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Universidade de Taubaté
Departamento de Arquitetura e Urbanismo
Pesquisa por Giovanna Astone
Orientada pelo Prof. Dr. George Rembrandt Gutlich
Setembro de 2016
O Porquê
Do inventário de edifícios religiosos
▪ A construção da capela em honra a São
José é considerada a fundação da
povoação de São José de
Pindamonhangaba;
▪ Emancipada após a construção da
Matriz;
▪ Cidade de grande fé católica;
Do recorte temporal
▪ Concílio de Trento (1545 a 1563)
▪ Concílio Vaticano II (1961 a 1962)
− Muda-se a liturgia e a obrigação do
programa espacial;
História da Tipologia Arquitetônica
Basílica Romana
Basílica de Maxêncio e Constantino, Roma (312 d.C.)
▪ Adaptação do espaço laico para as funções religiosas;
▪ Consolidação do modelo – com nave central, alas laterais, abside, nártex e
clerestório;
▪ Descende da ágora romana, sendo, assim, um espaço multifuncional;
▪ Destinado para assembleias cívicas, muitas vezes o espaço servia para realização
de tribunas e leilões;
Planta
Abside
Nártex
Nave Central
Naves Laterais
Clerestório
Corte
História da Tipologia Arquitetônica
Basílica Bizantina
Basílica São João de Laterano, Roma (324 d.C.)
▪ Desenvolvimento de planta com átrio, nártex,
transepto, cruzeiro, capelas laterais e
deambulatório;
Planta Basílica Bizantina
Abside
Nártex Nave Central Naves Laterais
Transepto
Deambulatório
Cruzeiro
Catedral Românica
Catedral de Santiago de Compostela, Espanha (1112)
▪ Desenvolvimento de planta com átrio, nártex,
transepto, cruzeiro, capelas laterais, torre sineira,
absidíolas e deambulatório;
Planta Catedral Românica
História da Tipologia Arquitetônica
Igreja de Jesus, Roma (1568)
▪ Arquitetos Vignola e Della Porta
Igreja de São Roque, Lisboa (1565-73)
▪ Arquitetura Xã
Abside / Altar mor
Capelas
Laterais
Transepto
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Capelas
Laterais
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Capelas
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Sacristia
Altar Mor
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Nave
Planta
Planta Fonte: BAZIN, Germain. A Arquitetura
Religiosa Barroca no Brasil.
História da Tipologia Arquitetônica
Influência Portuguesa no Brasil
Igreja de Nossa Senhora da Graça, Olinda (1584)
Corte
Igreja do Colégio dos Jesuítas, Salvador (1694)
Planta
Corte
Planta
Nave
Nártex
Altar Lateral
Altar Mor
Capela Lateral
Sacristia
Altar Lateral
Capela
Lateral
Púlpito
Nave
Altar Mor
Fonte: BAZIN, Germain. A Arquitetura
Religiosa Barroca no Brasil.
Aquarela de Thomas Ender Aquarela de J.B. Debret
Fonte: Jornal Tribuna do NorteFonte: TIRAPELI, Percival. Arquitetura e Urbanismo no Vale do Paraíba
▪ Em12 de Agosto de 1672, Antônio Bicudo Leme e Braz Esteves Leme iniciaram a construção da capela
em honra a São José, fundando a povoação de São José de Pindamonhangaba;
▪ Em 1707, com a construção de sua primeira Igreja Matriz, a Vila de Pindamonhangaba se emancipa de
Taubaté;
▪ Igreja no contexto das cidades:
– Eram nesses locais que as pessoas reuniam esforços para embelezar o local onde viviam;
– Festividades davam o uso desses locais como de encontro;
▪ Cidade de forte fé católica;
▪ Adequação com as tendências e mudanças na tipologia arquitetônica;
▪ Compreensão do gosto da cidade;
Pindamonhangaba
▪ Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso
▪ Igreja de São José
▪ Capela de Sant’Ana
▪ Igreja de Nossa Senhora da Assunção
▪ Capela de Santa Cruz da Rua Eloy Chaves
▪ Capelas do Cemitério
▪ Igreja de Nossa Senhora do Socorro
▪ Capela da Vila São Benedito
▪ Capela de Nossa Senhora da Aparecida de Coruputuba
▪ Capela de Cristo Rei das Taipas
▪ Igreja de Santa Rita do Massaim
▪ Capela do de Santa Rita do Bom Sucesso
▪ Capela dos Corrêas
▪ Igreja de Nossa Senhora do Rosário (demolida)
▪ Capela de São João Baptista do Comércio (demolida)
▪ Capela do Barranco Alto (demolida)
▪ Capela de Santa Cruz da Boa Vista (demolida)
Levantamento de Igrejas
Fonte: Google Maps
Igreja de São José
Igreja São José - Localização
Marco Zero
Igrejas Levantadas
Igreja São José
Legenda:
Fonte: Google Maps
Capela de São José
▪ Construída no século XVII, aproximadamente em 1680, por iniciativa dos irmãos Antônio
Bicudo Leme e Brás Esteves Leme, fundadores da Vila de Pindamonhangaba;
▪ A antiga Matriz foi a primeira capela da cidade, e cumpriu essa função por 160 anos;
▪ Devido ao aumento população da Vila, acabou se tornando insuficiente para suprir a demanda
de fiéis;
▪ Em 1705 foi iniciada a construção de uma nova Matriz;
▪ Em 1848, quando já se encontrava em ruínas e destruída pelo tempo, foi demolida;
▪ Esta se localizava onde hoje existe a praça do quartel;
▪ Não existem fotos ou registros gráficos da mesma;
Igreja de São José da Vila Real (1840-1848)
▪ O responsável por sua concepção foi o Pe.
João de Godoy Moreira e membros de sua
família;
▪ Propriedade da Mitra Diocesana de Taubaté
desde sua inauguração;
▪ Nomeada como Panteão Cívico de
Pindamonhangaba;
▪ Em decorrência desse título e da sua
importância histórica, esta foi tombada em
1983 pelo CONDEPHAT (processo nº 210/83);
Fonte: Imagem Autoral
▪ Construída em taipa de pilão
(paredes com 0.8 á 1 metro de
espessura);
▪ Piso de ladrilho hidráulico;
▪ Forro de tabuado de madeira;
▪ Frontispício: duas aberturas na
parte superior guarnecidas com
imagens de Santos;
Fonte: Imagem Autoral
Fonte: CMPHAA Fonte: Imagem Autoral
Fonte: Imagem AutoralFonte: Imagem Autoral
▪ Em 1905 ela teve seu interior e exterior reformado e a construção de sua sacristia por incentivo da família
Godoy;
▪ Em 1987 sua estrutura foi danificada (algumas paredes e uma torre do frontispício) devido a um
desmoronamento causado por uma forte chuva;
▪ Em1988 ela foi reconstruída: com verbas do CONDEPHAT, uma licitação de recursos do governo e com a ajuda
de uma ação comunitária, foi feito o cinturamento do edifício, ou seja, o prédio foi todo “amarrado” com cintas
de concreto;
▪ Em 2014 foi aprovado um projeto de restauro pela CNIC (Comissão Nacional de Incentivo à Cultura), órgão do
Ministério da Cultura (Projeto por Paulicéia Arquitetura e Restauro);
Reformas/Restauros
Desenhos por Renato San Martin
Técnica: Bico de Pena
Levantamento feito por Pauliceia Arquitetura e Restauro
Planta Térreo
Nave
Ala Lateral
Altar Mor
Arco do Cruzeiro
Nártex
Corta Vento
Ala Lateral Sacristia
Capela do
Santíssimo
Presbitério
Altar
Capela Mor
Levantamento feito por Pauliceia Arquitetura e Restauro
Planta Primeiro Pavimento
Telhado
Coro Vazio
Vazio
Vazio
Levantamento feito por Pauliceia Arquitetura e Restauro
Fachada
Frontão
Voluta
Grimpa
Cornijas
Janelas
Balcão
Tímpano
Entrada Lateral
Óculo
Torre Sineira
Entrada Principal
 Falta de registros dos patrimônios históricos da cidade, principalmente os religiosos;
 Considerados os maiores depositários do gosto, edifícios de extrema importância para o
estudo da formação das cidades;
 Essas igrejas e capelas oferecem oportunidade para se apreender sobre aspectos de
identidade cultural;
 Houve interesse por parte das instituições contatadas em participar da produção e se
valer das informações construídas para fins de educação patrimonial;
Conclusão
ABREU, Waldomiro Benedito. Pindamonhangaba: Tempo e Face. Aparecida: Editora Santuário, 1977.
ALVIM, Sandra. Arquitetura Religiosa colonial no Rio de Janeiro: plantas, fachadas e volumes. Rio de Janeiro:
UFRJ/IPHAN, 1999.
BAZIN, Germain. A Arquitetura Religiosa Barroca no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 1956.
CHING, Francis D. K. Dicionário Visual de Arquitetura. Barcelona: G. Gilli, 1997.
CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. São Paulo: UNESP, 2001.
ETZEL, Eduardo. Arte Sacra, berço da arte brasileira. São Paulo: Melhoramentos/ INL, 1986.
Referências Bibliográficas
GUTLICH, George e MELLO, Benedito. Análise morfológica da arquitetura religiosa no Vale do Paraíba. Segóvia:
Anais Del Io Congreso Hispanoamericano de História de la Construcción, 2015.
IPHAN. Educação Patrimonial: Manual de Aplicação. Programa Mais Educação. Brasília, DF:
IPHAN/DAF/Cogedip/Ceduc, 2013.
LEMOS, Carlos A.C. Alvenaria Burguesa: Breve História da Arquitetura residencial de tijolos em São Paulo a partir
do ciclo econômico liderado pelo café. São Paulo: Nobel, 1989.
MACAMBIRA, Yvoty de Macedo Pereira. Os mestres da fachada. São Paulo: Centro Cultural São Paulo /
Construtora NTR, 1985.
MARCONDES, Athayde. Pindamonhangaba: Através de Dois e Meio Séculos. São Paulo: Typ. Paulista, 1922.
PEIXOTO, G. R. Reflexo das Luzes na Terra do Sol. São Paulo: PróEditores, 2000.
Referências Bibliográficas
POLLIO, M. Vitruvius. Tratado de Arquitetura. São Paulo: Martins, 2007.
SUMMERSON, Jonh. A Linguagem clássica da arquitetura. São Paulo : Martins, 1994.
TIRAPELI, Percival. Arquitetura e Urbanismo no Vale do Paraíba: do colonial ao eclético. São Paulo: Unesp e
Sesc, 2014.
TIRAPELI, Percival. Igrejas Paulistas: barroco e rococó. São Paulo: Unesp, 2003.
TORENTINO, Átila Bezerra. Educação patrimonial: reflexões e práticas. Caderno temático 2. João Pessoa:
Superintendência do Iphan na Paraíba, 2012.
ZANINI, Walter. História geral da arte no Brasil. Instituto Moreira Salles, 1983.
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Inventário de Igrejas e Capelas na cidade de Pindamonhangaba - De sua fundação a meados do século XX

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Inventário de Igrejas e Capelas na cidade de Pindamonhangaba - De sua fundação a meados do século XX

  • 1.
  • 2. Universidade de Taubaté Departamento de Arquitetura e Urbanismo Pesquisa por Giovanna Astone Orientada pelo Prof. Dr. George Rembrandt Gutlich Setembro de 2016
  • 3. O Porquê Do inventário de edifícios religiosos ▪ A construção da capela em honra a São José é considerada a fundação da povoação de São José de Pindamonhangaba; ▪ Emancipada após a construção da Matriz; ▪ Cidade de grande fé católica; Do recorte temporal ▪ Concílio de Trento (1545 a 1563) ▪ Concílio Vaticano II (1961 a 1962) − Muda-se a liturgia e a obrigação do programa espacial;
  • 4. História da Tipologia Arquitetônica Basílica Romana Basílica de Maxêncio e Constantino, Roma (312 d.C.) ▪ Adaptação do espaço laico para as funções religiosas; ▪ Consolidação do modelo – com nave central, alas laterais, abside, nártex e clerestório; ▪ Descende da ágora romana, sendo, assim, um espaço multifuncional; ▪ Destinado para assembleias cívicas, muitas vezes o espaço servia para realização de tribunas e leilões; Planta Abside Nártex Nave Central Naves Laterais Clerestório Corte
  • 5. História da Tipologia Arquitetônica Basílica Bizantina Basílica São João de Laterano, Roma (324 d.C.) ▪ Desenvolvimento de planta com átrio, nártex, transepto, cruzeiro, capelas laterais e deambulatório; Planta Basílica Bizantina Abside Nártex Nave Central Naves Laterais Transepto Deambulatório Cruzeiro Catedral Românica Catedral de Santiago de Compostela, Espanha (1112) ▪ Desenvolvimento de planta com átrio, nártex, transepto, cruzeiro, capelas laterais, torre sineira, absidíolas e deambulatório; Planta Catedral Românica
  • 6. História da Tipologia Arquitetônica Igreja de Jesus, Roma (1568) ▪ Arquitetos Vignola e Della Porta Igreja de São Roque, Lisboa (1565-73) ▪ Arquitetura Xã Abside / Altar mor Capelas Laterais Transepto Nave Capelas Laterais Cruzeiro Capelas Laterais Sacristia Altar Mor Altar Lateral Nave Planta Planta Fonte: BAZIN, Germain. A Arquitetura Religiosa Barroca no Brasil.
  • 7. História da Tipologia Arquitetônica Influência Portuguesa no Brasil Igreja de Nossa Senhora da Graça, Olinda (1584) Corte Igreja do Colégio dos Jesuítas, Salvador (1694) Planta Corte Planta Nave Nártex Altar Lateral Altar Mor Capela Lateral Sacristia Altar Lateral Capela Lateral Púlpito Nave Altar Mor Fonte: BAZIN, Germain. A Arquitetura Religiosa Barroca no Brasil.
  • 8. Aquarela de Thomas Ender Aquarela de J.B. Debret Fonte: Jornal Tribuna do NorteFonte: TIRAPELI, Percival. Arquitetura e Urbanismo no Vale do Paraíba
  • 9. ▪ Em12 de Agosto de 1672, Antônio Bicudo Leme e Braz Esteves Leme iniciaram a construção da capela em honra a São José, fundando a povoação de São José de Pindamonhangaba; ▪ Em 1707, com a construção de sua primeira Igreja Matriz, a Vila de Pindamonhangaba se emancipa de Taubaté; ▪ Igreja no contexto das cidades: – Eram nesses locais que as pessoas reuniam esforços para embelezar o local onde viviam; – Festividades davam o uso desses locais como de encontro; ▪ Cidade de forte fé católica; ▪ Adequação com as tendências e mudanças na tipologia arquitetônica; ▪ Compreensão do gosto da cidade; Pindamonhangaba
  • 10. ▪ Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso ▪ Igreja de São José ▪ Capela de Sant’Ana ▪ Igreja de Nossa Senhora da Assunção ▪ Capela de Santa Cruz da Rua Eloy Chaves ▪ Capelas do Cemitério ▪ Igreja de Nossa Senhora do Socorro ▪ Capela da Vila São Benedito ▪ Capela de Nossa Senhora da Aparecida de Coruputuba ▪ Capela de Cristo Rei das Taipas ▪ Igreja de Santa Rita do Massaim ▪ Capela do de Santa Rita do Bom Sucesso ▪ Capela dos Corrêas ▪ Igreja de Nossa Senhora do Rosário (demolida) ▪ Capela de São João Baptista do Comércio (demolida) ▪ Capela do Barranco Alto (demolida) ▪ Capela de Santa Cruz da Boa Vista (demolida) Levantamento de Igrejas Fonte: Google Maps
  • 11. Igreja de São José
  • 12. Igreja São José - Localização Marco Zero Igrejas Levantadas Igreja São José Legenda: Fonte: Google Maps
  • 13. Capela de São José ▪ Construída no século XVII, aproximadamente em 1680, por iniciativa dos irmãos Antônio Bicudo Leme e Brás Esteves Leme, fundadores da Vila de Pindamonhangaba; ▪ A antiga Matriz foi a primeira capela da cidade, e cumpriu essa função por 160 anos; ▪ Devido ao aumento população da Vila, acabou se tornando insuficiente para suprir a demanda de fiéis; ▪ Em 1705 foi iniciada a construção de uma nova Matriz; ▪ Em 1848, quando já se encontrava em ruínas e destruída pelo tempo, foi demolida; ▪ Esta se localizava onde hoje existe a praça do quartel; ▪ Não existem fotos ou registros gráficos da mesma;
  • 14. Igreja de São José da Vila Real (1840-1848) ▪ O responsável por sua concepção foi o Pe. João de Godoy Moreira e membros de sua família; ▪ Propriedade da Mitra Diocesana de Taubaté desde sua inauguração; ▪ Nomeada como Panteão Cívico de Pindamonhangaba; ▪ Em decorrência desse título e da sua importância histórica, esta foi tombada em 1983 pelo CONDEPHAT (processo nº 210/83); Fonte: Imagem Autoral
  • 15. ▪ Construída em taipa de pilão (paredes com 0.8 á 1 metro de espessura); ▪ Piso de ladrilho hidráulico; ▪ Forro de tabuado de madeira; ▪ Frontispício: duas aberturas na parte superior guarnecidas com imagens de Santos; Fonte: Imagem Autoral Fonte: CMPHAA Fonte: Imagem Autoral Fonte: Imagem AutoralFonte: Imagem Autoral
  • 16. ▪ Em 1905 ela teve seu interior e exterior reformado e a construção de sua sacristia por incentivo da família Godoy; ▪ Em 1987 sua estrutura foi danificada (algumas paredes e uma torre do frontispício) devido a um desmoronamento causado por uma forte chuva; ▪ Em1988 ela foi reconstruída: com verbas do CONDEPHAT, uma licitação de recursos do governo e com a ajuda de uma ação comunitária, foi feito o cinturamento do edifício, ou seja, o prédio foi todo “amarrado” com cintas de concreto; ▪ Em 2014 foi aprovado um projeto de restauro pela CNIC (Comissão Nacional de Incentivo à Cultura), órgão do Ministério da Cultura (Projeto por Paulicéia Arquitetura e Restauro); Reformas/Restauros
  • 17. Desenhos por Renato San Martin Técnica: Bico de Pena
  • 18. Levantamento feito por Pauliceia Arquitetura e Restauro Planta Térreo Nave Ala Lateral Altar Mor Arco do Cruzeiro Nártex Corta Vento Ala Lateral Sacristia Capela do Santíssimo Presbitério Altar Capela Mor
  • 19. Levantamento feito por Pauliceia Arquitetura e Restauro Planta Primeiro Pavimento Telhado Coro Vazio Vazio Vazio
  • 20. Levantamento feito por Pauliceia Arquitetura e Restauro Fachada Frontão Voluta Grimpa Cornijas Janelas Balcão Tímpano Entrada Lateral Óculo Torre Sineira Entrada Principal
  • 21.  Falta de registros dos patrimônios históricos da cidade, principalmente os religiosos;  Considerados os maiores depositários do gosto, edifícios de extrema importância para o estudo da formação das cidades;  Essas igrejas e capelas oferecem oportunidade para se apreender sobre aspectos de identidade cultural;  Houve interesse por parte das instituições contatadas em participar da produção e se valer das informações construídas para fins de educação patrimonial; Conclusão
  • 22. ABREU, Waldomiro Benedito. Pindamonhangaba: Tempo e Face. Aparecida: Editora Santuário, 1977. ALVIM, Sandra. Arquitetura Religiosa colonial no Rio de Janeiro: plantas, fachadas e volumes. Rio de Janeiro: UFRJ/IPHAN, 1999. BAZIN, Germain. A Arquitetura Religiosa Barroca no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 1956. CHING, Francis D. K. Dicionário Visual de Arquitetura. Barcelona: G. Gilli, 1997. CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. São Paulo: UNESP, 2001. ETZEL, Eduardo. Arte Sacra, berço da arte brasileira. São Paulo: Melhoramentos/ INL, 1986. Referências Bibliográficas
  • 23. GUTLICH, George e MELLO, Benedito. Análise morfológica da arquitetura religiosa no Vale do Paraíba. Segóvia: Anais Del Io Congreso Hispanoamericano de História de la Construcción, 2015. IPHAN. Educação Patrimonial: Manual de Aplicação. Programa Mais Educação. Brasília, DF: IPHAN/DAF/Cogedip/Ceduc, 2013. LEMOS, Carlos A.C. Alvenaria Burguesa: Breve História da Arquitetura residencial de tijolos em São Paulo a partir do ciclo econômico liderado pelo café. São Paulo: Nobel, 1989. MACAMBIRA, Yvoty de Macedo Pereira. Os mestres da fachada. São Paulo: Centro Cultural São Paulo / Construtora NTR, 1985. MARCONDES, Athayde. Pindamonhangaba: Através de Dois e Meio Séculos. São Paulo: Typ. Paulista, 1922. PEIXOTO, G. R. Reflexo das Luzes na Terra do Sol. São Paulo: PróEditores, 2000. Referências Bibliográficas
  • 24. POLLIO, M. Vitruvius. Tratado de Arquitetura. São Paulo: Martins, 2007. SUMMERSON, Jonh. A Linguagem clássica da arquitetura. São Paulo : Martins, 1994. TIRAPELI, Percival. Arquitetura e Urbanismo no Vale do Paraíba: do colonial ao eclético. São Paulo: Unesp e Sesc, 2014. TIRAPELI, Percival. Igrejas Paulistas: barroco e rococó. São Paulo: Unesp, 2003. TORENTINO, Átila Bezerra. Educação patrimonial: reflexões e práticas. Caderno temático 2. João Pessoa: Superintendência do Iphan na Paraíba, 2012. ZANINI, Walter. História geral da arte no Brasil. Instituto Moreira Salles, 1983. Referências Bibliográficas