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ABORDAGEM
TERAPÊUTICA NO
LEIOMIOMA UTERINO
Marcelle Rodrigues
Pereira
Orientadora: Prof. Juraci
Ghiaroni
Miomas uterinos
 Definição
Tumor benigno originado de uma única célula de músculo
liso do miométrio que sofreu mutação no seu fator de
crescimento
Uptodate2013
Miomas uterinos
 Prevalência
Tumor benigno mais comum em mulheres
Assintomáticos: 40 a 50% das mulheres com mais de 35
anos
Aos 50 anos: achado maior que 80% de negras e quase
70% em brancas
Causa isolada mais frequente de histerectomia
Ginecologia ambulatorial baseada em evidências; 239-253. Medbook. Rio de janeiro -
Berek & Novak. Tratado de Ginecologia. 14 edição, 352-
354
Miomas uterinos
 Diagnóstico
Menos da metade são sintomáticos
Achados ultrassonográficos
Ginecologia ambulatorial baseada em evidências; 239-253. Medbook. Rio de janeiro -
Uptodate2013
Classificação topográfica
Netter
Tratamento
 Fatores
determinantes:
 Sintomas
 Tamanho
 Número
 Localização
 Idade
Condições clínicas
Patologias concomitantes
Preservação do útero
Futuro reprodutivo
Managing Uterine Fibroids Medscape
OB/GYN, 2012 Uptodate2013
Tratamento
 Conduta expectante
 Não mostrou mudanças nos sintomas ou na qualidade
de vida
 Não há indicação de “terapia profilática” para evitar
futuras complicações
 Ultrassonografia
Uptodate2013
Tratamento
 Terapia Medicamentosa
 Dificuldade de avaliar os efeitos isolados das drogas
 Mulheres somente com sangramento melhoram com
TH, alto índice de falha a longo prazo
 Revisões sistemáticas :60% histerectomia em 2 anos
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Terapia Hormonal
 Evidência de melhora do sangramento uterino anormal,
com limitada eficácia no tratamento dos miomas
 Prática clínica: significativa melhora do sintoma de
hipermenorréia
 ACO
 Nuvaring
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 Implante de progesterona, injeção e pílula
Uptodate2013
Medical management of uterine fibroids with medroxiprogesterone acetate(Depo Provera): a
pilot study. J Obstet Gynaecol 2004; 24:798
Terapia Hormonal
 Agonistas do GnRh
 Terapia medicamentosa mais efetiva no tratamento da
miomatose uterina
 35 a 60% de redução do tamanho do útero em 3 meses
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 Permite a realização de operações por via
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 Efeitos colaterais – pré-op / criteriosa seleção / associar
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Ginecologia ambulatorial baseada em evidências; 239-253. Medbook. Rio de janeiro -
Uptodate2013
Terapia Hormonal
 Antagonista do GnRh
Resultados clínicos semelhantes, sem estudos de longo
prazo
 Moduladores dos receptores de progesterona
 Progesterona : estimula o crescimento do mioma-sem
estudos que comprovem associação com
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alta dose
Uptodate2013
Terapia Hormonal
 Mifepristone
 Reduz volume uterino 26 – 74% comparando GnRh
 Melhora sintomática da dor e da qualidade de vida
 Não aprovado pelo FDA
 Ulipristal
 Estudo randomizado: 242 mulheres com menorragia
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comparado ao placebo
Uptodate2013
Terapia Hormonal
 242 mulheres com menorragia , anemia associada a
miomatose e útero com tamanho de 16 semanas
 Ulipristal 5 ou 10mg em 13 semanas
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 Aumento da hemoglobina - 5mg: 4.3g/dl ; 10mg: 4.2g/dl ;
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 Redução volume do mioma - 5mg: 21% ; 10mg: 12% ;
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 Não houve casos de hiprplasia ou câncer
 Metade das pacientes de cada grupo optaram por tratamento
Terapia Hormonal
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 Modulador seletivo do receptor de estrogênio
 Efeito incerto / Dados ainda conflitantes
Uptodate2013
Terapia Hormonal
 Inibidores da Aromatase
 Pequenas séries e um estudo randomizado: diminuição
dos sintomas da miomatose
 Menos efeitos colaterais
 Necessários mais estudos
Uptodate2013
Tratamento Clínico
 Agentes Antifibrinolíticos
 Ácido tranexâmico – FDA
 Não estudado sua ação na menorragia relacionada ao
mioma
Tranexamic acid treatment for heavy menstrual bleeding: a randomized controlled trial. Obstet Gynecol 2010;
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Tratamento Clinico
 Antiinflamatórios Não Esteroidais
 Ainda não foi amplamente estudado
 Não reduz a perda sanguinea
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, controla a anemia, não diminui o volume
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 Gestrinona: diminui volume do mioma e induz
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interrupção. Não está disponível nos EUA
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Remarkable and persistent shrinkage of uterine leiomyoma associated with interferon alfa for hepatitis.
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Uptodate2013
Histerectomia
 Miomatose uterina
- 30% das histerectomias mulheres brancas
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 Avaliação da morbidade
Agency for Healthcare Research and Quality, Rockville, MD.
Uptodate2013
Miomectomia
 Indicações
 Prole não constituída e desejo de manutenção do útero
 Terapia efetiva
 Desvantagem
 Histeroscopia + Laparoscopia
A indicação específica de MIOMECTOMIA se baseia na
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Miomectomia
 Miomectomias
 Abdominal : miomas múltiplos, intersticiais volumosos e
profundos
 Laparoscópica ou vídeo assistidas: subserosos
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 Histeroscópica: submucosos
Togas Tulandi; Uterine Fibroids; Cambridge
University; 2003
Miomectomia Laparoscópica
 Miomas subserosos e intramurais
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Togas Tulandi; Uterine Fibroids; Cambridge
University; 2003
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Togas Tulandi; Uterine Fibroids; Cambridge
University; 2003
Miomectomia Abdominal
 Padrão-ouro para miomas intramurais e
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 Incisão abdominal,tempo
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Togas Tulandi; Uterine Fibroids; Cambridge
University; 2003
Técnica Miomectomia
 Incisão central e anterior
 Redução da formação de aderências: 55%
 Incisão posterior: 93,7%
 Excisão do maior número de miomas
 Redução do risco de recorrência
 Nova intervenção em 15-18% dos casos em 10 anos
 Cuidados na sutura
 Barreiras anti-aderentes
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eficientes
Togas Tulandi; Uterine Fibroids; Cambridge
University; 2003
Tratamento Cirúrgico
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 Prole constituída
 Ressecção com eletrodo cirúrgico em alça para raspar o
endométrio e a superfície do endométrio
 Poucos dados avaliando efeitos da ablação e mioma. Age no
controle do sangramento
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Tratamento Cirúrgico
 Miólise
Utiliza bipolar, laser, crioterapia para reduzir o tamanho
dos miomas
Não recomendada em mulheres que desejam gestar
Ginecologia ambulatorial baseada em evidências; 239-253. Medbook. Rio de janeiro -
Uptodate2013
Embolização das artérias
uterinas
 1º. relato de Dawbarn, 1904; a partir de 1970, usado no
tratamento de hemorragias gástricas, urinárias e genitais.
 O primeiro trabalho mostrando o tratamento de hemorragia pós-
parto data de 1980 (Pais et cols).
 A dificuldade na disseminação do uso do método é atribuída à
falta de profissionais especializados disponíveis nos Serviços de
Emergência.
 Em 1995, Ravina publica o 1º. relato do uso da embolização das
artérias uterinas no tratamento de pacientes portadoras de
miomas.
Silva, Juraci Ghiaroni de Albuquerque e . Embolizacao intra-arterial de miomas com particulas esfericas de
polivinil-alcool e polivinil acetato como preparo da resseccao cirurgica. Rio de Janeiro: UFRJ/Faculdade de
Medicina 2010
Embolização das artérias
uterinas
 Contra-Indicações / Seleção de pacientes
 Infecção do trato genito-urinário
 Malignidade do trato genito-urinário
 Imunossupressão
 Doença vascular grave; malformações A-V
 Alergia ao meio de contraste
 Insuficiência renal
 Gestação
Togas Tulandi; Uterine Fibroids; Cambridge University; 2003
Uterine Fibroid Embolization,Clinical Practice Guidelines;JOGC; October,2004
Embolização das artérias
uterinas
 Técnica
 Inicialmente o objetivo era ocluir completamente o fluxo
da artéria uterina.
 Atualmente a tendência é tentar a oclusão distal, somente
da vascularização do mioma, que é terminal.
 O cuidado maior é não ocluir a circulação ovariana, que é
fonte de irrigação colateral para o miométrio.
 Quando esta vascularização é muito importante na
irrigação uterina (1% dos casos), pode haver falha no uso
do método.
Togas Tulandi; Uterine Fibroids; Cambridge University; 200
Embolização das artérias
uterinas
MRgFUS
 O calor gerado pela USG desnatura proteínas e causa morte
celular.
 A RM dirige o foco e monitora o tratamento mostrando a
temperatura no tecido-alvo.
 Baixa morbidade e recuperação rápida.
 Várias restrições: número e tamanho de miomas, distância da
pele, cicatrizes anteriores.
 Diminuição de 31% do volume, em média.
 Melhora dos sintomas 71% em 6 meses e 50% em 1 ano
LeBlang SD, Hoctor K, Steinberg FL. Leiomyoma shrinkage after MRI-guided focused ultrasound
treatment: report of 80 patients. AJR Am J Roentgenol. 2010;194:274-280
Conclusões
 Na maior parte dos casos não há necessidade de
tratamento (50-80%)
 A indicação cirúrgica é a etapa mais importante do
tratamento
 Avaliar criteriosamente se os sintomas da paciente são
causados pelo mioma
 A via não depende da preferência do cirurgião, mas sim
da localização, tamanho e número de miomas

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Abordagem terapeutica no_leiomioma_uterino

  • 1. ABORDAGEM TERAPÊUTICA NO LEIOMIOMA UTERINO Marcelle Rodrigues Pereira Orientadora: Prof. Juraci Ghiaroni
  • 2. Miomas uterinos  Definição Tumor benigno originado de uma única célula de músculo liso do miométrio que sofreu mutação no seu fator de crescimento Uptodate2013
  • 3. Miomas uterinos  Prevalência Tumor benigno mais comum em mulheres Assintomáticos: 40 a 50% das mulheres com mais de 35 anos Aos 50 anos: achado maior que 80% de negras e quase 70% em brancas Causa isolada mais frequente de histerectomia Ginecologia ambulatorial baseada em evidências; 239-253. Medbook. Rio de janeiro - Berek & Novak. Tratado de Ginecologia. 14 edição, 352- 354
  • 4. Miomas uterinos  Diagnóstico Menos da metade são sintomáticos Achados ultrassonográficos Ginecologia ambulatorial baseada em evidências; 239-253. Medbook. Rio de janeiro - Uptodate2013
  • 6. Tratamento  Fatores determinantes:  Sintomas  Tamanho  Número  Localização  Idade Condições clínicas Patologias concomitantes Preservação do útero Futuro reprodutivo Managing Uterine Fibroids Medscape OB/GYN, 2012 Uptodate2013
  • 7. Tratamento  Conduta expectante  Não mostrou mudanças nos sintomas ou na qualidade de vida  Não há indicação de “terapia profilática” para evitar futuras complicações  Ultrassonografia Uptodate2013
  • 8. Tratamento  Terapia Medicamentosa  Dificuldade de avaliar os efeitos isolados das drogas  Mulheres somente com sangramento melhoram com TH, alto índice de falha a longo prazo  Revisões sistemáticas :60% histerectomia em 2 anos Uptodate2013
  • 9. Terapia Hormonal  Evidência de melhora do sangramento uterino anormal, com limitada eficácia no tratamento dos miomas  Prática clínica: significativa melhora do sintoma de hipermenorréia  ACO  Nuvaring  Mirena  Implante de progesterona, injeção e pílula Uptodate2013 Medical management of uterine fibroids with medroxiprogesterone acetate(Depo Provera): a pilot study. J Obstet Gynaecol 2004; 24:798
  • 10. Terapia Hormonal  Agonistas do GnRh  Terapia medicamentosa mais efetiva no tratamento da miomatose uterina  35 a 60% de redução do tamanho do útero em 3 meses de início da terapia  Permite a realização de operações por via vaginal, laparoscópicas e incisões mais estéticas.  Perda óssea em 12 meses de tratamento  Efeitos colaterais – pré-op / criteriosa seleção / associar ACO Ginecologia ambulatorial baseada em evidências; 239-253. Medbook. Rio de janeiro - Uptodate2013
  • 11. Terapia Hormonal  Antagonista do GnRh Resultados clínicos semelhantes, sem estudos de longo prazo  Moduladores dos receptores de progesterona  Progesterona : estimula o crescimento do mioma-sem estudos que comprovem associação com hiperplasia, atipia ou câncer  Elevação transitória de transaminases em regimes de alta dose Uptodate2013
  • 12. Terapia Hormonal  Mifepristone  Reduz volume uterino 26 – 74% comparando GnRh  Melhora sintomática da dor e da qualidade de vida  Não aprovado pelo FDA  Ulipristal  Estudo randomizado: 242 mulheres com menorragia , anemia associada a miomatose e útero com tamanho de 16 semanas. reduz 20% volume do mioma comparado ao placebo Uptodate2013
  • 13. Terapia Hormonal  242 mulheres com menorragia , anemia associada a miomatose e útero com tamanho de 16 semanas  Ulipristal 5 ou 10mg em 13 semanas  Resolução da menorragia - 5mg:91% ; 10mg:92% ; placebo: 19%  Aumento da hemoglobina - 5mg: 4.3g/dl ; 10mg: 4.2g/dl ; placebo: 3.1g/dl  Redução volume do mioma - 5mg: 21% ; 10mg: 12% ; placebo: 3%  Não houve casos de hiprplasia ou câncer  Metade das pacientes de cada grupo optaram por tratamento
  • 14. Terapia Hormonal  Raloxifeno  Modulador seletivo do receptor de estrogênio  Efeito incerto / Dados ainda conflitantes Uptodate2013
  • 15. Terapia Hormonal  Inibidores da Aromatase  Pequenas séries e um estudo randomizado: diminuição dos sintomas da miomatose  Menos efeitos colaterais  Necessários mais estudos Uptodate2013
  • 16. Tratamento Clínico  Agentes Antifibrinolíticos  Ácido tranexâmico – FDA  Não estudado sua ação na menorragia relacionada ao mioma Tranexamic acid treatment for heavy menstrual bleeding: a randomized controlled trial. Obstet Gynecol 2010; 116:865
  • 17. Tratamento Clinico  Antiinflamatórios Não Esteroidais  Ainda não foi amplamente estudado  Não reduz a perda sanguinea  Melhora da dor Uptodate2013
  • 18. Terapia Hormonal  Danazol e Gestrinona  Esteróides androgenicos  Danazol: amenorreia , implantes endometrióticos , controla a anemia, não diminui o volume uterino, efeitos colaterais  Gestrinona: diminui volume do mioma e induz amenorreia. Vantagem do efeito continuado após sua interrupção. Não está disponível nos EUA Uptodate2013
  • 19. Tratamento Clínico  Estudos  Biologia do leiomioma uterino  Regulação do fator de crescimento dos miomas  Interferon: Reverter os efeitos proliferativos do fibroblasto Remarkable and persistent shrinkage of uterine leiomyoma associated with interferon alfa for hepatitis. Lancet 1999
  • 20. Tratamento Cirúrgico  Histerectomia  Indicações: 1. Hemorragia aguda que não responde a outras terapias 2. Mulher com prole constituída e risco aumentado de outras patologias: endometriose, adenomiose, hiperplasia endometrial, risco aumentado de câncer uterino ou ovariano que poderia ser eliminado pela histerectomia 3. Falha da terapia minimamente invasiva 4. Prole constituida e sintomas significativos, multiplos miomas e desejo definitivo de término dos sintomas Uptodate2013
  • 21. Histerectomia  Miomatose uterina - 30% das histerectomias mulheres brancas - 50% das histerectomias em mulheres negras  Elimina o risco de recorrência dos miomas e da sintomatologia a eles relacionada  Avaliação da morbidade Agency for Healthcare Research and Quality, Rockville, MD. Uptodate2013
  • 22. Miomectomia  Indicações  Prole não constituída e desejo de manutenção do útero  Terapia efetiva  Desvantagem  Histeroscopia + Laparoscopia A indicação específica de MIOMECTOMIA se baseia na idade da paciente, ausência de lesões endometriais, normalidade do colo do útero e desejo de conservar o útero Uptodate2013
  • 23. Miomectomia  Miomectomias  Abdominal : miomas múltiplos, intersticiais volumosos e profundos  Laparoscópica ou vídeo assistidas: subserosos  Vaginal: paridos ou situados no fundo de saco de Douglas  Histeroscópica: submucosos Togas Tulandi; Uterine Fibroids; Cambridge University; 2003
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  • 26. Miomectomia Laparoscópica  Miomas subserosos e intramurais  Avaliar:  Miomas > 5-8 cm  Múltiplos  Miomas intramurais profundos Togas Tulandi; Uterine Fibroids; Cambridge University; 2003
  • 27. Complicações pós-operatórias  Recorrência  Miomectomia Laparoscópica: 21,4%  Miomectomia Abdominal: 22,3% Togas Tulandi; Uterine Fibroids; Cambridge University; 2003
  • 28. Miomectomia Abdominal  Padrão-ouro para miomas intramurais e subserosos e relacionados à infertilidade  Incisão abdominal,tempo operatório, sangramento intra-operatório, tempo de hospitalização semelhantes à histerectomia Togas Tulandi; Uterine Fibroids; Cambridge University; 2003
  • 29. Técnica Miomectomia  Incisão central e anterior  Redução da formação de aderências: 55%  Incisão posterior: 93,7%  Excisão do maior número de miomas  Redução do risco de recorrência  Nova intervenção em 15-18% dos casos em 10 anos  Cuidados na sutura  Barreiras anti-aderentes (Seprafilm,Dextran,Interceed, Gore-Tex) : caras mas eficientes Togas Tulandi; Uterine Fibroids; Cambridge University; 2003
  • 30. Tratamento Cirúrgico  Ablação endometrial  Prole constituída  Ressecção com eletrodo cirúrgico em alça para raspar o endométrio e a superfície do endométrio  Poucos dados avaliando efeitos da ablação e mioma. Age no controle do sangramento Uptodate2013
  • 31. Tratamento Cirúrgico  Miólise Utiliza bipolar, laser, crioterapia para reduzir o tamanho dos miomas Não recomendada em mulheres que desejam gestar Ginecologia ambulatorial baseada em evidências; 239-253. Medbook. Rio de janeiro - Uptodate2013
  • 32. Embolização das artérias uterinas  1º. relato de Dawbarn, 1904; a partir de 1970, usado no tratamento de hemorragias gástricas, urinárias e genitais.  O primeiro trabalho mostrando o tratamento de hemorragia pós- parto data de 1980 (Pais et cols).  A dificuldade na disseminação do uso do método é atribuída à falta de profissionais especializados disponíveis nos Serviços de Emergência.  Em 1995, Ravina publica o 1º. relato do uso da embolização das artérias uterinas no tratamento de pacientes portadoras de miomas. Silva, Juraci Ghiaroni de Albuquerque e . Embolizacao intra-arterial de miomas com particulas esfericas de polivinil-alcool e polivinil acetato como preparo da resseccao cirurgica. Rio de Janeiro: UFRJ/Faculdade de Medicina 2010
  • 33. Embolização das artérias uterinas  Contra-Indicações / Seleção de pacientes  Infecção do trato genito-urinário  Malignidade do trato genito-urinário  Imunossupressão  Doença vascular grave; malformações A-V  Alergia ao meio de contraste  Insuficiência renal  Gestação Togas Tulandi; Uterine Fibroids; Cambridge University; 2003 Uterine Fibroid Embolization,Clinical Practice Guidelines;JOGC; October,2004
  • 34. Embolização das artérias uterinas  Técnica  Inicialmente o objetivo era ocluir completamente o fluxo da artéria uterina.  Atualmente a tendência é tentar a oclusão distal, somente da vascularização do mioma, que é terminal.  O cuidado maior é não ocluir a circulação ovariana, que é fonte de irrigação colateral para o miométrio.  Quando esta vascularização é muito importante na irrigação uterina (1% dos casos), pode haver falha no uso do método. Togas Tulandi; Uterine Fibroids; Cambridge University; 200
  • 36. MRgFUS  O calor gerado pela USG desnatura proteínas e causa morte celular.  A RM dirige o foco e monitora o tratamento mostrando a temperatura no tecido-alvo.  Baixa morbidade e recuperação rápida.  Várias restrições: número e tamanho de miomas, distância da pele, cicatrizes anteriores.  Diminuição de 31% do volume, em média.  Melhora dos sintomas 71% em 6 meses e 50% em 1 ano LeBlang SD, Hoctor K, Steinberg FL. Leiomyoma shrinkage after MRI-guided focused ultrasound treatment: report of 80 patients. AJR Am J Roentgenol. 2010;194:274-280
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  • 38. Conclusões  Na maior parte dos casos não há necessidade de tratamento (50-80%)  A indicação cirúrgica é a etapa mais importante do tratamento  Avaliar criteriosamente se os sintomas da paciente são causados pelo mioma  A via não depende da preferência do cirurgião, mas sim da localização, tamanho e número de miomas

Notas do Editor

  1. Tumor benigno, que se origina de uma única célula do músculo liso do miométrio, que sofreu mutação no seu fator de crescimento, e contém grande quantidade matriz extracelular composto de fibronectina, proteoglicanos e colágeno, arranjo desordenado e formam nódulos bem delimitados
  2. É o tumor benigno mais comum em mulheres.menos da metade causam sintomas. Parece ter um componente familiar de incidência, e também genético, mas ainda não sabemos uma etiologia definida. Mulheres negras apresentam 3x maior risco de desenvolver miomas que mulheres brancas, e que a cada10kg de aumento de peso corporal há um aumento de 21% no risco de desenvolver miomas.
  3. Estima-se que menos da metade deles causem sintomas, logo é difícil especificar uma sintomatologia específica do mioma, porém as mulheres podem apresentar SUA, dismenorréia, dor pélvica, dispareunia, sintomas compressivos, infertilidade e abortamento.
  4. Os fatores que vão determinar a indicação do tratamento, e sua modalidade estão aqui descritos. Isso nos faz identificar o perfil da paciente e o individualizar o tratamento.
  5. Não tem indicação terapia profilática para evitar futuras complicações A EXCEÇÃO DA MIOMECTOMIA PRA INFERTILIDADE/ABORTAMENTO E MULHERES COM SINTOMAS COMPRESSIVOS. Recomenda-se o diagnóstico ultrassonográfico e acompanhamento anual. No acompanhamento clínico, utilizar também o hemograma para pacientes com hipermenorréia. Não esquecer de dosar função tireoidiana!!
  6. Grande número de mulheres com SUA em uso ACO e irregularidade menstrual. A terapia medicamentosa é útil para distinguir na perimenopausa o mioma da oligoovulação que cursa com alteração menstrual. Os estudos casuais sugerem que a maioria das mulheres que só tem sangramento como sintoma, melhoram com TH; porém o índice de falha a longo prazo é grande. CUIDADO! Na pós menopausa a terapia medicamentosa elevam os níveis de esteróides, que tem evidência indireta a longo prazo de ajudar o crescimento dos miomas.