1) Os cristãos devem se preparar para os eventos futuros estudando diligentemente a Palavra de Deus e vivendo de acordo com seus ensinamentos.
2) Jesus escolheu homens humildes para serem seus discípulos e levarem adiante seu trabalho. Ele passou três anos e meio ensinando e treinando os doze.
3) Quando os discípulos estavam em uma tempestade no mar, Jesus demonstrou poder sobre a natureza ao acalmar os ventos e ondas com uma palavra. Isso revela como Cristo tem controle
1. Lições Adultos Rebelião e redenção
Lição 8 – Companheiros de armas 13 a 20 de fevereiro
❉ Sábado à tarde Ano Bíblico: Nm 7, 8
VERSO PARA MEMORIZAR: “Disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o coração, quando Ele, pelo
caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?” (Lc 24:32).
Os cristãos devem estar-se preparando para aquilo que logo irá cair sobre o mundo como terrível surpresa, e
esta preparação deve ser feita mediante diligente estudo da Palavra de Deus e pelo levar a vida na
conformidade com os seus preceitos. As tremendas questões de eternidade demandam de nossa parte algo mais
que uma religião de pensamento, uma religião de palavras e formas, onde a verdade é mantida no recinto
exterior. Deus pede um reavivamento e uma reforma. As palavras da Bíblia, e a Bíblia somente, deviam ser
ouvidas do púlpito. Mas a Bíblia tem sido roubada em seu poder, e o resultado é visto no rebaixamento do
tono da vida espiritual. Em muitos sermões de hoje não existe aquela divina manifestação que desperta a
consciência e leva vida à alma. Os ouvintes não podem dizer: "Porventura não ardia em nós o nosso coração
quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?" Luc. 24:32. Há muitos que estão
clamando pelo Deus vivo, ansiando pela divina presença. Permiti que a Palavra de Deus lhes fale ao coração.
Deixai que os que têm ouvido apenas tradição e teorias e máximas humanas ouçam a voz dAquele que pode
renovar a alma para a vida eterna. Profetas e Reis, 626.
❉ Domingo - O chamado de Pedro
► 1. Leia Lucas 5:6-8. O que a reação de Pedro ensina sobre ele? Apesar das evidentes falhas de Pedro, por
que Jesus o escolheu?
(Lc 5:6-8) 6 Isto fazendo, apanharam grande quantidade de peixes; e rompiam-se-lhes as redes. 7 Então,
fizeram sinais aos companheiros do outro barco, para que fossem ajudá-los. E foram e encheram ambos os
barcos, a ponto de quase irem a pique. 8 Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo:
Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador.
► Resp. Ele reconhecia que era pecador e que Jesus era santo.
A noite era o único tempo propício para pescar com redes nas claras águas do lago. Depois de labutar a noite
inteira sem resultado, parecia inútil lançar a rede de dia; Jesus, porém, dera a ordem, e o amor por seu Mestre
levou os discípulos a obedecer. Simão e seu irmão deitaram juntos a rede. Ao tentarem recolhê-la, tão grande
era a quantidade de peixes apanhados, que começou a romper-se. Foram forçados a chamar Tiago e João em
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2. seu auxílio. E havendo recolhido o conteúdo, tão grande era a carga em ambos os barcos, que se viram
ameaçados de ir a pique.
Mas Pedro não cuidava agora de barcos e carregamentos. Esse milagre, acima de todos quantos havia
presenciado, foi-lhe uma manifestação de poder divino. Viu em Jesus Alguém que tinha toda a natureza sob
Seu comando. A presença da divindade revelou-lhe a própria ausência de santidade. Amor por seu Mestre,
vergonha de sua incredulidade, gratidão pela complacência de Cristo e, sobretudo, o sentimento de sua
impureza em presença da pureza infinita, tudo o subjugou. Enquanto os companheiros punham em segurança o
conteúdo da rede, Pedro caiu aos pés do Salvador, exclamando: "Senhor, ausenta-Te de mim, que sou um
homem pecador." Luc. 5:8.
Fora a mesma presença da santidade divina que fizera o profeta Daniel cair como morto perante o anjo do
Senhor. Disse ele: "Transmudou-se em mim a minha formosura em desmaio, e não retive força alguma." Dan.
10:8. Assim quando Isaías viu a glória do Senhor, exclamou: "Ai de mim, que vou perecendo! porque eu sou
um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o Rei, o
Senhor dos Exércitos!" Isa. 6:5. A humanidade com sua fraqueza e pecado, fora posta em contraste com a
perfeição da divindade, e ele se sentiu inteiramente deficiente e falto de santidade. Assim tem sido com todos
quantos alcançaram uma visão da grandeza e majestade de Deus.
Pedro exclamou: "Ausenta-Te de mim, que sou um homem pecador"; todavia, apegou-se aos pés de Jesus,
sentindo que dEle não se podia separar. O Salvador respondeu: "Não temas; de agora em diante serás pescador
de homens." Luc. 5:10. Foi depois de Isaías haver contemplado a santidade de Deus e sua própria indignidade,
que lhe foi confiada a mensagem divina. Foi depois de Pedro haver sido levado à renúncia de si mesmo e à
dependência do poder divino, que recebeu o chamado para sua obra por Cristo. DTN, p. 246.
❉ Segunda - “Com Ele”
► 2. Leia Marcos 3:14. O que Jesus desejava para eles antes de enviá-los sozinhos? Que importante
mensagem há para nós nesse texto?
(Mc 3:14) Então, designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar.
► Resp. Jesus designou os doze para que estivessem com Ele. Antes de sair para pregar o evangelho, devemos
passar tempo a sós com Jesus.
Para a tarefa de levar avante Sua obra, Cristo não escolheu os doutos ou eloquentes do Sinédrio judaico ou do
poder de Roma. Passando por alto os ensinadores judaicos cheios de justiça própria, o Mestre por excelência
escolheu homens humildes, iletrados, para proclamarem as verdades que deviam abalar o mundo. Ele Se
propôs preparar e educar esses homens para dirigentes de Sua igreja. Eles, por sua vez, deviam educar outros e
enviá-los com a mensagem evangélica. Para que pudessem ter sucesso em sua obra, deviam eles receber o
poder do Espírito Santo. Não pelo poder humano ou humana sabedoria devia o evangelho ser proclamado, mas
pelo poder de Deus.
Por três anos e meio estiveram os discípulos sob a direção do maior Professor que o mundo já conheceu. Por
associação e contato pessoal, Cristo preparou-os para Seu serviço. Dia a dia caminhavam a Seu lado,
conversando com Ele, ouvindo Suas palavras de ânimo aos cansados e quebrantados, e vendo a manifestação
de Seu poder em favor dos doentes e sofredores. Às vezes Ele os instruía, assentando-Se entre eles junto às
montanhas; outras vezes, junto ao mar ou andando pelo caminho, lhes revelava os mistérios do reino de Deus.
Onde quer que houvesse corações abertos para receber a divina mensagem, Ele desdobrava as verdades do
caminho da salvação. Não mandava que os discípulos fizessem isto ou aquilo, mas dizia: "Segue-Me." Mar.
2:14. Em Suas jornadas através dos campos e das cidades, levava-os com Ele para que pudessem ver como
ensinava o povo. Viajavam com Ele de um lugar a outro. Tomavam parte nas Suas frugais refeições e, como
Ele, estiveram algumas vezes famintos e não raro cansados. Estiveram com Ele nas ruas apinhadas, junto ao
lago e no solitário deserto. Viram-nO em todos os aspectos da vida.
Foi na ordenação dos doze que se deram os primeiros passos na organização da igreja, que depois da partida
de Cristo devia levar avante Sua obra na Terra. A respeito desta ordenação, diz o relato: "E subiu ao monte, e
chamou para Si os que Ele quis; e vieram a Ele. E nomeou doze para que estivessem com Ele e os mandasse a
pregar." Mar. 3:13 e 14.
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3. Considerai a tocante cena. Vede a Majestade do Céu tendo em torno os doze por Ele escolhidos. Logo os
separará para a obra que lhes destinou. Por meio desses débeis instrumentos, mediante Sua Palavra e Espírito,
Ele Se propõe colocar a salvação ao alcance de todos.
Com alegria e júbilo, Deus e os anjos contemplavam esta cena. O Pai sabia que por intermédio desses homens
a luz do Céu haveria de brilhar; que as palavras por eles ditas ao testemunharem de Seu Filho haveriam de
ecoar de geração em geração, até o fim dos séculos.
Os discípulos deviam sair como testemunhas de Cristo para anunciar ao mundo o que dEle tinham visto e
ouvido. Seu cargo era o mais importante dos cargos a que já haviam sido chamados seres humanos, apenas
inferior ao do próprio Cristo. Eles deviam ser coobreiros de Deus na salvação dos homens. Como no Antigo
Testamento os doze patriarcas ocupavam o lugar de representantes de Israel, assim os doze apóstolos
representam a igreja evangélica. Atos dos Apóstolos, pp. 17-19.
Deus toma os homens tais como são, com os elementos humanos de seu caráter, e os prepara para Seu serviço,
caso queiram ser disciplinados e dEle aprender. Não são escolhidos por serem perfeitos, mas apesar de suas
imperfeições, para que, pelo conhecimento e observância da verdade, mediante a graça de Cristo, se possam
transformar à Sua imagem. (O Desejado de Todas as Nações, p. 294).
❉ Terça - O domínio de Jesus sobre a natureza
Vemos o Seu poder ao repreender os ventos e o mar (Lc 8.23- 27); também observamos o Seu poder ao andar
sobre o mar (Mt 14.23-36; Jo 6.17-21) e também na pesca maravilhosa (Lc 4.38, 39); Como teve poder para
multiplicar cinco pães e dois peixes de tal forma que quase cinco mil homens foram saciados (Lc 9.10-17). E,
depois de todos terem comido, do que sobejou ainda encheram doze cestos. Jesus não só alimentou com dois
peixes e cinco pães como ainda fez com que sobrasse mais alimento do que o existente no princípio (Jo 6.5-
14). Seu poder ao ordenar à figueira infrutífera que secasse (Mt 21.18-21), e quando transformou a água em
vinho (Jo 2.1-12). Jesus não só teve poder para criar os céus e a terra, mas tem também o poder de preservar
da destruição todas as coisas. O mundo em que hoje vivemos cairia em pedaços se não fosse o poder de Jesus.
É nos permitido viver neste mundo, cada dia, pelo poder de Jesus (Cl 1.16-17). Jesus tem poder sobre as
forças da natureza. Sendo o próprio Criador, Ele demonstrou este poder ao repreender a tempestade que
aterrorizava os discípulos que, no barco, atravessavam o mar da Galileia (Mt 8.23-26).
► 3. Leia Mateus 8:23-27, Marcos 4:35-41 e Lucas 8:22-25. Como a realidade do grande conflito é revelada
nesses textos?
(Mc 4:35-41) 35 Naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes Jesus: Passemos para a outra margem. 36 E eles,
despedindo a multidão, o levaram assim como estava, no barco; e outros barcos o seguiam. 37 Ora, levantou-
se grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava a
encher-se de água. 38 E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro; eles o despertaram e lhe disseram:
Mestre, não te importa que pereçamos? 39 E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-
te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança. 40 Então, lhes disse: Por que sois assim
tímidos?! Como é que não tendes fé? 41 E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: Quem é
este que até o vento e o mar lhe obedecem?
► Resp. O pecado e o inimigo trazem tempestades e problemas à nossa vida, mas, se Jesus está em nosso
barco, a tempestade é controlada, o mar se acalma, os problemas são superados e ficamos em paz. Precisamos
confiar em Cristo em todas as circunstâncias.
O Salvador desafogou-Se enfim do aperto da multidão e, vencido pela fadiga e a fome, deitou-se na popa do
barco, adormecendo em seguida. A tarde fora calma e aprazível, e espelhava-se por todo o lago a
tranquilidade; de súbito, porém, sombrias nuvens cobriram o céu, o vento soprou rijo das gargantas das
montanhas sobre a costa oriental, rebentando sobre o lago violenta tempestade.
Pusera-se o Sol, e a escuridão da noite baixou por sobre o tormentoso mar. As ondas, furiosamente açoitadas
pelos ululantes ventos, sacudiam com violência o barco dos discípulos, ameaçando submergi-lo. Aqueles
intrépidos pescadores haviam passado a vida no lago, e guiado a salvo a embarcação em meio de muita
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4. tormenta; agora, porém, sua resistência e habilidade nada valiam. Achavam-se impotentes nas garras da
tempestade, e sentiram desampará-los a esperança ao ver o barco a inundar-se.
Absorvidos nos esforços de se salvar, [os discípulos] haviam esquecido a presença de Jesus ali no barco.
Enfim, vendo nulos seus esforços, e nada menos que a morte diante de si, lembraram por ordem de quem
haviam empreendido a travessia do lago. Jesus era sua única esperança. Em seu desamparo e desespero,
exclamaram: “Mestre, Mestre!” Mas a densa treva O ocultava aos olhos deles. Suas vozes eram abafadas pelo
rugido da tempestade, e nenhuma resposta se ouviu. A dúvida e o temor os assaltaram. Teria Jesus abandonado
Seus discípulos? Seria Aquele que vencera a enfermidade e os demônios, e até mesmo a morte, impotente para
ajudá-los? Acaso Ele os teria esquecido em sua aflição?…
Nunca alguém soltou aquele brado em vão. Quando os discípulos empunharam os remos, tentando um
derradeiro esforço, ergueu-Se Jesus. Estava em meio dos discípulos, enquanto a tempestade rugia, as ondas
rebentavam por sobre eles, e o relâmpago iluminou-Lhe o semblante. Ergueu a mão, tantas vezes ocupada em
atos de misericórdia, e disse ao irado mar: “Cala-te, aquieta-te” (Mc 4:39).
Cessou a tormenta. As ondas entraram em repouso. As nuvens dispersaram-se, e brilharam as estrelas. O barco
descansou sobre o mar sereno. Volvendo-se então para os discípulos, Jesus perguntou, magoado: “Por que sois
tão tímidos? Ainda não tendes fé?” Mc 4:40.
Os discípulos emudeceram. Nem mesmo Pedro tentou exprimir o assombro que lhe enchia o coração. Os
barcos que partiram seguindo a Jesus, achavam-se no mesmo perigo que o dos discípulos. Terror e desespero
apoderem-se dos tripulantes; a ordem de Jesus, porém, trouxera sossego à cena de tumulto. A fúria da
tempestade levara os barcos a mais próxima vizinhança, e todos os que havia a bordo testemunharam o
milagre. Na paz que se seguiu, foi esquecido o temor. O povo segredava entre si: "Que Homem é este, que até
os ventos e o mar Lhe obedecem?" (O Desejado de Todas as Nações, p. 334, 335).
❉ Quarta - Quem é o maior?
► 4. Leia Marcos 9:33-37. Que lição Jesus ensinou aos discípulos? Que mensagem encontramos ali para os
que afirmam seguir Jesus? Mt 18:3-5
(Mc 9:33-37) 33 Tendo eles partido para Cafarnaum, estando ele em casa, interrogou os discípulos: De que é
que discorríeis pelo caminho? 34 Mas eles guardaram silêncio; porque, pelo caminho, haviam discutido
entre si sobre quem era o maior. 35 E ele, assentando-se, chamou os doze e lhes disse: Se alguém quer
ser o primeiro, será o último e servo de todos. 36 Trazendo uma criança, colocou-a no meio deles e,
tomando-a nos braços, disse-lhes: 37 Qualquer que receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim
me recebe; e qualquer que a mim me receber, não recebe a mim, mas ao que me enviou.
(Mt 18:3-5) 3 E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como
crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. 4 Portanto, aquele que se humilhar como esta
criança, esse é o maior no reino dos céus. 5 E quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a
mim me recebe.
► Resp. Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos. Seguir Jesus significa ser humilde e ter
a pureza e dependência de uma criança.
Os discípulos aproximaram-se de Jesus perguntando: "Quem é, porventura, o maior no reino dos Céus? E
Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: Em verdade vos digo que, se não vos
converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos Céus. Portanto, aquele
que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos Céus." Mat. 18:1-4.
Muitos não percebem que ao andarmos humildemente com Deus, nos colocamos numa posição em que o
inimigo não pode tirar vantagem de nós. ... Unicamente se nos submetermos como crianças dispostas a ser
instruídas e disciplinadas, poderá Deus usar-nos para a Sua glória. Manuscrito 102, 1904.
► 5. Leia Mateus 20:20-28. Como Jesus respondeu à última pergunta? Qual era a ideia principal que Ele
queria transmitir?
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5. (Mt 20:20-28) 20 Então, se chegou a ele a mulher de Zebedeu, com seus filhos, e, adorando-o, pediu-lhe um
favor. 21 Perguntou-lhe ele: Que queres? Ela respondeu: Manda que, no teu reino, estes meus dois filhos se
assentem, um à tua direita, e o outro à tua esquerda. 22 Mas Jesus respondeu: Não sabeis o que pedis.
Podeis vós beber o cálice que eu estou para beber? Responderam-lhe: Podemos. 23 Então, lhes disse: Bebereis
o meu cálice; mas o assentar-se à minha direita e à minha esquerda não me compete concedê-lo; é,
porém, para aqueles a quem está preparado por meu Pai. 24 Ora, ouvindo isto os dez, indignaram-se
contra os dois irmãos. 25 Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os
dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. 26 Não é assim entre vós; pelo contrário, quem
quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; 27 e quem quiser ser o primeiro entre vós será
vosso servo; 28 tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida
em resgate por muitos.
► Resp. Mostrou que eles não sabiam o que pediam e que a missão do Mestre e dos discípulos era viver e
morrer pelo reino, que não é deste mundo.
Jesus compreendeu o motivo que animava o pedido, e assim reprovou o orgulho e ambição dos dois
discípulos: "Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem
autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja o
vosso serviçal; e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro seja vosso servo; bem como o Filho do homem
não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a Sua vida em resgate de muitos." Mat. 20:25-28.
Não se alcança posição no reino de Deus mediante favoritismo. Não é adquirida nem recebida mediante
concessão arbitrária. É o resultado do caráter. A coroa e o trono são a prova de uma condição conquistada -
prova do domínio do eu por meio da graça de nosso Senhor Jesus Cristo. Atos dos Apóstolos, pp. 543.
Os próprios discípulos, conquanto exteriormente a tudo houvessem renunciado por amor de Jesus, não tinham,
no coração, deixado de buscar grandes coisas para si mesmos. Foi esse espírito que motivou a discussão de
quem seria o maior. Foi isso que se interpôs entre eles e Cristo, fazendo-os tão apáticos para com Sua missão
de sacrifício, tão tardios em compreender o mistério da redenção. Como o fermento, se deixado a completar
sua obra, produzirá corrupção e ruína, assim o espírito de egoísmo, sendo nutrido, opera a ruína da pessoa.
Entre os seguidores de nosso Senhor em nossos dias, como outrora, quão disseminado se acha esse pecado
sutil e enganador! Quantas vezes nosso serviço a Cristo, nossa comunhão uns com os outros, são manchados
pelo oculto desejo de exaltar o próprio eu! Quão pronto é o pensamento de se congratular consigo mesmo, e o
anelo da aprovação humana! É o amor do próprio eu, o desejo de um caminho mais fácil do que o que nos é
designado por Deus, que leva à substituição dos divinos preceitos por teorias e tradições humanas. (O
Desejado de Todas as Nações, p. 409).
Cristo estava estabelecendo um reino sobre princípios diversos. Chamava os homens, não à autoridade, mas ao
serviço, os fortes a sofrer as fraquezas dos fracos. Poder, posição, talento, educação colocavam seus
possuidores sob maior dever de servir aos semelhantes. Ainda ao mais humilde dos discípulos de Cristo, é
dito: “Tudo isso é por amor de vós”. (2Co 4:15). “O Filho do homem não veio para ser servido, mas para
servir e para dar a Sua vida em resgate de muitos” (Mt 20:28). Entre Seus discípulos, Cristo era em todos os
sentidos Aquele sobre quem repousavam os cuidados e responsabilidades. Compartilhava da pobreza deles,
exercia abnegação em seu benefício, ia adiante deles para lhes aplainar os mais ásperos caminhos e deveria
consumar em breve Sua obra terrestre, entregando a própria vida. O princípio sobre o qual Ele agia deve atuar
nos membros da igreja, que é Seu corpo. O plano e a base da salvação são amor. No reino de Cristo, são
maiores os que seguem o exemplo por Ele dado e procedem como pastores de Seu rebanho. (O Desejado de
Todas as Nações, p. 550).
❉ Quinta - Divino encontro com a Palavra
► 6. Leia Lucas 24:19-35. Que palavras dessas pessoas revelam sua falta de entendimento, e como Jesus lhes
explicou a verdade?
(Lc 24:19-35) 19 Ele lhes perguntou: Quais? E explicaram: O que aconteceu a Jesus, o Nazareno, que era
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6. varão profeta, poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo, 20 e como os principais
sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21 Ora, nós
esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro
dia desde que tais coisas sucederam. 22 É verdade também que algumas mulheres, das que conosco estavam,
nos surpreenderam, tendo ido de madrugada ao túmulo; 23 e, não achando o corpo de Jesus, voltaram dizendo
terem tido uma visão de anjos, os quais afirmam que ele vive. 24 De fato, alguns dos nossos foram ao sepulcro
e verificaram a exatidão do que disseram as mulheres; mas não o viram. 25 Então, lhes disse Jesus: Ó
néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! 26 Porventura, não convinha que
o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? 27 E, começando por Moisés, discorrendo por todos os
Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras. 28 Quando se aproximavam
da aldeia para onde iam, fez ele menção de passar adiante. 29 Mas eles o constrangeram, dizendo: Fica
conosco, porque é tarde, e o dia já declina. E entrou para ficar com eles. 30 E aconteceu que, quando estavam
à mesa, tomando ele o pão, abençoou-o e, tendo-o partido, lhes deu; 31 então, se lhes abriram os olhos, e o
reconheceram; mas ele desapareceu da presença deles. 32 E disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o
coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras? 33 E, na mesma hora,
levantando-se, voltaram para Jerusalém, onde acharam reunidos os onze e outros com eles, 34 os quais diziam:
O Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão! 35 Então, os dois contaram o que lhes acontecera no caminho e
como fora por eles reconhecido no partir do pão.
► Resp. “Ora, nós esperávamos que fosse Ele quem havia de redimir a Israel” (v. 21). Jesus explicou a
verdade através das Escrituras (v. 27).
Os mestres de Israel não disseminavam a semente da Palavra de Deus. A obra de Cristo como Mestre da
verdade estava em notável contraste com a dos rabinos do Seu tempo. Eles se firmavam sobre tradições,
teorias humanas e especulações. Muitas vezes aquilo que homens tinham ensinado ou escrito sobre a Palavra,
colocavam no lugar da própria Palavra. Seus ensinos não tinham poder para refrigerar a alma. O tema das
pregações e ensinamentos de Cristo era a Palavra de Deus. Respondia a interlocutores com um simples: "Está
escrito." Luc. 4:8 e 10. "Que diz a Escritura?" "Como lês?" Luc. 10:26. Em cada oportunidade, quando era
despertado interesse por um amigo ou adversário, lançava a semente da Palavra. Ele, que é o Caminho, a
Verdade e a Vida, Ele que é o próprio Verbo vivo, aponta às Escrituras e diz: "São elas que de Mim
testificam." João 5:39. "E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dEle se achava
em todas as Escrituras." Luc. 24:27.
Os servos de Cristo devem fazer a mesma obra. Em nosso tempo, como na antiguidade, as verdades vitais da
Palavra de Deus são substituídas por teorias e especulações humanas. Muitos professos ministros do
Evangelho não aceitam toda a Bíblia como a Palavra inspirada. Um sábio rejeita esta parte, outro duvida
daquela. Elevam sua opinião acima da Palavra; e as Escrituras que eles ensinam, repousam sobre a autoridade
deles próprios. Sua autenticidade divina é destruída. Deste modo é semeada largamente a semente da
incredulidade; porque o povo é confundido e não sabe o que crer. Há muitas crenças que a mente não tem o
direito de entreter. Nos dias de Cristo os rabinos forçavam uma construção mística sobre muitas porções das
Escrituras. Porque os claros ensinos da Palavra de Deus lhes condenavam as práticas, procuravam destruir-lhes
a força. O mesmo acontece hoje em dia. Deixa-se parecer a Palavra de Deus cheia de mistérios e trevas, para
desculpar as transgressões de Sua lei. Em Seus dias, Cristo censurava estas práticas. Ensinava que a Palavra de
Deus deve ser compreendida por todos. Apontava às Escrituras como de autoridade inquestionável, e devemos
fazer o mesmo. A Bíblia deve ser apresentada como a Palavra do Deus infinito, como o termo de toda
polêmica e o fundamento de toda fé.
A Bíblia tem sido espoliada de seu poder, e vemos a consequência no rebaixamento do tom da vida espiritual.
Nos sermões de muitos púlpitos de hoje, não há aquela divina manifestação, que desperta a consciência e dá
vida. Os ouvintes não podem dizer: “Porventura, não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos
falava e quando nos abria as Escrituras?” (Lc 24:32). Há muitos que estão clamando pelo Deus vivo, e
anseiam a presença divina. Teorias filosóficas ou composições literárias, embora brilhantes, não podem
satisfazer o coração. As afirmações e descobrimentos dos homens não têm valor algum. Fale a Palavra de
Deus ao povo! Os que só ouviram tradições, teorias e máximas humanas, ouçam a voz dAquele cuja palavra
pode renovar o coração para a vida eterna. (Parábolas de Jesus, pp. 38-40).
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