SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  4
Télécharger pour lire hors ligne
Gestão Estratégica do Suprimento
e o Impacto no Desempenho das
Empresas Brasileiras
Gestor Global:
Um profissional estratégico no mercado
internacional do século XXI
Lívia Lopes Barakat e Virgínia Drummond Abdala
O
FE1301
Qual o objetivo do projeto?
projeto Gestor Global da Fundação Dom Cabral
busca, há dois anos, entender de forma aprofundada
qual é o perfil do gestor global e como as multinacionais
lidam com esse profissional. É um expatriado ou
um profissional que viaja pelo mundo? É realmente
importante para as nossas empresas? Como é
recrutado, identificado e desenvolvido? Quais as suas
competências?
Na primeira fase do projeto, ouvimos o relato da
experiência de sete multinacionais brasileiras em
seus processos de internacionalização. Como essas
empresas recrutam e desenvolvem pessoas capazes de
trabalhar e se desenvolver dentro do que elas mesmas
consideram uma perspectiva global?
Especialistas preveem que, antes da metade do século XXI, o PIB das sete nações que lideram o grupo dos
países emergentes vai superar o dos sete países hoje considerados os mais ricos do mundo, que compõem o G7.
Os efeitos dessa “virada” são tão intensos e estruturais que já estão sendo percebidos em todo o mundo.
A crise econômica que atinge as nações mais desenvolvidas nos últimos dois anos e a rápida ascensão dos
países que fazem parte dos BRICs já são os primeiros sinais dos novos paradigmas que se constroem no
mundo globalizado do século XXI.
Algumas das dificuldades que esses países emergentes têm pela frente são semelhantes às que muitas
multinacionais europeias, japonesas e americanas sofreram há mais de 30 anos. E uma delas refere-se à
transferência de políticas internacionais de recursos humanos. Nesse sentido, uma questão essencial na
gestão transnacional atual é: como manter uma estratégia global e, ao mesmo tempo, ter sucesso em um
contexto local?
“Acreditamos que a resposta para essa questão passa pelo surgimento de um novo tipo de profissional, que se
prontifica a enfrentar tal desafio. E esse executivo responde pela denominação de gestor global”. A explanação
é das professoras da Fundação Dom Cabral (FDC) Lívia Lopes Barakat e Virginia Drummond Abdala.
Elas perceberam que esse novo ator passou a ter um papel tão essencial no contexto empresarial internacional
que, há dois anos, decidiram desenvolver, em conjunto com uma equipe de professores da FDC, o projeto
Gestor Global.
Confira a entrevista com as professoras, que falam sobre o projeto, e os principais resultados da pesquisa
desenvolvida com empresas brasileiras sobre o tema.
Vocês desenvolveram também
uma e-survey?
Sim.Enviamos, para mais de 400 empresas uma
e-survey que foi respondida por 153 executivos de todo
o Brasil. Esse trabalho nos revelou como as empresas
brasileiras identificam o perfil de um gestor global e lidam
com ele. Fizemos também uma enquete que confirmou
o interesse crescente por esse tipo de profissional entre
as empresas brasileiras de médio porte com potencial
de internacionalização.
2Gestor Global: Um profissional estratégico no mercado internacional do século XXI
Qual a origem do termo Gestor
Global?
A célebre professora e pesquisadora canadense Nancy
Adler (1990, 1997) foi uma das primeiras acadêmicas
a falar do Gestor Global e diferenciá-lo do expatriado.
Mesmo antes disso, Adler e Bartholomew (1992)
mostraram que existem diferenças entre o “global” –
ou o que chamaram de gestor “transnacionalmente
competente” – e o tradicional expatriado. Capellen e
Janssens (2008) consideram o conceito de Gestor Global
mais amplo que o de expatriado, porque esse tipo de
gestor não precisa, necessariamente, estar no exterior.
Outros autores também trataram do tema.
E como vocês trabalharam esse
gestor na pesquisa?
Em nossa pesquisa, consideramos Gestores Globais
os “profissionais em posições de gerência ou diretoria
que possuem responsabilidades de coordenação
global de atividades, tendo contato frequente com
outras culturas e considerando os negócios sob uma
perspectiva internacional”. São esses profissionais
que estão atuando, devido à crescente demanda de
internacionalização das empresas, com desafios de nível
global em suas atividades diárias.
Dessa forma, um gestor global não necessariamente é
um expatriado da empresa. Ele pode ser um gerente ou
diretor que atua na matriz – no caso, o Brasil –, mas que
precisa interagir e coordenar atividades nas subsidiárias
da empresa em outros países, considerando os negócios
em sua perspectiva global.
E quais as características que os
empresários ouvidos atribuem a
esse gestor?
É interessante notar que, apesar de o termo ser
conhecido por apenas 50% dos executivos que
responderam ao e-Survey, a visão que eles têm do perfil
desse profissional se aproxima bastante da definição
adotada neste estudo. Segundo esses executivos, é
muito importante que o gestor global fale várias línguas,
além do português.
Não é necessário que o profissional tenha sido expatriado
ou vivido no exterior, mas geralmente é uma pessoa que
viaja muito. Ele precisa, ainda, ter uma visão global da
empresa e sensibilidade para lidar com pessoas de
outras culturas. Por fim, esse profissional deve estar
envolvido com operações estratégicas que permitam
uma visão global da empresa no Brasil e no mundo.
Pelo que pudemos ver na
pesquisa, além das competências
técnicas específicas de cada
cargo ou setor, as multinacionais
brasileiras costumam valorizar as
competências comportamentais
e emocionais. Quais são as
principais delas?
As principais competências necessárias a um gestor
global são liderança, orientação estratégica, mobilidade
e flexibilidade para adaptação em outras culturas. Nesse
cenário, destaca-se a importância das experiências
internacionais desses profissionais, na formação de uma
orientação global, ou global mindset. Isso se reflete no
respeito às diferenças, na sensibilidade e conhecimento
cultural e no domínio de idiomas.
Figura1
Competências do Gestor Global Valorizadas pelas
Empresas Brasileiras
Há também a questão da visão
sistêmica...
Sem dúvida. Outro aspecto muito valorizado é a visão
sistêmica da organização. Para assumir funções
de liderança global, os gestores devem ter profundo
conhecimento do mercado em que a organização atua,
dos produtos e serviços oferecidos e do modelo de
negócio, sabendo ainda transferir esse conhecimento
para unidades da empresa no exterior.
3FDC Executive
Quais são as principais políticas
de desenvolvimento do Gestor
Global?
Paradesenvolverseusgestoresglobais,asmultinacionais
brasileiras utilizam diversos métodos. O mais comum é
o treinamento cultural, que aborda aspectos como a
língua, a culinária e os costumes do país de destino.
Há ainda palestras para os familiares que acompanham
os profissionais e para os que ficam no Brasil. Essas
políticas são muito comuns nos casos de expatriação dos
gestores. Várias empresas que entrevistamos promovem
treinamentos em suas subsidiárias no exterior – algumas
o chamam de “estágio internacional”. Nesses casos, o
principal objetivo é desenvolver o mindset global dos
executivos, ampliando seu conhecimento cultural e sua
visão sistêmica.
Nesse aspecto, as escolas de
educação executiva, como a FDC,
têm um papel importante.
Algumas organizações mantêm parceria com instituições
de educação executiva para a realização de cursos
e programas específicos destinados a esse perfil de
líder. Outro destaque em termos de desenvolvimento
são as práticas de compartilhamento de conhecimento
promovidas pelas multinacionais. Essas comunidades de
práticas, ou fóruns de líderes, consistem em reuniões e/
ou workshops em que os gestores globais relatam suas
experiências internacionais e difundem diretrizes gerais
para as unidades de negócio no exterior.
Há outras estratégias
utilizadas pelas empresas
nesse desenvolvimento dos
profissionais?
Além das parcerias citadas, há empresas que estimulam
a rotatividade de cargos e destinos, como forma de
desenvolver seus gestores globais, ampliando seu
escopo de atuação e competências. Nesses casos, a
organização considera que o gestor estaria mais bem
preparado para assumir funções de direção numa
unidade do grupo no exterior, por conhecer melhor os
processos e a cultura da empresa. Por fim, apesar de
pouco citada, constatamos a utilização de coaching e
mentoring como políticas de desenvolvimento.
Vocês poderiam descrever
também os critérios de seleção
do gestor global?
Nós pudemos perceber que, ao selecionar gestores
globais, grande parte das empresas prioriza os
profissionais internos, por já terem o conhecimento da
empresa e da estratégia. Essas multinacionais mantêm
um banco de potenciais gestores que são avaliados
quando surge uma vaga para cargos internacionais.
Algumasaindarealizamprocessosdeseleçãoespecíficos
em cada país, para contratar um profissional local em
vez de expatriar um brasileiro. Algumas empresas se
destacaram por promover a sucessão de gestores –
um “rodízio” em que os líderes globais são substituídos
periodicamente, passando a ocupar outros cargos e
dando oportunidade para profissionais que se encaixam
no perfil desejado e precisam desenvolver habilidades
específicas de coordenação global.
Quanto aos critérios de seleção, é interessante notar que
diversas empresas consideram importante a experiência
internacional, a autonomia do gestor e o potencial de
crescimento futuro. Uma delas comentou ainda que
valorizava as indicações no processo de seleção.
E como se dá o processo de
avaliação desse gestor?
Grande parte das empresas não possui um processo
formal e padronizado de avaliação dos gestores
globais em suas vivências internacionais. No caso da
expatriação, em algumas delas o profissional é avaliado
por seu superior no local, enquanto outras exigem que
ele apresente um relatório ou case após a viagem. Em
casos de experiências de curta duração, a avaliação
se baseia no cumprimento das metas ou objetivos
específicos traçados antes da missão.
Quanto aos gestores globais sediados no Brasil, alguns
são avaliados com os mesmos procedimentos utilizados
para outros cargos (avaliação 360º, por exemplo).
Algumas empresas ressaltaram a necessidade de se criar
uma metodologia estruturada de avaliação específica
para o gestor global, integrando esses processos nas
suas diversas unidades de negócio.
4Gestor Global: Um profissional estratégico no mercado internacional do século XXI
Quais são, de fato, os desafios da
gestão de talentos globais?
As multinacionais brasileiras enfrentam hoje grandes
desafios na gestão de seus profissionais com perfil
global – o principal deles é a retenção de líderes,
segundo as empresas pesquisadas. Com o aquecimento
da economia, maior escolaridade e empregabilidade
dos profissionais, essas empresas têm cada vez mais
dificuldade em reter talentos. Em razão da escassez de
profissionais, elas enfrentam ainda outros problemas,
como a aceitação por parte da família e a dificuldade
em definir um pacote de benefícios ao gestor expatriado,
incluindo a remuneração, que os atraia a atuar no exterior
por um período determinado.
Há várias dificuldades nesse
processo...
Com certeza. Além disso, é difícil manter gestores que
estejam alinhados com as políticas organizacionais
e, ao mesmo tempo, consigam atuar localmente,
adaptando-se a cada cultura.Algumas empresas alegam
dificuldades também para alinhar os processos de RH
entre as unidades de negócio do grupo, no Brasil e no
exterior. Essa descentralização, relatada por alguns
entrevistados, impõe o desafio de acompanhar, de
forma eficiente, a gestão de pessoas adotada em cada
país. Tendo em vista todas essas questões, algumas
empresas estão desenvolvendo líderes locais. Isso leva
a outro desafio – atrair e manter esses profissionais em
cada país, diminuindo gradualmente a expatriação.
Bem, vamos então falar sobre
as principais conclusões a que
já chegaram até agora com o
projeto.
Vamos lá. A primeira parte do projeto Gestor Global da
FDC permitiu uma melhor compreensão do perfil desse
profissional e de como as empresas brasileiras realizam
o recrutamento, avaliação e desenvolvimento. Podemos
concluir que não existe um padrão entre as empresas
pesquisadas, pois cada uma delas leva em conta suas
experiências no processo de internacionalização. As
práticas variam bastante de uma empresa para outra e
estão profundamente inseridas na cultura organizacional
e na história de cada organização, dentro do seu
processo de internacionalização.
Temas como “competências técnicas”, “conhecimento
da empresa e dos produtos” e “trabalho em equipe”
continuam sendo itens importantes no processo de
seleção dos executivos-chave para representar as
empresas em suas operações mundiais. Mas as
multinacionais brasileiras já demonstram o interesse e
a necessidade de identificar um tipo de “sensibilidade
cultural” e a formação de um mindset global para compor
o perfil do Gestor Global.
A que outras conclusões vocês já
chegaram?
Podemos destacar também a “ausência de preconceito”
como condição importante no processo de seleção de um
Gestor Global. Isso parece confirmar a necessidade de
esse profissional ter um tipo de competência intercultural.
As práticas de treinamento intercultural de gestores
globais, nos programas de mobilidade internacional,
confirmam a tendência de conciliar mobilidade geográfica
com políticas de desenvolvimento. Quanto às práticas
de avaliação, uma das empresas nos surpreendeu
apresentando uma hierarquia de gestores globais no seu
programa de avaliação. Essa classificação estrutura seu
sistema de desenvolvimento de carreira baseando-se
nas competências globais.
Um grande desafio das empresas brasileiras é registrar e
transmitir o conhecimento adquirido durante as missões
no exterior, garantindo um benefício para gerações
futuras de gestores globais.
Para terminar...
Finalmente, podemos concluir que o desafio da retenção
de talentos é ainda maior tratando-se de gestores globais,
devido ao papel estratégico que eles desempenham nas
organizações e à importância das competências que
adquirem ao assumir responsabilidades no nível global.
Isso nos leva a refletir sobre a maior necessidade de
um alinhamento das políticas de desenvolvimento com
a estratégia central da empresa.
Por fim, ressaltamos que práticas mais adequadas ao
desenvolvimento de um mindset global nesses executivos
podem trazer mais sucesso em suas atribuições. A
segunda fase da pesquisa, que em breve será divulgada,
irá mostrar como a mentalidade global pode contribuir
para aumentar o desempenho do gestor e mantê-lo mais
satisfeito e comprometido com o trabalho.
O Relatório da Pesquisa na íntegra, pode ser encontrado no site do Núcleo de Negócios Internacionais,
www.fdc.org.br/pt/pesquisa/internacionalizacao/Paginas/publicacoes.aspx

Contenu connexe

Similaire à Um profissional estratégico no mercado internacional do século XXI

Gestão Internacional de Pessoas (PARTE 02) - nereidavianna
Gestão Internacional de Pessoas (PARTE 02) - nereidaviannaGestão Internacional de Pessoas (PARTE 02) - nereidavianna
Gestão Internacional de Pessoas (PARTE 02) - nereidaviannaNereida Prudêncio Vianna
 
Gpe o jeito_brasileiro_de_ser_rh
Gpe o jeito_brasileiro_de_ser_rhGpe o jeito_brasileiro_de_ser_rh
Gpe o jeito_brasileiro_de_ser_rhzeramento contabil
 
EXECUTIVE MBA EMEMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO EM NEGÓCIOS CONTÁBEIS
EXECUTIVE MBA EMEMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO EM NEGÓCIOS CONTÁBEISEXECUTIVE MBA EMEMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO EM NEGÓCIOS CONTÁBEIS
EXECUTIVE MBA EMEMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO EM NEGÓCIOS CONTÁBEISRoberto Dias Duarte
 
Palestrante José Hipolito
Palestrante José Hipolito Palestrante José Hipolito
Palestrante José Hipolito DMT Palestras
 
Matriz atividade organizações - mauricio simões
Matriz atividade  organizações - mauricio simõesMatriz atividade  organizações - mauricio simões
Matriz atividade organizações - mauricio simõesmauricio simoes
 
CEOlab value proposition
CEOlab value propositionCEOlab value proposition
CEOlab value propositionCEOlab
 
Palestra empreendedorismo 2016
Palestra empreendedorismo 2016Palestra empreendedorismo 2016
Palestra empreendedorismo 2016Eduardo Maróstica
 
Palestra empreendedorismo
Palestra empreendedorismoPalestra empreendedorismo
Palestra empreendedorismoAlexandre Lima
 
Palestra empreendedorismo
Palestra empreendedorismoPalestra empreendedorismo
Palestra empreendedorismoAlexandre Lima
 
Captulo1 evoluonagestodepessoas-130223105203-phpapp02
Captulo1 evoluonagestodepessoas-130223105203-phpapp02Captulo1 evoluonagestodepessoas-130223105203-phpapp02
Captulo1 evoluonagestodepessoas-130223105203-phpapp02Katia Brasil
 
Apresentacao Tendências Coaching 2013
Apresentacao Tendências Coaching 2013Apresentacao Tendências Coaching 2013
Apresentacao Tendências Coaching 2013Turolla01
 
liderdofuturoemummundoexponencial-manhacomrh-190326202235.pptx
liderdofuturoemummundoexponencial-manhacomrh-190326202235.pptxliderdofuturoemummundoexponencial-manhacomrh-190326202235.pptx
liderdofuturoemummundoexponencial-manhacomrh-190326202235.pptxPedro Luis Moraes
 
O que pensam os executivos brasileiros sobre liderança?
O que pensam os executivos brasileiros sobre liderança?O que pensam os executivos brasileiros sobre liderança?
O que pensam os executivos brasileiros sobre liderança?Fundação Dom Cabral - FDC
 

Similaire à Um profissional estratégico no mercado internacional do século XXI (20)

Gestão Internacional de Pessoas (PARTE 02) - nereidavianna
Gestão Internacional de Pessoas (PARTE 02) - nereidaviannaGestão Internacional de Pessoas (PARTE 02) - nereidavianna
Gestão Internacional de Pessoas (PARTE 02) - nereidavianna
 
Internac empbras
Internac empbrasInternac empbras
Internac empbras
 
Liderança Transformadora
Liderança TransformadoraLiderança Transformadora
Liderança Transformadora
 
Marketing para Ambientes Disruptivos
Marketing para Ambientes DisruptivosMarketing para Ambientes Disruptivos
Marketing para Ambientes Disruptivos
 
Gpe o jeito_brasileiro_de_ser_rh
Gpe o jeito_brasileiro_de_ser_rhGpe o jeito_brasileiro_de_ser_rh
Gpe o jeito_brasileiro_de_ser_rh
 
EXECUTIVE MBA EMEMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO EM NEGÓCIOS CONTÁBEIS
EXECUTIVE MBA EMEMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO EM NEGÓCIOS CONTÁBEISEXECUTIVE MBA EMEMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO EM NEGÓCIOS CONTÁBEIS
EXECUTIVE MBA EMEMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO EM NEGÓCIOS CONTÁBEIS
 
Palestrante José Hipolito
Palestrante José Hipolito Palestrante José Hipolito
Palestrante José Hipolito
 
Matriz atividade organizações - mauricio simões
Matriz atividade  organizações - mauricio simõesMatriz atividade  organizações - mauricio simões
Matriz atividade organizações - mauricio simões
 
Ranking FDC Multinacionais Brasileiras 2014
Ranking FDC Multinacionais Brasileiras 2014Ranking FDC Multinacionais Brasileiras 2014
Ranking FDC Multinacionais Brasileiras 2014
 
Ranking FDC multinacionais_brasileiras2014
Ranking FDC multinacionais_brasileiras2014Ranking FDC multinacionais_brasileiras2014
Ranking FDC multinacionais_brasileiras2014
 
Indo além do ROI
Indo além do ROIIndo além do ROI
Indo além do ROI
 
CEOlab value proposition
CEOlab value propositionCEOlab value proposition
CEOlab value proposition
 
Palestra empreendedorismo 2016
Palestra empreendedorismo 2016Palestra empreendedorismo 2016
Palestra empreendedorismo 2016
 
Palestra empreendedorismo
Palestra empreendedorismoPalestra empreendedorismo
Palestra empreendedorismo
 
Palestra empreendedorismo
Palestra empreendedorismoPalestra empreendedorismo
Palestra empreendedorismo
 
Captulo1 evoluonagestodepessoas-130223105203-phpapp02
Captulo1 evoluonagestodepessoas-130223105203-phpapp02Captulo1 evoluonagestodepessoas-130223105203-phpapp02
Captulo1 evoluonagestodepessoas-130223105203-phpapp02
 
Apresentacao Tendências Coaching 2013
Apresentacao Tendências Coaching 2013Apresentacao Tendências Coaching 2013
Apresentacao Tendências Coaching 2013
 
liderdofuturoemummundoexponencial-manhacomrh-190326202235.pptx
liderdofuturoemummundoexponencial-manhacomrh-190326202235.pptxliderdofuturoemummundoexponencial-manhacomrh-190326202235.pptx
liderdofuturoemummundoexponencial-manhacomrh-190326202235.pptx
 
Palestra Wedding Brasil 2015
Palestra Wedding Brasil 2015Palestra Wedding Brasil 2015
Palestra Wedding Brasil 2015
 
O que pensam os executivos brasileiros sobre liderança?
O que pensam os executivos brasileiros sobre liderança?O que pensam os executivos brasileiros sobre liderança?
O que pensam os executivos brasileiros sobre liderança?
 

Plus de Fundação Dom Cabral - FDC

Gestão Contemporânea de Marketing – um olhar pelos executivos no Brasil
Gestão Contemporânea de Marketing – um olhar pelos executivos no BrasilGestão Contemporânea de Marketing – um olhar pelos executivos no Brasil
Gestão Contemporânea de Marketing – um olhar pelos executivos no BrasilFundação Dom Cabral - FDC
 
Mindset de crescimento: como atuar em um mundo de incertezas?
Mindset de crescimento: como atuar em um mundo de incertezas?Mindset de crescimento: como atuar em um mundo de incertezas?
Mindset de crescimento: como atuar em um mundo de incertezas?Fundação Dom Cabral - FDC
 
Novos paradigmas que impactam pequenas e médias empresas
Novos paradigmas que impactam pequenas e médias empresasNovos paradigmas que impactam pequenas e médias empresas
Novos paradigmas que impactam pequenas e médias empresasFundação Dom Cabral - FDC
 
A representação da mulher na música popular brasileira
A representação da mulher na música popular brasileiraA representação da mulher na música popular brasileira
A representação da mulher na música popular brasileiraFundação Dom Cabral - FDC
 
Comércio internacional no século XXI: alternativas para o Brasil
Comércio internacional no século XXI:  alternativas para o BrasilComércio internacional no século XXI:  alternativas para o Brasil
Comércio internacional no século XXI: alternativas para o BrasilFundação Dom Cabral - FDC
 
Mulheres gestoras: potencialidades do feminino no processo de liderança
Mulheres gestoras: potencialidades do feminino no processo de liderançaMulheres gestoras: potencialidades do feminino no processo de liderança
Mulheres gestoras: potencialidades do feminino no processo de liderançaFundação Dom Cabral - FDC
 
Construindo uma organização de livre desempenho
Construindo uma organização de livre desempenhoConstruindo uma organização de livre desempenho
Construindo uma organização de livre desempenhoFundação Dom Cabral - FDC
 
Reclamação do consumidor: oportunidade para novos negócios
Reclamação do consumidor: oportunidade para novos negócios Reclamação do consumidor: oportunidade para novos negócios
Reclamação do consumidor: oportunidade para novos negócios Fundação Dom Cabral - FDC
 
Relatório Caminhos para a produtividade - Indústria 4.0
Relatório Caminhos para a produtividade - Indústria 4.0Relatório Caminhos para a produtividade - Indústria 4.0
Relatório Caminhos para a produtividade - Indústria 4.0Fundação Dom Cabral - FDC
 

Plus de Fundação Dom Cabral - FDC (20)

Gestão Contemporânea de Marketing – um olhar pelos executivos no Brasil
Gestão Contemporânea de Marketing – um olhar pelos executivos no BrasilGestão Contemporânea de Marketing – um olhar pelos executivos no Brasil
Gestão Contemporânea de Marketing – um olhar pelos executivos no Brasil
 
Revista Melhor: programa RH Triple A FDC
Revista Melhor: programa RH Triple A FDCRevista Melhor: programa RH Triple A FDC
Revista Melhor: programa RH Triple A FDC
 
Introdução ao estudo da liderança
Introdução ao estudo da liderançaIntrodução ao estudo da liderança
Introdução ao estudo da liderança
 
Da transformação à maturidade digital
Da transformação à maturidade digitalDa transformação à maturidade digital
Da transformação à maturidade digital
 
PILT FDC 2018
PILT FDC 2018PILT FDC 2018
PILT FDC 2018
 
Personality insights 2017
Personality insights 2017Personality insights 2017
Personality insights 2017
 
Mindset de crescimento: como atuar em um mundo de incertezas?
Mindset de crescimento: como atuar em um mundo de incertezas?Mindset de crescimento: como atuar em um mundo de incertezas?
Mindset de crescimento: como atuar em um mundo de incertezas?
 
Novos paradigmas que impactam pequenas e médias empresas
Novos paradigmas que impactam pequenas e médias empresasNovos paradigmas que impactam pequenas e médias empresas
Novos paradigmas que impactam pequenas e médias empresas
 
Governança e sustentabilidade
Governança e sustentabilidadeGovernança e sustentabilidade
Governança e sustentabilidade
 
A representação da mulher na música popular brasileira
A representação da mulher na música popular brasileiraA representação da mulher na música popular brasileira
A representação da mulher na música popular brasileira
 
Comércio internacional no século XXI: alternativas para o Brasil
Comércio internacional no século XXI:  alternativas para o BrasilComércio internacional no século XXI:  alternativas para o Brasil
Comércio internacional no século XXI: alternativas para o Brasil
 
Digitalização e Capital Humano - Pesquisa FDC
Digitalização e Capital Humano - Pesquisa FDCDigitalização e Capital Humano - Pesquisa FDC
Digitalização e Capital Humano - Pesquisa FDC
 
Nota trimestral de conjuntura
Nota trimestral de conjunturaNota trimestral de conjuntura
Nota trimestral de conjuntura
 
Mulheres gestoras: potencialidades do feminino no processo de liderança
Mulheres gestoras: potencialidades do feminino no processo de liderançaMulheres gestoras: potencialidades do feminino no processo de liderança
Mulheres gestoras: potencialidades do feminino no processo de liderança
 
Construindo uma organização de livre desempenho
Construindo uma organização de livre desempenhoConstruindo uma organização de livre desempenho
Construindo uma organização de livre desempenho
 
A era do consumo compartilhado
A era do consumo compartilhadoA era do consumo compartilhado
A era do consumo compartilhado
 
Os estímulos necessários para a inovação
Os estímulos necessários para a inovaçãoOs estímulos necessários para a inovação
Os estímulos necessários para a inovação
 
Reclamação do consumidor: oportunidade para novos negócios
Reclamação do consumidor: oportunidade para novos negócios Reclamação do consumidor: oportunidade para novos negócios
Reclamação do consumidor: oportunidade para novos negócios
 
Learning Journey - Schulich Canada
Learning Journey - Schulich CanadaLearning Journey - Schulich Canada
Learning Journey - Schulich Canada
 
Relatório Caminhos para a produtividade - Indústria 4.0
Relatório Caminhos para a produtividade - Indústria 4.0Relatório Caminhos para a produtividade - Indústria 4.0
Relatório Caminhos para a produtividade - Indústria 4.0
 

Dernier

Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobreAULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobremaryalouhannedelimao
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......suporte24hcamin
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 

Dernier (20)

Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobreAULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 

Um profissional estratégico no mercado internacional do século XXI

  • 1. Gestão Estratégica do Suprimento e o Impacto no Desempenho das Empresas Brasileiras Gestor Global: Um profissional estratégico no mercado internacional do século XXI Lívia Lopes Barakat e Virgínia Drummond Abdala O FE1301 Qual o objetivo do projeto? projeto Gestor Global da Fundação Dom Cabral busca, há dois anos, entender de forma aprofundada qual é o perfil do gestor global e como as multinacionais lidam com esse profissional. É um expatriado ou um profissional que viaja pelo mundo? É realmente importante para as nossas empresas? Como é recrutado, identificado e desenvolvido? Quais as suas competências? Na primeira fase do projeto, ouvimos o relato da experiência de sete multinacionais brasileiras em seus processos de internacionalização. Como essas empresas recrutam e desenvolvem pessoas capazes de trabalhar e se desenvolver dentro do que elas mesmas consideram uma perspectiva global? Especialistas preveem que, antes da metade do século XXI, o PIB das sete nações que lideram o grupo dos países emergentes vai superar o dos sete países hoje considerados os mais ricos do mundo, que compõem o G7. Os efeitos dessa “virada” são tão intensos e estruturais que já estão sendo percebidos em todo o mundo. A crise econômica que atinge as nações mais desenvolvidas nos últimos dois anos e a rápida ascensão dos países que fazem parte dos BRICs já são os primeiros sinais dos novos paradigmas que se constroem no mundo globalizado do século XXI. Algumas das dificuldades que esses países emergentes têm pela frente são semelhantes às que muitas multinacionais europeias, japonesas e americanas sofreram há mais de 30 anos. E uma delas refere-se à transferência de políticas internacionais de recursos humanos. Nesse sentido, uma questão essencial na gestão transnacional atual é: como manter uma estratégia global e, ao mesmo tempo, ter sucesso em um contexto local? “Acreditamos que a resposta para essa questão passa pelo surgimento de um novo tipo de profissional, que se prontifica a enfrentar tal desafio. E esse executivo responde pela denominação de gestor global”. A explanação é das professoras da Fundação Dom Cabral (FDC) Lívia Lopes Barakat e Virginia Drummond Abdala. Elas perceberam que esse novo ator passou a ter um papel tão essencial no contexto empresarial internacional que, há dois anos, decidiram desenvolver, em conjunto com uma equipe de professores da FDC, o projeto Gestor Global. Confira a entrevista com as professoras, que falam sobre o projeto, e os principais resultados da pesquisa desenvolvida com empresas brasileiras sobre o tema. Vocês desenvolveram também uma e-survey? Sim.Enviamos, para mais de 400 empresas uma e-survey que foi respondida por 153 executivos de todo o Brasil. Esse trabalho nos revelou como as empresas brasileiras identificam o perfil de um gestor global e lidam com ele. Fizemos também uma enquete que confirmou o interesse crescente por esse tipo de profissional entre as empresas brasileiras de médio porte com potencial de internacionalização.
  • 2. 2Gestor Global: Um profissional estratégico no mercado internacional do século XXI Qual a origem do termo Gestor Global? A célebre professora e pesquisadora canadense Nancy Adler (1990, 1997) foi uma das primeiras acadêmicas a falar do Gestor Global e diferenciá-lo do expatriado. Mesmo antes disso, Adler e Bartholomew (1992) mostraram que existem diferenças entre o “global” – ou o que chamaram de gestor “transnacionalmente competente” – e o tradicional expatriado. Capellen e Janssens (2008) consideram o conceito de Gestor Global mais amplo que o de expatriado, porque esse tipo de gestor não precisa, necessariamente, estar no exterior. Outros autores também trataram do tema. E como vocês trabalharam esse gestor na pesquisa? Em nossa pesquisa, consideramos Gestores Globais os “profissionais em posições de gerência ou diretoria que possuem responsabilidades de coordenação global de atividades, tendo contato frequente com outras culturas e considerando os negócios sob uma perspectiva internacional”. São esses profissionais que estão atuando, devido à crescente demanda de internacionalização das empresas, com desafios de nível global em suas atividades diárias. Dessa forma, um gestor global não necessariamente é um expatriado da empresa. Ele pode ser um gerente ou diretor que atua na matriz – no caso, o Brasil –, mas que precisa interagir e coordenar atividades nas subsidiárias da empresa em outros países, considerando os negócios em sua perspectiva global. E quais as características que os empresários ouvidos atribuem a esse gestor? É interessante notar que, apesar de o termo ser conhecido por apenas 50% dos executivos que responderam ao e-Survey, a visão que eles têm do perfil desse profissional se aproxima bastante da definição adotada neste estudo. Segundo esses executivos, é muito importante que o gestor global fale várias línguas, além do português. Não é necessário que o profissional tenha sido expatriado ou vivido no exterior, mas geralmente é uma pessoa que viaja muito. Ele precisa, ainda, ter uma visão global da empresa e sensibilidade para lidar com pessoas de outras culturas. Por fim, esse profissional deve estar envolvido com operações estratégicas que permitam uma visão global da empresa no Brasil e no mundo. Pelo que pudemos ver na pesquisa, além das competências técnicas específicas de cada cargo ou setor, as multinacionais brasileiras costumam valorizar as competências comportamentais e emocionais. Quais são as principais delas? As principais competências necessárias a um gestor global são liderança, orientação estratégica, mobilidade e flexibilidade para adaptação em outras culturas. Nesse cenário, destaca-se a importância das experiências internacionais desses profissionais, na formação de uma orientação global, ou global mindset. Isso se reflete no respeito às diferenças, na sensibilidade e conhecimento cultural e no domínio de idiomas. Figura1 Competências do Gestor Global Valorizadas pelas Empresas Brasileiras Há também a questão da visão sistêmica... Sem dúvida. Outro aspecto muito valorizado é a visão sistêmica da organização. Para assumir funções de liderança global, os gestores devem ter profundo conhecimento do mercado em que a organização atua, dos produtos e serviços oferecidos e do modelo de negócio, sabendo ainda transferir esse conhecimento para unidades da empresa no exterior.
  • 3. 3FDC Executive Quais são as principais políticas de desenvolvimento do Gestor Global? Paradesenvolverseusgestoresglobais,asmultinacionais brasileiras utilizam diversos métodos. O mais comum é o treinamento cultural, que aborda aspectos como a língua, a culinária e os costumes do país de destino. Há ainda palestras para os familiares que acompanham os profissionais e para os que ficam no Brasil. Essas políticas são muito comuns nos casos de expatriação dos gestores. Várias empresas que entrevistamos promovem treinamentos em suas subsidiárias no exterior – algumas o chamam de “estágio internacional”. Nesses casos, o principal objetivo é desenvolver o mindset global dos executivos, ampliando seu conhecimento cultural e sua visão sistêmica. Nesse aspecto, as escolas de educação executiva, como a FDC, têm um papel importante. Algumas organizações mantêm parceria com instituições de educação executiva para a realização de cursos e programas específicos destinados a esse perfil de líder. Outro destaque em termos de desenvolvimento são as práticas de compartilhamento de conhecimento promovidas pelas multinacionais. Essas comunidades de práticas, ou fóruns de líderes, consistem em reuniões e/ ou workshops em que os gestores globais relatam suas experiências internacionais e difundem diretrizes gerais para as unidades de negócio no exterior. Há outras estratégias utilizadas pelas empresas nesse desenvolvimento dos profissionais? Além das parcerias citadas, há empresas que estimulam a rotatividade de cargos e destinos, como forma de desenvolver seus gestores globais, ampliando seu escopo de atuação e competências. Nesses casos, a organização considera que o gestor estaria mais bem preparado para assumir funções de direção numa unidade do grupo no exterior, por conhecer melhor os processos e a cultura da empresa. Por fim, apesar de pouco citada, constatamos a utilização de coaching e mentoring como políticas de desenvolvimento. Vocês poderiam descrever também os critérios de seleção do gestor global? Nós pudemos perceber que, ao selecionar gestores globais, grande parte das empresas prioriza os profissionais internos, por já terem o conhecimento da empresa e da estratégia. Essas multinacionais mantêm um banco de potenciais gestores que são avaliados quando surge uma vaga para cargos internacionais. Algumasaindarealizamprocessosdeseleçãoespecíficos em cada país, para contratar um profissional local em vez de expatriar um brasileiro. Algumas empresas se destacaram por promover a sucessão de gestores – um “rodízio” em que os líderes globais são substituídos periodicamente, passando a ocupar outros cargos e dando oportunidade para profissionais que se encaixam no perfil desejado e precisam desenvolver habilidades específicas de coordenação global. Quanto aos critérios de seleção, é interessante notar que diversas empresas consideram importante a experiência internacional, a autonomia do gestor e o potencial de crescimento futuro. Uma delas comentou ainda que valorizava as indicações no processo de seleção. E como se dá o processo de avaliação desse gestor? Grande parte das empresas não possui um processo formal e padronizado de avaliação dos gestores globais em suas vivências internacionais. No caso da expatriação, em algumas delas o profissional é avaliado por seu superior no local, enquanto outras exigem que ele apresente um relatório ou case após a viagem. Em casos de experiências de curta duração, a avaliação se baseia no cumprimento das metas ou objetivos específicos traçados antes da missão. Quanto aos gestores globais sediados no Brasil, alguns são avaliados com os mesmos procedimentos utilizados para outros cargos (avaliação 360º, por exemplo). Algumas empresas ressaltaram a necessidade de se criar uma metodologia estruturada de avaliação específica para o gestor global, integrando esses processos nas suas diversas unidades de negócio.
  • 4. 4Gestor Global: Um profissional estratégico no mercado internacional do século XXI Quais são, de fato, os desafios da gestão de talentos globais? As multinacionais brasileiras enfrentam hoje grandes desafios na gestão de seus profissionais com perfil global – o principal deles é a retenção de líderes, segundo as empresas pesquisadas. Com o aquecimento da economia, maior escolaridade e empregabilidade dos profissionais, essas empresas têm cada vez mais dificuldade em reter talentos. Em razão da escassez de profissionais, elas enfrentam ainda outros problemas, como a aceitação por parte da família e a dificuldade em definir um pacote de benefícios ao gestor expatriado, incluindo a remuneração, que os atraia a atuar no exterior por um período determinado. Há várias dificuldades nesse processo... Com certeza. Além disso, é difícil manter gestores que estejam alinhados com as políticas organizacionais e, ao mesmo tempo, consigam atuar localmente, adaptando-se a cada cultura.Algumas empresas alegam dificuldades também para alinhar os processos de RH entre as unidades de negócio do grupo, no Brasil e no exterior. Essa descentralização, relatada por alguns entrevistados, impõe o desafio de acompanhar, de forma eficiente, a gestão de pessoas adotada em cada país. Tendo em vista todas essas questões, algumas empresas estão desenvolvendo líderes locais. Isso leva a outro desafio – atrair e manter esses profissionais em cada país, diminuindo gradualmente a expatriação. Bem, vamos então falar sobre as principais conclusões a que já chegaram até agora com o projeto. Vamos lá. A primeira parte do projeto Gestor Global da FDC permitiu uma melhor compreensão do perfil desse profissional e de como as empresas brasileiras realizam o recrutamento, avaliação e desenvolvimento. Podemos concluir que não existe um padrão entre as empresas pesquisadas, pois cada uma delas leva em conta suas experiências no processo de internacionalização. As práticas variam bastante de uma empresa para outra e estão profundamente inseridas na cultura organizacional e na história de cada organização, dentro do seu processo de internacionalização. Temas como “competências técnicas”, “conhecimento da empresa e dos produtos” e “trabalho em equipe” continuam sendo itens importantes no processo de seleção dos executivos-chave para representar as empresas em suas operações mundiais. Mas as multinacionais brasileiras já demonstram o interesse e a necessidade de identificar um tipo de “sensibilidade cultural” e a formação de um mindset global para compor o perfil do Gestor Global. A que outras conclusões vocês já chegaram? Podemos destacar também a “ausência de preconceito” como condição importante no processo de seleção de um Gestor Global. Isso parece confirmar a necessidade de esse profissional ter um tipo de competência intercultural. As práticas de treinamento intercultural de gestores globais, nos programas de mobilidade internacional, confirmam a tendência de conciliar mobilidade geográfica com políticas de desenvolvimento. Quanto às práticas de avaliação, uma das empresas nos surpreendeu apresentando uma hierarquia de gestores globais no seu programa de avaliação. Essa classificação estrutura seu sistema de desenvolvimento de carreira baseando-se nas competências globais. Um grande desafio das empresas brasileiras é registrar e transmitir o conhecimento adquirido durante as missões no exterior, garantindo um benefício para gerações futuras de gestores globais. Para terminar... Finalmente, podemos concluir que o desafio da retenção de talentos é ainda maior tratando-se de gestores globais, devido ao papel estratégico que eles desempenham nas organizações e à importância das competências que adquirem ao assumir responsabilidades no nível global. Isso nos leva a refletir sobre a maior necessidade de um alinhamento das políticas de desenvolvimento com a estratégia central da empresa. Por fim, ressaltamos que práticas mais adequadas ao desenvolvimento de um mindset global nesses executivos podem trazer mais sucesso em suas atribuições. A segunda fase da pesquisa, que em breve será divulgada, irá mostrar como a mentalidade global pode contribuir para aumentar o desempenho do gestor e mantê-lo mais satisfeito e comprometido com o trabalho. O Relatório da Pesquisa na íntegra, pode ser encontrado no site do Núcleo de Negócios Internacionais, www.fdc.org.br/pt/pesquisa/internacionalizacao/Paginas/publicacoes.aspx