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Os desafios da gestão estratégica na saúde
Luciana Faluba Damázio
A
FE1306
A sociedade contemporânea tem enfrentado desafios crescentes nas últimas décadas, em função do crescimento
constante da população e do anseio por melhores condições de vida e bem-estar social. Muitos avanços têm sido
obtidos nesse sentido, mas são também inúmeras as dificuldades a serem superados.
Uma das áreas que enfrenta desafios de difícil superação é, reconhecidamente, a da saúde. É quase unânime a
convicção de que o sistema de saúde vigente na grande maioria dos países está longe de atender as demandas
da sociedade.Afinal, mesmo os mais elevados gastos com assistência na área nem sempre resultam em melhores
indicadores de saúde para as populações.
Até em países desenvolvidos como EUA e Inglaterra, por exemplo, os gargalos ainda são muitos, como os altos
custos do setor, a qualidade insatisfatória do atendimento e o acesso limitado aos serviços da área. No Brasil,
não é diferente. Apesar de a legislação vigente determinar que a saúde é um direito de cada cidadão e um dever
do Estado, o que se verifica é uma demanda por atendimento muitas vezes maior que a oferta de serviços de
saúde na rede pública.
Diante desse quadro adverso, a professora Luciana Faluba Damázio, da Fundação Dom Cabral, vem estudando
o setor, na busca de diagnósticos para os entraves e alternativas para, pelo menos, minimizar as consequências
danosas desses problemas.
Segundo ela, a solução para os principais problemas da saúde está associada a uma melhor e mais eficiente
gestão estratégica em serviços na área. Recentemente, a especialista foi um dos organizadores de um livro sobre
o tema, intitulado Desafios da Gestão Estratégica em Serviços de Saúde (Editora Elsevier). Confira, na entrevista
a seguir, as principais reflexões da pesquisadora sobre a problemática da saúde no país e a necessidade de se
buscar novos caminhos e alternativas de solução.
Em linhas gerais, quais sãos os
maiores problemas hoje na área
de saúde?
ntes de tudo, é importante ressaltar que setor
de saúde tem sido foco de atenção nos últimos
tempos muito em função de seu crescimento e de
seu desenvolvimento tecnológico. Além disso, ele
desempenha papel estratégico na sociedade, na
medida em que atua na manutenção do equilíbrio social,
zelando pelo cuidado do bem-estar e pela sobrevivência
das pessoas. Trata-se de um setor complexo, que
exige níveis elevados de capacitação dos profissionais,
lida com tecnologia de ponta e envolve diversas
instituições com interesses distintos. Exatamente por
isso, configura-se como um grande desafio para a
humanidade equilibrar a oferta de serviços de saúde
com necessidades crescentes da população e recursos
cada vez mais escassos.
Especificamente no Brasil, como
está esse cenário?
Em função dos problemas enfrentados pela rede pública,
especialmente os relacionados à sua saturação, isto
é, desequilíbrio entre oferta e demanda, a lacuna das
necessidades do mercado é preenchida pela saúde
2Os desafios da gestão estratégica na saúde
suplementar, que consiste na participação da iniciativa
privada no sistema de saúde brasileiro. Essa participação
ocorre, principalmente, por meio das operadoras
de planos de assistência à saúde, que financiam
os tratamentos, diante do alto custo dos mesmos.
Podemos dizer que também são enquadrados na saúde
suplementar os tratamentos financiados com recursos
próprios.
Então, no que diz respeito a seus mecanismos de
financiamento, o sistema de saúde no Brasil pode ser
dividido entre público e privado. Em termos de população
coberta, tomando a Região Sudeste do país como
referência por sua densidade populacional, verifica-se
que, em média, 70% utilizam o público e 30% o privado
(saúde suplementar). Nas demais regiões do país, o
percentual do público tende a ser maior.
O financiamento do sistema
de saúde não poderia ser uma
solução?
Sem dúvida que sim. Os chamados mecanismos
de financiamento do sistema de saúde constituem
elementos importantes, uma vez que viabilizam o acesso
dos usuários, ou seja, da população, aos prestadores
de serviços de saúde. Nesse caso, podemos incluir
ainda o governo e as operadoras de planos de saúde.
Os prestadores de serviços de saúde são os hospitais,
clínicas, laboratórios, médicos e outros profissionais de
saúde. Vale lembrar que a cadeia de valor do setor de
saúde no Brasil é composta ainda pelos fornecedores
de equipamentos, materiais e medicamentos.
Podemos dizer que a relação
dos serviços de saúde no Brasil
com sua demanda é algo
extremamente complexo...
Sem dúvida. Todo o contexto é muito complexo. De um
lado, temos os serviços de saúde públicos com excesso
de demanda. De outro, serviços de saúde da rede privada
lidando com empresas operadoras de planos de saúde,
que intermediam a relação com o usuário e possuem,
dessa forma, certo grau de controle sobre a demanda.
Além da gestão da demanda e do alto custo assistencial,
os serviços de saúde no Brasil, a exemplo do que ocorre
em diversos países, enfrentam outros grandes desafios
diante de mudanças ocorridas no contexto ambiental.
Quais são esses desafios ou
fatores que têm contribuído para
agravar esse quadro?
Pelos menos dois fatores estruturais são responsáveis
por isso. Em primeiro lugar, temos algumas alterações
significativas no perfil demográfico do país, como a
redução da taxa de natalidade, aumento da expectativa
de vida e processo de urbanização. São fenômenos
que exigem, cada vez mais, ações voltadas para a
idade adulta e para a terceira idade, que sabidamente
utilizam esses serviços com maior intensidade e, por
consequência, geram maiores custos.
O segundo está relacionado às mudanças de perfil das
doenças, que vêm demandando a adoção de novos tipos
de tratamentos, equipamentos, tecnologias, intervenções
e, portanto, novos investimentos. No campo da inovação,
observa-se o desenvolvimento da telemedicina, que
amplia o alcance do conhecimento, e das pesquisas
genéticas, que tornarão os tratamentos cada vez mais
personalizados. E, ainda, o turismo em saúde, que
proporciona uma dimensão global ao setor.
E o que é preciso fazer para
enfrentar esses desafios?
Todo esse contexto de mudanças exige uma adequação
por parte dos serviços de saúde que permita atender
às novas demandas instaladas e acompanhar a
transformação do modelo de atenção à saúde. Estamos
migrando de um modelo inicial, com foco na doença
e na prestação de serviços médicos, para um novo,
com foco no paciente e no cuidado multidisciplinar, o
que certamente fortalece novas formas de prestação
desses serviços.
É nesse contexto que entra a
proposta de investir na gestão
estratégica?
Exatamente. Em tempos de mudanças, a sobrevivência
e a sustentabilidade dos serviços de saúde requerem o
exercício da gestão estratégica, a fim de possibilitar à
direção desses serviços definirem os caminhos a serem
seguidos pela sua instituição, avaliando o que deve e o
que não deve ser feito, diante da complexidade ambiental.
Costumo dizer que uma premissa básica para pensar
o conteúdo da estratégia é o que chamamos de
inseparabilidade da organização do ambiente no qual
3FDC Executive
está inserida. A organização utiliza a estratégia para
relacionar-se com as mudanças ambientais. É fato
que as organizações interagem com o seu ambiente
externo, influenciando e sendo influenciadas por ele.
Principalmente porque esse ambiente encontra-se em
permanente processo de transformação, e é necessária
a criação de novas estratégias, ou adequação das
estratégias atuais, quando novas exigências impostas
pela sociedade mudam os objetivos da organização.
O que fazer para se garantir a
eficácia dessa estratégica?
Veja bem, como as mudanças sempre trazem novas
configurações, a estratégia precisa ser constantemente
elaborada e revista. A força de uma estratégia não é
determinada pelo movimento inicial, mas sim por sua
capacidade de prever e reagir às alterações do ambiente
externo, ao longo do tempo.
A formulação de estratégias no contexto de um serviço
de saúde, para ser eficiente, deve levar em consideração,
além da complexidade ambiental, a complexidade
estrutural inerente à organização de saúde. Essa é
a perspectiva do processo da estratégia, ou seja, a
estrutura e as atividades que influenciam e viabilizam
as escolhas estratégicas.
Podemos afirmar então que a
gestão estratégica é um caminho
para se solucionar os problemas
da área?
Sem dúvida. Gerir uma organização altamente complexa,
em um ambiente complexo, que acena com mudanças
estruturais, tem se mostrado uma questão importante,
na medida em que a demanda explode e a concorrência
se estabelece.
Então é aí que entra o papel dos
gestores...
Não resta dúvida de que os gestores de serviços de
saúde, sejam eles profissionais dessa área ou não,
precisam praticar a gestão estratégica, compreendendo
e assimilando as condições de mercado sob as quais
operam, obtendo informações sobre o que acontece a seu
redor, em termos de demanda, concorrência e regulação.
Devemos, então, combinar tudo isso com a complexidade
da sua organização, para garantir a sua sobrevivência no
mercado, com retornos acima da média.
Um serviço de saúde precisa de escolhas estratégicas
bem fundamentadas, a partir de um entendimento
adequado do potencial de oportunidades e de riscos
do seu setor de negócios. A maior parte dos líderes
empresariais reconhece que seu sucesso depende da
previsão de tendências e da capacidade de mover-se
mais rapidamente que a concorrência.
Como o seu livro se encaixa nesse
contexto e qual a meta dele?
O objetivo do livro é discutir os principais desafios
associados à gestão estratégica em serviços de
saúde, diante desse contexto sobre o qual estamos
conversando. Ele apresenta temas que abrangem um
grande espectro de conhecimento para os gestores
aplicados nesse campo de trabalho. A discussão inicia-
se a partir do ambiente externo, incluindo a análise do
macroambiente dos serviços de saúde, dos públicos
relevantes, do ambiente competitivo e dos tipos de
relacionamento das organizações de saúde.
Com base em suas pesquisas
e estudos, quais são, hoje, os
principais desafios a serem
enfrentados?
Inicialmente, há uma enorme necessidade de se fazer
uma administração compartilhada entre sociedade civil
e Estado, com a construção de uma nova governança
pública que se paute pela transparência, pelo interesse
público e pela busca de soluções inovadoras para os
problemas do sistema de saúde do país.
Não podemos deixar de considerar também a importância
do processo de regionalização da saúde e dos fatores
que interferem na governança das redes regionalizadas
de atenção à saúde – em especial coordenação,
gerenciamento e financiamento. Ressaltamos a
importância de se buscar mecanismos para a inserção
das instituições privadas nessas redes, visando adequar
oferta e demanda, melhorando os resultados de saúde
da população em geral e das próprias instituições.
Nessa nova agenda, destacamos ainda a articulação
das instituições de saúde públicas e privadas, visando
a uma interação propositiva entre atores, para o
estabelecimento de relações de interdependência com o
foco na prevenção e promoção da saúde da população,
menos onerosas e com melhores resultados de longo
prazo do que o foco na doença.
4Os desafios da gestão estratégica na saúde
Pelo visto, as boas práticas de
gestão estratégica em serviços de
saúde, são essenciais também...
Sim, acreditamos que essa gestão deve combinar o
entendimento do ambiente externo com a análise do
ambiente interno da instituição, com foco no processo
de formulação da estratégia. Dessa forma, devem
ser considerados os contextos externo e interno das
organizações para definição das diretrizes estratégicas.
Fale um pouco mais sobre essa
questão do contexto interno...
Temos feito, atualmente, uma discussão relevante
sobre o ambiente interno do negócio, analisando
tópicos relacionados a estrutura, sistemas e processos
internos. Temos de tratar sempre a gestão da clínica
em serviços de saúde, incluindo as origens do
conceito, seu contexto, limites e possibilidades de
utilização. A partir daí, podemos analisar então os
desafios dos processos de gestão de pessoas frente
às necessidades dos serviços de saúde, com foco em
instituições hospitalares, dada a multidisciplinaridade
dos profissionais envolvidos nessas instituições.
Fica claro que o setor de saúde,
visto nesse prisma, apresenta
uma grande complexidade.
Sem dúvida. E temos outros pontos a serem
considerados neste contexto, como a questão dos
processos envolvendo os diversos atores da área.
Precisamos refletir, por exemplo, sobre a criação
de valor na prestação de serviços de saúde para
a população brasileira e os possíveis impactos da
terceirização na cadeia de suprimentos hospitalar. E
isso sem deixar de considerar, ainda, os chamados
sistemas de informação em serviços de saúde, que
evidenciam a importância do Registro Eletrônico de
Saúde e discutem a informação como fator estratégico
na qualidade dos serviços na área.
Como se encaixam nesse
contexto os indicadores de
desempenho?
Eles tornaram-se ferramentas fundamentais no processo
de implementação e aprimoramento da estratégia.
Temos feito também uma reflexão sobre o uso desses
indicadores na gestão de recursos humanos na saúde
e particularmente em hospitais brasileiros. Procuramos
demonstrar sua importância para o alcance dos
resultados desejados, dentro da perspectiva sobre o
verdadeiro papel que esse debate assume.
Os especialistas na área têm
se preocupado também com o
desenvolvimento tecnológico na
área?
Sim. É fundamental refletirmos sobre esse
desenvolvimento de novas tecnologias e inovações no
campo da gestão da saúde, que já são fato. Temos de
ver o que são oportunidades e o que são obstáculos em
relação à tecnologia e à inovação na gestão da saúde,
visando elevar a competitividade e agregar novos valores
aos usuários.
Há, também, uma preocupação
com a questão da
sustentabilidade, não?
Sim. Tudo isso que falamos aqui tem sua relevância
própria. Mas, no contexto atual, temos de considerar
todos esses aspectos sempre na perspectiva do
crescimento sustentável, o que implica a adoção de
práticas de sustentabilidade na gestão. Não se pode
esquecer que as organizações de saúde precisam
aprender a atender às suas necessidades sem
comprometer a possibilidade de as gerações futuras
atenderem às suas próprias necessidades. Esse
movimento requer uma nova cultura, pautada pela
ética, e demanda líderes conscientes dos impactos
econômicos, sociais e ambientais das suas decisões.
Objetivamente, quais seriam
essas práticas?
Defendemos que boas práticas em relação à
sustentabilidade precisam ser incorporadas pela gestão
dos serviços de saúde, como buscar alternativas de
energia, construir edifícios verdes, utilizar suprimentos
verdes, trabalhar com alimentos saudáveis, utilizar
químicos com menos danos, fazer a gestão de resíduos
hospitalares, racionalizar o transporte, investir no
tratamento de efluentes, entre outras coisas. Por fim,
não podemos esquecer que a sustentabilidade deve ser
um tema estratégico nas instituições de saúde, que, por
sua vez, precisam pensar, desde já, em como sobreviver
no futuro.

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Desafios da gestão estratégica na saúde

  • 1. Os desafios da gestão estratégica na saúde Luciana Faluba Damázio A FE1306 A sociedade contemporânea tem enfrentado desafios crescentes nas últimas décadas, em função do crescimento constante da população e do anseio por melhores condições de vida e bem-estar social. Muitos avanços têm sido obtidos nesse sentido, mas são também inúmeras as dificuldades a serem superados. Uma das áreas que enfrenta desafios de difícil superação é, reconhecidamente, a da saúde. É quase unânime a convicção de que o sistema de saúde vigente na grande maioria dos países está longe de atender as demandas da sociedade.Afinal, mesmo os mais elevados gastos com assistência na área nem sempre resultam em melhores indicadores de saúde para as populações. Até em países desenvolvidos como EUA e Inglaterra, por exemplo, os gargalos ainda são muitos, como os altos custos do setor, a qualidade insatisfatória do atendimento e o acesso limitado aos serviços da área. No Brasil, não é diferente. Apesar de a legislação vigente determinar que a saúde é um direito de cada cidadão e um dever do Estado, o que se verifica é uma demanda por atendimento muitas vezes maior que a oferta de serviços de saúde na rede pública. Diante desse quadro adverso, a professora Luciana Faluba Damázio, da Fundação Dom Cabral, vem estudando o setor, na busca de diagnósticos para os entraves e alternativas para, pelo menos, minimizar as consequências danosas desses problemas. Segundo ela, a solução para os principais problemas da saúde está associada a uma melhor e mais eficiente gestão estratégica em serviços na área. Recentemente, a especialista foi um dos organizadores de um livro sobre o tema, intitulado Desafios da Gestão Estratégica em Serviços de Saúde (Editora Elsevier). Confira, na entrevista a seguir, as principais reflexões da pesquisadora sobre a problemática da saúde no país e a necessidade de se buscar novos caminhos e alternativas de solução. Em linhas gerais, quais sãos os maiores problemas hoje na área de saúde? ntes de tudo, é importante ressaltar que setor de saúde tem sido foco de atenção nos últimos tempos muito em função de seu crescimento e de seu desenvolvimento tecnológico. Além disso, ele desempenha papel estratégico na sociedade, na medida em que atua na manutenção do equilíbrio social, zelando pelo cuidado do bem-estar e pela sobrevivência das pessoas. Trata-se de um setor complexo, que exige níveis elevados de capacitação dos profissionais, lida com tecnologia de ponta e envolve diversas instituições com interesses distintos. Exatamente por isso, configura-se como um grande desafio para a humanidade equilibrar a oferta de serviços de saúde com necessidades crescentes da população e recursos cada vez mais escassos. Especificamente no Brasil, como está esse cenário? Em função dos problemas enfrentados pela rede pública, especialmente os relacionados à sua saturação, isto é, desequilíbrio entre oferta e demanda, a lacuna das necessidades do mercado é preenchida pela saúde
  • 2. 2Os desafios da gestão estratégica na saúde suplementar, que consiste na participação da iniciativa privada no sistema de saúde brasileiro. Essa participação ocorre, principalmente, por meio das operadoras de planos de assistência à saúde, que financiam os tratamentos, diante do alto custo dos mesmos. Podemos dizer que também são enquadrados na saúde suplementar os tratamentos financiados com recursos próprios. Então, no que diz respeito a seus mecanismos de financiamento, o sistema de saúde no Brasil pode ser dividido entre público e privado. Em termos de população coberta, tomando a Região Sudeste do país como referência por sua densidade populacional, verifica-se que, em média, 70% utilizam o público e 30% o privado (saúde suplementar). Nas demais regiões do país, o percentual do público tende a ser maior. O financiamento do sistema de saúde não poderia ser uma solução? Sem dúvida que sim. Os chamados mecanismos de financiamento do sistema de saúde constituem elementos importantes, uma vez que viabilizam o acesso dos usuários, ou seja, da população, aos prestadores de serviços de saúde. Nesse caso, podemos incluir ainda o governo e as operadoras de planos de saúde. Os prestadores de serviços de saúde são os hospitais, clínicas, laboratórios, médicos e outros profissionais de saúde. Vale lembrar que a cadeia de valor do setor de saúde no Brasil é composta ainda pelos fornecedores de equipamentos, materiais e medicamentos. Podemos dizer que a relação dos serviços de saúde no Brasil com sua demanda é algo extremamente complexo... Sem dúvida. Todo o contexto é muito complexo. De um lado, temos os serviços de saúde públicos com excesso de demanda. De outro, serviços de saúde da rede privada lidando com empresas operadoras de planos de saúde, que intermediam a relação com o usuário e possuem, dessa forma, certo grau de controle sobre a demanda. Além da gestão da demanda e do alto custo assistencial, os serviços de saúde no Brasil, a exemplo do que ocorre em diversos países, enfrentam outros grandes desafios diante de mudanças ocorridas no contexto ambiental. Quais são esses desafios ou fatores que têm contribuído para agravar esse quadro? Pelos menos dois fatores estruturais são responsáveis por isso. Em primeiro lugar, temos algumas alterações significativas no perfil demográfico do país, como a redução da taxa de natalidade, aumento da expectativa de vida e processo de urbanização. São fenômenos que exigem, cada vez mais, ações voltadas para a idade adulta e para a terceira idade, que sabidamente utilizam esses serviços com maior intensidade e, por consequência, geram maiores custos. O segundo está relacionado às mudanças de perfil das doenças, que vêm demandando a adoção de novos tipos de tratamentos, equipamentos, tecnologias, intervenções e, portanto, novos investimentos. No campo da inovação, observa-se o desenvolvimento da telemedicina, que amplia o alcance do conhecimento, e das pesquisas genéticas, que tornarão os tratamentos cada vez mais personalizados. E, ainda, o turismo em saúde, que proporciona uma dimensão global ao setor. E o que é preciso fazer para enfrentar esses desafios? Todo esse contexto de mudanças exige uma adequação por parte dos serviços de saúde que permita atender às novas demandas instaladas e acompanhar a transformação do modelo de atenção à saúde. Estamos migrando de um modelo inicial, com foco na doença e na prestação de serviços médicos, para um novo, com foco no paciente e no cuidado multidisciplinar, o que certamente fortalece novas formas de prestação desses serviços. É nesse contexto que entra a proposta de investir na gestão estratégica? Exatamente. Em tempos de mudanças, a sobrevivência e a sustentabilidade dos serviços de saúde requerem o exercício da gestão estratégica, a fim de possibilitar à direção desses serviços definirem os caminhos a serem seguidos pela sua instituição, avaliando o que deve e o que não deve ser feito, diante da complexidade ambiental. Costumo dizer que uma premissa básica para pensar o conteúdo da estratégia é o que chamamos de inseparabilidade da organização do ambiente no qual
  • 3. 3FDC Executive está inserida. A organização utiliza a estratégia para relacionar-se com as mudanças ambientais. É fato que as organizações interagem com o seu ambiente externo, influenciando e sendo influenciadas por ele. Principalmente porque esse ambiente encontra-se em permanente processo de transformação, e é necessária a criação de novas estratégias, ou adequação das estratégias atuais, quando novas exigências impostas pela sociedade mudam os objetivos da organização. O que fazer para se garantir a eficácia dessa estratégica? Veja bem, como as mudanças sempre trazem novas configurações, a estratégia precisa ser constantemente elaborada e revista. A força de uma estratégia não é determinada pelo movimento inicial, mas sim por sua capacidade de prever e reagir às alterações do ambiente externo, ao longo do tempo. A formulação de estratégias no contexto de um serviço de saúde, para ser eficiente, deve levar em consideração, além da complexidade ambiental, a complexidade estrutural inerente à organização de saúde. Essa é a perspectiva do processo da estratégia, ou seja, a estrutura e as atividades que influenciam e viabilizam as escolhas estratégicas. Podemos afirmar então que a gestão estratégica é um caminho para se solucionar os problemas da área? Sem dúvida. Gerir uma organização altamente complexa, em um ambiente complexo, que acena com mudanças estruturais, tem se mostrado uma questão importante, na medida em que a demanda explode e a concorrência se estabelece. Então é aí que entra o papel dos gestores... Não resta dúvida de que os gestores de serviços de saúde, sejam eles profissionais dessa área ou não, precisam praticar a gestão estratégica, compreendendo e assimilando as condições de mercado sob as quais operam, obtendo informações sobre o que acontece a seu redor, em termos de demanda, concorrência e regulação. Devemos, então, combinar tudo isso com a complexidade da sua organização, para garantir a sua sobrevivência no mercado, com retornos acima da média. Um serviço de saúde precisa de escolhas estratégicas bem fundamentadas, a partir de um entendimento adequado do potencial de oportunidades e de riscos do seu setor de negócios. A maior parte dos líderes empresariais reconhece que seu sucesso depende da previsão de tendências e da capacidade de mover-se mais rapidamente que a concorrência. Como o seu livro se encaixa nesse contexto e qual a meta dele? O objetivo do livro é discutir os principais desafios associados à gestão estratégica em serviços de saúde, diante desse contexto sobre o qual estamos conversando. Ele apresenta temas que abrangem um grande espectro de conhecimento para os gestores aplicados nesse campo de trabalho. A discussão inicia- se a partir do ambiente externo, incluindo a análise do macroambiente dos serviços de saúde, dos públicos relevantes, do ambiente competitivo e dos tipos de relacionamento das organizações de saúde. Com base em suas pesquisas e estudos, quais são, hoje, os principais desafios a serem enfrentados? Inicialmente, há uma enorme necessidade de se fazer uma administração compartilhada entre sociedade civil e Estado, com a construção de uma nova governança pública que se paute pela transparência, pelo interesse público e pela busca de soluções inovadoras para os problemas do sistema de saúde do país. Não podemos deixar de considerar também a importância do processo de regionalização da saúde e dos fatores que interferem na governança das redes regionalizadas de atenção à saúde – em especial coordenação, gerenciamento e financiamento. Ressaltamos a importância de se buscar mecanismos para a inserção das instituições privadas nessas redes, visando adequar oferta e demanda, melhorando os resultados de saúde da população em geral e das próprias instituições. Nessa nova agenda, destacamos ainda a articulação das instituições de saúde públicas e privadas, visando a uma interação propositiva entre atores, para o estabelecimento de relações de interdependência com o foco na prevenção e promoção da saúde da população, menos onerosas e com melhores resultados de longo prazo do que o foco na doença.
  • 4. 4Os desafios da gestão estratégica na saúde Pelo visto, as boas práticas de gestão estratégica em serviços de saúde, são essenciais também... Sim, acreditamos que essa gestão deve combinar o entendimento do ambiente externo com a análise do ambiente interno da instituição, com foco no processo de formulação da estratégia. Dessa forma, devem ser considerados os contextos externo e interno das organizações para definição das diretrizes estratégicas. Fale um pouco mais sobre essa questão do contexto interno... Temos feito, atualmente, uma discussão relevante sobre o ambiente interno do negócio, analisando tópicos relacionados a estrutura, sistemas e processos internos. Temos de tratar sempre a gestão da clínica em serviços de saúde, incluindo as origens do conceito, seu contexto, limites e possibilidades de utilização. A partir daí, podemos analisar então os desafios dos processos de gestão de pessoas frente às necessidades dos serviços de saúde, com foco em instituições hospitalares, dada a multidisciplinaridade dos profissionais envolvidos nessas instituições. Fica claro que o setor de saúde, visto nesse prisma, apresenta uma grande complexidade. Sem dúvida. E temos outros pontos a serem considerados neste contexto, como a questão dos processos envolvendo os diversos atores da área. Precisamos refletir, por exemplo, sobre a criação de valor na prestação de serviços de saúde para a população brasileira e os possíveis impactos da terceirização na cadeia de suprimentos hospitalar. E isso sem deixar de considerar, ainda, os chamados sistemas de informação em serviços de saúde, que evidenciam a importância do Registro Eletrônico de Saúde e discutem a informação como fator estratégico na qualidade dos serviços na área. Como se encaixam nesse contexto os indicadores de desempenho? Eles tornaram-se ferramentas fundamentais no processo de implementação e aprimoramento da estratégia. Temos feito também uma reflexão sobre o uso desses indicadores na gestão de recursos humanos na saúde e particularmente em hospitais brasileiros. Procuramos demonstrar sua importância para o alcance dos resultados desejados, dentro da perspectiva sobre o verdadeiro papel que esse debate assume. Os especialistas na área têm se preocupado também com o desenvolvimento tecnológico na área? Sim. É fundamental refletirmos sobre esse desenvolvimento de novas tecnologias e inovações no campo da gestão da saúde, que já são fato. Temos de ver o que são oportunidades e o que são obstáculos em relação à tecnologia e à inovação na gestão da saúde, visando elevar a competitividade e agregar novos valores aos usuários. Há, também, uma preocupação com a questão da sustentabilidade, não? Sim. Tudo isso que falamos aqui tem sua relevância própria. Mas, no contexto atual, temos de considerar todos esses aspectos sempre na perspectiva do crescimento sustentável, o que implica a adoção de práticas de sustentabilidade na gestão. Não se pode esquecer que as organizações de saúde precisam aprender a atender às suas necessidades sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades. Esse movimento requer uma nova cultura, pautada pela ética, e demanda líderes conscientes dos impactos econômicos, sociais e ambientais das suas decisões. Objetivamente, quais seriam essas práticas? Defendemos que boas práticas em relação à sustentabilidade precisam ser incorporadas pela gestão dos serviços de saúde, como buscar alternativas de energia, construir edifícios verdes, utilizar suprimentos verdes, trabalhar com alimentos saudáveis, utilizar químicos com menos danos, fazer a gestão de resíduos hospitalares, racionalizar o transporte, investir no tratamento de efluentes, entre outras coisas. Por fim, não podemos esquecer que a sustentabilidade deve ser um tema estratégico nas instituições de saúde, que, por sua vez, precisam pensar, desde já, em como sobreviver no futuro.