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AVALIAÇÃO CRÍTICA DAS TÉCNICAS
   CIRÚRGICAS PARA CORREÇÃO DA
INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO




                        ELIZABETE ROMANO – R3
                    Orientadora: REBECCA SOTELO
INTRODUÇÃO
• INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO (IUE)
   • Definição
   • Tipos
      • Hipermobilidade vesical
      • Deficiência esfincteriana intrínsceca (DEI)
   • Tratamento
      • Clínico
      • Cirúrgico


                                         Ginecologia fundamental. Ed Atheneu, 2005
TRATAMENTO CIRÚRGICO
• ABDOMINAL
  • Burch (colpossuspensão retropúbica)


• VAGINAL
  • Kelly-Kennedy (colporrafia anterior)
  • Sling (mista, via vaginal e abdominal)
  • Faixa suburetral livre de tensão (Tension Free)


                                               Ginecologia fundamental. Ed Atheneu, 2005
COLPOSSUSPENSÃO RETROPÚBICA

• Via abdominal.


• Fixação dos fundos de saco vaginais laterais no ligamento
  ileopectíneo.


• A técnica original, segundo Marshall-Marchetti-Krantz, tornou-se
  obsoleta.
• Técnica de Burch



                                              Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
COLPOSSUSPENSÃO RETROPÚBICA
1




                 2




                                3




                            Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
COLPOSSUSPENSÃO RETROPÚBICA
• Complicações
   • Sangramento
   • Infecção
   • Lesões de bexiga ou uretra
   • Hematomas no espaço de Retzius
   • Obstrução dos ureteres
   • Distúrbios do esvaziamento vesical
   • Prolapso de parede vaginal posterior
   • Falha no tratamento


                                          Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
COLPORRAFIA ANTERIOR

• Cirurgia de kelly-kennedy.


• Via vaginal.


• Consiste na incisão da mucosa da parede vaginal
  anterior, dissecção da fáscia vesico-vaginal e sua plicatura na
  linha média.


• Apresenta resultados muito pobres para tratamento de IUE



                                             Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
CINTAS SUBURETRAIS (SLINGS)
• Via vaginal e abdominal


• Colocação de faixa suburetral (de material orgânico ou
  sintético) e sua fixação por meio de fios inabsorvíveis acima da
  aponeurose dos músculos reto-abdominais.


• Necessita de cistoscopia intraoperatória.


• Tem maiores índices de retenção urinária que a cirurgia de
  Burch.


                                              Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
CINTAS SUBURETRAIS (SLINGS)
1               2                  3




                4




                                  Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
CINTAS SUBURETRAIS (SLINGS)
• Complicações
   • Sangramento, distúrbios da cicatrização e seroma da coxa.


   • Lesões de bexiga e uretra.


   • Distúrbio do esvaziamento vesical.


   • Recidiva




                                          Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
• Objetivo: identificar modificações urodinâmicas e correlacionar com os
  resultados pós cirúrgicos de pacientes submetidas a Burch e Sling.
• Métodos: randomização de 655 mulheres com IUE tratadas com cirugia de
  Burch ou Sling fascial autólogo.
• Conclusão:
    • Os resultados positivos dos dois grupos estavam mais associados com
      maiores pressões de perda aos esforços no pré-operatório.
    • A taxa de sucesso foi semelhante nos dois grupos



                                                               Female Urology, jul/ 2011.
FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO

• Faixa de tecido sintético, posicionada na porção média da
  uretra.


• Tipos:
   • Transvaginal Tape (TVT) – Retropúbica
   • Transobturatória (TOT)
   • Mini-slings
   • Adjustable slings



                                           Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
                                                                                Uptodate, 2011
FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO
RETROPÚBICA (TVT)




                         The tension free vaginal tape. Urol Clin N Am 38 (2011) 39-45
FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO
RETROPÚBICA (TVT)
   • Boa taxa de sucesso (87% em 24 meses)
   • Necessita de cistoscopia intra-operatória
   • Complicações:
       • Perfuração vesical
       • Sangramento
       • Formação de hematoma
       • ITU
       • Urgência
       • Distúrbio do esvaziamento vesical
       • Extrusão

                                                 Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO
TRANSOBTURATÓRIA (TOT)




                Taweel & Rabah. Transobturatore tape for female stress incontinence: follow –up after
                                                        24 months. Can Urol, vol 4, pag 33-36, 2010
FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO
TRANSOBTURATÓRIA
• Boa taxa de sucesso (84%)
• Dispensa cistoscopia intra-operatória
• Complicações
   • Distúrbio do esvaziamento vesical
   • Dor pós-operatória
   • Urgência
   • ITU
   • Perfuração vesical (<1%)
   • Extrusão


                                          Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
• Objetivo: descrever complicações, após 24 meses, em 597
  mulheres randomizadas e submetidas a TVT e TOT.
• Resultados:
• 383 eventos adversos em 253 mulheres.
• 20% foram classificados como sérios



                                          American Journal of Obstetrics and Gynecology, Jul/ 2011.
American Journal of Obstetrics and Gynecology, Jul/ 2011.
American Journal of Obstetrics and Gynecology, Jul/ 2011.
• As técnicas de sling retropúbico e transobturatório são eficazes
  para tratamento de IUE.


• Não houve diferença estatística significante entre as duas
  abordagens.




                                                 Rev Assoc Med Bras 2010; 56 (3): 348-354
FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO
MINI-SLING
• São mais curtas
• Requer somente uma incisão na parede vaginal anterior




                                        Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO
MINI-SLING
• Menor injúria tecidual


• Menor risco de lesão visceral


• Menor necessidade de cateterização pós-operatória em comparação
  com TVT e TOT


• Mini-sling x TOT: não houve diferença nas taxas objetivas de cura
• Mini-sling x TVT: taxa de cura em 6 meses significativamente menor
  no mini-sling.


                                           Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
                                                                                Uptodate, 2011
FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO

ADJUSTABLE TRANSOBTURATOR SLING (TOA)
• Incisão vaginal única
• Permite ajuste da tensão da faixa no pós-operatório
• Favorece menor taxa de disfunção de esvaziamento vesical




                                                        Uptodate, 2011
•   Objetivo: comparar a eficácia e a segurança das TOA x TOT para tratamento de IUE por
    DEI
•   Método: foram randomizadas 80 mulheres, sendo 33 submetidas a TOA e 47 submetidas
    a TOT
•   Resultados:
     • Após 6 meses a taxa de cura foi similar
     • Do grupo TOA, 4 pacientes necessitaram de redução da tensão e 5 de aumento da
       tensão da faixa no pós-operatório
•   Conclusão:
     • TOA teve melhores resultados a curto prazo
     • TOA teve menores taxas de distúrbio do esvaziamento vesical


                                                                     Korean J Urol 2012; 53: 98-103
CONCLUSÕES
• Cirurgia de Burch tem uma taxa de cura a longo prazo
  satisfatória.
• A cirurgia de Burch e o sling tradicional tem taxas de cura
  semelhantes, no entanto há maior retenção urinária com sling e
  maior índice de hematomas com Burch.
• Faixas suburetrais livre de tensão TOT e TVT tem eficácias
  semelhantes
• Perfuração e obstrução vesical são muito mais frequentes na
  TVT.
• Dor no pós-operatório ocorre com maior frequência no TOT.
CONCLUSÕES
• Mini-sling e TOA são técnicas novas que ainda necessitam de
  muitos estudos clínicos.




• Qual seria então a principal questão na escolha
        do tratamento cirúrgico da IUE?...
OBRIGADA!




            beteromano@yahoo.com.br

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Comparação das técnicas cirúrgicas para correção da incontinência urinária de esforço

  • 1. AVALIAÇÃO CRÍTICA DAS TÉCNICAS CIRÚRGICAS PARA CORREÇÃO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO ELIZABETE ROMANO – R3 Orientadora: REBECCA SOTELO
  • 2. INTRODUÇÃO • INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO (IUE) • Definição • Tipos • Hipermobilidade vesical • Deficiência esfincteriana intrínsceca (DEI) • Tratamento • Clínico • Cirúrgico Ginecologia fundamental. Ed Atheneu, 2005
  • 3. TRATAMENTO CIRÚRGICO • ABDOMINAL • Burch (colpossuspensão retropúbica) • VAGINAL • Kelly-Kennedy (colporrafia anterior) • Sling (mista, via vaginal e abdominal) • Faixa suburetral livre de tensão (Tension Free) Ginecologia fundamental. Ed Atheneu, 2005
  • 4. COLPOSSUSPENSÃO RETROPÚBICA • Via abdominal. • Fixação dos fundos de saco vaginais laterais no ligamento ileopectíneo. • A técnica original, segundo Marshall-Marchetti-Krantz, tornou-se obsoleta. • Técnica de Burch Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
  • 5. COLPOSSUSPENSÃO RETROPÚBICA 1 2 3 Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
  • 6. COLPOSSUSPENSÃO RETROPÚBICA • Complicações • Sangramento • Infecção • Lesões de bexiga ou uretra • Hematomas no espaço de Retzius • Obstrução dos ureteres • Distúrbios do esvaziamento vesical • Prolapso de parede vaginal posterior • Falha no tratamento Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
  • 7. COLPORRAFIA ANTERIOR • Cirurgia de kelly-kennedy. • Via vaginal. • Consiste na incisão da mucosa da parede vaginal anterior, dissecção da fáscia vesico-vaginal e sua plicatura na linha média. • Apresenta resultados muito pobres para tratamento de IUE Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
  • 8. CINTAS SUBURETRAIS (SLINGS) • Via vaginal e abdominal • Colocação de faixa suburetral (de material orgânico ou sintético) e sua fixação por meio de fios inabsorvíveis acima da aponeurose dos músculos reto-abdominais. • Necessita de cistoscopia intraoperatória. • Tem maiores índices de retenção urinária que a cirurgia de Burch. Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
  • 9. CINTAS SUBURETRAIS (SLINGS) 1 2 3 4 Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
  • 10. CINTAS SUBURETRAIS (SLINGS) • Complicações • Sangramento, distúrbios da cicatrização e seroma da coxa. • Lesões de bexiga e uretra. • Distúrbio do esvaziamento vesical. • Recidiva Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
  • 11. • Objetivo: identificar modificações urodinâmicas e correlacionar com os resultados pós cirúrgicos de pacientes submetidas a Burch e Sling. • Métodos: randomização de 655 mulheres com IUE tratadas com cirugia de Burch ou Sling fascial autólogo. • Conclusão: • Os resultados positivos dos dois grupos estavam mais associados com maiores pressões de perda aos esforços no pré-operatório. • A taxa de sucesso foi semelhante nos dois grupos Female Urology, jul/ 2011.
  • 12. FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO • Faixa de tecido sintético, posicionada na porção média da uretra. • Tipos: • Transvaginal Tape (TVT) – Retropúbica • Transobturatória (TOT) • Mini-slings • Adjustable slings Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012 Uptodate, 2011
  • 13. FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO RETROPÚBICA (TVT) The tension free vaginal tape. Urol Clin N Am 38 (2011) 39-45
  • 14. FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO RETROPÚBICA (TVT) • Boa taxa de sucesso (87% em 24 meses) • Necessita de cistoscopia intra-operatória • Complicações: • Perfuração vesical • Sangramento • Formação de hematoma • ITU • Urgência • Distúrbio do esvaziamento vesical • Extrusão Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
  • 15. FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO TRANSOBTURATÓRIA (TOT) Taweel & Rabah. Transobturatore tape for female stress incontinence: follow –up after 24 months. Can Urol, vol 4, pag 33-36, 2010
  • 16.
  • 17. FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO TRANSOBTURATÓRIA • Boa taxa de sucesso (84%) • Dispensa cistoscopia intra-operatória • Complicações • Distúrbio do esvaziamento vesical • Dor pós-operatória • Urgência • ITU • Perfuração vesical (<1%) • Extrusão Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
  • 18. • Objetivo: descrever complicações, após 24 meses, em 597 mulheres randomizadas e submetidas a TVT e TOT. • Resultados: • 383 eventos adversos em 253 mulheres. • 20% foram classificados como sérios American Journal of Obstetrics and Gynecology, Jul/ 2011.
  • 19. American Journal of Obstetrics and Gynecology, Jul/ 2011.
  • 20. American Journal of Obstetrics and Gynecology, Jul/ 2011.
  • 21. • As técnicas de sling retropúbico e transobturatório são eficazes para tratamento de IUE. • Não houve diferença estatística significante entre as duas abordagens. Rev Assoc Med Bras 2010; 56 (3): 348-354
  • 22. FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO MINI-SLING • São mais curtas • Requer somente uma incisão na parede vaginal anterior Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
  • 23. FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO MINI-SLING • Menor injúria tecidual • Menor risco de lesão visceral • Menor necessidade de cateterização pós-operatória em comparação com TVT e TOT • Mini-sling x TOT: não houve diferença nas taxas objetivas de cura • Mini-sling x TVT: taxa de cura em 6 meses significativamente menor no mini-sling. Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012 Uptodate, 2011
  • 24. FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO ADJUSTABLE TRANSOBTURATOR SLING (TOA) • Incisão vaginal única • Permite ajuste da tensão da faixa no pós-operatório • Favorece menor taxa de disfunção de esvaziamento vesical Uptodate, 2011
  • 25. Objetivo: comparar a eficácia e a segurança das TOA x TOT para tratamento de IUE por DEI • Método: foram randomizadas 80 mulheres, sendo 33 submetidas a TOA e 47 submetidas a TOT • Resultados: • Após 6 meses a taxa de cura foi similar • Do grupo TOA, 4 pacientes necessitaram de redução da tensão e 5 de aumento da tensão da faixa no pós-operatório • Conclusão: • TOA teve melhores resultados a curto prazo • TOA teve menores taxas de distúrbio do esvaziamento vesical Korean J Urol 2012; 53: 98-103
  • 26. CONCLUSÕES • Cirurgia de Burch tem uma taxa de cura a longo prazo satisfatória. • A cirurgia de Burch e o sling tradicional tem taxas de cura semelhantes, no entanto há maior retenção urinária com sling e maior índice de hematomas com Burch. • Faixas suburetrais livre de tensão TOT e TVT tem eficácias semelhantes • Perfuração e obstrução vesical são muito mais frequentes na TVT. • Dor no pós-operatório ocorre com maior frequência no TOT.
  • 27. CONCLUSÕES • Mini-sling e TOA são técnicas novas que ainda necessitam de muitos estudos clínicos. • Qual seria então a principal questão na escolha do tratamento cirúrgico da IUE?...
  • 28. OBRIGADA! beteromano@yahoo.com.br