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GESTÃO ESTRATÉGICA DO SUPRIMENTO E O IMPACTO NO
DESEMPENHO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS
GOVERNANÇA SOCIOAMBIENTAL INTEGRADA NO BRASIL
DESAFIOS E ESTRATÉGIAS DE SUPERAÇÃO
Lucas Amaral Lauriano, Brener Seixas, João Henrique Bueno - Núcleo de
Sustentabilidade
CI1401
E
RESUMO
ste Caderno de Ideias tem como objetivo revisar
e analisar o evento de Lançamento do Centro de
Referência em Governança Social Integrada (CRGSI),
com foco nas primeiras discussões lançadas aos
participantes sobre o assunto. Essas discussões giram
em torno de painéis que aconteceram durante o evento
e da ideia da implementação de uma governança social
integrada perfeita, quais são os desafios para que ela
aconteça e quais seriam seus benefícios. Ele se inicia
com um resumo do que aconteceu durante o evento,
com os exemplos de governança social integrada
apresentado pelos palestrantes, e depois mostra quais
são as opiniões dos participantes de cada setor sobre
o assunto.
INTRODUÇÃO
O evento ocorreu no dia 27 de março de 2013 e contou
com a presença de 51 participantes, divididos por
setores: o setor público, que contou com a presença de
8 pessoas, o setor privado, com 23 presentes, e o setor
da Sociedade Civil, que contou com a presença de 20
participantes. A ideia do evento era abrir a discussão
sobre o assunto da governança social integrada
e analisar a perspectiva de cada um dos setores
envolvidos.
Para isso, ocorreram três palestras com o intuito de
mostrar exemplos, em cada setor da sociedade, de
casos de sucesso de governança social integrada na
sua gestão.
VÍDEO – DE ONDE VÊM AS BOAS IDEIAS
Inicialmente, os participantes assistiram ao vídeo “De
onde vêm as boas ideias”, que mostra as grandes
descobertas mundiais e suas características como
processos criativos. Após, houve o questionamento
sobre qual seria a mensagem do vídeo, que gerou o
consenso entre os participantes sobre a necessidade da
interação entre as ideias, fazendo com que a busca pelo
caminho a ser percorrido se torne mais fácil. Com isso,
ideias inovadoras surgirão a partir do compartilhamento
e da conexão entre as diversas ideias. Essa reflexão
dos presentes corrobora o papel do CRGSI em reunir
representantes dos três setores.
2Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
PAINÉIS
O evento contou com três palestras, com a intenção de
exemplificar e explicar como é possível a implementação
de uma governança social integrada em prol da
comunidade. Essas palestras foram com representantes
da Secretaria-Geral da Presidência da República, CCR e
Fundação Vale, ou seja, um representante de cada setor.
PALESTRA 1: SECRETARIA GERAL
DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
– DIOGO SANTANA (SECRETÁRIO-
EXECUTIVO DA SECRETARIA-GERAL
DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA)
A primeira palestra foi feita pelo Secretário-Executivo
da Secretaria-Geral da Presidência da República,
Diogo Santana, que iniciou afirmando que sua principal
atribuição é intermediar as relações do Governo
Federal com as entidades da sociedade civil. Por meio
do princípio da participação social como forma de
afirmação da democracia, instituído na Constituição
Figura 1 - O novo contexto democrático: o Brasil enfrenta seus principais desafios
Fonte: Apresentação de slides da autoria de Diogo Santana
de 1988, sua atuação é marcada pela viabilização
da construção de espaços que incorporem as pautas
e os interesses dos diversos setores da sociedade
na elaboração das políticas públicas. Isso é feito por
meio do assessoramento da presidência da República
no relacionamento, articulação e interlocução com
os movimentos sociais, entidades patronais e de
trabalhadores. Essa articulação é, portanto, essencial
para compreender o estado da governança social
integrada no Brasil e quais são os principais desafios
que o relacionamento entre a esfera governamental,
empresas e sociedade colocam.
De acordo com o palestrante, os principais desafios
enfrentados pelo Brasil no novo contexto democrático
foram a inflação, a desigualdade, o desemprego, as
taxas de juros, a necessidade de aumentar investimentos
em infraestrutura e a inclusão da sociedade civil na
participação das decisões do Estado. Segundo os dados
apresentados (Figura 1), houve uma melhora significativa
desses desafios no período entre 2003 e 2012. Um
exemplo disso é a variação do Índice de Gini, indicador
do grau de concentração de renda em determinado
grupo, que aponta a diminuição da diferença da
desigualdade entre os rendimentos dos mais pobres e
dos mais ricos do país.
3Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
A governança pública diz respeito à gestão política
que leva em conta a negociação, a comunicação e a
cooperação com os cidadãos, empresas e entidades sem
fins lucrativos na condução das ações governamentais.
Nos últimos 10 anos, segundo o palestrante, alguns
aspectos da melhoria da participação social na
governança pública podem ser ressaltados de acordo
com o ciclo da participação social na governança pública
(Figura 2).
Figura 2 – Participação Social na Governança Pública
Fonte: Apresentação de slides da autoria de Diogo Santana
1.	 Formação de agenda: Nos últimos 10 anos foram
realizadas 86 conferências, que reuniram mais
de 7 milhões de pessoas, abordando mais de
40 temáticas.
2.	 Formulação: Por meio das Mesas de Diálogo,
foram construídos os Compromissos Nacionais
para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na
Cana-de-Açúcar e na Construção Civil.
▪▪ A Política Nacional de Agroecologia e
Produção Orgânica é resultado de um plano
de mobilização social.
▪▪ Os Compromissos do Brasil na Parceria para
Governo Aberto foram construídos por meio
de consulta virtual.
3.	 Implementação: Por meio de parcerias com
as Organizações da Sociedade Civil, foi
implementada a política para ampliação do
acesso à água no semiárido nordestino, foi
instituída a regra do chamamento público
obrigatório, e está sendo construído o Marco
Regulatório das Organizações da Sociedade
Civil.
4.	 Monitoramento:ASecretaria Geral da Presidência
da República (SG/PR) se relaciona com 36
Conselhos Nacionais e 4 Comissões com efetiva
participação da sociedade.
▪▪ O Plano Plurianual 2012-2015 foi construído
e está sendo monitorado por meio do Fórum
Interconselhos.
▪▪ O Brasil Sem Miséria e o Plano Juventude
Viva têm sido discutidos e monitorados por
meio de Diálogos entre Governo e Sociedade
Civil.
5.	 Avaliação e prestação de contas: A auditoria
participativa está sendo testada nos Comitês
Populares da Copa do Mundo FIFA 2014 sobre
o impacto das grandes obras.
Nesse sentido, para que a participação social na
governança pública pudesse se efetivar, a convergência
entre as agendas do governo, a sociedade civil e o
setor privado foi fundamental. Nesse processo de
convergência, algumas características do governo, da
sociedade civil e do setor privado tiveram que se alterar
(Figura 3).
4Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
Figura 3 – Participação Social na Governança Pública
Fonte: Apresentação de slides da autoria de Diogo Santana
Como pode ser observado, o governo sofreu a transição
do modelo autoritarista para o modelo de democracia
participativa; a sociedade civil, por sua vez, partiu a
ocupação para a produção e formulação de políticas; e,
finalmente, o setor privado mudou o seu foco exclusivo
no resultado econômico para o foco na produção de
forma ética e sustentável.
A partir dessas mudanças e da convergência de
agendas, algumas parcerias com a sociedade civil e
empresas privadas foram viabilizadas. Uma delas foi
o Compromisso Nacional para o Aperfeiçoamento das
Condições de Trabalho na Indústria da Construção.
Objetivando aprimorar as condições de trabalho
nos canteiros de obras do país, esse Compromisso
beneficiou cerca de quatro milhões de trabalhadores do
setor da construção. O Compromisso reuniu diretrizes
sobre recrutamento e seleção; formação e qualificação
profissional; saúde e segurança; representação sindical
no local de trabalho; condições de trabalho e relações
com a comunidade. Isso permitiu a implementação
de comitês de saúde e segurança e a adoção de
representantes sindicais nas obras, o que beneficiou
cerca de quatro milhões de trabalhadores da construção
civil e da construção pesada.
Outra parceria apresentada foi o Compromisso Nacional
para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-
de-Açúcar. Visando garantir novos direitos e melhor
qualidade de vida para os trabalhadores da lavoura de
cana-de-açúcar, esse compromisso foi firmado por meio
do diálogo e negociação tripartite entre trabalhadores
e empresários do setor sucroenergético em 2009.
Dessa forma, permitiu-se que, das 252 unidades
sucroalcooleiras, 170 fossem auditadas, e, assim,
cerca de 75% da produção sucroalcooleira ficou em
conformidade com o Compromisso.
As parcerias com a sociedade civil e empresas públicas
permitiu a implementação de dois programas: o Terra
Forte e a Cataforte. O Programa deAgroindustrialização
em Assentamentos da Reforma Agrária – Terra Forte –
contou com R$ 600 milhões de investimentos advindos
do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES), Fundação Banco do Brasil (FBB),
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
(MDS), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA),
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(INCRA) e Companhia Nacional de Abastecimento
(CONAB). A expectativa do programa é atender, em 5
anos, a 200 cooperativas e associações, beneficiando
5Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
1.	 Produção orgânica e agroecológica.
2.	 Tratamento de resíduos sólidos (logística
reversa, lixo eletrônico etc.).
3.	 Inclusão social e produtiva de comunidades
extrativistas e comunidades da floresta.
4.	 Microcrédito e economia solidária.
5.	 Juventude.
PALESTRA 2: INFRAESTRUTURA
E O DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL (APRESENTAÇÃO
INSTITUCIONAL) – FRANCISCO DE
ASSIS NUNES BULHÕES (DIRETOR
DE COMUNICAÇÃO, MARKETING E
SUSTENTABILIDADE)
OGrupoCCRéumadasmaioresempresasdeconcessão
de infraestrutura do mundo, atuando nos segmentos de
concessão de rodovias, mobilidade urbana e serviços. É
responsável por 2.437 quilômetros de rodovias da malha
concedida nacional, nos Estados de São Paulo, Rio de
Janeiro e Paraná. O seu negócio é viabilizar soluções de
investimentos e serviços em infraestrutura, contribuindo
para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental das
regiões onde atua (Figura 4). Suas atividades envolvem
rodovias, aeroportos, metrô, barcas, inspeção veicular,
meios eletrônicos de pagamento e transmissão de dados
por fibra ótica. No ranking das maiores empresas em
valor de mercado do Ibovespa, o Grupo CCR está na
13ª posição, com o valor de R$ 34,3 bilhões.
até 70 mil famílias.
O projeto Cataforte visa promover ações de formação
e assessoria técnica para o setor de reciclagem dos
resíduos sólidos. O Projeto já beneficiou mais de 12
mil catadores de materiais recicláveis, atendendo a
386 empreendimentos econômicos solidários, e já
foram investidos mais de R$ 39 milhões em ações de
fomento para a organização e o desenvolvimento das
cooperativas. Até 2014, a projeção é investir mais R$
140 milhões no setor de reciclagem e resíduos sólidos.
Finalmente, as parcerias com a sociedade civil na
construção de programas de governo geraram dois
projetos. O primeiro deles, o Plano de Prevenção à
Violência Contra a Juventude Negra, foi construído
por meio de um processo amplamente participativo
e de articulação interministerial. O Plano prioriza
132 municípios brasileiros que concentram 70% dos
homicídios contra jovens negros e prevê ações para
garantir direitos e oportunidades para os jovens, oferecer
serviços e espaços de convivência nos bairros mais
vulneráveis e melhorar a atuação das instituições do
Estado no relacionamento com os jovens. O segundo
programa, “Diálogos Governo - Sociedade Civil: Brasil
Sem Miséria,” foi concebido para aprofundar o diálogo
com os movimentos sociais sobre os avanços e desafios
do plano de superação da extrema pobreza e para
ampliar o engajamento da sociedade. Da segunda
edição dos Diálogos, participaram 250 representantes
da sociedade civil organizada.
Diante do exposto, os próximos passos para a atuação
da Secretaria-Geral da Presidência da República é a
consolidação de uma agenda convergente em torno da
sustentabilidade. Ressalta-se que a participação social
é o método mais eficaz para garantir a governança,
juntamente com a construção de soluções locais e
nacionais por meio do diálogo com stakeholders. Para
concluir sua apresentação, Diogo Santana afirmou que
alguns temas de fronteira da Secretaria são:
6Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
Figura 4 – Relacionamento com Investidores e o Mercado
Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões
A estrutura acionária da CCR é composta pelos grupos Soares Penido, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. Há
ainda 48,78% do total de ações que são negociadas no Novo Mercado da BM&FBovespa (Figura 5).
Figura 5 – Estrutura acionária do Grupo CCR
Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões
7Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
Diariamente cerca de 1.400.000 veículos pagam pedágio nas rodovias CCR.As estimativas são de 1 bilhão de viagens
por ano nas rodovias CCR e 2.700.000 viagens por dia.Amelhoria da infraestrutura para possibilitar o desenvolvimento
sustentável pode ser vista por meio de casos como Ponte Rio-Niterói, CCR Nova Dutra – Guarulhos Marginal, CCR
Nova Dutra – Baixada Fluminense RJ, CCR AutoBan – Ponte sobre Rio Tietê.
A seguir, algumas imagens que demonstram as melhorias decorrentes da atuação do Grupo CCR (Figuras 6 a 9).
Figura 6 – Antes e depois, Ponte Rio-Niterói
Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões
Figura 7 – Antes e depois, Ponte Rio-Niterói
Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões
8Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
Figura 8 – Antes e depois, CCR NovaDutra – Guarulhos Marginal
Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões
Figura 9 – Antes e depois, CCR NovaDutra – Baixada Fluminense RJ
Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões
Um dos resultados advindos dessas melhorias foi a redução dos acidentes com vítimas fatais nos trechos operados
pelo Grupo CCR (Figuras 10 e 11).
9Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
Figura 10 – Pesquisa FDC sobre acidentes
Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões
Figura 11 – Acidentes com mortes na CCR NovaDutra
Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões
10Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
Realizada pelo Datafolha em 2012, a última pesquisa de imagem e satisfação sobre os empreendimentos do Grupo
CCR demonstra a boa avaliação dos motoristas de automóvel e caminhão (Figura 12).
Figura 12 – Avaliação geral do trabalho realizado pela concessionária
Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões
Investimento Social Privado no
Grupo CCR: compromisso com a
sustentabilidade
A CCR é signatária do Pacto Global da ONU, com
a adoção dos 10 princípios para o desenvolvimento
sustentável. Possui o maior programa privado de
educação de segurança no trânsito. Para fomentar a
melhoria da segurança viária, foram realizadas parcerias
com o BID e a FDC. Além do mais, o Grupo CCR
conta com um Comitê de Sustentabilidade nos níveis
estratégico, executivo e operacional.
As frentes de trabalho que demonstram o compromisso
com a sustentabilidade são:
1.	 Frente Resíduos
2.	 Frente Emissões e Consumo de Recursos
3.	 Frente Segurança Viária
4.	 Frente ISE
5.	 Projeto Governança da Sustentabilidade e GRI
6.	 Projeto Entrada para a Cidadania
7.	 Frente Comunicação
8.	 Projeto Estrada Sustentável
A partir dessas frentes de trabalho são desenvolvidas
centenas de trabalhos ambientais, culturais, educativos,
esportivos, de saúde e sociais. Alguns destaques são
o Parque Natural Jardim Jurema, em São João de
Meriti (RJ), na baixada fluminense, cuja revitalização
a CCR Nova Dutra apoia. Essa ação inclui o plantio de
5 mil plantas nativas. Outro projeto é a Estrada para a
Cidadania, que objetiva disseminar informações sobre
meio ambiente e segurança de trânsito e cidadania entre
os alunos do quarto e quinto ano das redes públicas
de ensino fundamental nas cidades de atuação das
concessionárias do Grupo CCR.
A Figura 13 resume os investimentos feitos pelo Grupo
CCR para efetivar todas suas ações.
11Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
Figura 13 – Investimentos em sustentabilidade
Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões
Investimento Social Privado no Grupo CCR: Governança da Sustentabilidade
A estrutura de Governança da Sustentabilidade CCR foi criada para desenvolver a atuação do Grupo no tema e é
composta pelas três instâncias mostradas na Figura 14.
Figura 14 – Estrutura de Governança da Sustentabilidade no Grupo CCR
Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões
12Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
O Comitê de Estratégia e Sustentabilidade surgiu da
implantação de seis comitês técnicos e consultivos,
quais sejam, Comitê de Governança, Comitê de
Auditoria, Comitê de Estratégia e Sustentabilidade,
Comitê de Finanças, Comitê de Novos Negócios e
Comitê de Recursos Humanos. Para garantir eficiência
e agilidade às decisões do Conselho de Administração,
esses comitês agregam maior valor ao conselho de
administração, na medida em que foram conferidos
instrumentos que lhe permitem exercer suas funções
com maior eficiência e agilidade e, ato contínuo,
melhorar a qualidade dos processos decisórios. O
documento “Objetivos Gerais e Diretrizes (OGD)” define
as estratégias para o ano vigente, e uma de suas metas
é consolidar a Sustentabilidade como parte integrante
da proteção, criação de valor e perpetuação do negócio
do Grupo CCR.
A CCR foi criada a partir da unificação de ações detidas
por grandes grupos nacionais. A companhia abriu seu
capital em 2000 e realizou emissão primária de ações
em 2002, quando foi a primeira companhia a aderir
ao Novo Mercado da Bolsa de Valores, Mercadorias
e Futuros (BM&FBovespa). Hoje, a CCR integra
os mais importantes índices do mercado acionário
brasileiro: o IBrX-50 (que lista as 50 ações com maior
liquidez da bolsa), o índice de ações com Tag Along,
o Índice de Governança Corporativa (IGC), o Índice
de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e o Ibovespa.
A CCR também ingressou no Índice Carbono Eficiente
(ICO²), criado em 2010 e que tem como objetivo listar
as empresas que adotam práticas transparentes em
relação a suas emissões de gases efeito estufa (GEE).
PALESTRA 3: FUNDAÇÃO VALE –
ANDRÉIA DE AZEVEDO RABETIM
(GERENTE GERAL DE PARCERIAS
INTERSETORIAIS)
A Fundação Vale contribui para o desenvolvimento
integrado – econômico, ambiental e social – dos
territórios onde a Vale opera, fortalecendo o capital
humano nas comunidades e respeitando as identidades
culturais locais. Sua atuação baseia-se em uma
estratégia de investimento social estruturante, alinhada
às políticas públicas e voltada a uma perspectiva de
médio e longo prazos. Seu foco é o fortalecimento da
gestão pública, a melhoria da infraestrutura urbana
e o apoio ao desenvolvimento humano e econômico.
Os valores que norteiam o trabalho da Fundação Vale
são a ética, a transparência, o comprometimento, a
corresponsabilidade, a accountability (capacidade de
prestar contas e de assumir a responsabilidade sobre
seus atos e o uso de recursos) e o respeito à diversidade.
Segundo Milton Santos (2003), o território é o chão e
mais a população, isto é, uma identidade, o fato e o
sentimento de pertencer àquilo que nos pertence. Nesse
sentido, a Fundação Vale busca articular a atuação dos
fornecedores Vale, organizações do terceiro setor, poder
público, academia, organizações internacionais, Sistema
S, para entender como sua atuação econômica pode
gerar desenvolvimento nas localidades onde a Vale atua.
Figura 15 – Ciclo sobre como o crescimento
econômico pode gerar desenvolvimento
Fonte: Apresentação de slides da autoria de Andréia
de Azevedo Rabetim
A partir do desafio de potencializar o investimento social
voluntário nos territórios da Vale, elaborou-se o Modelo
de Atuação da Fundação Vale que representa, de forma
clara, sua abordagem junto aos stakeholders.
13Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
Figura 16 – Modelo de atuação Fundação Vale
Fonte: Apresentação de slides da autoria de Andréia de Azevedo Rabetim
A estratégia de atuação da Fundação Vale é baseada
na Parceria Social Público-Privada (PSPP). Seu objetivo
principal é a promoção do desenvolvimento dos territórios
a partir da união de esforços, recursos e conhecimento
de governos, setor privado e sociedade civil em torno de
uma visão comum. Com essa união, são gerados nos
territórios resultados sociais estruturantes e sustentáveis
no curto, médio e longo prazo. Os acordos de parceria
são celebrados em forma de Protocolos de Intenção com
cada município, permitindo um planejamento integrado
com as prefeituras, o estabelecimento de objetivos
comuns e a potencialização dos investimentos sociais.
As diretrizes das PSPP são formar capacidades,
fomentar articulação intersetorial e construir agenda
de compromissos mútuos. Todas essas ações buscam
contribuir para a promoção da qualidade de vida e
do desenvolvimento humano; o fortalecimento da
intersetorialidade e das políticas públicas; a ampliação
da participação democrática na perspectiva da inclusão
cidadã; a efetividade dos investimentos sociais do setor
privado; a construção coletiva e a figura do cidadão
enquanto beneficiário e copartícipe do processo de
desenvolvimento territorial simultaneamente.
14Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
Figura 17 – Parceria Social Público Privada
Fonte: Apresentação de slides da autoria de Andréia de Azevedo Rabetim
Os grupos de trabalho instituídos pela PSPP são
compostos por:
•• Fundo Multilateral de Investimentos – FOMIN, do
Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID
•• Instituto Brasileiro de Administração Municipal
– IBAM
•• Instituto Brasileiro de Administração para o
Desenvolvimento – IBRAD
•• Instituto Eupólis Lombardia
•• UNESCO
•• Especialista em monitoramento de projetos
sociais
•• Professor Associado da Fundação Dom Cabral
•• Jurídico da Vale
•• Instituto Tecnológico Vale – ITV
Um dos projetos de destaque da Fundação Vale é o
Projeto Engenheiros na Escola, realizado no Maranhão.
Cerca de 170 voluntários engenheiros e técnicos de
edificações se reuniram para atender a três municípios
do Maranhão, verificando a estrutura das escolas e
as mudanças que se faziam necessárias para cada
construção. Uma vez feito o levantamento da estrutura
escolar, a estrutura das edificações é corrigida e
melhorada.
Outro projeto de destaque é o Vale Música, que fomenta o
ensino da música, valorizando as características culturais
locais e a arte musical dos participantes, abrindo caminho
para a formação de grupos musicais, corais, bandas
e orquestras. A intenção desse projeto é descobrir e
desenvolver talentos musicais e oferecer orientação
profissional específica e também outras atividades ligadas
ao mundo do entretenimento, visando a alternativas
futuras de geração de renda e profissionalização. O Vale
Música é realizado em parceria com o Instituto Homem
Pantaneiro, no Mato Grosso do Sul, e a Fundação
Amazônica de Música, no Pará.
DINÂMICAS
As palestras foram importantes para a compreensão
de como a governança social integrada pode ser
aplicada pelos setores público, privado e sociedade
civil organizada. O evento de lançamento do CRGSI
também realizou três dinâmicas intercaladas entre as
apresentações, com o objetivo de discutir os principais
desafios e questões que o tema representa.
15Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
RODADAS 1 E 2: FATORES DE
SUCESSO E INSUCESSO NAS
EXPERIÊNCIAS DOS PARTICIPANTES
Os participantes foram orientados a apresentar os
fatores de sucesso e insucesso em relação à integração
entre os três setores, de acordo com as experiências
pessoais dos presentes. Desse brainstorming, as mesas
deveriam apontar os principais desafios colocados por
seus participantes.
No Quadro 1, os resultados são apresentados.
Mesa Setor Fatores de Sucesso Fatores de Insucesso Principais Desafios
01 Privado
Parcerias com cooperativas
Formação de rede
Parcerias com os três setores
Alinhamento com políticas
públicas
Investimento muito elevado
Ciclos eleitorais / interferências
políticas
Baixo capital social – fator
cultural
Falta de tecnologias sociais
Falta de conceitos claros
02
Sociedade
Civil
Capacitação técnica
Concentração de interesses
Humildade /abertura
Processo decisório
compartilhado
Saber ouvir e clareza na
comunicação
Visão sistêmica
Competição de razão
Exclusão do aspecto
econômico na gestão
“Contaminação politiqueira”
Visão individualista
Foco no resultado como
condição de sucesso
RSE está na periferia
Fator cultural
Construção da cultura da
sustentabilidade
Participação na construção de
políticas públicas
Educação continuada
Pensamento de longo prazo e
foco na finalidade
Visão sistêmica
(Re)conhecimento dos valores
e inegociáveis
16Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
Mesa Setor Fatores de Sucesso Fatores de Insucesso Principais Desafios
04 Público
Convergência de esforços
entre órgãos / organizações
dos três setores
Facilidade das ONGs e
OSCPIs em se relacionar com
as comunidades - Projeto
Aliança pela Vida
Otimização de recursos
através da parceria entre os
setores público e privado -
Programa ensino profissional
A sociedade civil tem
capacidade para mobilizar os
três setores em prol de uma
boa causa
Credibilidade das instituições
envolvidas no projeto
Descontinuidade em função
da mudança de gestão
Implantação de projeto
sem unir as prioridades da
comunidade
Divergência de objetivos entre
os órgãos envolvidos
Enfrentar as diferenças
político- partidárias em prol
da sustentabilidade
Compartilhamento do
conhecimento
Tratar o tema desenvolvim-
ento sustentável de forma
sustentável dentro das orga-
nizações
Capacitação/ alinhamento de
servidores públicos federais,
estaduais e municipais
no tema desenvolvimento
sustentável
Respeitar a diversidade
Engajamento das pessoas
05 Privado
Fumec - 48 anos: Fundou um
edifício de construção coletiva
que conseguiu se qualificar de
faculdade para universidade
Cedro: Empresa de 140 anos
- familiar - harmonia e integra-
ção dos associados
Sebrae: referência como
especialista em média e
pequena empresa
Fumec: o professor ocupa
todos os cargos. Conflito
temporário na ocupação do
cargo; atravessa momento de
renovação da gestão
Cedro:Mudançasdefocosque
não deram certo (malharia,
confecção, banco)
Sebrae: Alternância no con-
selho deliberativo que pode
gerar descontinuidades
Desafios da sustentabilidade
econômica, social, ambiental
e cultural
Manutenção da competitivi-
dade do mercado conside-
rando requisitos legais
Desenvolver competências
para enfrentar questões
de gestão com práticas de
governança dentro da visão
de sustentabilidade integrada
Pesquisar e criar inteligência
corporativa para enfrenta-
mento de problemas através
da construção coletiva de
soluções integradas com sus-
tentabilidade
06 Público Liderança positiva
Planejamento
Incluir envolvidos
Limitação de recursos
Descontinuidade de projetos
Falhas de gestão
17Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
Mesa Setor Fatores de Sucesso Fatores de Insucesso Principais Desafios
07 Privado
Transparência
Parcerias intersetoriais
Atuar como agente de inte-
gração dos diferentes mundos
Predisposição para quebrar
paradigmas
Aberto para novos paradig-
mas
Profissionais de setores espe-
cíficos atuando em diferentes
setores
Paciência
Engajamento
Expectativas distintas
Tempos distintos
Falta de cultura de construção
coletiva
Sistemas de controle que não
levam à transparência
Energia dispendida em pro-
cessos distintos
Mais difícil romper com o
velho do que orientar o novo
Ausência de uma governança
instituída/ reconhecida
Construir modelo de gover-
nança comunitária
Pactuação entre atores
Sistematizar experiências e
lições aprendidas e não só
boas práticas
Transparência
Falta de clareza e objetividade
nas negociações de parcerias
Alinhamento dos tempos
Estratégias de curto e longo
prazo
Diferentes linguagens, expec-
tativas e perspectivas
09 Privado
Comunicação efetiva e as-
sertiva
Estratégia de engajamento
entre os setores
Governança / gestão
Entender a lógica de funciona-
mento dos setores
Construção coletiva (apro-
priação)
Bom projeto (diagnósticos,
prioridades, resultados, mo-
nitoramento/ avaliação)
Construção e definição de
papéis
Alinhamento com políticas
públicas
Alternância de poder público
Tecido social frágil (comuni-
dade)
Uso político de projeto / ação
Dificuldade de envolvimento
da empresa
Descontinuidade por questões
financeiras
Interesses pessoais.
Mensuração de resultados,
inclusive os intangíveis
Reciprocidade (evidenciar os
benefícios mútuos / ganha-
ganha)
Gerenciar / priorizar interesses
conflitantes dos stakeholders
Desenhar estratégia para en-
volver os três setores
Coerência entre o investimen-
to social privado externo e
ações / políticas para o público
interno
18Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
Mesa Setor Fatores de Sucesso Fatores de Insucesso Principais Desafios
10
Sociedade
Civil
Fortalecimento da imagem
Decisão para mudança
Leitura de cenário
Qualificação do quadro funcio-
nal e da gestão
Visão de futuro
Entrada de novos saberes no
negócio
Ações burocráticas
Articulação entre primeiro e
segundo setor
Falta de planejamento
Ostentar a pobreza
Dificuldade de retenção de
talentos
Administração amadora
Tornar-se sustentável
Efetuar as parcerias público-
privadas efetuando as agen-
das
Captação de renda para
custos fixos e RH
Qualidade X Quantidade
Alinhar as agendas dos três
setores
Diferença entre os tempos dos
três setores (agenda)
Retenção de talentos
Mudança do paradigma de
projetos para projetos autos-
sustentáveis
Trabalhar em conjunto
Necessidade de controle X
Processo social autônomo
12 Privado
Escuta qualificada
Parceiros e acordos
Construção de identidade
positiva
Construção positiva de
imagem
Capacitação e formação em
base contínua
Falta de inovação
Falta de liderança eficaz
Falta de continuidade nos
projetos
Interesses pessoais sobre-
pondo interesses coletivos
Falta de comunicação
Falta de planejamento e
monitoramento (gestão).
Superar a resistência dos
outros setores com relação ao
setor privado
Mudar a cultura do setor
privado de comprometimento
real com outros setores
13
Sociedade
Civil
Não conformidade gerando
ideias; a sociedade civil,
empresarial e governamental
--> vontade de mudanças
Construção de uma nova
realidade internacional para
redução da desigualdade
Inovação
Parcerias
Capacitação profissional
A sociedade civil sabe o que
fazer, porém faltam recursos
Cultura assistencialista
Marco regulatório
Consolidar setor 2,5: negócios
sociais
Marco regulatório
Acesso a capital
Políticas públicas
19Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
Mesa Setor Fatores de Sucesso Fatores de Insucesso Principais Desafios
14
Sociedade
Civil
Criar sinergia
Mobilização de ONG e apoio
comunitário
Apostar no diálogo entre os
setores
Determinação do terceiro
setor
Compromisso com a respon-
sabilidade social; capacidade
de gerar vontade política
Conhecimento científico e
legal para embasar a decisão
Interesse eleitoreiro
Dificuldade de alinhar valores
Segundo setor: busca de
novas práticas geradoras de
desenvolvimento, mesmo que
gerem mais custos
Incapacidade técnica
Vaidade das lideranças
Melhorar a gestão do terceiro
setor sem perder os valores
Ampliar e qualificar mecanis-
mos de participação da socie-
dade civil
Fomentar a participação das
competências da sociedade
civil
Com essa atividade, foi possível observar os principais
pontos positivos e negativos no relacionamento entre os
três setores.Além disso, os principais desafios colocados
pelos participantes demonstram a necessidade de
geração de conhecimento que ajude os três setores
a interagir de forma benéfica e positiva. A melhoria
na gestão além da sistematização e disseminação de
conhecimento útil e aplicável são desafios apontados
por todos os setores.
Essas discussões foram realizadas, contudo, entre
participantes do mesmo setor. Apesar de os pontos
levantados serem importantes para as próximas
atividades do CRGSI, era preciso verificar também a
percepção dos participantes com relação aos outros
setores. Com tal objetivo, foi realizada uma terceira
dinâmica.
RODADA 3: DESAFIOS E ESTRATÉGIAS
PRIORIZADAS PELOS PARTICIPANTES
Feita a priorização dos desafios de cada mesa, foi
pedido aos participantes que se misturassem em novas
configurações de grupos, sem se preocuparem com seus
respectivos setores de atuação. Os participantes, nessa
dinâmica, tiveram que chegar a um consenso sobre quais
seriam os desafios priorizados para cada setor e quais
seriam as estratégias e iniciativas propostas para cada
desafio. Posteriormente, as proposições foram votadas,
revelando quais eram os desafios mais importantes para
cada um dos três setores, de acordo com os presentes.
Os desafios prioritários do setor público nos mostraram
a preocupação em proporcionar um foco maior para a
sustentabilidade, tratando-a de forma transversal, e em
respeitar as diferenças entre os setores.
No setor privado, os desafios priorizados nos mostraram
que ainda faltam nas empresas soluções que encontrem
a convergência entre gestão responsável para a
sustentabilidade e requisitos legais e demandas das
partes interessadas. Além disso, é preciso também
mostrar a importância do investimento social privado
para os negócios da empresa.
A sociedade civil organizada nos mostrou que ainda
é necessário alinhar os interesses do setor e que é
preciso capacitá-lo para obter um melhor acesso aos
conhecimentos. Na tabela seguinte é possível observar
todos os desafios priorizados, as possíveis estratégias
e iniciativas utilizadas para as questões colocadas e a
quantidade de votos recebida por cada uma.
20Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
A - SETOR PÚBLICO
Desafios Priorizados Estratégias/Iniciativas Votos
Respeitar as diversidades políticas,
sociais, culturais e econômicas
Mapeamento e diagnóstico participativos para levantamento de
demandas, talentos e vocações locais
04
Educação, formação e informação para o desenvolvimento
sustentável
Elencar o tema desenvolvimento sustentável de forma transversal
nas organizações
Ampliar e fortalecer espaços de diálogo e concentração entre
os setores.
14
Formar capacidades com visão intersetorial
Ampliar e fomentar diálogo
Construir agenda coletiva
Capacidade de comunicar políticas públicas para todos os atores
Mecanismo de controle político em longo prazo
Educação para a competência cidadã
23
Tratar o tema desenvolvimento
sustentável de forma transversal
dentro das organizações dos três
setores
Criar políticas públicas de fomento que incentivam o diálogo
intersetorial
11
Nivelamento dos conceitos
Estabelecer uma agenda comum e um plano de ação
20
Pactuar metas comuns que constituam uma agenda nacional de
desenvolvimento sustentável com todos os setores envolvidos
10
Dar continuidade e ampliar a educação para o desenvolvimento
sustentável desde a educação básica
08
B - SETOR PRIVADO
Desafios Priorizados Estratégias/Iniciativas Votos
Convencer/conscientizar os execu-
tivos sobre a importância do investi-
mento social privado para o negócio
Aprimorar / divulgar metodologias de mensuração de resultados
obtidos com o investimento social privado
21
Desenvolvimento de lideranças para o reconhecimento da
importância do investimento social
09
Alinhar as diferenças culturais, de
linguagem e interesses entre os
diferentes setores
Difundir a cultura sustentável e sustentada das empresas
Criar instrumentos de gestão que as ações sociais sejam
investimentos e não custos, valores tangíveis e intangíveis para
o negócio da empresa
15
21Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
Desafios Priorizados Estratégias/Iniciativas Votos
Falta de construção coletiva
Formar capacidades com visão intersetorial
Ampliar e fomentar diálogo
Construir agenda coletiva
Ampliar cultura de construção coletiva
Quantificar riscos e oportunidades de uma construção coletiva
11
Como ser competitivo trabalhando
com a gestão responsável para a
sustentabilidade, considerando os
requisitos legais e demandas dos
stakeholders
Desenvolver, coletivamente, competências de gestão sustentável 27
C – SOCIEDADE CIVIL
Desafios Priorizados Estratégias/Iniciativas Votos
Profissionalização da gestão do
terceiro setor
Estabelecer estratégias de formação continuada em parceria
com os setores público e privado
13
Acesso ao conhecimento
Capacitação do 3º setor em gestão com o apoio das instituições
de ensino
19
Viabilizar convênios, PPPs para capacitação e organizações,
seus gestores e participantes
12
Concertação de interesses Promover geração de valor compartilhado em favor da vida 19
Mudança na cultura do terceiro setor
de um “padrão” assistencialista para
sua profissionalização
Profissionalização da gestão do terceiro setor em perder o valor
social
12
Educação para cidadania na estrutura
educativa brasileira
Criar espaços/ centros de proteção e monitoramento dos
mecanismos de controle político de longo prazo
Formar capacidades com visão intersetorial
Ampliar e fomentar diálogo; construir agenda coletiva
04
Novamente, o papel da gestão é central para a solução
dos desafios encontrados em cada setor. As estratégias
apontadas pelos participantes mostram a importância da
divulgação das ferramentas e metodologias já existentes
para o desenvolvimento dos profissionais dos três
setores. Esses resultados servem de insumo para as
atividades do CRGSI daqui em diante.
Realizadas as dinâmicas, as atividades coordenadas
pelo professor Claudio Boechat foram finalizadas com
as palavras do professor Mozart, diretor estatutário da
FDC, que ressaltou a importância do compartilhamento
de histórias entre os participantes e das várias
recomendações que surgiram das apresentações dos
palestrantes. Mozart também destacou o fato de todas
as apresentações se direcionarem a temas e problemas
que ainda precisam ser solucionados, Por fim, ressaltou
a necessidade de tratar a geração de conhecimento
como um processo contínuo, ou seja, que não tem fim,
permitindo desenvolver-se constantemente. A seguir,
algumas considerações finais e perspectivas para o
CRGSI serão apresentadas.
22Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401
CONSIDERAÇÕES FINAIS E
PERSPECTIVAS PARA O CRGSI
A governança social integrada é fundamental para a
construção de uma sociedade sustentável. A integração
entre o setor público, privado e sociedade civil organizada
é viável e pode gerar frutos para toda a sociedade.
Com a missão de promover essa integração, ao gerar
conhecimento relevante e aplicável para a governança
social integrada, é criado o Centro de Referência em
Governança Social Integrada, que conta com o apoio
do Banco Nacional do Desenvolvimento.
No evento de lançamento, houve apresentações de
iniciativas que já vêm sendo realizadas pelos três setores
e também foram feitas dinâmicas com os participantes,
com o objetivo de fazê-los refletir e apontar os principais
desafios e questões que a governança social integrada
lhes coloca. Pontuadas pelas falas da professora Rosileia
Milagres e do professor Mozart, da FDC, as atividades
realizadas no evento demonstraram a importância do
tema e a necessidade de ir além.
Com os principais desafios apontados por todos os
setores, é clara a importância da sistematização de
conhecimento acerca de iniciativas voltadas à gestão
social. Diversas são as atividades hoje realizadas
pelos atores em todos os âmbitos, mas, sem a
organização e disseminação desse conhecimento,
muitos gestores, sejam eles públicos, privados ou de
organizações da sociedade civil, não têm acesso a
esse conhecimento. Esse é um desafio com o qual
o CRGSI tem muito a contribuir, por contar com uma
equipe já habituada a produzir materiais em diversos
formatos e realizar pesquisas estruturadas com o
objetivo de auxiliar as organizações a lidarem com os
aspectos da sustentabilidade. Outra questão enfatizada
pelos participantes é a necessidade de capacitação em
gestão, desafio com que também o CRGSI tem muito a
contribuir, ao considerar a tradição e excelência da FDC
no desenvolvimento de executivos.
As palestras e dinâmicas foram importantes para o
mapeamento das iniciativas e desafios enfrentados pelos
três setores na governança social. O material coletado
com as atividades servirá de insumo para as linhas de
pesquisa do CRGSI.

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  • 1. GESTÃO ESTRATÉGICA DO SUPRIMENTO E O IMPACTO NO DESEMPENHO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS GOVERNANÇA SOCIOAMBIENTAL INTEGRADA NO BRASIL DESAFIOS E ESTRATÉGIAS DE SUPERAÇÃO Lucas Amaral Lauriano, Brener Seixas, João Henrique Bueno - Núcleo de Sustentabilidade CI1401 E RESUMO ste Caderno de Ideias tem como objetivo revisar e analisar o evento de Lançamento do Centro de Referência em Governança Social Integrada (CRGSI), com foco nas primeiras discussões lançadas aos participantes sobre o assunto. Essas discussões giram em torno de painéis que aconteceram durante o evento e da ideia da implementação de uma governança social integrada perfeita, quais são os desafios para que ela aconteça e quais seriam seus benefícios. Ele se inicia com um resumo do que aconteceu durante o evento, com os exemplos de governança social integrada apresentado pelos palestrantes, e depois mostra quais são as opiniões dos participantes de cada setor sobre o assunto. INTRODUÇÃO O evento ocorreu no dia 27 de março de 2013 e contou com a presença de 51 participantes, divididos por setores: o setor público, que contou com a presença de 8 pessoas, o setor privado, com 23 presentes, e o setor da Sociedade Civil, que contou com a presença de 20 participantes. A ideia do evento era abrir a discussão sobre o assunto da governança social integrada e analisar a perspectiva de cada um dos setores envolvidos. Para isso, ocorreram três palestras com o intuito de mostrar exemplos, em cada setor da sociedade, de casos de sucesso de governança social integrada na sua gestão. VÍDEO – DE ONDE VÊM AS BOAS IDEIAS Inicialmente, os participantes assistiram ao vídeo “De onde vêm as boas ideias”, que mostra as grandes descobertas mundiais e suas características como processos criativos. Após, houve o questionamento sobre qual seria a mensagem do vídeo, que gerou o consenso entre os participantes sobre a necessidade da interação entre as ideias, fazendo com que a busca pelo caminho a ser percorrido se torne mais fácil. Com isso, ideias inovadoras surgirão a partir do compartilhamento e da conexão entre as diversas ideias. Essa reflexão dos presentes corrobora o papel do CRGSI em reunir representantes dos três setores.
  • 2. 2Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 PAINÉIS O evento contou com três palestras, com a intenção de exemplificar e explicar como é possível a implementação de uma governança social integrada em prol da comunidade. Essas palestras foram com representantes da Secretaria-Geral da Presidência da República, CCR e Fundação Vale, ou seja, um representante de cada setor. PALESTRA 1: SECRETARIA GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA – DIOGO SANTANA (SECRETÁRIO- EXECUTIVO DA SECRETARIA-GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA) A primeira palestra foi feita pelo Secretário-Executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República, Diogo Santana, que iniciou afirmando que sua principal atribuição é intermediar as relações do Governo Federal com as entidades da sociedade civil. Por meio do princípio da participação social como forma de afirmação da democracia, instituído na Constituição Figura 1 - O novo contexto democrático: o Brasil enfrenta seus principais desafios Fonte: Apresentação de slides da autoria de Diogo Santana de 1988, sua atuação é marcada pela viabilização da construção de espaços que incorporem as pautas e os interesses dos diversos setores da sociedade na elaboração das políticas públicas. Isso é feito por meio do assessoramento da presidência da República no relacionamento, articulação e interlocução com os movimentos sociais, entidades patronais e de trabalhadores. Essa articulação é, portanto, essencial para compreender o estado da governança social integrada no Brasil e quais são os principais desafios que o relacionamento entre a esfera governamental, empresas e sociedade colocam. De acordo com o palestrante, os principais desafios enfrentados pelo Brasil no novo contexto democrático foram a inflação, a desigualdade, o desemprego, as taxas de juros, a necessidade de aumentar investimentos em infraestrutura e a inclusão da sociedade civil na participação das decisões do Estado. Segundo os dados apresentados (Figura 1), houve uma melhora significativa desses desafios no período entre 2003 e 2012. Um exemplo disso é a variação do Índice de Gini, indicador do grau de concentração de renda em determinado grupo, que aponta a diminuição da diferença da desigualdade entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos do país.
  • 3. 3Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 A governança pública diz respeito à gestão política que leva em conta a negociação, a comunicação e a cooperação com os cidadãos, empresas e entidades sem fins lucrativos na condução das ações governamentais. Nos últimos 10 anos, segundo o palestrante, alguns aspectos da melhoria da participação social na governança pública podem ser ressaltados de acordo com o ciclo da participação social na governança pública (Figura 2). Figura 2 – Participação Social na Governança Pública Fonte: Apresentação de slides da autoria de Diogo Santana 1. Formação de agenda: Nos últimos 10 anos foram realizadas 86 conferências, que reuniram mais de 7 milhões de pessoas, abordando mais de 40 temáticas. 2. Formulação: Por meio das Mesas de Diálogo, foram construídos os Compromissos Nacionais para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar e na Construção Civil. ▪▪ A Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica é resultado de um plano de mobilização social. ▪▪ Os Compromissos do Brasil na Parceria para Governo Aberto foram construídos por meio de consulta virtual. 3. Implementação: Por meio de parcerias com as Organizações da Sociedade Civil, foi implementada a política para ampliação do acesso à água no semiárido nordestino, foi instituída a regra do chamamento público obrigatório, e está sendo construído o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil. 4. Monitoramento:ASecretaria Geral da Presidência da República (SG/PR) se relaciona com 36 Conselhos Nacionais e 4 Comissões com efetiva participação da sociedade. ▪▪ O Plano Plurianual 2012-2015 foi construído e está sendo monitorado por meio do Fórum Interconselhos. ▪▪ O Brasil Sem Miséria e o Plano Juventude Viva têm sido discutidos e monitorados por meio de Diálogos entre Governo e Sociedade Civil. 5. Avaliação e prestação de contas: A auditoria participativa está sendo testada nos Comitês Populares da Copa do Mundo FIFA 2014 sobre o impacto das grandes obras. Nesse sentido, para que a participação social na governança pública pudesse se efetivar, a convergência entre as agendas do governo, a sociedade civil e o setor privado foi fundamental. Nesse processo de convergência, algumas características do governo, da sociedade civil e do setor privado tiveram que se alterar (Figura 3).
  • 4. 4Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 Figura 3 – Participação Social na Governança Pública Fonte: Apresentação de slides da autoria de Diogo Santana Como pode ser observado, o governo sofreu a transição do modelo autoritarista para o modelo de democracia participativa; a sociedade civil, por sua vez, partiu a ocupação para a produção e formulação de políticas; e, finalmente, o setor privado mudou o seu foco exclusivo no resultado econômico para o foco na produção de forma ética e sustentável. A partir dessas mudanças e da convergência de agendas, algumas parcerias com a sociedade civil e empresas privadas foram viabilizadas. Uma delas foi o Compromisso Nacional para o Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Indústria da Construção. Objetivando aprimorar as condições de trabalho nos canteiros de obras do país, esse Compromisso beneficiou cerca de quatro milhões de trabalhadores do setor da construção. O Compromisso reuniu diretrizes sobre recrutamento e seleção; formação e qualificação profissional; saúde e segurança; representação sindical no local de trabalho; condições de trabalho e relações com a comunidade. Isso permitiu a implementação de comitês de saúde e segurança e a adoção de representantes sindicais nas obras, o que beneficiou cerca de quatro milhões de trabalhadores da construção civil e da construção pesada. Outra parceria apresentada foi o Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana- de-Açúcar. Visando garantir novos direitos e melhor qualidade de vida para os trabalhadores da lavoura de cana-de-açúcar, esse compromisso foi firmado por meio do diálogo e negociação tripartite entre trabalhadores e empresários do setor sucroenergético em 2009. Dessa forma, permitiu-se que, das 252 unidades sucroalcooleiras, 170 fossem auditadas, e, assim, cerca de 75% da produção sucroalcooleira ficou em conformidade com o Compromisso. As parcerias com a sociedade civil e empresas públicas permitiu a implementação de dois programas: o Terra Forte e a Cataforte. O Programa deAgroindustrialização em Assentamentos da Reforma Agrária – Terra Forte – contou com R$ 600 milhões de investimentos advindos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fundação Banco do Brasil (FBB), Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). A expectativa do programa é atender, em 5 anos, a 200 cooperativas e associações, beneficiando
  • 5. 5Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 1. Produção orgânica e agroecológica. 2. Tratamento de resíduos sólidos (logística reversa, lixo eletrônico etc.). 3. Inclusão social e produtiva de comunidades extrativistas e comunidades da floresta. 4. Microcrédito e economia solidária. 5. Juventude. PALESTRA 2: INFRAESTRUTURA E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL) – FRANCISCO DE ASSIS NUNES BULHÕES (DIRETOR DE COMUNICAÇÃO, MARKETING E SUSTENTABILIDADE) OGrupoCCRéumadasmaioresempresasdeconcessão de infraestrutura do mundo, atuando nos segmentos de concessão de rodovias, mobilidade urbana e serviços. É responsável por 2.437 quilômetros de rodovias da malha concedida nacional, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. O seu negócio é viabilizar soluções de investimentos e serviços em infraestrutura, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental das regiões onde atua (Figura 4). Suas atividades envolvem rodovias, aeroportos, metrô, barcas, inspeção veicular, meios eletrônicos de pagamento e transmissão de dados por fibra ótica. No ranking das maiores empresas em valor de mercado do Ibovespa, o Grupo CCR está na 13ª posição, com o valor de R$ 34,3 bilhões. até 70 mil famílias. O projeto Cataforte visa promover ações de formação e assessoria técnica para o setor de reciclagem dos resíduos sólidos. O Projeto já beneficiou mais de 12 mil catadores de materiais recicláveis, atendendo a 386 empreendimentos econômicos solidários, e já foram investidos mais de R$ 39 milhões em ações de fomento para a organização e o desenvolvimento das cooperativas. Até 2014, a projeção é investir mais R$ 140 milhões no setor de reciclagem e resíduos sólidos. Finalmente, as parcerias com a sociedade civil na construção de programas de governo geraram dois projetos. O primeiro deles, o Plano de Prevenção à Violência Contra a Juventude Negra, foi construído por meio de um processo amplamente participativo e de articulação interministerial. O Plano prioriza 132 municípios brasileiros que concentram 70% dos homicídios contra jovens negros e prevê ações para garantir direitos e oportunidades para os jovens, oferecer serviços e espaços de convivência nos bairros mais vulneráveis e melhorar a atuação das instituições do Estado no relacionamento com os jovens. O segundo programa, “Diálogos Governo - Sociedade Civil: Brasil Sem Miséria,” foi concebido para aprofundar o diálogo com os movimentos sociais sobre os avanços e desafios do plano de superação da extrema pobreza e para ampliar o engajamento da sociedade. Da segunda edição dos Diálogos, participaram 250 representantes da sociedade civil organizada. Diante do exposto, os próximos passos para a atuação da Secretaria-Geral da Presidência da República é a consolidação de uma agenda convergente em torno da sustentabilidade. Ressalta-se que a participação social é o método mais eficaz para garantir a governança, juntamente com a construção de soluções locais e nacionais por meio do diálogo com stakeholders. Para concluir sua apresentação, Diogo Santana afirmou que alguns temas de fronteira da Secretaria são:
  • 6. 6Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 Figura 4 – Relacionamento com Investidores e o Mercado Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões A estrutura acionária da CCR é composta pelos grupos Soares Penido, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. Há ainda 48,78% do total de ações que são negociadas no Novo Mercado da BM&FBovespa (Figura 5). Figura 5 – Estrutura acionária do Grupo CCR Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões
  • 7. 7Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 Diariamente cerca de 1.400.000 veículos pagam pedágio nas rodovias CCR.As estimativas são de 1 bilhão de viagens por ano nas rodovias CCR e 2.700.000 viagens por dia.Amelhoria da infraestrutura para possibilitar o desenvolvimento sustentável pode ser vista por meio de casos como Ponte Rio-Niterói, CCR Nova Dutra – Guarulhos Marginal, CCR Nova Dutra – Baixada Fluminense RJ, CCR AutoBan – Ponte sobre Rio Tietê. A seguir, algumas imagens que demonstram as melhorias decorrentes da atuação do Grupo CCR (Figuras 6 a 9). Figura 6 – Antes e depois, Ponte Rio-Niterói Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões Figura 7 – Antes e depois, Ponte Rio-Niterói Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões
  • 8. 8Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 Figura 8 – Antes e depois, CCR NovaDutra – Guarulhos Marginal Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões Figura 9 – Antes e depois, CCR NovaDutra – Baixada Fluminense RJ Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões Um dos resultados advindos dessas melhorias foi a redução dos acidentes com vítimas fatais nos trechos operados pelo Grupo CCR (Figuras 10 e 11).
  • 9. 9Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 Figura 10 – Pesquisa FDC sobre acidentes Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões Figura 11 – Acidentes com mortes na CCR NovaDutra Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões
  • 10. 10Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 Realizada pelo Datafolha em 2012, a última pesquisa de imagem e satisfação sobre os empreendimentos do Grupo CCR demonstra a boa avaliação dos motoristas de automóvel e caminhão (Figura 12). Figura 12 – Avaliação geral do trabalho realizado pela concessionária Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões Investimento Social Privado no Grupo CCR: compromisso com a sustentabilidade A CCR é signatária do Pacto Global da ONU, com a adoção dos 10 princípios para o desenvolvimento sustentável. Possui o maior programa privado de educação de segurança no trânsito. Para fomentar a melhoria da segurança viária, foram realizadas parcerias com o BID e a FDC. Além do mais, o Grupo CCR conta com um Comitê de Sustentabilidade nos níveis estratégico, executivo e operacional. As frentes de trabalho que demonstram o compromisso com a sustentabilidade são: 1. Frente Resíduos 2. Frente Emissões e Consumo de Recursos 3. Frente Segurança Viária 4. Frente ISE 5. Projeto Governança da Sustentabilidade e GRI 6. Projeto Entrada para a Cidadania 7. Frente Comunicação 8. Projeto Estrada Sustentável A partir dessas frentes de trabalho são desenvolvidas centenas de trabalhos ambientais, culturais, educativos, esportivos, de saúde e sociais. Alguns destaques são o Parque Natural Jardim Jurema, em São João de Meriti (RJ), na baixada fluminense, cuja revitalização a CCR Nova Dutra apoia. Essa ação inclui o plantio de 5 mil plantas nativas. Outro projeto é a Estrada para a Cidadania, que objetiva disseminar informações sobre meio ambiente e segurança de trânsito e cidadania entre os alunos do quarto e quinto ano das redes públicas de ensino fundamental nas cidades de atuação das concessionárias do Grupo CCR. A Figura 13 resume os investimentos feitos pelo Grupo CCR para efetivar todas suas ações.
  • 11. 11Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 Figura 13 – Investimentos em sustentabilidade Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões Investimento Social Privado no Grupo CCR: Governança da Sustentabilidade A estrutura de Governança da Sustentabilidade CCR foi criada para desenvolver a atuação do Grupo no tema e é composta pelas três instâncias mostradas na Figura 14. Figura 14 – Estrutura de Governança da Sustentabilidade no Grupo CCR Fonte: Apresentação de slides da autoria de Francisco Bulhões
  • 12. 12Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 O Comitê de Estratégia e Sustentabilidade surgiu da implantação de seis comitês técnicos e consultivos, quais sejam, Comitê de Governança, Comitê de Auditoria, Comitê de Estratégia e Sustentabilidade, Comitê de Finanças, Comitê de Novos Negócios e Comitê de Recursos Humanos. Para garantir eficiência e agilidade às decisões do Conselho de Administração, esses comitês agregam maior valor ao conselho de administração, na medida em que foram conferidos instrumentos que lhe permitem exercer suas funções com maior eficiência e agilidade e, ato contínuo, melhorar a qualidade dos processos decisórios. O documento “Objetivos Gerais e Diretrizes (OGD)” define as estratégias para o ano vigente, e uma de suas metas é consolidar a Sustentabilidade como parte integrante da proteção, criação de valor e perpetuação do negócio do Grupo CCR. A CCR foi criada a partir da unificação de ações detidas por grandes grupos nacionais. A companhia abriu seu capital em 2000 e realizou emissão primária de ações em 2002, quando foi a primeira companhia a aderir ao Novo Mercado da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBovespa). Hoje, a CCR integra os mais importantes índices do mercado acionário brasileiro: o IBrX-50 (que lista as 50 ações com maior liquidez da bolsa), o índice de ações com Tag Along, o Índice de Governança Corporativa (IGC), o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e o Ibovespa. A CCR também ingressou no Índice Carbono Eficiente (ICO²), criado em 2010 e que tem como objetivo listar as empresas que adotam práticas transparentes em relação a suas emissões de gases efeito estufa (GEE). PALESTRA 3: FUNDAÇÃO VALE – ANDRÉIA DE AZEVEDO RABETIM (GERENTE GERAL DE PARCERIAS INTERSETORIAIS) A Fundação Vale contribui para o desenvolvimento integrado – econômico, ambiental e social – dos territórios onde a Vale opera, fortalecendo o capital humano nas comunidades e respeitando as identidades culturais locais. Sua atuação baseia-se em uma estratégia de investimento social estruturante, alinhada às políticas públicas e voltada a uma perspectiva de médio e longo prazos. Seu foco é o fortalecimento da gestão pública, a melhoria da infraestrutura urbana e o apoio ao desenvolvimento humano e econômico. Os valores que norteiam o trabalho da Fundação Vale são a ética, a transparência, o comprometimento, a corresponsabilidade, a accountability (capacidade de prestar contas e de assumir a responsabilidade sobre seus atos e o uso de recursos) e o respeito à diversidade. Segundo Milton Santos (2003), o território é o chão e mais a população, isto é, uma identidade, o fato e o sentimento de pertencer àquilo que nos pertence. Nesse sentido, a Fundação Vale busca articular a atuação dos fornecedores Vale, organizações do terceiro setor, poder público, academia, organizações internacionais, Sistema S, para entender como sua atuação econômica pode gerar desenvolvimento nas localidades onde a Vale atua. Figura 15 – Ciclo sobre como o crescimento econômico pode gerar desenvolvimento Fonte: Apresentação de slides da autoria de Andréia de Azevedo Rabetim A partir do desafio de potencializar o investimento social voluntário nos territórios da Vale, elaborou-se o Modelo de Atuação da Fundação Vale que representa, de forma clara, sua abordagem junto aos stakeholders.
  • 13. 13Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 Figura 16 – Modelo de atuação Fundação Vale Fonte: Apresentação de slides da autoria de Andréia de Azevedo Rabetim A estratégia de atuação da Fundação Vale é baseada na Parceria Social Público-Privada (PSPP). Seu objetivo principal é a promoção do desenvolvimento dos territórios a partir da união de esforços, recursos e conhecimento de governos, setor privado e sociedade civil em torno de uma visão comum. Com essa união, são gerados nos territórios resultados sociais estruturantes e sustentáveis no curto, médio e longo prazo. Os acordos de parceria são celebrados em forma de Protocolos de Intenção com cada município, permitindo um planejamento integrado com as prefeituras, o estabelecimento de objetivos comuns e a potencialização dos investimentos sociais. As diretrizes das PSPP são formar capacidades, fomentar articulação intersetorial e construir agenda de compromissos mútuos. Todas essas ações buscam contribuir para a promoção da qualidade de vida e do desenvolvimento humano; o fortalecimento da intersetorialidade e das políticas públicas; a ampliação da participação democrática na perspectiva da inclusão cidadã; a efetividade dos investimentos sociais do setor privado; a construção coletiva e a figura do cidadão enquanto beneficiário e copartícipe do processo de desenvolvimento territorial simultaneamente.
  • 14. 14Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 Figura 17 – Parceria Social Público Privada Fonte: Apresentação de slides da autoria de Andréia de Azevedo Rabetim Os grupos de trabalho instituídos pela PSPP são compostos por: •• Fundo Multilateral de Investimentos – FOMIN, do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID •• Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM •• Instituto Brasileiro de Administração para o Desenvolvimento – IBRAD •• Instituto Eupólis Lombardia •• UNESCO •• Especialista em monitoramento de projetos sociais •• Professor Associado da Fundação Dom Cabral •• Jurídico da Vale •• Instituto Tecnológico Vale – ITV Um dos projetos de destaque da Fundação Vale é o Projeto Engenheiros na Escola, realizado no Maranhão. Cerca de 170 voluntários engenheiros e técnicos de edificações se reuniram para atender a três municípios do Maranhão, verificando a estrutura das escolas e as mudanças que se faziam necessárias para cada construção. Uma vez feito o levantamento da estrutura escolar, a estrutura das edificações é corrigida e melhorada. Outro projeto de destaque é o Vale Música, que fomenta o ensino da música, valorizando as características culturais locais e a arte musical dos participantes, abrindo caminho para a formação de grupos musicais, corais, bandas e orquestras. A intenção desse projeto é descobrir e desenvolver talentos musicais e oferecer orientação profissional específica e também outras atividades ligadas ao mundo do entretenimento, visando a alternativas futuras de geração de renda e profissionalização. O Vale Música é realizado em parceria com o Instituto Homem Pantaneiro, no Mato Grosso do Sul, e a Fundação Amazônica de Música, no Pará. DINÂMICAS As palestras foram importantes para a compreensão de como a governança social integrada pode ser aplicada pelos setores público, privado e sociedade civil organizada. O evento de lançamento do CRGSI também realizou três dinâmicas intercaladas entre as apresentações, com o objetivo de discutir os principais desafios e questões que o tema representa.
  • 15. 15Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 RODADAS 1 E 2: FATORES DE SUCESSO E INSUCESSO NAS EXPERIÊNCIAS DOS PARTICIPANTES Os participantes foram orientados a apresentar os fatores de sucesso e insucesso em relação à integração entre os três setores, de acordo com as experiências pessoais dos presentes. Desse brainstorming, as mesas deveriam apontar os principais desafios colocados por seus participantes. No Quadro 1, os resultados são apresentados. Mesa Setor Fatores de Sucesso Fatores de Insucesso Principais Desafios 01 Privado Parcerias com cooperativas Formação de rede Parcerias com os três setores Alinhamento com políticas públicas Investimento muito elevado Ciclos eleitorais / interferências políticas Baixo capital social – fator cultural Falta de tecnologias sociais Falta de conceitos claros 02 Sociedade Civil Capacitação técnica Concentração de interesses Humildade /abertura Processo decisório compartilhado Saber ouvir e clareza na comunicação Visão sistêmica Competição de razão Exclusão do aspecto econômico na gestão “Contaminação politiqueira” Visão individualista Foco no resultado como condição de sucesso RSE está na periferia Fator cultural Construção da cultura da sustentabilidade Participação na construção de políticas públicas Educação continuada Pensamento de longo prazo e foco na finalidade Visão sistêmica (Re)conhecimento dos valores e inegociáveis
  • 16. 16Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 Mesa Setor Fatores de Sucesso Fatores de Insucesso Principais Desafios 04 Público Convergência de esforços entre órgãos / organizações dos três setores Facilidade das ONGs e OSCPIs em se relacionar com as comunidades - Projeto Aliança pela Vida Otimização de recursos através da parceria entre os setores público e privado - Programa ensino profissional A sociedade civil tem capacidade para mobilizar os três setores em prol de uma boa causa Credibilidade das instituições envolvidas no projeto Descontinuidade em função da mudança de gestão Implantação de projeto sem unir as prioridades da comunidade Divergência de objetivos entre os órgãos envolvidos Enfrentar as diferenças político- partidárias em prol da sustentabilidade Compartilhamento do conhecimento Tratar o tema desenvolvim- ento sustentável de forma sustentável dentro das orga- nizações Capacitação/ alinhamento de servidores públicos federais, estaduais e municipais no tema desenvolvimento sustentável Respeitar a diversidade Engajamento das pessoas 05 Privado Fumec - 48 anos: Fundou um edifício de construção coletiva que conseguiu se qualificar de faculdade para universidade Cedro: Empresa de 140 anos - familiar - harmonia e integra- ção dos associados Sebrae: referência como especialista em média e pequena empresa Fumec: o professor ocupa todos os cargos. Conflito temporário na ocupação do cargo; atravessa momento de renovação da gestão Cedro:Mudançasdefocosque não deram certo (malharia, confecção, banco) Sebrae: Alternância no con- selho deliberativo que pode gerar descontinuidades Desafios da sustentabilidade econômica, social, ambiental e cultural Manutenção da competitivi- dade do mercado conside- rando requisitos legais Desenvolver competências para enfrentar questões de gestão com práticas de governança dentro da visão de sustentabilidade integrada Pesquisar e criar inteligência corporativa para enfrenta- mento de problemas através da construção coletiva de soluções integradas com sus- tentabilidade 06 Público Liderança positiva Planejamento Incluir envolvidos Limitação de recursos Descontinuidade de projetos Falhas de gestão
  • 17. 17Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 Mesa Setor Fatores de Sucesso Fatores de Insucesso Principais Desafios 07 Privado Transparência Parcerias intersetoriais Atuar como agente de inte- gração dos diferentes mundos Predisposição para quebrar paradigmas Aberto para novos paradig- mas Profissionais de setores espe- cíficos atuando em diferentes setores Paciência Engajamento Expectativas distintas Tempos distintos Falta de cultura de construção coletiva Sistemas de controle que não levam à transparência Energia dispendida em pro- cessos distintos Mais difícil romper com o velho do que orientar o novo Ausência de uma governança instituída/ reconhecida Construir modelo de gover- nança comunitária Pactuação entre atores Sistematizar experiências e lições aprendidas e não só boas práticas Transparência Falta de clareza e objetividade nas negociações de parcerias Alinhamento dos tempos Estratégias de curto e longo prazo Diferentes linguagens, expec- tativas e perspectivas 09 Privado Comunicação efetiva e as- sertiva Estratégia de engajamento entre os setores Governança / gestão Entender a lógica de funciona- mento dos setores Construção coletiva (apro- priação) Bom projeto (diagnósticos, prioridades, resultados, mo- nitoramento/ avaliação) Construção e definição de papéis Alinhamento com políticas públicas Alternância de poder público Tecido social frágil (comuni- dade) Uso político de projeto / ação Dificuldade de envolvimento da empresa Descontinuidade por questões financeiras Interesses pessoais. Mensuração de resultados, inclusive os intangíveis Reciprocidade (evidenciar os benefícios mútuos / ganha- ganha) Gerenciar / priorizar interesses conflitantes dos stakeholders Desenhar estratégia para en- volver os três setores Coerência entre o investimen- to social privado externo e ações / políticas para o público interno
  • 18. 18Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 Mesa Setor Fatores de Sucesso Fatores de Insucesso Principais Desafios 10 Sociedade Civil Fortalecimento da imagem Decisão para mudança Leitura de cenário Qualificação do quadro funcio- nal e da gestão Visão de futuro Entrada de novos saberes no negócio Ações burocráticas Articulação entre primeiro e segundo setor Falta de planejamento Ostentar a pobreza Dificuldade de retenção de talentos Administração amadora Tornar-se sustentável Efetuar as parcerias público- privadas efetuando as agen- das Captação de renda para custos fixos e RH Qualidade X Quantidade Alinhar as agendas dos três setores Diferença entre os tempos dos três setores (agenda) Retenção de talentos Mudança do paradigma de projetos para projetos autos- sustentáveis Trabalhar em conjunto Necessidade de controle X Processo social autônomo 12 Privado Escuta qualificada Parceiros e acordos Construção de identidade positiva Construção positiva de imagem Capacitação e formação em base contínua Falta de inovação Falta de liderança eficaz Falta de continuidade nos projetos Interesses pessoais sobre- pondo interesses coletivos Falta de comunicação Falta de planejamento e monitoramento (gestão). Superar a resistência dos outros setores com relação ao setor privado Mudar a cultura do setor privado de comprometimento real com outros setores 13 Sociedade Civil Não conformidade gerando ideias; a sociedade civil, empresarial e governamental --> vontade de mudanças Construção de uma nova realidade internacional para redução da desigualdade Inovação Parcerias Capacitação profissional A sociedade civil sabe o que fazer, porém faltam recursos Cultura assistencialista Marco regulatório Consolidar setor 2,5: negócios sociais Marco regulatório Acesso a capital Políticas públicas
  • 19. 19Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 Mesa Setor Fatores de Sucesso Fatores de Insucesso Principais Desafios 14 Sociedade Civil Criar sinergia Mobilização de ONG e apoio comunitário Apostar no diálogo entre os setores Determinação do terceiro setor Compromisso com a respon- sabilidade social; capacidade de gerar vontade política Conhecimento científico e legal para embasar a decisão Interesse eleitoreiro Dificuldade de alinhar valores Segundo setor: busca de novas práticas geradoras de desenvolvimento, mesmo que gerem mais custos Incapacidade técnica Vaidade das lideranças Melhorar a gestão do terceiro setor sem perder os valores Ampliar e qualificar mecanis- mos de participação da socie- dade civil Fomentar a participação das competências da sociedade civil Com essa atividade, foi possível observar os principais pontos positivos e negativos no relacionamento entre os três setores.Além disso, os principais desafios colocados pelos participantes demonstram a necessidade de geração de conhecimento que ajude os três setores a interagir de forma benéfica e positiva. A melhoria na gestão além da sistematização e disseminação de conhecimento útil e aplicável são desafios apontados por todos os setores. Essas discussões foram realizadas, contudo, entre participantes do mesmo setor. Apesar de os pontos levantados serem importantes para as próximas atividades do CRGSI, era preciso verificar também a percepção dos participantes com relação aos outros setores. Com tal objetivo, foi realizada uma terceira dinâmica. RODADA 3: DESAFIOS E ESTRATÉGIAS PRIORIZADAS PELOS PARTICIPANTES Feita a priorização dos desafios de cada mesa, foi pedido aos participantes que se misturassem em novas configurações de grupos, sem se preocuparem com seus respectivos setores de atuação. Os participantes, nessa dinâmica, tiveram que chegar a um consenso sobre quais seriam os desafios priorizados para cada setor e quais seriam as estratégias e iniciativas propostas para cada desafio. Posteriormente, as proposições foram votadas, revelando quais eram os desafios mais importantes para cada um dos três setores, de acordo com os presentes. Os desafios prioritários do setor público nos mostraram a preocupação em proporcionar um foco maior para a sustentabilidade, tratando-a de forma transversal, e em respeitar as diferenças entre os setores. No setor privado, os desafios priorizados nos mostraram que ainda faltam nas empresas soluções que encontrem a convergência entre gestão responsável para a sustentabilidade e requisitos legais e demandas das partes interessadas. Além disso, é preciso também mostrar a importância do investimento social privado para os negócios da empresa. A sociedade civil organizada nos mostrou que ainda é necessário alinhar os interesses do setor e que é preciso capacitá-lo para obter um melhor acesso aos conhecimentos. Na tabela seguinte é possível observar todos os desafios priorizados, as possíveis estratégias e iniciativas utilizadas para as questões colocadas e a quantidade de votos recebida por cada uma.
  • 20. 20Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 A - SETOR PÚBLICO Desafios Priorizados Estratégias/Iniciativas Votos Respeitar as diversidades políticas, sociais, culturais e econômicas Mapeamento e diagnóstico participativos para levantamento de demandas, talentos e vocações locais 04 Educação, formação e informação para o desenvolvimento sustentável Elencar o tema desenvolvimento sustentável de forma transversal nas organizações Ampliar e fortalecer espaços de diálogo e concentração entre os setores. 14 Formar capacidades com visão intersetorial Ampliar e fomentar diálogo Construir agenda coletiva Capacidade de comunicar políticas públicas para todos os atores Mecanismo de controle político em longo prazo Educação para a competência cidadã 23 Tratar o tema desenvolvimento sustentável de forma transversal dentro das organizações dos três setores Criar políticas públicas de fomento que incentivam o diálogo intersetorial 11 Nivelamento dos conceitos Estabelecer uma agenda comum e um plano de ação 20 Pactuar metas comuns que constituam uma agenda nacional de desenvolvimento sustentável com todos os setores envolvidos 10 Dar continuidade e ampliar a educação para o desenvolvimento sustentável desde a educação básica 08 B - SETOR PRIVADO Desafios Priorizados Estratégias/Iniciativas Votos Convencer/conscientizar os execu- tivos sobre a importância do investi- mento social privado para o negócio Aprimorar / divulgar metodologias de mensuração de resultados obtidos com o investimento social privado 21 Desenvolvimento de lideranças para o reconhecimento da importância do investimento social 09 Alinhar as diferenças culturais, de linguagem e interesses entre os diferentes setores Difundir a cultura sustentável e sustentada das empresas Criar instrumentos de gestão que as ações sociais sejam investimentos e não custos, valores tangíveis e intangíveis para o negócio da empresa 15
  • 21. 21Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 Desafios Priorizados Estratégias/Iniciativas Votos Falta de construção coletiva Formar capacidades com visão intersetorial Ampliar e fomentar diálogo Construir agenda coletiva Ampliar cultura de construção coletiva Quantificar riscos e oportunidades de uma construção coletiva 11 Como ser competitivo trabalhando com a gestão responsável para a sustentabilidade, considerando os requisitos legais e demandas dos stakeholders Desenvolver, coletivamente, competências de gestão sustentável 27 C – SOCIEDADE CIVIL Desafios Priorizados Estratégias/Iniciativas Votos Profissionalização da gestão do terceiro setor Estabelecer estratégias de formação continuada em parceria com os setores público e privado 13 Acesso ao conhecimento Capacitação do 3º setor em gestão com o apoio das instituições de ensino 19 Viabilizar convênios, PPPs para capacitação e organizações, seus gestores e participantes 12 Concertação de interesses Promover geração de valor compartilhado em favor da vida 19 Mudança na cultura do terceiro setor de um “padrão” assistencialista para sua profissionalização Profissionalização da gestão do terceiro setor em perder o valor social 12 Educação para cidadania na estrutura educativa brasileira Criar espaços/ centros de proteção e monitoramento dos mecanismos de controle político de longo prazo Formar capacidades com visão intersetorial Ampliar e fomentar diálogo; construir agenda coletiva 04 Novamente, o papel da gestão é central para a solução dos desafios encontrados em cada setor. As estratégias apontadas pelos participantes mostram a importância da divulgação das ferramentas e metodologias já existentes para o desenvolvimento dos profissionais dos três setores. Esses resultados servem de insumo para as atividades do CRGSI daqui em diante. Realizadas as dinâmicas, as atividades coordenadas pelo professor Claudio Boechat foram finalizadas com as palavras do professor Mozart, diretor estatutário da FDC, que ressaltou a importância do compartilhamento de histórias entre os participantes e das várias recomendações que surgiram das apresentações dos palestrantes. Mozart também destacou o fato de todas as apresentações se direcionarem a temas e problemas que ainda precisam ser solucionados, Por fim, ressaltou a necessidade de tratar a geração de conhecimento como um processo contínuo, ou seja, que não tem fim, permitindo desenvolver-se constantemente. A seguir, algumas considerações finais e perspectivas para o CRGSI serão apresentadas.
  • 22. 22Caderno de Ideias FDC - Nova Lima - 2014 - CI 1401 CONSIDERAÇÕES FINAIS E PERSPECTIVAS PARA O CRGSI A governança social integrada é fundamental para a construção de uma sociedade sustentável. A integração entre o setor público, privado e sociedade civil organizada é viável e pode gerar frutos para toda a sociedade. Com a missão de promover essa integração, ao gerar conhecimento relevante e aplicável para a governança social integrada, é criado o Centro de Referência em Governança Social Integrada, que conta com o apoio do Banco Nacional do Desenvolvimento. No evento de lançamento, houve apresentações de iniciativas que já vêm sendo realizadas pelos três setores e também foram feitas dinâmicas com os participantes, com o objetivo de fazê-los refletir e apontar os principais desafios e questões que a governança social integrada lhes coloca. Pontuadas pelas falas da professora Rosileia Milagres e do professor Mozart, da FDC, as atividades realizadas no evento demonstraram a importância do tema e a necessidade de ir além. Com os principais desafios apontados por todos os setores, é clara a importância da sistematização de conhecimento acerca de iniciativas voltadas à gestão social. Diversas são as atividades hoje realizadas pelos atores em todos os âmbitos, mas, sem a organização e disseminação desse conhecimento, muitos gestores, sejam eles públicos, privados ou de organizações da sociedade civil, não têm acesso a esse conhecimento. Esse é um desafio com o qual o CRGSI tem muito a contribuir, por contar com uma equipe já habituada a produzir materiais em diversos formatos e realizar pesquisas estruturadas com o objetivo de auxiliar as organizações a lidarem com os aspectos da sustentabilidade. Outra questão enfatizada pelos participantes é a necessidade de capacitação em gestão, desafio com que também o CRGSI tem muito a contribuir, ao considerar a tradição e excelência da FDC no desenvolvimento de executivos. As palestras e dinâmicas foram importantes para o mapeamento das iniciativas e desafios enfrentados pelos três setores na governança social. O material coletado com as atividades servirá de insumo para as linhas de pesquisa do CRGSI.