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Lições Adultos

O Santuário

Lição 4 - Lições do santuário

19 a 26 de outubro

Sábado à tarde
VERSO PARA MEMORIZAR: “E

Ano Bíblico: Mc 15, 16
Me farão um santuário, para que Eu possa habitar no meio deles” (Êx 25:8).

Leituras da Semana: Êx 40:9, 10; Lv 19:2; 1Pe 1:14-16; Êx 31:2-11; Rm 3:25-28; 1Rs 8:31-53; Sl 73:1-7
O santuário é um dos principais instrumentos divinos para nos ensinar o significado do evangelho. Ao estudarmos o
santuário nesta semana, a ilustração acima será útil.
A lição desta semana focaliza algumas das principais ideias providas pelo santuário terrestre. Posteriormente, estudaremos
o sistema de sacrifícios.
Domingo - Lugar da presença

Ano Bíblico: Lc 1, 2

1. Qual foi o propósito do santuário terrestre no deserto? Que verdade impressionante isso nos ensina sobre o amor de
Deus por nós? Êx 25:8
E me farão um santuário, e habitarei no meio deles. Ex 25:8.
No Jardim do Éden, o pecado rompeu o relacionamento face a face entre Deus e a humanidade. O pecado privou nossos
primeiros pais da livre comunhão com Deus. No entanto, o Criador ainda desejava nos atrair a Ele e desfrutar um profundo
relacionamento de aliança com a humanidade caída. Ele começou esse processo ali mesmo no Éden. Séculos mais tarde,
ao salvar Israel do Egito e estabelecer o santuário e o sistema de sacrifícios, Deus tomou novamente a iniciativa de trazer a
humanidade de volta à Sua presença.
O santuário, portanto, testifica do incessante desejo divino de habitar entre Seu povo. Esse é o plano de Deus (Sl 132:13,
14). Seu objetivo final é relacionamento, e o santuário foi o meio que Ele escolheu para alcançar esse fim. O santuário é a
prova concreta da presença divina com Seu povo na Terra.
Porque o SENHOR elegeu a Sião; desejou-a para sua habitação, dizendo:
habitarei, pois o desejei. Sl. 132:13, 14.

14

Este é o meu repouso para sempre; aqui

A partir da descrição do livro de Números capítulo 2, fica evidente que o tabernáculo estava localizado no centro do
acampamento quadrado onde, normalmente, no antigo Oriente Médio, o rei colocava sua tenda. Assim, o tabernáculo
simboliza que Deus é o Rei de Israel.
Mas os levitas assentarão as suas tendas ao redor do tabernáculo do Testemunho, para que não haja indignação sobre a
congregação dos filhos de Israel; pelo que os levitas terão o cuidado da guarda do tabernáculo do Testemunho. Nm. 1:53.
Os filhos de Israel assentarão as suas tendas, cada um debaixo da sua bandeira, segundo as insígnias da casa de seus
pais; ao redor, defronte da tenda da congregação, assentarão as suas tendas. Nm. 2:2.
Os levitas, por sua vez, colocavam suas tendas ao redor do tabernáculo (Nm 1:53), e as outras tribos acampavam ao redor
deles, a certa “distância”, em grupos de três (Nm 2:2). Isso ilustra de forma concreta, tanto a proximidade quanto a distância
de Deus.

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Outra finalidade do santuário era prover local para um sistema de adoração centralizado e divinamente ordenado. Uma vez
que a presença de Deus no meio do povo era prejudicada por suas impurezas e falhas morais, Ele proveu um sistema de
sacrifícios e ofertas mediante os quais pecadores poderiam viver e permanecer na presença de um Deus santo.
Assim, nesse contexto, o santuário revelou detalhes sobre o plano da redenção, que incluía não apenas os sacrifícios, mas
também o ministério sacerdotal.
No santuário, o Criador do Universo (Jo 1:1-3), humilhou-Se para habitar entre pessoas sem lar, peregrinos no deserto.
Como esse fato ajuda a evitar os preconceitos étnicos, sociais ou culturais contra as pessoas?
No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Jo 1:1-3.

2 Ele

Segunda - “Sede santos”

estava no princípio com Deus.

3 Todas

as

Ano Bíblico: Lc 3–5

“Tomarás o óleo da unção, e ungirás o tabernáculo e tudo o que nele está, e o consagrarás com todos os seus pertences; e
será santo. Ungirás também o altar do holocausto e todos os seus utensílios e consagrarás o altar; e o altar se tornará
santíssimo” (Êx 40:9, 10).
Êxodo 40:9, 10 mostra que o santuário devia ser considerado “santo”. A ideia básica da santidade é separação e
singularidade, bem como o senso de pertencer a Deus.
“O ritual simbólico era o elo entre Deus e Israel. As ofertas sacrificais tinham o propósito de prefigurar o sacrifício de Cristo
e, assim, preservar no coração das pessoas uma fé inabalável no Redentor vindouro. Para que o Senhor aceitasse seus
sacrifícios, continuasse presente com elas e, por outro lado, para que o povo tivesse um correto conhecimento do plano da
salvação e uma compreensão adequada de seu dever, era da máxima importância que fossem mantidas, por parte de todos
os que estavam associados ao santuário, santidade de coração e pureza de vida, reverência a Deus e estrita obediência
aos Seus requisitos” (Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista, v. 2, p. 1116).
2. Qual é a principal razão para que o povo seja santo? Lv 19:2; 1Pe 1:14-16
Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo.
Lv 19:2.
como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; 15 mas, como
é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, 16 porquanto escrito está:
Sede santos, porque eu sou santo. 1 Pe 1:14-16.
A santidade de Deus nos transforma e separa para um objetivo especial. Sua santidade é a maior motivação para a conduta
ética do Seu povo em todos os aspectos da vida (Lv 19), seja a observância das leis dietéticas (Lv 11:44, 45), a santificação
do sacerdote (Lv 21:8) ou o abandono das paixões anteriores (1Pe 1:14). Obviamente, Deus deseja que cresçamos em
santidade à medida que nos aproximamos dEle. Essa mudança só pode acontecer mediante a submissão da nossa
natureza pecaminosa e disposição de fazer o que é certo, independentemente das consequências.
Portanto, o santificarás, porquanto oferece o pão do teu Deus; santo será para ti, pois eu, o SENHOR que vos santifica, sou
santo. 21:8.
Porque eu sou o SENHOR, vosso Deus; portanto, vós vos santificareis e sereis santos, porque eu sou santo; e não
contaminareis a vossa alma por nenhum réptil que se arrasta sobre a terra. 45 Porque eu sou o SENHOR, que vos faço
subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo. Lv 11:44, 45.
Ao pensar em seus hábitos, gostos, atividades, etc., quanto do que você é, e do que faz, pode ser considerado “santo”? É
uma pergunta difícil, não é mesmo?
Terça - Utensílios do santuário

Ano Bíblico: Lc 6–8

3. Leia Êxodo 31:2-11. O que esses versos nos ensinam sobre a fabricação dos objetos do santuário terrestre? Que relação
existe com Gênesis 1:2? (Leia também Êx 25:9)
Eis que eu tenho chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, 3 e o enchi do Espírito de Deus,
de sabedoria, e de entendimento, e de ciência em todo artifício, 4 para inventar invenções, e trabalhar em ouro, e em prata,
e em cobre, 5 e em lavramento de pedras para engastar, e em artifício de madeira, para trabalhar em todo lavor.
6 E eis que eu tenho posto com ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, e tenho dado sabedoria ao coração de
todo aquele que é sábio de coração, para que façam tudo o que te tenho ordenado, 7 a saber, a tenda da congregação, e a
arca do Testemunho, e o propiciatório que estará sobre ela, e todos os móveis da tenda; 8 e a mesa com os seus utensílios,
e o castiçal puro com todos os seus utensílios, e o altar do incenso; 9 e o altar do holocausto com todos os seus utensílios e
a pia com a sua base; 10 e as vestes do ministério, e as vestes santas de Arão, o sacerdote, e as vestes de seus filhos, para
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administrarem o sacerdócio;
tenho mandado. Ex 31:2-11.

11

e o azeite da unção e o incenso aromático para o santuário; farão conforme tudo que te

E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das
águas. Gn 1:2.
Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o
fareis. Ex 25:9.
De todos os objetos do santuário, a arca do testemunho era o símbolo supremo da presença e santidade de Deus. Seu
nome é derivado das duas tábuas de pedra da lei, chamadas de “testemunho” (Êx 32:15, 16), e que foram colocadas dentro
da arca (Êx 25:16, 21).
E voltou Moisés, e desceu do monte com as duas tábuas do Testemunho na sua mão, tábuas escritas de ambas as bandas;
de uma e de outra banda escritas estavam. 16 E aquelas tábuas eram obra de Deus; também a escritura era a mesma
escritura de Deus, esculpida nas tábuas. Ex 32:15, 16.
Depois, porás na arca o Testemunho, que eu te darei. 17 Também farás um propiciatório de ouro puro; o seu comprimento
será de dois côvados e meio, e a sua largura, de um côvado e meio. 18 Farás também dois querubins de ouro; de ouro
batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório. 19 Farás um querubim na extremidade de uma parte e o outro
querubim na extremidade da outra parte; de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades
dele. 20 Os querubins estenderão as suas asas por cima, cobrindo com as suas asas o propiciatório; as faces deles, uma
defronte da outra; as faces dos querubins estarão voltadas para o propiciatório. 21 E porás o propiciatório em cima da arca,
depois que houveres posto na arca o Testemunho, que eu te darei. Ex 25:16-21.
Sobre a arca foi colocado o “propiciatório” [a tampa da arca], sobre o qual havia dois querubins que o cobriam com suas
asas (Êx 25:17-21). Ele é apropriadamente chamado de “tampa da expiação” (Êx 26:34, NVI, versão em inglês), pois
transmite a ideia de que nosso misericordioso e compassivo Deus reconciliou o povo com Ele e providenciou tudo para que
ele mantivesse um relacionamento de aliança com o Senhor.
Esse era o lugar em que, uma vez por ano, no Dia da Expiação (Yom Kippur, em hebraico), ocorria a expiação pelo povo e
o santuário (Lv 16:14-16). Em Romanos 3:25, Paulo se refere a Jesus como “tampa da expiação” ou “propiciatório”
(geralmente traduzido como “propiciação” ou “sacrifício de expiação”), pois o próprio Jesus é o lugar da redenção, Aquele
por meio de quem Deus fez expiação pelos nossos pecados.
E tomará do sangue do novilho e, com o seu dedo, espargirá sobre a face do propiciatório, para a banda do oriente; e
perante o propiciatório espargirá sete vezes do sangue com o seu dedo. 15 Depois, degolará o bode da oferta pela
expiação, que será para o povo, e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará com o seu sangue como fez com o sangue
do novilho, e o espargirá sobre o propiciatório e perante a face do propiciatório. 16 Assim, fará expiação pelo santuário por
causa das imundícias dos filhos de Israel e das suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e, assim, fará para a
tenda da congregação, que mora com eles no meio das suas imundícias. Lv 16:14-16.
No lugar santo, o primeiro compartimento, o candelabro provia luz continuamente (Lv 24:1-4), e o altar do incenso produzia
a fumaça protetora que ocultava do sacerdote a presença de Deus (Lv 16:12, 13). Sobre a mesa para o pão da presença
eram colocados 12 pães, representando as doze tribos de Israel. Pratos, recipientes para incenso, tigelas e taças (Êx 25:29,
30) também foram colocados sobre a mesa. Embora pouca informação seja dada sobre o significado desses itens, parece
que eles representavam os elementos de uma refeição de aliança (lembrando Êx 24:11) e serviam como lembrete constante
da aliança de Deus com o povo.
E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: 2 Ordena aos filhos de Israel que te tragam azeite de oliveira, puro, batido, para a
luminária, para acender as lâmpadas continuamente. 3 Arão as porá em ordem perante o SENHOR continuamente, desde a
tarde até à manhã, fora do véu do Testemunho, na tenda da congregação; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações. 4
Sobre o castiçal puro porá em ordem as lâmpadas perante o SENHOR continuamente. Lv. 24:1-4.
Tomará também o incensário cheio de brasas de fogo do altar, de diante do SENHOR, e os seus punhos cheios de incenso
aromático moído e o meterá dentro do véu. 13 E porá o incenso sobre o fogo, perante o SENHOR, e a nuvem do incenso
cobrirá o propiciatório, que está sobre o Testemunho, para que não morra. Lv 16:12, 13.
Também farás os seus pratos, e as suas colheres, e as suas cobertas, e as suas tigelas com que se hão de cobrir; de ouro
puro os farás. 30 E sobre a mesa porás o pão da proposição perante a minha face continuamente. Ex 25:29, 30.
Porém ele não estendeu a sua mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel; mas viram a Deus, e comeram, e beberam. Ex
24:11.
Leia Romanos 3:25-28. Que grande esperança podemos tirar da promessa de salvação “pela fé, independentemente das
obras da lei”?
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ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados
dantes cometidos, sob a paciência de Deus; 26 para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja
justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. 27 Onde está, logo, a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não!
Mas pela lei da fé. 28 Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei. Rm 3:25-28.
Quarta - Centro de atividades divinas e comunitárias

Ano Bíblico: Lc 9–11

4. Leia 1 Reis 8:31-53. O que mais esse texto nos ensina sobre a função do santuário?
Se alguém pecar contra o seu próximo e lhe for exigido que jure, e ele vier jurar diante do teu altar nesta casa, 32 ouve
então do céu, age, e julga os teus servos; condena ao culpado, fazendo recair sobre a sua cabeça e seu proceder, e
justifica ao reto, retribuindo-lhe segundo a sua retidão. 33 Quando o teu povo Israel for derrotado diante do inimigo, por ter
pecado contra ti; se eles voltarem a ti, e confessarem o teu nome, e orarem e fizerem súplicas a ti nesta casa, 34 ouve então
do céu, e perdoa a pecado do teu povo Israel, e torna a levá-lo à terra que deste a seus pais. 35 Quando o céu se fechar e
não houver chuva, por terem pecado contra ti, e orarem, voltados para este lugar, e confessarem o teu nome, e se
converterem dos seus pecados, quando tu os afligires, 36 ouve então do céu, e perdoa o pecado dos teus servos e do teu
povo Israel, ensinando-lhes o bom caminho em que devem andar; e envia chuva sobre a tua terra que deste ao teu povo
em herança. 37 Se houver na terra fome ou peste, se houver crestamento ou ferrugem, gafanhotos ou lagarta; se o seu
inimigo os cercar na terra das suas cidades; seja qual for a praga ou doença que houver; 38 toda oração, toda súplica que
qualquer homem ou todo o teu povo Israel fizer, conhecendo cada um a chaga do seu coração, e estendendo as suas mãos
para esta casa, 39 ouve então do céu, lugar da tua habitação, perdoa, e age, retribuindo a cada um conforme todos os seus
caminhos, segundo vires o seu coração (pois tu, só tu conheces o coração de todos os filhos dos homens); 40 para que te
temam todos os dias que viverem na terra que deste a nossos pais. 41 Também quando o estrangeiro, que não é do teu
povo Israel, vier de terras remotas por amor do teu nome 42 (porque ouvirão do teu grande nome, e da tua forte mão, e do
teu braço estendido), quando vier orar voltado para esta casa, 43 ouve do céu, lugar da tua habitação, e faze conforme tudo
o que o estrangeiro a ti clamar, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, e te temam como o teu povo
Israel, e saibam que pelo teu nome é chamada esta casa que edifiquei. 44 Quando o teu povo sair à guerra contra os seus
inimigos, seja qual for o caminho por que os enviares, e orarem ao Senhor, voltados para a cidade que escolheste, e para a
casa que edifiquei ao teu nome, 45 ouve então do céu a sua oração e a sua súplica, e defende a sua causa. 46 Quando
pecarem contra ti (pois não há homem que não peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares ao inimigo, de modo
que os levem em cativeiro para a terra inimiga, longínqua ou próxima; 47 se na terra aonde forem levados em cativeiro
caírem em si, e se converterem, e na terra do seu cativeiro te suplicarem, dizendo: Pecamos e procedemos perversamente,
cometemos iniqüidade; 48 se voltarem a ti de todo o seu coração e de toda a sua alma, na terra de seus inimigos que os
tenham levado em cativeiro, e orarem a ti, voltados para a sua terra, que deste a seus pais, para a cidade que escolheste, e
para a casa que edifiquei ao teu nome, 49 ouve então do céu, lugar da tua habitação, a sua oração e a sua súplica, e
defende a sua causa; 50 perdoa ao teu povo que houver pecado contra ti, perdoa todas as transgressões que houverem
cometido contra ti, e dá-lhes alcançar misericórdia da parte dos que os levarem cativos, para que se compadeçam deles; 51
porque são o teu povo e a tua herança, que tiraste da terra do Egito, do meio da fornalha de ferro. 52 Estejam abertos os
teus olhos à súplica do teu servo e à súplica do teu povo Israel, a fim de os ouvires sempre que clamarem a ti. 53 Pois tu, ó
Senhor Jeová, os separaste dentre todos os povos da terra, para serem a tua herança como falaste por intermédio de
Moisés, teu servo, quando tiraste do Egito nossos pais. 1 Rs 8:31-53. RA
Na cerimônia de dedicação do templo recém-construído, o rei Salomão apresentou sete casos de orações específicas que
poderiam ser feitas no templo, e que exemplificam o amplo papel dele na vida dos israelitas. O templo era um lugar para
buscar perdão (v. 30); para fazer juramentos (v. 31, 32); para fazer súplicas em situações de derrota (v. 33, 34); para fazer
petições em períodos de seca (v. 35, 36) ou em outros desastres (v. 37-40). Ele era também um lugar de oração para o
estrangeiro (v. 41-43), bem como lugar de petição pela vitória (v. 44, 45).
Que o templo foi concebido para ser uma “Casa de Oração para todos os povos” (Is 56:7) torna-se evidente a partir do fato
de que Salomão imaginou o indivíduo israelita, o estrangeiro e todo o povo como suplicantes.
também os levarei ao meu santo monte e os festejarei na minha Casa de Oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios
serão aceitos no meu altar, porque a minha casa será chamada Casa de Oração para todos os povos. Is 56:7.
5. O santuário era basicamente o centro ideológico de toda atividade em Israel. A religião não era parte da vida do fiel, nem
mesmo uma das mais importantes. Ela era a vida. O que isso nos diz sobre o papel da fé em nossa vida?
Quando as pessoas queriam receber conselhos ou julgamento, ou quando se arrependiam de seus pecados, iam para o
santuário. O santuário também foi o centro da vida de Israel durante os anos no deserto. Quando Deus desejava Se
comunicar com o povo, fazia isso a partir do santuário (Êx 25:22). Por isso, ele é apropriadamente chamado de “Tenda do
Encontro” (Lv 1:1, NVI) ou “tenda da congregação”.
E ali virei a ti, e de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do testemunho, falarei contigo
a respeito de tudo o que eu te ordenar no tocante aos filhos de Israel. Ex 25:22. RA
Ora, chamou o Senhor a Moisés e, da tenda da revelação, lhe disse: Lv 1:1. RA
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Sua vida de oração é profunda e rica? Ela fortalece sua fé e muda sua vida? Talvez a primeira pergunta que você precisa
fazer é: Quanto tempo eu passo em oração?
Quinta - “Até que entrei no santuário”

Ano Bíblico: Lc 12–14

Repetidamente, os Salmos mostram que o santuário desempenha papel importante no relacionamento entre os fiéis e
Deus. Bem conhecida é a firme convicção de Davi expressa no fim do Salmo 23, de que ele “[habitaria] na Casa do Senhor
para todo o sempre” (v. 6). O maior desejo de Davi no Salmo 27 era o de estar na presença do Senhor, uma presença que
era mais bem experimentada no santuário. A fim de mostrar quanto amava o santuário, Davi usou ampla variedade de
expressões para se referir a ele, chamando-o de casa do Senhor, templo, tabernáculo e tenda. Era ali que se podia meditar
e “contemplar a beleza do Senhor” (Sl 27:4).
As atividades de Deus no santuário ilustram alguns pontos cruciais: Ele mantém seguro o adorador e o ocultará em seu
tabernáculo, mesmo em tempos difíceis (Sl 27:5). Deus provê refúgio seguro e garante paz de espírito a todos os que vão à
Sua presença. Essas expressões conectam a beleza de Deus ao que Ele faz por Seu povo. Além disso, o ritual do santuário
com seu significado simbólico mostra a bondade e a justiça de Deus.
O objetivo final do desejo mais profundo de Davi não era simplesmente estar no santuário, mas que o Senhor estivesse
presente com ele. Por isso Davi resolveu buscar a Deus (Sl 27:4, 8).
O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei? 2
Quando os malvados investiram contra mim, para comerem as minhas carnes, eles, meus adversários e meus inimigos,
tropeçaram e caíram. 3 Ainda que um exército se acampe contra mim, o meu coração não temerá; ainda que a guerra se
levante contra mim, conservarei a minha confiança. 4 Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do
Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e inquirir no seu templo. 5 Pois no dia da
adversidade me esconderá no seu pavilhão; no recôndito do seu tabernáculo me esconderá; sobre uma rocha me elevará. 6
E agora será exaltada a minha cabeça acima dos meus inimigos que estão ao redor de mim; e no seu tabernáculo
oferecerei sacrifícios de júbilo; cantarei, sim, cantarei louvores ao Senhor. 7 Ouve, ó Senhor, a minha voz quando clamo;
compadece-te de mim e responde-me. 8 Quando disseste: Buscai o meu rosto; o meu coração te disse a ti: O teu rosto,
Senhor, buscarei. Sal. 27:1-8. RA
6. Leia o Salmo 73:1-17. Que ideias Asafe obteve depois de entrar no santuário?
Verdadeiramente bom é Deus para com Israel, para com os limpos de coração. 2 Quanto a mim, os meus pés quase
resvalaram; pouco faltou para que os meus passos escorregassem. 3 Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a
prosperidade dos ímpios. 4 Porque eles não sofrem dores; são e robusto é o seu corpo. 5 Não se acham em tribulações
como outra gente, nem são afligidos como os demais homens. 6 Pelo que a soberba lhes cinge o pescoço como um colar; a
violência os cobre como um vestido. 7 Os olhos deles estão inchados de gordura; trasbordam as fantasias do seu coração. 8
Motejam e falam maliciosamente; falam arrogantemente da opressão. 9 Põem a sua boca contra os céus, e a sua língua
percorre a terra. 10 Pelo que o povo volta para eles e não acha neles falta alguma. 11 E dizem: Como o sabe Deus? e: Há
conhecimento no Altíssimo? 12 Eis que estes são ímpios; sempre em segurança, aumentam as suas riquezas. 13 Na
verdade que em vão tenho purificado o meu coração e lavado as minhas mãos na inocência, 14 pois todo o dia tenho sido
afligido, e castigado cada manhã. 15 Se eu tivesse dito: Também falarei assim; eis que me teria havido traiçoeiramente para
com a geração de teus filhos. 16 Quando me esforçava para compreender isto, achei que era tarefa difícil para mim, 17 até
que entrei no santuário de Deus; então percebi o fim deles. Sl 73:1-17. RA
No Salmo 73, Asafe abordou o problema do sofrimento. Ele não conseguia entender o aparente sucesso dos ímpios (v. 412) enquanto os fiéis eram afligidos. Ele mesmo quase escorregou (v. 1-3), mas entrar no santuário fez diferença (v. 13-17).
Ali Asafe pôde ver o mesmo poder e glória que Davi mencionou no Salmo 63:2 e reconhecer que as condições daquele
momento um dia mudariam e a justiça seria feita. Ele pôde refletir novamente sobre a verdade e receber a reafirmação de
que os ímpios estão em terreno escorregadio (Sl 73:18-20) e os fiéis estão seguros (v. 21-28). Para os que buscam a Deus,
o santuário se torna um lugar de confiança, uma fortaleza de vida, onde Deus os colocará “sobre uma rocha” (Sl 27:5). A
partir da verdade ensinada pelo ritual do santuário, podemos realmente aprender a confiar na bondade e na justiça de
Deus.
para ver a tua fortaleza e a tua glória, como te vi no santuário. Sl 63:2
Certamente, tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição. 19 Como caem na desolação, quase num
momento! Ficam totalmente consumidos de terrores. 20 Como faz com um sonho o que acorda, assim, ó Senhor, quando
acordares, desprezarás a aparência deles. Sl. 73:18-20.
Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto do seu tabernáculo me esconderá; pôr-me-á sobre
uma rocha. Sl. 27:5
Sexta - Estudo adicional

Ano Bíblico: Lc 15–17

Leia de Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 343-358: “O Tabernáculo e Suas Cerimônias”.
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“Para a edificação do santuário, grandes e dispendiosos preparativos eram necessários; grande quantidade dos materiais
mais preciosos e caros era exigida; mas o Senhor aceitava apenas ofertas voluntárias. “De todo homem cujo coração se
mover voluntariamente, dele tomareis a Minha oferta” (Êx 25:2, RC), foi a ordem divina repetida por Moisés à congregação.
A devoção a Deus e o espírito de sacrifício eram os primeiros requisitos ao se preparar uma habitação para o Altíssimo”
(Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 343).
Perguntas para reflexão
1. É difícil ver justiça neste mundo. Sem a esperança final da justiça de Deus, por que não haveria nenhuma esperança de
justiça?
2. Alguém escreveu: “O tabernáculo é um pedaço de terra santa em meio a este mundo que perdeu seu caminho”. O que
isso significa para você?
3. Leia 1 Pedro 1:14-16. De que forma você entende a santidade de Deus? O que significa ser santo? Como podemos nos
tornar santos?
4. Os filhos de Eli são um exemplo de pessoas que estavam “perto” de Deus, mas que perderam o apreço por Sua
santidade (1Sm 2:12-17). Como você pode evitar perder o senso da santidade de Deus? Por que oração, estudo da Bíblia e
obediência são fundamentais para preservar a consciência da Sua santidade?
5. “A parte mais importante do ministério diário era a oferta efetuada em favor do indivíduo. O pecador arrependido trazia a
sua oferta à porta do tabernáculo e, colocando a mão sobre a cabeça da vítima, confessava seus pecados, transferindo-os
assim, figuradamente, de si para o sacrifício inocente. Pela sua própria mão era então morto o animal, e o sangue era
levado pelo sacerdote ao lugar santo e aspergido diante do véu, atrás do qual estava a arca que continha a lei que o
pecador havia transgredido. Por essa cerimônia, mediante o sangue, o pecado era figuradamente transferido para o
santuário” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 354). Como essa citação nos ajuda a compreender a forma pela qual a
“salvação pela fé” era revelada no ritual do santuário?
Respostas sugestivas: 1. Prover um lugar para que Deus habitasse com Seu povo de maneira mais visível. Deus nos ama e
quer estar perto de nós. 2. A santidade de Deus. 3. O Espírito de Deus, que participou da criação da Terra, também instruiu
e inspirou os homens na construção do santuário e seus utensílios. 4. Israel e outras nações deveriam orar no santuário ou
voltados para o santuário, em busca de julgamento, perdão, restauração e bênçãos. 5. “Sem fé é impossível agradar a
Deus” (Hb 11:6). A fé não deve ser um recurso para resolver dificuldades, mas uma maneira de viver. É ser fiel e confiar em
Deus sempre. 6. Ao entrar no santuário, Asafe contrastou a aparente prosperidade dos ímpios com a glória e santidade de
Deus e compreendeu qual seria o fim deles. Uma vida sem Deus não tem nenhum valor.
Auxiliar - Resumo
Texto-chave: Gênesis 22:1-19
O aluno deverá...
Conhecer: A beleza, verdade e bondade de Deus na mensagem do santuário.
Sentir: Imitar a experiência de Davi no santuário.
Fazer: Experimentar não apenas a “oração do santuário”, mas a “vida do santuário”.
Esboço
I. Conhecer: Beleza, verdade e bondade no santuário
A. A busca de Davi estava centralizada no santuário (Sl 27:4). Isso foi um alvo temporário ou foi o objetivo de toda a sua
vida?
B. Davi desejava “contemplar a beleza do Senhor” refletida no santuário. O que isso realmente envolvia?
C. Davi também desejava “aprender [a verdade de Deus] no Seu templo” (Sl 27:4, RC). Qual é a “verdade presente” da
mensagem do santuário a ser investigada atentamente nestes últimos dias?
D. Davi também viu “a bondade do Senhor” no santuário (Sl 27:13). Que experiências foram incluídas nesse encontro (Sl
27:6-12)?
E. A mensagem do santuário é um estilo de vida. Pela fé, é possível entrar agora no santuário celestial confiantemente e
permanecer ali (Hb 4:16; 6:19, 20; 10:19-22; 12:22-24). Isso se refere apenas a uma experiência de oração ou a algo mais?
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II. Sentir: Tornando real a experiência do santuário
Como podemos imitar o desejo de Davi de estar no santuário? Como podemos ter um estilo de vida que experimente a
beleza, verdade e bondade de Deus no santuário?
III. Fazer: Experimentar a vida do santuário
Decidir experimentar a “oração do santuário” e a “vida do santuário” de modo mais incessante.
Resumo:Podemos aprender e experimentar lições da beleza, verdade e bondade no santuário.
Ciclo do Aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Salmo 27:4
Conceito-chave para o crescimento espiritual: As lições do santuário podem ser sintetizadas em três qualidades: “beleza,
verdade e bondade”, resumidas no cântico de Davi para o santuário (Sl 27).
Somente para o professor: No Salmo 27:4, Davi corajosamente identifica seu objetivo único na vida, sua grande súplica:
“Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida.” A “casa do
Senhor” é outro termo para o santuário. A busca sincera de Davi estava focalizada no santuário! No Salmo 27, ele resume a
tríplice experiência que desejava ter no santuário. O verso 4 mostra duas facetas dessa experiência: “contemplar a
formosura do Senhor e aprender [a verdade] no seu templo” (RC, itálicos acrescentados). A palavra hebraica traduzida
como “aprender” (ou meditar), Baqar, refere-se a um exame cuidadoso da evidência a fim de determinar a verdade de uma
matéria. Na parte final do salmo (no verso exatamente em paralelo com o verso 4) Davi aponta o terceiro aspecto da
experiência do santuário que ele desejava ter: “[ver] a bondade do Senhor” (v. 13). Beleza, verdade, bondade, de acordo
com os filósofos, constituem a “tríplice estrela de valor”, pela qual realmente vale a pena viver e morrer. (Em Patriarcas e
Profetas, p. 595, essas três qualidades são enfatizadas.) Davi insiste que todos esses valores estão envolvidos na
mensagem do santuário.
Atividade de abertura: Pergunte aos alunos: “Se você tivesse apenas um pedido a fazer ao Senhor, somente um objetivo
para buscar na vida, o que escolheria?” Peça que os membros da classe compartilhem suas respostas e, em seguida, leia a
resposta inspirada a essa pergunta, no Salmo 27:4, 13.
Pense nisto: Quando Davi escreveu o Salmo 27, ele era “um fugitivo a quem se procurava prender, encontrando ele refúgio
nas rochas e cavernas do deserto” (Ellen G. White, Educação, p. 164). Comente: O foco principal de Davi sobre o santuário
ocorreu unicamente nesse tempo de circunstâncias especiais, ou permaneceu como sua paixão a vida inteira? (leia 2Sm
7:1-13; 1Cr 22; 28; e 29:1-9; e os numerosos salmos de Davi referindo-se ao santuário.)
Comentário Bíblico
I. Baluarte da beleza (Recapitule com a classe Sl 27:4.)
A palavra hebraica no´am, traduzida como “beleza” é um termo dinâmico, descrevendo a beleza que estimula o espectador
por seu encanto e graça. Davi desejava contemplar no santuário essa beleza do Senhor, uma beleza que o Senhor possui
em Si mesmo (Seu caráter) e que o Senhor também concede. O salmista escreveu: “força e formosura, no Seu santuário”
(Sl 96:6). “Adorai o Senhor na beleza da santidade” (Sl 29:2; 96:9). Pelo menos catorze diferentes palavras hebraicas para
“beleza” são empregadas pelos escritores bíblicos inspirados em sua descrição dessa experiência estética em conexão com
o santuário.
O santuário do deserto “era uma estrutura magnificente. [...]
“Nenhuma linguagem pode descrever a glória do cenário apresentado dentro do santuário [...] tudo não era senão um pálido
reflexo dos esplendores do templo de Deus no Céu” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 347, 349). Imagine apenas os
metais preciosos: de acordo com Êxodo 38:24, 25, a construção dessa tenda portátil no deserto utilizou mais de uma
tonelada de ouro (29 talentos e 730 siclos = 1.000 kg) e quase 4 toneladas de prata (100 talentos e 1.775 siclos = 3.440 kg).
Imagine a beleza incomparável do templo de Salomão, que foi “a estrutura mais magnificente” já erigida por “mãos
humanas”, e no entanto era apenas um “pálido reflexo” da “imensidade e glória” do santuário celestial” (O Grande Conflito,
p. 414).
Para ajudar sua imaginação, considere que, em 1 Crônicas 22:14, Davi coletou para uso no templo 100 mil talentos de ouro,
cerca de 3.500 toneladas (que valem bilhões de dólares) e um milhão de talentos de prata, cerca de 35 mil toneladas. Sobre
a beleza do santuário aprendemos que (1) Deus é um grande amante do que é belo (Êx 28:2, 40; 2Cr 3:6); (2) O caráter de
Deus revelado no santuário é lindo. Por exemplo, Sua santidade (Lv 19:2; Sl 96:9); (3) Os divinos caminhos da salvação,
tipificados no santuário (Sl 77:13), são belíssimos; e (4) Ele anseia conceder-nos o mesmo caráter belo (1Pe 1:16).
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Pense nisto: Como deve ser a beleza da arquitetura e decoração dos “santuários” das nossas igrejas?
II. Templo da verdade (Recapitule com a classe Sl 27:4, parte b.)
Davi não apenas desejava ver a beleza do Senhor no santuário, mas “aprender [a verdade] no Seu templo” (RC). A
mensagem do santuário não é apenas uma experiência de incrível beleza, mas também é uma busca reflexiva e diligente
da verdade.
Nos 150 salmos, há em média uma referência explícita ao santuário para cada salmo, e essas referências sugerem muitas
verdades relacionadas ao santuário, como adoração e louvor (Sl 96:9; 150:1), Juízo (Sl 11:4, 5) e oração (Sl 28:2). O
salmista ia ao santuário quando estava tentando entender por que os maus prosperam enquanto os justos sofrem, e no
santuário (talvez enquanto assistia o fogo consumindo o sacrifício, o que representa o castigo divino sobre o pecado), ele
compreendeu “o fim deles” (Sl 73:17). A verdade presente da mensagem do santuário para estes últimos dias está
concentrada especialmente nos livros apocalípticos de Daniel e Apocalipse, que estudaremos em lições posteriores. Cada
um de nós deve estudar a mensagem do santuário por nós mesmos, buscando diligentemente compreender sua verdade à
luz das Escrituras.
Pense nisto: Que aspectos da “verdade presente” da mensagem do santuário são mais centrais e mais fortemente
contestados hoje em dia?
III. Fortaleza da bondade (Recapitule com a classe Sl 27:5-13.)
Não é suficiente ver a beleza da tipologia do santuário ou compreender a verdade do santuário para estes últimos dias. O
santuário não é apenas um objeto de contemplação estética ou estímulo intelectual. É uma realidade viva. Davi mostrou
como a “bondade de Deus” encontrada no santuário é experimentada na vida prática. Ele descreveu como encontrou
proteção e defesa no santuário (v. 5, 11, 12), e mostrou que essa compreensão o levou espontaneamente à alegre
adoração (v. 6b). E no ápice do salmo, Davi apresentou o sentido último do santuário como comunhão pessoal com o Deus
do santuário: “Quando Tu disseste: Buscai o Meu rosto, o meu coração Te disse a Ti: O Teu rosto, Senhor, buscarei” (v. 8,
RC). O salmo para o santuário termina com uma esperança para o futuro, quando ocorrerá a vindicação final junto com a
revelação plena de Deus no Seu santuário (v. 14).
Pense nisto: 1. O assunto do santuário é uma mensagem de beleza, verdade e bondade para você? 2. Qual é a relevância
da doutrina do santuário para sua vida pessoal? De que forma isso é uma realidade viva?
Aplicação
Somente para o professor: A planta do santuário do deserto ilustra o plano da salvação (veja a lição de domingo). O arranjo
dos vários móveis do santuário ilustra os principais passos que damos ao ir a Jesus e permanecer em conexão com Ele em
adoração e oração. Siga o sacerdote no divino “caminho do santuário”:
1. Entre em Sua presença (pátio) com ação de graças (Sl 100:4).
2. Experimente o arrependimento, a confissão e o perdão junto ao altar de sacrifício, que representa a cruz (Hb 13:10-13; Lv
4; veja a lição 5).
3. Encontre a purificação do pecado e renovação diária na bacia (Tt 3:5; a palavra grega loutron traduzida como “lavar”
também significa “bacia”).
4. Encontre diariamente o alimento espiritual da Palavra de Deus, na mesa dos “pães da presença” (Êx 25:30, NVI; Jo 6:48,
63; Dt 8:3).
5. Receba o poder do Espírito Santo no candelabro (Ap 4:5).
6. Ofereça orações de intercessão junto ao altar de incenso (Ap 8:4).
7. Encontre profunda purificação no trono de Deus, representado pela arca (Lv 16:30; veja a lição 6).
Atividades práticas
Somente para o professor: O livro de Hebreus dá a mais poderosa lição do santuário: Podemos entrar agora no santuário
celestial pela fé, com ousadia, e, pela fé, até mesmo “viver” no santuário celestial (Hb 4:16; 6:19, 20; 10:19-22; 12:22-24).

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Lições do santuário_Liç_original com textos_442013

  • 1. Lições Adultos O Santuário Lição 4 - Lições do santuário 19 a 26 de outubro Sábado à tarde VERSO PARA MEMORIZAR: “E Ano Bíblico: Mc 15, 16 Me farão um santuário, para que Eu possa habitar no meio deles” (Êx 25:8). Leituras da Semana: Êx 40:9, 10; Lv 19:2; 1Pe 1:14-16; Êx 31:2-11; Rm 3:25-28; 1Rs 8:31-53; Sl 73:1-7 O santuário é um dos principais instrumentos divinos para nos ensinar o significado do evangelho. Ao estudarmos o santuário nesta semana, a ilustração acima será útil. A lição desta semana focaliza algumas das principais ideias providas pelo santuário terrestre. Posteriormente, estudaremos o sistema de sacrifícios. Domingo - Lugar da presença Ano Bíblico: Lc 1, 2 1. Qual foi o propósito do santuário terrestre no deserto? Que verdade impressionante isso nos ensina sobre o amor de Deus por nós? Êx 25:8 E me farão um santuário, e habitarei no meio deles. Ex 25:8. No Jardim do Éden, o pecado rompeu o relacionamento face a face entre Deus e a humanidade. O pecado privou nossos primeiros pais da livre comunhão com Deus. No entanto, o Criador ainda desejava nos atrair a Ele e desfrutar um profundo relacionamento de aliança com a humanidade caída. Ele começou esse processo ali mesmo no Éden. Séculos mais tarde, ao salvar Israel do Egito e estabelecer o santuário e o sistema de sacrifícios, Deus tomou novamente a iniciativa de trazer a humanidade de volta à Sua presença. O santuário, portanto, testifica do incessante desejo divino de habitar entre Seu povo. Esse é o plano de Deus (Sl 132:13, 14). Seu objetivo final é relacionamento, e o santuário foi o meio que Ele escolheu para alcançar esse fim. O santuário é a prova concreta da presença divina com Seu povo na Terra. Porque o SENHOR elegeu a Sião; desejou-a para sua habitação, dizendo: habitarei, pois o desejei. Sl. 132:13, 14. 14 Este é o meu repouso para sempre; aqui A partir da descrição do livro de Números capítulo 2, fica evidente que o tabernáculo estava localizado no centro do acampamento quadrado onde, normalmente, no antigo Oriente Médio, o rei colocava sua tenda. Assim, o tabernáculo simboliza que Deus é o Rei de Israel. Mas os levitas assentarão as suas tendas ao redor do tabernáculo do Testemunho, para que não haja indignação sobre a congregação dos filhos de Israel; pelo que os levitas terão o cuidado da guarda do tabernáculo do Testemunho. Nm. 1:53. Os filhos de Israel assentarão as suas tendas, cada um debaixo da sua bandeira, segundo as insígnias da casa de seus pais; ao redor, defronte da tenda da congregação, assentarão as suas tendas. Nm. 2:2. Os levitas, por sua vez, colocavam suas tendas ao redor do tabernáculo (Nm 1:53), e as outras tribos acampavam ao redor deles, a certa “distância”, em grupos de três (Nm 2:2). Isso ilustra de forma concreta, tanto a proximidade quanto a distância de Deus. ramos@advir.com
  • 2. Outra finalidade do santuário era prover local para um sistema de adoração centralizado e divinamente ordenado. Uma vez que a presença de Deus no meio do povo era prejudicada por suas impurezas e falhas morais, Ele proveu um sistema de sacrifícios e ofertas mediante os quais pecadores poderiam viver e permanecer na presença de um Deus santo. Assim, nesse contexto, o santuário revelou detalhes sobre o plano da redenção, que incluía não apenas os sacrifícios, mas também o ministério sacerdotal. No santuário, o Criador do Universo (Jo 1:1-3), humilhou-Se para habitar entre pessoas sem lar, peregrinos no deserto. Como esse fato ajuda a evitar os preconceitos étnicos, sociais ou culturais contra as pessoas? No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Jo 1:1-3. 2 Ele Segunda - “Sede santos” estava no princípio com Deus. 3 Todas as Ano Bíblico: Lc 3–5 “Tomarás o óleo da unção, e ungirás o tabernáculo e tudo o que nele está, e o consagrarás com todos os seus pertences; e será santo. Ungirás também o altar do holocausto e todos os seus utensílios e consagrarás o altar; e o altar se tornará santíssimo” (Êx 40:9, 10). Êxodo 40:9, 10 mostra que o santuário devia ser considerado “santo”. A ideia básica da santidade é separação e singularidade, bem como o senso de pertencer a Deus. “O ritual simbólico era o elo entre Deus e Israel. As ofertas sacrificais tinham o propósito de prefigurar o sacrifício de Cristo e, assim, preservar no coração das pessoas uma fé inabalável no Redentor vindouro. Para que o Senhor aceitasse seus sacrifícios, continuasse presente com elas e, por outro lado, para que o povo tivesse um correto conhecimento do plano da salvação e uma compreensão adequada de seu dever, era da máxima importância que fossem mantidas, por parte de todos os que estavam associados ao santuário, santidade de coração e pureza de vida, reverência a Deus e estrita obediência aos Seus requisitos” (Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista, v. 2, p. 1116). 2. Qual é a principal razão para que o povo seja santo? Lv 19:2; 1Pe 1:14-16 Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo. Lv 19:2. como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; 15 mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, 16 porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo. 1 Pe 1:14-16. A santidade de Deus nos transforma e separa para um objetivo especial. Sua santidade é a maior motivação para a conduta ética do Seu povo em todos os aspectos da vida (Lv 19), seja a observância das leis dietéticas (Lv 11:44, 45), a santificação do sacerdote (Lv 21:8) ou o abandono das paixões anteriores (1Pe 1:14). Obviamente, Deus deseja que cresçamos em santidade à medida que nos aproximamos dEle. Essa mudança só pode acontecer mediante a submissão da nossa natureza pecaminosa e disposição de fazer o que é certo, independentemente das consequências. Portanto, o santificarás, porquanto oferece o pão do teu Deus; santo será para ti, pois eu, o SENHOR que vos santifica, sou santo. 21:8. Porque eu sou o SENHOR, vosso Deus; portanto, vós vos santificareis e sereis santos, porque eu sou santo; e não contaminareis a vossa alma por nenhum réptil que se arrasta sobre a terra. 45 Porque eu sou o SENHOR, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo. Lv 11:44, 45. Ao pensar em seus hábitos, gostos, atividades, etc., quanto do que você é, e do que faz, pode ser considerado “santo”? É uma pergunta difícil, não é mesmo? Terça - Utensílios do santuário Ano Bíblico: Lc 6–8 3. Leia Êxodo 31:2-11. O que esses versos nos ensinam sobre a fabricação dos objetos do santuário terrestre? Que relação existe com Gênesis 1:2? (Leia também Êx 25:9) Eis que eu tenho chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, 3 e o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência em todo artifício, 4 para inventar invenções, e trabalhar em ouro, e em prata, e em cobre, 5 e em lavramento de pedras para engastar, e em artifício de madeira, para trabalhar em todo lavor. 6 E eis que eu tenho posto com ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, e tenho dado sabedoria ao coração de todo aquele que é sábio de coração, para que façam tudo o que te tenho ordenado, 7 a saber, a tenda da congregação, e a arca do Testemunho, e o propiciatório que estará sobre ela, e todos os móveis da tenda; 8 e a mesa com os seus utensílios, e o castiçal puro com todos os seus utensílios, e o altar do incenso; 9 e o altar do holocausto com todos os seus utensílios e a pia com a sua base; 10 e as vestes do ministério, e as vestes santas de Arão, o sacerdote, e as vestes de seus filhos, para ramos@advir.com
  • 3. administrarem o sacerdócio; tenho mandado. Ex 31:2-11. 11 e o azeite da unção e o incenso aromático para o santuário; farão conforme tudo que te E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. Gn 1:2. Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis. Ex 25:9. De todos os objetos do santuário, a arca do testemunho era o símbolo supremo da presença e santidade de Deus. Seu nome é derivado das duas tábuas de pedra da lei, chamadas de “testemunho” (Êx 32:15, 16), e que foram colocadas dentro da arca (Êx 25:16, 21). E voltou Moisés, e desceu do monte com as duas tábuas do Testemunho na sua mão, tábuas escritas de ambas as bandas; de uma e de outra banda escritas estavam. 16 E aquelas tábuas eram obra de Deus; também a escritura era a mesma escritura de Deus, esculpida nas tábuas. Ex 32:15, 16. Depois, porás na arca o Testemunho, que eu te darei. 17 Também farás um propiciatório de ouro puro; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura, de um côvado e meio. 18 Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório. 19 Farás um querubim na extremidade de uma parte e o outro querubim na extremidade da outra parte; de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele. 20 Os querubins estenderão as suas asas por cima, cobrindo com as suas asas o propiciatório; as faces deles, uma defronte da outra; as faces dos querubins estarão voltadas para o propiciatório. 21 E porás o propiciatório em cima da arca, depois que houveres posto na arca o Testemunho, que eu te darei. Ex 25:16-21. Sobre a arca foi colocado o “propiciatório” [a tampa da arca], sobre o qual havia dois querubins que o cobriam com suas asas (Êx 25:17-21). Ele é apropriadamente chamado de “tampa da expiação” (Êx 26:34, NVI, versão em inglês), pois transmite a ideia de que nosso misericordioso e compassivo Deus reconciliou o povo com Ele e providenciou tudo para que ele mantivesse um relacionamento de aliança com o Senhor. Esse era o lugar em que, uma vez por ano, no Dia da Expiação (Yom Kippur, em hebraico), ocorria a expiação pelo povo e o santuário (Lv 16:14-16). Em Romanos 3:25, Paulo se refere a Jesus como “tampa da expiação” ou “propiciatório” (geralmente traduzido como “propiciação” ou “sacrifício de expiação”), pois o próprio Jesus é o lugar da redenção, Aquele por meio de quem Deus fez expiação pelos nossos pecados. E tomará do sangue do novilho e, com o seu dedo, espargirá sobre a face do propiciatório, para a banda do oriente; e perante o propiciatório espargirá sete vezes do sangue com o seu dedo. 15 Depois, degolará o bode da oferta pela expiação, que será para o povo, e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará com o seu sangue como fez com o sangue do novilho, e o espargirá sobre o propiciatório e perante a face do propiciatório. 16 Assim, fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel e das suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e, assim, fará para a tenda da congregação, que mora com eles no meio das suas imundícias. Lv 16:14-16. No lugar santo, o primeiro compartimento, o candelabro provia luz continuamente (Lv 24:1-4), e o altar do incenso produzia a fumaça protetora que ocultava do sacerdote a presença de Deus (Lv 16:12, 13). Sobre a mesa para o pão da presença eram colocados 12 pães, representando as doze tribos de Israel. Pratos, recipientes para incenso, tigelas e taças (Êx 25:29, 30) também foram colocados sobre a mesa. Embora pouca informação seja dada sobre o significado desses itens, parece que eles representavam os elementos de uma refeição de aliança (lembrando Êx 24:11) e serviam como lembrete constante da aliança de Deus com o povo. E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: 2 Ordena aos filhos de Israel que te tragam azeite de oliveira, puro, batido, para a luminária, para acender as lâmpadas continuamente. 3 Arão as porá em ordem perante o SENHOR continuamente, desde a tarde até à manhã, fora do véu do Testemunho, na tenda da congregação; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações. 4 Sobre o castiçal puro porá em ordem as lâmpadas perante o SENHOR continuamente. Lv. 24:1-4. Tomará também o incensário cheio de brasas de fogo do altar, de diante do SENHOR, e os seus punhos cheios de incenso aromático moído e o meterá dentro do véu. 13 E porá o incenso sobre o fogo, perante o SENHOR, e a nuvem do incenso cobrirá o propiciatório, que está sobre o Testemunho, para que não morra. Lv 16:12, 13. Também farás os seus pratos, e as suas colheres, e as suas cobertas, e as suas tigelas com que se hão de cobrir; de ouro puro os farás. 30 E sobre a mesa porás o pão da proposição perante a minha face continuamente. Ex 25:29, 30. Porém ele não estendeu a sua mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel; mas viram a Deus, e comeram, e beberam. Ex 24:11. Leia Romanos 3:25-28. Que grande esperança podemos tirar da promessa de salvação “pela fé, independentemente das obras da lei”? ramos@advir.com
  • 4. ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; 26 para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. 27 Onde está, logo, a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não! Mas pela lei da fé. 28 Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei. Rm 3:25-28. Quarta - Centro de atividades divinas e comunitárias Ano Bíblico: Lc 9–11 4. Leia 1 Reis 8:31-53. O que mais esse texto nos ensina sobre a função do santuário? Se alguém pecar contra o seu próximo e lhe for exigido que jure, e ele vier jurar diante do teu altar nesta casa, 32 ouve então do céu, age, e julga os teus servos; condena ao culpado, fazendo recair sobre a sua cabeça e seu proceder, e justifica ao reto, retribuindo-lhe segundo a sua retidão. 33 Quando o teu povo Israel for derrotado diante do inimigo, por ter pecado contra ti; se eles voltarem a ti, e confessarem o teu nome, e orarem e fizerem súplicas a ti nesta casa, 34 ouve então do céu, e perdoa a pecado do teu povo Israel, e torna a levá-lo à terra que deste a seus pais. 35 Quando o céu se fechar e não houver chuva, por terem pecado contra ti, e orarem, voltados para este lugar, e confessarem o teu nome, e se converterem dos seus pecados, quando tu os afligires, 36 ouve então do céu, e perdoa o pecado dos teus servos e do teu povo Israel, ensinando-lhes o bom caminho em que devem andar; e envia chuva sobre a tua terra que deste ao teu povo em herança. 37 Se houver na terra fome ou peste, se houver crestamento ou ferrugem, gafanhotos ou lagarta; se o seu inimigo os cercar na terra das suas cidades; seja qual for a praga ou doença que houver; 38 toda oração, toda súplica que qualquer homem ou todo o teu povo Israel fizer, conhecendo cada um a chaga do seu coração, e estendendo as suas mãos para esta casa, 39 ouve então do céu, lugar da tua habitação, perdoa, e age, retribuindo a cada um conforme todos os seus caminhos, segundo vires o seu coração (pois tu, só tu conheces o coração de todos os filhos dos homens); 40 para que te temam todos os dias que viverem na terra que deste a nossos pais. 41 Também quando o estrangeiro, que não é do teu povo Israel, vier de terras remotas por amor do teu nome 42 (porque ouvirão do teu grande nome, e da tua forte mão, e do teu braço estendido), quando vier orar voltado para esta casa, 43 ouve do céu, lugar da tua habitação, e faze conforme tudo o que o estrangeiro a ti clamar, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, e te temam como o teu povo Israel, e saibam que pelo teu nome é chamada esta casa que edifiquei. 44 Quando o teu povo sair à guerra contra os seus inimigos, seja qual for o caminho por que os enviares, e orarem ao Senhor, voltados para a cidade que escolheste, e para a casa que edifiquei ao teu nome, 45 ouve então do céu a sua oração e a sua súplica, e defende a sua causa. 46 Quando pecarem contra ti (pois não há homem que não peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares ao inimigo, de modo que os levem em cativeiro para a terra inimiga, longínqua ou próxima; 47 se na terra aonde forem levados em cativeiro caírem em si, e se converterem, e na terra do seu cativeiro te suplicarem, dizendo: Pecamos e procedemos perversamente, cometemos iniqüidade; 48 se voltarem a ti de todo o seu coração e de toda a sua alma, na terra de seus inimigos que os tenham levado em cativeiro, e orarem a ti, voltados para a sua terra, que deste a seus pais, para a cidade que escolheste, e para a casa que edifiquei ao teu nome, 49 ouve então do céu, lugar da tua habitação, a sua oração e a sua súplica, e defende a sua causa; 50 perdoa ao teu povo que houver pecado contra ti, perdoa todas as transgressões que houverem cometido contra ti, e dá-lhes alcançar misericórdia da parte dos que os levarem cativos, para que se compadeçam deles; 51 porque são o teu povo e a tua herança, que tiraste da terra do Egito, do meio da fornalha de ferro. 52 Estejam abertos os teus olhos à súplica do teu servo e à súplica do teu povo Israel, a fim de os ouvires sempre que clamarem a ti. 53 Pois tu, ó Senhor Jeová, os separaste dentre todos os povos da terra, para serem a tua herança como falaste por intermédio de Moisés, teu servo, quando tiraste do Egito nossos pais. 1 Rs 8:31-53. RA Na cerimônia de dedicação do templo recém-construído, o rei Salomão apresentou sete casos de orações específicas que poderiam ser feitas no templo, e que exemplificam o amplo papel dele na vida dos israelitas. O templo era um lugar para buscar perdão (v. 30); para fazer juramentos (v. 31, 32); para fazer súplicas em situações de derrota (v. 33, 34); para fazer petições em períodos de seca (v. 35, 36) ou em outros desastres (v. 37-40). Ele era também um lugar de oração para o estrangeiro (v. 41-43), bem como lugar de petição pela vitória (v. 44, 45). Que o templo foi concebido para ser uma “Casa de Oração para todos os povos” (Is 56:7) torna-se evidente a partir do fato de que Salomão imaginou o indivíduo israelita, o estrangeiro e todo o povo como suplicantes. também os levarei ao meu santo monte e os festejarei na minha Casa de Oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar, porque a minha casa será chamada Casa de Oração para todos os povos. Is 56:7. 5. O santuário era basicamente o centro ideológico de toda atividade em Israel. A religião não era parte da vida do fiel, nem mesmo uma das mais importantes. Ela era a vida. O que isso nos diz sobre o papel da fé em nossa vida? Quando as pessoas queriam receber conselhos ou julgamento, ou quando se arrependiam de seus pecados, iam para o santuário. O santuário também foi o centro da vida de Israel durante os anos no deserto. Quando Deus desejava Se comunicar com o povo, fazia isso a partir do santuário (Êx 25:22). Por isso, ele é apropriadamente chamado de “Tenda do Encontro” (Lv 1:1, NVI) ou “tenda da congregação”. E ali virei a ti, e de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do testemunho, falarei contigo a respeito de tudo o que eu te ordenar no tocante aos filhos de Israel. Ex 25:22. RA Ora, chamou o Senhor a Moisés e, da tenda da revelação, lhe disse: Lv 1:1. RA ramos@advir.com
  • 5. Sua vida de oração é profunda e rica? Ela fortalece sua fé e muda sua vida? Talvez a primeira pergunta que você precisa fazer é: Quanto tempo eu passo em oração? Quinta - “Até que entrei no santuário” Ano Bíblico: Lc 12–14 Repetidamente, os Salmos mostram que o santuário desempenha papel importante no relacionamento entre os fiéis e Deus. Bem conhecida é a firme convicção de Davi expressa no fim do Salmo 23, de que ele “[habitaria] na Casa do Senhor para todo o sempre” (v. 6). O maior desejo de Davi no Salmo 27 era o de estar na presença do Senhor, uma presença que era mais bem experimentada no santuário. A fim de mostrar quanto amava o santuário, Davi usou ampla variedade de expressões para se referir a ele, chamando-o de casa do Senhor, templo, tabernáculo e tenda. Era ali que se podia meditar e “contemplar a beleza do Senhor” (Sl 27:4). As atividades de Deus no santuário ilustram alguns pontos cruciais: Ele mantém seguro o adorador e o ocultará em seu tabernáculo, mesmo em tempos difíceis (Sl 27:5). Deus provê refúgio seguro e garante paz de espírito a todos os que vão à Sua presença. Essas expressões conectam a beleza de Deus ao que Ele faz por Seu povo. Além disso, o ritual do santuário com seu significado simbólico mostra a bondade e a justiça de Deus. O objetivo final do desejo mais profundo de Davi não era simplesmente estar no santuário, mas que o Senhor estivesse presente com ele. Por isso Davi resolveu buscar a Deus (Sl 27:4, 8). O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei? 2 Quando os malvados investiram contra mim, para comerem as minhas carnes, eles, meus adversários e meus inimigos, tropeçaram e caíram. 3 Ainda que um exército se acampe contra mim, o meu coração não temerá; ainda que a guerra se levante contra mim, conservarei a minha confiança. 4 Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e inquirir no seu templo. 5 Pois no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no recôndito do seu tabernáculo me esconderá; sobre uma rocha me elevará. 6 E agora será exaltada a minha cabeça acima dos meus inimigos que estão ao redor de mim; e no seu tabernáculo oferecerei sacrifícios de júbilo; cantarei, sim, cantarei louvores ao Senhor. 7 Ouve, ó Senhor, a minha voz quando clamo; compadece-te de mim e responde-me. 8 Quando disseste: Buscai o meu rosto; o meu coração te disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei. Sal. 27:1-8. RA 6. Leia o Salmo 73:1-17. Que ideias Asafe obteve depois de entrar no santuário? Verdadeiramente bom é Deus para com Israel, para com os limpos de coração. 2 Quanto a mim, os meus pés quase resvalaram; pouco faltou para que os meus passos escorregassem. 3 Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios. 4 Porque eles não sofrem dores; são e robusto é o seu corpo. 5 Não se acham em tribulações como outra gente, nem são afligidos como os demais homens. 6 Pelo que a soberba lhes cinge o pescoço como um colar; a violência os cobre como um vestido. 7 Os olhos deles estão inchados de gordura; trasbordam as fantasias do seu coração. 8 Motejam e falam maliciosamente; falam arrogantemente da opressão. 9 Põem a sua boca contra os céus, e a sua língua percorre a terra. 10 Pelo que o povo volta para eles e não acha neles falta alguma. 11 E dizem: Como o sabe Deus? e: Há conhecimento no Altíssimo? 12 Eis que estes são ímpios; sempre em segurança, aumentam as suas riquezas. 13 Na verdade que em vão tenho purificado o meu coração e lavado as minhas mãos na inocência, 14 pois todo o dia tenho sido afligido, e castigado cada manhã. 15 Se eu tivesse dito: Também falarei assim; eis que me teria havido traiçoeiramente para com a geração de teus filhos. 16 Quando me esforçava para compreender isto, achei que era tarefa difícil para mim, 17 até que entrei no santuário de Deus; então percebi o fim deles. Sl 73:1-17. RA No Salmo 73, Asafe abordou o problema do sofrimento. Ele não conseguia entender o aparente sucesso dos ímpios (v. 412) enquanto os fiéis eram afligidos. Ele mesmo quase escorregou (v. 1-3), mas entrar no santuário fez diferença (v. 13-17). Ali Asafe pôde ver o mesmo poder e glória que Davi mencionou no Salmo 63:2 e reconhecer que as condições daquele momento um dia mudariam e a justiça seria feita. Ele pôde refletir novamente sobre a verdade e receber a reafirmação de que os ímpios estão em terreno escorregadio (Sl 73:18-20) e os fiéis estão seguros (v. 21-28). Para os que buscam a Deus, o santuário se torna um lugar de confiança, uma fortaleza de vida, onde Deus os colocará “sobre uma rocha” (Sl 27:5). A partir da verdade ensinada pelo ritual do santuário, podemos realmente aprender a confiar na bondade e na justiça de Deus. para ver a tua fortaleza e a tua glória, como te vi no santuário. Sl 63:2 Certamente, tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição. 19 Como caem na desolação, quase num momento! Ficam totalmente consumidos de terrores. 20 Como faz com um sonho o que acorda, assim, ó Senhor, quando acordares, desprezarás a aparência deles. Sl. 73:18-20. Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto do seu tabernáculo me esconderá; pôr-me-á sobre uma rocha. Sl. 27:5 Sexta - Estudo adicional Ano Bíblico: Lc 15–17 Leia de Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 343-358: “O Tabernáculo e Suas Cerimônias”. ramos@advir.com
  • 6. “Para a edificação do santuário, grandes e dispendiosos preparativos eram necessários; grande quantidade dos materiais mais preciosos e caros era exigida; mas o Senhor aceitava apenas ofertas voluntárias. “De todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a Minha oferta” (Êx 25:2, RC), foi a ordem divina repetida por Moisés à congregação. A devoção a Deus e o espírito de sacrifício eram os primeiros requisitos ao se preparar uma habitação para o Altíssimo” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 343). Perguntas para reflexão 1. É difícil ver justiça neste mundo. Sem a esperança final da justiça de Deus, por que não haveria nenhuma esperança de justiça? 2. Alguém escreveu: “O tabernáculo é um pedaço de terra santa em meio a este mundo que perdeu seu caminho”. O que isso significa para você? 3. Leia 1 Pedro 1:14-16. De que forma você entende a santidade de Deus? O que significa ser santo? Como podemos nos tornar santos? 4. Os filhos de Eli são um exemplo de pessoas que estavam “perto” de Deus, mas que perderam o apreço por Sua santidade (1Sm 2:12-17). Como você pode evitar perder o senso da santidade de Deus? Por que oração, estudo da Bíblia e obediência são fundamentais para preservar a consciência da Sua santidade? 5. “A parte mais importante do ministério diário era a oferta efetuada em favor do indivíduo. O pecador arrependido trazia a sua oferta à porta do tabernáculo e, colocando a mão sobre a cabeça da vítima, confessava seus pecados, transferindo-os assim, figuradamente, de si para o sacrifício inocente. Pela sua própria mão era então morto o animal, e o sangue era levado pelo sacerdote ao lugar santo e aspergido diante do véu, atrás do qual estava a arca que continha a lei que o pecador havia transgredido. Por essa cerimônia, mediante o sangue, o pecado era figuradamente transferido para o santuário” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 354). Como essa citação nos ajuda a compreender a forma pela qual a “salvação pela fé” era revelada no ritual do santuário? Respostas sugestivas: 1. Prover um lugar para que Deus habitasse com Seu povo de maneira mais visível. Deus nos ama e quer estar perto de nós. 2. A santidade de Deus. 3. O Espírito de Deus, que participou da criação da Terra, também instruiu e inspirou os homens na construção do santuário e seus utensílios. 4. Israel e outras nações deveriam orar no santuário ou voltados para o santuário, em busca de julgamento, perdão, restauração e bênçãos. 5. “Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11:6). A fé não deve ser um recurso para resolver dificuldades, mas uma maneira de viver. É ser fiel e confiar em Deus sempre. 6. Ao entrar no santuário, Asafe contrastou a aparente prosperidade dos ímpios com a glória e santidade de Deus e compreendeu qual seria o fim deles. Uma vida sem Deus não tem nenhum valor. Auxiliar - Resumo Texto-chave: Gênesis 22:1-19 O aluno deverá... Conhecer: A beleza, verdade e bondade de Deus na mensagem do santuário. Sentir: Imitar a experiência de Davi no santuário. Fazer: Experimentar não apenas a “oração do santuário”, mas a “vida do santuário”. Esboço I. Conhecer: Beleza, verdade e bondade no santuário A. A busca de Davi estava centralizada no santuário (Sl 27:4). Isso foi um alvo temporário ou foi o objetivo de toda a sua vida? B. Davi desejava “contemplar a beleza do Senhor” refletida no santuário. O que isso realmente envolvia? C. Davi também desejava “aprender [a verdade de Deus] no Seu templo” (Sl 27:4, RC). Qual é a “verdade presente” da mensagem do santuário a ser investigada atentamente nestes últimos dias? D. Davi também viu “a bondade do Senhor” no santuário (Sl 27:13). Que experiências foram incluídas nesse encontro (Sl 27:6-12)? E. A mensagem do santuário é um estilo de vida. Pela fé, é possível entrar agora no santuário celestial confiantemente e permanecer ali (Hb 4:16; 6:19, 20; 10:19-22; 12:22-24). Isso se refere apenas a uma experiência de oração ou a algo mais? ramos@advir.com
  • 7. II. Sentir: Tornando real a experiência do santuário Como podemos imitar o desejo de Davi de estar no santuário? Como podemos ter um estilo de vida que experimente a beleza, verdade e bondade de Deus no santuário? III. Fazer: Experimentar a vida do santuário Decidir experimentar a “oração do santuário” e a “vida do santuário” de modo mais incessante. Resumo:Podemos aprender e experimentar lições da beleza, verdade e bondade no santuário. Ciclo do Aprendizado Motivação Focalizando as Escrituras: Salmo 27:4 Conceito-chave para o crescimento espiritual: As lições do santuário podem ser sintetizadas em três qualidades: “beleza, verdade e bondade”, resumidas no cântico de Davi para o santuário (Sl 27). Somente para o professor: No Salmo 27:4, Davi corajosamente identifica seu objetivo único na vida, sua grande súplica: “Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida.” A “casa do Senhor” é outro termo para o santuário. A busca sincera de Davi estava focalizada no santuário! No Salmo 27, ele resume a tríplice experiência que desejava ter no santuário. O verso 4 mostra duas facetas dessa experiência: “contemplar a formosura do Senhor e aprender [a verdade] no seu templo” (RC, itálicos acrescentados). A palavra hebraica traduzida como “aprender” (ou meditar), Baqar, refere-se a um exame cuidadoso da evidência a fim de determinar a verdade de uma matéria. Na parte final do salmo (no verso exatamente em paralelo com o verso 4) Davi aponta o terceiro aspecto da experiência do santuário que ele desejava ter: “[ver] a bondade do Senhor” (v. 13). Beleza, verdade, bondade, de acordo com os filósofos, constituem a “tríplice estrela de valor”, pela qual realmente vale a pena viver e morrer. (Em Patriarcas e Profetas, p. 595, essas três qualidades são enfatizadas.) Davi insiste que todos esses valores estão envolvidos na mensagem do santuário. Atividade de abertura: Pergunte aos alunos: “Se você tivesse apenas um pedido a fazer ao Senhor, somente um objetivo para buscar na vida, o que escolheria?” Peça que os membros da classe compartilhem suas respostas e, em seguida, leia a resposta inspirada a essa pergunta, no Salmo 27:4, 13. Pense nisto: Quando Davi escreveu o Salmo 27, ele era “um fugitivo a quem se procurava prender, encontrando ele refúgio nas rochas e cavernas do deserto” (Ellen G. White, Educação, p. 164). Comente: O foco principal de Davi sobre o santuário ocorreu unicamente nesse tempo de circunstâncias especiais, ou permaneceu como sua paixão a vida inteira? (leia 2Sm 7:1-13; 1Cr 22; 28; e 29:1-9; e os numerosos salmos de Davi referindo-se ao santuário.) Comentário Bíblico I. Baluarte da beleza (Recapitule com a classe Sl 27:4.) A palavra hebraica no´am, traduzida como “beleza” é um termo dinâmico, descrevendo a beleza que estimula o espectador por seu encanto e graça. Davi desejava contemplar no santuário essa beleza do Senhor, uma beleza que o Senhor possui em Si mesmo (Seu caráter) e que o Senhor também concede. O salmista escreveu: “força e formosura, no Seu santuário” (Sl 96:6). “Adorai o Senhor na beleza da santidade” (Sl 29:2; 96:9). Pelo menos catorze diferentes palavras hebraicas para “beleza” são empregadas pelos escritores bíblicos inspirados em sua descrição dessa experiência estética em conexão com o santuário. O santuário do deserto “era uma estrutura magnificente. [...] “Nenhuma linguagem pode descrever a glória do cenário apresentado dentro do santuário [...] tudo não era senão um pálido reflexo dos esplendores do templo de Deus no Céu” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 347, 349). Imagine apenas os metais preciosos: de acordo com Êxodo 38:24, 25, a construção dessa tenda portátil no deserto utilizou mais de uma tonelada de ouro (29 talentos e 730 siclos = 1.000 kg) e quase 4 toneladas de prata (100 talentos e 1.775 siclos = 3.440 kg). Imagine a beleza incomparável do templo de Salomão, que foi “a estrutura mais magnificente” já erigida por “mãos humanas”, e no entanto era apenas um “pálido reflexo” da “imensidade e glória” do santuário celestial” (O Grande Conflito, p. 414). Para ajudar sua imaginação, considere que, em 1 Crônicas 22:14, Davi coletou para uso no templo 100 mil talentos de ouro, cerca de 3.500 toneladas (que valem bilhões de dólares) e um milhão de talentos de prata, cerca de 35 mil toneladas. Sobre a beleza do santuário aprendemos que (1) Deus é um grande amante do que é belo (Êx 28:2, 40; 2Cr 3:6); (2) O caráter de Deus revelado no santuário é lindo. Por exemplo, Sua santidade (Lv 19:2; Sl 96:9); (3) Os divinos caminhos da salvação, tipificados no santuário (Sl 77:13), são belíssimos; e (4) Ele anseia conceder-nos o mesmo caráter belo (1Pe 1:16). ramos@advir.com
  • 8. Pense nisto: Como deve ser a beleza da arquitetura e decoração dos “santuários” das nossas igrejas? II. Templo da verdade (Recapitule com a classe Sl 27:4, parte b.) Davi não apenas desejava ver a beleza do Senhor no santuário, mas “aprender [a verdade] no Seu templo” (RC). A mensagem do santuário não é apenas uma experiência de incrível beleza, mas também é uma busca reflexiva e diligente da verdade. Nos 150 salmos, há em média uma referência explícita ao santuário para cada salmo, e essas referências sugerem muitas verdades relacionadas ao santuário, como adoração e louvor (Sl 96:9; 150:1), Juízo (Sl 11:4, 5) e oração (Sl 28:2). O salmista ia ao santuário quando estava tentando entender por que os maus prosperam enquanto os justos sofrem, e no santuário (talvez enquanto assistia o fogo consumindo o sacrifício, o que representa o castigo divino sobre o pecado), ele compreendeu “o fim deles” (Sl 73:17). A verdade presente da mensagem do santuário para estes últimos dias está concentrada especialmente nos livros apocalípticos de Daniel e Apocalipse, que estudaremos em lições posteriores. Cada um de nós deve estudar a mensagem do santuário por nós mesmos, buscando diligentemente compreender sua verdade à luz das Escrituras. Pense nisto: Que aspectos da “verdade presente” da mensagem do santuário são mais centrais e mais fortemente contestados hoje em dia? III. Fortaleza da bondade (Recapitule com a classe Sl 27:5-13.) Não é suficiente ver a beleza da tipologia do santuário ou compreender a verdade do santuário para estes últimos dias. O santuário não é apenas um objeto de contemplação estética ou estímulo intelectual. É uma realidade viva. Davi mostrou como a “bondade de Deus” encontrada no santuário é experimentada na vida prática. Ele descreveu como encontrou proteção e defesa no santuário (v. 5, 11, 12), e mostrou que essa compreensão o levou espontaneamente à alegre adoração (v. 6b). E no ápice do salmo, Davi apresentou o sentido último do santuário como comunhão pessoal com o Deus do santuário: “Quando Tu disseste: Buscai o Meu rosto, o meu coração Te disse a Ti: O Teu rosto, Senhor, buscarei” (v. 8, RC). O salmo para o santuário termina com uma esperança para o futuro, quando ocorrerá a vindicação final junto com a revelação plena de Deus no Seu santuário (v. 14). Pense nisto: 1. O assunto do santuário é uma mensagem de beleza, verdade e bondade para você? 2. Qual é a relevância da doutrina do santuário para sua vida pessoal? De que forma isso é uma realidade viva? Aplicação Somente para o professor: A planta do santuário do deserto ilustra o plano da salvação (veja a lição de domingo). O arranjo dos vários móveis do santuário ilustra os principais passos que damos ao ir a Jesus e permanecer em conexão com Ele em adoração e oração. Siga o sacerdote no divino “caminho do santuário”: 1. Entre em Sua presença (pátio) com ação de graças (Sl 100:4). 2. Experimente o arrependimento, a confissão e o perdão junto ao altar de sacrifício, que representa a cruz (Hb 13:10-13; Lv 4; veja a lição 5). 3. Encontre a purificação do pecado e renovação diária na bacia (Tt 3:5; a palavra grega loutron traduzida como “lavar” também significa “bacia”). 4. Encontre diariamente o alimento espiritual da Palavra de Deus, na mesa dos “pães da presença” (Êx 25:30, NVI; Jo 6:48, 63; Dt 8:3). 5. Receba o poder do Espírito Santo no candelabro (Ap 4:5). 6. Ofereça orações de intercessão junto ao altar de incenso (Ap 8:4). 7. Encontre profunda purificação no trono de Deus, representado pela arca (Lv 16:30; veja a lição 6). Atividades práticas Somente para o professor: O livro de Hebreus dá a mais poderosa lição do santuário: Podemos entrar agora no santuário celestial pela fé, com ousadia, e, pela fé, até mesmo “viver” no santuário celestial (Hb 4:16; 6:19, 20; 10:19-22; 12:22-24). ramos@advir.com