O documento discute as mulheres no ministério de Jesus de acordo com o Evangelho de Lucas. Lucas destaca como Jesus valorizava as mulheres e estava atento às suas necessidades, ao contrário da sociedade da época que as via como inferiores. O documento analisa histórias bíblicas como Maria, Isabel, Ana e a mulher pecadora, mostrando como elas receberam Jesus e tiveram papel importante em seu ministério.
O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiro
As mulheres no ministério de Jesus_Lição_original com textos_622015
1. Lições Adultos O evangelho de Lucas
Lição 6 - As mulheres no ministério de Jesus 2 a 9 de maio
❉ Sábado à tarde Ano Bíblico: 1Cr 4–6
VERSO PARA MEMORIZAR: “Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; […] não
pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um
em Cristo Jesus”. Gl 3:26-28.
Leituras da Semana: Lc 1:39-55; 2:36-38; 7:11-17, 36-50; Rm 10:17; Lc 8:1-3; 18:1-8.
O evangelho de Lucas é às vezes chamado de “o evangelho das mulheres” porque, mais do que qualquer
outro, ele menciona, de maneira especial, o quanto Jesus era solícito para com as necessidades das mulheres, e
também quão envolvidas elas estavam em Seu ministério.
No tempo de Jesus, como em algumas culturas de hoje, as mulheres eram consideradas de pouco valor. Alguns
judeus naquela época agradeciam a Deus por não terem nascido como escravos, gentios ou mulheres. A
sociedade grega e a romana às vezes tratavam as mulheres de maneira ainda pior. A cultura romana
desenvolveu uma licenciosidade sem limites. Um homem frequentemente tinha uma esposa apenas para
produzir filhos legítimos que herdassem sua propriedade, e possuía concubinas para seu próprio prazer
pecaminoso.
Jesus trouxe as boas-novas de que elas são filhas de Abraão (Lc 13:16). Quão felizes as mulheres daquela
época devem ter ficado ao ouvir que, em Jesus, elas eram filhas de Deus e, aos Seus olhos, tinham o mesmo
valor dos homens! A mensagem para as mulheres de todas as nações continua sendo a mesma: homens e
mulheres são um em Cristo Jesus.
Lc 13:16, (ACF); 16 E não convinha soltar desta prisão, no dia de sábado, esta filha de Abraão, a qual há
dezoito anos Satanás tinha presa?.
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❉ Domingo - Mulheres que receberam o advento de Jesus Ano Bíblico: 1Cr 7–9
Somente Lucas registra a reação dessas mulheres à maior maravilha da história cósmica: a de que o Filho de
Deus assumiu a carne humana a fim de completar a missão redentora do Pai e cumprir as esperanças
messiânicas de Seu povo. Embora essas mulheres não tivessem compreendido plenamente o que estava
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2. acontecendo, suas palavras e reações diante desses assombrosos eventos revelaram sua fé e admiração para
com as obras de Deus.
● 1. Leia Lucas 1:39-45. O que Isabel disse revelando sua compreensão, ainda que limitada, dos grandes
eventos que estavam ocorrendo?
Lc 1:39-45, (ACF); 39 E, naqueles dias, levantando-se Maria, foi apressada às montanhas, a uma cidade de
Judá, 40 E entrou em casa de Zacarias, e saudou a Isabel. 41 E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de
Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo. 42 E exclamou com grande voz,
e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre. 43 E de onde me provém isto a mim,
que venha visitar-me a mãe do meu Senhor? 44 Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua
saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre. 45 Bem-aventurada a que creu, pois hão de cumprir-se
as coisas que da parte do SENHOR lhe foram ditas.
Depois de Isabel ter falado, Maria deu continuidade com suas próprias palavras (Lc 1:46-55). Frequentemente
compreendidas como um cântico, essas palavras estão cheias de alusões ao Antigo Testamento, atestando que
Maria era uma devota estudante das Escrituras e, assim, mãe adequada para Jesus. O cântico de Maria não só
está fundamentado nas Escrituras, mas também está profundamente embasado em seu relacionamento com
Deus. Nele é revelada uma identidade entre sua alma e seu Senhor, e entre sua fé e a esperança de Abraão.
Lc 1:46-55, (ACF); 46 Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, 47 E o meu espírito se alegra
em Deus meu Salvador; 48 Porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as gerações
me chamarão bem-aventurada, 49 Porque me fez grandes coisas o Poderoso; E santo é seu nome. 50 E a sua
misericórdia é de geração em geração Sobre os que o temem. 51 Com o seu braço agiu valorosamente;
Dissipou os soberbos no pensamento de seus corações. 52 Depôs dos tronos os poderosos, E elevou os
humildes. 53 Encheu de bens os famintos, E despediu vazios os ricos. 54 Auxiliou a Israel seu servo,
Recordando-se da sua misericórdia; 55 Como falou a nossos pais, Para com Abraão e a sua posteridade, para
sempre.
● 2. Leia Lucas 2:36-38. Que importantes verdades são trazidas à luz na história de Ana no templo?
Lc 2:36-38, (ACF); 36 E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Esta era já avançada em
idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua virgindade; 37 E era viúva, de quase oitenta e quatro
anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia. 38 E sobrevindo na
mesma hora, ela dava graças a Deus, e falava dele a todos os que esperavam a redenção em Jerusalém.
Uma esperança expectante encontra seu cumprimento radical em Jesus. Uma idosa viúva reconheceu esse
milagre, e daí em diante escolheu assumir a compulsiva missão de proclamar o Salvador a todos os que fossem
ao templo. Ela se tornou a primeira mulher evangelista, a primeira a proclamar o evangelho.
Tente imaginar a admiração e o assombro dessas mulheres diante dos eventos que estavam ocorrendo ao redor
delas. O que podemos fazer para ajudar a manter viva em nosso coração a admiração e o assombro para com
as grandes verdades que fomos chamados a proclamar?
❉ Segunda - As mulheres e o ministério de cura de Jesus Ano Bíblico: 1Cr 10–12
Leia Lucas 7:11-17, a história sobre o milagre de Naim. Aquela mulher, pobre e viúva, enfrentava outra
provação: a morte de seu único filho. Uma grande multidão de pranteadores estava com ela no cortejo fúnebre,
expressando a dor e a simpatia do público. A perda de seu único filho, juntamente com o futuro incerto da vida
na solidão, transformavam a viúva numa figura de tristeza e desesperança absolutas.
Lc 7:11-17, (ACF); 11 E aconteceu que, no dia seguinte, ele foi à cidade chamada Naim, e com ele iam muitos
dos seus discípulos, e uma grande multidão; 12 E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam
um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade. 13 E, vendo-
a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores. 14 E, chegando-se, tocou o
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3. esquife (e os que o levavam pararam), e disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. E o defunto assentou-se, e
começou a falar. 15 E entregou-o a sua mãe. 16 E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus,
dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo. 17 E correu dele esta fama por
toda a Judéia e por toda a terra circunvizinha.
Mas o cortejo fúnebre que estava saindo da cidade se encontrou com outro cortejo que estava entrando. À
frente do grupo que saía estava a morte num caixão; à frente do grupo que entrava havia a vida na majestade
do Criador. Quando os dois grupos se encontraram, Jesus viu a viúva, desesperada e cheia de dor. “Vendo-a, o
Senhor se compadeceu dela e lhe disse: Não chores!” (Lc 7:13). O pedido para que ela não chorasse teria sido
sem sentido caso não tivesse vindo de Jesus, o Senhor da vida. Por trás da ordem “Não chores!” estava o poder
de remover a razão do choro: Jesus Se achegou, tocou o esquife, e ordenou ao jovem que se levantasse. Esse
toque era considerado uma impureza cerimonial (Nm 19:11-13), mas para Jesus a compaixão era mais
importante que cerimônias. Satisfazer as necessidades humanas era mais urgente do que seguir meros rituais.
Nm 19:11-13, (ACF); 11 Aquele que tocar em algum morto, cadáver de algum homem, imundo será sete dias.
12 Ao terceiro dia se purificará com aquela água, e ao sétimo dia será limpo; mas, se ao terceiro dia se não
purificar, não será limpo ao sétimo dia. 13 Todo aquele que tocar em algum morto, cadáver de algum homem,
e não se purificar, contamina o tabernáculo do SENHOR; e aquela pessoa será extirpada de Israel; porque a
água da separação não foi espargida sobre ele, imundo será; está nele ainda a sua imundícia.
A aldeia de Naim não só testemunhou um grande milagre, mas também recebeu uma mensagem maravilhosa:
em Jesus não há diferença entre as dores emocionais dos homens e as das mulheres. E Sua presença confronta
e confunde o poder da morte.
Leia também Lucas 8:41, 42, 49-56. Jairo era alguém influente – o chefe da sinagoga, isto é, um oficial
encarregado de cuidar da sinagoga e de seus serviços. A cada sábado ele escolhia a pessoa que dirigiria a
oração, a leitura das Escrituras e a pregação. Ele era não apenas importante e influente, mas também rico e
poderoso. Amava a filha, e não hesitou em se aproximar de Jesus e pedir a cura para ela.
Lc 8:41-42, (ACF); 41 E eis que chegou um homem de nome Jairo, que era príncipe da sinagoga; e,
prostrando-se aos pés de Jesus, rogava-lhe que entrasse em sua casa; 42 Porque tinha uma filha única, quase
de doze anos, que estava à morte. E indo ele, apertava-o a multidão.
Lc 8:49-56, (ACF); 49 Estando ele ainda falando, chegou um dos do príncipe da sinagoga, dizendo: A tua filha
já está morta, não incomodes o Mestre. 50 Jesus, porém, ouvindo-o, respondeu-lhe, dizendo: Não temas; crê
somente, e será salva. 51 E, entrando em casa, a ninguém deixou entrar, senão a Pedro, e a Tiago, e a João, e
ao pai e a mãe da menina. 52 E todos choravam, e a pranteavam; e ele disse: Não choreis; não está morta, mas
dorme. 53 E riam-se dele, sabendo que estava morta. 54 Mas ele, pondo-os todos fora, e pegando-lhe na mão,
clamou, dizendo: Levanta-te, menina. 55 E o seu espírito voltou, e ela logo se levantou; e Jesus mandou que
lhe dessem de comer. 56 E seus pais ficaram maravilhados; e ele lhes mandou que a ninguém dissessem o que
havia sucedido.
Nessas histórias, foi o poder das palavras de Jesus que trouxe um filho morto de volta para a mãe e uma filha
morta de volta ao pai. O que esses relatos nos dizem sobre o poder de Deus? O que eles nos dizem sobre quão
limitados somos na compreensão desse poder? E o mais importante: quaisquer que sejam nossas
circunstâncias atuais, o que precisamos fazer para aprender a confiar nesse poder e na bondade do Deus que o
exerce?
❉ Terça - Mulheres de gratidão e fé Ano Bíblico: 1Cr 13–16
Em Lucas 7:36-50, Jesus transformou uma refeição num evento de magnitude espiritual que deu dignidade a
uma mulher pecadora. Simão, um cidadão importante, fariseu, convidou Jesus para uma refeição. Depois de os
convidados já estarem sentados, houve uma repentina interrupção: “Eis que uma mulher da cidade, pecadora”
(v. 37) foi direto até Jesus, rapidamente, quebrou um frasco de alabastro de um perfume muito caro, derramou
o unguento sobre Ele, inclinou-se aos Seus pés e os lavou com suas lágrimas.
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4. Lc 7:36-50, (ACF); 36 E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu,
assentou-se à mesa. 37 E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa
do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento; 38 E, estando por detrás, aos seus pés, chorando,
começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés,
e ungia-lhos com o unguento. 39 Quando isto viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se
este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora. 40 E respondendo,
Jesus disse-lhe: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse: Dize-a, Mestre. 41 Um certo credor tinha dois
devedores: um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro cinquenta. 42 E, não tendo eles com que pagar,
perdoou-lhes a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais? 43 E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim
que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem. 44 E, voltando-se para a mulher, disse a
Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés
com lágrimas, e mos enxugou com os seus cabelos. 45 Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não
tem cessado de me beijar os pés. 46 Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com
unguento. 47 Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a
quem pouco é perdoado pouco ama. 48 E disse-lhe a ela: Os teus pecados te são perdoados. 49 E os que
estavam à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados? 50 E disse à mulher: A tua
fé te salvou; vai-te em paz.
● 3. Que lições podemos aprender com esse transbordamento de gratidão da mulher e com a aceitação de seu
ato de fé por parte de Jesus?
“Quando, aos olhos humanos, seu caso parecia desesperado, Cristo viu em Maria aptidões para o bem. Viu os
melhores traços de seu caráter. O plano da redenção dotou a humanidade de grandes possibilidades, e em
Maria se deviam as mesmas realizar. Mediante Sua graça, tornou-se participante da natureza divina. […] Foi a
primeira a estar junto ao sepulcro, depois da ressurreição. A primeira a proclamar o Salvador ressuscitado”
(Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 568).
Em Lucas 8:43-48, um caso de extrema miséria se torna objeto da suprema consideração do Salvador. Durante
muito tempo a mulher tivera uma doença incurável que lhe havia devastado o corpo e a alma. Contudo, em
meio a essa tragédia que já durava 12 anos, uma centelha de esperança surgiu repentinamente em cena: ela
“ouviu falar de Jesus” (Mc 5:27, NVI). O que ela ouviu falar? Se muito ou pouco, não sabemos. Mas ela sabia
que Jesus Se importava com os pobres; que Ele acolhia os marginalizados pela sociedade; que tocava leprosos;
que transformara água em vinho; e, acima de tudo, que Se interessava por pessoas desesperadas, e ela era uma
delas. Mas apenas ouvir não era suficiente; o ato de ouvir precisava levar à fé (Rm 10:17). E essa fé a levou a
um ato simples de tocar a orla das vestes de Jesus. Esse toque foi movido pela fé, foi proposital, eficaz e
centralizado em Cristo. Somente uma fé assim pode receber a bênção do Doador da vida: “A tua fé te salvou”
(Lc 8:48).
Lc 8:43-48, (ACF); 43 E uma mulher, que tinha um fluxo de sangue, havia doze anos, e gastara com os
médicos todos os seus haveres, e por nenhum pudera ser curada, 44 Chegando por detrás dele, tocou na orla do
seu vestido, e logo estancou o fluxo do seu sangue. 45 E disse Jesus: Quem é que me tocou? E, negando todos,
disse Pedro e os que estavam com ele: Mestre, a multidão te aperta e te oprime, e dizes: Quem é que me
tocou? 46 E disse Jesus: Alguém me tocou, porque bem conheci que de mim saiu virtude. 47 Então, vendo a
mulher que não podia ocultar-se, aproximou-se tremendo e, prostrando-se ante ele, declarou-lhe diante de todo
o povo a causa por que lhe havia tocado, e como logo sarara. 48 E ele lhe disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé
te salvou; vai em paz.
Rm 10:17, (ACF); De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.
É tão fácil olhar para as pessoas e julgá-las! Como podemos aprender a parar de julgar os outros, mesmo em
nossos pensamentos, quando não sabemos o que faríamos se estivéssemos na situação deles?
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5. ❉ Quarta - Algumas mulheres que seguiram Jesus Ano Bíblico: 1Cr 17–20
● 4. Leia Lucas 10:38-42. Que importantes verdades espirituais podemos tirar dessa história para nós mesmos
(ver também Lc 8:14)?
Como anfitriã, Marta estava “ocupada em muitos serviços” (Lc 10:40) e preocupada em fazer o melhor para os
convidados. Mas Maria “quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-Lhe os ensinamentos” (v. 39). A tal
ponto que Marta reclamou para Jesus que todo o trabalho duro tinha ficado para ela. Embora Jesus não tenha
censurado Marta por sua preocupação com o serviço, enfatizou a necessidade de prioridades corretas na vida.
O companheirismo com Jesus é o primeiro ponto essencial no discipulado; o junta-panelas pode vir mais tarde.
Lc 10:38-42, (ACF); 38 E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou Jesus numa aldeia; e certa mulher, por
nome Marta, o recebeu em sua casa; 39 E tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também
aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. 40 Marta, porém andava distraída em muitos serviços; e, aproximando-
se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude. 41 E
respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é
necessária; 42 E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.
“A causa de Cristo requer obreiros cuidadosos e enérgicos. Existe vasto campo para as Martas, com seu zelo
na obra religiosa ativa. Primeiramente, porém, sentem-se elas com Maria aos pés de Jesus. Sejam a diligência,
prontidão e energia santificadas pela graça de Cristo; então a vida será uma invencível força para o bem”
(Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 525).
● 5. Leia Lucas 8:1-3; 23:55, 56; 24:1-12. O que esses versos ensinam sobre o papel das mulheres no
ministério de Cristo?
Lc 8:1-3, (ACF); 1 E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia,
pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele, 2 E algumas mulheres que
haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete
demônios; 3 E Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com
seus bens.
Lc 23:55-56, (ACF); 55 E as mulheres, que tinham vindo com ele da Galiléia, seguiram também e viram o
sepulcro, e como foi posto o seu corpo. 56 E, voltando elas, prepararam especiarias e ungüentos; e no sábado
repousaram, conforme o mandamento.
Lc 24:1-12, (ACF); 1 E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as
especiarias que tinham preparado, e algumas outras com elas. 2 E acharam a pedra revolvida do sepulcro. 3 E,
entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. 4 E aconteceu que, estando elas muito perplexas a esse
respeito, eis que pararam junto delas dois homens, com vestes resplandecentes. 5 E, estando elas muito
atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos?
6 Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, 7 Dizendo: Convém
que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia
ressuscite. 8 E lembraram-se das suas palavras. 9 E, voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos
onze e a todos os demais. 10 E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com
elas estavam, as que diziam estas coisas aos apóstolos. 11 E as suas palavras lhes pareciam como desvario, e
não as creram. 12 Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro e, abaixando-se, viu só os lençóis ali
postos; e retirou-se, admirando consigo aquele caso.
À medida que Seu ministério se expandia, “andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia,
pregando” e ensinando (Lc 8:1), e os 12 discípulos O acompanhavam. Lucas também registra o poderoso
testemunho de que certas mulheres que Jesus havia curado, que foram tocadas por Sua pregação e que eram
ricas, também O seguiam em Seu ministério ampliado. Eis aqui algumas que Lucas menciona: (1) certas
mulheres curadas de espíritos maus, inclusive Maria Madalena; (2) Joana, mulher de Cuza, procurador de
Herodes; (3) Susana; e (4) “muitas outras, as quais Lhe prestavam assistência com os seus bens” (v. 3).
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6. Quando compreendemos que Jesus morreu por todo ser humano, podemos entender melhor a verdadeira
igualdade de todas as pessoas diante de Deus. Refletimos bem essa verdade em nossa atitude para com os
outros? Isto é, como você pode desarraigar, se necessário, qualquer atitude pela qual se incline a olhar para os
outros como se, de alguma forma, tivessem menos valor que você?
❉ Quinta - Persistem na oração, sacrificam-se na doação Ano Bíblico: 1Cr 21–24
Lucas mostra como Jesus Se voltou para duas viúvas a fim de ensinar importantes lições espirituais.
No primeiro caso (Lc 18:1-8), Jesus Se compadeceu de uma pobre e indefesa viúva que estava tendo sérios
problemas em sua luta por justiça com um juiz injusto e poderoso. Ela havia sido vítima de injustiça e fraude,
mas acreditava na regra da lei e na justiça. O juiz, porém, não se importava com Deus nem com as pessoas;
portanto, não estava interessado em ajudar a viúva. Cuidar das viúvas é um requisito bíblico (Êx 22:22-24; Sl
68:5; Is 1:17), mas o juiz tinha prazer em ignorar a lei. Contudo, a viúva tinha uma arma: a perseverança, e
com essa arma ela conseguiu que o juiz se cansasse e lhe fizesse justiça.
Lc 18:1-8, (ACF); 1 E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer, 2
Dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem. 3 Havia
também, naquela mesma cidade, uma certa viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu
adversário. 4 E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus,
nem respeito os homens, 5 Todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não
volte, e me importune muito. 6 E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz. 7 E Deus não fará justiça aos
seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? 8 Digo-vos que depressa
lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?
Ex 22:22-24, (ACF); 22 A nenhuma viúva nem órfão afligireis. 23 Se de algum modo os afligires, e eles
clamarem a mim, eu certamente ouvirei o seu clamor. 24 E a minha ira se acenderá, e vos matarei à espada; e
vossas mulheres ficarão viúvas, e vossos filhos órfãos.
Sl 68:5, (ACF); 5 Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus, no seu lugar santo.
Is 1:17, (ACF); 17 Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão;
tratai da causa das viúvas.
A parábola ensina três importantes lições: (1) orar sempre e nunca desanimar (Lc 18:1), (2) a oração muda as
coisas – até mesmo o coração de um juiz mau, e (3) a fé persistente vence. A verdadeira fé tem um conselho
eterno para todo cristão: nunca desista, mesmo que isso signifique ter que esperar pela vindicação somente no
fim, quando “o Filho do Homem vier” (v. 8).
No segundo caso (Lc 21:1-4; Mc 12:41-44), Jesus tinha acabado de denunciar a hipocrisia e o fingimento
religioso dos escribas e dos líderes do templo, quando lhes mostrou um flagrante contraste: uma viúva pobre
que revelava a natureza da genuína religião.
Lc 21:1-4, (ACF); 1 E, olhando ele, viu os ricos lançarem as suas ofertas na arca do tesouro; 2 E viu também
uma pobre viúva lançar ali duas pequenas moedas; 3 E disse: Em verdade vos digo que lançou mais do que
todos, esta pobre viúva; 4 Porque todos aqueles deitaram para as ofertas de Deus do que lhes sobeja; mas esta,
da sua pobreza, deitou todo o sustento que tinha.
Mc 12:41-44, (ACF); 41 E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a
multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro; e muitos ricos deitavam muito. 42 Vindo, porém, uma pobre
viúva, deitou duas pequenas moedas, que valiam meio centavo. 43 E, chamando os seus discípulos, disse-lhes:
Em verdade vos digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro; 44
Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu
sustento.
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7. Jesus descreveu alguns dos líderes religiosos como aqueles que “devoram as casas das viúvas” (Lc 20:47) e
que infringem a ordem bíblica para que se cuide das viúvas e dos pobres. Como ocorre hoje em dia, muitos
levavam donativos apenas para parecer piedosos; e, pior ainda: o que doavam era do que lhes sobrava. Suas
doações na realidade não envolviam sacrifício pessoal. Em contraste com isso, Jesus pediu que Seus discípulos
olhassem para a viúva como modelo da verdadeira religião, pois ela deu tudo o que tinha. A motivação do
primeiro grupo era a exibição; a motivação da viúva era o sacrifício, bem como a glória de Deus. A força que
impeliu a viúva a doar suas duas moedinhas foi o reconhecimento de que Deus era o dono de tudo o que ela
possuía e a disposição de servi-Lo com tudo o que tinha. O que conta aos olhos do Criador, que tudo vê, não é
o que doamos, mas por que doamos; não quanto damos, mas qual é a medida de nosso sacrifício.
O que, como e quanto você está disposto a sacrificar para a causa de Deus e pelo bem de outros?
❉ Sexta - Estudo adicional Ano Bíblico: 1Cr 1–3
Aquele “que não esqueceu Sua mãe quando em agonia, suspenso na cruz; que apareceu às mulheres em pranto
e as tornou mensageiras da primeira boa-nova do Salvador ressuscitado – […] é o melhor amigo da mulher
hoje e está pronto a ajudá-la em seus relacionamentos da vida” (Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 204).
“O Senhor tem uma obra para as mulheres assim como para os homens. Elas podem ocupar seus lugares em
Sua obra nessa crise, e Ele atuará por meio delas. Uma vez que se deixem possuir pelo senso do dever, e
trabalhem sob a influência do Espírito Santo, terão o domínio de si mesmas que este tempo requer. O Salvador
fará refletir a luz de Seu rosto sobre essas abnegadas mulheres, e lhes dará poder que ultrapassa o dos homens.
Elas podem fazer nas famílias uma obra que os homens não podem realizar, obra que alcança a vida íntima.
Podem chegar bem perto do coração daqueles que estão além do alcance dos homens. Seu trabalho é
necessário” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 464, 465).
Perguntas para reflexão
1. Os evangelhos falam de mulheres como as primeiras a ver o Cristo ressuscitado e a proclamar aos outros
Sua ressurreição. Os apologistas bíblicos têm conseguido usar esse fato para ajudar a afirmar a realidade da
ressurreição de Jesus. Por que o papel das mulheres é tão importante? Se, como alguns afirmam, as histórias
da ressurreição de Jesus foram fabricadas pelos autores, por que eles teriam colocado mulheres, que não eram
tidas em alta estima naquela sociedade, como as primeiras a ver Jesus? Se eles estavam inventando histórias
para tentar fazer com que as pessoas acreditassem, por que usar mulheres em vez de homens?
2. Numa sociedade que nem sempre reconhecia a dignidade das mulheres, Jesus lhes deu o status que lhes
pertence na divina ordem da criação: elas são filhas de Deus, filhas de Abraão, e iguais aos homens na nova
era do evangelho. Ao mesmo tempo, embora sejam iguais perante Deus, homens e mulheres não são idênticos.
Como podemos afirmar a igualdade dos homens e das mulheres perante Deus? Como podemos afirmar e
reconhecer as diferenças, e saber como essas diferenças aparecem na vida da igreja?
Respostas sugestivas:1. Ela reconheceu a Criança especial que se encontrava no ventre de Maria (“Bendita és
tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre!”) e chamou esse Bebê de “meu Senhor”. 2. Se, como
Ana, reconhecermos e experimentarmos que Jesus é o Salvador, falaremos dEle a todas as pessoas com quem
entrarmos em contato. 3. Se amamos a Cristo, devemos demonstrar-Lhe nosso amor, como fez Maria. Jesus
aceitou e apreciou a demonstração de amor de Maria, e anseia receber demonstrações de amor de nossa parte
igualmente. 4. Devemos ser ativos no serviço do Senhor, mas a prioridade é a comunhão com Ele; sem isso
nossos esforços não serão de utilidade alguma. 5. As mulheres muitas vezes acompanhavam Cristo em Suas
viagens e Lhe prestavam assistência com seus bens. Foram as primeiras a proclamar Sua ressurreição.
Auxiliar - Resumo
Texto-chave: Gálatas 3:26-28
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8. O aluno deverá:
Saber: Que Jesus tratava as mulheres com dignidade e igualdade.
Sentir: Que homens e mulheres são iguais em companheirismo cristão.
Fazer: Tratar com igualdade o sexo oposto.
Esboço
I. Saber: Como Jesus Se relacionou com as mulheres em Seu ministério
A. Por que você acha que Lucas, mais do que qualquer outro evangelho, enfatiza os papéis afirmativos
desempenhados pelas mulheres no ministério de Jesus? Considere, por exemplo, Lucas 2:36-38; 8:1-3; 10:38-
42.
B. Lucas 24:1-11 diz que a ressurreição de Cristo foi primeiro revelada às mulheres, e que elas foram as
primeiras portadoras das boas-novas. O que isso diz sobre o papel que as mulheres desempenharam na
proclamação do evangelho?
II. Sentir: Que as mulheres têm papéis a desempenhar no ministério de Cristo
A. A partir da resposta de Maria ao ouvir que devia dar à luz o bebê Jesus (Lc 1:28-38) e a partir de seu
cântico de dedicação própria (v. 41-55), quais são as lições que podemos aprender sobre a importância do
papel das mulheres no ministério?
B. Como você pode servir melhor os pobres e os indefesos em sua igreja após ler sobre a interação de Jesus
com pessoas dessas duas classes em Lucas 18:1-8 e 21:1-4?
III. Fazer: Tratar o sexo oposto com imparcialidade
A. Todos os membros da igreja – homens e mulheres – têm um papel a desempenhar no plano e na missão de
Deus. Quais são esses papéis?
B. A cultura frequentemente transmite, de geração a geração, a desigualdade entre homens e mulheres. De que
forma você, como cristão, pode vencer as pressões da cultura? Você pode dar alguns exemplos bíblicos nos
quais essa desigualdade foi vencida?
Resumo: Paulo, por ocasião de sua conversão, descobriu que, em Cristo, não há judeu nem gentio, não há
homem nem mulher, não há livre nem escravo. Lucas, é claro, remonta a origem dessa unidade aos ensinos e à
prática do próprio Jesus. Como devemos refletir a atitude de Jesus no papel que atribuímos às mulheres no
ministério de nossa igreja local?
Ciclo do Aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Lucas 7:36-50
Conceito-chave para o crescimento espiritual: De todos os resultados do pecado, nenhum é tão problemático e
destrutivo para as relações humanas como o pecado da tendência à divisão entre pessoa e pessoa – seja com
base em sexo, raça, cor ou nacionalidade. Tanto a criação (Gn 1:26, 27) como a redenção (Jo 3:16) proclamam
a unidade da humanidade.
Para o professor: Oriente a discussão de tal forma que, embora permita respeitosamente a diversidade de
opiniões, você reforce o princípio de que, independentemente das nossas diferenças, devemos olhar a Cristo
como modelo para nossas relações com os outros, especialmente em áreas de conflito potencial relacionado a
sexo ou raça, cor ou credo.
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9. Discussão de abertura
A igreja cristã tem um padrão elevado à altura do qual devemos viver: a unidade e a dignidade com base em
um só Deus, um só Senhor, um só Espírito e uma só fé. À luz dessa confissão de fé, podem ser justificáveis as
tensões raciais, a desigualdade entre homens e mulheres ou o preconceito social em qualquer situação,
particularmente dentro da igreja? Justifique sua resposta.
Compreensão
Para o professor: “Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os
criou” (Gn 1:27). A partir dessa afirmação inicial na criação do homem e da mulher, as Escrituras exaltam a
dignidade de todos os seres humanos. Em nenhuma parte, essa igualdade e dignidade do homem e da mulher é
tão predominante quanto no Novo Testamento, especialmente nos ensinos e no ministério de Jesus.
Na lição desta semana, nos concentramos no papel que as mulheres desempenharam no ministério de Jesus, e
no modo como o Senhor Se relacionou com elas com graça e dignidade. Comece com a descrição bíblica da
resposta das mulheres ao nascimento de Jesus, e depois recapitule como Ele ministrou a elas. Então se
concentre na maneira pela qual as mulheres foram escolhidas para serem as primeiras mensageiras da
ressurreição.
Comentário Bíblico
I. As mulheres e o Jesus infante (Recapitule com a classe Lc 1:41-56; 2:36-38.)
Dos quatro evangelhos, somente Lucas apresenta tantos detalhes sobre a reverência e a admiração com as
quais três mulheres receberam a boa-nova do Salvador que nasceria. O fato de o evangelho de Lucas enfatizar
desde o início a escolha que Deus fez de três mulheres para levar a alegre notícia do Messias diz muito sobre a
dignidade que o Novo Testamento confere às mulheres.
Maria. “Agraciada” e “bendita” (Lc 1:28, ARC), Maria foi divinamente escolhida para ser não só a mãe de
Jesus, mas também a primeira anunciadora da missão do Messias. O glorioso cântico “Magnificat” de Maria
prediz quatro revoluções que Jesus traria à História: uma revolução espiritual que conferiria a terna
misericórdia e graça de Deus a todos aqueles que O temem (Lc 1:46-50); uma revolução moral que revelaria a
força de Deus (Lc 1:51); uma revolução social (v. 51-54) que desafiaria os orgulhosos, derribaria “do seu trono
os poderosos”, encheria “de bens os famintos” e acabaria com o orgulho dos ricos; e uma revolução profética
que estabeleceria para sempre o reino prometido a Abraão (v. 55). Assim, uma moça torna-se a cantora e a
anunciadora da esperança dos redimidos.
Isabel. Sendo ela própria motivo de admiração por estar prestes a se tornar a mãe daquele que preparará o
caminho para o Messias, Isabel repentinamente descobre a maior maravilha de todas: sua prima, a virgem
Maria, logo se tornará “a mãe do [seu] Senhor” (v. 43). Sob o impulso do Espírito Santo, Isabel passa a
proferir um cântico profético com três bênçãos e três confissões (v. 42-45). Considere quão profundas e
significativas são as palavras dessa mulher idosa e faça um gráfico de suas bênçãos e confissões.
Ana. Com 84 anos, viúva havia muito tempo, e pobre, essa profetisa vivia na esperança do cumprimento da
promessa do Messias e falava todos os dias no recinto do templo, a todos os que quisessem ouvir, que a
promessa nunca falharia (Lc 2:36-38). Essa fé firme e inabalável foi recompensada quando ela viu o Jesus
recém-nascido ser trazido ao templo. Nem a idade nem o sexo nem o status podem obscurecer ou apagar a
grande esperança do Salvador vindouro.
Pense nisto: De que maneira Maria, Isabel e Ana reforçam a verdade de que todos os membros da igreja têm
um papel a desempenhar no plano e na missão de Deus? O que você pode fazer para ajudar sua igreja a
cultivar e a utilizar o potencial de seus membros, particularmente daqueles que pertencem à classe
negligenciada e marginalizada do corpo de Cristo?
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10. II. Jesus ministrou às mulheres (Recapitule com a classe Lc 7:36-50; Lc 8:43-48.)
A maioria dos grandes personagens que desfilam ao longo da narrativa bíblica e da proclamação profética são
homens, e isso tem levado muitos a acusarem a Bíblia de ser um livro voltado para a dominação masculina;
contudo, nenhum outro texto religioso do mundo fez tanto como a Palavra de Deus para libertar as mulheres e
proclamar sua dignidade.
Ao passo que o Antigo Testamento está cheio de testemunhos sobre mulheres que ocuparam posições de
ministério e liderança (Sara, Miriã, Rute, Noemi, Ester, Débora, só para mencionar algumas), o Novo
Testamento proclama que Cristo aboliu a parede de separação e que nEle não há homem nem mulher, nem
quaisquer outras distinções divisionais (Gl 3:28, 29; Ef 2:14-22). Dentro desse contexto bíblico, é notável ver
que Lucas, mais do que qualquer outro evangelho, enfatiza a dignidade, o respeito e a honra que Jesus conferiu
às mulheres e, igualmente, a maneira como Ele recebeu o papel desempenhado por elas em Seu ministério –
tudo isso em uma época e em uma sociedade tão negativas em relação às mulheres. Note alguns exemplos:
- As mulheres receberam de Jesus curas e ressurreições. Dos 15 milagres de cura registrados por Lucas, cinco
tocaram a vida de mulheres (Lc 4:38, 39; 7:11-17; 8:41-48, 49-56; 13:10-17).
- As mulheres se tornaram aprendizes, seguidoras e apoiadoras de Jesus (Lc 10:38-42; 8:1-3).
- As mulheres se tornaram exemplos mencionados por Jesus de pessoas persistentes na oração (Lc 18:1-8) e
liberais na doação com sacrifício próprio (Lc 21:1-4).
- As mulheres ministraram junto à cruz (Lc 23:55, 56), tornando-se as primeiras testemunhas da ressurreição
de Cristo (Lc 24:1-11).
Atividade de discussão
A autossuficiência é o maior inimigo da salvação. Os fariseus se sentiam autossuficientes e, portanto,
acreditavam que não precisavam de nada, nem mesmo da graça de Deus, que é o único meio de obter perdão.
Contraste a autossuficiência destrutiva deles com a humildade da mulher que ungiu os pés de Jesus: ela sentiu
uma enorme necessidade interior, buscou a Jesus com fé e gratidão e recebeu aquelas preciosas palavras de
promessa: “A tua fé te salvou; vai-te em paz” (Lc 7:50).
Pense nisto: Que tipo de fé tem o poder de chamar a atenção de Cristo, fazê-Lo parar no meio da rua principal,
trazer cura a um corpo em decadência e propósito a uma alma sem direção? (Lc 8:43-48).
III. As mulheres, as primeiras anunciadoras (Recapitule com a classe Lc 24:1-7, 9-11, 22.)
Embora Lucas registre várias mulheres que serviram a Jesus fielmente em Seu ministério (Lc 8:1-3, 10:38-42),
é significativo que as mulheres foram as últimas a sair de perto da cruz (Lc 23:55, 56) e as primeiras a
testemunhar a tumba vazia ao terceiro dia (Lc 24:1-7). Também foram as primeiras a proclamar as boas-novas
do Salvador ressurreto (v. 9-11). Em uma época e sociedade em que as mulheres recebiam pouca consideração,
o Céu conferiu a elas o privilégio singular de ser as primeiras a proclamar a ressurreição de Jesus.
Perguntas para discussão
1. Por que as mulheres foram escolhidas como as primeiras testemunhas e as primeiras anunciadoras da
Ressurreição? (Ver Lc 24:10-12.)
2. Como essa escolha sinaliza que Deus estava atribuindo também às mulheres um papel a desempenhar na
disseminação do evangelho?
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11. Aplicação
Para o professor: Lucas, como o primeiro historiador da igreja, registrou cuidadosamente o papel das
mulheres, não só no ministério de Jesus, mas também no desenvolvimento da igreja primitiva. Em Atos, Lucas
fala de Safira, Priscila, Drusila, Berenice, Tabita, Rode, Lídia e várias outras mulheres. Para Lucas, as boas-
novas do evangelho são, igualmente, para homens e mulheres; e o mesmo ocorre com a proclamação e a
disseminação do evangelho.
Perguntas para reflexão
Segundo os evangelhos e o livro de Atos, as mulheres desempenharam um papel significativo no ministério e
na proclamação do evangelho. O que isso nos ensina sobre o valor que Deus coloca sobre as mulheres em Sua
obra, tanto naquela época como hoje em dia?
Criatividade e atividades práticas
Para o professor: Jesus disse amorosamente à filha de Jairo, de 12 anos, que estava morta: “Menina, levanta-
te” (Lc 8:54). Que amor! Que ternura! As crianças são preciosas aos olhos de Jesus. O abuso infantil, tão
comum hoje em dia, viola a inocência de uma criança e coloca, tanto sobre as vítimas quanto sobre os
perpetradores, um fardo de sofrimento por toda a vida. Este é um pecado letal.
Discussão
Traga para a classe alguns recortes de jornal sobre casos recentes de abuso de crianças. Ou pergunte aos
membros de sua classe se eles conhecem casos assim. Depois discuta: Como vocês devem reagir ao abuso
infantil se o perceberem na família, na igreja, na escola ou em qualquer outro lugar?
Planejando atividades: O que sua classe pode fazer, na próxima semana, como resposta ao estudo da lição?
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