Este documento discute a missão de Jesus de buscar e salvar os perdidos, ilustrada por três parábolas em Lucas: a da ovelha perdida, a da moeda perdida e a do filho pródigo. Apesar da humanidade estar perdida devido ao pecado, Jesus veio para reestabelecer a conexão entre a Terra e o Céu através de Seus méritos, dando esperança a todos.
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A missão de Jesus_Lição_original com textos_822015
1. Lições Adultos O evangelho de Lucas
Lição 8 - A missão de Jesus 16 a 23 de maio
Sábado à tarde Ano Bíblico: 2Cr 21–23
VERSO PARA MEMORIZAR: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.” Lc 19:10.
Leituras da Semana: Lc 15:4-7, 11-32; 16:19-31; 18:35-43; 19:1-10.
Se fôssemos escrever uma declaração de missão para Jesus, o melhor que poderíamos fazer seria repetir Suas
próprias palavras: “Buscar e salvar o perdido”. O que estava perdido? Era a própria humanidade, que estava
alienada de Deus, sujeita à morte e cheia de medo, desapontamento e desespero. Se nada fosse feito em nosso
favor, todos estaríamos perdidos.
Graças a Jesus, porém, todos temos grandes razões para ter esperança. “Apostatando, o homem alienou-se de
Deus. A Terra foi separada do Céu. Através do abismo existente entre eles, não podia haver comunicação. Mas
por Cristo a Terra foi de novo ligada ao Céu. Com Seus próprios méritos, Cristo lançou uma ponte através do
abismo que o pecado cavara. […] O homem caído, em sua fraqueza e desamparo, Cristo uniu à Fonte de
infinito poder” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 20).
De Gênesis ao Apocalipse, a Bíblia é a história de Deus à procura da humanidade perdida. Lucas ilustrou essa
verdade usando três importantes parábolas: a da ovelha perdida (Lc 15:4-7), a da moeda perdida (v. 8-10) e a
do filho perdido (v. 11-32).
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Domingo - A ovelha perdida e a moeda perdida Ano Bíblico: 2Cr 24, 25
1. Leia Lucas 15:4-7. O que o texto nos diz sobre o amor de Deus por nós? Por que é tão importante entender
que o pastor foi procurar a ovelha perdida?
Lc 15:4-7, (ACF); 4 Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto
as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la? 5 E achando-a, a põe sobre os seus
ombros, gostoso; 6 E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo,
porque já achei a minha ovelha perdida. 7 Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se
arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
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2. No mundo que aparentemente não se importa conosco e é indiferente a nós, essa parábola revela uma
surpreendente verdade: Deus nos ama tanto que Ele mesmo virá nos procurar e nos levar consigo.
Frequentemente falamos sobre pessoas buscarem a Deus; na verdade, Deus é que está nos buscando.
“A pessoa que se entregou a Cristo é mais preciosa a Seus olhos do que todo o mundo. O Salvador teria
passado pela agonia do Calvário para que uma única pessoa fosse salva no Seu reino. Jamais abandonará uma
pessoa por quem morreu. A menos que Seus seguidores O queiram deixar, Ele os há de segurar firmemente”
(Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 483).
Leia Lucas 15:8, 9. Essa parábola é encontrada apenas em Lucas. A moeda perdida poderia ter um destes dois
significados: Primeiro, a Judeia na época de Jesus era cheia de pessoas pobres, e na maioria das casas uma
moeda (dracma) poderia representar mais de um dia de trabalho, e ser o suficiente para evitar que a família
morresse de fome. Segundo: como um sinal de que eram casadas, algumas mulheres usavam um enfeite na
cabeça formado por dez moedas – uma enorme quantia, economizada durante longo tempo no caso de famílias
pobres.
Lc 15:7-8, (ACF); 7 Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que
por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. 8 Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas,
se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?
Em qualquer dos dois casos, a perda era um assunto sério. Assim, a mulher, em completa tristeza e profunda
dor, acendeu uma lâmpada (a casa talvez não tivesse janelas, ou então tivesse apenas uma janela pequena),
pegou uma vassoura e revirou a casa até encontrar a moeda. Sua alma estava transbordando de alegria, e esse
transbordamento atingiu todas as suas amigas.
“Embora esteja sob pó e lixo, a moeda é ainda de prata. O possuidor a procura porque é de valor. Assim todo
ser humano, embora degradado pelo pecado, é precioso aos olhos de Deus. Como a moeda traz a imagem e a
inscrição do poder reinante, igualmente, quando foi criado, o homem trazia a imagem e a inscrição de Deus. E
conquanto agora esteja manchada e desfigurada pela influência do pecado, permanecem em toda pessoa os
traços dessa inscrição” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 194).
A moderna ciência e a moderna filosofia nos dizem que não passamos de criações ao acaso num universo sem
sentido que não se importa com nosso destino nem conosco. Que visão de mundo completamente diferente é
apresentada nessas duas parábolas?
Segunda - A parábola do filho perdido – parte 1 Ano Bíblico: 2Cr 26–28
Aclamada na História como a mais bela narrativa contada sobre a natureza perdoadora do amor, a parábola do
filho pródigo (Lc 15:11-32), narrada apenas por Lucas, pode, com razão, ser chamada de a parábola do pai
amoroso e de dois filhos perdidos. Um filho preferiu a vida desordenada numa terra distante em vez do amor
do pai. O outro filho escolheu ficar em casa, mas não conhecia plenamente o amor do pai nem o significado de
ter um irmão. A parábola pode ser estudada em sete partes, sendo que quatro delas tratam do pródigo, duas do
pai e uma do irmão mais velho.
Lc 15:11-32, (ACF); 11 E disse: Um certo homem tinha dois filhos; 12 E o mais moço deles disse ao pai: Pai,
dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. 13 E, poucos dias depois, o filho
mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo
dissolutamente. 14 E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer
necessidades. 15 E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a
apascentar porcos. 16 E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe
dava nada. 17 E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui
pereço de fome! 18 Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;
19 Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. 20 E, levantando-se, foi
para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-
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3. se-lhe ao pescoço e o beijou. 21 E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de
ser chamado teu filho. 22 Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e
ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; 23 E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e
alegremo-nos; 24 Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram
a alegrar-se. 25 E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a
música e as danças. 26 E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. 27 E ele lhe disse: Veio teu
irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo. 28 Mas ele se indignou, e não queria
entrar. 29 E saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos,
sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos;
30 Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro
cevado. 31 E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas; 32 Mas era justo
alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.
1. “Dá-me” (Lc 15:12). A decisão do filho mais novo de requerer do pai sua parte na propriedade não foi uma
atitude repentina, impulsiva. Frequentemente, o pecado ocorre após um longo tempo de concentração da
mente em prioridades errôneas. O filho mais novo deve ter ouvido amigos falarem sobre o brilho e o glamour
de terras distantes. A vida no lar era muito rígida. Ali havia amor, mas o amor impunha limites; a terra distante
lhe oferecia uma vida sem restrições. O pai era demasiadamente protetor, e seu amor cerceava muito. O filho
desejava liberdade e, na busca pela liberdade irrestrita estava a semente da rebelião.
2. “Por que eu?” (Lc 15:13-16). O filho pegou toda a sua parte em dinheiro e partiu para uma “terra distante”.
A terra distante é um lugar longe da casa do pai. Os olhos solícitos do amor, a cerca protetora da lei e a graça,
sempre presente, a envolver, são estranhos à terra distante. A terra distante é de vida dissoluta (Lc 15:13). A
palavra grega traduzida como “dissolutamente” (asotos) aparece outras três vezes no Novo Testamento como
substantivo, traduzida como “dissolução” relacionada à embriaguez (Ef 5:18), “dissolução” associada à
rebelião (Tt 1:6) e como “devassidão”, que inclui libertinagem, sensualidade, bebedeiras, orgias e farras, e
idolatria repugnante (1Pe 4:3, 4). Esses prazeres da vida imoral acabaram com a saúde e com a riqueza do
filho, e logo ele ficou sem dinheiro, sem amigos e sem comida. Sua vida brilhante terminou na sarjeta. Sem
comida, ao ponto de viver em perpétua penúria, ele achou emprego para cuidar de porcos, um destino cruel
para um judeu.
3. “Faze-me” (Lc 15:17-19, ARC). Mas até o pródigo ainda é filho, e tem o poder de escolher dar meia-volta.
Assim, o filho, “caindo em si”, lembrou-se de um lugar chamado lar, de uma pessoa conhecida como pai, de
um laço de relacionamento chamado amor. Ele voltou a pé para casa, com um discurso preparado, para
suplicar ao pai: “Faze-me”. Isto é, faça de mim o que o senhor quiser, mas deixe-me estar diante de seus olhos
vigilantes, dentro do cuidado de seu amor. Que melhor lar existe do que o coração do pai?
Por quais coisas do mundo você se vê particularmente tentado, e se vê pensando: “Oh, isso não é tão ruim”,
quando, no íntimo, você sabe que é?
Terça - A parábola do filho perdido – parte 2 Ano Bíblico: 2Cr 29–31
4. A volta para casa (Lc 15:17-20) foi uma viagem de arrependimento. A viagem começou quando ele caiu em
si. O reconhecimento de onde ele estava, em comparação com o que era o lar do pai, o levou a decidir:
“Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai.” O filho pródigo voltou para casa com um discurso de quatro partes
que define o verdadeiro significado do arrependimento.
Lc 15:17-20, (ACF); 17 E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu
aqui pereço de fome! 18 Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante
ti; 19 Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. 20 E, levantando-se,
foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo,
lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
Em primeiro lugar, há um reconhecimento do pai como “meu pai” (v. 18). O filho pródigo então precisa
apoiar-se e confiar no amor e no perdão de seu pai, assim como precisamos aprender a confiar no amor e no
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4. perdão de nosso Pai celestial.
Em segundo lugar, há confissão: o que o pródigo fez não foi um erro de discernimento, mas um pecado contra
Deus e o pai (v. 18).
Em terceiro lugar, há contrição: “Já não sou digno” (v. 19). O reconhecimento da própria indignidade, em
contraste com a dignidade de Deus, é essencial para que o verdadeiro arrependimento ocorra.
Em quarto lugar, há petição: “Faze-me” (v. 19, ARC). O alvo do arrependimento é submissão à vontade de
Deus, qualquer que seja ela. O filho voltou ao lar.
5. O pai expectante (Lc 15:20, 21). A espera e a vigília, a dor e a esperança, começaram no momento em que o
pródigo pôs os pés fora de casa. A espera terminou quando o pai o viu “ainda longe”, e então, “compadecido
dele, correndo, o abraçou e beijou” (v. 20). Nenhuma outra imagem captura o caráter de Deus como essa de
um pai expectante.
6. A família regozijante (Lc 15:22-25). O pai abraçou o filho, vestiu-o com uma nova roupa, colocou-lhe um
anel no dedo e sapatos nos pés, e mandou dar uma festa. A família estava comemorando. Se sair de casa foi a
morte, a volta foi uma ressurreição e, como tal, digna de ser comemorada. O filho era, de fato, um pródigo,
mas, apesar disso, um filho, e por todo filho arrependido há alegria no Céu (v. 7).
7. O filho mais velho (Lc 15:25-32). O filho mais novo estava perdido quando saiu de casa para ir a uma terra
distante; o filho mais velho estava perdido porque, embora estivesse fisicamente em casa, seu coração estava
numa terra distante. Um coração assim é irado (v. 28), queixoso, cheio de justiça própria (v. 29), e se recusa a
reconhecer um irmão. Em vez disso, reconhece apenas “esse teu filho”, um desperdiçador sem caráter (v. 30).
A atitude do filho mais velho para com o pai é a mesma dos fariseus que acusaram Jesus: “Este recebe
pecadores e come com eles” (v. 2).
A palavra final do pai para o filho mais velho reflete a atitude do Céu para com todos os pecadores
arrependidos: “Era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e
reviveu, estava perdido e foi achado” (v. 32).
Ponha-se no lugar do filho mais velho. Por mais errada que seja sua maneira de pensar, por que faz tanto
“sentido” que nos sintamos dessa forma? Como essa história revela maneiras pelas quais o evangelho vai além
do que “faz sentido”?
Quarta - Oportunidades perdidas Ano Bíblico: 2Cr 32, 33
Embora Jesus tenha vindo buscar e salvar os que estavam perdidos no pecado, Ele nunca força ninguém a
aceitar a salvação que nos oferece. A salvação é gratuita e está à disposição de todos, mas é preciso aceitar a
oferta gratuita pela fé, o que resulta numa vida em conformidade com a vontade de Deus. O único tempo que
temos para essa experiência é enquanto vivemos na Terra. Não existe nenhuma outra oportunidade.
2. Leia Lucas 16:19-31. Qual é a principal mensagem dessa parábola?
Lc 16:19-31, (ACF); 19 Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos
os dias regalada e esplendidamente. 20 Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de
chagas à porta daquele; 21 E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios
cães vinham lamber-lhe as chagas. 22 E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio
de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. 23 E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e
viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. 24 E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e
manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado
nesta chama. 25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro
somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. 26 E, além disso, está posto um grande abismo
entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá
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5. passar para cá. 27 E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai 28 Pois tenho cinco
irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. 29 Disse-
lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. 30 E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os
mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. 31 Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos
profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.
A parábola está registrada somente em Lucas e ensina duas grandes verdades com respeito à salvação: a
importância do “hoje” no processo da salvação e a ausência de outra oportunidade após a morte.
Hoje é o dia da salvação. A parábola não ensina que há algo inerentemente mau nas riquezas ou algo
inevitavelmente bom em ser pobre. O que ela ensina é que a oportunidade de ser salvo e de viver salvo não
deve ser perdida enquanto estamos na Terra. Ricos ou pobres, cultos ou iletrados, poderosos ou indefesos, não
temos uma segunda chance. Todos são salvos e julgados por sua atitude hoje, agora, para com Jesus. “Eis,
agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação” (2Co 6:2).
A parábola também ensina que a recompensa eterna não tem nada que diz respeito às posses materiais. O rico
“se vestia de púrpura e de linho finíssimo e […] todos os dias, se regalava esplendidamente” (Lc 16:19), mas
não tinha o essencial na vida: Deus. Onde Deus não é reconhecido, o próximo não é notado. O pecado do
homem rico não estava em sua riqueza, mas no fato de ele não reconhecer que a família de Deus é mais ampla
do que ele estava preparado para aceitar.
Não há uma segunda chance de salvação após a morte. A segunda verdade inevitável que Jesus ensinou na
parábola é que não há uma segunda chance de salvação após a morte. “Aos homens está ordenado morrerem
uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hb 9:27). Outro objetivo dessa parábola é mostrar às pessoas que
são dadas a nós suficientes evidências agora, nesta vida, para que façamos uma escolha consciente em favor de
Deus ou contra Ele. Qualquer teologia que ensine algum tipo de “segunda chance” após a morte é um grande
engano.
O que essa parábola nos ensina sobre o perigo de negligenciarmos o amor de Deus e a oferta de salvação?
Quinta - Eu era cego e agora vejo Ano Bíblico: 2Cr 34–36
A declaração da missão de Jesus de que Ele veio para buscar e salvar o que se havia perdido é a afirmação de
um ministério holístico. Ele veio para tornar completos os homens e as mulheres, para transformá-los física,
mental, espiritual e socialmente. Lucas nos dá dois exemplos que ilustram a maneira pela qual Jesus restaurou
dois homens incompletos a uma vida integral. Um era cego fisicamente e o outro, espiritualmente; ambos
eram marginalizados: um era mendigo e o outro, coletor de impostos. Mas os dois eram candidatos à missão
salvadora de Cristo, e nenhum deles estava fora de Seu coração ou de Seu alcance.
3. Leia Lucas 18:35-43. O que essa passagem ensina sobre a completa dependência de Deus? Quem entre nós
já não clamou, às vezes: “Tem misericórdia de mim”?
Lc 18:35-43, (ACF); 35 E aconteceu que chegando ele perto de Jericó, estava um cego assentado junto do
caminho, mendigando. 36 E, ouvindo passar a multidão, perguntou que era aquilo. 37 E disseram-lhe que
Jesus Nazareno passava. 38 Então clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim. 39 E os
que iam passando repreendiam-no para que se calasse; mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi, tem
misericórdia de mim! 40 Então Jesus, parando, mandou que lho trouxessem; e, chegando ele, perguntou-lhe,
41 Dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu veja. 42 E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te
salvou. 43 E logo viu, e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus.
Marcos diz que o nome do homem era Bartimeu (Mc 10:46). Ele era um pedinte que ficava do lado de fora de
Jericó. Possuidor de uma deficiência física, destituído de reconhecimento social e afligido pela pobreza, ele de
repente se viu dentro do alcance de um milagre do Céu: “Passava Jesus, o Nazareno” (Lc 18:37), e sua fé
emergiu de tal forma que ele clamou: “Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” (v. 39). A fé não requer olhos
nem ouvidos, pés nem mãos, mas apenas um coração que se conecte ao Criador do mundo.
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6. 4. Leia Lucas 19:1-10. Quem era o “cego” nessa história?
Lc 19:1-10, (ACF); 1 E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando. 2 E eis que havia ali um homem chamado
Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos, e era rico. 3 E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por
causa da multidão, pois era de pequena estatura. 4 E, correndo adiante, subiu a um sicômoro brava para o ver;
porque havia de passar por ali. 5 E quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe:
Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa. 6 E, apressando-se, desceu, e recebeu-o
alegremente. 7 E, vendo todos isto, murmuravam, dizendo que entrara para ser hóspede de um homem
pecador. 8 E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus
bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado. 9 E disse-lhe Jesus: Hoje veio a
salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. 10 Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o
que se havia perdido.
Somente Lucas registrou a história de Zaqueu, o último dos muitos encontros de Jesus com pessoas
marginalizadas. A missão de Cristo de buscar e salvar o perdido foi gloriosamente cumprida no encontro com
Zaqueu. Ele era o principal coletor de impostos de Jericó, um grande pecador na opinião dos fariseus da
cidade, mas um grande pecador que foi alcançado e salvo por Jesus Cristo. Que estranhos lugares e métodos
Jesus usou para realizar Sua missão! Um sicômoro, um homem curioso procurando ver quem era Jesus, e um
Senhor amoroso ordenando ao homem que descesse, pois Ele tinha com esse homem um compromisso de uma
refeição para a qual Ele mesmo Se convidou. Porém, o que é mais importante, Jesus fez um anúncio: “Hoje,
houve salvação nesta casa” (Lc 19:9), mas somente depois que Zaqueu acertou as coisas (v. 8).
Quais são algumas áreas de sua vida em que você precisa encarar coisas que tem adiado por muito tempo,
confessá-las, e obter a vitória sobre elas?
Sexta - Estudo adicional Ano Bíblico: Ed 1–3
“Pela ovelha perdida, Cristo representava não somente o pecador individual, mas o mundo que apostatou e se
arruinou pelo pecado” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 190).
“Quem pode calcular o valor de uma pessoa? Se quisermos conhecê-lo, vamos ao Getsêmani, e vigiemos lá
com Cristo durante aquelas horas de angústia, quando Ele suava grandes gotas de sangue. Contemplemos o
Salvador crucificado! […] Meditando junto à cruz, que Cristo teria dado Sua vida por um único pecador,
podemos apreciar o valor de uma pessoa” (Ibid., p. 196).
Perguntas para reflexão
1. Ao passo que todas as religiões retratam o ser humano em busca de Deus, o cristianismo apresenta Deus
como Aquele que busca: Adão, “onde estás?” (Gn 3:9); Caim, “Onde está Abel, teu irmão?” (Gn 4:9); “Que
fazes aqui, Elias?” (1Rs 19:9); “Zaqueu, desce depressa” (Lc 19:5). Qual tem sido sua experiência no sentido
de Deus buscá-lo?
2. Dê novamente uma olhada na pergunta que está no final da lição de terça-feira. Qual foi o erro fatal que o
filho mais velho cometeu? Que defeitos espirituais se revelaram em sua atitude? Por que é mais fácil do que
pensamos ter esse tipo de atitude? Veja também Mateus 20:1-16.
3. Na história do rico e Lázaro, Jesus disse que mesmo que alguém ressuscitasse dos mortos, havia aqueles que
não creriam. De que maneira a parábola prediz a reação de alguns à ressurreição de Jesus, no sentido de que
alguns ainda não creram apesar das poderosas evidências de Sua ressurreição?
4. Um dos aspectos mais impressionantes do ministério salvador de Jesus é a igualdade com que Ele tratava
todas as pessoas, como no caso do mendigo cego e de Zaqueu, ou de Nicodemos e da mulher samaritana. Mais
do que qualquer outra coisa, a cruz mostra a igualdade de todas as pessoas perante Deus. De que forma essa
importante verdade deve afetar nossa maneira de tratar os outros, mesmo aqueles com relação a quem,
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7. anteriormente, tenhamos tido sentimentos antagônicos – por causa de política, cultura, etnia, ou qualquer outra
coisa? Por que essa atitude é tão contrária a Jesus?
5. Compare a história do filho pródigo com a história do rico e Lázaro. Como as duas se contrabalançam?
Respostas sugestivas: 1. O texto nos diz que Deus nos ama tanto que vem em nossa procura para nos salvar. É
importante entender que o pastor é que foi procurar a ovelha perdida porque precisamos compreender que a
iniciativa é sempre de Deus, e não nossa. Jamais iríamos até Deus se Ele não viesse nos procurar. 2. Que o dia
da salvação é hoje, e que após a morte não haverá outra oportunidade. 3. Não temos meios para curar a nós
mesmos; temos que depender inteiramente da misericórdia de Deus. 4. O cego era Zaqueu, pois ele era
incapaz de ver a enormidade de seu pecado; mas sua visão espiritual foi restaurada por Jesus, e isso o levou ao
arrependimento e à transformação.
Auxiliar - Resumo
Texto-chave: Lucas 11:9-11
O aluno deverá:
Saber: O que significa buscar e salvar.
Sentir: Como essa busca e salvação o afetam.
Fazer: Cumprir o papel que Deus nos designou no processo de busca e salvação.
Esboço
I. Saber: O significado de buscar e salvar
A. Antes de conhecermos o significado de “buscar e salvar”, deveríamos saber a resposta das seguintes
perguntas: Quem está perdido? De onde caímos? Quão profunda é a queda? Quão impossível é nos
recuperarmos dessa queda por nós mesmos?
B. Por meio das parábolas da ovelha perdida, da moeda perdida e do filho perdido, o que podemos aprender
sobre nossa condição?
C. Como é realizada a restauração de cada condição perdida? De que forma cada restauração simboliza a
missão de Jesus em buscar e salvar?
II. Sentir: Como essa busca e salvação nos afetam?
A. Com relação a Jesus, Aquele que busca e salva, que princípio é ilustrado em cada uma das três parábolas?
B. Que emoções são retratadas na parábola do filho perdido quando o filho e o pai se unem, e que lições
podemos aprender sobre o amor de Deus?
C. Perdido e achado são duas condições opostas na vida de uma pessoa. Como você descreveria o estado
mental, emocional e espiritual em cada uma dessas condições, e que papel Satanás e Cristo desempenham?
III. Fazer: O que devemos fazer no processo de busca empreendido por Deus?
A. Damos alguma contribuição nessa missão salvadora de Deus? Há algum custo para nós? Explique.
B. Em vista das atrações do mundo, como devemos responder à missão de Jesus, que veio nos procurar e nos
salvar?
Resumo: A missão de Jesus é resultado do amor e da graça de Deus. “Onde abundou o pecado, superabundou
a graça” (Rm 5:20); e, por meio dessa graça, estamos salvos.
Ciclo do Aprendizado
Motivação
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8. Focalizando as Escrituras: Lucas 15:18, 19
Conceito-chave para o crescimento espiritual: “Levante-se e vá ter com seu Pai. Ele irá ao seu encontro
quando ainda estiver longe. Se aproximar-se um passo que seja, em arrependimento, Ele se apressará para
cingi-lo com os braços de infinito amor. [...] Jamais é proferida uma oração, por vacilante que seja, jamais uma
lágrima vertida, por mais secreta, e jamais alimentado um sincero anelo de Deus, embora débil, que o Espírito
de Deus não saia a satisfazê-lo.
Antes mesmo de ser pronunciada a oração, ou expresso o desejo do coração, sai graça de Cristo para juntar-se
à graça que opera na pessoa” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 206).
Para o professor: “Perdido”. Essa palavra descreve o drama da vida e da história humana. Uma vagueação para
longe do aprisco, uma negligência da parte do proprietário, uma escolha rebelde para se autoafirmar: qualquer
que seja a razão para essa condição de estar perdido, ela pronunciará seu veredito de total miséria e
condenação, a menos que o perdido se renda voluntariamente Àquele que busca – o Bom Pastor, o edificador
da casa, o Pai de amor eterno. Os perdidos descobrem seu propósito e sua alegria quando se rendem ao poder
da “permanência”. Permanecer em quem? Uma boa pergunta para iniciar uma discussão.
Discussão de abertura
A moeda perdida, a ovelha perdida, o filho perdido. Quais são as diferenças entre a maneira como cada um
está perdido? Qual é o tipo mais digno de pena? Por que as duas primeiras parábolas falam de alguém que
busca o perdido, mas a última não o faz?
Compreensão
Para o professor: “Oh, graça excelsa de Jesus! Perdido, me encontrou! Estando cego, me fez ver.” Quantas
vezes cantamos essas palavras como parte daquele grande hino, “Graça Excelsa” (HASD, 208). “Perdido” é a
palavra que descreve a tragédia de todo ser humano, porque “todos pecaram” (Rm 3:23). “Encontrou” é a
palavra que descreve um privilégio igualmente universal, mas é preciso que tomemos posse dele pela fé e que
nos apeguemos a ele, abraçando Aquele que nos encontrou. Nossa lição esta semana fala de vários tipos de
condição perdida, mas comentaremos a respeito de três: o filho perdido, as oportunidades perdidas e os dois
cegos.
Comentário Bíblico
I. O filho perdido (Recapitule com a classe Lc 15:11-32.)
“Perdido” é o termo que descreve o patético drama do ser humano, uma doença letal causada pela
entronização do eu em lugar de Deus. Essa condição não é, e nunca foi, parte do plano de Deus. O termo
“perdido” envolve aqueles que escolhem abandonar o amor do Pai e ir para a terra distante, onde o desejo de
fama, o encanto dos prazeres pecaminosos, o estranho prazer da busca egoísta e o abandono do bom senso e da
responsabilidade se combinam para reduzir ao mínimo a diferença entre os seres humanos e os porcos.
Note, contudo, o quadro que a parábola pinta do divino Pai. Primeiro, Ele espera. Não pode forçar o filho a
retornar. O amor do Pai é para aqueles que escolhem aceitá-lo. Deus nunca força a vontade: ninguém pode ser
redimido ao ser roubado daquilo que define o livre-arbítrio humano. Em segundo lugar, o Pai restaura o
pródigo sem impor nenhuma condição: não são solicitadas reparações, nenhuma quarentena é imposta,
nenhum juízo é pronunciado. O perdão, a restauração, a aceitação, o regozijo, o anel, as sandálias, o manto –
um após outro levam ao transbordamento da alegria de Deus pelo retorno do pródigo. Em terceiro lugar, o Pai
o viu quando “vinha [...] ainda longe” (Lc 15:20). Nem a distância nem a terra distante podem manter o filho
pródigo longe dos olhos do Pai, pois a volta para casa leva em conta que uma “rude cruz se erigiu”. A cruz
assegura que nenhum filho que volta continua perdido.
Pense nisto: A rebelião é governada pela gramática do “eu” (ver Is 14:12-14). “Eu” é o sujeito, é o verbo e é o
objeto – em suma, o “eu” é a máxima da vida. Assim, o filho mais novo, rebelde, aproxima-se do pai e exige:
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9. “Dê-me. Eu quero ser eu mesmo.” Toda vez que o eu exige ser seu próprio início, centro e destino, ele escolhe
rejeitar o lar do pai e se torna uma criatura da terra distante.
II. As oportunidades perdidas (Recapitule com a classe Lc 16:19-31.)
A parábola do rico e Lázaro não é teologia abstrata. É um poderoso testemunho sobre o viver responsável em
uma sociedade irresponsável; sobre a falta de sentido do luxo em meio à pobreza abjeta; sobre o fato de que o
Céu humilha o orgulhoso e de que Deus abraça a alma rejeitada, solitária e marginalizada chamada Lázaro
(que significa “Deus é meu ajudador”). Se Deus for o ajudador de uma pessoa, nem os banquetes do rico nem
os cães que lambem as feridas dessa pessoa podem impedi-la de ser envolvida pelo grande abraço de Deus.
O cômputo final da eternidade não leva em conta o tamanho da conta bancária que a pessoa teve, quão grande
era a casa onde ela morava, quantos servos a pessoa tinha ao seu comando e ao seu dispor. Todas as medidas
mundanas de sucesso se desvanecem, e a balança divina do verdadeiro valor pesa cada alma em termos das
palavras eternas do vocabulário de Deus: amor, graça, solicitude para com os mais pequeninos dentre nós, a
semeadura com lágrimas que produz a ceifa da alegria. Isso é teologia – o amor que abraça os Lázaros da vida
e os leva ao seio de Abraão.
Essa teologia tem um segundo aspecto: hoje é o dia da salvação; e, depois disso, a morte. Não há segunda
chance. Portanto, decida agora. Decida em favor de Deus.
Perguntas para discussão
1. O rico clamou por misericórdia (Lc 16:24), mas não foi possível obtê-la. Por quê?
2. O que o grande abismo de Lucas 16:26 significa?
3. Por que ouvir “Moisés e os profetas” (Lc 16:31) é tão decisivo para se obter a recompensa da vida eterna?
(Compare com João 5:38-40.)
III. Os dois cegos (Recapitule com a classe Lc 18:35-19:8.)
Na semana anterior à cruz, Jesus encontrou dois cegos – um do lado de fora de Jericó, vestido em farrapos,
com um colchão gasto como cama e uma vasilha para mendigar. Cego e indefeso, Bartimeu (Mc 10:46)
aguardava o dia em que a libertação o aliviaria de sua aflição e desespero.
A libertação realmente veio, mas não na forma da morte, pela qual tantos esperam quando a vida alcança seu
ponto mais baixo; ela veio por meio da boa notícia que ele ouviu da multidão que transitava: Jesus estava
passando por ali. Bartimeu conhecia Jesus. Havia ouvido falar de Seus milagres. Conhecia Seu poder. Sabia
quem Ele era e como Se importava com as pessoas. De repente, Bartimeu irrompeu em uma confissão
messiânica, o único clamor de uma alma perdida: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim” (Lc 18:38).
Embora fosse cego, sua visão espiritual estava em sintonia com as realidades celestiais. Sua descoberta
messiânica foi suficiente para lhe abrir os olhos a fim de que contemplasse a maior maravilha do Céu: Jesus.
Por qual descoberta você está esperando?
O segundo era cego espiritualmente e morava dentro de Jericó: o chefe dos coletores de impostos. Ele levava a
vida ignorando a diferença entre o bem e o mal, entre cobrar impostos e saquear, entre os impulsos da carne e
as obrigações do espírito, entre as pilhagens de hoje e a prestação de contas do amanhã. Para ele a eternidade
não tinha significado, a justiça não tinha importância e Deus havia tirado férias de sua vida.
Ele também tinha ouvido falar de Jesus e estava ansioso para ver como era esse Homem que operava
maravilhas. Poderia ter visto Jesus facilmente – face a face – na cabine de arrecadação que ficava na entrada
de Jericó. No entanto, será que não o fez porque estava com medo de seus fracassos morais? Medo da
exploração social dos outros para ganho próprio e de sua falência espiritual?
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10. Lucas é um escritor bondoso e não sugere isso; apenas diz que ele era de baixa estatura e que procurou a ajuda
de um sicômoro para compensar isso. Contudo, os penetrantes olhos de Cristo podem encontrar o pecador em
qualquer lugar, e o Salvador viu a necessidade de Zaqueu. Imediatamente, ofereceu-Se para preencher o vazio
do seu coração e disse-lhe que descesse da condição perdida, no alto da árvore, para a intimidade de seu lar.
Ali, o Hóspede que se autoconvidara deu ao anfitrião a melhor refeição que alguém poderia esperar: o pão da
vida. Jesus fez com que o espiritualmente cego visse. Ter Jesus em casa e no coração é melhor do que ser o
homem mais rico de Jericó ou de qualquer outro lugar. Zaqueu encontrou a salvação.
Um encontro com o Cristo vivo abre nossos olhos, cura nosso coração ferido, traz-nos paz à alma e nos
assegura a vida eterna.
Perguntas para discussão
1. Lucas 18:40-43 mostra uma progressão da cegueira para o discipulado: perceber a própria necessidade,
entender o poder da oração, reconhecer Jesus, experimentar a fé, alegrar-se, e seguir a Jesus. Por que esses
passos são importantes?
2. Recapitule como Zaqueu deu significado ao próprio arrependimento (Lc 19:8). Você se recorda de algum
momento em sua vida em que talvez tenha tido de dar meia-volta como Zaqueu? Por que a salvação nunca está
completa até que tenha havido arrependimento e restituição?
Aplicação
Para o professor: Lucas deu a razão pela qual Jesus contou as três parábolas de perdidos e achados: elas foram
uma resposta à crítica dos fariseus de que Jesus comia e Se associava com cobradores de impostos e pecadores
(Lc 15:1-3). As parábolas afirmam Sua missão, mostrando que salvar o perdido vale qualquer sacrifício, e que
fazer isso traz a maior alegria a Deus. Com isso em mente, leia Lucas 15:4-7 (a ovelha perdida) e considere o
seguinte:
Perguntas para reflexão
1. Noventa e nove versus uma. Por que uma é importante para Deus?
2. “Ovelha perdida” – Como a ovelha se perdeu?
3. “Vai em busca” – Quão voltado para a busca é o amor de Deus?
4. “Até” – Aquele que procura vai em busca de quê?
5. “Alegrai-vos” – Por que salvar nem que seja uma só pessoa é um acontecimento tão alegre?
Criatividade e atividades práticas
Para o professor: Jesus perguntou a Bartimeu: “Que queres que Eu te faça” (Lc 18:41)? Que pergunta solícita,
convidativa, típica do Salvador! Ele é nosso Criador. Ele é nosso Redentor. Ele é nosso capacitador. Todas as
coisas são possíveis nEle e por meio dEle.
Pergunta de aplicação
Pergunte à classe: O que você pediria a Jesus para fazer por você hoje? Encoraje cada aluno a fazer uma curta
lista de três ou quatro necessidades importantes que ele tem e a partilhá-las com a classe.
Planejando atividades: O que sua classe pode fazer, na próxima semana, como resposta ao estudo da lição?
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