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Colégio Técnico de Campinas
Universidade estadual de Campinas
Curso de Plásticos - Matutino

POLICLORETO DE VINILA
(PVC) NA CONSTRUÇÃO
CIVIL
GABRIELA BEGALLI
LAIZA GABRIELLA

Prof. Dra. Vanessa Petrilli Bavaresco
(orientadora)

Campinas
2012
Gabriela Begalli
Laiza Gabriela

POLICLORETO DE VINILA (PVC) NA
CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de pesquisa apresentado ao Curso de
Plástico do Colégio Técnico de Campinas, como parte
de aprender a fazer um Trabalho Cientifico com o
objetivo de mostrar como é utilizado o PVC na
Construção civil.

Orientadora: Professora. Dra. Vanessa Petrilli Bavaresco

Campinas
2012
Policloreto de Vinila (PVC) na construção civil

Gabriela Begalli
Laiza Gabriella

Gostaria de agradecer primeiramente a minha
orientadora, Prof.ª Dra. Vanessa Petrilli Bavaresco, por
sua dedicação e paciência durante este período em que
convivemos. Gostaria de agradecer aos meus amigos do
Colégio que me ajudaram quando eu estava precisando
de informações e explicações. Como também os de fora
do Colégio que compreenderam e me ajudaram no
progresso desse trabalho.
Agradeço o apoio da família, principalmente da minha
irmã. Enfim, a todos que contribuíram direta ou
indiretamente para a realização deste trabalho. Obrigado!

Campinas
2012
Policloreto de Vinila (PVC) na construção civil
Gabriela Begalli
Laiza Gabriella

“Qualquer pessoa que tenha experiência com o trabalho
científico sabe que aqueles que se recusam a ir além dos fatos
raramente chegam aos fatos em si.”
Thomas Huxley

Campinas
2012
Resumo
Este trabalho mostra a aplicação do Policloreto de vinila na Construção Civil e o seu
desenvolvimento no Brasil. Falamos do seu custo no mercado, a sua facilidade em
instalações, a sua resistência, a sua durabilidade, a poluição e reciclagem desse
material e suas aplicações, como: janelas, portas, papel parede, forro, tubos e
conexões, fios e cabos, pisos, sidings, telhas, venezianas, persianas e piscinas. No
entanto, não é um material muito utilizado aqui no Brasil, mas vem aumentando esse
valor conforme os anos, e muito mais nos anos seguinte com a Copa do Mundo de
2014. O resultado é que o PVC é considerado um dos termoplástico mais consumido
e econômico do mundo e também um dos melhores materiais a se usar numa
construção civil.

Palavras chaves: PVC, Construção civil, instalação
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................11
1 O QUE É O PVC? .........................................................................................12
1.1 O que é o composto de PVC?.............................................................................................12
1.2 Fabricação do PVC............................................................................................................13
1.3 Principais características.....................................................................................................13

2 APLICAÇÕES DO PVC NA CONSTRUÇÃO CIVIL..............................15
2.1 PVC nas residências............................................................................................................15
2.2 Janelas.................................................................................................................................15
2.3 Venezianas..........................................................................................................................17
2.4 Forros..................................................................................................................................18
2.5 Telhas..................................................................................................................................20
2.6 Coberturas Tensionadas......................................................................................................21
2.7 Divisórias Internas..............................................................................................................23
2.8 Portas...................................................................................................................................24
2.9 Papéis de parede..................................................................................................................24
2.10 Pisos..................................................................................................................................26
2.11 Persianas Internas..............................................................................................................27
2.12 Persianas Externas.............................................................................................................28
2.13 Piscinas..............................................................................................................................29
2.12 Deck..................................................................................................................................30
2.13 Rufo...................................................................................................................................31
2.14 Siding................................................................................................................................32
2.15 Tubos, Conexões e Dutos de transporte de água e esgoto................................................34
2.16 Fios e Cabos......................................................................................................................36
2.17 Arquitetura e design..........................................................................................................36

3 O PVC E A ECONOMIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL..............................38
3.1 Consumo do PVC nos materiais para construção civil.......................................................40
3.1.1 Forros de PVC..................................................................................................................40
3.1.2 Tubos e conexões de PVC................................................................................................40
3.1.3 Sidings e perfis.................................................................................................................43
3.1.4 Fios e Cabos.....................................................................................................................43
3.1.5 Pisos Vinilicos..................................................................................................................46
3.1.6 Janelas..............................................................................................................................47
3.1.7 Competição com outros materiais....................................................................................48
3.2 PVC ajuda em Minha casa, Minha vida.............................................................................48
3.2.1Tecnologia Concreto-PVC se propaga no Brasil..............................................................49
3.3 PVC: de olho na Copa de 2014...........................................................................................50

4 MEIO AMBIENTE E O PVC.......................................................................51
4.1. Reciclagem do PVC ..........................................................................................................51
4.1.1 Processo de reciclagem do PVC......................................................................................53

CONCLUSÃO....................................................................................................57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................58
Listas de Abreviaturas e siglas
ABCP Associação Brasileira de Cimento Portland
ABS Acrilonitrila buladieno estireno
AFAP Associação Brasileira dos Fabricantes de Perfis
ANAPP - Associação Nacional dos Fabricantes e Construtores de Piscinas e Produtos Afins.
BA Bahia
CDHU Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo
CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem
DCE Dicloro etano
EPS Poliestireno Expandido
EUA Estados Unidos
MVC Mono cloreto de vinila
PE - Polietileno
PEAD – Um tipo de Polietileno
PPP Parceiras Público-Privadas
PVC Policloreto de vinila
RBS Royal Building System
SP São Paulo
UV Radiação ultravioleta
Norma relacionada a produtos de PVC diversos
NBR 7362: sistema enterrado para condução de esgoto - requisitos para tubos de PVC com
junta elástica, com parede maciça, dupla parede.
Listas de Figuras
Figura 1 - Formula do PVC.....................................................................................................12
Figura 2 - Compostos de PVC.................................................................................................12
Figura 3 - Fluxograma de fabricação do PVC.........................................................................13
Figura 4 - Casas feitas com PVC.............................................................................................15
Figura 5 - Janelas feitas de PVC..............................................................................................16
Figura 6 - Venezianas de PVC.................................................................................................18
Figura 7 - Forros de PVC.........................................................................................................19
Figura 8 - Telhas feitas de PVC...............................................................................................21
Figura 9 - Vários tipos de cobertura tensionada......................................................................22
Figura 10 - Divisórias internas de PVC...................................................................................23
Figura 11 - Portas de PVC.......................................................................................................24
Figura 12 - Papel de parede com PVC.....................................................................................25
Figura 13 - Pisos Vinilicos.......................................................................................................26
Figura 14 - Persiana Interna feita de PVC...............................................................................27
Figura 15 - Persiana Externa....................................................................................................28
Figura 16 - Piscinas feitas a PVC............................................................................................29
Figura 17 - Deck......................................................................................................................31
Figura 18 - Exemplo de Rufo...................................................................................................32
Figura 19 - Exemplos de casas com o esquema Siding...........................................................33
Figura 20 - Tubos de PVC.......................................................................................................34
Figura 21 – Casas com janelas e portas de PVC......................................................................36
Figura 22 - Estádio Le Stade de France, em Saint-Denis........................................................37
Figura 23 - Estrutura do consumo mundial de PVC (%) - 2004..............................................38
Figura 24 - Estrutura do consumo brasileiro de PVC (%) - 2004............................................38
Figura 25 - Consumo per capita de PVC - 2004......................................................................39
Figura 26 - Consumo aparente de PVC em relação aos demais termoplásticos......................39
Figura 27 - PVC em tubos de esgoto, agua e eletrodutos........................................................42
Figura 28 – Evolução da demanda de tubos e conexões de PVC no Brasil.............................42
Figura 29 – Participação do PVC nos fios e cabos nos EUA..................................................44
Figura 30 – Aplicação do PVC no setor de fios e cabos, no Brasil.........................................45
Figura 31 - Distribuição dos materiais no mercado brasileiro de pisos...................................47
Figura 32 – Comparação EUA com Brasil na produção de janelas de PVC...........................47
Figura 33 – Materiais que competem com o PVC...................................................................48
Figura 34 - Casa de Concreto PVC..........................................................................................49
Figura 35 – PVC & Meio ambiente ........................................................................................52
Figura 36 - Tempo aproximado de vida de serviço de produtos de PVC, em função do
porcentual de aplicação.............................................................................................................53
Figura 37 - Distribuição dos materiais que compõem o resíduo solido urbano.......................54
Figura 38 - Distribuição média dos plásticos encontrados no resíduo solido urbano..............54

Lista de Tabela
Tabela 1 – Mercado brasileiro de forros...................................................................................40
Introdução
O Poli Cloreto de Vinila (PVC) é uma resina termoplástica obtida pela poliadição do
monômero de cloreto de vinila que têm importante papel na qualidade de vida da sociedade
moderna, por meio de soluções com excelentes relações custo/beneficio destinadas á
infraestrutura e á construção civil, além de seu emprego em calçados, embalagens,
brinquedos, produtos médicos, laminados técnicas e outros bens duráveis.
Dos termoplásticos, o PVC, é o mais utilizado na construção civil. Mas a duvida surge, será o
PVC o com mais baixo custo? E sua facilidade em instalações? Tem resistência quanto às
construções? Quais são suas aplicações? E sua durabilidade? O preço é competitivo? Como é
o seu processo no mercado? E quanto á poluição e reciclagem?
Todas estas questões serão devidamente ponderadas ao longo deste trabalho, levantando
dúvidas e respostas sobre o PVC em relação à Construção civil.
1. O que é PVC?
O PVC é o Policloreto de Vinila, resina termoplástica obtida pela poliadição do monômero
de cloreto de vinila, não é um material como os outros. É o único material plástico que não é
100% originário do petróleo. É um polímero extremamente versátil graças à polaridade da sua
molécula (57% de cloro - derivado do cloreto de sódio e 43% de eteno - derivado do
petróleo), permitindo assim que o PVC tenha uma boa compatibilidade com uma série de
aditivos. Possui três átomos de hidrogênio, dois de carbono e um de cloro.
Figura 1 - Formula do PVC

Fonte: Instituto do PVC

1.1 O que é um composto de PVC?
O composto de PVC é um produto comercializado na forma de pó (premix) ou granulado,
proveniente da mistura homogênea do PVC (matéria prima base) e outros componentes
conhecidos como aditivos, cuja composição (fórmula) visa atender, em termos de
transformação e propriedades físicas/químicas, um determinado produto transformado. O tipo
e a quantidade adicionada destes aditivos conferem características específicas tais como
rigidez ou flexibilidade, transparência ou opacidade, superfície brilhante ou fosca, resistência
à luz e às intempéries, cor, propriedades elétricas e etc.
Figura 2 – Compostos de PVC

Fonte: DesignPVC

Podemos definir os aditivos basicamente como funcionais e opcionais:
 Os aditivos funcionais usados em todas as formulações de PVC incluem os
estabilizantes ao calor, os lubrificantes e no caso de PVC plastificado os
plastificantes.
 Os aditivos opcionais, incluem uma gama de substancias como auxiliares de
processo, modificadores de impacto, modificadores térmicos, estabilizantes UV,
retardantes de chama, cargas minerais, pigmentos, biocidas e são utilizados de
acordo com os requerimentos especificados.
1.1

Fabricação do PVC

A fabricação do PVC vem a partir do sal marinho, pelo processo de eletrólise, obtém-se o
cloro, soda cáustica e hidrogênio. A eletrólise é a reação química resultante da passagem de
uma corrente elétrica por água salgada (salmoura). Assim se dá a obtenção do cloro, que
representa 57% da resina de PVC produzida.
O petróleo, que representa apenas 43% desta resina, passa por um caminho um pouco mais
longo. O primeiro passo é uma destilação do óleo cru, obtendo-se aí a nafta leve. Esta passa,
então, pelo processo de craqueamento catalítico (quebra de moléculas grandes em moléculas
menores com a ação de catalisadores para aceleração do processo), gerando-se o eteno. Tanto
o cloro como o eteno estão na fase gasosa e eles reagem produzindo o Dicloro etano (DCE).
A partir do DCE, obtém-se o mono cloreto de vinila (MVC) (unidade básica do polímero. O
polímero é formado pela repetição da estrutura monomérica). As moléculas de MVC são
submetidas ao processo de polimerização, ou seja, elas vão se ligando formando uma
molécula muito maior, conhecida como PVC, que é um pó muito fino, de cor branca, e
totalmente inerte.
Esse polímero pode ser processado com praticamente todas as tecnologias comuns, pelo fato
de que não há nenhum outro material que possa ser modificado por aditivos na mesma
extensão do PVC.
Figura 3 - Fluxograma de fabricação do PVC

1.2

Principais Características

O PVC é:





Leve (1,4 g/cm3), o que facilita seu manuseio e aplicação;
Resistente à ação de fungos, bactérias, insetos e roedores;
Resistente à maioria dos reagentes químicos;
Bom isolante térmico, elétrico e acústico;












Sólido e resistente a choques;
Impermeável a gases e líquidos;
Resistente às intempéries (sol, chuva, vento e maresia);
Durável: sua vida útil em construções é superior a 50 anos;
Não propaga chamas: é auto extinguível;
Versátil e ambientalmente correto;
Reciclável e reciclado;
Fabricado com baixo consumo de energia;
Baixa toxicidade;
Ausência de odor e cor;
Boas características de processamento e baixo custo.
2.

Aplicação do PVC na construção civil

O PVC é o termoplástico mais utilizado na construção civil, para qual se destinam 65% da sua
produção total. No Brasil, o PVC vem se tornando uma opção em projetos residenciais,
comerciais e industriais, e vem se destacando as mais importantes tendências de
modernização da construção civil no país.

2.1

PVC nas residências

O PVC traz uma contribuição importante para a qualidade, segurança e custo das obras. Esses
são motivos que têm levado ao sucesso do PVC em edifícios ao redor do mundo e, mais
especificamente em países da Europa e Estados Unidos (EUA) e também no Brasil. Possui
uma versatilidade própria que ajuda a atender as necessidades de design atuais, as mais
modernas e as futuras. Além de ser fundamental nas novas obras, tem papel importante nas
reformas, vindo a substituir materiais como cimento, madeira e argila, atuando também na
decoração de novos e velhos ambientes. A casa de PVC, por suas propriedades específicas e
custo competitivo, deixou de estar presente somente nos itens isolados de uma casa, como
tubos e conexões, janelas, portas, forros, pisos, fios e cabos, etc., para compor uma casa
inteira.
No Brasil, o PVC vem se tornando uma das melhores opções para projetos residenciais,
comerciais e industriais. Sua aplicação nesse segmento vem se destacando dentre as mais
importantes tendências de modernização da construção civil no país.
As vantagens do PVC em relação a outros materiais são muitas. São mais duráveis, leves,
resistentes, fáceis de instalar, limpar e, em alguns casos, quase nenhuma manutenção. Para
completar, seu preço é altamente competitivo.
Por essas razões, o PVC vem sendo um dos materiais mais escolhidos pelos arquitetos na hora
de construir ou reformar.
Figura 4 – Casas feita com PVC

Fonte: UFSC

2.2

Janelas
A utilização do PVC em esquadrias surgiu na Alemanha, no final dos anos 60 e espalhou-se
por toda a Europa. Hoje o produto é líder em vários mercados europeus e também nos Estados
Unidos.
São várias as qualidades que fizeram as esquadrias de PVC ser um sucesso de mercado. O
PVC é um bom isolante térmico, reduzindo a transmissão de temperaturas entre o exterior e o
interior das edificações. Os cantos soldados também são uma garantia de estanqueidade e a
utilização do vidro-duplo, com perfis mais largos, faz do produto a solução ideal para se
alcançar os melhores índices de isolamento acústico. Além disso, o material não exige
qualquer manutenção ou proteção por pintura ou verniz.
Lançadas no mercado nacional na década de 80, as janelas de PVC começam a ganhar a
preferência do mercado principalmente pelas suas qualidades termo acústica, acabamento
perfeito, estética agradável e ausência de manutenção. Os mesmos motivos que as colocam
como líderes de mercado na Europa e Estados Unidos.
As janelas encaixilhadas de PVC são fabricadas a partir da composição de perfis extratados,
reforçados internamente com perfis de aço galvanizado. Os perfis de PVC são serrados com
precisão na angulação necessária à montagem das esquadrias e unidos por solda a quente, que
torna a montagem um monobloco perfeitamente esquadrinhado, garantindo-se a
estanqueidade do caixilho.
As esquadrias são formadas por perfis que podem ser preparados para acomodarem folhas de
vidros simples, duplos ou até triplos, dependendo do desenho e das necessidades de
instalação.
Figura 5 – Janelas feitas de PVC

Fotos Carlos Gueller

Foto Celso Brando

Há também a possibilidade de se utilizar chapas ou venezianas de PVC no lugar dos vidros,
elementos que se tornaram comuns em algumas cidades, inclusive como complemento de
esquadrias de aço e alumínio.
Os perfis podem ser fabricados conforme as necessidades do projeto de esquadrias, sempre
incorporando perfis tubulares de aço para garantir a estabilidade e resistência do conjunto.
Não precisam receber pintura e mantém sua aparência ao longo de toda a vida útil da
edificação.
Geralmente são fabricadas na cor branca, mas podem ser feitas em outros tons pastéis, sob
consulta, ou mesmo cores mais fortes, em processos de co-extrusão ou revestidos por
películas de outras cores e padrões.
Os acessórios (trincos, braços de acionamento e fechaduras) são de alumínio e podem receber
qualquer tipo de acabamento que combine com os perfis. Os ciclos de abertura e fechamento
são extremamente leves e silenciosos.
Em condições normais de utilização, as esquadrias de PVC não apresentam nenhuma
limitação quanto à temperatura ambiente, considerando variações entre -10°C e +70°C.

2.3

Venezianas

As venezianas industriais de PVC foram desenvolvidas para manter a ventilação interna,
garantindo iluminação e vedação ao mesmo tempo, de forma segura e econômica.
A recente evolução das edificações industriais, seja em construção convencional ou nas
opções de construção pré-fabricada de concreto ou nas montagens metálicas, ou ainda, na
conjugação de ambos os sistemas em edificações mistas, chega a um impasse quando a
questão é manter a ventilação interna, com iluminação e ao mesmo tempo garantir a vedação.
Muitos materiais foram desenvolvidos para essa função, como elementos vazados de concreto
ou vidro, venezianas metálicas e até mesmo alguns equipamentos, como exaustores de teto.
Todos os projetistas industriais sabem que o melhor a fazer, porém, é manter aberturas nas
partes superiores das edificações, para que naturalmente o ambiente "respire" e troque o ar
quente interno pela ventilação externa.
As venezianas industriais de PVC foram desenvolvidas exatamente para isso. Com aletas
opacas ou translúcidas, são fabricadas em quadros com aberturas capazes de garantir a
ventilação natural com toda a segurança em termos de vedação física. Elas substituem os
caixilhos convencionais e permitem circulação natural de ar no ambiente, sendo ao mesmo
tempo mais seguras e econômicas.
Vários sistemas construtivos vieram trazer novos ares à construção industrial, com utilização
intensiva de elementos pré-fabricados de concreto, coberturas e fechamentos metálicos e
também painéis de fachada arquitetônicos que acabaram por mudar bastante o cenário das
novas fábricas.
As necessidades de iluminação e ventilação interna, porém, não mudaram. Sejam em
construções tradicionais do tipo shed ou lanternim, ou em situações vinculadas aos novos
sistemas construtivos de galpões, o fechamento dos vãos com manutenção da claridade
continua representando um desafio para os projetistas.
As venezianas de PVC têm sido um dos materiais mais empregados, em função da grande
flexibilidade de aplicação, uma vez que podem ser fabricadas sob demanda, conforme as
medidas exatas dos vãos. Desenvolvido há 25 anos, esse tipo de sistema é destinado ao
fechamento de vãos de ventilação, iluminação de sheds, lanternins, platibandas, oitões e
paredes laterais de edifícios industriais e comerciais, permitindo a circulação permanente do
ar nos ambientes onde é aplicado.
Podem ser empregadas em projetos de fábricas, colégios, ginásios poliesportivos,
estacionamentos, supermercados ou shoppings centers, entre outros locais, sempre como
fechamento de empenas ou faixas de iluminação e ventilação dos ambientes.
O produto é resistente a gases industriais, detergentes usuais, graxas e óleos, bem como a
fungos e bactérias. Também permanece inalterável a corrosões, intempéries e ao ar marítimo.
Em contato com materiais comumente usados na construção civil, tais como cimento, cal e
gesso a veneziana permanece intacta.
O produto contribui para a redução da incidência dos raios ultravioletas e infravermelhos. A
solução torna o ambiente agradável, favorecendo a produção, além de permitir uma
iluminação difusa. Feitas sob medida, as venezianas podem ser translúcidas ou opacas, em
diversas cores e tamanhos de aletas. As aletas fabricadas em PVC são especialmente
desenhadas para aumentar a resistência às deformações, além de impedir infiltrações de água
de chuva no ambiente interno.
Figura 6 – Venezianas de PVC

Divulgação Grupo Como

Divulgação Nelson Kon

As venezianas são compostas por aletas horizontais de PVC e montantes verticais de PVC,
aço galvanizado, chapas de aço pré-pintado ou alumínio. Os montantes fazem o travamento
do conjunto.
Os perfis de PVC que compõem o sistema são auto extinguíveis, não propagam o fogo e não
apresentam formação de gotas incandescentes sob ação direta de chamas, contribuindo para a
segurança do ambiente.
As venezianas também são imunes a manchas de mofo ou bolor, não retém a umidade e não
são corroídas por agentes agressivos (apodrecimento).

2.4

Forros

Em sistemas de forros, a arquitetura nacional geralmente usufrui de perfis com encaixe do
tipo macho-e-fêmea. O forro de PVC utiliza perfis com este tipo de encaixe na composição
tanto em uso residencial como em uso comercial.
Com a evolução dos sistemas de extrusão dos compostos de PVC, a indústria desenvolveu
perfis alveolares contínuos com paredes delgadas e resistentes, com encaixe macho-e-fêmea,
contribuindo para o surgimento dos forros de PVC e para a recuperação de uma antiga
tradição da arquitetura nacional.
O mercado brasileiro conheceu os forros de PVC inicialmente através de obras comerciais,
tais como escritórios e postos de gasolina. A criatividade dos profissionais de engenharia,
arquitetura e decoração direcionou o produto para outras aplicações, como residências e locais
que necessitam de um ambiente leve e agradável, onde os forros de PVC também contribuem
com a estética e decoração do ambiente.
Há diversos tipos de forros, tanto para o uso interno de áreas residenciais e comerciais quanto
para áreas externas protegidas como postos de gasolina. Soluções de revestimento que podem
ser oferecidas em placas ou em perfis contínuos, de acordo com a vontade do especificador.
As qualidades e vantagens dos forros de PVC têm conquistado consumidores e chamado à
atenção dos arquitetos, constituindo intervenções diferenciadas de revestimentos de teto em
dormitórios, salas, varandas, banheiros, escritórios, salas de reunião, igrejas e muitos outros
ambientes.
Os forros de PVC apresentam diversas características que os tornam sempre uma ótima
solução para os mais variados tipos de ambientes.
Figura 7 – Forros de PVC

Divulgação Araforros

Por serem alveolares, possuem um vazio interno no produto contribuindo para um melhor
isolamento térmico e acústico das instalações. Os perfis são leves e colaboram para a redução
de carga nas estruturas da cobertura.
O forro de PVC é inerte à ação de microrganismos e a superfície do produto não absorve
umidade, não ficando sujeito a manchas ou contaminações por eventuais vazamentos que as
tubulações das edificações por vezes apresentam.
Também são isolantes elétricos, contribuindo como barreira de segurança às instalações
elétricas das edificações. Caso haja problemas, como vazamentos ou manutenção elétrica,
permitem acesso ao local dos reparos facilmente, sem necessidade de se retirar todo o forro.
Além da facilidade de limpeza e da ausência de necessidade de manutenção, outra
característica muito importante dos forros de PVC é sua propriedade de ser auto extinguível e
não propagar chamas, tornando-se um aliado das edificações na segurança contra o fogo.
Existem dois tipos de forros de PVC, em perfis contínuos ou em placas.
 Perfil contínuo
São fornecidos em diversas larguras, que variam de 8 a 25 cm. A opção é do especificador,
conforme a disponibilidade do fornecedor escolhido. O limite de comprimento das peças é
dado pelo sistema de transporte, sendo que geralmente são fornecidos em perfis de 6 metros
de comprimento.
Quanto ao acabamento superficial há diversas disponibilidades de cores. As cores suaves são
as mais comuns de serem encontradas como branca, gelo e cinza claro, adaptando-se a
quaisquer ambientes e projetos de decoração.
 Placa
Os forros tipos placa são fornecidos nas larguras de 60 e 80 cm. O produto é facilmente
serrado e se adapta bem a qualquer sistema de suporte em perfis suspensos. Podem incorporar
diversas cores, sendo mais comuns as cores suaves, como branca, gelo e cinza claro.
Os fabricantes oferecem lâminas e arremates de vários tipos, de modo a responder a todas as
necessidades das obras, nas mais diversas situações de colocação, tais como juntas
intermediárias, arremates de canto, em várias espessuras e larguras.

2.5

Telhas

A iluminação interna dos ambientes é sempre um desafio para a arquitetura quando não há a
opção de promover aberturas laterais nas edificações.
Quase sempre, lembra-se da possibilidade de fazer a claridade entrar pelo teto, em soluções de
iluminação zenital em domos ou mesmo sofisticadas caixilharias e vidro.
Algumas instalações, porém, pedem materiais mais leves, que não sobrecarreguem a estrutura
e possam substituir os sistemas de coberturas opacas, sem perda do desempenho do sistema
de telhado. Para esses usos, foram desenvolvidas as telhas de PVC em vários formatos,
exatamente para serem utilizadas em coberturas planas, em arco, sheds, lanternins ou
clarabóias.
O exemplo de outros tipos de telhas, as de PVC também podem ser usadas como elementos
de vedação em fachadas e revestimentos laterais e ainda como cobertura de estufas,
orquidários e como peças complementares em outros tipos de estruturas de telhados, para
promover aberturas de iluminação.
A arquitetura industrial sempre esteve atrás de sistemas de cobertura que ao mesmo tempo
permitissem a iluminação dos ambientes produtivos. As soluções do tipo shed e o lanternim,
ainda hoje são muito utilizadas em galpões, embora muitas outras soluções tenham se
desenvolvido, notadamente nos últimos 30 anos. Nesse período, o Brasil passou por uma
grande reciclagem de áreas industriais, em função dos avanços industriais, notadamente em
termos de flexibilidade de layouts e gestão da produção.
As telhas translúcidas de PVC têm sido muito empregadas, em função da grande flexibilidade
de aplicação, uma vez que respondem a várias necessidades e podem ser aplicadas, conforme
as medidas dos vãos, em perfis ondulados e trapezoidais.
As telhas onduladas e trapezoidais de PVC apresentam rigidez estrutural e flexibilidade de
manejo, caracterizando um produto de pouco peso e grande resistência. Podem ser fabricadas
em qualquer comprimento até 12 m, com acabamentos opaco e translúcido. Com menos
emendas, os telhados com elas produzidos têm alta estanqueidade por conta da menor
necessidade de sobreposições entre as peças.
As telhas translúcidas são auto-extingüíveis e não propagam o fogo. Conforme a coloração,
contribuem para a redução da incidência de raios infravermelho e ultravioleta, gerando uma
luz difusa e de boa qualidade para tarefas produtivas.
Sua formulação gera produtos que protegem o ambiente dessas radiações nocivas e que
permanecem inalterados diante de fenômenos como corrosão das estruturas de suporte e
fixação, bem como à ação das intempéries, ar marítimo e fungos.
São inertes também em relação a outros materiais de construção como cimento, cal, areia e
gesso, o que garante sua preservação mesmo depois de expostas aos ambientes agressivos de
obra. As telhas de PVC também não são atacadas por vegetações parasitárias como musgos e
liquens. O acabamento superficial liso facilita a conservação e evita à sujeira, removida
naturalmente pela ação da chuva ou do vento, quando instaladas de forma adequada.
O coeficiente médio de absorção acústica é em média de 18%, variando conforme as
frequências e a origem do som.
São oferecidas ao mercado com os perfis em formatos de grega, ondulados (vários
comprimentos de onda) e trapezoidal, sempre seguindo os padrões de outros tipos de telha, de
modo a permitir uma composição de materiais em busca de uma iluminação adequada dos
ambientes.
Figura 8 – Telhas feitas de PVC

Divulgação Grupo Como

2.6

Cobertura Tensionada

Desenvolvidas por Frei Otto em 1957 na Alemanha, quando fundou o Development Center
for Lightweight Construction em Berlim, a cobertura têxtil tensionada é uma interessante
alternativa construtiva para os mais diversos tipos de obras.
As coberturas tensionadas de PVC são uma ótima solução para obras que exigem soluções de
recobrimento de grandes áreas em pouquíssimo tempo. Adequadamente projetadas e préfabricadas, as coberturas tensionadas utilizando mantas de PVC atendem as necessidades dos
usuários de cobrir a área desejada, agregando estética e variadas possibilidades arquitetônicas.
Apresentam possibilidades de cores, transparências e formatos cada vez mais arrojados, em
composições que desafiam o olhar e instigam a observação dos detalhes estruturais e
amarrações que moldam as superfícies contínuas e ondulantes desse tipo de cobertura.
São comumente aplicadas em coberturas de áreas em shows e feiras, e também em centros
esportivos, áreas comerciais e construções industriais.
Figura 9 – Vários tipos de Cobertura Tensionada

Divulgação Fiedler

Trata-se de sistemas construtivos que se baseiam em membranas estruturais, cuja função é
vedar, sombrear e proteger atividades das intempéries.
Tais coberturas resistem a partir de suas formas, definidas por um pré-tracionamento da lona
de PVC.
As lonas de PVC podem ser fabricadas com diferentes padrões de acabamento e são soldadas
eletronicamente para comporem os panos que cobrirão a área projetada.
O uso do PVC como matéria-prima das lonas reforçadas por tecidos de poliéster é adequado
pelas características do próprio material, por não permitirem a formação de bolores e manchas
provocadas por fungos, tornando a manutenção bastante simples, sendo laváveis com
detergente neutro. Além disso, formulações especiais de compostos de PVC fornecem às
lonas ótimo desempenho mecânico e versatilidade de acabamentos.
A forma da superfície é obtida pelo equilíbrio das forças de tracionamento da membrana e dos
apoios, definidos conforme as necessidades de cada tipo de cobertura. A força utilizada para o
tracionamento depende das resistências intrínsecas da membrana, cuja espessura deve ser
definida em projeto.
O pré-tracionamento da membrana é feito por meio de cabos que são parte integrante do
sistema estrutural de suporte. Esses tirantes são fixados no perímetro da membrana e se
vinculam a pontos de apoio que podem ser fixados no solo, em edificações existentes ou em
pilares estaiados, conforme o formato da cobertura.

2.7

Divisórias Internas

O uso de divisórias leves no Brasil disseminou-se ainda na década de 60. Foi a melhor
alternativa diante da exigência de maior flexibilidade dos espaços profissionais. Atualmente, é
uma das soluções para os escritórios que desejam mudanças rápidas de layout.
A atual necessidade de flexibilidade das atividades empresariais e institucionais, tornou
comum a aplicação de divisórias leves para a composição de salas em escritórios comerciais e
repartições públicas.
Figura 10 – Divisória Interna de PVC

Divulgação: Plástico Vipal

A aplicação de perfis leves de PVC em substituição ao material convencionalmente usado é
recente, mas a leveza e facilidade de instalação do PVC prometem rapidamente modificar o
panorama dos escritórios. Leves e duráveis, as divisórias de PVC garantem bom isolamento
acústico, acabamento perfeito e estabilidade estrutural.
Os compostos de PVC são extrudados em forma de placas contínuas, as quais são cortadas
nas medidas do sistema de divisórias. As chapas são formadas por duas faces lisas,
distanciadas por elementos de ligação contínuos, formando câmaras justapostas, resultando
em um perfil alveolar.
O material apresenta resistência ao impacto, compatível com as solicitações comuns a esse
tipo de utilização. As divisórias são resistentes à umidade, mofo e corrosão, imunes a cupins e
não apresentam manchas pela ação do tempo.
Permitem aplicações em diversos ambientes comerciais e industriais, escritórios, lojas,
consultórios, farmácias, feiras, frigoríficos, closets, aeroportos, cozinhas, salões de beleza,
academias, laboratórios de análises clínicas, restaurantes e hotéis, entre outros.
De fácil aplicação, dispensam manutenção e pintura. Como fator de segurança as divisórias de
PVC não propagam fogo e são auto-extingüíveis. A leveza dos perfis facilita a instalação e
não sobrecarrega as estruturas. A face é impermeável e as divisórias podem ser utilizadas
inclusive em áreas sujeitas a umidades ascendentes, pois não são ofendidos pela água.
Os produtos são fabricados a partir de formulações que garantem a perenidade e conservação
de suas propriedades em ambientes internos, são fáceis de limpar e geram sensação de
conforto nas faces em contato com usuários.

2.8

Portas

As primeiras portas com o material surgiram na década de 60 e eram de perfis extremamente
robustos, característica alterada quando o material começou a ser desenvolvido nos Estados
Unidos em perfis mais delgados. A durabilidade e a ausência de manutenção aliadas à estética
e desempenho termo-acústico foram pontos fundamentais para a escolha do PVC como
material para as esquadrias.
Desde os anos 80, a comercialização das esquadrias de PVC vem crescendo e hoje, a maioria
dos fabricantes americanos e europeus de esquadrias oferecem alternativas em PVC.
O mesmo pode-se dizer da resistência em ambientes agressivos, como regiões litorâneas e
cidades com alto índice de poluição, ou quando as esquadrias são instaladas em fachadas com
grande incidência de luz solar. O PVC rígido tem elevada resistência química à maresia, cal,
cimento e aos raios ultravioletas, entre outros agentes agressivos.
Figura 11 – Porta de PVC

Divulgação Plastico Vipal

2.9

Papel de Parede

Largamente utilizado no Japão, EUA e Europa, o papel de parede é uma alternativa de
acabamento de superfícies que pode substituir a pintura em imóveis novos e usados, durante
toda a vida útil da edificação.
Sua utilização é também recomendada nos casos em que os cronogramas de obra são
apertados e a movimentação das equipes pelos andares e ambientes precisa ser limitada para
que não sejam prejudicados serviços já realizados, como a colocação de pisos e demais
detalhes de acabamentos, inclusive preservando portas e janelas dos respingos de tintas e
esbarrões.
O produto é especialmente indicado para obras novas e reformas onde se deseja ter rapidez da
colocação, com a garantia de que os ambientes venham a ter um acabamento diferenciado e
confortável, sem que isso implique em muito tempo de execução. Pode ser aplicado sobre
qualquer tipo de superfície lisa e desempenada, em construções tradicionais de alvenaria com
revestimento argamassado ou sobre paredes de gesso acartonado.
O papel de parede tem sido muito utilizado em hotéis, flats, clínicas e edificações
hospitalares, salas comerciais e áreas residenciais, em empreendimentos que aprenderam a
reconhecer os ganhos de cronograma com a aplicação do produto. O custo do papel aplicado é
semelhante ao de uma pintura, com a vantagem de dispensar as etapas de preparação como
emassamento, lixamento e seladora.
Surgido na China aproximadamente no ano 200 a.C, logo após a invenção do papel, o
revestimento de papel para as paredes espalhou-se pela Europa no século XII, sendo que há
exemplares desenhados com motivos religiosos que datam de 1418 e estão preservados na
Royal Library em Bruxelas. A forma atual de comercialização, em rolos com padrões
contínuos, surgiu em 1675, na França.
Hoje em dia eles são feitos a partir de um tipo especial de papel duplex, cuja principal
característica é sua resistência ao rasgamento. Sobre ele, aplicam-se impressões em tinta
vinílica ou acrílica, com os mais diversos tipos de desenhos, na maioria das vezes em tons
pastéis. Assim oferecidos ao mercado têm garantia de qualidade por no mínimo três anos e
podem durar mais. Segundo os fabricantes, esse tempo corresponde à vida útil do acabamento
em tinta imobiliária.
Para garantir maior longevidade e maior competitividade surgiram os papéis de parede do tipo
vinílico. Vários fabricantes em todo o mundo desenvolveram essa alternativa de papéis
recobertos com uma laca de PVC transparente que preserva melhor o papel, dobrando a vida
útil do material. Estes são indicados para ambientes cuja utilização é mais intensa como
hotéis, hospitais e escritórios e torna-se muito adequado ao uso residencial, onde tendem a ser
ainda maiores os cuidados de manutenção e limpeza em salas, dormitórios e lavabos.
Figura 12 – Papel de parede com PVC

Divulgação Bobinex

A nova safra de hotéis e flats, para revestimentos de banheiros e corredores, tem preferido
ainda uma terceira alternativa: o papel de parede composto por um tecido impregnado em
uma matriz de PVC, um produto de alta durabilidade e indicado para locais de alta circulação.
No mercado podem ser encontrados produtos de base papel e base tecido, revestidos ou
impregnados com PVC, em dimensões, cores e padronagem variada. São fornecidos em rolos
com larguras de até 1,30 m e até 50 m de comprimento. Podem ser combinados com borders
(rolos de menor largura que compõem acabamentos coordenados), fabricados da mesma
maneira.
Os papéis de parede vinílicos base papel, são compostos de um tipo especial de papel duplex
com alta resistência ao rasgamento. Antes de receber os motivos decorativos em impressoras
gráficas comuns, os papéis duplex são recobertos com uma laca de PVC transparente que
preserva melhor as qualidades do produto.
Já os papéis de parede vinílicos base tecido, são produzidos a partir de uma base de tela de
algodão impregnada em uma matriz de PVC. A durabilidade do material é alta, podendo
passar dos 10 anos, sendo especialmente destinado a áreas de grande circulação, que possam
receber limpeza intensiva com preservação total do revestimento.
Tanto os papéis de parede vinílicos com base papel ou com base tecido têm fácil conservação
com pano úmido, não desbotam e mantêm-se estáveis, com durabilidade compatível com a
vida útil dos ambientes.
Esses sistemas têm progressivamente conquistado mercado por apresentarem alta praticidade,
no que diz respeito à facilidade e rapidez na instalação, beleza, durabilidade, baixa
manutenção e um preço altamente competitivo.

2.10 Pisos
Os pisos vinílicos são uma alternativa rápida e prática para aplicações em obras novas e na
renovação de ambientes.
Oferecidos ao mercado em placas ou em mantas, têm como principais características o
conforto ambiental que conferem aos espaços e o fato de serem reconhecidos como "pisos
quentes", com as mesmas facilidades de manutenção oferecidas pelos revestimentos indicados
para áreas frias ou molhadas.
Lançados no Brasil na década de 60, os pisos vinílicos logo ganharam a atenção e admiração
dos consumidores. Tornaram-se solução ideal para renovação do revestimento em áreas
domésticas, e espaço em ambientes públicos, escritórios, hospitais, clínicas, escolas e
universidades com soluções apropriadas ao tráfego intenso de pessoas. Houve também muita
evolução, com o lançamento de linhas mais sofisticadas, revestimentos em mantas contínuas,
carpetes e placas com diversas espessuras, especificações e acabamentos.
Figura 13 – Pisos Vinílicos

Divulgação Fademac

Hoje, é possível especificar pisos vinílicos para qualquer tipo de ambiente corporativo, bem
como os segmentos da saúde, educação, varejo, institucional e residencial que exijam uma
solução confortável, rápida e econômica, de instalação, manutenção e limpeza facilitada.
A evolução da tecnologia proporcionou desde o desenvolvimento de soluções econômicas até
a sofisticação de pisos monolíticos, mantas de 2m de largura fundidas entre si, com
características antiderrapantes e absorção de impacto, adequadas a ambientes requintados em
que a estética, a segurança contra o escorregamento e o conforto acústico é essenciais.
Os diferentes tipos de pisos vinílicos proporcionam isolamento acústico, são antiderrapantes,
antiestéticos e condutivos, o que lhes permitem responder às mais sofisticadas exigências dos
projetistas.
A indústria oferece muitas opções de design de acabamento, inclusive com cores, desenhos e
padrões diferenciados. Os pisos são composições de PVC, e os mais sofisticados são
elaborados a partir da combinação de camadas de PVC expandido, filmes coloridos e mantas
de PVC transparente, que conferem ao revestimento qualidades de conforto ao toque e
absorção de som e impactos.
O produto combina estabilidade térmica elevada, propriedades mecânicas de resistência á
abrasão, impacto e atenuação de ruídos. Os produtos são auto-extingüíveis na presença de
chamas e suas formulações garantem perenidade e conservação de suas propriedades estéticas
em ambientes internos.

2.11 Persiana Interna
Opção à utilização de tecidos para a vedação e controle de luminosidade nos ambientes
dotados de janelas, as persianas substituem as tradicionais cortinas de pano, com vantagens
pela facilidade de limpeza, custo e manutenção, além da possibilidade de se controlar a
intensidade de luz nos ambientes.
Inicialmente foram oferecidas em modelos horizontais e em lâminas metálicas, com
mecanismos acionados por cordões que regulavam as operações de abertura e fechamento,
bem como de recolhimento parcial ou completo.
A primeira evolução foi o surgimento dos modelos verticais, em lâminas de tecidos ou ainda
metálicas. Com o desenvolvimento tecnológico, os perfis de PVC evoluíram e começaram a
agregar diversos tipos de formatos e acabamentos. Esta evolução possibilitou que perfis de
PVC passassem a compor sistemas de persianas, agregando aos produtos as vantagens
inerentes da matéria-prima PVC.
O PVC é uma ótima solução na aplicação em persianas. Os perfis de PVC podem ser
fabricados em diversos tipos de acabamento e formato, tanto para modelos horizontais ou
verticais, contribuindo com a decoração e leveza dos ambientes.
Figura 14 – Persiana Interna feita de PVC
Divulgação Novos Industries

2.12 Persiana Externa
As persianas de enrolar tornaram-se comuns nas décadas de 50 e 60. Atualmente, são
componentes sofisticados que harmonizam as esquadrias à decoração do ambiente.
As persianas de PVC surgiram há alguns anos como um produto alternativo para as persianas
convencionais de enrolar que protegiam as esquadrias do lado de fora das janelas. E, pouco a
pouco, tornaram-se uma solução padronizada, em composições que independem da matériaprima da caixilharia original.
Atualmente, as persianas ganharam em sofisticação. Pequenos motores elétricos cilíndricos
facilitam o trabalho de subir ou descer as persianas. As tiras (perfis) de PVC possuem
encaixes precisos, apresentando, em conjunto com as esquadrias de PVC, um ótimo
desempenho e acabamento além de contribuir para a estética e decoração do ambiente.
Figura 15 – Persiana Externa

Foto Carlos Gueller

As persianas de PVC são resistentes aos raios UV e às variações das condições de tempo. De
instalação e manutenção simplificadas contribuem para o isolamento termo acústico e
funcionam como um bom filtro para abaixar a influência dos raios solares sobre as janelas,
gerando conforto térmico e luminosidade variável no ambiente.
As operações de recolhimento ou fechamento da persiana são silenciosas e podem ser
realizados tanto com sistemas tradicionais, com a ajuda de fitas de tecido resistente (sistema
semelhante ao dos cintos de segurança dos automóveis) ou por motores, sem possibilidades de
"engasgar" ou "travar" no meio do curso de deslizamento.
O produto é especialmente fabricado para resistir a impactos e ao intemperismo, garantindo,
ao mesmo tempo, elevado desempenho mecânico e ótimo acabamento. Além disso, as
persianas externas de PVC também permitem a ventilação do ambiente interno.

2.13 Piscinas
Solução de rápida instalação e manutenção simplificada, as piscinas de PVC são ideais para
formatos complexos e grandes dimensões, trazendo acabamento e impermeabilização. Clubes,
hotéis, academias e residências usufruem deste sistema tão difundido no Brasil e no mundo.
Figura 16 – Piscina feita a PVC

Divulgação Sibrape

A imagem que o mercado tem de que construir uma piscina diretamente no solo ou sobre lajes
é uma atitude de risco, deixa de ser verdade com a utilização do PVC. O medo dos
vazamentos e de obras custosas, demoradas e complexas para a execução de uma piscina
realmente desestimulava consumidores brasileiros a se aventurarem, como fazem os norteamericanos e europeus. Inúmeros casos de problemas de infiltrações nas garagens de edifícios
reforçavam também essa imagem e levavam consumidores e condomínios a resistirem à
iniciativa.
Com o advento das piscinas de vinil, esses argumentos deixam de existir. Hoje, estima-se que
cerca de 1/3 das piscinas construídas no país já incorporam o sistema de bolsão de vinil, com
a vantagem inegável de a impermeabilização ser aparente e realizada pelo próprio material de
revestimento, ao contrário de outras técnicas convencionais de construção, cujos
revestimentos se sobrepõem à camada de mantas de impermeabilização e acabam mascarando
defeitos ou eventuais aplicações deficientes dos produtos de impermeabilização.
Piscina sempre foi um adereço das casas e palácios mais luxuosos da história e do mundo.
Virou sinônimo de sofisticação e mesmo no Brasil, até poucos anos, casa com piscina era um
diferencial do estilo de morar.
Os esportes aquáticos,popularizaram-se, assim como a piscina particular tornou-se mais um
elemento de lazer a ser considerado na construção de um imóvel, seja ele um condomínio de
apartamentos, casas ou clubes.
Os Estados Unidos são o país que mais constrói piscinas no mundo, mesmo tendo períodos
longos e rigorosos de frio. O Brasil já ocupa o segundo lugar no ranking internacional,
segundo a Associação Nacional dos Fabricantes e Construtores de Piscinas e Produtos Afins
(ANAPP). Os números ainda estão distantes, 11 milhões de piscinas instaladas em terras
norte-americanas contra cerca de 1,3 milhão no Brasil.
Mas não há dúvidas que o potencial nacional é grande. Nos últimos anos, a construção e
instalação de piscinas deixaram de representar um custo significativo nas planilhas de custos
das obras.
Graças à introdução e disseminação de metodologias construtivas absolutamente simples,
econômicas e funcionais, com o uso da tecnologia de mantas de PVC moldadas em bolsões
monoblocos que resolvem, de uma vez por todas, as duas etapas mais complicadas dos
projetos de piscinas: o revestimento e a impermeabilização.
Uma das utilizações que tem se tornado comum é a aplicação dos bolsões em piscinas
construídas por métodos tradicionais e que não conseguem solucionar os problemas de
vazamentos.
O maior ganho das piscinas de vinil está no sistema construtivo. Antigamente, a doutrina de
construção de piscinas era partir para uma estrutura autoportante de concreto, independente da
contenção natural do terreno.
As piscinas eram construídas para serem esvaziadas em procedimentos de limpeza mais
radicais e, mesmo assim, sustentarem a pressão externa do solo. Ou, ao contrário, para
suportar até mesmo o desterro em suas laterais, com pressão de água total.
A evolução dos sistemas de tratamento de água e limpeza subaquática, permite que as
soluções estruturais de piscinas sejam muito mais simples e não necessitem mais de paredes
de arrimo autoportante.
Soldados ainda na indústria, exatamente no formato do contorno do muro de alvenaria
construída, os bolsões de vinil chegam às obras prontos para serem instalados em espessuras
adequadas às dimensões e a eventuais sistemas de aquecimento, em padronagens variadas,
inclusive com combinações de barrados e fundos diferenciados.
As piscinas de vinil são fornecidas prontas, no formato definido pelo projeto e prontas para
receber a água. As soldas são feitas na indústria, com total precisão e qualidade assegurada
por sistema eletrônico de aferição. As espessuras mais comuns na fabricação das mantas de
PVC para piscinas são de 0,6 mm ou 0,8 mm. Mas a indústria está preparada para desenvolver
revestimentos de piscina em qualquer formato, até mesmo para grandes dimensões.

2.14 Deck
A construção de um deck às margens da piscina ou junto a áreas de descanso e lazer externas
é um detalhe de arquitetura ou paisagismo cuja solução nem sempre consegue satisfazer os
usuários.
Os materiais convencionais ficam sujeitos sempre à ação de microrganismos pelos ciclos de
umidade e aquecimento e, para proteção, exigem processos permanentes de pintura ou
vernizes.
Os decks são comuns principalmente nas residências do hemisfério norte, pois as áreas
externas são muito valorizadas e seus revestimentos devem resistir a grandes variações de
temperatura e umidade.
O deck de PVC apresenta-se como uma alternativa muito conveniente para esta aplicação,
pois alia as mesmas características das instalações tradicionais à facilidade de instalação e
conservação.
A estruturação dos perfis de PVC forma dentes e canais sob a capa de acabamento que
permitem a respiração da instalação, o escoamento da água e a evaporação da umidade do
substrato.
Os cantos dos perfis do deck são geralmente boleados (arredondados) nas laterais,
contribuindo com o rápido escoamento da água e impedindo qualquer possibilidade de
empoçamento de água que prejudique a utilização do espaço. Nas extremidades, recomendase a utilização de perfis de acabamento, de modo a dar um perfeito arremate da estrutura do
deck em seu ambiente de instalação e para garanti-la uniformidade estética.
Figura 17 – Deck

Divulgação Madex

O produto combina estabilidade térmica elevada às propriedades mecânicas de resistência ao
impacto. São utilizados em qualquer tipo de área, principalmente nas sujeitas a umidades
ascendentes, pois não são ofendidos pela água ou pelo ataque de microrganismos
(apodrecimento). Além disso, como os perfis de PVC também não absorvem água, o deck não
fica sujeito aos ciclos de inchamento e contração, afastando qualquer possibilidade dos perfis
sofrerem deformação em virtude da umidade.
Os produtos são auto-extingüíveis e suas formulações garantem perenidade e conservação de
suas propriedades estéticas em ambientes internos ou externos, pois resistem à ação do
intemperismo. São fáceis de limpar e não dão sensação de aquecimento ou frio na superfície
de contato com os usuários, devido à baixa absorção de calor.
Os decks são oferecidos em diversos tipos de cores pastéis, geralmente branca, gelo e bege.
Atualmente, os perfis de deck disponíveis apresentam larguras que variam de 13 a 16cm.
Geralmente são fornecidos em barras com 3m de comprimento, sendo que há possibilidade de
comprimentos maiores, desde que respeitados os limites de transporte.

2.15 Rufo
A proteção de elementos da cobertura das edificações, bem como a estanqueidade das juntas
construtivas exigem a instalação de rufos, um sistema que desempenha duas funções básicas:
afastar a possibilidade de infiltração de água nos pontos de encontro de diferentes superfícies
ou encimar platibandas e muros, dotando-os de convenientes pingadeiras que evitam o
escorrimento e as manchas nas fachadas e demais superfícies.

Figura 18 – Exemplo de Rufo

Divulgação Madex

Os rufos de PVC chegam a este mercado, até então dominado unicamente pelas chapas
metálicas, em padrões usuais, permitindo também que os cortes possam acomodar a
especificidade de cada construção.
São vários os argumentos para a introdução do PVC nesses sistemas, mas o principal é a
durabilidade - já que não há possibilidade de corrosão das peças, mesmo após muitos anos de
utilização.
O material também confere segurança e versatilidade de manipulação. Mais leve e resistente,
possui ótima rigidez para transporte e fixação e facilita a operação de cortar e emendar por
junções estanques de encaixe.
Os Rufos de PVC são fabricados na cor cinza, em perfis típicos para as aplicações mais
comuns.
Existem basicamente dois tipos:
 Rufo externo - fixado à parede limítrofe do telhado ou quando é necessário envolver a
chaminé ou outro elemento construtivo que atravesse o telhado.
 Rufo Pingadeira - também conhecido como capa de muro, instalado "à cavalo" sobre
os elementos.
O produto já vem moldado conforme o local de aplicação e pode ser cortado nas medidas
encontradas nas obras. Os rufos têm grande durabilidade, resistem às intempéries e à radiação
solar e são fixados facilmente na própria argamassa de revestimento.

2.16 Sidings
O Siding é um tipo de revestimento que se tornou conhecido pela tradição norte-americana de
proteger suas habitações com peças de madeira horizontais sobrepostas, fixadas diretamente
na superfície externa.
Com a evolução da tecnologia do PVC, os sidings passaram a ser também produzidos em
PVC. Com isso, a tradição incorporou tecnologia e durabilidade, sendo hoje a opção preferida
nas edificações residenciais nos EUA e Canadá pela praticidade do PVC e sua facilidade de
instalação.
Os primeiros sidings de PVC foram produzidos no final dos anos 60 nos Estados Unidos. Era
a busca de uma opção às tábuas de madeira que tradicionalmente protegiam externamente as
residências e que se tornaram uma das características mais fortes das chamadas "casas
americanas".
O Siding de PVC surgiu como alternativa de revestimento externo no Brasil recentemente.
Tem-se disseminado a partir do maior conhecimento dos construtores brasileiros acerca do
produto e da introdução no país das técnicas de construção seca, comuns em todo o mundo. É
fabricado e oferecido ao mercado em padrões semelhantes aos que estão disponíveis nos EUA
e Canadá.
O produto é fornecido no Brasil em três tipos de perfis (lâminas):
• Duas ondas arredondadas (mais comum);
• Duas ondas facetadas;
• Uma onda longa, friso arredondado (estilo colonial).
O siding de PVC é fixado diretamente sobre a parede externa com pregos ou parafusos (se
estiverem niveladas) ou sobre ripas ou sarrafos de madeira previamente pregados sobre as
superfícies.
Figura 19 – Exemplos de casa com o esquema Siding
Divulgação Madex

O produto é especialmente formulado para resistir ao intemperismo e oferecer alta resistência
aos impactos. São fornecidos em cores pastéis como gelo, cinza, marfim e azul claro,
mantendo-se estáveis durante toda a vida útil da edificação. A alta resistência química do
PVC também proporciona ao siding alta resistência a ataques químicos de outros materiais
comumente presentes em obras.
As aplicações do siding de PVC reduzem em até 70% o tempo de trabalho no acabamento das
superfícies externas às edificações, se comparado com os sistemas de pintura. Fácil de
montar, recortar e encaixar, o produto é leve e não sobrecarrega estruturas e fundações.
A superfície regular e plana do produto, além do sistema de encaixe perfeito das réguas, faz
com que a aplicação garanta seu próprio alinhamento. O acabamento é texturizado,
semelhante à madeira e podem ser aplicados em faixas horizontais ou verticais, criando
condições para um melhor isolamento térmico e acústico das residências.
Em caso de reformas, o reaproveitamento é quase total (mais de 90%), segundo os
fabricantes, sendo descartadas apenas as peças especialmente serradas para determinadas
especificidades da edificação.
Peças complementares como perfis de fixação, acabamentos para cantos, portas e janelas,
peças especiais para forros de beirais também são fornecidas juntamente com os sidings para
facilitar a instalação e proporcionar um perfeito acabamento dos perfis.

2.15 Tubos, Conexões e Dutos de transporte de água e esgoto
Os tubos representam a maior aplicação do PVC, sendo responsável por cerca de 27% de
todos os produtos de PVC fabricados na Europa. No Brasil, os tubos representam entre 35% e
40% do volume do PVC. Os tubos de PVC atendem às solicitações técnicas mais diversas e
que o tornam apto para a confecção, desde calhas e rufos até tubulações para água e esgoto.
Em projetos específicos podem ser feitos materiais arredondados, quadrados ou retangulares
sem qualquer problema. A fabricação dos tubos pelo processo de extrusão permite a obtenção
de tubos longos, o que diminui a necessidade de juntas e, consequentemente, de riscos de
vazamentos, além de diminuir o custo da obra. Os tubos também possuem grande resistência
química, podendo ser colocados próximos a outros tubos, transportando outros materiais.
Figura 20 – Tubos de PVC
Fonte: Schedule

Tubos de PVC
Os tubos e conexões de PVC rígido utilizados nas redes públicas de esgoto são produzidos de
acordo com a NBR 7362. Estão disponíveis no mercado na cor ocre, em diâmetros de 110 a
400 mm, em tubos de 6 metros.
Produzidos para trabalhar como conduto livre (pressão atmosférica), possuem baixa
rugosidade e excelente desempenho hidráulico. Como consequência, as escavações podem ser
menos profundas devido às menores declividades, o que reduz o tempo de obra e os custos
totais das instalações.
São fornecidos em tubos com ponta e bolsa, com junta elástica integrada que agiliza as
conexões e contribuem para a redução do tempo e custo das obras, com garantia de
estanqueidade. Há também tubulações com paredes externas corrugadas, quando os projetos
assim exigirem.
Esgoto sanitário
As tubulações de PVC são as mais utilizadas para instalações de esgotos em residências,
condomínios, residenciais e comerciais e em todas as tipologias de edificações institucionais,
comerciais e industriais. Performance aliada a baixo custo e facilidade de instalação e
conexão conquistou a preferência dos instaladores, substituindo quase que totalmente as
antigas tubulações de outros materiais metálicos ou manilhas de barro.
Mesmo diante da introdução de novas tecnologias construtivas como o dry-wall, a liderança
do PVC nos esgotos é inconteste, tendo a indústria desenvolvido adaptadores e bocais de
saída também para este tipo de instalação.
O uso do PVC como matéria-prima na produção de tubos e conexões para esgoto data da
década de 50. O melhor e permanente desempenho hidráulico logo foi percebido como
vantagem importante sobre os materiais que tradicionalmente eram utilizados em tubulações e
os sistemas desenvolvidos para a conexão das peças como curvas, luvas, tês, caixas de
gordura, fossas sépticas, sumidouros, garantem a estanqueidade total para a condução de
águas contaminadas ou mesmo para sistemas de drenagem da água de chuva.
As tubulações de esgoto de PVC responderam antigas reivindicações dos técnicos no sentido
de racionalizar os processos de instalação, com a não necessidade de embolsamento das
juntas, sem contar a facilidade de se trabalhar com tubulações com simples encaixe colado ou
com juntas elásticas, onde os encaixes são feitos com anéis de borracha para vedação
completa, quando a tubulação exige flexibilidade e acesso.
A qualidade garantida dos tubos de PVC e os sistemas de conexão rápida com adesivo ou com
juntas elásticas com anéis de borracha, quando executados da forma recomendada pelos
fabricantes, provocaram uma mudança radical nos processos de trabalho nas obras, bem como
no treinamento dos instaladores, que hoje dominam totalmente a técnica e os sistemas de
PVC.
Hoje a indústria de tubos e conexões de PVC é uma das mais organizadas do país, em termos
de desenvolvimento tecnológico e parâmetros técnicos de desempenho, sendo o Programa
Setorial da Qualidade dos tubos e conexões de PVC a primeira iniciativa da indústria
fornecedora da construção em busca da redução da não conformidade dos produtos.
A normalização setorial é grande influenciadora na fabricação de tubos e conexões de PVC,
estabelecendo as características técnicas dos produtos e os requisitos de desempenho
esperados. As tubulações de PVC para esgotos são fornecidas em três linhas de produtos:
Linha Branca – normal
Destinada a instalações prediais comuns. A cor caracteriza os produtos soldáveis (cola) ou
com encaixes com anéis de borracha - junta de vedação colocada em uma depressão junto à
saída das conexões.
Os diâmetros podem variar de 40 a 150 milímetros e os dutos devem trabalhar com conduto
livre, sem pressão além da pressão atmosférica.
Os tubos são fornecidos em barras de 3 ou 6 m e já vêm com ponta e bolsa soldável. Existem
várias conexões da linha branca, tais como reduções, buchas, curvas, válvulas de retenção,
soldáveis por adesivo especial ou juntas elásticas (anel de borracha) além de adaptadores para
saída de louças sanitárias de diversos diâmetros.
Linha Bege – reforçada
As tubulações de PVC para esgoto da cor bege são indicadas para instalações de esgoto que
exigem maior resistência mecânica dos tubos (por exemplo em edificações com mais de 4
pavimentos). São fornecidos nos diâmetros (de 40 a 200 mm) e podem ser encontrados em
barras de 3 ou 6 m, com ponta e bolsa nas pontas. As conexões também são totalmente de
PVC da mesma cor e podem conduzir os despejos líquidos em temperatura de até 70 C,
enquanto a linha normal suporta até 45 C.
Além dos dutos e das conexões, os sistemas de esgotos oferecem peças do tipo ralos simples e
sifonados, grelhas, caixas e tampos, ou seja, tudo para compor toda a rede e os pontos de
coleta.

2.16 Fios e Cabos
As características especiais da resina de PVC, tais como, propriedades isolantes, mecânicas e
resistência ao fogo, baixo índice de flamabilidade e emissão de fumaça, fazem do PVC o
material mais utilizado e o plástico de referência na indústria de recobrimento de fios e cabos
elétricos. No Brasil, o setor de fios e cabos representou cerca de 7% da demanda total de
resina de PVC em 2004, aproximadamente 47.000 t.

2.17 Arquitetura e design
O PVC é um material extremamente versátil e adaptável às especificações mais modernas e
aos designs mais sofisticados e futuristas. Arquitetos mais ousados frequentemente procuram
o PVC em sua busca por produtos inovadores como solução aos novos desafios da construção
civil. Desde o uso, por exemplo, das coberturas flexíveis revestidas de PVC que fornecem um
ambiente repleto de ar e iluminação, até os sistemas modernos de reposição das janelas em
projetos de restauração.
Figura 21 – Casas com janelas e portas de PVC

Fonte: Anúncios Abc classes

Veja algumas aprovações de arquitetos e designer quanto ao uso de PVC:
“A arquitetura hoteleira exige projetos equilibrados na forma e de baixo custo de
manutenção. As esquadrias em PVC projetadas para Costa do Sauípe (BA), com 1650
apartamentos, atingiram alto grau de satisfação pela sua beleza aliada à funcionalidade de
baixa manutenção, necessária devido à agressiva intempérie de ventos salitrosos existentes
em toda costa.”
André Sá, arquiteto - André Sá e Francisco Mota Arquitetos, Salvador – Bahia
Figura 22 - Estádio Le Stade de France, em Saint-Denis
“Neste projeto, onde havia o desafio de cobrir cerca de 60.000 m2
do teto elíptico do Le Stade de France, em Saint-Denis (onde foi
realizada a final da Copa do Mundo de 1998), o PVC foi o material
que atendeu às rígidas especificações, reunindo ainda beleza,
resistência e leveza.”
Macary, Zublèna, Regenbal e Costantini, arquitetos responsáveis
pelo projeto, Paris – França
“O PVC nos possibilita criar uma cadeira cujo conceito é a desconstrução de transparências.
Sua maleabilidade e resistência dão liberdade para gerar estofados e outras peças a partir de
mangueiras de água para jardim.”
Irmãos Campana, designers - Studio Campana, São Paulo - São Paulo
“O PVC é versátil, flexível e tem ótima soldabilidade, coisas que outros materiais não
permitem, necessitando de colagem, costuras e outras formas que demandam tempo. O PVC
também oferece grandes variações de malha, de plasticidade e translucidez.”
Nelson Fiedler, engenheiro e designer do Cidade do Rock, Rock in Rio - Rio de Janeiro
“A ampliação do campo de utilização do PVC na construção civil brasileira poderá
significar o pulo do gato em termos de avanço em qualidade, custos e riquezas de soluções.
Uma infinidade de aplicações estará à nossa disposição, dependendo somente do esforço
conjunto da indústria do PVC e, nós mesmos, arquitetos e engenheiros. Será um passo a mais
a nos afastar do estágio de pré-história que poderá trazer impactantes conquistas sociais.”
Marcelo C. Ferraz, arquiteto - Escritório Brasil Arquitetura, São Paulo – SP

3. O PVC e a economia na construção civil
O PVC, é o termoplástico mais utilizado na construção civil: da produção total, 65% é
destinado para o setor, pois nenhum outro material plástico tem permanecido por tanto tempo
na construção como o PVC. Como exemplo, ainda se pode encontrar, na Alemanha, tubos de
PVC em serviço há mais de 60 anos, sem apresentar qualquer tipo de problema aos usuários.
Uma análise comparativa da estrutura do consumo mundial com a estrutura do consumo
brasileiro, demonstra uma segmentação bastante similar do uso do PVC nos diferentes
mercados, conforme apresentado nos gráficos abaixo:
Figura 23 - Estrutura do consumo mundial de PVC (%) - 2004

Fonte: American Plastics Council
Figura 24 - Estrutura do consumo brasileiro de PVC (%) - 2004
Fonte: Instituto do PVC

O potencial de crescimento do mercado de PVC no Brasil é significativo se compararmos o
consumo per capita em relação ao mercado internacional.

Figura 25 - Consumo per capita de PVC - 2004

Fonte: Instituto do PVC

A diferença entre o consumo per capita nas regiões desenvolvidas e nas regiões em
desenvolvimento é enorme devido, basicamente, aos reduzidos níveis de universalização dos
setores de habitação e Saneamento Básico. Ao longo dos anos, as aplicações de PVC rígido
aumentaram significativamente nos EUA, Canadá e Europa Ocidental, contribuindo muito
para este elevado "consumo per capita" do PVC.
É necessário enfatizar que o crescimento acelerado das aplicações de PVC rígido reflete a
durabilidade, facilidade de instalação e baixo nível de manutenção de seus produtos, que por
estas razões, ganharam mercado de seus concorrentes. Algumas aplicações ainda têm enorme
potencial de crescimento por estarem em fase de desenvolvimento de mercado, como por
exemplo, os sidings, janelas, cercas, decks, etc.
Um estudo realizado pelo The Vinyl lnstitute sobre os custos e benefícios de vários materiais
de construção, demonstrou que o PVC é mais econômico e durável do que alumínio, madeira,
alvenaria e cerâmica. Entretanto, verifica-se que o consumo aparente de PVC no Brasil, em
relação às demais resinas termoplásticas, não apresentou aumento significativo e, nos últimos
anos, situou-se na faixa de 16% a 18%.
Figura 26 - Consumo aparente de PVC em relação aos demais termoplásticos

Fonte: ABIQUIM/Coplast

3.1

Consumo do PVC nos materiais para construção civil

3.1.1 Forros de PVC
A utilização de forros de PVC é uma especialidade brasileira e, embora tenha um
desenvolvimento relativamente recente, este mercado já responde por 60.000 t/ano,
representando cerca de 9,0% da demanda total de PVC no Brasil.
A maior utilização de forros está concentrada na região sul do país. Podemos ainda assinalar
que há uma tendência marcante, por parte dos profissionais e consumidores de forros de PVC,
em sua utilização nas áreas "molhadas" (despensas, banheiros, sacadas e cozinhas), em
comparação com outros materiais.
No mercado brasileiro, os forros de PVC competem com outros materiais, podendo-se
destacar o gesso e a madeira, e sua participação relativa no mercado brasileiro é apresentada a
seguir:
Tabela 1 – Mercado brasileiro de forros
Fonte: Instituto do PVC

Ressalta-se a importante posição relativa do uso do PVC em reformas, devido a sua
praticidade, menor tempo de execução e o seu sistema de operação. O forro de PVC é
utilizado em menor escala em novas construções devido, principalmente, à dificuldade de
dispor de mão-de-obra preparada, já acostumada à utilização de gesso. Convém ressaltar que
os consumidores brasileiros ainda discriminam o forro de PVC, considerando-o como
material menos nobre e adequado apenas a áreas como cozinha, banheiro e lavanderia.
Em construções de alto valor intrínseco, o forro de PVC é pouco utilizado em função do
preconceito. Por outro lado, em construções mais simples, o forro de PVC ocupa lugar nas
áreas mais nobres. A estimativa de crescimento para os próximos anos indica uma taxa média
da demanda entre 9,0% e 10,0%/ano, valores estes superiores à taxa estimada de crescimento
da demanda total PVC no país.
3.1.2. - Tubos e conexões de PVC
A capacidade de garantir um suprimento confiável e adequado de água para a população é um
desafio constante das redes de abastecimento de água de diversas cidades e municípios.
Tubulações frágeis, envelhecidas, corroídas, podem causar sérios problemas à saúde da
população, assim como gerar a necessidade de elevados recursos financeiros para reparar os
sistemas danificados.
Vários tipos de materiais ainda são usados em diferentes regiões/países, podendo-se destacar:
PVC, PE, ferro e concreto, os quais representam a maior parte dos materiais em uso no
mercado internacional.
Entretanto, tubos metálicos e de concreto são os mais susceptíveis à corrosão e contaminação
bacteriológica. Em consequência, a tubulação de PVC é recomendada pela maior parte das
empresas de água e esgoto sanitário e firmas de consultaria na rede de distribuição de água e
em países desenvolvidos ou em desenvolvimento.
Por outro lado, a disseminação do uso do PVC em sistemas de água e esgoto e a gradual
eliminação do uso de outros materiais, reduziram significativamente os custos anuais de
manutenção das redes de abastecimento, como também seus custos operacionais (redução dos
custos de bombeamento devido ao menor atrito dos tubos de PVC).
Além disso, os tubos de PVC são inerentemente imunes à corrosão externa e interna. Mesmo
os produtos químicos gerados em esgoto sanitário não afetam os tubos de PVC.
O PVC ainda detém, no mercado mundial, uma participação de 83% do mercado de tubos,
seguido do PEAD (14%) e demais resinas, PP e ABS (3%).
Um artigo publicado pelo Plastics Pipe lnstitute, por Michel Ball, em outubro de 2002,
demonstrou claramente os motivos pelos quais o PVC manterá a liderança nesse mercado:
 Resistência a Tração: 2,5 vezes superior ao PEAD. O PEAD necessita de uma
espessura maior para alcançar a mesma capacidade de pressão do PVC;
 Hidráulica: o tubo de PVC tem um diâmetro interno maior, o que resulta em menor
custo de bombeamento e maior capacidade do fluxo de água;
 Instalação: a gaxeta do tubo de PVC é mais simples de instalar;
 Expansão e Contração: o PVC acomoda expansão e contração a cada 20 ft da gaxeta;
 Padrões: produtos de PVC padrões requerem um teste de pressão em cada parte de
tubulação.
A utilização do PVC em tubos de água no Brasil é bastante significativa, ultrapassando 95%
nos diversos diâmetros, exceto aqueles com diâmetros superiores a 300 mm, cuja utilização
ainda não é relevante (< 1,0%).

Os gráficos a seguir demostram a participação do PVC no mercado brasileiro, em diversos
setores de atividade:
Figura 27 – PVC em tubos de esgotos, agua e eletrodutos

Fonte: Instituto do PVC

A evolução histórica da demanda de tubos e conexões de PVC no período 1989/2004,
demonstrou uma taxa média de crescimento de 2,00%/ano. Ressalte-se que a partir de 1994,
com a implantação do Plano Real, o aumento foi mais acentuado, ou seja, entre 1993 e 1998 o
consumo de PVC cresceu a uma taxa média anual de 11,5%, ocorrendo grande salto em 1994,
quando cresceu 24,4% sobre 1993. Entretanto, após 1999 houve uma redução significativa na
demanda, devido principalmente à Lei de Responsabilidade Fiscal, redução do nível de
investimento do Governo Federal e redução do nível da atividade econômica.
Figura 28 – Evolução da demanda de tubos e conexões de PVC no Brasil

Fonte: Instituto do PVC

Uma pesquisa conduzida pelo Instituto do PVC junto a diversos órgãos e associações de
classe, governo, empresas de segunda e terceira geração e empresas do setor de construção,
saneamento e irrigação, permite concluir:
O PVC é o material com maior potencial de crescimento no setor de água, esgoto sanitário e
irrigação;
Existe a possibilidade de deslocamento parcial do PVC pelo PE (15-20%) no setor de águas,
principalmente nas conexões de redes e residenciais;
As Parceiras Público-Privadas (PPP) são de fundamental importância para o setor de
infraestrutura;
Por razões políticas, a questão da água é prioritária em relação ao esgoto, apesar das enormes
discrepâncias observadas;
Haverá, sempre, uma defasagem de cerca de 2 (dois) anos entre o início do processo e a
realização dos investimentos que serão aplicados ao longo do período de concessão;
A prioridade atual das empresas de saneamento não privatizadas é a eliminação do
desperdício
de
água,
que
atinge
níveis
alarmantes
(45%).

3.1.3 Sidings e perfis
Embora esta aplicação represente cerca de 45% do mercado nos Estados Unidos, no Brasil o
seu uso ainda é incipiente, representando menos de 1,0% do mercado. Trata-se, porém, de
uma aplicação com grande potencial de crescimento em função não só de seu custo, como
também de outros aspectos que devem ser considerados quando se investe em uma
construção, ou seja: durabilidade, praticidade, segurança e manutenção.
As razões que vêm limitando o crescimento desse mercado são culturais e sua mudança
exigirá um forte e contínuo esforço de marketing.
Os sidings de PVC têm uma participação de mercado, em caso de reformas, superior a 50%
do mercado total.
Devemos destacar a importância dos Perfis de PVC pois, embora se tratando de um detalhe,
determina a aparência e o acabamento perfeito dos pisos e paredes revestidos com peças
cerâmicas, papel de parede, quinas de revestimento argamassados e juntas de dilatação em
áreas cimentadas.
São os perfis de acabamento em PVC, disponibilizados há alguns anos no mercado nacional,
que se integraram aos procedimentos de vários construtores preocupados com a estética do
acabamento dos revestimentos e, sobretudo, em garantir as perfeitas condições dos cantos,
quinas, bordas e a aparência da obra durante toda a sua vida útil. Mesmo sob as mais
agressivas condições de execução das obras, os perfis de acabamento em PVC não são
atacados por outros elementos como: cal, cimento e outras argamassas, mantendo suas
características originais ao longo do tempo.
Os perfis servem de guias para o posicionamento e nivelamento das peças cerâmicas e podem
ser utilizados também como referência para a definição da espessura das argamassas.
Aplicados sobre a alvenaria, nos cantos e arestas vivas dos revestimentos ou em quinas de
pisos e degraus de escadas, facilitam a aplicação dos demais produtos, exatamente nos pontos
mais críticos.

3.1.4 Fios e cabos
A projeção do crescimento de 4,0%/ano no mercado americano de fios e cabos, no período
2005/2008, assinala uma significativa melhora em relação ao desempenho verificado no início
de 2000, quando o declínio da demanda foi causado pelo reduzido nível de investimentos em
tecnologia.
O crescimento da produção de veículos poderá também alavancar a demanda de fios e cabos,
assim como aumentar o investimento no setor. Adicionalmente, são esperados novos
investimentos no setor de construção, gerando novas oportunidades aos seus fabricantes.
A indústria de fios e cabos foi afetada pela recessão americana, a qual reduziu
significativamente a fabricação de produtos finais, como por exemplo, equipamentos de
comunicação e motores de veículos. Além do mais, o segmento de fibra ótica foi muito
prejudicado pelo excesso de capacidade incremental das fábricas em 1999 e 2000.
Estimativas indicam que a demanda de fios e cabos de fibra ótica irá se recuperar e oferecer
serviços de alta velocidade com grande disponibilidade, superando o nível de oferta e criando
novas oportunidades no mercado.
Por outro lado, no início de 2000 o segmento de construção demonstrou um desempenho
superior aos demais, o que compensou parcialmente a redução da demanda. O setor de
comunicação continuará sendo o líder do mercado para fios e cabos, devido à abrangente
gama de aplicações.
Investimentos a serem realizados pelo setor de telecomunicações irão criar novas
oportunidades que, certamente, alcançarão taxas de crescimento superiores à média da
indústria.
Na indústria automobilística, a produção de motores também tenderá a crescer, como
resultado da produção de veículos e devido ao crescente número de componentes eletrônicos
utilizados.
Nos EUA, a participação do PVC no setor de fios e cabos é significativa, principalmente na
Indústria de Construção, conforme demonstra o gráfico abaixo:
Figura 29 – Participação do PVC nos fios e cabos nos EUA

Fonte: American Plastics Council

No Brasil, o setor de fios e cabos representou cerca de 7% da demanda total de resina de PVC
em 2004, aproximadamente 47.000 t.
As características especiais da resina de PVC, tais como, propriedades isolantes, mecânicas e
resistência ao fogo, baixo índice de flamabilidade e emissão de fumaça, fazem do PVC o
material mais utilizado e o plástico de referência na indústria de recobrimento de fios e cabos.
O uso do PVC reciclado para essa aplicação pode levar a um produto com menor isolamento
elétrico e menor resistência térmica, daí a necessidade de se continuar usando,
simultaneamente, a resina "virgem".
O PVC é o plástico mais utilizado no recobrimento de fios e cabos e, no Brasil, a sua
participação relativa está concentrada na construção civil, principalmente em fios de baixa
tensão.
Os gráficos a seguir apresentam a segmentação da aplicação de PVC no país e a sua
respectiva participação relativa no setor de fios e cabos, em 2003:
Figura 30 – Aplicação do PVC no setor de fios e cabos, no Brasil
Fonte: Instituto do PVC

3.1.5 - Pisos vinílicos
No Brasil, durante três décadas, não ocorreu nenhuma mudança drástica no mercado de pisos.
O país estava comercialmente fechado e poucas importações chegavam. Como consequência,
as indústrias brasileiras não evoluíram, nem em processo, nem em cores e nem em desenhos.
Mas, a partir do início dos anos 90 o mercado nacional de pisos viveu um período de grandes
transformações. A abertura às importações e a supervalorização do Real permitiram a
introdução no Brasil não só de novos pisos do tipo laminado, como também de pisos com
novos desenhos, novas cores e novos processos (tipo carpete), em placa e em vinílicos
homogêneos em manta. Foi um período de crescimento da economia e de recuperação
significativa do poder aquisitivo da população brasileira.
O impacto na indústria nacional provocou a necessidade da renovação e atualização de cores e
desenhos, tornando-os mais atraentes. Se de um lado, as empresas iniciaram atividades para
aumentar a produtividade em suas unidades industriais, de outro, chegaram produtos
importados mais baratos, e a indústria nacional teve que reduzir seus preços mais
rapidamente.
Até 1998 os pisos vinílicos registraram crescimento e sua participação no mercado foi
mantida. Quem perdeu participação no mercado foram os carpetes têxteis e tampouco ficaram
como alternativa para os milhares de brasileiros, cuja economia melhorou com o Plano Real.
Estes novos consumidores optaram, em grande parte, pelos pisos cerâmicos como primeira
alternativa de requinte para as suas residências.
No início de 1999 ocorreu a segunda grande guinada na economia que, novamente, alterou o
cenário no consumo de pisos. A desvalorização do Real causou grande impacto no custo da
matéria-prima, atrelado aos preços internacionais como o petróleo, PVC e polipropileno. Nos
anos seguintes, os pisos vinílicos e os carpetes enfrentaram matérias-primas mais caras,
concomitantemente ao processo macroeconômico em que o povo brasileiro começou a perder
o poder aquisitivo.
Escolas, universidades e hospitais são grandes consumidores de pisos vinílicos. Com as
limitações de verba, a demanda pública foi consideravelmente reduzida. Houve, também, uma
mudança importante no hábito de priorizar as compras. As reformas residenciais perderam
para o consumo de produtos de grife e objetos de desejo, como o telefone celular.
Em 2004, o setor constatou uma nova tendência para pisos vinílicos e o crescimento foi
retomado. O fator principal é que, mesmo sendo caro no momento da compra, o piso vinílico
tem atributos importantes que compensam a diferença. Quanto ao ciclo de vida, o piso
vinílico é a opção economicamente mais atraente. Fatores como frio, dureza, barulho e
segurança (escorregamento) são cada vez mais observados e traduzidos em custo. O piso
vinílico tem, neste ponto, sua grande vantagem. Térmico e macio, reduz a reverberação do
som e detém melhor o pé quando está molhado. Estas qualidades propiciam ao consumidor
sentir-se mais aconchegado em casa, os alunos podem se concentrar melhor, os hospitais são
menos "frios" e mais atraentes e as lojas retêm a temperatura por mais tempo,
consequentemente vendendo mais. Todos estes aspectos são importantes na escolha do piso.
No Brasil, face às características climáticas, é predominante a utilização da cerâmica entre os
pisos, participando o PVC com apenas 4,0% desse mercado. Entretanto, há uma tendência de
aumento de participação no mercado, nos próximos anos. No gráfico abaixo, apresentamos a
distribuição dos vários materiais no mercado brasileiro de pisos, em 2004:
Figura 31: Distribuição dos materiais no mercado brasileiro de pisos
Fonte: Instituto do PVC

As perspectivas dos pisos vinílicos são de recuperação da demanda interna. Nos últimos dois
anos, o crescimento dos pisos vinílicos em manta foi cerca de 20% ao ano, que deve ser
mantido. O produto em placa tem um crescimento menor, a estimativa é um crescimento de
10% ao ano, nos próximos dois anos.
3.1.6 - Janelas
No mercado brasileiro, as janelas de PVC ainda é pequeno comparado ao norte-americano
(cerca de 1,6 milhão de esquadrias em 2003). No entanto o mercado potencial no Brasil para
este produto é altamente promissor, conforme se pode deduzir dos volumes apresentados
abaixo:
Figura 32 – Comparação EUA com Brasil na produção de janelas de PVC

Fonte Instituto do PVC

Entretanto, as janelas de PVC vêm ganhando credibilidade e quebrando a resistência cultural
dos profissionais da Indústria de Construção, favorecendo a entrada de empresas de grande
porte no setor.
Estimativas conservadoras, realizadas pelos principais fabricantes de resina, assim como os
produtores de janelas de PVC, indicam um crescimento da demanda superior a 10,0%/ano nos
próximos cinco anos.
A AFAP (Associação Brasileira dos Fabricantes de Perfis Plásticos) estabeleceu, para a
Construção Civil, um rígido Programa de Garantia de Qualidade , que inclusive está
vinculado ao Programa Setorial de Qualidade do Governo Federal (PBQP-H), o qual visa
isonomia competitiva entre os fabricantes e a garantia de desempenho para os usuários.
Competição com outros materiais
Como ocorre em outros setores, o efeito de substituição acontece fortemente na Indústria de
Construção. Esse efeito é ilustrado no esquema a seguir, onde estão representados, para
diversas aplicações nas construções, os principais materiais que competem com o PVC.
Figura 33 – Materiais que competem com o PVC

Fonte: Instituto do PVC

3.2

PVC ajuda em Minha casa, Minha vida

Um método alternativo de construção civil permite erguer moradias com redução de até 15%
no custo, em comparação com as casas de alvenaria, e em um período de apenas sete dias,
ante pelo menos 90 dias no sistema comum. Chamada "Casa de Concreto PVC", a tecnologia
alia o uso de concreto com a estrutura de PVC.
O sistema, desenvolvido pelas empresas Dupont, Braskem e Global Housing International,
recebeu certificação para utilização no Brasil e foi homologado pela Caixa Econômica
Federal para a construção de mil casas do programa Minha Casa, Minha Vida. A capacidade
atual de fabricação do novo sistema é para a construção de 5 mil moradias por ano. "Podemos
chegar a 40 mil e 50 mil casas por ano", disse Roberto Gandolfo, sócio-diretor da Global
Housing. Atualmente há 500 casas neste modelo prontas no País, o preço de venda em Santa
Catarina é de R$ 800 a R$ 900 por m².
A estrutura oca de PVC substitui o uso dos tijolos nas paredes, com montagem realizada por
encaixe. Não é necessário a quebra para instalação da fiação elétrica e tubulação hidráulica.
Cada peça tem uma função específica e funciona como se fosse um quebra-cabeça. "80% (da
estrutura) é feita de forma industrial. Não é necessária mão de obra especializada, apenas
treinada. A redução de mão de obra é de cerca de 80%", afirmou Gandolfo.
Por conseguir reduzir o prazo na construção de novas residências, a nova tecnologia é
aplicada em reconstruções após catástrofes. "O sistema não foi desenvolvido para ajudar em
situações emergenciais, mas tem sido amplamente utilizado para reconstrução, como após as
enchentes em Santa Catarina", afirmou Paulo Vieira, vice-presidente da Dupont.
O conceito "Casa de Concreto PVC" também permite que o sistema de alvenaria seja usado
para ampliação do imóvel, ou ainda que uma casa de tijolos tenha uma parede reformada com
uso do PVC. Após a casa erguida, o acabamento pode ser de diferentes formas, como gesso,
azulejos, pintura, ou até mesmo o próprio PVC, reduzindo custos e obtendo um maior
isolamento térmico.
Uma casa no estilo popular foi erguida em cinco dias na sede da Dupont em São Paulo, para
demonstração, com 36 m² e quatro cômodos - dois quartos, sala/cozinha e banheiro.
Figura 34 – Casa de Concreto PVC

Fonte: Royal do Brasil Technologies S.A.

3.2.1 - Tecnologia Concreto-PVC se propaga no Brasil
Sistema construtivo ganha espaço através do programa Minha Casa, Minha Vida,
principalmente por causa das recentes catástrofes naturais ocorridas no país.
O combate ao déficit habitacional tem estimulado o uso de um novo sistema construtivo no
Brasil. Criado no Canadá, o Concreto-PVC passou a atrair o interesse de companhias
habitacionais por causa da velocidade com que permite erguer casas de interesse social. Bem
difundido no Rio Grande do Sul, o método de construção avança e já está presente em outros
11 estados. Através do programa Minha Casa, Minha Vida, ele hoje é aplicado também em
Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato
Grosso, Minas Gerais, Goiás, Bahia e Alagoas.
Em São Paulo, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado
de São Paulo) firmou parceria com a empresa que detém a tecnologia no país para atuar no
projeto de reconstrução de casas na cidade de São Luis do Paraitinga. O município, em 2010,
foi devastado pelas chuvas. Da mesma forma, o sistema recentemente foi escolhido para a
construção de casas nos municípios que foram afetados pelas enchentes na região serrana do
Rio de Janeiro, como Petrópolis e Teresópolis. “Já temos projetos aprovados nestes dois
municípios”, diz o arquiteto Tiago Saretta Ferrari, responsável técnico da Royal do Brasil
Technologies S.A.
O Concreto-PVC, internacionalmente conhecido como Royal Building System (RBS), é
constituído por painéis ocos de duplo encaixe coextrudados de PVC. Com diversas
espessuras, eles são preenchidos com concreto. A diferença para o sistema convencional de
fôrmas é que as fôrmas ficam incorporadas à construção e servem como acabamento final,
dispensando revestimentos adicionais como pinturas, rebocos e cerâmicas. O método é
utilizado para construção de casas em diversos padrões, prédios industriais, prédios
residenciais (em até cinco pavimentos) e comerciais, como escolas, hospitais e postos de
combustíveis.
No Brasil, o Concreto-PVC passou a ter consultoria da ABCP (Associação Brasileira de
Cimento Portland) para aprimorar o concreto utilizado no sistema construtivo. A tecnologia
exige concreto bem fluído (abatimento 25 cm ou mais) e utiliza brita “0” ou pedrisco para um
melhor preenchimento das fôrmas. No Rio Grande do Sul tem sido usado com eficiência o
concreto leve com pérolas de EPS, para melhorar ainda mais os índices de conforto térmico e
acústico. Por ser uma fôrma que fica incorporada à parede, o tipo de concreto a ser utilizado
deve ter as características mínimas de resistência (de acordo com o projeto estrutural) e
fluidez (para preenchimento adequado).
Para se adequar ao programa Minha Casa, Minha Vida, a empresa que detém a tecnologia no
Brasil adaptou o sistema para a construção de casas populares. Ele permite erguer uma
habitação de interesse social em 7 dias. Para uma residência de 56 m2, que utiliza fôrmas de
64 mm, são necessários para o preenchimento dos vãos aproximadamente 7,50 m3 de
concreto. Outra vantagem é que o método pode ser utilizado com outros padrões de
construção, como alvenaria convencional. Além disso, por sua boa capacidade termo acústica,
está adaptado às oito zonas bioclimáticas brasileiras, assim como atinge os valores de
isolamento acústico para paredes externas, internas e geminadas em unidades residenciais.
Entrevistado
Tiago Saretta Ferrari, responsável técnico da Royal do Brasil Technologies S.A.

3.3 - PVC: de olho na Copa de 2014
A Copa do Mundo de 2014 é uma grande oportunidade para o setor do PVC e que não se
limitará a 2012, mas os próximos anos. Recentemente realizou um seminário com o Sindicato
Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco) em que seu
presidente, José Roberto Bernasconi, discutiu com empresários do setor de PVC o legado do
Brasil para depois da Copa. Bernasconi colocou a Copa como uma grande oportunidade de o
país se posicionar perante o mundo e modificar algumas culturas equivocadas, apostando,
assim, no desenvolvimento, especialmente das cidades sedes.
Solucionar problemas com infraestrutura, saneamento, hotelaria, transporte, dentre outros
setores, são fundamentais para um país sediar uma copa do mundo e o PVC é um produtochave em vários destes.
Com o cartão postal da Copa passada nas mãos, os representantes da cadeia de produção de
PVC tentam convencer os arquitetos sobre as vantagens da resina. "Os estádios passarão por
reformas. A FIFA obriga que os assentos tenham cobertura contra chuva e sol. O evento é
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Trabalho sobre PVC

  • 1. Colégio Técnico de Campinas Universidade estadual de Campinas Curso de Plásticos - Matutino POLICLORETO DE VINILA (PVC) NA CONSTRUÇÃO CIVIL GABRIELA BEGALLI LAIZA GABRIELLA Prof. Dra. Vanessa Petrilli Bavaresco (orientadora) Campinas 2012
  • 2. Gabriela Begalli Laiza Gabriela POLICLORETO DE VINILA (PVC) NA CONSTRUÇÃO CIVIL Trabalho de pesquisa apresentado ao Curso de Plástico do Colégio Técnico de Campinas, como parte de aprender a fazer um Trabalho Cientifico com o objetivo de mostrar como é utilizado o PVC na Construção civil. Orientadora: Professora. Dra. Vanessa Petrilli Bavaresco Campinas 2012
  • 3. Policloreto de Vinila (PVC) na construção civil Gabriela Begalli Laiza Gabriella Gostaria de agradecer primeiramente a minha orientadora, Prof.ª Dra. Vanessa Petrilli Bavaresco, por sua dedicação e paciência durante este período em que convivemos. Gostaria de agradecer aos meus amigos do Colégio que me ajudaram quando eu estava precisando de informações e explicações. Como também os de fora do Colégio que compreenderam e me ajudaram no progresso desse trabalho. Agradeço o apoio da família, principalmente da minha irmã. Enfim, a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste trabalho. Obrigado! Campinas 2012 Policloreto de Vinila (PVC) na construção civil
  • 4. Gabriela Begalli Laiza Gabriella “Qualquer pessoa que tenha experiência com o trabalho científico sabe que aqueles que se recusam a ir além dos fatos raramente chegam aos fatos em si.” Thomas Huxley Campinas 2012
  • 5. Resumo Este trabalho mostra a aplicação do Policloreto de vinila na Construção Civil e o seu desenvolvimento no Brasil. Falamos do seu custo no mercado, a sua facilidade em instalações, a sua resistência, a sua durabilidade, a poluição e reciclagem desse material e suas aplicações, como: janelas, portas, papel parede, forro, tubos e conexões, fios e cabos, pisos, sidings, telhas, venezianas, persianas e piscinas. No entanto, não é um material muito utilizado aqui no Brasil, mas vem aumentando esse valor conforme os anos, e muito mais nos anos seguinte com a Copa do Mundo de 2014. O resultado é que o PVC é considerado um dos termoplástico mais consumido e econômico do mundo e também um dos melhores materiais a se usar numa construção civil. Palavras chaves: PVC, Construção civil, instalação
  • 6. SUMÁRIO INTRODUÇÃO.................................................................................................11 1 O QUE É O PVC? .........................................................................................12 1.1 O que é o composto de PVC?.............................................................................................12 1.2 Fabricação do PVC............................................................................................................13 1.3 Principais características.....................................................................................................13 2 APLICAÇÕES DO PVC NA CONSTRUÇÃO CIVIL..............................15 2.1 PVC nas residências............................................................................................................15 2.2 Janelas.................................................................................................................................15 2.3 Venezianas..........................................................................................................................17 2.4 Forros..................................................................................................................................18 2.5 Telhas..................................................................................................................................20 2.6 Coberturas Tensionadas......................................................................................................21 2.7 Divisórias Internas..............................................................................................................23 2.8 Portas...................................................................................................................................24 2.9 Papéis de parede..................................................................................................................24 2.10 Pisos..................................................................................................................................26 2.11 Persianas Internas..............................................................................................................27 2.12 Persianas Externas.............................................................................................................28 2.13 Piscinas..............................................................................................................................29 2.12 Deck..................................................................................................................................30 2.13 Rufo...................................................................................................................................31 2.14 Siding................................................................................................................................32 2.15 Tubos, Conexões e Dutos de transporte de água e esgoto................................................34 2.16 Fios e Cabos......................................................................................................................36 2.17 Arquitetura e design..........................................................................................................36 3 O PVC E A ECONOMIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL..............................38 3.1 Consumo do PVC nos materiais para construção civil.......................................................40 3.1.1 Forros de PVC..................................................................................................................40 3.1.2 Tubos e conexões de PVC................................................................................................40 3.1.3 Sidings e perfis.................................................................................................................43
  • 7. 3.1.4 Fios e Cabos.....................................................................................................................43 3.1.5 Pisos Vinilicos..................................................................................................................46 3.1.6 Janelas..............................................................................................................................47 3.1.7 Competição com outros materiais....................................................................................48 3.2 PVC ajuda em Minha casa, Minha vida.............................................................................48 3.2.1Tecnologia Concreto-PVC se propaga no Brasil..............................................................49 3.3 PVC: de olho na Copa de 2014...........................................................................................50 4 MEIO AMBIENTE E O PVC.......................................................................51 4.1. Reciclagem do PVC ..........................................................................................................51 4.1.1 Processo de reciclagem do PVC......................................................................................53 CONCLUSÃO....................................................................................................57 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................58
  • 8. Listas de Abreviaturas e siglas ABCP Associação Brasileira de Cimento Portland ABS Acrilonitrila buladieno estireno AFAP Associação Brasileira dos Fabricantes de Perfis ANAPP - Associação Nacional dos Fabricantes e Construtores de Piscinas e Produtos Afins. BA Bahia CDHU Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem DCE Dicloro etano EPS Poliestireno Expandido EUA Estados Unidos MVC Mono cloreto de vinila PE - Polietileno PEAD – Um tipo de Polietileno PPP Parceiras Público-Privadas PVC Policloreto de vinila RBS Royal Building System SP São Paulo UV Radiação ultravioleta Norma relacionada a produtos de PVC diversos NBR 7362: sistema enterrado para condução de esgoto - requisitos para tubos de PVC com junta elástica, com parede maciça, dupla parede.
  • 9. Listas de Figuras Figura 1 - Formula do PVC.....................................................................................................12 Figura 2 - Compostos de PVC.................................................................................................12 Figura 3 - Fluxograma de fabricação do PVC.........................................................................13 Figura 4 - Casas feitas com PVC.............................................................................................15 Figura 5 - Janelas feitas de PVC..............................................................................................16 Figura 6 - Venezianas de PVC.................................................................................................18 Figura 7 - Forros de PVC.........................................................................................................19 Figura 8 - Telhas feitas de PVC...............................................................................................21 Figura 9 - Vários tipos de cobertura tensionada......................................................................22 Figura 10 - Divisórias internas de PVC...................................................................................23 Figura 11 - Portas de PVC.......................................................................................................24 Figura 12 - Papel de parede com PVC.....................................................................................25 Figura 13 - Pisos Vinilicos.......................................................................................................26 Figura 14 - Persiana Interna feita de PVC...............................................................................27 Figura 15 - Persiana Externa....................................................................................................28 Figura 16 - Piscinas feitas a PVC............................................................................................29 Figura 17 - Deck......................................................................................................................31 Figura 18 - Exemplo de Rufo...................................................................................................32 Figura 19 - Exemplos de casas com o esquema Siding...........................................................33 Figura 20 - Tubos de PVC.......................................................................................................34 Figura 21 – Casas com janelas e portas de PVC......................................................................36 Figura 22 - Estádio Le Stade de France, em Saint-Denis........................................................37 Figura 23 - Estrutura do consumo mundial de PVC (%) - 2004..............................................38 Figura 24 - Estrutura do consumo brasileiro de PVC (%) - 2004............................................38 Figura 25 - Consumo per capita de PVC - 2004......................................................................39 Figura 26 - Consumo aparente de PVC em relação aos demais termoplásticos......................39 Figura 27 - PVC em tubos de esgoto, agua e eletrodutos........................................................42 Figura 28 – Evolução da demanda de tubos e conexões de PVC no Brasil.............................42 Figura 29 – Participação do PVC nos fios e cabos nos EUA..................................................44 Figura 30 – Aplicação do PVC no setor de fios e cabos, no Brasil.........................................45 Figura 31 - Distribuição dos materiais no mercado brasileiro de pisos...................................47 Figura 32 – Comparação EUA com Brasil na produção de janelas de PVC...........................47
  • 10. Figura 33 – Materiais que competem com o PVC...................................................................48 Figura 34 - Casa de Concreto PVC..........................................................................................49 Figura 35 – PVC & Meio ambiente ........................................................................................52 Figura 36 - Tempo aproximado de vida de serviço de produtos de PVC, em função do porcentual de aplicação.............................................................................................................53 Figura 37 - Distribuição dos materiais que compõem o resíduo solido urbano.......................54 Figura 38 - Distribuição média dos plásticos encontrados no resíduo solido urbano..............54 Lista de Tabela Tabela 1 – Mercado brasileiro de forros...................................................................................40
  • 11. Introdução O Poli Cloreto de Vinila (PVC) é uma resina termoplástica obtida pela poliadição do monômero de cloreto de vinila que têm importante papel na qualidade de vida da sociedade moderna, por meio de soluções com excelentes relações custo/beneficio destinadas á infraestrutura e á construção civil, além de seu emprego em calçados, embalagens, brinquedos, produtos médicos, laminados técnicas e outros bens duráveis. Dos termoplásticos, o PVC, é o mais utilizado na construção civil. Mas a duvida surge, será o PVC o com mais baixo custo? E sua facilidade em instalações? Tem resistência quanto às construções? Quais são suas aplicações? E sua durabilidade? O preço é competitivo? Como é o seu processo no mercado? E quanto á poluição e reciclagem? Todas estas questões serão devidamente ponderadas ao longo deste trabalho, levantando dúvidas e respostas sobre o PVC em relação à Construção civil.
  • 12. 1. O que é PVC? O PVC é o Policloreto de Vinila, resina termoplástica obtida pela poliadição do monômero de cloreto de vinila, não é um material como os outros. É o único material plástico que não é 100% originário do petróleo. É um polímero extremamente versátil graças à polaridade da sua molécula (57% de cloro - derivado do cloreto de sódio e 43% de eteno - derivado do petróleo), permitindo assim que o PVC tenha uma boa compatibilidade com uma série de aditivos. Possui três átomos de hidrogênio, dois de carbono e um de cloro. Figura 1 - Formula do PVC Fonte: Instituto do PVC 1.1 O que é um composto de PVC? O composto de PVC é um produto comercializado na forma de pó (premix) ou granulado, proveniente da mistura homogênea do PVC (matéria prima base) e outros componentes conhecidos como aditivos, cuja composição (fórmula) visa atender, em termos de transformação e propriedades físicas/químicas, um determinado produto transformado. O tipo e a quantidade adicionada destes aditivos conferem características específicas tais como rigidez ou flexibilidade, transparência ou opacidade, superfície brilhante ou fosca, resistência à luz e às intempéries, cor, propriedades elétricas e etc. Figura 2 – Compostos de PVC Fonte: DesignPVC Podemos definir os aditivos basicamente como funcionais e opcionais:  Os aditivos funcionais usados em todas as formulações de PVC incluem os estabilizantes ao calor, os lubrificantes e no caso de PVC plastificado os plastificantes.  Os aditivos opcionais, incluem uma gama de substancias como auxiliares de processo, modificadores de impacto, modificadores térmicos, estabilizantes UV, retardantes de chama, cargas minerais, pigmentos, biocidas e são utilizados de acordo com os requerimentos especificados.
  • 13. 1.1 Fabricação do PVC A fabricação do PVC vem a partir do sal marinho, pelo processo de eletrólise, obtém-se o cloro, soda cáustica e hidrogênio. A eletrólise é a reação química resultante da passagem de uma corrente elétrica por água salgada (salmoura). Assim se dá a obtenção do cloro, que representa 57% da resina de PVC produzida. O petróleo, que representa apenas 43% desta resina, passa por um caminho um pouco mais longo. O primeiro passo é uma destilação do óleo cru, obtendo-se aí a nafta leve. Esta passa, então, pelo processo de craqueamento catalítico (quebra de moléculas grandes em moléculas menores com a ação de catalisadores para aceleração do processo), gerando-se o eteno. Tanto o cloro como o eteno estão na fase gasosa e eles reagem produzindo o Dicloro etano (DCE). A partir do DCE, obtém-se o mono cloreto de vinila (MVC) (unidade básica do polímero. O polímero é formado pela repetição da estrutura monomérica). As moléculas de MVC são submetidas ao processo de polimerização, ou seja, elas vão se ligando formando uma molécula muito maior, conhecida como PVC, que é um pó muito fino, de cor branca, e totalmente inerte. Esse polímero pode ser processado com praticamente todas as tecnologias comuns, pelo fato de que não há nenhum outro material que possa ser modificado por aditivos na mesma extensão do PVC. Figura 3 - Fluxograma de fabricação do PVC 1.2 Principais Características O PVC é:     Leve (1,4 g/cm3), o que facilita seu manuseio e aplicação; Resistente à ação de fungos, bactérias, insetos e roedores; Resistente à maioria dos reagentes químicos; Bom isolante térmico, elétrico e acústico;
  • 14.            Sólido e resistente a choques; Impermeável a gases e líquidos; Resistente às intempéries (sol, chuva, vento e maresia); Durável: sua vida útil em construções é superior a 50 anos; Não propaga chamas: é auto extinguível; Versátil e ambientalmente correto; Reciclável e reciclado; Fabricado com baixo consumo de energia; Baixa toxicidade; Ausência de odor e cor; Boas características de processamento e baixo custo.
  • 15. 2. Aplicação do PVC na construção civil O PVC é o termoplástico mais utilizado na construção civil, para qual se destinam 65% da sua produção total. No Brasil, o PVC vem se tornando uma opção em projetos residenciais, comerciais e industriais, e vem se destacando as mais importantes tendências de modernização da construção civil no país. 2.1 PVC nas residências O PVC traz uma contribuição importante para a qualidade, segurança e custo das obras. Esses são motivos que têm levado ao sucesso do PVC em edifícios ao redor do mundo e, mais especificamente em países da Europa e Estados Unidos (EUA) e também no Brasil. Possui uma versatilidade própria que ajuda a atender as necessidades de design atuais, as mais modernas e as futuras. Além de ser fundamental nas novas obras, tem papel importante nas reformas, vindo a substituir materiais como cimento, madeira e argila, atuando também na decoração de novos e velhos ambientes. A casa de PVC, por suas propriedades específicas e custo competitivo, deixou de estar presente somente nos itens isolados de uma casa, como tubos e conexões, janelas, portas, forros, pisos, fios e cabos, etc., para compor uma casa inteira. No Brasil, o PVC vem se tornando uma das melhores opções para projetos residenciais, comerciais e industriais. Sua aplicação nesse segmento vem se destacando dentre as mais importantes tendências de modernização da construção civil no país. As vantagens do PVC em relação a outros materiais são muitas. São mais duráveis, leves, resistentes, fáceis de instalar, limpar e, em alguns casos, quase nenhuma manutenção. Para completar, seu preço é altamente competitivo. Por essas razões, o PVC vem sendo um dos materiais mais escolhidos pelos arquitetos na hora de construir ou reformar. Figura 4 – Casas feita com PVC Fonte: UFSC 2.2 Janelas
  • 16. A utilização do PVC em esquadrias surgiu na Alemanha, no final dos anos 60 e espalhou-se por toda a Europa. Hoje o produto é líder em vários mercados europeus e também nos Estados Unidos. São várias as qualidades que fizeram as esquadrias de PVC ser um sucesso de mercado. O PVC é um bom isolante térmico, reduzindo a transmissão de temperaturas entre o exterior e o interior das edificações. Os cantos soldados também são uma garantia de estanqueidade e a utilização do vidro-duplo, com perfis mais largos, faz do produto a solução ideal para se alcançar os melhores índices de isolamento acústico. Além disso, o material não exige qualquer manutenção ou proteção por pintura ou verniz. Lançadas no mercado nacional na década de 80, as janelas de PVC começam a ganhar a preferência do mercado principalmente pelas suas qualidades termo acústica, acabamento perfeito, estética agradável e ausência de manutenção. Os mesmos motivos que as colocam como líderes de mercado na Europa e Estados Unidos. As janelas encaixilhadas de PVC são fabricadas a partir da composição de perfis extratados, reforçados internamente com perfis de aço galvanizado. Os perfis de PVC são serrados com precisão na angulação necessária à montagem das esquadrias e unidos por solda a quente, que torna a montagem um monobloco perfeitamente esquadrinhado, garantindo-se a estanqueidade do caixilho. As esquadrias são formadas por perfis que podem ser preparados para acomodarem folhas de vidros simples, duplos ou até triplos, dependendo do desenho e das necessidades de instalação. Figura 5 – Janelas feitas de PVC Fotos Carlos Gueller Foto Celso Brando Há também a possibilidade de se utilizar chapas ou venezianas de PVC no lugar dos vidros, elementos que se tornaram comuns em algumas cidades, inclusive como complemento de esquadrias de aço e alumínio. Os perfis podem ser fabricados conforme as necessidades do projeto de esquadrias, sempre incorporando perfis tubulares de aço para garantir a estabilidade e resistência do conjunto. Não precisam receber pintura e mantém sua aparência ao longo de toda a vida útil da edificação.
  • 17. Geralmente são fabricadas na cor branca, mas podem ser feitas em outros tons pastéis, sob consulta, ou mesmo cores mais fortes, em processos de co-extrusão ou revestidos por películas de outras cores e padrões. Os acessórios (trincos, braços de acionamento e fechaduras) são de alumínio e podem receber qualquer tipo de acabamento que combine com os perfis. Os ciclos de abertura e fechamento são extremamente leves e silenciosos. Em condições normais de utilização, as esquadrias de PVC não apresentam nenhuma limitação quanto à temperatura ambiente, considerando variações entre -10°C e +70°C. 2.3 Venezianas As venezianas industriais de PVC foram desenvolvidas para manter a ventilação interna, garantindo iluminação e vedação ao mesmo tempo, de forma segura e econômica. A recente evolução das edificações industriais, seja em construção convencional ou nas opções de construção pré-fabricada de concreto ou nas montagens metálicas, ou ainda, na conjugação de ambos os sistemas em edificações mistas, chega a um impasse quando a questão é manter a ventilação interna, com iluminação e ao mesmo tempo garantir a vedação. Muitos materiais foram desenvolvidos para essa função, como elementos vazados de concreto ou vidro, venezianas metálicas e até mesmo alguns equipamentos, como exaustores de teto. Todos os projetistas industriais sabem que o melhor a fazer, porém, é manter aberturas nas partes superiores das edificações, para que naturalmente o ambiente "respire" e troque o ar quente interno pela ventilação externa. As venezianas industriais de PVC foram desenvolvidas exatamente para isso. Com aletas opacas ou translúcidas, são fabricadas em quadros com aberturas capazes de garantir a ventilação natural com toda a segurança em termos de vedação física. Elas substituem os caixilhos convencionais e permitem circulação natural de ar no ambiente, sendo ao mesmo tempo mais seguras e econômicas. Vários sistemas construtivos vieram trazer novos ares à construção industrial, com utilização intensiva de elementos pré-fabricados de concreto, coberturas e fechamentos metálicos e também painéis de fachada arquitetônicos que acabaram por mudar bastante o cenário das novas fábricas. As necessidades de iluminação e ventilação interna, porém, não mudaram. Sejam em construções tradicionais do tipo shed ou lanternim, ou em situações vinculadas aos novos sistemas construtivos de galpões, o fechamento dos vãos com manutenção da claridade continua representando um desafio para os projetistas. As venezianas de PVC têm sido um dos materiais mais empregados, em função da grande flexibilidade de aplicação, uma vez que podem ser fabricadas sob demanda, conforme as medidas exatas dos vãos. Desenvolvido há 25 anos, esse tipo de sistema é destinado ao fechamento de vãos de ventilação, iluminação de sheds, lanternins, platibandas, oitões e paredes laterais de edifícios industriais e comerciais, permitindo a circulação permanente do ar nos ambientes onde é aplicado. Podem ser empregadas em projetos de fábricas, colégios, ginásios poliesportivos, estacionamentos, supermercados ou shoppings centers, entre outros locais, sempre como fechamento de empenas ou faixas de iluminação e ventilação dos ambientes.
  • 18. O produto é resistente a gases industriais, detergentes usuais, graxas e óleos, bem como a fungos e bactérias. Também permanece inalterável a corrosões, intempéries e ao ar marítimo. Em contato com materiais comumente usados na construção civil, tais como cimento, cal e gesso a veneziana permanece intacta. O produto contribui para a redução da incidência dos raios ultravioletas e infravermelhos. A solução torna o ambiente agradável, favorecendo a produção, além de permitir uma iluminação difusa. Feitas sob medida, as venezianas podem ser translúcidas ou opacas, em diversas cores e tamanhos de aletas. As aletas fabricadas em PVC são especialmente desenhadas para aumentar a resistência às deformações, além de impedir infiltrações de água de chuva no ambiente interno. Figura 6 – Venezianas de PVC Divulgação Grupo Como Divulgação Nelson Kon As venezianas são compostas por aletas horizontais de PVC e montantes verticais de PVC, aço galvanizado, chapas de aço pré-pintado ou alumínio. Os montantes fazem o travamento do conjunto. Os perfis de PVC que compõem o sistema são auto extinguíveis, não propagam o fogo e não apresentam formação de gotas incandescentes sob ação direta de chamas, contribuindo para a segurança do ambiente. As venezianas também são imunes a manchas de mofo ou bolor, não retém a umidade e não são corroídas por agentes agressivos (apodrecimento). 2.4 Forros Em sistemas de forros, a arquitetura nacional geralmente usufrui de perfis com encaixe do tipo macho-e-fêmea. O forro de PVC utiliza perfis com este tipo de encaixe na composição tanto em uso residencial como em uso comercial. Com a evolução dos sistemas de extrusão dos compostos de PVC, a indústria desenvolveu perfis alveolares contínuos com paredes delgadas e resistentes, com encaixe macho-e-fêmea, contribuindo para o surgimento dos forros de PVC e para a recuperação de uma antiga tradição da arquitetura nacional. O mercado brasileiro conheceu os forros de PVC inicialmente através de obras comerciais, tais como escritórios e postos de gasolina. A criatividade dos profissionais de engenharia,
  • 19. arquitetura e decoração direcionou o produto para outras aplicações, como residências e locais que necessitam de um ambiente leve e agradável, onde os forros de PVC também contribuem com a estética e decoração do ambiente. Há diversos tipos de forros, tanto para o uso interno de áreas residenciais e comerciais quanto para áreas externas protegidas como postos de gasolina. Soluções de revestimento que podem ser oferecidas em placas ou em perfis contínuos, de acordo com a vontade do especificador. As qualidades e vantagens dos forros de PVC têm conquistado consumidores e chamado à atenção dos arquitetos, constituindo intervenções diferenciadas de revestimentos de teto em dormitórios, salas, varandas, banheiros, escritórios, salas de reunião, igrejas e muitos outros ambientes. Os forros de PVC apresentam diversas características que os tornam sempre uma ótima solução para os mais variados tipos de ambientes. Figura 7 – Forros de PVC Divulgação Araforros Por serem alveolares, possuem um vazio interno no produto contribuindo para um melhor isolamento térmico e acústico das instalações. Os perfis são leves e colaboram para a redução de carga nas estruturas da cobertura. O forro de PVC é inerte à ação de microrganismos e a superfície do produto não absorve umidade, não ficando sujeito a manchas ou contaminações por eventuais vazamentos que as tubulações das edificações por vezes apresentam. Também são isolantes elétricos, contribuindo como barreira de segurança às instalações elétricas das edificações. Caso haja problemas, como vazamentos ou manutenção elétrica, permitem acesso ao local dos reparos facilmente, sem necessidade de se retirar todo o forro. Além da facilidade de limpeza e da ausência de necessidade de manutenção, outra característica muito importante dos forros de PVC é sua propriedade de ser auto extinguível e não propagar chamas, tornando-se um aliado das edificações na segurança contra o fogo. Existem dois tipos de forros de PVC, em perfis contínuos ou em placas.  Perfil contínuo São fornecidos em diversas larguras, que variam de 8 a 25 cm. A opção é do especificador, conforme a disponibilidade do fornecedor escolhido. O limite de comprimento das peças é dado pelo sistema de transporte, sendo que geralmente são fornecidos em perfis de 6 metros de comprimento. Quanto ao acabamento superficial há diversas disponibilidades de cores. As cores suaves são as mais comuns de serem encontradas como branca, gelo e cinza claro, adaptando-se a quaisquer ambientes e projetos de decoração.  Placa
  • 20. Os forros tipos placa são fornecidos nas larguras de 60 e 80 cm. O produto é facilmente serrado e se adapta bem a qualquer sistema de suporte em perfis suspensos. Podem incorporar diversas cores, sendo mais comuns as cores suaves, como branca, gelo e cinza claro. Os fabricantes oferecem lâminas e arremates de vários tipos, de modo a responder a todas as necessidades das obras, nas mais diversas situações de colocação, tais como juntas intermediárias, arremates de canto, em várias espessuras e larguras. 2.5 Telhas A iluminação interna dos ambientes é sempre um desafio para a arquitetura quando não há a opção de promover aberturas laterais nas edificações. Quase sempre, lembra-se da possibilidade de fazer a claridade entrar pelo teto, em soluções de iluminação zenital em domos ou mesmo sofisticadas caixilharias e vidro. Algumas instalações, porém, pedem materiais mais leves, que não sobrecarreguem a estrutura e possam substituir os sistemas de coberturas opacas, sem perda do desempenho do sistema de telhado. Para esses usos, foram desenvolvidas as telhas de PVC em vários formatos, exatamente para serem utilizadas em coberturas planas, em arco, sheds, lanternins ou clarabóias. O exemplo de outros tipos de telhas, as de PVC também podem ser usadas como elementos de vedação em fachadas e revestimentos laterais e ainda como cobertura de estufas, orquidários e como peças complementares em outros tipos de estruturas de telhados, para promover aberturas de iluminação. A arquitetura industrial sempre esteve atrás de sistemas de cobertura que ao mesmo tempo permitissem a iluminação dos ambientes produtivos. As soluções do tipo shed e o lanternim, ainda hoje são muito utilizadas em galpões, embora muitas outras soluções tenham se desenvolvido, notadamente nos últimos 30 anos. Nesse período, o Brasil passou por uma grande reciclagem de áreas industriais, em função dos avanços industriais, notadamente em termos de flexibilidade de layouts e gestão da produção. As telhas translúcidas de PVC têm sido muito empregadas, em função da grande flexibilidade de aplicação, uma vez que respondem a várias necessidades e podem ser aplicadas, conforme as medidas dos vãos, em perfis ondulados e trapezoidais. As telhas onduladas e trapezoidais de PVC apresentam rigidez estrutural e flexibilidade de manejo, caracterizando um produto de pouco peso e grande resistência. Podem ser fabricadas em qualquer comprimento até 12 m, com acabamentos opaco e translúcido. Com menos emendas, os telhados com elas produzidos têm alta estanqueidade por conta da menor necessidade de sobreposições entre as peças. As telhas translúcidas são auto-extingüíveis e não propagam o fogo. Conforme a coloração, contribuem para a redução da incidência de raios infravermelho e ultravioleta, gerando uma luz difusa e de boa qualidade para tarefas produtivas. Sua formulação gera produtos que protegem o ambiente dessas radiações nocivas e que permanecem inalterados diante de fenômenos como corrosão das estruturas de suporte e fixação, bem como à ação das intempéries, ar marítimo e fungos. São inertes também em relação a outros materiais de construção como cimento, cal, areia e gesso, o que garante sua preservação mesmo depois de expostas aos ambientes agressivos de
  • 21. obra. As telhas de PVC também não são atacadas por vegetações parasitárias como musgos e liquens. O acabamento superficial liso facilita a conservação e evita à sujeira, removida naturalmente pela ação da chuva ou do vento, quando instaladas de forma adequada. O coeficiente médio de absorção acústica é em média de 18%, variando conforme as frequências e a origem do som. São oferecidas ao mercado com os perfis em formatos de grega, ondulados (vários comprimentos de onda) e trapezoidal, sempre seguindo os padrões de outros tipos de telha, de modo a permitir uma composição de materiais em busca de uma iluminação adequada dos ambientes. Figura 8 – Telhas feitas de PVC Divulgação Grupo Como 2.6 Cobertura Tensionada Desenvolvidas por Frei Otto em 1957 na Alemanha, quando fundou o Development Center for Lightweight Construction em Berlim, a cobertura têxtil tensionada é uma interessante alternativa construtiva para os mais diversos tipos de obras. As coberturas tensionadas de PVC são uma ótima solução para obras que exigem soluções de recobrimento de grandes áreas em pouquíssimo tempo. Adequadamente projetadas e préfabricadas, as coberturas tensionadas utilizando mantas de PVC atendem as necessidades dos usuários de cobrir a área desejada, agregando estética e variadas possibilidades arquitetônicas. Apresentam possibilidades de cores, transparências e formatos cada vez mais arrojados, em composições que desafiam o olhar e instigam a observação dos detalhes estruturais e amarrações que moldam as superfícies contínuas e ondulantes desse tipo de cobertura. São comumente aplicadas em coberturas de áreas em shows e feiras, e também em centros esportivos, áreas comerciais e construções industriais.
  • 22. Figura 9 – Vários tipos de Cobertura Tensionada Divulgação Fiedler Trata-se de sistemas construtivos que se baseiam em membranas estruturais, cuja função é vedar, sombrear e proteger atividades das intempéries. Tais coberturas resistem a partir de suas formas, definidas por um pré-tracionamento da lona de PVC. As lonas de PVC podem ser fabricadas com diferentes padrões de acabamento e são soldadas eletronicamente para comporem os panos que cobrirão a área projetada. O uso do PVC como matéria-prima das lonas reforçadas por tecidos de poliéster é adequado pelas características do próprio material, por não permitirem a formação de bolores e manchas provocadas por fungos, tornando a manutenção bastante simples, sendo laváveis com detergente neutro. Além disso, formulações especiais de compostos de PVC fornecem às lonas ótimo desempenho mecânico e versatilidade de acabamentos. A forma da superfície é obtida pelo equilíbrio das forças de tracionamento da membrana e dos apoios, definidos conforme as necessidades de cada tipo de cobertura. A força utilizada para o tracionamento depende das resistências intrínsecas da membrana, cuja espessura deve ser definida em projeto.
  • 23. O pré-tracionamento da membrana é feito por meio de cabos que são parte integrante do sistema estrutural de suporte. Esses tirantes são fixados no perímetro da membrana e se vinculam a pontos de apoio que podem ser fixados no solo, em edificações existentes ou em pilares estaiados, conforme o formato da cobertura. 2.7 Divisórias Internas O uso de divisórias leves no Brasil disseminou-se ainda na década de 60. Foi a melhor alternativa diante da exigência de maior flexibilidade dos espaços profissionais. Atualmente, é uma das soluções para os escritórios que desejam mudanças rápidas de layout. A atual necessidade de flexibilidade das atividades empresariais e institucionais, tornou comum a aplicação de divisórias leves para a composição de salas em escritórios comerciais e repartições públicas. Figura 10 – Divisória Interna de PVC Divulgação: Plástico Vipal A aplicação de perfis leves de PVC em substituição ao material convencionalmente usado é recente, mas a leveza e facilidade de instalação do PVC prometem rapidamente modificar o panorama dos escritórios. Leves e duráveis, as divisórias de PVC garantem bom isolamento acústico, acabamento perfeito e estabilidade estrutural. Os compostos de PVC são extrudados em forma de placas contínuas, as quais são cortadas nas medidas do sistema de divisórias. As chapas são formadas por duas faces lisas, distanciadas por elementos de ligação contínuos, formando câmaras justapostas, resultando em um perfil alveolar. O material apresenta resistência ao impacto, compatível com as solicitações comuns a esse tipo de utilização. As divisórias são resistentes à umidade, mofo e corrosão, imunes a cupins e não apresentam manchas pela ação do tempo. Permitem aplicações em diversos ambientes comerciais e industriais, escritórios, lojas, consultórios, farmácias, feiras, frigoríficos, closets, aeroportos, cozinhas, salões de beleza, academias, laboratórios de análises clínicas, restaurantes e hotéis, entre outros. De fácil aplicação, dispensam manutenção e pintura. Como fator de segurança as divisórias de PVC não propagam fogo e são auto-extingüíveis. A leveza dos perfis facilita a instalação e não sobrecarrega as estruturas. A face é impermeável e as divisórias podem ser utilizadas inclusive em áreas sujeitas a umidades ascendentes, pois não são ofendidos pela água.
  • 24. Os produtos são fabricados a partir de formulações que garantem a perenidade e conservação de suas propriedades em ambientes internos, são fáceis de limpar e geram sensação de conforto nas faces em contato com usuários. 2.8 Portas As primeiras portas com o material surgiram na década de 60 e eram de perfis extremamente robustos, característica alterada quando o material começou a ser desenvolvido nos Estados Unidos em perfis mais delgados. A durabilidade e a ausência de manutenção aliadas à estética e desempenho termo-acústico foram pontos fundamentais para a escolha do PVC como material para as esquadrias. Desde os anos 80, a comercialização das esquadrias de PVC vem crescendo e hoje, a maioria dos fabricantes americanos e europeus de esquadrias oferecem alternativas em PVC. O mesmo pode-se dizer da resistência em ambientes agressivos, como regiões litorâneas e cidades com alto índice de poluição, ou quando as esquadrias são instaladas em fachadas com grande incidência de luz solar. O PVC rígido tem elevada resistência química à maresia, cal, cimento e aos raios ultravioletas, entre outros agentes agressivos. Figura 11 – Porta de PVC Divulgação Plastico Vipal 2.9 Papel de Parede Largamente utilizado no Japão, EUA e Europa, o papel de parede é uma alternativa de acabamento de superfícies que pode substituir a pintura em imóveis novos e usados, durante toda a vida útil da edificação. Sua utilização é também recomendada nos casos em que os cronogramas de obra são apertados e a movimentação das equipes pelos andares e ambientes precisa ser limitada para que não sejam prejudicados serviços já realizados, como a colocação de pisos e demais detalhes de acabamentos, inclusive preservando portas e janelas dos respingos de tintas e esbarrões. O produto é especialmente indicado para obras novas e reformas onde se deseja ter rapidez da colocação, com a garantia de que os ambientes venham a ter um acabamento diferenciado e
  • 25. confortável, sem que isso implique em muito tempo de execução. Pode ser aplicado sobre qualquer tipo de superfície lisa e desempenada, em construções tradicionais de alvenaria com revestimento argamassado ou sobre paredes de gesso acartonado. O papel de parede tem sido muito utilizado em hotéis, flats, clínicas e edificações hospitalares, salas comerciais e áreas residenciais, em empreendimentos que aprenderam a reconhecer os ganhos de cronograma com a aplicação do produto. O custo do papel aplicado é semelhante ao de uma pintura, com a vantagem de dispensar as etapas de preparação como emassamento, lixamento e seladora. Surgido na China aproximadamente no ano 200 a.C, logo após a invenção do papel, o revestimento de papel para as paredes espalhou-se pela Europa no século XII, sendo que há exemplares desenhados com motivos religiosos que datam de 1418 e estão preservados na Royal Library em Bruxelas. A forma atual de comercialização, em rolos com padrões contínuos, surgiu em 1675, na França. Hoje em dia eles são feitos a partir de um tipo especial de papel duplex, cuja principal característica é sua resistência ao rasgamento. Sobre ele, aplicam-se impressões em tinta vinílica ou acrílica, com os mais diversos tipos de desenhos, na maioria das vezes em tons pastéis. Assim oferecidos ao mercado têm garantia de qualidade por no mínimo três anos e podem durar mais. Segundo os fabricantes, esse tempo corresponde à vida útil do acabamento em tinta imobiliária. Para garantir maior longevidade e maior competitividade surgiram os papéis de parede do tipo vinílico. Vários fabricantes em todo o mundo desenvolveram essa alternativa de papéis recobertos com uma laca de PVC transparente que preserva melhor o papel, dobrando a vida útil do material. Estes são indicados para ambientes cuja utilização é mais intensa como hotéis, hospitais e escritórios e torna-se muito adequado ao uso residencial, onde tendem a ser ainda maiores os cuidados de manutenção e limpeza em salas, dormitórios e lavabos. Figura 12 – Papel de parede com PVC Divulgação Bobinex A nova safra de hotéis e flats, para revestimentos de banheiros e corredores, tem preferido ainda uma terceira alternativa: o papel de parede composto por um tecido impregnado em uma matriz de PVC, um produto de alta durabilidade e indicado para locais de alta circulação. No mercado podem ser encontrados produtos de base papel e base tecido, revestidos ou impregnados com PVC, em dimensões, cores e padronagem variada. São fornecidos em rolos com larguras de até 1,30 m e até 50 m de comprimento. Podem ser combinados com borders
  • 26. (rolos de menor largura que compõem acabamentos coordenados), fabricados da mesma maneira. Os papéis de parede vinílicos base papel, são compostos de um tipo especial de papel duplex com alta resistência ao rasgamento. Antes de receber os motivos decorativos em impressoras gráficas comuns, os papéis duplex são recobertos com uma laca de PVC transparente que preserva melhor as qualidades do produto. Já os papéis de parede vinílicos base tecido, são produzidos a partir de uma base de tela de algodão impregnada em uma matriz de PVC. A durabilidade do material é alta, podendo passar dos 10 anos, sendo especialmente destinado a áreas de grande circulação, que possam receber limpeza intensiva com preservação total do revestimento. Tanto os papéis de parede vinílicos com base papel ou com base tecido têm fácil conservação com pano úmido, não desbotam e mantêm-se estáveis, com durabilidade compatível com a vida útil dos ambientes. Esses sistemas têm progressivamente conquistado mercado por apresentarem alta praticidade, no que diz respeito à facilidade e rapidez na instalação, beleza, durabilidade, baixa manutenção e um preço altamente competitivo. 2.10 Pisos Os pisos vinílicos são uma alternativa rápida e prática para aplicações em obras novas e na renovação de ambientes. Oferecidos ao mercado em placas ou em mantas, têm como principais características o conforto ambiental que conferem aos espaços e o fato de serem reconhecidos como "pisos quentes", com as mesmas facilidades de manutenção oferecidas pelos revestimentos indicados para áreas frias ou molhadas. Lançados no Brasil na década de 60, os pisos vinílicos logo ganharam a atenção e admiração dos consumidores. Tornaram-se solução ideal para renovação do revestimento em áreas domésticas, e espaço em ambientes públicos, escritórios, hospitais, clínicas, escolas e universidades com soluções apropriadas ao tráfego intenso de pessoas. Houve também muita evolução, com o lançamento de linhas mais sofisticadas, revestimentos em mantas contínuas, carpetes e placas com diversas espessuras, especificações e acabamentos. Figura 13 – Pisos Vinílicos Divulgação Fademac Hoje, é possível especificar pisos vinílicos para qualquer tipo de ambiente corporativo, bem como os segmentos da saúde, educação, varejo, institucional e residencial que exijam uma solução confortável, rápida e econômica, de instalação, manutenção e limpeza facilitada.
  • 27. A evolução da tecnologia proporcionou desde o desenvolvimento de soluções econômicas até a sofisticação de pisos monolíticos, mantas de 2m de largura fundidas entre si, com características antiderrapantes e absorção de impacto, adequadas a ambientes requintados em que a estética, a segurança contra o escorregamento e o conforto acústico é essenciais. Os diferentes tipos de pisos vinílicos proporcionam isolamento acústico, são antiderrapantes, antiestéticos e condutivos, o que lhes permitem responder às mais sofisticadas exigências dos projetistas. A indústria oferece muitas opções de design de acabamento, inclusive com cores, desenhos e padrões diferenciados. Os pisos são composições de PVC, e os mais sofisticados são elaborados a partir da combinação de camadas de PVC expandido, filmes coloridos e mantas de PVC transparente, que conferem ao revestimento qualidades de conforto ao toque e absorção de som e impactos. O produto combina estabilidade térmica elevada, propriedades mecânicas de resistência á abrasão, impacto e atenuação de ruídos. Os produtos são auto-extingüíveis na presença de chamas e suas formulações garantem perenidade e conservação de suas propriedades estéticas em ambientes internos. 2.11 Persiana Interna Opção à utilização de tecidos para a vedação e controle de luminosidade nos ambientes dotados de janelas, as persianas substituem as tradicionais cortinas de pano, com vantagens pela facilidade de limpeza, custo e manutenção, além da possibilidade de se controlar a intensidade de luz nos ambientes. Inicialmente foram oferecidas em modelos horizontais e em lâminas metálicas, com mecanismos acionados por cordões que regulavam as operações de abertura e fechamento, bem como de recolhimento parcial ou completo. A primeira evolução foi o surgimento dos modelos verticais, em lâminas de tecidos ou ainda metálicas. Com o desenvolvimento tecnológico, os perfis de PVC evoluíram e começaram a agregar diversos tipos de formatos e acabamentos. Esta evolução possibilitou que perfis de PVC passassem a compor sistemas de persianas, agregando aos produtos as vantagens inerentes da matéria-prima PVC. O PVC é uma ótima solução na aplicação em persianas. Os perfis de PVC podem ser fabricados em diversos tipos de acabamento e formato, tanto para modelos horizontais ou verticais, contribuindo com a decoração e leveza dos ambientes. Figura 14 – Persiana Interna feita de PVC
  • 28. Divulgação Novos Industries 2.12 Persiana Externa As persianas de enrolar tornaram-se comuns nas décadas de 50 e 60. Atualmente, são componentes sofisticados que harmonizam as esquadrias à decoração do ambiente. As persianas de PVC surgiram há alguns anos como um produto alternativo para as persianas convencionais de enrolar que protegiam as esquadrias do lado de fora das janelas. E, pouco a pouco, tornaram-se uma solução padronizada, em composições que independem da matériaprima da caixilharia original. Atualmente, as persianas ganharam em sofisticação. Pequenos motores elétricos cilíndricos facilitam o trabalho de subir ou descer as persianas. As tiras (perfis) de PVC possuem encaixes precisos, apresentando, em conjunto com as esquadrias de PVC, um ótimo desempenho e acabamento além de contribuir para a estética e decoração do ambiente. Figura 15 – Persiana Externa Foto Carlos Gueller As persianas de PVC são resistentes aos raios UV e às variações das condições de tempo. De instalação e manutenção simplificadas contribuem para o isolamento termo acústico e funcionam como um bom filtro para abaixar a influência dos raios solares sobre as janelas, gerando conforto térmico e luminosidade variável no ambiente.
  • 29. As operações de recolhimento ou fechamento da persiana são silenciosas e podem ser realizados tanto com sistemas tradicionais, com a ajuda de fitas de tecido resistente (sistema semelhante ao dos cintos de segurança dos automóveis) ou por motores, sem possibilidades de "engasgar" ou "travar" no meio do curso de deslizamento. O produto é especialmente fabricado para resistir a impactos e ao intemperismo, garantindo, ao mesmo tempo, elevado desempenho mecânico e ótimo acabamento. Além disso, as persianas externas de PVC também permitem a ventilação do ambiente interno. 2.13 Piscinas Solução de rápida instalação e manutenção simplificada, as piscinas de PVC são ideais para formatos complexos e grandes dimensões, trazendo acabamento e impermeabilização. Clubes, hotéis, academias e residências usufruem deste sistema tão difundido no Brasil e no mundo. Figura 16 – Piscina feita a PVC Divulgação Sibrape A imagem que o mercado tem de que construir uma piscina diretamente no solo ou sobre lajes é uma atitude de risco, deixa de ser verdade com a utilização do PVC. O medo dos vazamentos e de obras custosas, demoradas e complexas para a execução de uma piscina realmente desestimulava consumidores brasileiros a se aventurarem, como fazem os norteamericanos e europeus. Inúmeros casos de problemas de infiltrações nas garagens de edifícios reforçavam também essa imagem e levavam consumidores e condomínios a resistirem à iniciativa. Com o advento das piscinas de vinil, esses argumentos deixam de existir. Hoje, estima-se que cerca de 1/3 das piscinas construídas no país já incorporam o sistema de bolsão de vinil, com a vantagem inegável de a impermeabilização ser aparente e realizada pelo próprio material de revestimento, ao contrário de outras técnicas convencionais de construção, cujos revestimentos se sobrepõem à camada de mantas de impermeabilização e acabam mascarando defeitos ou eventuais aplicações deficientes dos produtos de impermeabilização.
  • 30. Piscina sempre foi um adereço das casas e palácios mais luxuosos da história e do mundo. Virou sinônimo de sofisticação e mesmo no Brasil, até poucos anos, casa com piscina era um diferencial do estilo de morar. Os esportes aquáticos,popularizaram-se, assim como a piscina particular tornou-se mais um elemento de lazer a ser considerado na construção de um imóvel, seja ele um condomínio de apartamentos, casas ou clubes. Os Estados Unidos são o país que mais constrói piscinas no mundo, mesmo tendo períodos longos e rigorosos de frio. O Brasil já ocupa o segundo lugar no ranking internacional, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes e Construtores de Piscinas e Produtos Afins (ANAPP). Os números ainda estão distantes, 11 milhões de piscinas instaladas em terras norte-americanas contra cerca de 1,3 milhão no Brasil. Mas não há dúvidas que o potencial nacional é grande. Nos últimos anos, a construção e instalação de piscinas deixaram de representar um custo significativo nas planilhas de custos das obras. Graças à introdução e disseminação de metodologias construtivas absolutamente simples, econômicas e funcionais, com o uso da tecnologia de mantas de PVC moldadas em bolsões monoblocos que resolvem, de uma vez por todas, as duas etapas mais complicadas dos projetos de piscinas: o revestimento e a impermeabilização. Uma das utilizações que tem se tornado comum é a aplicação dos bolsões em piscinas construídas por métodos tradicionais e que não conseguem solucionar os problemas de vazamentos. O maior ganho das piscinas de vinil está no sistema construtivo. Antigamente, a doutrina de construção de piscinas era partir para uma estrutura autoportante de concreto, independente da contenção natural do terreno. As piscinas eram construídas para serem esvaziadas em procedimentos de limpeza mais radicais e, mesmo assim, sustentarem a pressão externa do solo. Ou, ao contrário, para suportar até mesmo o desterro em suas laterais, com pressão de água total. A evolução dos sistemas de tratamento de água e limpeza subaquática, permite que as soluções estruturais de piscinas sejam muito mais simples e não necessitem mais de paredes de arrimo autoportante. Soldados ainda na indústria, exatamente no formato do contorno do muro de alvenaria construída, os bolsões de vinil chegam às obras prontos para serem instalados em espessuras adequadas às dimensões e a eventuais sistemas de aquecimento, em padronagens variadas, inclusive com combinações de barrados e fundos diferenciados. As piscinas de vinil são fornecidas prontas, no formato definido pelo projeto e prontas para receber a água. As soldas são feitas na indústria, com total precisão e qualidade assegurada por sistema eletrônico de aferição. As espessuras mais comuns na fabricação das mantas de PVC para piscinas são de 0,6 mm ou 0,8 mm. Mas a indústria está preparada para desenvolver revestimentos de piscina em qualquer formato, até mesmo para grandes dimensões. 2.14 Deck
  • 31. A construção de um deck às margens da piscina ou junto a áreas de descanso e lazer externas é um detalhe de arquitetura ou paisagismo cuja solução nem sempre consegue satisfazer os usuários. Os materiais convencionais ficam sujeitos sempre à ação de microrganismos pelos ciclos de umidade e aquecimento e, para proteção, exigem processos permanentes de pintura ou vernizes. Os decks são comuns principalmente nas residências do hemisfério norte, pois as áreas externas são muito valorizadas e seus revestimentos devem resistir a grandes variações de temperatura e umidade. O deck de PVC apresenta-se como uma alternativa muito conveniente para esta aplicação, pois alia as mesmas características das instalações tradicionais à facilidade de instalação e conservação. A estruturação dos perfis de PVC forma dentes e canais sob a capa de acabamento que permitem a respiração da instalação, o escoamento da água e a evaporação da umidade do substrato. Os cantos dos perfis do deck são geralmente boleados (arredondados) nas laterais, contribuindo com o rápido escoamento da água e impedindo qualquer possibilidade de empoçamento de água que prejudique a utilização do espaço. Nas extremidades, recomendase a utilização de perfis de acabamento, de modo a dar um perfeito arremate da estrutura do deck em seu ambiente de instalação e para garanti-la uniformidade estética. Figura 17 – Deck Divulgação Madex O produto combina estabilidade térmica elevada às propriedades mecânicas de resistência ao impacto. São utilizados em qualquer tipo de área, principalmente nas sujeitas a umidades ascendentes, pois não são ofendidos pela água ou pelo ataque de microrganismos (apodrecimento). Além disso, como os perfis de PVC também não absorvem água, o deck não fica sujeito aos ciclos de inchamento e contração, afastando qualquer possibilidade dos perfis sofrerem deformação em virtude da umidade. Os produtos são auto-extingüíveis e suas formulações garantem perenidade e conservação de suas propriedades estéticas em ambientes internos ou externos, pois resistem à ação do intemperismo. São fáceis de limpar e não dão sensação de aquecimento ou frio na superfície de contato com os usuários, devido à baixa absorção de calor. Os decks são oferecidos em diversos tipos de cores pastéis, geralmente branca, gelo e bege. Atualmente, os perfis de deck disponíveis apresentam larguras que variam de 13 a 16cm.
  • 32. Geralmente são fornecidos em barras com 3m de comprimento, sendo que há possibilidade de comprimentos maiores, desde que respeitados os limites de transporte. 2.15 Rufo A proteção de elementos da cobertura das edificações, bem como a estanqueidade das juntas construtivas exigem a instalação de rufos, um sistema que desempenha duas funções básicas: afastar a possibilidade de infiltração de água nos pontos de encontro de diferentes superfícies ou encimar platibandas e muros, dotando-os de convenientes pingadeiras que evitam o escorrimento e as manchas nas fachadas e demais superfícies. Figura 18 – Exemplo de Rufo Divulgação Madex Os rufos de PVC chegam a este mercado, até então dominado unicamente pelas chapas metálicas, em padrões usuais, permitindo também que os cortes possam acomodar a especificidade de cada construção. São vários os argumentos para a introdução do PVC nesses sistemas, mas o principal é a durabilidade - já que não há possibilidade de corrosão das peças, mesmo após muitos anos de utilização. O material também confere segurança e versatilidade de manipulação. Mais leve e resistente, possui ótima rigidez para transporte e fixação e facilita a operação de cortar e emendar por junções estanques de encaixe.
  • 33. Os Rufos de PVC são fabricados na cor cinza, em perfis típicos para as aplicações mais comuns. Existem basicamente dois tipos:  Rufo externo - fixado à parede limítrofe do telhado ou quando é necessário envolver a chaminé ou outro elemento construtivo que atravesse o telhado.  Rufo Pingadeira - também conhecido como capa de muro, instalado "à cavalo" sobre os elementos. O produto já vem moldado conforme o local de aplicação e pode ser cortado nas medidas encontradas nas obras. Os rufos têm grande durabilidade, resistem às intempéries e à radiação solar e são fixados facilmente na própria argamassa de revestimento. 2.16 Sidings O Siding é um tipo de revestimento que se tornou conhecido pela tradição norte-americana de proteger suas habitações com peças de madeira horizontais sobrepostas, fixadas diretamente na superfície externa. Com a evolução da tecnologia do PVC, os sidings passaram a ser também produzidos em PVC. Com isso, a tradição incorporou tecnologia e durabilidade, sendo hoje a opção preferida nas edificações residenciais nos EUA e Canadá pela praticidade do PVC e sua facilidade de instalação. Os primeiros sidings de PVC foram produzidos no final dos anos 60 nos Estados Unidos. Era a busca de uma opção às tábuas de madeira que tradicionalmente protegiam externamente as residências e que se tornaram uma das características mais fortes das chamadas "casas americanas". O Siding de PVC surgiu como alternativa de revestimento externo no Brasil recentemente. Tem-se disseminado a partir do maior conhecimento dos construtores brasileiros acerca do produto e da introdução no país das técnicas de construção seca, comuns em todo o mundo. É fabricado e oferecido ao mercado em padrões semelhantes aos que estão disponíveis nos EUA e Canadá. O produto é fornecido no Brasil em três tipos de perfis (lâminas): • Duas ondas arredondadas (mais comum); • Duas ondas facetadas; • Uma onda longa, friso arredondado (estilo colonial). O siding de PVC é fixado diretamente sobre a parede externa com pregos ou parafusos (se estiverem niveladas) ou sobre ripas ou sarrafos de madeira previamente pregados sobre as superfícies. Figura 19 – Exemplos de casa com o esquema Siding
  • 34. Divulgação Madex O produto é especialmente formulado para resistir ao intemperismo e oferecer alta resistência aos impactos. São fornecidos em cores pastéis como gelo, cinza, marfim e azul claro, mantendo-se estáveis durante toda a vida útil da edificação. A alta resistência química do PVC também proporciona ao siding alta resistência a ataques químicos de outros materiais comumente presentes em obras. As aplicações do siding de PVC reduzem em até 70% o tempo de trabalho no acabamento das superfícies externas às edificações, se comparado com os sistemas de pintura. Fácil de montar, recortar e encaixar, o produto é leve e não sobrecarrega estruturas e fundações. A superfície regular e plana do produto, além do sistema de encaixe perfeito das réguas, faz com que a aplicação garanta seu próprio alinhamento. O acabamento é texturizado, semelhante à madeira e podem ser aplicados em faixas horizontais ou verticais, criando condições para um melhor isolamento térmico e acústico das residências. Em caso de reformas, o reaproveitamento é quase total (mais de 90%), segundo os fabricantes, sendo descartadas apenas as peças especialmente serradas para determinadas especificidades da edificação. Peças complementares como perfis de fixação, acabamentos para cantos, portas e janelas, peças especiais para forros de beirais também são fornecidas juntamente com os sidings para facilitar a instalação e proporcionar um perfeito acabamento dos perfis. 2.15 Tubos, Conexões e Dutos de transporte de água e esgoto Os tubos representam a maior aplicação do PVC, sendo responsável por cerca de 27% de todos os produtos de PVC fabricados na Europa. No Brasil, os tubos representam entre 35% e 40% do volume do PVC. Os tubos de PVC atendem às solicitações técnicas mais diversas e que o tornam apto para a confecção, desde calhas e rufos até tubulações para água e esgoto. Em projetos específicos podem ser feitos materiais arredondados, quadrados ou retangulares sem qualquer problema. A fabricação dos tubos pelo processo de extrusão permite a obtenção de tubos longos, o que diminui a necessidade de juntas e, consequentemente, de riscos de vazamentos, além de diminuir o custo da obra. Os tubos também possuem grande resistência química, podendo ser colocados próximos a outros tubos, transportando outros materiais. Figura 20 – Tubos de PVC
  • 35. Fonte: Schedule Tubos de PVC Os tubos e conexões de PVC rígido utilizados nas redes públicas de esgoto são produzidos de acordo com a NBR 7362. Estão disponíveis no mercado na cor ocre, em diâmetros de 110 a 400 mm, em tubos de 6 metros. Produzidos para trabalhar como conduto livre (pressão atmosférica), possuem baixa rugosidade e excelente desempenho hidráulico. Como consequência, as escavações podem ser menos profundas devido às menores declividades, o que reduz o tempo de obra e os custos totais das instalações. São fornecidos em tubos com ponta e bolsa, com junta elástica integrada que agiliza as conexões e contribuem para a redução do tempo e custo das obras, com garantia de estanqueidade. Há também tubulações com paredes externas corrugadas, quando os projetos assim exigirem. Esgoto sanitário As tubulações de PVC são as mais utilizadas para instalações de esgotos em residências, condomínios, residenciais e comerciais e em todas as tipologias de edificações institucionais, comerciais e industriais. Performance aliada a baixo custo e facilidade de instalação e conexão conquistou a preferência dos instaladores, substituindo quase que totalmente as antigas tubulações de outros materiais metálicos ou manilhas de barro. Mesmo diante da introdução de novas tecnologias construtivas como o dry-wall, a liderança do PVC nos esgotos é inconteste, tendo a indústria desenvolvido adaptadores e bocais de saída também para este tipo de instalação. O uso do PVC como matéria-prima na produção de tubos e conexões para esgoto data da década de 50. O melhor e permanente desempenho hidráulico logo foi percebido como vantagem importante sobre os materiais que tradicionalmente eram utilizados em tubulações e os sistemas desenvolvidos para a conexão das peças como curvas, luvas, tês, caixas de gordura, fossas sépticas, sumidouros, garantem a estanqueidade total para a condução de águas contaminadas ou mesmo para sistemas de drenagem da água de chuva. As tubulações de esgoto de PVC responderam antigas reivindicações dos técnicos no sentido de racionalizar os processos de instalação, com a não necessidade de embolsamento das juntas, sem contar a facilidade de se trabalhar com tubulações com simples encaixe colado ou com juntas elásticas, onde os encaixes são feitos com anéis de borracha para vedação completa, quando a tubulação exige flexibilidade e acesso. A qualidade garantida dos tubos de PVC e os sistemas de conexão rápida com adesivo ou com juntas elásticas com anéis de borracha, quando executados da forma recomendada pelos fabricantes, provocaram uma mudança radical nos processos de trabalho nas obras, bem como
  • 36. no treinamento dos instaladores, que hoje dominam totalmente a técnica e os sistemas de PVC. Hoje a indústria de tubos e conexões de PVC é uma das mais organizadas do país, em termos de desenvolvimento tecnológico e parâmetros técnicos de desempenho, sendo o Programa Setorial da Qualidade dos tubos e conexões de PVC a primeira iniciativa da indústria fornecedora da construção em busca da redução da não conformidade dos produtos. A normalização setorial é grande influenciadora na fabricação de tubos e conexões de PVC, estabelecendo as características técnicas dos produtos e os requisitos de desempenho esperados. As tubulações de PVC para esgotos são fornecidas em três linhas de produtos: Linha Branca – normal Destinada a instalações prediais comuns. A cor caracteriza os produtos soldáveis (cola) ou com encaixes com anéis de borracha - junta de vedação colocada em uma depressão junto à saída das conexões. Os diâmetros podem variar de 40 a 150 milímetros e os dutos devem trabalhar com conduto livre, sem pressão além da pressão atmosférica. Os tubos são fornecidos em barras de 3 ou 6 m e já vêm com ponta e bolsa soldável. Existem várias conexões da linha branca, tais como reduções, buchas, curvas, válvulas de retenção, soldáveis por adesivo especial ou juntas elásticas (anel de borracha) além de adaptadores para saída de louças sanitárias de diversos diâmetros. Linha Bege – reforçada As tubulações de PVC para esgoto da cor bege são indicadas para instalações de esgoto que exigem maior resistência mecânica dos tubos (por exemplo em edificações com mais de 4 pavimentos). São fornecidos nos diâmetros (de 40 a 200 mm) e podem ser encontrados em barras de 3 ou 6 m, com ponta e bolsa nas pontas. As conexões também são totalmente de PVC da mesma cor e podem conduzir os despejos líquidos em temperatura de até 70 C, enquanto a linha normal suporta até 45 C. Além dos dutos e das conexões, os sistemas de esgotos oferecem peças do tipo ralos simples e sifonados, grelhas, caixas e tampos, ou seja, tudo para compor toda a rede e os pontos de coleta. 2.16 Fios e Cabos As características especiais da resina de PVC, tais como, propriedades isolantes, mecânicas e resistência ao fogo, baixo índice de flamabilidade e emissão de fumaça, fazem do PVC o material mais utilizado e o plástico de referência na indústria de recobrimento de fios e cabos elétricos. No Brasil, o setor de fios e cabos representou cerca de 7% da demanda total de resina de PVC em 2004, aproximadamente 47.000 t. 2.17 Arquitetura e design
  • 37. O PVC é um material extremamente versátil e adaptável às especificações mais modernas e aos designs mais sofisticados e futuristas. Arquitetos mais ousados frequentemente procuram o PVC em sua busca por produtos inovadores como solução aos novos desafios da construção civil. Desde o uso, por exemplo, das coberturas flexíveis revestidas de PVC que fornecem um ambiente repleto de ar e iluminação, até os sistemas modernos de reposição das janelas em projetos de restauração. Figura 21 – Casas com janelas e portas de PVC Fonte: Anúncios Abc classes Veja algumas aprovações de arquitetos e designer quanto ao uso de PVC: “A arquitetura hoteleira exige projetos equilibrados na forma e de baixo custo de manutenção. As esquadrias em PVC projetadas para Costa do Sauípe (BA), com 1650 apartamentos, atingiram alto grau de satisfação pela sua beleza aliada à funcionalidade de baixa manutenção, necessária devido à agressiva intempérie de ventos salitrosos existentes em toda costa.” André Sá, arquiteto - André Sá e Francisco Mota Arquitetos, Salvador – Bahia Figura 22 - Estádio Le Stade de France, em Saint-Denis “Neste projeto, onde havia o desafio de cobrir cerca de 60.000 m2 do teto elíptico do Le Stade de France, em Saint-Denis (onde foi realizada a final da Copa do Mundo de 1998), o PVC foi o material que atendeu às rígidas especificações, reunindo ainda beleza, resistência e leveza.” Macary, Zublèna, Regenbal e Costantini, arquitetos responsáveis pelo projeto, Paris – França “O PVC nos possibilita criar uma cadeira cujo conceito é a desconstrução de transparências. Sua maleabilidade e resistência dão liberdade para gerar estofados e outras peças a partir de mangueiras de água para jardim.” Irmãos Campana, designers - Studio Campana, São Paulo - São Paulo
  • 38. “O PVC é versátil, flexível e tem ótima soldabilidade, coisas que outros materiais não permitem, necessitando de colagem, costuras e outras formas que demandam tempo. O PVC também oferece grandes variações de malha, de plasticidade e translucidez.” Nelson Fiedler, engenheiro e designer do Cidade do Rock, Rock in Rio - Rio de Janeiro “A ampliação do campo de utilização do PVC na construção civil brasileira poderá significar o pulo do gato em termos de avanço em qualidade, custos e riquezas de soluções. Uma infinidade de aplicações estará à nossa disposição, dependendo somente do esforço conjunto da indústria do PVC e, nós mesmos, arquitetos e engenheiros. Será um passo a mais a nos afastar do estágio de pré-história que poderá trazer impactantes conquistas sociais.” Marcelo C. Ferraz, arquiteto - Escritório Brasil Arquitetura, São Paulo – SP 3. O PVC e a economia na construção civil O PVC, é o termoplástico mais utilizado na construção civil: da produção total, 65% é destinado para o setor, pois nenhum outro material plástico tem permanecido por tanto tempo na construção como o PVC. Como exemplo, ainda se pode encontrar, na Alemanha, tubos de PVC em serviço há mais de 60 anos, sem apresentar qualquer tipo de problema aos usuários. Uma análise comparativa da estrutura do consumo mundial com a estrutura do consumo brasileiro, demonstra uma segmentação bastante similar do uso do PVC nos diferentes mercados, conforme apresentado nos gráficos abaixo: Figura 23 - Estrutura do consumo mundial de PVC (%) - 2004 Fonte: American Plastics Council
  • 39. Figura 24 - Estrutura do consumo brasileiro de PVC (%) - 2004 Fonte: Instituto do PVC O potencial de crescimento do mercado de PVC no Brasil é significativo se compararmos o consumo per capita em relação ao mercado internacional. Figura 25 - Consumo per capita de PVC - 2004 Fonte: Instituto do PVC A diferença entre o consumo per capita nas regiões desenvolvidas e nas regiões em desenvolvimento é enorme devido, basicamente, aos reduzidos níveis de universalização dos setores de habitação e Saneamento Básico. Ao longo dos anos, as aplicações de PVC rígido aumentaram significativamente nos EUA, Canadá e Europa Ocidental, contribuindo muito para este elevado "consumo per capita" do PVC. É necessário enfatizar que o crescimento acelerado das aplicações de PVC rígido reflete a durabilidade, facilidade de instalação e baixo nível de manutenção de seus produtos, que por estas razões, ganharam mercado de seus concorrentes. Algumas aplicações ainda têm enorme
  • 40. potencial de crescimento por estarem em fase de desenvolvimento de mercado, como por exemplo, os sidings, janelas, cercas, decks, etc. Um estudo realizado pelo The Vinyl lnstitute sobre os custos e benefícios de vários materiais de construção, demonstrou que o PVC é mais econômico e durável do que alumínio, madeira, alvenaria e cerâmica. Entretanto, verifica-se que o consumo aparente de PVC no Brasil, em relação às demais resinas termoplásticas, não apresentou aumento significativo e, nos últimos anos, situou-se na faixa de 16% a 18%. Figura 26 - Consumo aparente de PVC em relação aos demais termoplásticos Fonte: ABIQUIM/Coplast 3.1 Consumo do PVC nos materiais para construção civil 3.1.1 Forros de PVC A utilização de forros de PVC é uma especialidade brasileira e, embora tenha um desenvolvimento relativamente recente, este mercado já responde por 60.000 t/ano, representando cerca de 9,0% da demanda total de PVC no Brasil. A maior utilização de forros está concentrada na região sul do país. Podemos ainda assinalar que há uma tendência marcante, por parte dos profissionais e consumidores de forros de PVC, em sua utilização nas áreas "molhadas" (despensas, banheiros, sacadas e cozinhas), em comparação com outros materiais. No mercado brasileiro, os forros de PVC competem com outros materiais, podendo-se destacar o gesso e a madeira, e sua participação relativa no mercado brasileiro é apresentada a seguir: Tabela 1 – Mercado brasileiro de forros
  • 41. Fonte: Instituto do PVC Ressalta-se a importante posição relativa do uso do PVC em reformas, devido a sua praticidade, menor tempo de execução e o seu sistema de operação. O forro de PVC é utilizado em menor escala em novas construções devido, principalmente, à dificuldade de dispor de mão-de-obra preparada, já acostumada à utilização de gesso. Convém ressaltar que os consumidores brasileiros ainda discriminam o forro de PVC, considerando-o como material menos nobre e adequado apenas a áreas como cozinha, banheiro e lavanderia. Em construções de alto valor intrínseco, o forro de PVC é pouco utilizado em função do preconceito. Por outro lado, em construções mais simples, o forro de PVC ocupa lugar nas áreas mais nobres. A estimativa de crescimento para os próximos anos indica uma taxa média da demanda entre 9,0% e 10,0%/ano, valores estes superiores à taxa estimada de crescimento da demanda total PVC no país. 3.1.2. - Tubos e conexões de PVC A capacidade de garantir um suprimento confiável e adequado de água para a população é um desafio constante das redes de abastecimento de água de diversas cidades e municípios. Tubulações frágeis, envelhecidas, corroídas, podem causar sérios problemas à saúde da população, assim como gerar a necessidade de elevados recursos financeiros para reparar os sistemas danificados. Vários tipos de materiais ainda são usados em diferentes regiões/países, podendo-se destacar: PVC, PE, ferro e concreto, os quais representam a maior parte dos materiais em uso no mercado internacional. Entretanto, tubos metálicos e de concreto são os mais susceptíveis à corrosão e contaminação bacteriológica. Em consequência, a tubulação de PVC é recomendada pela maior parte das empresas de água e esgoto sanitário e firmas de consultaria na rede de distribuição de água e em países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Por outro lado, a disseminação do uso do PVC em sistemas de água e esgoto e a gradual eliminação do uso de outros materiais, reduziram significativamente os custos anuais de manutenção das redes de abastecimento, como também seus custos operacionais (redução dos custos de bombeamento devido ao menor atrito dos tubos de PVC). Além disso, os tubos de PVC são inerentemente imunes à corrosão externa e interna. Mesmo os produtos químicos gerados em esgoto sanitário não afetam os tubos de PVC. O PVC ainda detém, no mercado mundial, uma participação de 83% do mercado de tubos, seguido do PEAD (14%) e demais resinas, PP e ABS (3%). Um artigo publicado pelo Plastics Pipe lnstitute, por Michel Ball, em outubro de 2002, demonstrou claramente os motivos pelos quais o PVC manterá a liderança nesse mercado:
  • 42.  Resistência a Tração: 2,5 vezes superior ao PEAD. O PEAD necessita de uma espessura maior para alcançar a mesma capacidade de pressão do PVC;  Hidráulica: o tubo de PVC tem um diâmetro interno maior, o que resulta em menor custo de bombeamento e maior capacidade do fluxo de água;  Instalação: a gaxeta do tubo de PVC é mais simples de instalar;  Expansão e Contração: o PVC acomoda expansão e contração a cada 20 ft da gaxeta;  Padrões: produtos de PVC padrões requerem um teste de pressão em cada parte de tubulação. A utilização do PVC em tubos de água no Brasil é bastante significativa, ultrapassando 95% nos diversos diâmetros, exceto aqueles com diâmetros superiores a 300 mm, cuja utilização ainda não é relevante (< 1,0%). Os gráficos a seguir demostram a participação do PVC no mercado brasileiro, em diversos setores de atividade: Figura 27 – PVC em tubos de esgotos, agua e eletrodutos Fonte: Instituto do PVC A evolução histórica da demanda de tubos e conexões de PVC no período 1989/2004, demonstrou uma taxa média de crescimento de 2,00%/ano. Ressalte-se que a partir de 1994, com a implantação do Plano Real, o aumento foi mais acentuado, ou seja, entre 1993 e 1998 o consumo de PVC cresceu a uma taxa média anual de 11,5%, ocorrendo grande salto em 1994,
  • 43. quando cresceu 24,4% sobre 1993. Entretanto, após 1999 houve uma redução significativa na demanda, devido principalmente à Lei de Responsabilidade Fiscal, redução do nível de investimento do Governo Federal e redução do nível da atividade econômica. Figura 28 – Evolução da demanda de tubos e conexões de PVC no Brasil Fonte: Instituto do PVC Uma pesquisa conduzida pelo Instituto do PVC junto a diversos órgãos e associações de classe, governo, empresas de segunda e terceira geração e empresas do setor de construção, saneamento e irrigação, permite concluir: O PVC é o material com maior potencial de crescimento no setor de água, esgoto sanitário e irrigação; Existe a possibilidade de deslocamento parcial do PVC pelo PE (15-20%) no setor de águas, principalmente nas conexões de redes e residenciais; As Parceiras Público-Privadas (PPP) são de fundamental importância para o setor de infraestrutura; Por razões políticas, a questão da água é prioritária em relação ao esgoto, apesar das enormes discrepâncias observadas; Haverá, sempre, uma defasagem de cerca de 2 (dois) anos entre o início do processo e a realização dos investimentos que serão aplicados ao longo do período de concessão; A prioridade atual das empresas de saneamento não privatizadas é a eliminação do desperdício de água, que atinge níveis alarmantes (45%). 3.1.3 Sidings e perfis Embora esta aplicação represente cerca de 45% do mercado nos Estados Unidos, no Brasil o seu uso ainda é incipiente, representando menos de 1,0% do mercado. Trata-se, porém, de uma aplicação com grande potencial de crescimento em função não só de seu custo, como também de outros aspectos que devem ser considerados quando se investe em uma construção, ou seja: durabilidade, praticidade, segurança e manutenção.
  • 44. As razões que vêm limitando o crescimento desse mercado são culturais e sua mudança exigirá um forte e contínuo esforço de marketing. Os sidings de PVC têm uma participação de mercado, em caso de reformas, superior a 50% do mercado total. Devemos destacar a importância dos Perfis de PVC pois, embora se tratando de um detalhe, determina a aparência e o acabamento perfeito dos pisos e paredes revestidos com peças cerâmicas, papel de parede, quinas de revestimento argamassados e juntas de dilatação em áreas cimentadas. São os perfis de acabamento em PVC, disponibilizados há alguns anos no mercado nacional, que se integraram aos procedimentos de vários construtores preocupados com a estética do acabamento dos revestimentos e, sobretudo, em garantir as perfeitas condições dos cantos, quinas, bordas e a aparência da obra durante toda a sua vida útil. Mesmo sob as mais agressivas condições de execução das obras, os perfis de acabamento em PVC não são atacados por outros elementos como: cal, cimento e outras argamassas, mantendo suas características originais ao longo do tempo. Os perfis servem de guias para o posicionamento e nivelamento das peças cerâmicas e podem ser utilizados também como referência para a definição da espessura das argamassas. Aplicados sobre a alvenaria, nos cantos e arestas vivas dos revestimentos ou em quinas de pisos e degraus de escadas, facilitam a aplicação dos demais produtos, exatamente nos pontos mais críticos. 3.1.4 Fios e cabos A projeção do crescimento de 4,0%/ano no mercado americano de fios e cabos, no período 2005/2008, assinala uma significativa melhora em relação ao desempenho verificado no início de 2000, quando o declínio da demanda foi causado pelo reduzido nível de investimentos em tecnologia. O crescimento da produção de veículos poderá também alavancar a demanda de fios e cabos, assim como aumentar o investimento no setor. Adicionalmente, são esperados novos investimentos no setor de construção, gerando novas oportunidades aos seus fabricantes. A indústria de fios e cabos foi afetada pela recessão americana, a qual reduziu significativamente a fabricação de produtos finais, como por exemplo, equipamentos de comunicação e motores de veículos. Além do mais, o segmento de fibra ótica foi muito prejudicado pelo excesso de capacidade incremental das fábricas em 1999 e 2000. Estimativas indicam que a demanda de fios e cabos de fibra ótica irá se recuperar e oferecer serviços de alta velocidade com grande disponibilidade, superando o nível de oferta e criando novas oportunidades no mercado. Por outro lado, no início de 2000 o segmento de construção demonstrou um desempenho superior aos demais, o que compensou parcialmente a redução da demanda. O setor de comunicação continuará sendo o líder do mercado para fios e cabos, devido à abrangente gama de aplicações. Investimentos a serem realizados pelo setor de telecomunicações irão criar novas oportunidades que, certamente, alcançarão taxas de crescimento superiores à média da indústria.
  • 45. Na indústria automobilística, a produção de motores também tenderá a crescer, como resultado da produção de veículos e devido ao crescente número de componentes eletrônicos utilizados. Nos EUA, a participação do PVC no setor de fios e cabos é significativa, principalmente na Indústria de Construção, conforme demonstra o gráfico abaixo: Figura 29 – Participação do PVC nos fios e cabos nos EUA Fonte: American Plastics Council No Brasil, o setor de fios e cabos representou cerca de 7% da demanda total de resina de PVC em 2004, aproximadamente 47.000 t. As características especiais da resina de PVC, tais como, propriedades isolantes, mecânicas e resistência ao fogo, baixo índice de flamabilidade e emissão de fumaça, fazem do PVC o material mais utilizado e o plástico de referência na indústria de recobrimento de fios e cabos. O uso do PVC reciclado para essa aplicação pode levar a um produto com menor isolamento elétrico e menor resistência térmica, daí a necessidade de se continuar usando, simultaneamente, a resina "virgem". O PVC é o plástico mais utilizado no recobrimento de fios e cabos e, no Brasil, a sua participação relativa está concentrada na construção civil, principalmente em fios de baixa tensão. Os gráficos a seguir apresentam a segmentação da aplicação de PVC no país e a sua respectiva participação relativa no setor de fios e cabos, em 2003: Figura 30 – Aplicação do PVC no setor de fios e cabos, no Brasil
  • 46. Fonte: Instituto do PVC 3.1.5 - Pisos vinílicos No Brasil, durante três décadas, não ocorreu nenhuma mudança drástica no mercado de pisos. O país estava comercialmente fechado e poucas importações chegavam. Como consequência, as indústrias brasileiras não evoluíram, nem em processo, nem em cores e nem em desenhos. Mas, a partir do início dos anos 90 o mercado nacional de pisos viveu um período de grandes transformações. A abertura às importações e a supervalorização do Real permitiram a introdução no Brasil não só de novos pisos do tipo laminado, como também de pisos com novos desenhos, novas cores e novos processos (tipo carpete), em placa e em vinílicos homogêneos em manta. Foi um período de crescimento da economia e de recuperação significativa do poder aquisitivo da população brasileira. O impacto na indústria nacional provocou a necessidade da renovação e atualização de cores e desenhos, tornando-os mais atraentes. Se de um lado, as empresas iniciaram atividades para
  • 47. aumentar a produtividade em suas unidades industriais, de outro, chegaram produtos importados mais baratos, e a indústria nacional teve que reduzir seus preços mais rapidamente. Até 1998 os pisos vinílicos registraram crescimento e sua participação no mercado foi mantida. Quem perdeu participação no mercado foram os carpetes têxteis e tampouco ficaram como alternativa para os milhares de brasileiros, cuja economia melhorou com o Plano Real. Estes novos consumidores optaram, em grande parte, pelos pisos cerâmicos como primeira alternativa de requinte para as suas residências. No início de 1999 ocorreu a segunda grande guinada na economia que, novamente, alterou o cenário no consumo de pisos. A desvalorização do Real causou grande impacto no custo da matéria-prima, atrelado aos preços internacionais como o petróleo, PVC e polipropileno. Nos anos seguintes, os pisos vinílicos e os carpetes enfrentaram matérias-primas mais caras, concomitantemente ao processo macroeconômico em que o povo brasileiro começou a perder o poder aquisitivo. Escolas, universidades e hospitais são grandes consumidores de pisos vinílicos. Com as limitações de verba, a demanda pública foi consideravelmente reduzida. Houve, também, uma mudança importante no hábito de priorizar as compras. As reformas residenciais perderam para o consumo de produtos de grife e objetos de desejo, como o telefone celular. Em 2004, o setor constatou uma nova tendência para pisos vinílicos e o crescimento foi retomado. O fator principal é que, mesmo sendo caro no momento da compra, o piso vinílico tem atributos importantes que compensam a diferença. Quanto ao ciclo de vida, o piso vinílico é a opção economicamente mais atraente. Fatores como frio, dureza, barulho e segurança (escorregamento) são cada vez mais observados e traduzidos em custo. O piso vinílico tem, neste ponto, sua grande vantagem. Térmico e macio, reduz a reverberação do som e detém melhor o pé quando está molhado. Estas qualidades propiciam ao consumidor sentir-se mais aconchegado em casa, os alunos podem se concentrar melhor, os hospitais são menos "frios" e mais atraentes e as lojas retêm a temperatura por mais tempo, consequentemente vendendo mais. Todos estes aspectos são importantes na escolha do piso. No Brasil, face às características climáticas, é predominante a utilização da cerâmica entre os pisos, participando o PVC com apenas 4,0% desse mercado. Entretanto, há uma tendência de aumento de participação no mercado, nos próximos anos. No gráfico abaixo, apresentamos a distribuição dos vários materiais no mercado brasileiro de pisos, em 2004: Figura 31: Distribuição dos materiais no mercado brasileiro de pisos
  • 48. Fonte: Instituto do PVC As perspectivas dos pisos vinílicos são de recuperação da demanda interna. Nos últimos dois anos, o crescimento dos pisos vinílicos em manta foi cerca de 20% ao ano, que deve ser mantido. O produto em placa tem um crescimento menor, a estimativa é um crescimento de 10% ao ano, nos próximos dois anos. 3.1.6 - Janelas No mercado brasileiro, as janelas de PVC ainda é pequeno comparado ao norte-americano (cerca de 1,6 milhão de esquadrias em 2003). No entanto o mercado potencial no Brasil para este produto é altamente promissor, conforme se pode deduzir dos volumes apresentados abaixo: Figura 32 – Comparação EUA com Brasil na produção de janelas de PVC Fonte Instituto do PVC Entretanto, as janelas de PVC vêm ganhando credibilidade e quebrando a resistência cultural dos profissionais da Indústria de Construção, favorecendo a entrada de empresas de grande porte no setor. Estimativas conservadoras, realizadas pelos principais fabricantes de resina, assim como os produtores de janelas de PVC, indicam um crescimento da demanda superior a 10,0%/ano nos próximos cinco anos.
  • 49. A AFAP (Associação Brasileira dos Fabricantes de Perfis Plásticos) estabeleceu, para a Construção Civil, um rígido Programa de Garantia de Qualidade , que inclusive está vinculado ao Programa Setorial de Qualidade do Governo Federal (PBQP-H), o qual visa isonomia competitiva entre os fabricantes e a garantia de desempenho para os usuários. Competição com outros materiais Como ocorre em outros setores, o efeito de substituição acontece fortemente na Indústria de Construção. Esse efeito é ilustrado no esquema a seguir, onde estão representados, para diversas aplicações nas construções, os principais materiais que competem com o PVC. Figura 33 – Materiais que competem com o PVC Fonte: Instituto do PVC 3.2 PVC ajuda em Minha casa, Minha vida Um método alternativo de construção civil permite erguer moradias com redução de até 15% no custo, em comparação com as casas de alvenaria, e em um período de apenas sete dias, ante pelo menos 90 dias no sistema comum. Chamada "Casa de Concreto PVC", a tecnologia alia o uso de concreto com a estrutura de PVC. O sistema, desenvolvido pelas empresas Dupont, Braskem e Global Housing International, recebeu certificação para utilização no Brasil e foi homologado pela Caixa Econômica Federal para a construção de mil casas do programa Minha Casa, Minha Vida. A capacidade atual de fabricação do novo sistema é para a construção de 5 mil moradias por ano. "Podemos chegar a 40 mil e 50 mil casas por ano", disse Roberto Gandolfo, sócio-diretor da Global Housing. Atualmente há 500 casas neste modelo prontas no País, o preço de venda em Santa Catarina é de R$ 800 a R$ 900 por m². A estrutura oca de PVC substitui o uso dos tijolos nas paredes, com montagem realizada por encaixe. Não é necessário a quebra para instalação da fiação elétrica e tubulação hidráulica. Cada peça tem uma função específica e funciona como se fosse um quebra-cabeça. "80% (da
  • 50. estrutura) é feita de forma industrial. Não é necessária mão de obra especializada, apenas treinada. A redução de mão de obra é de cerca de 80%", afirmou Gandolfo. Por conseguir reduzir o prazo na construção de novas residências, a nova tecnologia é aplicada em reconstruções após catástrofes. "O sistema não foi desenvolvido para ajudar em situações emergenciais, mas tem sido amplamente utilizado para reconstrução, como após as enchentes em Santa Catarina", afirmou Paulo Vieira, vice-presidente da Dupont. O conceito "Casa de Concreto PVC" também permite que o sistema de alvenaria seja usado para ampliação do imóvel, ou ainda que uma casa de tijolos tenha uma parede reformada com uso do PVC. Após a casa erguida, o acabamento pode ser de diferentes formas, como gesso, azulejos, pintura, ou até mesmo o próprio PVC, reduzindo custos e obtendo um maior isolamento térmico. Uma casa no estilo popular foi erguida em cinco dias na sede da Dupont em São Paulo, para demonstração, com 36 m² e quatro cômodos - dois quartos, sala/cozinha e banheiro. Figura 34 – Casa de Concreto PVC Fonte: Royal do Brasil Technologies S.A. 3.2.1 - Tecnologia Concreto-PVC se propaga no Brasil Sistema construtivo ganha espaço através do programa Minha Casa, Minha Vida, principalmente por causa das recentes catástrofes naturais ocorridas no país. O combate ao déficit habitacional tem estimulado o uso de um novo sistema construtivo no Brasil. Criado no Canadá, o Concreto-PVC passou a atrair o interesse de companhias habitacionais por causa da velocidade com que permite erguer casas de interesse social. Bem difundido no Rio Grande do Sul, o método de construção avança e já está presente em outros 11 estados. Através do programa Minha Casa, Minha Vida, ele hoje é aplicado também em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, Bahia e Alagoas. Em São Paulo, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) firmou parceria com a empresa que detém a tecnologia no país para atuar no projeto de reconstrução de casas na cidade de São Luis do Paraitinga. O município, em 2010, foi devastado pelas chuvas. Da mesma forma, o sistema recentemente foi escolhido para a construção de casas nos municípios que foram afetados pelas enchentes na região serrana do Rio de Janeiro, como Petrópolis e Teresópolis. “Já temos projetos aprovados nestes dois
  • 51. municípios”, diz o arquiteto Tiago Saretta Ferrari, responsável técnico da Royal do Brasil Technologies S.A. O Concreto-PVC, internacionalmente conhecido como Royal Building System (RBS), é constituído por painéis ocos de duplo encaixe coextrudados de PVC. Com diversas espessuras, eles são preenchidos com concreto. A diferença para o sistema convencional de fôrmas é que as fôrmas ficam incorporadas à construção e servem como acabamento final, dispensando revestimentos adicionais como pinturas, rebocos e cerâmicas. O método é utilizado para construção de casas em diversos padrões, prédios industriais, prédios residenciais (em até cinco pavimentos) e comerciais, como escolas, hospitais e postos de combustíveis. No Brasil, o Concreto-PVC passou a ter consultoria da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) para aprimorar o concreto utilizado no sistema construtivo. A tecnologia exige concreto bem fluído (abatimento 25 cm ou mais) e utiliza brita “0” ou pedrisco para um melhor preenchimento das fôrmas. No Rio Grande do Sul tem sido usado com eficiência o concreto leve com pérolas de EPS, para melhorar ainda mais os índices de conforto térmico e acústico. Por ser uma fôrma que fica incorporada à parede, o tipo de concreto a ser utilizado deve ter as características mínimas de resistência (de acordo com o projeto estrutural) e fluidez (para preenchimento adequado). Para se adequar ao programa Minha Casa, Minha Vida, a empresa que detém a tecnologia no Brasil adaptou o sistema para a construção de casas populares. Ele permite erguer uma habitação de interesse social em 7 dias. Para uma residência de 56 m2, que utiliza fôrmas de 64 mm, são necessários para o preenchimento dos vãos aproximadamente 7,50 m3 de concreto. Outra vantagem é que o método pode ser utilizado com outros padrões de construção, como alvenaria convencional. Além disso, por sua boa capacidade termo acústica, está adaptado às oito zonas bioclimáticas brasileiras, assim como atinge os valores de isolamento acústico para paredes externas, internas e geminadas em unidades residenciais. Entrevistado Tiago Saretta Ferrari, responsável técnico da Royal do Brasil Technologies S.A. 3.3 - PVC: de olho na Copa de 2014 A Copa do Mundo de 2014 é uma grande oportunidade para o setor do PVC e que não se limitará a 2012, mas os próximos anos. Recentemente realizou um seminário com o Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco) em que seu presidente, José Roberto Bernasconi, discutiu com empresários do setor de PVC o legado do Brasil para depois da Copa. Bernasconi colocou a Copa como uma grande oportunidade de o país se posicionar perante o mundo e modificar algumas culturas equivocadas, apostando, assim, no desenvolvimento, especialmente das cidades sedes. Solucionar problemas com infraestrutura, saneamento, hotelaria, transporte, dentre outros setores, são fundamentais para um país sediar uma copa do mundo e o PVC é um produtochave em vários destes. Com o cartão postal da Copa passada nas mãos, os representantes da cadeia de produção de PVC tentam convencer os arquitetos sobre as vantagens da resina. "Os estádios passarão por reformas. A FIFA obriga que os assentos tenham cobertura contra chuva e sol. O evento é