SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  10
OS LUSÍADAS
É uma epopeia do escritor português Luís Vaz de Camões, que
tem
como assunto a viagem de Vasco da Gama às Índias.
A Narrativa é dividida em dez cantos que são organizados em
1.102
estrofes, cada uma com oito versos, todos decassílabos
heroicos, e
com rima ABABABCC.
Mais que uma obra literária, pode-se dizer que é uma obra de
arte,
tal foi o empenho do autor em mantê-la com esta regularidade
formal.
OS LUSÍADAS
Considerado o maior poema épico da língua portuguesa, foi
publicado em 1572, com
o apoio do Rei D. Sebastião. O poema conta histórias sobre as
perigosas viagens
marítimas e a descoberta de novas terras, povos e culturas,
exaltando o heroísmo do
homem, que, navegador, aventureiro, cavalheiro e
amante, é também destemido e
bravo, e enfrenta mares desconhecidos em busca dos seus
objetivos.
OS LUSÍADAS
Como foi típico do Renascentismo, o poema não poderia deixar
a
característica antropocentrista de exaltação do homem e de
suas
faculdades mentais, psicológicas, etc. Em plena
expansão marítima
de Portugal e de toda a Europa, o sentimento conquistador e
heroico era completamente oportuno para ser incutido na
literatura
da época. Além de narrar o caminho para a descoberta
das índias, a
epopeia fala sobre as grandes navegações, o império
português no
Oriente, os reis e heróis de Portugal, dentre outros fatos que o
tornam um poema histórico, enciclopédico.
OS LUSÍADAS
Em paralelo, desenvolve-se também uma história mitológica,
envolvendo lutas entre os deuses do Olimpo: Vênus e Marte,
Baco e
Netuno. Em Os Lusíadas podemos encontrar ideais
renascentistas,
imperialistas e nacionalistas, cristãos e pagãos, épicos e líricos,
ufanistas e críticos, clássicos e barrocos. Com esta quantidade
de
contrapontos que se cruzam, Camões foi reconhecido como
grande
literato, elaborando uma obra com uma linguagem muito rica.
Quanto à história, o enredo é dividido em cinco partes, como
manda
a tradição clássica a uma epopeia. São elas:
OS LUSÍADAS
01- Proposição - Apresentação da obra e síntese do assunto,
ressaltando o heroísmo, o antropocentrismo, o ufanismo, dentre
outras características do homem.
02- Invocação das Tágides - É um pedido do autor às musas
Tágides, ninfas do rei Tejo, para virem lhe dar inspiração.
03- Dedicatória ao Rei D. Sebastião - O rei é apresentado como
um
menino, aos 14 anos assumindo o trono, exaltando-o como
jovem e
esperança da pátria.
OS LUSÍADAS
04- Narração - Parte mais consistente da história, como já dito,
foca-se em três pontos principais: a viagem de Vasco da
Gama às Índias, a narrativa da história de Portugal e as lutas e
intervenções dos deuses do Olimpo. Ao mesmo tempo, o autor faz
descrições de fenômenos como a tromba marítima, e disserta sobre a
moral, o ouro, as riquezas, entre outros interesses do homem
renascentista.
05- Epílogo - última parte, contém críticas do poeta, lamentações sobre
a realidade, exortações ao rei, etc. O tom destas últimas 12
estrofes é pessimista, criticando a decadência do país, e reforçando a
exaltação ao Rei D. Sebastião.
OS LUSÍADAS
Canto 01 – estrofe 01:
“As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram; ”
OS LUSÍADAS
Canto 02 - estrofe 01
“Já neste tempo o lúcido Planeta,
Que as horas vai do dia distinguindo,
Chegava à desejada e lenta meta,
A luz celeste às gentes encobrindo,
E da casa marítima secreta
Lhe estava o Deus Noturno a porta abrindo,
Quando as infidas gentes se chegaram
As naus, que pouco havia que ancoraram. ”
OS LUSÍADAS
Canto 03 – estrofe 01
“Agora tu, Calíope, me ensina
O que contou ao Rei o ilustre Gama:
Inspira imortal canto e voz divina
Neste peito mortal, que tanto te ama.
Assim o claro inventor da Medicina,
De quem Orfeu pariste, ó linda Dama,
Nunca por Dafne, Clície ou Leucotoe,
Te negue o amor devido, como soe. ”

Contenu connexe

Tendances

"Mar Português" e " Ascensão de Vasco da Gama" por Filipe Reis
"Mar Português" e " Ascensão de Vasco da Gama" por Filipe Reis"Mar Português" e " Ascensão de Vasco da Gama" por Filipe Reis
"Mar Português" e " Ascensão de Vasco da Gama" por Filipe ReisFilipeReis48
 
Os lusiadas - camões
Os lusiadas - camõesOs lusiadas - camões
Os lusiadas - camõesjulykathy
 
Análise do episódio "Inês de Castro"
Análise do episódio "Inês de Castro"Análise do episódio "Inês de Castro"
Análise do episódio "Inês de Castro"Inês Moreira
 
Gigante Adamastor, d'Os Lusíadas
Gigante Adamastor, d'Os LusíadasGigante Adamastor, d'Os Lusíadas
Gigante Adamastor, d'Os LusíadasDina Baptista
 
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º ano
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º anoAnálise da farsa de Inês Pereira - 10º ano
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º anoFatima Mendonca
 
Auto da Barca do Inferno - Cena do onzeneiro
Auto da Barca do Inferno - Cena do onzeneiroAuto da Barca do Inferno - Cena do onzeneiro
Auto da Barca do Inferno - Cena do onzeneiroRita Galrito
 
Os Dez Cantos d´Os Lusíadas
Os Dez Cantos d´Os LusíadasOs Dez Cantos d´Os Lusíadas
Os Dez Cantos d´Os LusíadasMaria Gomes
 
Os Maias - análise
Os Maias - análise Os Maias - análise
Os Maias - análise nanasimao
 
S. Leonardo da Galafura
S. Leonardo da GalafuraS. Leonardo da Galafura
S. Leonardo da GalafuraVitor Peixoto
 
Os Maias, capítulos I a IV
Os Maias, capítulos I a IVOs Maias, capítulos I a IV
Os Maias, capítulos I a IVDina Baptista
 
Análise do poema ulisses
Análise do poema ulissesAnálise do poema ulisses
Análise do poema ulissesEL Chenko
 
Proposição
ProposiçãoProposição
ProposiçãoLurdes
 
Estrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
Estrutura do Sermão de Santo António aos PeixesEstrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
Estrutura do Sermão de Santo António aos PeixesAntónio Fernandes
 

Tendances (20)

"Mar Português" e " Ascensão de Vasco da Gama" por Filipe Reis
"Mar Português" e " Ascensão de Vasco da Gama" por Filipe Reis"Mar Português" e " Ascensão de Vasco da Gama" por Filipe Reis
"Mar Português" e " Ascensão de Vasco da Gama" por Filipe Reis
 
Os lusiadas - camões
Os lusiadas - camõesOs lusiadas - camões
Os lusiadas - camões
 
Análise do episódio "Inês de Castro"
Análise do episódio "Inês de Castro"Análise do episódio "Inês de Castro"
Análise do episódio "Inês de Castro"
 
Gigante Adamastor, d'Os Lusíadas
Gigante Adamastor, d'Os LusíadasGigante Adamastor, d'Os Lusíadas
Gigante Adamastor, d'Os Lusíadas
 
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º ano
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º anoAnálise da farsa de Inês Pereira - 10º ano
Análise da farsa de Inês Pereira - 10º ano
 
Auto da Barca do Inferno - Cena do onzeneiro
Auto da Barca do Inferno - Cena do onzeneiroAuto da Barca do Inferno - Cena do onzeneiro
Auto da Barca do Inferno - Cena do onzeneiro
 
Os Dez Cantos d´Os Lusíadas
Os Dez Cantos d´Os LusíadasOs Dez Cantos d´Os Lusíadas
Os Dez Cantos d´Os Lusíadas
 
Ilha dos Amores
Ilha dos AmoresIlha dos Amores
Ilha dos Amores
 
Ricardo reis
Ricardo reisRicardo reis
Ricardo reis
 
Os Maias - análise
Os Maias - análise Os Maias - análise
Os Maias - análise
 
S. Leonardo da Galafura
S. Leonardo da GalafuraS. Leonardo da Galafura
S. Leonardo da Galafura
 
Invocação e Dedicarória
Invocação e DedicaróriaInvocação e Dedicarória
Invocação e Dedicarória
 
Os Maias, capítulos I a IV
Os Maias, capítulos I a IVOs Maias, capítulos I a IV
Os Maias, capítulos I a IV
 
Adamastor
AdamastorAdamastor
Adamastor
 
Análise do poema ulisses
Análise do poema ulissesAnálise do poema ulisses
Análise do poema ulisses
 
Dedicatória
DedicatóriaDedicatória
Dedicatória
 
OS Lusíadas
OS LusíadasOS Lusíadas
OS Lusíadas
 
Os Planos d'Os Lusíadas
Os Planos d'Os LusíadasOs Planos d'Os Lusíadas
Os Planos d'Os Lusíadas
 
Proposição
ProposiçãoProposição
Proposição
 
Estrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
Estrutura do Sermão de Santo António aos PeixesEstrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
Estrutura do Sermão de Santo António aos Peixes
 

En vedette

Pequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadas
Pequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadasPequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadas
Pequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadasRenata Sofia
 
Freguesia de Alcanede
Freguesia de AlcanedeFreguesia de Alcanede
Freguesia de AlcanedeRenata Sofia
 
Consílio dos deuses
Consílio dos deusesConsílio dos deuses
Consílio dos deusesLurdes
 
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Maria João Lima
 
Análise do episódio "Consílio dos deuses"
Análise do episódio "Consílio dos deuses"Análise do episódio "Consílio dos deuses"
Análise do episódio "Consílio dos deuses"Inês Moreira
 
Luís Vaz de Camões - Vida e obra
Luís Vaz de Camões - Vida e obraLuís Vaz de Camões - Vida e obra
Luís Vaz de Camões - Vida e obramariacosta
 
Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas Lurdes Augusto
 

En vedette (11)

Consilio dos Deuses
Consilio dos DeusesConsilio dos Deuses
Consilio dos Deuses
 
Pequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadas
Pequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadasPequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadas
Pequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadas
 
Consílio
ConsílioConsílio
Consílio
 
Freguesia de Alcanede
Freguesia de AlcanedeFreguesia de Alcanede
Freguesia de Alcanede
 
Consílio dos deuses
Consílio dos deusesConsílio dos deuses
Consílio dos deuses
 
Episodios lusiadas
Episodios lusiadasEpisodios lusiadas
Episodios lusiadas
 
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
 
Análise do episódio "Consílio dos deuses"
Análise do episódio "Consílio dos deuses"Análise do episódio "Consílio dos deuses"
Análise do episódio "Consílio dos deuses"
 
Camoes vida-e-obra
Camoes vida-e-obraCamoes vida-e-obra
Camoes vida-e-obra
 
Luís Vaz de Camões - Vida e obra
Luís Vaz de Camões - Vida e obraLuís Vaz de Camões - Vida e obra
Luís Vaz de Camões - Vida e obra
 
Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas
 

Similaire à Os Lusíadas (20)

Os lusíadas
Os lusíadasOs lusíadas
Os lusíadas
 
Os lusíadas
Os lusíadasOs lusíadas
Os lusíadas
 
Trabalho
TrabalhoTrabalho
Trabalho
 
Os lusíadas
Os lusíadasOs lusíadas
Os lusíadas
 
Aula 04 camões épico - os lusíadas
Aula 04   camões épico - os lusíadasAula 04   camões épico - os lusíadas
Aula 04 camões épico - os lusíadas
 
Os lusiadas
Os lusiadasOs lusiadas
Os lusiadas
 
Trabalho
TrabalhoTrabalho
Trabalho
 
Os lusiadas
Os lusiadasOs lusiadas
Os lusiadas
 
lusiadas_lexicoenarradores.docx
lusiadas_lexicoenarradores.docxlusiadas_lexicoenarradores.docx
lusiadas_lexicoenarradores.docx
 
Os Lusíadas e Mensagem - Questões para desenvolver
Os Lusíadas e Mensagem - Questões para desenvolverOs Lusíadas e Mensagem - Questões para desenvolver
Os Lusíadas e Mensagem - Questões para desenvolver
 
Os lusiadas resumo
Os lusiadas resumoOs lusiadas resumo
Os lusiadas resumo
 
Os Lusíadas
Os LusíadasOs Lusíadas
Os Lusíadas
 
Teste de preparação 1
Teste de preparação 1Teste de preparação 1
Teste de preparação 1
 
Os Lusíadas
Os LusíadasOs Lusíadas
Os Lusíadas
 
O classicismo em portugal
O classicismo em portugalO classicismo em portugal
O classicismo em portugal
 
Ft21 Lusiadas Textos Introdutorios
Ft21 Lusiadas Textos IntrodutoriosFt21 Lusiadas Textos Introdutorios
Ft21 Lusiadas Textos Introdutorios
 
Teste de preparação
Teste de preparaçãoTeste de preparação
Teste de preparação
 
Camões e a epopeia
Camões e a epopeiaCamões e a epopeia
Camões e a epopeia
 
Reflexos de Camões em Pessoa
Reflexos de Camões em PessoaReflexos de Camões em Pessoa
Reflexos de Camões em Pessoa
 
Camões lírico-épico-vb
Camões lírico-épico-vbCamões lírico-épico-vb
Camões lírico-épico-vb
 

Dernier

Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...ArianeLima50
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 

Dernier (20)

Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 

Os Lusíadas

  • 1.
  • 2. OS LUSÍADAS É uma epopeia do escritor português Luís Vaz de Camões, que tem como assunto a viagem de Vasco da Gama às Índias. A Narrativa é dividida em dez cantos que são organizados em 1.102 estrofes, cada uma com oito versos, todos decassílabos heroicos, e com rima ABABABCC. Mais que uma obra literária, pode-se dizer que é uma obra de arte, tal foi o empenho do autor em mantê-la com esta regularidade formal.
  • 3. OS LUSÍADAS Considerado o maior poema épico da língua portuguesa, foi publicado em 1572, com o apoio do Rei D. Sebastião. O poema conta histórias sobre as perigosas viagens marítimas e a descoberta de novas terras, povos e culturas, exaltando o heroísmo do homem, que, navegador, aventureiro, cavalheiro e amante, é também destemido e bravo, e enfrenta mares desconhecidos em busca dos seus objetivos.
  • 4. OS LUSÍADAS Como foi típico do Renascentismo, o poema não poderia deixar a característica antropocentrista de exaltação do homem e de suas faculdades mentais, psicológicas, etc. Em plena expansão marítima de Portugal e de toda a Europa, o sentimento conquistador e heroico era completamente oportuno para ser incutido na literatura da época. Além de narrar o caminho para a descoberta das índias, a epopeia fala sobre as grandes navegações, o império português no Oriente, os reis e heróis de Portugal, dentre outros fatos que o tornam um poema histórico, enciclopédico.
  • 5. OS LUSÍADAS Em paralelo, desenvolve-se também uma história mitológica, envolvendo lutas entre os deuses do Olimpo: Vênus e Marte, Baco e Netuno. Em Os Lusíadas podemos encontrar ideais renascentistas, imperialistas e nacionalistas, cristãos e pagãos, épicos e líricos, ufanistas e críticos, clássicos e barrocos. Com esta quantidade de contrapontos que se cruzam, Camões foi reconhecido como grande literato, elaborando uma obra com uma linguagem muito rica. Quanto à história, o enredo é dividido em cinco partes, como manda a tradição clássica a uma epopeia. São elas:
  • 6. OS LUSÍADAS 01- Proposição - Apresentação da obra e síntese do assunto, ressaltando o heroísmo, o antropocentrismo, o ufanismo, dentre outras características do homem. 02- Invocação das Tágides - É um pedido do autor às musas Tágides, ninfas do rei Tejo, para virem lhe dar inspiração. 03- Dedicatória ao Rei D. Sebastião - O rei é apresentado como um menino, aos 14 anos assumindo o trono, exaltando-o como jovem e esperança da pátria.
  • 7. OS LUSÍADAS 04- Narração - Parte mais consistente da história, como já dito, foca-se em três pontos principais: a viagem de Vasco da Gama às Índias, a narrativa da história de Portugal e as lutas e intervenções dos deuses do Olimpo. Ao mesmo tempo, o autor faz descrições de fenômenos como a tromba marítima, e disserta sobre a moral, o ouro, as riquezas, entre outros interesses do homem renascentista. 05- Epílogo - última parte, contém críticas do poeta, lamentações sobre a realidade, exortações ao rei, etc. O tom destas últimas 12 estrofes é pessimista, criticando a decadência do país, e reforçando a exaltação ao Rei D. Sebastião.
  • 8. OS LUSÍADAS Canto 01 – estrofe 01: “As armas e os barões assinalados, Que da ocidental praia Lusitana, Por mares nunca de antes navegados, Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados, Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; ”
  • 9. OS LUSÍADAS Canto 02 - estrofe 01 “Já neste tempo o lúcido Planeta, Que as horas vai do dia distinguindo, Chegava à desejada e lenta meta, A luz celeste às gentes encobrindo, E da casa marítima secreta Lhe estava o Deus Noturno a porta abrindo, Quando as infidas gentes se chegaram As naus, que pouco havia que ancoraram. ”
  • 10. OS LUSÍADAS Canto 03 – estrofe 01 “Agora tu, Calíope, me ensina O que contou ao Rei o ilustre Gama: Inspira imortal canto e voz divina Neste peito mortal, que tanto te ama. Assim o claro inventor da Medicina, De quem Orfeu pariste, ó linda Dama, Nunca por Dafne, Clície ou Leucotoe, Te negue o amor devido, como soe. ”