1. 10 dicas para comprar a casa própria
A compra da casa própria é o maior sonho financeiro de muitos brasileiros. Os
especialistas Marcelo Prata, presidente do Canal do Crédito e o educador
financeiro Marcos Silvestre dão 10 dicas para planejar a compra e realizar esse
objetivo.
"O ideal, o lindo, o maravilhoso, é juntar dinheiro para comprar à vista", diz o
educador financeiro Marcos Silvestre. Afinal, quem tem os recursos na mão
consegue bons descontos. Porém, como essa é uma realidade para poucos,
optar pelo financiamento imobiliário é um bom negócio, segundo o educador.
"Quem tem acesso ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH), consegue taxas
de juros de cerca de 8% ao ano. Se descontar a inflação, na prática, o
comprador vai pagar 2% de juros ao ano para comprar a casa própria. E, se
puder usar o FGTS, melhor ainda."
Mesmo quem não tem acesso ao SFH e recorre à carteira hipotecária
consegue um negócio vantajoso, segundo o educador. "Os juros dessa carteira
2. costumam girar por volta de 9% a 10% ao ano. Deduzindo a inflação, os juros
ficariam em cerca de 3% a 4% ao ano, na prática", diz.
Marcelo Prata, presidente do Canal do Crédito, afirma que, mesmo sendo uma
taxa de juros reduzida em relação a outras linhas de crédito, esse é um
financiamento que irá durar um período muito longo e consumir parte
importante da renda.
Por isso o ideal é juntar o máximo de dinheiro para dar entrada e assim
diminuir o prazo do financiamento e, consequentemente, os juros.
Veja, a seguir, 10 dicas dos dois especialistas para se planejar financeiramente
para a compra da casa própria:
1) Poupe até obter 20% do valor do imóvel. O primeiro passo é juntar
dinheiro para dar a entrada no financiamento, já que a maioria das linhas de
crédito permite financiar até 80% do valor do imóvel. O dinheiro deve ser
guardado numa aplicação de pouco risco, como poupança ou fundos de renda
fixa.
2) Poupe 30% da sua renda. Dessa maneira, o futuro comprador já se
acostuma a viver sem essa parcela de seu orçamento, que estará
comprometida por até 30 anos, dependendo do prazo do financiamento.
3) Quanto mais poupar, menos vai pagar de juros. Com uma boa entrada, o
valor financiado será menor, reduzindo o pagamento de juros.
4) Cuidado se estiver em início de carreira. Marcelo Prata, do Canal do
Crédito, diz que há momentos em que é melhor aguardar um pouco para
comprar a casa própria. Um exemplo é o profissional em fase de ascensão,
sujeito a viagens e mudanças de cidade ou até mesmo de país. "Nesse caso,
comprar um imóvel pode limitar a capacidade profissional."
5) Quem casa quer casa? Começar uma vida nova no casamento e assumir
um financiamento alto por um longo período são duas situações muito
estressantes, diz Marcelo Prata. Outro fator a ponderar é se o casal pretende
ter filhos. Comprar um imóvel pequeno pode significar ter de se mudar em
pouco tempo
6) Se mora com os pais, aproveite a folga financeira para poupar. Ainda
que os pais não queiram, o jovem deve se planejar para dar entrada em um
imóvel em três ou quatro anos. Marcos Silvestre recomenda que o jovem se
ofereça para pagar algumas contas da casa dos pais, para ir se acostumando
aos novos custos que terá quanto morar na casa própria.
7) Considere que a casa traz despesas adicionais. O financiamento do
imóvel pode comprometer até 30% da renda. Porém, com uma casa chegam
também as contas de água, luz, telefone, IPTU, seguro, condomínio, os gastos
com alimentação. São muitas despesas para as quais o futuro proprietário
precisa estar preparado financeiramente.
3. 8) Poupe dinheiro para as despesas de escritura e documentação. Além
dos papéis do banco, o comprador também terá de pagar o ITBI (Imposto sobre
Transmissão de Bens Imóveis), cuja alíquota varia segundo o município; custos
do cartório e do próprio financiamento, como avaliação do imóvel; análise
jurídica da documentação, entre outros. Esses gastos costumam representar
4% do valor do imóvel, segundo Marcelo Prata.
9) Avalie o custo de vida da região que vai morar. A vizinhança influencia
diretamente em seu orçamento. Viver na periferia ou numa região sofisticada
resulta numa grande diferença de gastos com alimentação, vestuário e
transporte. Considere esse custo.
10) Financiar costuma ser mais caro que alugar. Quem aluga deve se
preparar para pagar mais pela casa própria. Marcos Silvestre diz que a
prestação típica de um financiamento de um imóvel costuma ser de 1% do
valor da propriedade enquanto o aluguel custa, em média, 0,5% do valor do
imóvel. "Ou seja, quem paga aluguel não vai trocar seis por meia dúzia no
financiamento, mas seis por uma dúzia", diz.
Fonte: http://economia.uol.com.br/financas-pessoais/noticias/redacao/2014/07/07/10-passos-para-comprar-a-casa-propria-com-
mais-tranquilidade.htm