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O acolhimento como postura e prática nas ações de atenção e gestão
favorece uma relação de confiança e compromisso entre equipes e serviços. A
palavra “acolher”, em seus vários sentidos, expressa “dar acolhida, admitir,
aceitar, dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber, atender, admitir”
(FERREIRA, 1975). O acolhimento como ato ou efeito de acolher expressa
uma ação de aproximação, um “estar com” e “perto de”, ou seja, uma atitude
de inclusão, de estar em relação com algo ou alguém. É exatamente no sentido
da ação de “estar com” ou “próximo de” que queremos afirmar o acolhimento
como uma das diretrizes de maior relevância política, ética e estética da
Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. O
acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma postura ética; não
pressupõe hora ou profissional específico para fazê-lo, mas o
compartilhamento de saberes, angústias e invenções.
EIXO VERMELHO: Este eixo está relacionado à clínica do paciente
grave, com risco de morte, sendo composto por um agrupamento de três áreas
principais: a área vermelha, a área amarela e a área verde. a) Área Vermelha:
é nesta área que está a sala de emergência, para atendimento imediato dos
pacientes com risco de morte, e a sala de procedimentos especiais invasivos;
Área Amarela: composta por uma sala de retaguarda para pacientes já
estabilizados, porém que ainda requerem cuidados especiais (pacientes
críticos ou semicríticos). Hoje, na maioria das vezes, esses pacientes
permanecem na sala vermelha, criando dificuldades para o atendimento dos
pacientes que chegam com risco de morte, assim como situações muito
desagradáveis para os pacientes já estabilizados;
Área Verde: composta pelas salas de observação, que devem ser
divididas por sexo (feminino e masculino) e idade (crianças e adultos), a
depender da demanda. Nas salas amarela e verde, além da adequação dos
espaços e dos mobiliários a uma funcionalidade que facilite o processo de
trabalho, é importante que se considere questões relativas a som, cheiro, cor,
iluminação, etc., uma vez que o tempo de permanência do paciente nestas
áreas é mais prolongado que na área vermelha.
Lembremos, então, de uma diretriz importante para essas áreas: criar
espaços que favoreçam o direito ao acompanhante e a visita. É importante que
usuários e visitantes não sejam recebidos por um portão gradeado e com
horários de visita rígidos e restritos, mas que existam para eles recepção,
lugares de espera e ambientes de escuta, para que possam aguardar com
conforto e receber informações sobre o estado clínico dos pacientes quando
não for possível a presença deles junto ao leito. São também importantes
espaços onde os pacientes possam receber visitas fora do leito e ter momentos
de conversa que sejam diferentes daqueles que têm para falar com os médicos
e demais profissionais responsáveis.
EIXO AZUL: é o eixo dos pacientes aparentemente nãograves. O
arranjo do espaço deve favorecer o acolhimento do cidadão e a classificação
do grau de risco. Esse eixo é composto por ao menos três planos de
atendimento, sendo importante que tenha fluxos claros, informação e
sinalização.
Plano 1: espaços para acolhimento, espera, recepção, classificação do
risco e atendimento administrativo. A diretriz principal, neste plano, é acolher, o
que pressupõe a criação de espaços de encontros entre os sujeitos.
Plano 2: área de atendimento médico, lugar onde os consultórios
devem ser planejados de modo a possibilitar a presença do acompanhante e a
individualidade do paciente.
Plano 3: áreas de procedimentos médicos e de enfermagem (curativo,
sutura, medicação, nebulização). É importante que as áreas de procedimentos
estejam localizadas próximas aos consultórios, ao serviço de imagem e que
favoreçam o trabalho em equipe.
O protocolo de classificação de risco é uma ferramenta útil e
necessária, porém não suficiente, uma vez que não pretende capturar os
aspectos subjetivos, afetivos, sociais, culturais, cuja compreensão é
fundamental para uma efetiva avaliação do risco e da vulnerabilidade de cada
pessoa que procura o serviço de urgência. O protocolo não substitui a
interação, o diálogo, a escuta, o respeito, enfim, o acolhimento do cidadão e de
sua queixa para a avaliação do seu potencial de agravamento.
A construção de um protocolo de classificação de risco a partir
daqueles existentes e disponíveis nos textos bibliográficos, porém adaptado ao
perfil de cada serviço e ao contexto de sua inserção na rede de saúde, é uma
oportunidade de facilitação da interação entre a equipe multiprofissional e de
valorização dos trabalhadores da urgência. É também importante que serviços
de uma mesma região desenvolvam critérios de classificação semelhantes,
buscando facilitar o mapeamento e a construção das redes locais de
atendimento.
Bibliografia:
Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde Política Nacional de Humanização
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Urgência; Série B. Textos Básicos de Saúde

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Classificacao de risco

  • 1. O acolhimento como postura e prática nas ações de atenção e gestão favorece uma relação de confiança e compromisso entre equipes e serviços. A palavra “acolher”, em seus vários sentidos, expressa “dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber, atender, admitir” (FERREIRA, 1975). O acolhimento como ato ou efeito de acolher expressa uma ação de aproximação, um “estar com” e “perto de”, ou seja, uma atitude de inclusão, de estar em relação com algo ou alguém. É exatamente no sentido da ação de “estar com” ou “próximo de” que queremos afirmar o acolhimento como uma das diretrizes de maior relevância política, ética e estética da Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. O acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma postura ética; não pressupõe hora ou profissional específico para fazê-lo, mas o compartilhamento de saberes, angústias e invenções. EIXO VERMELHO: Este eixo está relacionado à clínica do paciente grave, com risco de morte, sendo composto por um agrupamento de três áreas principais: a área vermelha, a área amarela e a área verde. a) Área Vermelha: é nesta área que está a sala de emergência, para atendimento imediato dos pacientes com risco de morte, e a sala de procedimentos especiais invasivos; Área Amarela: composta por uma sala de retaguarda para pacientes já estabilizados, porém que ainda requerem cuidados especiais (pacientes críticos ou semicríticos). Hoje, na maioria das vezes, esses pacientes permanecem na sala vermelha, criando dificuldades para o atendimento dos pacientes que chegam com risco de morte, assim como situações muito desagradáveis para os pacientes já estabilizados; Área Verde: composta pelas salas de observação, que devem ser divididas por sexo (feminino e masculino) e idade (crianças e adultos), a depender da demanda. Nas salas amarela e verde, além da adequação dos espaços e dos mobiliários a uma funcionalidade que facilite o processo de trabalho, é importante que se considere questões relativas a som, cheiro, cor, iluminação, etc., uma vez que o tempo de permanência do paciente nestas áreas é mais prolongado que na área vermelha.
  • 2. Lembremos, então, de uma diretriz importante para essas áreas: criar espaços que favoreçam o direito ao acompanhante e a visita. É importante que usuários e visitantes não sejam recebidos por um portão gradeado e com horários de visita rígidos e restritos, mas que existam para eles recepção, lugares de espera e ambientes de escuta, para que possam aguardar com conforto e receber informações sobre o estado clínico dos pacientes quando não for possível a presença deles junto ao leito. São também importantes espaços onde os pacientes possam receber visitas fora do leito e ter momentos de conversa que sejam diferentes daqueles que têm para falar com os médicos e demais profissionais responsáveis. EIXO AZUL: é o eixo dos pacientes aparentemente nãograves. O arranjo do espaço deve favorecer o acolhimento do cidadão e a classificação do grau de risco. Esse eixo é composto por ao menos três planos de atendimento, sendo importante que tenha fluxos claros, informação e sinalização. Plano 1: espaços para acolhimento, espera, recepção, classificação do risco e atendimento administrativo. A diretriz principal, neste plano, é acolher, o que pressupõe a criação de espaços de encontros entre os sujeitos. Plano 2: área de atendimento médico, lugar onde os consultórios devem ser planejados de modo a possibilitar a presença do acompanhante e a individualidade do paciente. Plano 3: áreas de procedimentos médicos e de enfermagem (curativo, sutura, medicação, nebulização). É importante que as áreas de procedimentos estejam localizadas próximas aos consultórios, ao serviço de imagem e que favoreçam o trabalho em equipe.
  • 3. O protocolo de classificação de risco é uma ferramenta útil e necessária, porém não suficiente, uma vez que não pretende capturar os aspectos subjetivos, afetivos, sociais, culturais, cuja compreensão é fundamental para uma efetiva avaliação do risco e da vulnerabilidade de cada pessoa que procura o serviço de urgência. O protocolo não substitui a interação, o diálogo, a escuta, o respeito, enfim, o acolhimento do cidadão e de sua queixa para a avaliação do seu potencial de agravamento. A construção de um protocolo de classificação de risco a partir daqueles existentes e disponíveis nos textos bibliográficos, porém adaptado ao perfil de cada serviço e ao contexto de sua inserção na rede de saúde, é uma oportunidade de facilitação da interação entre a equipe multiprofissional e de valorização dos trabalhadores da urgência. É também importante que serviços de uma mesma região desenvolvam critérios de classificação semelhantes, buscando facilitar o mapeamento e a construção das redes locais de atendimento.
  • 4. Bibliografia: Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS; Acolhimento e Classificação de Risco nos Serviços de Urgência; Série B. Textos Básicos de Saúde