O documento descreve como o Congresso de Viena dividiu a Itália e a Alemanha em diversos estados, contrariando o desejo dos povos locais por unificação nacional. No século XIX, movimentos racionalistas surgiram na Itália e Alemanha buscando a independência e a formação de estados-nação. A unificação italiana ocorreu sob liderança do Reino da Sardenha, enquanto a alemã foi conduzida pela Prússia sob Otto von Bismarck.
4. Congresso de Viena
• O Congresso de Viena (1814-1815) determinou que os atuais
territórios da Itália e da Alemanha fossem divididos em
diversos estados dominados por estrangeiros. Os povos
desses territórios não aceitaram a divisão feita por Viena e
promoveram, então, movimentos racionalistas visando
transformar suas nações em estados nacionais
independentes.
Onde hoje é a Itália foi dividida em pequenos estados por
ordem de Viena, são eles:
• Reino Sardo-Piemontês: governado por uma dinastia
italiana. Era autônomo e soberano;
• Reino Lombardo-Veneziano: governado pela Áustria;
• Ducados de Parma, Módena e Toscana: governados por
duques subservientes à Áustria;
• Estados Pontifícios: governados pelo papa;
• Reino das Duas Sicílias: governado pela dinastia de
Bourbon.
5. A luta para Unificar a Itália
• A primeira luta do movimento para unificar a Itália só
teve início depois da decisão do Congresso de Viena
que transformava a atual Itália. As primeiras
tentativas de libertação do território italiano foi uma
organização revolucionária chamada de Jovem Itália
liderada por Giuseppe Mazzini, republicano que
junto com a jovem Itália defendia a independência e
a transformação da Itália numa república
democrática.
6. Interesse na Unificação
• A alta burguesia queria a unificação, que
garantiria o progresso e lhe daria possibilidades
de concorrer no mercado externo. Para ela, a
unificação tinha significado apenas liberal; o
nacionalismo não passou de instrumento. A
média burguesia, aliada ao proletariado
urbano, desejava um Estado que adotasse
medi-das econômicas e sociais de tendência
democrática. Preferia uma unificação em termos
republica-nos, enquanto a alta burguesia queria
unificar o mais fácil e rápido possível, em torno
do reino mais forte da Itália: Piemonte-Sardenha.
7. Como aconteceu a Unificação
• Na região sul, a unificação aconteceu graças aos esforços de um exército
de voluntários liderados por Giuseppe Garibaldi. Nessa outra frente em
favor da unificação, os exércitos sulistas – popularmente conhecidos como
“camisas vermelhas” – conseguiram derrubar as monarquias que
controlavam a Sicília e Nápoles. Apesar de se opor à instalação de uma
monarquia no território italiano, Garibaldi cedeu aos interesses
piemonteses para que o projeto unificador não se enfraquecesse com uma
guerra civil.
• Com isso, Vitor Emanuel II se tornou imperador na grande parte dos
antigos reinos que formavam a Península Itálica. A última e maior
resistência aconteceu nos Estados Pontifícios, onde o papa utilizava de sua
influência religiosa para que os fiéis católicos não reconhecessem a
autoridade do novo governo. No entanto, a conquista de Roma, em
1870, acabou inviabilizando a oposição religiosa à unificação.
8.
9. Depois do congresso de Viena
• Em meados do século XIX, após a separação territorial no Congresso de
Viena, o espaço territorial germânico era constituído por 39
diferentes reinos, ducados e cidades livres, que apenas tinham em comum
a mesma raiz linguística (o alemão) e a mesma base cultural. Nele, a
hegemonia política era disputada pelas suas duas principais potências:
a Áustria dos Habsburgos, que dominava a Dieta (o Parlamento da
Confederação Germânica) e a Prússia, governada pelos Hohenzollern. No
plano econômico, o território germânico ainda vivia, em linhas
gerais, numa estrutura feudal, em plena Idade Contemporânea; a exceção
era a Prússia, mais industrializada, com maior poder economico, que
desde 1834 implantara o “Zollverein”, uma aliança aduaneira entre os
Estados da Liga Alemã.
• Desde o início do século XIX que o desejo da unidade nacional podia ser
notado, principalmente nos meios acadêmicos e literários. Como
exemplo, Freiherr vom Stein, na Prússia tentou implantar um programa
político inspirado nessa pretensão, porém acabou sendo afastado
em 1808. Após isso a Áustria reimplantou sua influência, e
o nacionalismo alemão ficou inoperante até 1848, quando ocorreram
diversas revoluções por toda a Europa, a chamada "Primavera dos Povos".
10. Revolução de 1848 nos Estados
Alemães
• Em 1848, sob a liderança do governo prussiano, havia se
formado o Zollverein (União Aduaneira, com a participação
dos vários Estados alemães, exceto a Áustria), unificando o
mercado de vários Estados alemães. Beneficiadas por essa
ampliação de mercado, as indústrias prussianas tiveram um
período de grande crescimento e desenvolvimento. Na
década de 1860, surgiram os primeiros grandes centros
urbanos-industriais alemães.
• Com a morte de Frederico Guilherme IV, subiu ao trono da
Prússia Guilherme I, que nomeou como primeiro-ministro
Otto von Bismarck, o grande artífice da unificação alemã.
Bismarck, membro da aristocracia prussiana, era um
político conservador, partidário de um regime monárquico
forte e concentrado nas mãos do rei.
11. A Unificação Alemã
• A contra-revolução, articulada pelos setores reacionários
tanto da Áustria quanto da Prússia e da Itália, esmagou
temporariamente as manifestações em favor das unificações
alemã e italiana.
• No caso da Alemanha, o desenvolvimento industrial da região
e o crescimento dos Estados alemães encontravam obstáculos
para seu avanço na fragmentação política. Para a indústria, a
unificação significava um mercado de grandes
dimensões, capaz de sustentar seu desenvolvimento e de
garantir a proteção governamental contra a concorrência
inglesa. Alguns setores da aristocracia sonhava com a
construção de um poderoso Império Alemão, governado por
uma casa imperial forte. Outros setores, no entanto, temiam
perder seus poderes locais, no caso de uma unificação.
• Frustrada a tentativa de unificação pela revolução, a única
saída era que a Prússia, o mais poderoso Estado
germânico, liderasse um processo de unificação sob a coroa
de um monarca prussiano.