SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 9
Os Maias
    de Eça de Queiroz


     Capitulo VII

        Trabalho elaborado
                        por:
        Gabriel Lourenço nº2
                       11ªB
Resumo do Capitulo
             VII
•   Afonso joga xadrez com Craft;
•   Carlos tem poucos clientes;
•   Dâmaso frequenta o Ramalhete;
•   A obsessão de Dâmaso por Carlos intensifica-se;
•   Ega projecta um baile de máscaras na casa dos Cohen;
•   Carlos vê pela segunda vez Maria Eduarda;
•   Carlos vê de novo Maria Eduarda acompanhada pelo marido;
•   Carlos volta ao Aterro mais três vezes;
•   A Condessa de Gouvarinho visita Carlos no consultório;
•   Serão no Ramalhete: dominó, música;
•   Carlos convida Cruges a ir a Sintra.
Espaço
Neste capitulo estão presentes:
• O espaço físico exterior:
       • Santa Olávia era o solar da família, na margem esquerda do Douro, o
         clima ameno que lá se faz sentir representa a purificação de Afonso,
         que colocou à disposição de Carlos (p.202)
       • Lisboa , local onde se concentra o Ramalhete, casa que veio a ser
         habitada pela família Maia em 1875;(pág.186)
  No vasto espaço urbano de Lisboa, a acção desenrola-se :
       •   Olivais;
       •   Sintra;
       •   Lumiar;
       •   Lapa(Carlos foi a casa de Dâmaso);
       •   Rua do Alecrim;
       •   Rua Nova de Almada;
• Apesar de Eça privilegiar muitos espaços exteriores, apresenta
  também os espaços físicos interiores como:
       • Ramalhete – “No Ramalhete, depois do almoço, com as três janelas do
         escritório abertas bebendo a tépida luz do belo dia de Março, Afonso da
         Maia e Craft jogavam uma partida de xadrez ao pé da chaminé já sem lume,
         agora cheia de plantas, fresca e festiva como um altar doméstico.”(pág. 186
                     “O Ramalhete        estava   tomando     uma    melancolia    de
         mosteiro(pág. 208)
       • Sala de Esgrima – “A sala de esgrima era uma casa térrea, debaixo dos
         quartos de Carlos, com janelas gradeadas para o jardim, por onde resvalava,
         através das árvores, uma luz esverdinhada. Em dias enevoados era
         necessário acender os quatro bicos do gás.”(pág. 200)
       • Grémio –         “Uma ou duas vezes que Carlos entrara casualmente no Grémio,
         Dâmaso abandonou logo a partida, indiferente à indignação dos parceiros, para
         se vir colar à ilharga do Maia…”(pág. 189)
                         “A curiosidade de Carlos levou-o ao Grémio: no Grémio, nenhum
         empregado vira ultimamente Salcede.”(pág. 201)
       • Hotel Central –        “Desde a sua chegada de Bordéus, logo que o Castro
         Gomes se instalara no Hotel Central…”(pág. 194);
• Casa de Dâmaso - “...Carlos, sinceramente inquieto, julgando-o o
  moribundo, foi uma manhã a casa dele à Lapa. Mas ai, o criado (…) afirmou-
  lhe que o sr. Dâmasozinho estava de boa saúde, e até saíra a cavalo”(pág.
  201)
• Aterro –     “-Steinbroken, não me parece que seja prudente deixar-se aqui
  estar a arrefecer no Aterro...”(pág. 204)
               “Voltou ainda três vezes ao Aterro, não a tornou a ver: e então
  envergonhou-se, sentou-se humilhado com este interesse romanesco que o
  trazia assim, numa inquietação de rafeiro perdido, farejando o
  Aterro…”(pág. 204)
• Consultório de Carlos – O luxuoso consultório de Carlos revela o
  seu diletantismo e a predisposição para a sensualidade.
             “Ao fim dessa semana, Carlos estava no consultório, já para sair,
  calçando as luvas, quando o criado entreabriu o reposteiro, e murmurou
  com alvoço:…”(pág. 205)

• Sala de bilhar - “Justamente, dias depois, no Ramalhete, na sala de
  bilhar, Craft, que acabava de bater o marquês, perguntou pousando o taco
  e acendendo o cachimbo:…”(pág. 211);
Tempo
Neste capitulo está presente:
• O tempo cronológico:
       • É o tempo que o narrador utiliza para narrar a acção da obra. Assim
         este tempo contabiliza-se em dias, meses e anos.


• O tempo do discurso:
       • Na obra “Os Maias observamos que a acção secundária é uma
         analepse em relação à acção principal ( pág. 205), pois o autor
         começa a narrar em 1875 e recua para 1820 para nos dar
         informações à cerca da família Maia.
Personagens
Neste capitulo estão presentes:
• Carlos da Maia – Viajado, culto, requintado, de bom gosto, inteligente,
    preguiçoso ,“mole” e sente gosto pela esgrima . Ao contrário de seu pai, ele era
    apaixonado pela ciência e pelas mulheres, e sem dúvida, exercia a sua profissão
    por gosto e não por obrigação.
•   Afonso da Maia – Era nobre, rico, preconceituoso, austero, simpático, afável,
    caridoso e culto.
•   Craft – Baixo, loiro, de pele rosada e fresca, aparência fria, musculatura de
    atleta, vestido de fraque, educação britânica, modo calmo e plácido, excêntrico,
    viajado e rico. Eça identifica nesta personagem o “homem ideal”.
•   Dâmaso - rapaz baixote, gordo, bochechudo, cabelo frisado, ar provinciano,
    vestido de modo ridículo, exibicionista e vaidoso.
• Cruges – Grenha crespa, olhinhos piscos, nariz espetado, melancólico,
  tímido, reservado.
• Ega – Amigo de Carlos, estudante de Direito, original, ateu, demagogo,
  audaz, revolucionário, boémio, satânico, rebelde e sentimental.
• Conde de Steinbroken – Vestido de modo britânico, “olhar azul claro e
  frio”, “cabelos loiros de espiga”. Diplomata fino, grande entusiasta de
  Inglaterra, acrítico.
• Reverendo Bonifácio – “enorme e fofo”
• Condessa de Gouvarinho – trinta e três anos, “cabelos cor de brasa”,
  “pele de cetim”, “pé fino e comprido”, requintada, burguesa adultera e
  frustrada.
• Euzebiozinho – “cabelo chato”, “amarelado, despenteado, carregado de
  luto”, “lunetas pretas”, viúvo, fúnebre, forreta.
• Jacob Cohen – baixo, apurado, de olhos bonitos, mão com diamante,
  irónico, irresponsável e Director do Banco Nacional.
• Raquel Cohen – trinta anos, muito alta, pálida, de saúde frágil, ar
  lânguido, luneta de ouro presa por um fio de ouro, culta. Era considerada
  uma das primeiras da elite portuguesa.
• Conde de Gouvarinho – alto, de luneta de ouro, bigode encerado, pêra
  curta, “um caloteiro”, maçador, forreta, aborrecido, grosseiro, provinciano,
  voz lenta, sem cultura histórica, deputado pertencente ao Centro
  Progressista.
• Condessa Gouvarinho – trinta e três anos
• Duque de Nolfolk
• Castro Gomes – cavaleiro

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho
Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho
Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho Marisa Ferreira
 
Os Maias - Capítulo XVI
Os Maias - Capítulo XVIOs Maias - Capítulo XVI
Os Maias - Capítulo XVISara Leonardo
 
Os Maias Apresentação
Os Maias   Apresentação Os Maias   Apresentação
Os Maias Apresentação joanana
 
Os Maias de Eça de Queirós - personagens
Os Maias de Eça de Queirós - personagensOs Maias de Eça de Queirós - personagens
Os Maias de Eça de Queirós - personagensLurdes Augusto
 
Os Maias | Capítulo 12
Os Maias | Capítulo 12Os Maias | Capítulo 12
Os Maias | Capítulo 12Sara Guerra
 
Narrativa e estilo n' Os Maias
Narrativa e estilo n' Os MaiasNarrativa e estilo n' Os Maias
Narrativa e estilo n' Os MaiasDina Baptista
 
Os Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIOs Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIsin3stesia
 
Os Maias XII capítulo
Os Maias XII capítuloOs Maias XII capítulo
Os Maias XII capítuloDinisRocha2
 
Os Maias - análise
Os Maias - análise Os Maias - análise
Os Maias - análise nanasimao
 
Maria Eduarda-Os Maias
Maria Eduarda-Os MaiasMaria Eduarda-Os Maias
Maria Eduarda-Os Maiasnanasimao
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analisekeve semedo
 
Corrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os MaiasCorrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os Maiasmauro dinis
 

Mais procurados (20)

Tomás de Alencar
Tomás de AlencarTomás de Alencar
Tomás de Alencar
 
Os Maias - Capítulo V
Os Maias - Capítulo VOs Maias - Capítulo V
Os Maias - Capítulo V
 
Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho
Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho
Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho
 
Os Maias - Capítulo XVI
Os Maias - Capítulo XVIOs Maias - Capítulo XVI
Os Maias - Capítulo XVI
 
Os Maias - Capítulo IV
Os Maias - Capítulo IVOs Maias - Capítulo IV
Os Maias - Capítulo IV
 
Os Maias Apresentação
Os Maias   Apresentação Os Maias   Apresentação
Os Maias Apresentação
 
Os Maias - Capítulo X
Os Maias - Capítulo XOs Maias - Capítulo X
Os Maias - Capítulo X
 
Os Maias de Eça de Queirós - personagens
Os Maias de Eça de Queirós - personagensOs Maias de Eça de Queirós - personagens
Os Maias de Eça de Queirós - personagens
 
Os Maias | Capítulo 12
Os Maias | Capítulo 12Os Maias | Capítulo 12
Os Maias | Capítulo 12
 
Narrativa e estilo n' Os Maias
Narrativa e estilo n' Os MaiasNarrativa e estilo n' Os Maias
Narrativa e estilo n' Os Maias
 
Os Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIOs Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e II
 
Os Maias XII capítulo
Os Maias XII capítuloOs Maias XII capítulo
Os Maias XII capítulo
 
Os Maias - Análise
Os Maias - AnáliseOs Maias - Análise
Os Maias - Análise
 
Os Maias - espaço
Os Maias - espaçoOs Maias - espaço
Os Maias - espaço
 
Os Maias - análise
Os Maias - análise Os Maias - análise
Os Maias - análise
 
Os maias
Os maiasOs maias
Os maias
 
Maria Eduarda-Os Maias
Maria Eduarda-Os MaiasMaria Eduarda-Os Maias
Maria Eduarda-Os Maias
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analise
 
Corrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os MaiasCorrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os Maias
 
Educação n' os maias
Educação n' os maiasEducação n' os maias
Educação n' os maias
 

Destaque

Destaque (11)

Os Maias
Os MaiasOs Maias
Os Maias
 
. Maias simplificado
. Maias simplificado. Maias simplificado
. Maias simplificado
 
Os maias análise
Os maias análiseOs maias análise
Os maias análise
 
O resumo de Os Maias
O resumo de Os MaiasO resumo de Os Maias
O resumo de Os Maias
 
Capítulos V a VI d' Os Maias
Capítulos V a VI d' Os MaiasCapítulos V a VI d' Os Maias
Capítulos V a VI d' Os Maias
 
Os Maias
Os MaiasOs Maias
Os Maias
 
Portugues resumos maias-livro inteiro- teresa pestana
Portugues resumos maias-livro inteiro- teresa pestanaPortugues resumos maias-livro inteiro- teresa pestana
Portugues resumos maias-livro inteiro- teresa pestana
 
Os Maias-Capitulo 9
Os Maias-Capitulo 9Os Maias-Capitulo 9
Os Maias-Capitulo 9
 
Os Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacaoOs Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacao
 
Os Maias estrutura
Os Maias estruturaOs Maias estrutura
Os Maias estrutura
 
Maias - capitulo 3
Maias - capitulo 3Maias - capitulo 3
Maias - capitulo 3
 

Semelhante a Os maias

Apresentação para décimo ano de 2014 5, aula 105-106
Apresentação para décimo ano de 2014 5, aula 105-106Apresentação para décimo ano de 2014 5, aula 105-106
Apresentação para décimo ano de 2014 5, aula 105-106luisprista
 
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 54
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 54Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 54
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 54luisprista
 
Jose Maria-de-Eça-de-Queirós
Jose Maria-de-Eça-de-QueirósJose Maria-de-Eça-de-Queirós
Jose Maria-de-Eça-de-QueirósClaudia Lazarini
 
As minas de salomão power-point para lp
As minas de salomão  power-point para lpAs minas de salomão  power-point para lp
As minas de salomão power-point para lpIva Leão
 
1 érico veríssimo - o continente vol. 2
1   érico veríssimo - o continente vol. 21   érico veríssimo - o continente vol. 2
1 érico veríssimo - o continente vol. 2Jerônimo Ferreira
 
A viuva do enforcado camilo castelo branco
A viuva do enforcado   camilo castelo brancoA viuva do enforcado   camilo castelo branco
A viuva do enforcado camilo castelo brancoAnaRibeiro968038
 
A viuva do enforcado camilo castelo branco
A viuva do enforcado   camilo castelo brancoA viuva do enforcado   camilo castelo branco
A viuva do enforcado camilo castelo brancoAnaRibeiro968038
 
"O Cortiço" - Aluísio de Azevedo
"O Cortiço" - Aluísio de Azevedo"O Cortiço" - Aluísio de Azevedo
"O Cortiço" - Aluísio de AzevedoFabio Lemes
 

Semelhante a Os maias (13)

Apresentação para décimo ano de 2014 5, aula 105-106
Apresentação para décimo ano de 2014 5, aula 105-106Apresentação para décimo ano de 2014 5, aula 105-106
Apresentação para décimo ano de 2014 5, aula 105-106
 
Eça de queiroz
 Eça de queiroz Eça de queiroz
Eça de queiroz
 
90
9090
90
 
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 54
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 54Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 54
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 54
 
A Lisboa de Eça e de Cesário
A Lisboa de Eça e de CesárioA Lisboa de Eça e de Cesário
A Lisboa de Eça e de Cesário
 
Jose Maria-de-Eça-de-Queirós
Jose Maria-de-Eça-de-QueirósJose Maria-de-Eça-de-Queirós
Jose Maria-de-Eça-de-Queirós
 
Os Maias
Os MaiasOs Maias
Os Maias
 
As minas de salomão power-point para lp
As minas de salomão  power-point para lpAs minas de salomão  power-point para lp
As minas de salomão power-point para lp
 
1 érico veríssimo - o continente vol. 2
1   érico veríssimo - o continente vol. 21   érico veríssimo - o continente vol. 2
1 érico veríssimo - o continente vol. 2
 
A viuva do enforcado camilo castelo branco
A viuva do enforcado   camilo castelo brancoA viuva do enforcado   camilo castelo branco
A viuva do enforcado camilo castelo branco
 
A viuva do enforcado camilo castelo branco
A viuva do enforcado   camilo castelo brancoA viuva do enforcado   camilo castelo branco
A viuva do enforcado camilo castelo branco
 
"O Cortiço" - Aluísio de Azevedo
"O Cortiço" - Aluísio de Azevedo"O Cortiço" - Aluísio de Azevedo
"O Cortiço" - Aluísio de Azevedo
 
A aia
A aiaA aia
A aia
 

Mais de Gabriel Cristiano

Mais de Gabriel Cristiano (15)

Psicologia aplicada
Psicologia aplicadaPsicologia aplicada
Psicologia aplicada
 
Os contrastes demográficos entre paises desenvolvidos em desenvolvimento
Os contrastes demográficos entre paises desenvolvidos em desenvolvimentoOs contrastes demográficos entre paises desenvolvidos em desenvolvimento
Os contrastes demográficos entre paises desenvolvidos em desenvolvimento
 
Ong
OngOng
Ong
 
Impactos ambientais
Impactos ambientaisImpactos ambientais
Impactos ambientais
 
As organizações formais mundiais (fmi) gabriel lourenço e ana simões
As organizações formais mundiais (fmi)   gabriel lourenço e ana simõesAs organizações formais mundiais (fmi)   gabriel lourenço e ana simões
As organizações formais mundiais (fmi) gabriel lourenço e ana simões
 
A macrorregião boston washin gg-ton
A macrorregião boston washin gg-tonA macrorregião boston washin gg-ton
A macrorregião boston washin gg-ton
 
Bullying
BullyingBullying
Bullying
 
Sistema esquelético
Sistema esqueléticoSistema esquelético
Sistema esquelético
 
Racismo
RacismoRacismo
Racismo
 
Pobreza
PobrezaPobreza
Pobreza
 
Phfls
PhflsPhfls
Phfls
 
Scotland
ScotlandScotland
Scotland
 
Tree people
Tree peopleTree people
Tree people
 
A integração de portugal na união europeia
A integração de portugal na união europeiaA integração de portugal na união europeia
A integração de portugal na união europeia
 
Noção e promoção de saúde(original)(2º perido)
Noção e promoção de saúde(original)(2º perido)Noção e promoção de saúde(original)(2º perido)
Noção e promoção de saúde(original)(2º perido)
 

Os maias

  • 1. Os Maias de Eça de Queiroz Capitulo VII Trabalho elaborado por: Gabriel Lourenço nº2 11ªB
  • 2. Resumo do Capitulo VII • Afonso joga xadrez com Craft; • Carlos tem poucos clientes; • Dâmaso frequenta o Ramalhete; • A obsessão de Dâmaso por Carlos intensifica-se; • Ega projecta um baile de máscaras na casa dos Cohen; • Carlos vê pela segunda vez Maria Eduarda; • Carlos vê de novo Maria Eduarda acompanhada pelo marido; • Carlos volta ao Aterro mais três vezes; • A Condessa de Gouvarinho visita Carlos no consultório; • Serão no Ramalhete: dominó, música; • Carlos convida Cruges a ir a Sintra.
  • 3. Espaço Neste capitulo estão presentes: • O espaço físico exterior: • Santa Olávia era o solar da família, na margem esquerda do Douro, o clima ameno que lá se faz sentir representa a purificação de Afonso, que colocou à disposição de Carlos (p.202) • Lisboa , local onde se concentra o Ramalhete, casa que veio a ser habitada pela família Maia em 1875;(pág.186) No vasto espaço urbano de Lisboa, a acção desenrola-se : • Olivais; • Sintra; • Lumiar; • Lapa(Carlos foi a casa de Dâmaso); • Rua do Alecrim; • Rua Nova de Almada;
  • 4. • Apesar de Eça privilegiar muitos espaços exteriores, apresenta também os espaços físicos interiores como: • Ramalhete – “No Ramalhete, depois do almoço, com as três janelas do escritório abertas bebendo a tépida luz do belo dia de Março, Afonso da Maia e Craft jogavam uma partida de xadrez ao pé da chaminé já sem lume, agora cheia de plantas, fresca e festiva como um altar doméstico.”(pág. 186 “O Ramalhete estava tomando uma melancolia de mosteiro(pág. 208) • Sala de Esgrima – “A sala de esgrima era uma casa térrea, debaixo dos quartos de Carlos, com janelas gradeadas para o jardim, por onde resvalava, através das árvores, uma luz esverdinhada. Em dias enevoados era necessário acender os quatro bicos do gás.”(pág. 200) • Grémio – “Uma ou duas vezes que Carlos entrara casualmente no Grémio, Dâmaso abandonou logo a partida, indiferente à indignação dos parceiros, para se vir colar à ilharga do Maia…”(pág. 189) “A curiosidade de Carlos levou-o ao Grémio: no Grémio, nenhum empregado vira ultimamente Salcede.”(pág. 201) • Hotel Central – “Desde a sua chegada de Bordéus, logo que o Castro Gomes se instalara no Hotel Central…”(pág. 194);
  • 5. • Casa de Dâmaso - “...Carlos, sinceramente inquieto, julgando-o o moribundo, foi uma manhã a casa dele à Lapa. Mas ai, o criado (…) afirmou- lhe que o sr. Dâmasozinho estava de boa saúde, e até saíra a cavalo”(pág. 201) • Aterro – “-Steinbroken, não me parece que seja prudente deixar-se aqui estar a arrefecer no Aterro...”(pág. 204) “Voltou ainda três vezes ao Aterro, não a tornou a ver: e então envergonhou-se, sentou-se humilhado com este interesse romanesco que o trazia assim, numa inquietação de rafeiro perdido, farejando o Aterro…”(pág. 204) • Consultório de Carlos – O luxuoso consultório de Carlos revela o seu diletantismo e a predisposição para a sensualidade. “Ao fim dessa semana, Carlos estava no consultório, já para sair, calçando as luvas, quando o criado entreabriu o reposteiro, e murmurou com alvoço:…”(pág. 205) • Sala de bilhar - “Justamente, dias depois, no Ramalhete, na sala de bilhar, Craft, que acabava de bater o marquês, perguntou pousando o taco e acendendo o cachimbo:…”(pág. 211);
  • 6. Tempo Neste capitulo está presente: • O tempo cronológico: • É o tempo que o narrador utiliza para narrar a acção da obra. Assim este tempo contabiliza-se em dias, meses e anos. • O tempo do discurso: • Na obra “Os Maias observamos que a acção secundária é uma analepse em relação à acção principal ( pág. 205), pois o autor começa a narrar em 1875 e recua para 1820 para nos dar informações à cerca da família Maia.
  • 7. Personagens Neste capitulo estão presentes: • Carlos da Maia – Viajado, culto, requintado, de bom gosto, inteligente, preguiçoso ,“mole” e sente gosto pela esgrima . Ao contrário de seu pai, ele era apaixonado pela ciência e pelas mulheres, e sem dúvida, exercia a sua profissão por gosto e não por obrigação. • Afonso da Maia – Era nobre, rico, preconceituoso, austero, simpático, afável, caridoso e culto. • Craft – Baixo, loiro, de pele rosada e fresca, aparência fria, musculatura de atleta, vestido de fraque, educação britânica, modo calmo e plácido, excêntrico, viajado e rico. Eça identifica nesta personagem o “homem ideal”. • Dâmaso - rapaz baixote, gordo, bochechudo, cabelo frisado, ar provinciano, vestido de modo ridículo, exibicionista e vaidoso. • Cruges – Grenha crespa, olhinhos piscos, nariz espetado, melancólico, tímido, reservado. • Ega – Amigo de Carlos, estudante de Direito, original, ateu, demagogo, audaz, revolucionário, boémio, satânico, rebelde e sentimental.
  • 8. • Conde de Steinbroken – Vestido de modo britânico, “olhar azul claro e frio”, “cabelos loiros de espiga”. Diplomata fino, grande entusiasta de Inglaterra, acrítico. • Reverendo Bonifácio – “enorme e fofo” • Condessa de Gouvarinho – trinta e três anos, “cabelos cor de brasa”, “pele de cetim”, “pé fino e comprido”, requintada, burguesa adultera e frustrada. • Euzebiozinho – “cabelo chato”, “amarelado, despenteado, carregado de luto”, “lunetas pretas”, viúvo, fúnebre, forreta. • Jacob Cohen – baixo, apurado, de olhos bonitos, mão com diamante, irónico, irresponsável e Director do Banco Nacional. • Raquel Cohen – trinta anos, muito alta, pálida, de saúde frágil, ar lânguido, luneta de ouro presa por um fio de ouro, culta. Era considerada uma das primeiras da elite portuguesa.
  • 9. • Conde de Gouvarinho – alto, de luneta de ouro, bigode encerado, pêra curta, “um caloteiro”, maçador, forreta, aborrecido, grosseiro, provinciano, voz lenta, sem cultura histórica, deputado pertencente ao Centro Progressista. • Condessa Gouvarinho – trinta e três anos • Duque de Nolfolk • Castro Gomes – cavaleiro