A lição original com os textos bíblicos tem como finalidade; facilitar a leitura ou mesmo o estudo, os versos estão na sequência correta, evitando a necessidade de procurá-los, o que agiliza, para os que tem o tempo limitado, vc pode levá-la no ipad, no pendrive, celular e etc, ler a qualquer momento e em qualquer lugar que desejar, até sem a necessidade de estar conectado na internet.
Que... “Deus tenha misericórdia de nós e nós abençoe; e faça resplandecer o seu rosto sobre nós. Para que se conheça na terra o teu caminho, e em todas as nações a tua salvação”. Sal. 67:1-2.
Bom Estudo!
1. Lição 7 O Evangelho de Mateus
Senhor de judeus e gentios 7 a 14 de maio
❉ Sábado à tarde Ano Bíblico: 1Cr 21–24
VERSO PARA MEMORIZAR: “Eu, o Senhor, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te
farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios” (Is 42:6).
Leituras da Semana: Mt 14:1-21; Êx 3:14; Mt 14:22-33; Is 29:13; Mt 15:1-20; Mt 15:21-28
Em Mateus 15:24, Jesus disse explicitamente: “Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.”
Não há dúvida de que o ministério de Cristo, durante os anos em que Ele esteve na Terra, foi dirigido
principalmente à nação de Israel.
Porém, como a Bíblia inteira mostra, Israel não era o único povo com o qual Deus Se importava. A razão pela
qual Deus escolheu Israel era que Ele pudesse abençoar todos os povos da Terra. “Assim diz Deus, o Senhor,
que criou os céus e os estendeu, formou a terra e a tudo quanto produz; que dá fôlego de vida ao povo que nela
está e o espírito aos que andam nela. Eu, o Senhor, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e
te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios; para abrires os olhos aos cegos, para tirares da
prisão o cativo e do cárcere, os que jazem em trevas” (Is 42:5-7).
Seria por meio de Israel, ou, mais especificamente, a partir do Messias, que surgiria de Israel, que Deus
alcançaria o mundo todo. Nesta semana estudaremos um pouco mais o esforço de Deus para alcançar todos os
que precisam de salvação.
O Impacto Esperança será no próximo sábado. Milhões de livros Esperança Viva serão distribuídos em todo o
Brasil. Participe!
❉ Domingo - Alimentar os famintos
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2. Um dos atos mais conhecidos de Jesus foi a ocasião em que Ele providenciou alimentação para cinco mil
homens, “além de mulheres e crianças” (Mt 14:21). No entanto, como ocorre com tudo o mais no Novo
Testamento, essa história não aconteceu sem um contexto que nos ajuda a entender ainda mais profundamente
o significado do que Jesus fez.
► Perg. 1. Leia Mateus 14:1-21. O que aconteceu pouco antes da alimentação miraculosa, e que papel esse
evento pode ter desempenhado no que ocorreu a seguir?
(Mt 14:1-21) 1 Por aquele tempo, ouviu o tetrarca Herodes a fama de Jesus 2 e disse aos que o serviam: Este é
João Batista; ele ressuscitou dos mortos, e, por isso, nele operam forças miraculosas. 3 Porque Herodes,
havendo prendido e atado a João, o metera no cárcere, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão; 4
pois João lhe dizia: Não te é lícito possuí-la. 5 E, querendo matá-lo, temia o povo, porque o tinham como
profeta. 6 Ora, tendo chegado o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante de todos e agradou
a Herodes. 7 Pelo que prometeu, com juramento, dar-lhe o que pedisse. 8 Então, ela, instigada por sua mãe,
disse: Dá-me, aqui, num prato, a cabeça de João Batista. 9 Entristeceu-se o rei, mas, por causa do juramento e
dos que estavam com ele à mesa, determinou que lha dessem; 10 e deu ordens e decapitou a João no cárcere.
11 Foi trazida a cabeça num prato e dada à jovem, que a levou a sua mãe. 12 Então, vieram os seus discípulos,
levaram o corpo e o sepultaram; depois, foram e o anunciaram a Jesus. 13 Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali
num barco, para um lugar deserto, à parte; sabendo-o as multidões, vieram das cidades seguindo-o por terra.
14 Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os seus enfermos. 15 Ao cair
da tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: O lugar é deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois,
as multidões para que, indo pelas aldeias, comprem para si o que comer. 16Jesus, porém, lhes disse: Não
precisam retirar-se; dai-lhes, vós mesmos, de comer. 17 Mas eles responderam: Não temos aqui senão cinco
pães e dois peixes. 18 Então, ele disse: Trazei-mos. 19 E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a
relva, tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou. Depois, tendo partido
os pães, deu-os aos discípulos, e estes, às multidões. 20 Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que
sobejaram recolheram ainda doze cestos cheios. 21 E os que comeram foram cerca de cinco mil homens, além
de mulheres e crianças.
► Resp. 1. Uma aparente derrota com a morte de João Batista, o que trouxe tristeza para Jesus. Apesar desse
sofrimento, Jesus Se compadeceu do povo, curou os doentes, pregou o evangelho e multiplicou o alimento.
Ele supriu a necessidade do povo, provando que era o Messias e que João havia sido um vitorioso, pelo fato de
ter dedicado a vida a anunciar o Cristo.
Coloque-se no lugar dos discípulos naquele momento. João Batista, que evidentemente era um homem de
Deus, havia acabado de ser decapitado. Eles sabiam disso, porque tinham dado a notícia a Jesus. Embora o
texto não revele, isso deve ter sido extremamente desanimador para eles. Sem dúvida, sua fé foi provada.
Contudo, depois do que Jesus fez a seguir, a fé dos discípulos deve ter recebido um novo impulso,
especialmente após aquele desapontamento.
Há, porém, um significado muito mais profundo nessa história, independentemente de quanto ela tenha
aumentado a fé dos discípulos. O ato de Jesus ao alimentar o povo fez com que todos se lembrassem do maná
que Deus tinha providenciado para os israelitas no deserto. “Surgiu dentro do judaísmo a tradição de que o
Messias viria numa Páscoa e que, com Sua vinda, o maná começaria a cair novamente. […] Portanto, quando
Jesus alimentou os cinco mil, precisamente antes da Páscoa, ninguém devia ficar surpreso se a multidão
começasse a especular se Ele era o Messias e se Ele estava para fazer um milagre ainda maior: alimentar todas
as pessoas durante todo o tempo, restaurando o maná” (Jon Paulien, John: The Abundant Life Bible Amplifier
[João: Comentário Bíblico Vida Abundante]. Boise: Pacific Press Publishing Association, 1995; p. 139, 140).
Esse era exatamente o tipo de Messias que o povo desejava: Alguém que cuidasse de suas necessidades
exteriores. Naquele momento, as multidões estavam prontas para tornar Jesus rei, mas Ele não tinha vindo
para ser rei, e Sua recusa os desapontou grandemente. Eles tinham suas expectativas, e quando estas não foram
satisfeitas, muitos abandonaram Jesus, embora o Senhor tivesse vindo para fazer muito mais do que supunham
suas expectativas estreitas e mundanas.
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3. Quão estreitas são suas espectativas quanto à maneira de Deus agir?
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❉ Segunda - Senhor de toda a criação
Depois da alimentação miraculosa, Jesus ordenou que Seus discípulos entrassem no barco (Mt 14:22). Ele
desejava tirá-los da confusão e da pressão. Um bom mestre protege seus discípulos daquilo que eles ainda não
estão prontos para enfrentar. “Chamando os discípulos, Jesus ordenou-lhes que tomassem o barco e voltassem
imediatamente para Cafarnaum, deixando-O a despedir a multidão. […] [Eles] protestaram contra essa
medida, mas Jesus falou com uma autoridade que não havia assumido antes para com eles. Sabiam que seria
inútil qualquer oposição de sua parte e, silenciosos, dirigiram-se para o mar”. (O Desejado de Todas as
Nações, p. 378).
► Perg. 2. Leia Mateus 14:23-33. O que esses versos revelam sobre quem era Jesus e acerca da natureza da
salvação?
(Mt 14:23-33) 23 E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá
estava ele, só. 24 Entretanto, o barco já estava longe, a muitos estádios da terra, açoitado pelas ondas; porque o
vento era contrário. 25 Na quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando por sobre o mar. 26 E os
discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados
de medo, gritaram. 27 Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais!
28Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas. 29 E ele disse:
Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus. 30 Reparando, porém, na
força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor! 31 E, prontamente, Jesus,
estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste? 32 Subindo ambos para o
barco, cessou o vento. 33 E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus!
► Resp. 2. Ele é o Deus Eu Sou, que anda sobre as águas e acalma os ventos, que chega no momento da nossa
maior necessidade e acalma nosso coração. Quando estamos afundando em meio às ondas, por causa da nossa
falta de fé, Ele nos estende a mão, nos salva e acaba com a dúvida.
Um momento revelador ocorreu quando os aterrorizados discípulos ficaram imaginando quem estaria andando
na água em sua direção. Jesus lhes disse: “Tende bom ânimo! Sou Eu. Não temais” (v. 27). A expressão “Sou
Eu” é outra maneira de traduzir a expressão grega ego eimi, que significa “Eu Sou”. Esse é o nome do próprio
Deus (ver também Êx 3:14).As Escrituras, vez após vez, mostram que o Senhor tem o controle de toda a
natureza. O Salmo 104, por exemplo, mostra claramente que Deus não é somente criador, mas também
mantenedor, e que é por meio de Seu poder que o mundo continua existindo e que as leis da natureza operam.
Não há nada ali que sugira o deus do deísmo, que criou o mundo e depois o abandonou. Sejamos judeus ou
gentios, todos devemos nossa contínua existência ao poder sustentador do mesmo Senhor que acalmou o mar
(ver também Hb 1:3).
O grito de Pedro: “Salva-me, Senhor!” (Mt 14:30) deve ser também o nosso, porque, se o Senhor não nos
salvar, quem o fará? O desamparo de Pedro naquela situação se reflete em nossa própria fraqueza diante de
tudo o que o mundo pecaminoso lança contra nós.
Pense na sua fraqueza, no sentido de estar à mercê de forças muito maiores que você e que estão além do seu
controle. Como essa realidade ajuda a fortalecer sua dependência de Jesus?
❉ Terça - O coração do hipócrita
► Perg. 3. “O Senhor disse: […] este povo se aproxima de Mim e com a sua boca e com os seus lábios Me
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4. honra, mas o seu coração está longe de Mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de
homens” (Is 29:13). Embora nesse texto Deus estivesse falando ao antigo Israel, que mensagem há para a
igreja de hoje? Quais são as duas principais questões a respeito das quais Deus o estava advertindo, e como
podemos ter certeza de que não estamos fazendo o mesmo?
► Resp. 3. Devemos ser sinceros para com o Senhor, reconhecer nossas faltas diante dEle e adorá-Lo de
modo verdadeiro, de acordo com Sua vontade e Sua lei, e não com base em nossas tradições.
Muitos séculos depois que Isaías escreveu essas palavras, Jesus as citou numa controvérsia com os líderes
religiosos.
► Perg. 4. Leia Mateus 15:1-20. Qual é a questão específica ali, e como Jesus tratou dela?
(Mt 15:1-20) 1 Então, vieram de Jerusalém a Jesus alguns fariseus e escribas e perguntaram: 2 Por que
transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos, quando comem. 3 Ele, porém,
lhes respondeu: Por que transgredis vós também o mandamento de Deus, por causa da vossa tradição? 4
Porque Deus ordenou: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de
morte. 5 Mas vós dizeis: Se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: É oferta ao Senhor aquilo que poderias
aproveitar de mim; 6 esse jamais honrará a seu pai ou a sua mãe. E, assim, invalidastes a palavra de Deus, por
causa da vossa tradição. 7 Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: 8 Este povo honra-me
com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. 9 E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são
preceitos de homens. 10 E, tendo convocado a multidão, lhes disse: Ouvi e entendei: 11não é o que entra pela
boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem. 12 Então,
aproximando-se dele os discípulos, disseram: Sabes que os fariseus, ouvindo a tua palavra, se escandalizaram?
13 Ele, porém, respondeu: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada. 14 Deixai-os; são
cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco. 15 Então, lhe disse Pedro:
Explica-nos a parábola. 16 Jesus, porém, disse: Também vós não entendeis ainda? 17 Não compreendeis que
tudo o que entra pela boca desce para o ventre e, depois, é lançado em lugar escuso? 18 Mas o que sai da boca
vem do coração, e é isso que contamina o homem. 19 Porque do coração procedem maus desígnios,
homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. 20 São estas as coisas que
contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos não o contamina.
► Resp. 4. O desrespeito à tradição de lavar as mãos antes de comer, o que acarretava impureza cerimonial.
Jesus mostrou que a maldade do coração é pior do que a transgressão das tradições humanas. Muitos que
seguiam tais tradições transgrediam o mandamento de Deus, deixando de honrar os pais.
Em algum momento após ter voltado de Cafarnaum, Jesus entrou num debate com os líderes judeus sobre o
que torna uma pessoa impura. Os mestres haviam acrescentado à lei todos os tipos de regulamentos sobre
impureza externa. Por exemplo, era preciso lavar as mãos de uma certa forma, porém os discípulos de Jesus
não estavam dando atenção a esse regulamento. Quando os escribas e fariseus de Jerusalém chamaram a
atenção sobre isso, Jesus respondeu de maneira enfática.
Em resumo, Ele condenou fortemente aquilo que, com facilidade, se torna uma armadilha para qualquer
pessoa: a hipocrisia. Quem, em algum momento, já não foi culpado disso, ao condenar alguém por um ato
(verbalmente ou no coração), embora já tivesse feito ou estivesse fazendo a mesma coisa ou algo pior? Todos
nós, se não formos cuidadosos, e se não buscarmos a graça de Deus, cairemos na tendência de ver as faltas dos
outros e, ao mesmo tempo, ser cegos para as nossas. Portanto, todos temos a tendência de ser hipócritas.
Muitos odeiam a hipocrisia dos outros e têm facilidade de ver esse problema nos outros. Como podemos ter
certeza de que nossa capacidade de ver a hipocrisia alheia não seja simplesmente a manifestação dela em nós
mesmos?
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5. ❉ Quarta - Migalhas da mesa
Depois de alimentar e curar Seu próprio povo, e de pregar para ele, Jesus tomou uma decisão dramática. Ele
saiu da área dos judeus e entrou na região dos excluídos, os gentios.
5. Leia Mateus 15:21-28. Como devemos entender essa história?
(Mt 15:21-28) 21 Partindo Jesus dali, retirou-se para os lados de Tiro e Sidom. 22 E eis que uma mulher
cananéia, que viera daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha
está horrivelmente endemoninhada. 23 Ele, porém, não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos,
aproximando-se, rogaram-lhe: Despede-a, pois vem clamando atrás de nós. 24 Mas Jesus respondeu: Não fui
enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. 25 Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-
me! 26 Então, ele, respondendo, disse: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. 27 Ela,
contudo, replicou: Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus
donos. 28 Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele
momento, sua filha ficou sã.
R. 5. Jesus veio dar o pão primeiro aos filhos (israelitas) e depois aos cachorrinhos (gentios). Por falta de fé, os
filhos podem perder seus privilégios, e pela fé, os cachorrinhos podem ganhar um lugar à mesa de Cristo.
Jesus começou tratando a mulher como os judeus tratavam os gentios, e terminou curando sua filha, o que
Deus faz com todos os que reconhecem o Filho de Davi. Isso foi uma repreensão para os preconceituosos
discípulos.
Em muitos aspectos, essa não é uma história fácil de se ler, porque não temos a vantagem de ouvir o tom de
voz e ver as expressões faciais das pessoas envolvidas. A princípio parece que Jesus ignorou essa mulher;
depois, quando falou com ela, Suas palavras parecem muito rudes: “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-
lo aos cachorrinhos” (v. 26). Contudo, precisamos considerar algumas coisas.
Primeiro, é verdade que naquela época os judeus se referiam aos gentios como cachorros, o que sugeria a
imagem de muitos cachorros correndo pelas ruas. Mas Jesus usou ali o termo grego mais carinhoso,
“cachorrinho”, o que traria à mente a imagem de cães de estimação alimentados com as coisas que são
servidas à mesa.
Segundo, essa mulher cananeia chamou Jesus de “Filho de Davi”. Isso mostra a familiaridade dela com o
contexto judaico de Jesus. Como um bom mestre, Jesus passou a dialogar com ela e talvez a testá-la. Craig
Keener escreveu: “Talvez Ele estivesse exigindo que ela entendesse Sua verdadeira missão e identidade, para
que não O tratasse como um dos mágicos ambulantes a quem os gentios às vezes apelavam, solicitando que
fizessem exorcismos. Porém, Ele certamente a estava convidando a reconhecer a prioridade de Israel no plano
divino, um reconhecimento que, para ela, incluía a admissão de sua condição de dependência. […] Podemos
comparar isso à exigência de Eliseu de que Naamã mergulhasse no Jordão, apesar da preferência de Naamã
pelos rios arameus Abana e Farfar […], o que acabou levando Naamã a reconhecer o Deus e a terra de Israel”
(2Rs 5:17, 18; The Gospel of Matthew: A Socio-Rhetorical Commentary [O evangelho de Mateus: um
comentário sócio-retórico], p. 417).
Finalmente, é provável que essa mulher fosse grega de classe alta integrante de um grupo de pessoas que
tinham “rotineiramente tomado o pão dos judeus pobres que residiam nas imediações de Tiro. […] Então […]
Jesus inverteu as relações de poder, pois o ‘pão’ que Jesus oferecia pertencia primeiramente a Israel. […]; essa
“grega” devia suplicar ajuda de um judeu itinerante” (Ibid.).
Esta não é uma passagem fácil, mas devemos confiar em Jesus. Ao dialogar com aquela mulher, Jesus a
dignificou, assim como fez com a mulher junto ao poço. No momento em que ela foi embora, Jesus já havia
curado sua filha e sua fé no Filho de Davi havia sido despertada.
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6. ❉ Quinta - Senhor dos gentios
► Perg. 6. Leia Mateus 15:29-39 e compare com Mateus 14:13-21. Quais são as semelhanças e as diferenças
entre as duas histórias?
(Mt 15:29-39) 29 Partindo Jesus dali, foi para junto do mar da Galiléia; e, subindo ao monte, assentou-se ali.
30 E vieram a ele muitas multidões trazendo consigo coxos, aleijados, cegos, mudos e outros muitos e os
largaram junto aos pés de Jesus; e ele os curou. 31 De modo que o povo se maravilhou ao ver que os mudos
falavam, os aleijados recobravam saúde, os coxos andavam e os cegos viam. Então, glorificavam ao Deus de
Israel. 32 E, chamando Jesus os seus discípulos, disse: Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que
permanece comigo e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça pelo
caminho. 33 Mas os discípulos lhe disseram: Onde haverá neste deserto tantos pães para fartar tão grande
multidão? 34 Perguntou-lhes Jesus: Quantos pães tendes? Responderam: Sete e alguns peixinhos. 35 Então,
tendo mandado o povo assentar-se no chão, 36 tomou os sete pães e os peixes, e, dando graças, partiu, e deu
aos discípulos, e estes, ao povo. 37 Todos comeram e se fartaram; e, do que sobejou, recolheram sete cestos
cheios. 38 Ora, os que comeram eram quatro mil homens, além de mulheres e crianças. 39 E, tendo despedido
as multidões, entrou Jesus no barco e foi para o território de Magadã.
(Mt 14:13-21) 13 Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, à parte; sabendo-o as
multidões, vieram das cidades seguindo-o por terra. 14 Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão,
compadeceu-se dela e curou os seus enfermos. 15 Ao cair da tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe
disseram: O lugar é deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidões para que, indo pelas aldeias,
comprem para si o que comer. 16 Jesus, porém, lhes disse: Não precisam retirar-se; dai-lhes, vós mesmos, de
comer. 17 Mas eles responderam: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes. 18 Então, ele disse: Trazei-
mos. 19 E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomando os cinco pães e os dois peixes,
erguendo os olhos ao céu, os abençoou. Depois, tendo partido os pães, deu-os aos discípulos, e estes, às
multidões. 20 Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram recolheram ainda doze cestos
cheios. 21 E os que comeram foram cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças.
► Resp. 6. Jesus teve compaixão de judeus e gentios. Ele multiplicou pães e peixes para dois grupos, um de
judeus e outro de gentios.
Muitas pessoas não percebem que há duas ocasiões nos evangelhos em que as multidões foram alimentadas: a
primeira multidão era de judeus; a segunda, de gentios. Em ambos os casos, Jesus teve “compaixão” das
pessoas.
É surpreendente essa cena de milhares de gentios vindo para ser ensinados, amados e alimentados pelo jovem
Mestre. Hoje, olhando para trás e compreendendo a universalidade do evangelho, podemos facilmente deixar
de perceber que algo desse tipo deve ter parecido incrível e inesperado, tanto para judeus quanto gentios. Sem
dúvida, Jesus estava tirando todos de sua zona de conforto.
Contudo, este sempre foi o plano de Deus: atrair a Ele todas as pessoas do mundo. Um verso surpreendente
das Escrituras Hebraicas testifica dessa verdade: “Povo de Israel, Eu amo o povo da Etiópia tanto quanto amo
vocês. Assim como Eu trouxe vocês do Egito, Eu também trouxe os filisteus da ilha de Creta e os arameus da
terra de Quir” (Am 9:7, NTLH).
O que Deus estava dizendo ali? Que estava interessado não só na vida de Israel, mas de todos os povos? Que
estava interessado nos filisteus? Uma leitura cuidadosa do Antigo Testamento revela essa verdade vez após
vez, embora ela tivesse se tornado tão obscura ao longo dos séculos que, na época em que foi formada a igreja
do Novo Testamento, muitos dos primeiros crentes tiveram que aprender essa verdade bíblica básica.
► Perg. 7. Leia Romanos 4:1-12. De que forma o evangelho e sua universalidade estão retratados nesses
versos?
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7. (Rm 4:1-12) 1 Que, pois, diremos ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne? 2 Porque, se Abraão foi
justificado por obras, tem de que se gloriar, porém não diante de Deus. 3 Pois que diz a Escritura? Abraão creu
em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça. 4 Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor,
e sim como dívida. 5 Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é
atribuída como justiça. 6 E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado o homem a quem Deus
atribui justiça, independentemente de obras: 7 Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades são perdoadas, e
cujos pecados são cobertos; 8 bem-aventurado o homem a quem o Senhor jamais imputará pecado. 9 Vem,
pois, esta bem-aventurança exclusivamente sobre os circuncisos ou também sobre os incircuncisos? Visto que
dizemos: a fé foi imputada a Abraão para justiça. 10 Como, pois, lhe foi atribuída? Estando ele já circuncidado
ou ainda incircunciso? Não no regime da circuncisão, e sim quando incircunciso. 11 E recebeu o sinal da
circuncisão como selo da justiça da fé que teve quando ainda incircunciso; para vir a ser o pai de todos os que
crêem, embora não circuncidados, a fim de que lhes fosse imputada a justiça, 12 e pai da circuncisão, isto é,
daqueles que não são apenas circuncisos, mas também andam nas pisadas da fé que teve Abraão, nosso pai,
antes de ser circuncidado.
► Resp. 7. Pela fé, a justiça de Deus foi atribuída a Abraão, que foi perdoado de seus pecados e recebeu o
sinal da circuncisão. Pela fé, todos são justificados, perdoados e selados para a salvação.
❉ Sexta - Estudo adicional
Um cristão estava falando aos estudantes no campus de uma universidade secular a respeito da existência de
Deus. Depois de usar os argumentos comuns, ele partiu para uma tática diferente, dizendo: “Sabem, quando eu
tinha mais ou menos a idade da maioria de vocês, não acreditava em Deus. Ocasionalmente, quando algo me
convencia de que talvez Deus existisse, eu sempre procurava tirar aquela ideia da minha mente. Por quê?
Porque algo me dizia que, se de fato Deus existisse, então, considerando minha maneira de viver, eu estaria em
grandes apuros.” A atmosfera mudou instantaneamente. Dezenas de consciências, ao mesmo tempo,
começaram a ser despertadas e a entrar em conflito consigo mesmas. No entanto, os cristãos não se sentem
incomodados com a existência de Deus porque eles têm as promessas do evangelho. Não importa se somos
judeus ou gentios, quando confrontados com nossa pecaminosidade, podemos achar refúgio na justiça de
Cristo oferecida pela fé, “independentemente das obras da lei” (Rm 3:28). Podemos reclamar a promessa de
que “agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas
segundo o espírito” (Rm 8:1, ARC). “Sem distinção de idade ou categoria, de nacionalidade ou de privilégio
religioso, todos são convidados a ir a Ele e viver” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 403).
Perguntas para reflexão
1. Leia Mateus 16:1-12. O que Jesus quis dizer quando declarou: “Vede e acautelai-vos do fermento dos
fariseus e dos saduceus” (v. 6). A princípio, os discípulos pensaram que Jesus Se referisse ao fermento literal.
Mas Jesus tinha em mente algo muito mais profundo. O que era?
2. O amor de Cristo deve ser a mensagem mais importante do cristianismo. Nenhum de nós tem esperança fora
de Jesus Cristo. Infelizmente, às vezes nossa mensagem pode transmitir a ideia de condenação, arrogância e de
superioridade. De que forma podemos mostrar mais nossa compaixão por todas as pessoas?
Comentários de Ellen G. White
Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 365, 368.
Ao considerar o pecador a lei, sua culpa se lhe torna clara, e lhe impressiona a consciência, e ele é condenado.
Seu único conforto e esperança encontra-os em olhar à cruz do Calvário.
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Ao aventurar-se a crer nas promessas, tomando a Deus em Sua palavra, vêm-lhe à alma alívio e paz. Clama:
"Senhor, Tu prometeste salvar a todos que se achegam a Ti em nome de Teu Filho. Sou uma alma perdida,
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8. desajudada e sem esperança. Senhor, salva-me, ou pereço!" Sua fé se apodera de Cristo, e ele é justificado
diante de Deus.
Mas, embora Deus possa ser justo e ao mesmo tempo justificar o pecador, pelos méritos de Cristo, homem
algum pode cobrir sua alma com as vestes da justiça de Cristo, enquanto comete pecados conhecidos, ou
negligencia conhecidos deveres. Deus requer a completa entrega do coração, antes que possa ocorrer a
justificação; e para que o homem conserve essa justificação, tem de haver obediência contínua, mediante ativa
e viva fé que opera por amor e purifica a alma.
Tiago escreve acerca de Abraão e diz: "Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando
ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé
foi aperfeiçoada. E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como
justiça, e foi chamado o amigo de Deus. Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente
pela fé." Tia. 2:21-24. A fim de que o homem seja justificado pela fé, esta tem de chegar ao ponto em que
controle as afeições e impulsos do coração; e é pela obediência que a própria fé se aperfeiçoa.
Fé, Condição da Promessa
Sem a graça de Cristo acha-se o pecador em estado desesperador; coisa alguma pode ser feita em seu favor;
mas pela graça divina é comunicado ao homem poder sobrenatural, que opera em seu espírito, coração e
caráter. É pela comunicação da graça de Cristo que se discerne o pecado em sua natureza odiosa, sendo afinal
expulso do templo da alma. É pela graça que somos levados em comunhão com Cristo, para com Ele sermos
associados na obra da salvação. A fé é a condição sob a qual Deus escolheu prometer perdão aos pecadores;
não que
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exista na fé qualquer virtude pela qual se mereça a salvação, mas porque a fé pode prevalecer-se dos méritos
de Cristo, o remédio provido para o pecado. A fé pode apresentar a perfeita obediência de Cristo em lugar da
transgressão e rebeldia do pecador. Quando o pecador crê que Cristo é seu Salvador pessoal, então, de acordo
com as Suas promessas infalíveis, Deus lhe perdoa o pecado e o justifica livremente. A alma arrependida
reconhece que sua justificação vem porque Cristo, como seu substituto e penhor, morreu por ele, e é sua
expiação e justiça.
"Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Ora àquele que faz qualquer obra não lhe é
imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas àquele que não pratica, mas crê nAquele que
justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça." Rom. 4:3-5. Justiça é obediência à lei. A lei requer
justiça, e esta o pecador deve à lei; mas é ele incapaz de a apresentar. A única maneira em que pode alcançar a
justiça é pela fé. Pela fé pode ele apresentar a Deus os méritos de Cristo, e o Senhor lança a obediência de Seu
Filho a crédito do pecador. A justiça de Cristo é aceita em lugar do fracasso do homem, e Deus recebe, perdoa,
justifica a alma arrependida e crente, trata-a como se fosse justa, e ama-a tal qual ama Seu Filho. Assim é que
a fé é imputada como justiça; e a alma perdoada avança de graça em graça, de uma luz para luz maior. Pode
dizer, alegremente: "Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a Sua misericórdia, nos
salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente Ele derramou
sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador; para que, sendo justificados pela Sua graça, sejamos feitos
herdeiros segundo a esperança da vida eterna." Tito 3:5-7.
Mais: Está escrito: "Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos
que crêem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do
varão, mas de Deus." João 1:12 e 13. Disse Jesus: "Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de
Deus." João 3:3. "Aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus." João 3:5.
Não é baixa a norma que nos é posta em frente,
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pois devemos tornar-nos filhos de Deus. Devemos ser salvos como indivíduos; e no dia da prova seremos
capazes de discernir entre aquele que serve a Deus e o que O não serve. Somos salvos como crentes
individuais no Senhor Jesus Cristo. Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 365, 368.
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9. Auxiliar para o professor
Resumo da Lição
TEXTO-CHAVE: Mateus 14:33
O ALUNO DEVERÁ
1. Compreender: Que Cristo é o Filho de Deus e Senhor de tudo.
2. Sentir: O poder e a suficiência de Cristo.
3. Fazer: Compartilhar a suficiência de Cristo com os que necessitam.
ESBOÇO
1. Compreender: Que Cristo é o Filho de Deus e Senhor de tudo
O que Jesus, como Filho de Deus, realiza? O que o Filho faz por nós?
Jesus é Senhor de tudo. O que esse “tudo” inclui? Qual é o significado disso?
Sendo “Filho de Deus” e “Senhor de tudo, ”que funções Jesus desempenha na salvação?
2. Sentir: Experimentar a suficiência de Cristo
Como a suficiência de Cristo influencia todas as áreas da vida?
Jesus pode ser o Senhor em apenas alguns aspectos de nossa vida?
A total suficiência de Cristo não nos isenta de nossas responsabilidades. Quais são algumas dessas
responsabilidades?
3. Fazer: Compartilhar Jesus
Por que é importante compartilhar Jesus? Como fazer isso?
Como esse ato de compartilhar melhora nossa vida?
RESUMO:
Jesus é o Filho de Deus e Senhor de tudo. Ele tem total suficiência para suprir todas as necessidades humanas.
Diante disso, nosso olhar deve se fixar nEle, e nosso objetivo deve ser apegar-nos a Ele em todos os momentos
e a qualquer custo.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Mateus 14:12
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Com a morte de João Batista, os discípulos ficaram
desesperados e tristes. O caminho à frente parecia nublado e escuro. Os discípulos de João fizeram a única
coisa possível: “Foram e o anunciaram a Jesus” (Mt 14:12). Quando a vida parece sem esperança, quando a
solidão está prestes a se tornar nossa companhia perpétua, quando a traição vem de onde não se espera,
quando a morte paira sobre nós, ou quando estamos a ponto de perder a casa ou o carro por falta de
pagamento, o que fazer? Nossa lição nos lembra: vá a Jesus. Conte a Ele as notícias boas e as ruins. A vida
encontra possibilidades ilimitadas quando se trata dAquele que é a Fonte de tudo.
Para o professor:
Mateus 14:1-12 conta uma história cruel e perversa. Reveja com a classe como os personagens na história
revelam imagens trágicas da vida, desde a pureza da justiça até a máxima situação de pecado. Primeiro, vemos
João Batista, o destemido profeta que chamou o pecado pelo seu nome exato. Então, Herodes Antipas, que
perdeu todo o senso de moralidade e dignidade humana, seduziu a esposa de seu irmão e se uniram em pecado.
Depois, vemos Herodias, que sacrificou o senso de moralidade e a dignidade maternal no altar da
libertinagem. Por fim, vemos Salomé, que se transformou em marionete num jogo ímpio.
Discussão de abertura
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10. 1. Marcos 6:20 afirma que Herodes admitiu que João Batista era “justo e santo”, e escutava-o “de boa mente”.
Ele até mesmo “procurou sem sucesso quebrar a cadeia de concupiscência que o ligava” Ellen G. White, O
Desejado de Todas as Nações, p. 214). O que impediu Herodes de seguir a própria consciência?
2. “Não te é lícito” (Mt 14:4). Essa declaração de João Batista foi suficiente para chamar o pecado pelo nome
exato. O pecado é inegociável. Por que devemos abandoná-lo ou aguardar o seu salário, ou seja, a morte? (Rm
6:23).
Compreensão
Para o professor: “Os que estavam no barco O adoraram, dizendo: ‘Verdadeiramente és Filho de Deus!’“ (Mt
14:33). Essa adoração e confissão demonstram que os discípulos estavam começando a compreender a missão
de Jesus e a enxergá-Lo como Pessoa divina. A lição desta semana nos convida a conhecer Jesus como o
Senhor de tudo, Filho de Deus, Aquele que derruba muralhas.
Comentário Bíblico
I. Jesus, o Senhor de tudo Recapitule com a classe Mateus 14:13-21; 15:32-38.)
Por trás dos milagres da alimentação dos cinco mil e dos quatro mil está a compaixão de Jesus pelas multidões
(Mt 14:14; 15:32). A palavra grega para compaixão denota uma emoção originada nas profundezas da alma e
que leva à ação. Ela surge 13 vezes nos evangelhos, sempre relacionada ao ministério de Jesus (Mt 9:36;
14:14; 15:32; 18:27, 33; 20:34; Mc 1:41; 5:19; 6:34; 8:2; 9:22; Lc 7:13; 10:33; 15:20). Com Jesus, a
compaixão não é misericórdia passiva, mas amor que se estende ativamente para alimentar famintos, cuidar
dos doentes, curar quebrantados de coração e ressuscitar mortos. Em cada necessidade humana, Jesus via uma
oportunidade de conscientizar as pessoas de que Deus é amoroso, bondoso e acessível, ao contrário dos deuses
da cultura grega, que continuavam impassíveis e inalteráveis diante das necessidades humanas.
Os milagres de multiplicação do alimento demonstram que a pregação da Palavra não nega a assistência às
necessidades humanas. No entanto, a assistência não deve transformar o evangelho numa revolução social em
que as necessidades físicas sejam prioridade sobre os imperativos da alma. Jesus sabia que o ser humano não
viveria somente de pão (Mt 4:4), e Ele também era sensível ao fato de que o pão é essencial à vida: “Tendo
mandado que a multidão se assentasse” (Mt 14:19), entregou o alimento aos discípulos para que eles servissem
às pessoas. A narrativa em João 6 traz a questão de que assim como o corpo não sobrevive sem pão, a alma
também não sobrevive sem Cristo, o Pão da Vida. (v. 35).
Outro fato significativo sobre os dois milagres da multiplicação dos pães é que os mais de cinco mil eram
judeus a caminho da Páscoa em Jerusalém, e os mais de quatro mil eram gentios na região de Decápolis. Um
ponto não pode ser esquecido: o ministério de Jesus foi inclusivo: Ele cuidou de judeus e gentios. Ele é o
Senhor de tudo, em quem emerge a nova humanidade sem qualquer muro de separação (Ef 2:14, 15).
Comente com a classe
1. Os discípulos ficaram surpresos com a ordem de Jesus para que eles alimentassem a multidão. Por que os
seres humanos duvidam continuamente de que “para Deus tudo é possível” (Mt 19:26)?
2. Que papel os milagres desempenham no fortalecimento de nossa fé?
II. Jesus, o Filho de Deus (Recapitule com a classe Mateus 14:22-33.)
Quando o mar está violento e o barco é lançado de um lado para o outro, a vida se transforma em luta e o
medo nos domina. Porém, Jesus está sempre presente para ajudar e salvar. Foi Ele que deu aos assustados
discípulos uma fórmula tríplice para fortalecer a fé: “Tende bom ânimo! Sou Eu. Não temais!” Entre a ordem
para ter bom ânimo e o conselho para não temer, está a Pessoa de Jesus: “Sou Eu”. O termo grego é ego eimi,
“Eu Sou”, nome pelo qual a autorrevelação de Deus geralmente é afirmada. Com o grande Eu Sou do nosso
lado, a sarça ardente não se queima, o Pão da Vida satisfaz todas as nossas necessidades, a Luz do Mundo nos
mantém afastados das trevas, a Porta assegura nossa entrada no reino, o Bom Pastor concede segurança eterna
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11. e somos enxertados na Videira verdadeira (Êx 3:2-15; Jo 6:35; 8:12; 9:5; 10:9, 11; 11:25; 15:1). Cristo nos dá
os mesmos conselhos que deu aos discípulos naquela noite tempestuosa: “Tende bom ânimo! Sou Eu. Não
temais!”
Para seguir o caminho do discipulado sem temer é preciso manter os olhos fixos no “Eu Sou”. Pedro vacilou.
Seus olhos se desviaram de Jesus para os ruidosos ventos, ele “ficou com medo” e começou a afundar. Então
Pedro gritou: “Senhor, salva-me!” Um clamor desses nunca fica sem resposta.
Comente com a classe
Com frequência Pedro falava e agia por impulso. Apesar de suas deficiências, ele sabia onde procurar ajuda.
Recapitule episódios da vida de Pedro em que ele deixou de olhar para Jesus, e episódios em que ele fixou o
olhar em Cristo. Leia Hebreus 12:2 e pergunte aos alunos: O que significa olhar para Jesus?
III. Jesus: Derrubando os muros (Recapitule com a classe Mateus 15:21-31.)
Bem antes do Jesus ressuscitado comissionar Seus discípulos, dizendo: “Ide, portanto, fazei discípulos de
todas as nações” (Mt 28:19), Ele mesmo cruzou o território judeu pela primeira vez e entrou na região siro-
fenícia [Tiro e Sidom]. Por meio do encontro com a mulher cananeia, Ele demonstrou que Seu evangelho
abrange toda a humanidade.
A mulher se aproximou de Jesus por causa da cura de sua filha endemoninhada. Enfrentando todas as
dificuldades (o fato de ser mulher, gentia e estar conversando com um judeu), ela se aproximou de Jesus com
as únicas ferramentas que tinha, não em suas mãos, mas no coração. Em primeiro lugar, ela amava a filha. Nas
culturas grega e romana as meninas não tinham valor. Uma filha endemoninhada era ainda pior. No entanto,
essa mãe demonstrou que toda criança, saudável ou doente, esperta ou ingênua, é um precioso dom do Criador.
Em busca de cura, ela foi à pessoa certa: Jesus.
Em segundo lugar, ela tinha fé. A mulher cananeia identificou Jesus como Senhor e como Filho de Davi: era
confiança suficiente para lançar seus fardos aos pés do Messias. No entanto, a resposta de Jesus pareceu
grosseira: “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos” (Mt 15:26). Então veio a
determinação das orações fundamentadas na fé, como aquela registrada há muito tempo num encontro
noturno: “Não te deixarei ir se não me abençoares” (Gn 32:26). A mulher cananeia fez sua própria versão do
pedido “de Jacó”: “Obrigada, Senhor, por não me tratar como um cão vira-lata das ruas, mas como kunarion,
um animal de estimação das crianças, que fica dentro de casa. Deixe-me ser um kunarion. Não peço pão,
apenas as migalhas.”
Jesus aclamou essa humilde abordagem como um ato de grande fé. E a fé conduziu à vitória. O movimento do
amor para a crença na cura transmitiu uma importante mensagem para as gerações vindouras: em Cristo não
há acepção de pessoas.
Pergunta para discussão: Pensando em sua igreja ou comunidade, que barreiras precisam ser quebradas para
espalhar a mensagem do evangelho?
Aplicação
Para o professor: Leia a citação e comente com a classe as perguntas a seguir: “A maior necessidade do mundo
é a de homens – homens que não se comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam
verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja
consciência seja tão fiel ao dever como a bússola ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto,
ainda que caiam os céus” (Ellen G. White, Educação, p. 57).
Pergunta para reflexão
Neste mundo de concessões, meias verdades e pecado declarado – semelhante à realidade da época de João
Batista e Herodes – como essa “maior necessidade do mundo” pode ser satisfeita?
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12. Criatividade e atividades práticas
Para o professor: Nesta semana, aprendemos uma importante lição sobre o amor e a total suficiência de Cristo.
Atividade
Há necessitados em sua comunidade: pessoas famintas, emocionalmente exaustas, sozinhas e doentes. Ajude a
classe a identificar as que estão passando por dificuldades e planejar um meio de ajudá-las.
Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?
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