O documento analisa as principais técnicas cirúrgicas para correção da incontinência urinária de esforço, incluindo colpossuspensão retropúbica, colporrafia anterior, slings, faixas suburetrais livres de tensão e mini-slings. As técnicas de sling retropúbico e transobturatório são eficazes, mas apresentam riscos de retenção urinária e dor pós-operatória, respectivamente. A escolha do tratamento cirúrgico deve considerar os riscos e benef
3. TRATAMENTO CIRÚRGICO
• ABDOMINAL
• Burch (colpossuspensão retropúbica)
• VAGINAL
• Kelly-Kennedy (colporrafia anterior)
• Sling (mista, via vaginal e abdominal)
• Faixa suburetral livre de tensão (Tension Free)
Ginecologia fundamental. Ed Atheneu, 2005
4. COLPOSSUSPENSÃO RETROPÚBICA
• Via abdominal.
• Fixação dos fundos de saco vaginais laterais no ligamento
ileopectíneo.
• A técnica original, segundo Marshall-Marchetti-Krantz, tornou-se
obsoleta.
• Técnica de Burch
Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
6. COLPOSSUSPENSÃO RETROPÚBICA
• Complicações
• Sangramento
• Infecção
• Lesões de bexiga ou uretra
• Hematomas no espaço de Retzius
• Obstrução dos ureteres
• Distúrbios do esvaziamento vesical
• Prolapso de parede vaginal posterior
• Falha no tratamento
Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
7. COLPORRAFIA ANTERIOR
• Cirurgia de kelly-kennedy.
• Via vaginal.
• Consiste na incisão da mucosa da parede vaginal
anterior, dissecção da fáscia vesico-vaginal e sua plicatura na
linha média.
• Apresenta resultados muito pobres para tratamento de IUE
Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
8. CINTAS SUBURETRAIS (SLINGS)
• Via vaginal e abdominal
• Colocação de faixa suburetral (de material orgânico ou
sintético) e sua fixação por meio de fios inabsorvíveis acima da
aponeurose dos músculos reto-abdominais.
• Necessita de cistoscopia intraoperatória.
• Tem maiores índices de retenção urinária que a cirurgia de
Burch.
Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
10. CINTAS SUBURETRAIS (SLINGS)
• Complicações
• Sangramento, distúrbios da cicatrização e seroma da coxa.
• Lesões de bexiga e uretra.
• Distúrbio do esvaziamento vesical.
• Recidiva
Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
11. • Objetivo: identificar modificações urodinâmicas e correlacionar com os
resultados pós cirúrgicos de pacientes submetidas a Burch e Sling.
• Métodos: randomização de 655 mulheres com IUE tratadas com cirugia de
Burch ou Sling fascial autólogo.
• Conclusão:
• Os resultados positivos dos dois grupos estavam mais associados com
maiores pressões de perda aos esforços no pré-operatório.
• A taxa de sucesso foi semelhante nos dois grupos
Female Urology, jul/ 2011.
12. FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO
• Faixa de tecido sintético, posicionada na porção média da
uretra.
• Tipos:
• Transvaginal Tape (TVT) – Retropúbica
• Transobturatória (TOT)
• Mini-slings
• Adjustable slings
Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
Uptodate, 2011
13. FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO
RETROPÚBICA (TVT)
The tension free vaginal tape. Urol Clin N Am 38 (2011) 39-45
14. FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO
RETROPÚBICA (TVT)
• Boa taxa de sucesso (87% em 24 meses)
• Necessita de cistoscopia intra-operatória
• Complicações:
• Perfuração vesical
• Sangramento
• Formação de hematoma
• ITU
• Urgência
• Distúrbio do esvaziamento vesical
• Extrusão
Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
15. FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO
TRANSOBTURATÓRIA (TOT)
Taweel & Rabah. Transobturatore tape for female stress incontinence: follow –up after
24 months. Can Urol, vol 4, pag 33-36, 2010
16.
17. FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO
TRANSOBTURATÓRIA
• Boa taxa de sucesso (84%)
• Dispensa cistoscopia intra-operatória
• Complicações
• Distúrbio do esvaziamento vesical
• Dor pós-operatória
• Urgência
• ITU
• Perfuração vesical (<1%)
• Extrusão
Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
18. • Objetivo: descrever complicações, após 24 meses, em 597
mulheres randomizadas e submetidas a TVT e TOT.
• Resultados:
• 383 eventos adversos em 253 mulheres.
• 20% foram classificados como sérios
American Journal of Obstetrics and Gynecology, Jul/ 2011.
21. • As técnicas de sling retropúbico e transobturatório são eficazes
para tratamento de IUE.
• Não houve diferença estatística significante entre as duas
abordagens.
Rev Assoc Med Bras 2010; 56 (3): 348-354
22. FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO
MINI-SLING
• São mais curtas
• Requer somente uma incisão na parede vaginal anterior
Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
23. FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO
MINI-SLING
• Menor injúria tecidual
• Menor risco de lesão visceral
• Menor necessidade de cateterização pós-operatória em comparação
com TVT e TOT
• Mini-sling x TOT: não houve diferença nas taxas objetivas de cura
• Mini-sling x TVT: taxa de cura em 6 meses significativamente menor
no mini-sling.
Atlas de Cirurgia Ginecológica. 7ª ed. Artmed, 2012
Uptodate, 2011
24. FAIXA SUBURETRAL LIVRE DE TENSÃO
ADJUSTABLE TRANSOBTURATOR SLING (TOA)
• Incisão vaginal única
• Permite ajuste da tensão da faixa no pós-operatório
• Favorece menor taxa de disfunção de esvaziamento vesical
Uptodate, 2011
25. • Objetivo: comparar a eficácia e a segurança das TOA x TOT para tratamento de IUE por
DEI
• Método: foram randomizadas 80 mulheres, sendo 33 submetidas a TOA e 47 submetidas
a TOT
• Resultados:
• Após 6 meses a taxa de cura foi similar
• Do grupo TOA, 4 pacientes necessitaram de redução da tensão e 5 de aumento da
tensão da faixa no pós-operatório
• Conclusão:
• TOA teve melhores resultados a curto prazo
• TOA teve menores taxas de distúrbio do esvaziamento vesical
Korean J Urol 2012; 53: 98-103
26. CONCLUSÕES
• Cirurgia de Burch tem uma taxa de cura a longo prazo
satisfatória.
• A cirurgia de Burch e o sling tradicional tem taxas de cura
semelhantes, no entanto há maior retenção urinária com sling e
maior índice de hematomas com Burch.
• Faixas suburetrais livre de tensão TOT e TVT tem eficácias
semelhantes
• Perfuração e obstrução vesical são muito mais frequentes na
TVT.
• Dor no pós-operatório ocorre com maior frequência no TOT.
27. CONCLUSÕES
• Mini-sling e TOA são técnicas novas que ainda necessitam de
muitos estudos clínicos.
• Qual seria então a principal questão na escolha
do tratamento cirúrgico da IUE?...