Obrigada.

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Neoplasia - conceito e classificações

  • 1. Fernanda Menegatti Kokol R.A 9000498 - Farmácia 3ºA Neoplasia 1. Conceito: As neoplasias podem ser conceituadas como: "Proliferações locais de clones celulares cuja reprodução foge ao controle normal, e que tendem para um tipo de crescimento autônomo e progressivo, e para a perda de diferenciação." O conceito indica bem a origem da palavra "neoplasia": "neo” = novo; "plasia" = formação. O crescimento autônomo de uma população celular, bem como a liberdade de diferenciação (a perda da diferenciação pode ser entendida como uma ação que a célula adquire de se especializar segundo novas regras, interpretada por nós como sendo uma perda da diferenciação normal) indica que há um novo tecido se formando no local. Alguns autores chamam a neoplasia de "tumor", a despeito de esse termo se referir a qualquer aumento de volume não necessariamente neoplásico. Trata-se de uma convenção cuja adoção e proposta devem ser sempre esclarecidos pelo grupo que a adota. 2. Etiologia: Os agentes causadores das neoplasias ainda constituem um mistério. Devido à complexidade de alterações celulares presentes, ainda não se conseguiu isolar o agente agressor. De qualquer forma, estes foram agrupados como se segue, tendo uma participação no mecanismo neoplásico ainda não muito bem definido. As pesquisas envolvendo a etiologias das neoplasias abordam uma possível origem a partir da alteração direta do DNA. Isso implica que o agente agressor foi de tal ordem que suplantou os mecanismos de reparação do DNA naturalmente disponíveis. Acredita-se hoje que, para uma célula se tornar neoplásica, são necessárias inúmeras mutações, ou seja, várias modificações no código genético em intervalos de tempo distintos para que a célula adquira fenótipo neoplásico. Vale dizer que uma célula normalmente sofre mutações no decorrer do seu ciclo (segundo Guidugli-Neto (1997), cerca de 1000000 mutações ocorrem no ciclo normal celular, devido à imperfeição do nosso sistema de reparo do DNA). Em termos genéticos, os genes alterados e ditos promotores das neoplasias são denominados de oncogenes. Esses oncogenes podem ter seu alelo ativo ou inativo (nesse último caso, conhecido como "proto-oncogene); produzem grande quantidade de proteínas, as quais já bem conhecidas e pesquisadas. Essas proteínas podem servir futuramente como fonte de diagnóstico precoce neoplasia, por intermédio de sua detecção (utilizando sistemas de marcação protéica de rastreamento genético) já nos primeiros momentos da formação da célula neoplásica. Outro mecanismo de origem das neoplasias envolveria os agentes epigenéticos, ou seja, que causariam alterações na expressão do DNA, mas não diretamente em sua estrutura. Uns exemplos são alguns agentes químicos que promovem a carcinogênese
  • 2. (origem do câncer) não por lesão direta da estrutura do DNA, mas provavelmente por selecionarem e facilitarem a viabilidade de alguns elementos celulares já mutados. Didaticamente, os agentes neoplásicos podem ser divididos em: 2.1 Agentes químicos - compreendem substâncias tóxicas e não-tóxicas. Ex.: tetracloreto de carbono, álcool, medicamentos, detergentes, fenóis etc. a) corantes: as anilinas, por exemplo, têm sido relacionadas ao desenvolvimento de cânceres no trato urinário. b) fumo: a queima do tabaco também pode ser um agente promotor de transformação maligna. Carcinoma epidermóide em boca. Dentre as neoplasias malignas em boca, o carcinoma epidermóide é o mais freqüente, sendo bastante prevalente na população brasileira. Sua presença atualmente tem sido correlacionada a hábitos de uso de fumo e álcool. 2.2 Agentes biológicos - Ex.: infecções viróticas, bacterianas ou micóticas, parasitas etc. a) virais: o DNA - vírus incorpora-se ao genoma humano ou participa diretamente dos mecanismos de multiplicação celular, incluindo suas proteínas nesse processo. Os RNA - vírus, ao contrário, copiam seqüências genéticas humanas e passam a interferir diretamente nos mecanismos celulares. Acredita-se hoje que muitos vírus participem dos processos neoplásicos haja visto sua interferência no genoma humano. Os mais estudados são o HPV (papiloma vírus humano), como possível causador de carcinomas de colo uterino, e o citomegalovírus, como causador de linfomas. b) bacterianos: ainda não se conhece bem a participação de bactérias no mecanismo de formação neoplásica (alguns autores nem acreditam que tenha participação); contudo, têm sido fonte também de pesquisas. Lesão branca em mucosa de rebordo alveolar. Essa lesão é clinicamente denominada de "leucoplasia" (leuco = branco; plasia = formação). Acredita-se que essas lesões tenham alto potencial de transformação maligna, originando neoplasias malignas. A origem deste tipo de leucoplasia (denominado de "leucoplasia pilosa") é possivelmente viral. 2.3 Agentes físicos - Ex.: ação mecânica, temperatura, radiação, efeitos magnéticos;
  • 3. a) energia radiante: representadas pela radiação ultravioleta e pelo raio X. Provocaram danos diretos à estrutura do DNA. b) energia térmica: principalmente exposições constantes ao calor ou queimaduras, envolvendo principalmente lesões em pele. A constante exposição ao calor implica um alto grau de renovação celular, principalmente do epitélio cutâneo, o que faz com que a célula se multiplique constantemente, aumentando a probabilidade de mutações. Carcinoma epidermóide (neoplasia maligna epitelial) em lábio inferior é muito comum em países tropicais, acredita-se devido à grande exposição sol e à fragilidade do revestimento cutâneo e mucoso dessa região labial. 3.0 Classificações das neoplasias Existe a CLASSIFICAÇÃO HISTOGENÉTICA das neoplasias, que tem como critério o tecido de origem. Epiteliais: a) do epitélio de revestimento: as benignas são denominadas "papilomas" e as malignas, "carcinomas"; b) do epitélio glandular: as benignas são denominadas "adenomas" e as malignas, "adenocarcinomas". Tecido epitelial Benignas Malignas Epitélio de revestimento Papilomas Carcinomas Epitélio glandular Adenomas Adenocarcinomas Mesenquimais: a) não-hematopoiéticas: incluem todas as células mesenquimais não derivadas do tecido hematopoiético (sangüíneo). As benignas recebem o nome segundo o tecido de origem seguido do sufixo "oma"; as malignas recebem a terminação "sarcoma". b) hematopoiéticas: incluem as células que são exportadas para o sangue (principalmente com relação aos glóbulos brancos). A grande maioria tem comportamento maligno; quando há formação de massas distinguíveis, chamamos de "linfoma", "plasmocitoma" etc.; quando há exportação de células tumorais da medula diretamente para o sangue, dizemos "leucemia".
  • 4. Tecido mesenquimal Benignas Malignas Não-hematopoiéticas Recebem o nome As malignas recebem a segundo o tecido de terminação "sarcoma origem seguido do sufixo "oma" Hematopoiéticas: Minoria Maioria A classificação prognóstica aparece sempre acompanhada da histogenética. Às vezes, não é possível estabelecer a origem da célula, tal é o grau de desdiferenciação que ela apresenta. Em outros casos, ainda, o estabelecimento da classificação prognóstica também é dificultoso, dada a complexidade de critérios de benignidade e malignidade, os quais variam de tecido para tecido. 4.0 Classificações quanto ao comportamento biológico: Existem critérios de classificação para as neoplasias conforme os padrões de comportamento destas (se agressivas ou não). Esses critérios dizem respeito À CLASSIFICAÇÃO PROGNÓSTICA, pela qual, basicamente, as neoplasias podem ser divididas em BENIGNAS ou MALIGNAS. Dentro dessa classificação, esses dois tipos possuem características macroscópicas e microscópicas peculiares: Características anatômicas macroscópicas: Critérios Neoplasias benignas Neoplasias malignas Velocidade de crescimento Lenta Rápida Forma de crescimento Expansiva Expansiva e infiltrativa Crescimento à distância (metástases) Ausente Presente À direita vemos uma neoplasia benigna (fibroma em útero), em que se nota aumento de volume do órgão como um todo (crescimento expansivo), sem alteração de superfície; a coloração está meio alterada (mais esbranquiçada, em decorrência do acúmulo de fibras colágenas). À esquerda vemos um carcinoma em fígado, uma neoplasia maligna. Olhe como é irregular a distribuição do tecido neoplásico (mapeamento), parecendo infiltrar-se no tecido hepático (crescimento infiltrativo e expansivo). A superfície é mais rugosa e também há alteração de cor. Características anatômicas microscópicas: Os tumores benignos apresentam suas células semelhantes às do tecido de origem. Seus núcleos não estão alterados, ou seja, a célula neoplásica é indistinguível da
  • 5. normal. Porém, há formação de um arranjo tecidual diferente que segue os padrões de formação citados anteriormente. Neoplasia benigna de tecido nervoso periférico (HE, 400X). As células são bastante semelhantes entre si e também em relação às células nervosas normais. Surge somente um padrão tecidual diferente, uma distribuição e disposição novas das células. As neoplasias malignas apresentam células com núcleos alterados: há irregularidades na forma, tamanho e número; podem surgir mitoses atípicas, hipercromasia nuclear (=grande quantidade de cromatina), pleomorfismo (variados tamanhos e formas de núcleo e da célula como um todo) etc. O citoplasma dessas células pode ter a relação núcleo/citoplasma alterada. Essas características microscópicas são consideradas índices de atipia. Neoplasia maligna epitelial, exibindo hipercromatismo (setas), células de tamanhos e formas variados (pleomorfismo), vacuolização no citoplasma e alteração da relação núcleo-citoplasma. Mitose atípica é vista no centro do campo. Diferenciando um tumor benigno de um maligno Benigno Maligno Tamanho Pequeno (< 6 mm) Grande (> 6 mm) Crescimento Lento Rápido Ulceração Não Sim Sangramento Não Sim Infiltração Não Sim Delimitação Bem delimitado Mal delimitado Lesão satélite Não Sim Simetria Simétrico Assimétrico
  • 6. Bordas Regulares Irregulares Cor Uma cor/ tonalidade Diferentes tipos de cores Prudido (coceira) Não Sim Inflamação Não Sim Em relação ao tamanho: Em relação às bordas: Em relação à lesão satélite: Em relação à cor:
  • 7. Em relação à inflamação: Em relação ao sangramento: Em relação à simetria: Em relação à ulceração:
  • 8. 5. Cascata metastática A metástase produz-se através de uma série complexa de passos, a cascata metastática, em que as células cancerosas abandonam o lugar original do tumor e emigram a outras partes do corpo através da circulação sanguínea ou linfática. A cascata metastática, iniciam-se com a ruptura de limite naturais do tecido, a lamina basal, em caso de epiteliomas, mediante um processo de invasão da matriz extracelular. A invasão segue a intravasão, fenómeno pelo que a célula tumoral se introduz em um copo sanguíneo ou linfático e procede a sua circulação pelo organismo. Processos inflamatorios e de restrição de elasticidade determinam a detenção da célula tumoral em um capilar. Depois de sua detenção a célula tumoral procede a sua extravasão à matriz conectiva perivascular, para proliferar em seu novo assentamento e formar uma metástase. Para invadir a matriz extracelular, as células malignas separam-se do tumor primário unem-se e degradam as proteínas da matriz extracelular circundante, que separa o tumor de tecido colindante. Degradando estas proteínas, as células neoplásicas podem mover-se pela matriz extracelular e escapar de seus limites naturais estabelecidos durante o desenvolvimento embrionário. Quando os cancros de cabeça e pescoço metastatiza, viajam comumente através do sistema linfático aos ganglios linfáticos do pescoço. A investigação das condições necessárias para a metástase do cancro têm descoberto que um dos acontecimentos críticos requeridos para o crescimento dos tumores e a produção de suas metástases é o desenvolvimento de uma nova rede dos copos sanguíneos. Este processo de formar novos copos sanguíneos chama-se angiogénesis. A angiogénesis do tumor é a proliferacão de uma rede de copos sanguíneos que penetra no tumor, lhe proporciona nutrientes, oxigénio e lhe retira os residuos. A angiogénesis tumoral pode estar favorecida pelas próprias células cancerosas, capazes de produzir moléculas que enviam sinais ao tecido normal circundante. Estes sinais ativam certo gene no tecido hóspede que responde com a síntese de proteínas que estimulam o crescimento de novos copos sanguíneos. A cascata metastática pode ser dividida em duas partes: • Invasão da matriz • Disseminação vascular e implantação das células tumorais
  • 9. Obs: Fiz uns slides que estou mandando junto com a pesquisa sobre neoplasia, coloquei pontos importantes que não citei nesse documento porque não fazia parte dos dados pedidos. Achei interessante alguns assuntos relacionados à neoplasia e gostaria que a professora aceitasse como complemento de trabalho mais específico e detalhado para ajuda de nota. Obrigada.