SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  38
Télécharger pour lire hors ligne
Aula 2 – Águas Subterrâneas e o Ciclo Hidrológico
Ocorrência Das Águas Subterrâneas
A água subterrânea corresponde à parcela mais lenta
do ciclo hidrológico e constitui nossa principal
reserva de água, ocorrendo em volumes muito
superiores ao disponíveis na superfície;
• As águas subterrâneas ocorrem preenchendo
espaços formados entre os grânulos minerais e
nas fissuras das rochas, que se denominam
aqüíferos;
• As águas subterrâneas representam a parcela da chuva
que se infiltra no subsolo e migra continuamente em
direção às nascentes, leitos de rios, lagos e oceanos;
Ocorrência Das Águas Subterrâneas
• Os aqüíferos, ao reterem as águas das chuvas,
desempenham papel fundamental no controle das
cheias;
• Nos aqüíferos, as águas encontram proteção natural
contra agentes poluidores ou perdas por evaporação;
• A contaminação, quando ocorre, é muito mais lenta e
os custos para recuperação podem ser proibitivos.
Importância Das Águas Subterrâneas
• No Brasil, em geral, as águas subterrâneas abastecem rios e
lagos. Por isso, mesmo na época seca, a maioria dos nossos
rios é perene;
• Os aqüíferos têm importância estratégica e suas funções são
ainda pouco exploradas, tais como: produção,
armazenamento, transporte, regularização, filtragem e
auto-depuração, além da função energética, quando as
águas saem naturalmente quentes do subsolo;
• Os usos múltiplos das águas subterrâneas são crescentes:
abastecimento, irrigação, balneoterapia, engarrafamento
de águas minerais e potáveis de mesa e outros;
Importância Das Águas Subterrâneas
• De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE (1998) estima-se que 51% do
suprimento de água potável seja originado do recurso
hídrico subterrâneo;
• As águas subterrâneas têm grande alcance social pois os
poços, quando bem construídos e protegidos,
garantem a saúde da população.
Ciclo Hidrológico e as AS
Quando as águas meteóricas se precipitam da atmosfera
na superfície da terra, parte da água escorre
superficialmente até os rios, lagos e oceanos; parte
infiltra e outra parte retorna a atmosfera por
evapotranspiração que é a soma dos processos de
evaporação direta da água e da transpiração da
vegetação.
Assim, os rios representam o sistema de drenagem da
água doce para o mar, enquanto que os aqüíferos
representam os sistemas de armazenamento de
água doce no continente.
Ciclo Hidrológico e as AS
O movimento descendente da água que infiltra continua
devido à ação da gravidade, preenchendo os vazios do
subsolo (poros ou fraturas) e acumulando-se ao
encontrar barreiras menos permeáveis, o que se
denomina zona saturada.
Ciclo Hidrológico e as AS
A água subterrânea acumulada na zona saturada não fica
estagnada. O movimento pode continuar descendente
contribuindo para a recarga de aqüíferos subjacentes.
Nas áreas em que o aqüífero está confinado por outra
camada geológica, a recarga é dita indireta já que a
água deve vencer a barreira imposta pela camada
confinante até atingir o aqüífero.
Ciclo Hidrológico e as AS
Como na maioria das vezes o aqüífero confinado
encontra-se sob pressão, a água tem tendência de fluxo
ascendente dificultando mais ainda o movimento
descendente. Isso demonstra que as águas
armazenadas em aqüíferos confinados quando
utilizadas terão sua reposição lenta ou quase nula.
Representação do ciclo hidrológico
Fonte: Revista Águas e Energia Elétrica, ano 05 nº15 1989, DAEE
Características da AS
À medida que a água infiltra por entre as camadas de
rocha, ela arrasta elementos químicos e altera sua
composição. A principio a água subterrânea tende a
aumentar as concentrações de substâncias dissolvidas.
No entanto, muitos outros fatores interferem, tais
como, clima, composição da água de recarga, tempo de
contato água/meio físico, além da contaminação
causada pelo homem.
Características da AS
Dessa forma, cada aqüífero possui um conjunto de
propriedades físicas e químicas que lhe conferem
uma
característica
hidrogeoquímica.
Essa
característica pode variar regionalmente em um
mesmo aqüífero e também ao longo do tempo.
Um aqüífero é então um reservatório de água. Sua
qualidade dependerá da composição natural das
rochas e das atividades humanas desenvolvidas nas
áreas de ocorrência e sua disponibilidade hídrica
dependerá de sua capacidade de recarga e do volume
de água que se pretende extrair.
O Ciclo Hidrológico E A Disponibilidade
Do Recurso Hídrico Subterrâneo
As reservas de água dos aqüíferos podem ser definidas
sob quatro categorias:
Reserva Hidrogeológica Renovável ou Reguladora
Representa a quantidade de água livre armazenada
pelo aqüífero ao curso de uma importante recarga
natural. São assim, submetidas ao efeito sazonal ou
inter anual das precipitações.
O Ciclo Hidrológico E A Disponibilidade Do
Recurso Hídrico Subterrâneo
 Reserva Hidrogeológica Permanente. Também

chamadas de seculares ou profundas constituem as
águas acumuladas que não variam em função das
precipitações anuais .
O Ciclo Hidrológico E A Disponibilidade
Do Recurso Hídrico Subterrâneo
Reservas Hidrogeológicas Explotáveis. São os
volumes de água que podem ser economicamente
extraídos, sem provocar exaustão ou degradação do
aqüífero como meio de armazenamento natural ou
artificial de água. Estes recursos podem variar no
espaço e no tempo, em função das condições
hidrogeológicas, do efeito das explorações sobre o
regime de fluxo de água nos aqüíferos, da disposição e
concepção das obras de captação e da evolução dos
equipamentos de exploração.
O bombeamento além das capacidades naturais do
aqüífero pode favorecer a entrada de águas de
qualidade indesejável no poço, como por exemplo de
rios poluídos e plumas de contaminação de áreas
vizinhas.
Distribuição Da Água Em Subsuperfície
A água que existe abaixo da superfície do terreno circula
nos espaços vazios, denominados poros, existentes
entre os grãos que formam os solos e as rochas
sedimentares. Em alguns tipos de rocha, a água circula
através de fraturas, que são porções onde as rochas se
romperam devido à movimentação da crosta terrestre.
Ao se infiltrar no solo, a água da
chuva passa por uma porção do
terreno chamada de zona não
saturada (ZNS) ou zona de
aeração, onde os poros são
preenchidos parcialmente por
água e por ar. Parte da água
infiltrada no solo é absorvida
pelas raízes das plantas e por
outros seres vivos ou evapora e
volta para a atmosfera.
O restante da água, por ação da
gravidade,
continua
em
movimento descendente.
No seu percurso, o excedente
de água acumula-se em
zonas
mais
profundas,
preenchendo totalmente os
poros e formando a zona
saturada (ZS). Nas regiões
áridas e semi-áridas, os
processos de evaporação e
transpiração
prevalecem,
dificultando a infiltração da
água até a zona saturada.
Distribuição Da Água Em Subsuperfície
No topo da zona saturada existe uma faixa chamada de
franja capilar onde todos os poros estão preenchidos
por água, mas ela está presa aos grãos da rocha pelo
efeito da capilaridade.
O limite entre as zonas não saturada e saturada é
comumente chamado de lençol freático. Quando
perfuramos um poço raso, o nível da água observado
representa a profundidade do lençol freático naquele
ponto, o qual é chamado de nível freático, nível d’água.
Distribuição Da Água Em Subsuperfície
A profundidade do nível d’água pode variar ao longo do
ano, pois sofre ação da variação do clima. Assim, em
períodos chuvosos, há maior infiltração de água e o
nível do lençol freático se eleva. No período de
estiagem, com pouca infiltração e maior processo de
evapotranspiração, o nível da água pode ficar mais
profundo.
Distribuição Da Água Em Subsuperfície
A quantidade de água armazenada na rocha depende da
sua porosidade, e um dos parâmetros que influencia
o fluxo da água subterrânea é a permeabilidade.
Permeabilidade e Porosidade
Porosidade é a capacidade que o solo ou rocha tem de
armazenar água. É medida pelo percentual de volume
ocupado pelos vazios ou poros no volume do corpo
rochoso.
Permeabilidade é a capacidade que tem a rocha ou solo
para armazenar e transmitir a água. Ela depende do
tamanho dos poros e da intercomunicação entre eles.
Permeabilidade e Porosidade
As rochas sedimentares (rochas moles) têm alta
porosidade ao contrário das rochas cristalinas (rochas
duras), mas nem todas possuem alta permeabilidade.
As argilas têm poros tão pequenos que não deixam
passar água, sendo por isso consideradas praticamente
impermeáveis. Outras rochas sedimentares como os
arenitos e areias inconsolidadas possuem tanto
porosidade quanto permeabilidade elevadas. Já nas
rochas cristalinas, a permeabilidade será proporcional
ao número de fraturas e da interconexão entre elas.
Exemplos de permeabilidade das
rochas
Conceito de Aqüífero
Aqüíferos ou reservatórios
naturais de água subterrânea
são formações rochosas ou
camadas
geológicas
que
armazenam e transmitem
água
economicamente
passível de extração.
Tipos de Aqüíferos
Existem três tipos básicos de aqüíferos de acordo com a
formação rochosa na qual está contido:

• Aqüíferos granulares ou
porosos – aqueles em que a
água está armazenada e flui
nos espaços entre os grãos
em sedimentos e rochas
sedimentares de estrutura
granular. Exemplo: arenitos
e aluviões.
Tipos de Aqüíferos
• Aqüíferos fissurais
– aqueles nos quais a
água está presente
nas fraturas e fendas
das
rochas
cristalinas. Exemplo:
granitos, gnaisses e
diabásios
Tipos de Aqüíferos
 Aqüíferos cárstico ou

cavernoso – aqueles nos
quais a água se faz
presente em cavidades
produzidas
pela
dissolução causada pela
águas. Exemplo: calcários
e mármores.
Tipos de Aqüíferos
Quando a superfície que limita a zona saturada dos
aqüíferos coincide com o lençol freático eles são
chamados aqüíferos livres. Quando o aqüífero
encontra-se entre duas camadas impermeáveis, diz-se
que está confinado.
Reabastecimento do Aqüífero ou
Recarga
O reabastecimento de um aqüífero ocorre basicamente a
partir da infiltração de água das chuvas e, em menor
escala, de corpos d’água superficiais. O maior ou
menor grau de reabastecimento ou recarga depende de
fatores como clima, vegetação, relevo, drenagem e
geologia da região.
Reabastecimento do Aqüífero ou
Recarga
A existência de solos porosos e permeáveis favorece a
infiltração, mas essa condição pode ser ampliada se o
solo for coberto por vegetação e estiver em relevo
plano. Já em áreas de relevo íngreme e solos pouco
permeáveis, a maior parte da água precipitada
transforma-se em cursos superficiais, dificultando a
infiltração. Em regiões de clima úmido e solos
permeáveis, a recarga pode atingir até 25% da
precipitação pluviométrica anual.
Reabastecimento do Aqüífero ou
Recarga
Os aqüíferos podem ser reabastecidos localmente pela
infiltração da água das chuvas. É a chamada recarga
direta, característica dos aqüíferos livres. Já nos
aqüíferos confinados o mais comum é que aconteça a
recarga indireta onde o reabastecimento ocorre
somente nos locais onde a camada que contém o
aqüífero aflora. Esses locais são denominados zona de
recarga desses aqüíferos.
Atividade
Água subterrânea - reservatório para um planeta com sede?- Planeta Terra 2007 -2009
Recurso valioso
A água subterrânea é utilizada por cerca de dois bilhões de pessoas em todo o mundo, levando a
que seja o recurso natural mais usado. A produção anual de água subterrânea é estimada entre
600 e 700 quilômetros cúbicos (bilhões de metros cúbicos ou bilhões de toneladas).
Enquanto que o consumo anual mundial de petróleo é de apenas 3.5 bilhões de toneladas. A água
subterrânea é considerada propriedade pública em muitos países. Onde ela escasseia, pode ser
considerada uma mercadoria mas, na maior parte dos casos, não lhe é atribuído qualquer valor.
Todavia, os custos de exploração, tratamento e fornecimento de água subterrânea necessitam
de ser cobertos através do pagamento de taxas, de forma a manter o fornecimento sustentável.
Não existem números disponíveis acerca da criação de riqueza resultante do fornecimento de
água subterrânea aos consumidores de todo o mundo. Os únicos dados globais disponíveis
dizem respeito aos produtos finais mais valiosos, nomeadamente a água para consumo e a
engarrafada A discussão em torno do fornecimento público, dos lucros, da irrigação na
agricultura, da liberalização do mercado hídrico e do investimento privado continua a todos os
níveis da sociedade. O Objetivo do Milênio para o Desenvolvimento, formulado pelas NU,
destinado a reduzir para metade o número de pessoas sem acesso a água potável até ao ano
2015, será alcançado apenas com um investimento financeiro considerável, atualmente
estimado em 15 bilhões de euros por ano.
Atividade
A água tem valores muito diferentes consoante quem a consome;
isto apesar dos produtos serem, muitas vezes, derivados do
mesmo recurso natural. A água subterrânea para rega não é
tratada, logo o seu custo é de apenas alguns cêntimos por metro
cúbico ou apresenta mesmo custo zero. A água doméstica para
consumo, fornecida através de sistemas de canalização, custa até
2 euros por metro cúbico e a água mineral engarrafada ou água
de mesa pode custar 1000 euros, ou mais, por metro cúbico. Se a
sociedade continuar a utilizar os valiosos recursos de água
subterrânea sem assegurar o necessário reabastecimento, a crise
da água só irá agravar-se. Estratégias de uso sustentável devem
ter em conta as características de todos os reservatórios do ciclo
da água e garantir que a sua plena utilização é feita de acordo
com bases científicas que podem fornecer uma maior
compreensão dos vitais, mas invisíveis, recursos de água
subterrânea.
Atividade
Questões-chave
• Quanta água subterrânea existe e como pode ser utilizada de forma sustentável?
• Como pode a exploração inadequada das reservas “fósseis” de água ser
identificada e gerida de forma a minimizar o seu esgotamento e as suas
desastrosas conseqüências humanas/ecológicas? Tal requer um melhor
entendimento da recarga em geral.
• Como podem ser protegidos da poluição os recursos de água subterrânea
vulneráveis e como podem os recursos vitais poluídos ser recuperados?
Faça uma reflexão sobre o texto abaixo e apresente propostas para que este
precioso recurso. AS possa ser utilizada de maneira sustentável.
- Quais programas governamentais poderiam ser desenvolvidos?
- Onde um engenheiro ambiental poderia intervir para equacionar estes
problemas?
- É possível o uso sustentável das águas subterrâneas? Como seria isto?
Referências
 BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Associação Brasileira de Águas

Subterrâneas e Petrobrás. “Águas Subterrâneas – Um Recurso a ser
conhecido e Protegido”. Brasília, 2007

 CAPUCCI, Egmont et AL. “Poços Tubulares e Outras Captações de

Águas Subterrâneas: Orientações aos Usuários”. Rio de Janeiro, 2001

 FIESP. Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. “Orientações

para a Utilização de Águas Subterrâneas no Estado de São Paulo”. São
Paulo, 2005

 CLEARY, Robert W. “Águas Subterrâneas” 1989 disponível em: <

http://www.clean.com.br/portal/index.php?option=com_content&vie
w=article&id=79&Itemid=110 >Acesso em: Janeiro de 2010

Contenu connexe

Tendances

Bacias Hidrográficas - Parte I
Bacias Hidrográficas - Parte IBacias Hidrográficas - Parte I
Bacias Hidrográficas - Parte I
LCGRH UFC
 
Aquiferos ppt-Recursos hidricos
Aquiferos ppt-Recursos hidricosAquiferos ppt-Recursos hidricos
Aquiferos ppt-Recursos hidricos
IrisFF
 
Introdução Águas Subterrâneas - Parte I
Introdução Águas Subterrâneas - Parte IIntrodução Águas Subterrâneas - Parte I
Introdução Águas Subterrâneas - Parte I
LCGRH UFC
 

Tendances (20)

Aula 6
Aula 6Aula 6
Aula 6
 
Deltas e Estuários
Deltas e EstuáriosDeltas e Estuários
Deltas e Estuários
 
Aula 1 solos
Aula 1 solosAula 1 solos
Aula 1 solos
 
Abordagem da bacia hidrográfica pela Geografia
Abordagem da bacia hidrográfica pela GeografiaAbordagem da bacia hidrográfica pela Geografia
Abordagem da bacia hidrográfica pela Geografia
 
Geomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvialGeomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvial
 
Bacias hidrográficas do Brasil
Bacias hidrográficas do BrasilBacias hidrográficas do Brasil
Bacias hidrográficas do Brasil
 
Aula de Hidrologia 03
Aula de Hidrologia 03Aula de Hidrologia 03
Aula de Hidrologia 03
 
Bacias Hidrográficas - Parte I
Bacias Hidrográficas - Parte IBacias Hidrográficas - Parte I
Bacias Hidrográficas - Parte I
 
Aula 1
Aula 1Aula 1
Aula 1
 
Fluvial.ppt
Fluvial.pptFluvial.ppt
Fluvial.ppt
 
Desenvolvimento do ciclo brasiliano
Desenvolvimento do ciclo brasilianoDesenvolvimento do ciclo brasiliano
Desenvolvimento do ciclo brasiliano
 
Aquiferos ppt-Recursos hidricos
Aquiferos ppt-Recursos hidricosAquiferos ppt-Recursos hidricos
Aquiferos ppt-Recursos hidricos
 
Solos
SolosSolos
Solos
 
Introdução Águas Subterrâneas - Parte I
Introdução Águas Subterrâneas - Parte IIntrodução Águas Subterrâneas - Parte I
Introdução Águas Subterrâneas - Parte I
 
Estuários
EstuáriosEstuários
Estuários
 
Intemperismo e formação dos solos
Intemperismo e formação dos solosIntemperismo e formação dos solos
Intemperismo e formação dos solos
 
Origem e formação do solo
Origem e formação do soloOrigem e formação do solo
Origem e formação do solo
 
Hidrogeologia
HidrogeologiaHidrogeologia
Hidrogeologia
 
Introdução a Geometria hidráulica de canais fluviais
Introdução a Geometria hidráulica de canais fluviaisIntrodução a Geometria hidráulica de canais fluviais
Introdução a Geometria hidráulica de canais fluviais
 
Evaporação e Evapotranspiração
Evaporação e Evapotranspiração Evaporação e Evapotranspiração
Evaporação e Evapotranspiração
 

En vedette (12)

Aula 5
Aula 5Aula 5
Aula 5
 
Aula 4 prevenção a poluição
Aula 4   prevenção a poluiçãoAula 4   prevenção a poluição
Aula 4 prevenção a poluição
 
As fontes e as formas de energia - GEOGRAFIA
As fontes e as formas de energia - GEOGRAFIAAs fontes e as formas de energia - GEOGRAFIA
As fontes e as formas de energia - GEOGRAFIA
 
Aula 8
Aula 8Aula 8
Aula 8
 
Aula 10
Aula 10Aula 10
Aula 10
 
Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4
Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4
Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4
 
Solos 6b
Solos 6bSolos 6b
Solos 6b
 
Aula 4
Aula 4Aula 4
Aula 4
 
Aula 3
Aula 3Aula 3
Aula 3
 
Aula 7
Aula 7Aula 7
Aula 7
 
Aula 5b
Aula 5bAula 5b
Aula 5b
 
Aula 9
Aula 9Aula 9
Aula 9
 

Similaire à Aula 2

Cfakepathmicrosoftword propostawwf-ambevnascentesdobrasildfsite1-100311080249...
Cfakepathmicrosoftword propostawwf-ambevnascentesdobrasildfsite1-100311080249...Cfakepathmicrosoftword propostawwf-ambevnascentesdobrasildfsite1-100311080249...
Cfakepathmicrosoftword propostawwf-ambevnascentesdobrasildfsite1-100311080249...
Bernardete Guimaraes
 
4 ciclo hidrológico
4 ciclo hidrológico4 ciclo hidrológico
4 ciclo hidrológico
karolpoa
 

Similaire à Aula 2 (20)

Recursos subterrâneos helena_silvia(2)
Recursos subterrâneos helena_silvia(2)Recursos subterrâneos helena_silvia(2)
Recursos subterrâneos helena_silvia(2)
 
Hidrografia
HidrografiaHidrografia
Hidrografia
 
Aquíferos
AquíferosAquíferos
Aquíferos
 
Samuel Barrêto
Samuel BarrêtoSamuel Barrêto
Samuel Barrêto
 
Água subterrânea, IGM Portugal
Água subterrânea, IGM PortugalÁgua subterrânea, IGM Portugal
Água subterrânea, IGM Portugal
 
Cfakepathmicrosoftword propostawwf-ambevnascentesdobrasildfsite1-100311080249...
Cfakepathmicrosoftword propostawwf-ambevnascentesdobrasildfsite1-100311080249...Cfakepathmicrosoftword propostawwf-ambevnascentesdobrasildfsite1-100311080249...
Cfakepathmicrosoftword propostawwf-ambevnascentesdobrasildfsite1-100311080249...
 
Hidrografia
HidrografiaHidrografia
Hidrografia
 
Hidrosfera -- Revisão 6º ano
Hidrosfera -- Revisão 6º anoHidrosfera -- Revisão 6º ano
Hidrosfera -- Revisão 6º ano
 
hidrosfera-140825140645-phpapp02 (1).pptx
hidrosfera-140825140645-phpapp02 (1).pptxhidrosfera-140825140645-phpapp02 (1).pptx
hidrosfera-140825140645-phpapp02 (1).pptx
 
hidrosfera-140825140645-phpapphidrosfera02.pptx
hidrosfera-140825140645-phpapphidrosfera02.pptxhidrosfera-140825140645-phpapphidrosfera02.pptx
hidrosfera-140825140645-phpapphidrosfera02.pptx
 
hidrosfera-140825140645-phpapp02.pdf
hidrosfera-140825140645-phpapp02.pdfhidrosfera-140825140645-phpapp02.pdf
hidrosfera-140825140645-phpapp02.pdf
 
Meio ambiente
Meio ambienteMeio ambiente
Meio ambiente
 
Caminho das Águas - .pdf
Caminho das Águas - .pdfCaminho das Águas - .pdf
Caminho das Águas - .pdf
 
13_TEMA_10_agua_subterranea.ppt
13_TEMA_10_agua_subterranea.ppt13_TEMA_10_agua_subterranea.ppt
13_TEMA_10_agua_subterranea.ppt
 
recursosmaritimos_2.doc
recursosmaritimos_2.docrecursosmaritimos_2.doc
recursosmaritimos_2.doc
 
Agua subterrânea
Agua subterrâneaAgua subterrânea
Agua subterrânea
 
Disponibilidades hídricas
Disponibilidades hídricasDisponibilidades hídricas
Disponibilidades hídricas
 
11 hidraulica de pocos
11  hidraulica de pocos11  hidraulica de pocos
11 hidraulica de pocos
 
4 ciclo hidrológico
4 ciclo hidrológico4 ciclo hidrológico
4 ciclo hidrológico
 
4 ciclo hidrológico
4 ciclo hidrológico4 ciclo hidrológico
4 ciclo hidrológico
 

Plus de Giovanna Ortiz

Plus de Giovanna Ortiz (20)

Dimensionamento de um aterro sanitário2
Dimensionamento de um aterro sanitário2Dimensionamento de um aterro sanitário2
Dimensionamento de um aterro sanitário2
 
Dimensionamento de pátio de compostagem
Dimensionamento de pátio de compostagemDimensionamento de pátio de compostagem
Dimensionamento de pátio de compostagem
 
Aula 9 aterro
Aula 9   aterroAula 9   aterro
Aula 9 aterro
 
Aula 8 incineração
Aula 8 incineraçãoAula 8 incineração
Aula 8 incineração
 
Aula 7 co-processamento
Aula 7   co-processamentoAula 7   co-processamento
Aula 7 co-processamento
 
Aula 6 compostagem
Aula 6 compostagemAula 6 compostagem
Aula 6 compostagem
 
Aula 5 reciclagem
Aula 5  reciclagemAula 5  reciclagem
Aula 5 reciclagem
 
Aula 4. rsu parte 1pdf
Aula 4. rsu parte 1pdfAula 4. rsu parte 1pdf
Aula 4. rsu parte 1pdf
 
Aula 4 parte 2
Aula 4 parte 2Aula 4 parte 2
Aula 4 parte 2
 
Aula 3 gerenciamento
Aula 3 gerenciamentoAula 3 gerenciamento
Aula 3 gerenciamento
 
Aula 2 panorama geral
Aula 2 panorama geralAula 2 panorama geral
Aula 2 panorama geral
 
Aula 1 normas e legislação
Aula 1 normas e legislaçãoAula 1 normas e legislação
Aula 1 normas e legislação
 
Atividade roteiro para implantação de coleta seletiva
Atividade   roteiro para implantação de coleta seletivaAtividade   roteiro para implantação de coleta seletiva
Atividade roteiro para implantação de coleta seletiva
 
Apresentação geral do curso
Apresentação geral do cursoApresentação geral do curso
Apresentação geral do curso
 
Exercícios de compensação de ausências
Exercícios de compensação de ausênciasExercícios de compensação de ausências
Exercícios de compensação de ausências
 
Erosão
ErosãoErosão
Erosão
 
Solos 4
Solos 4Solos 4
Solos 4
 
Solos 3p
Solos 3pSolos 3p
Solos 3p
 
Solos 3
Solos 3Solos 3
Solos 3
 
Solos 2
Solos 2Solos 2
Solos 2
 

Dernier

Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
LeloIurk1
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
WagnerCamposCEA
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
NarlaAquino
 

Dernier (20)

Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxProjeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaAntero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 

Aula 2

  • 1. Aula 2 – Águas Subterrâneas e o Ciclo Hidrológico
  • 2. Ocorrência Das Águas Subterrâneas A água subterrânea corresponde à parcela mais lenta do ciclo hidrológico e constitui nossa principal reserva de água, ocorrendo em volumes muito superiores ao disponíveis na superfície; • As águas subterrâneas ocorrem preenchendo espaços formados entre os grânulos minerais e nas fissuras das rochas, que se denominam aqüíferos; • As águas subterrâneas representam a parcela da chuva que se infiltra no subsolo e migra continuamente em direção às nascentes, leitos de rios, lagos e oceanos;
  • 3. Ocorrência Das Águas Subterrâneas • Os aqüíferos, ao reterem as águas das chuvas, desempenham papel fundamental no controle das cheias; • Nos aqüíferos, as águas encontram proteção natural contra agentes poluidores ou perdas por evaporação; • A contaminação, quando ocorre, é muito mais lenta e os custos para recuperação podem ser proibitivos.
  • 4. Importância Das Águas Subterrâneas • No Brasil, em geral, as águas subterrâneas abastecem rios e lagos. Por isso, mesmo na época seca, a maioria dos nossos rios é perene; • Os aqüíferos têm importância estratégica e suas funções são ainda pouco exploradas, tais como: produção, armazenamento, transporte, regularização, filtragem e auto-depuração, além da função energética, quando as águas saem naturalmente quentes do subsolo; • Os usos múltiplos das águas subterrâneas são crescentes: abastecimento, irrigação, balneoterapia, engarrafamento de águas minerais e potáveis de mesa e outros;
  • 5. Importância Das Águas Subterrâneas • De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (1998) estima-se que 51% do suprimento de água potável seja originado do recurso hídrico subterrâneo; • As águas subterrâneas têm grande alcance social pois os poços, quando bem construídos e protegidos, garantem a saúde da população.
  • 6. Ciclo Hidrológico e as AS Quando as águas meteóricas se precipitam da atmosfera na superfície da terra, parte da água escorre superficialmente até os rios, lagos e oceanos; parte infiltra e outra parte retorna a atmosfera por evapotranspiração que é a soma dos processos de evaporação direta da água e da transpiração da vegetação. Assim, os rios representam o sistema de drenagem da água doce para o mar, enquanto que os aqüíferos representam os sistemas de armazenamento de água doce no continente.
  • 7. Ciclo Hidrológico e as AS O movimento descendente da água que infiltra continua devido à ação da gravidade, preenchendo os vazios do subsolo (poros ou fraturas) e acumulando-se ao encontrar barreiras menos permeáveis, o que se denomina zona saturada.
  • 8. Ciclo Hidrológico e as AS A água subterrânea acumulada na zona saturada não fica estagnada. O movimento pode continuar descendente contribuindo para a recarga de aqüíferos subjacentes. Nas áreas em que o aqüífero está confinado por outra camada geológica, a recarga é dita indireta já que a água deve vencer a barreira imposta pela camada confinante até atingir o aqüífero.
  • 9. Ciclo Hidrológico e as AS Como na maioria das vezes o aqüífero confinado encontra-se sob pressão, a água tem tendência de fluxo ascendente dificultando mais ainda o movimento descendente. Isso demonstra que as águas armazenadas em aqüíferos confinados quando utilizadas terão sua reposição lenta ou quase nula.
  • 10. Representação do ciclo hidrológico Fonte: Revista Águas e Energia Elétrica, ano 05 nº15 1989, DAEE
  • 11. Características da AS À medida que a água infiltra por entre as camadas de rocha, ela arrasta elementos químicos e altera sua composição. A principio a água subterrânea tende a aumentar as concentrações de substâncias dissolvidas. No entanto, muitos outros fatores interferem, tais como, clima, composição da água de recarga, tempo de contato água/meio físico, além da contaminação causada pelo homem.
  • 12. Características da AS Dessa forma, cada aqüífero possui um conjunto de propriedades físicas e químicas que lhe conferem uma característica hidrogeoquímica. Essa característica pode variar regionalmente em um mesmo aqüífero e também ao longo do tempo.
  • 13. Um aqüífero é então um reservatório de água. Sua qualidade dependerá da composição natural das rochas e das atividades humanas desenvolvidas nas áreas de ocorrência e sua disponibilidade hídrica dependerá de sua capacidade de recarga e do volume de água que se pretende extrair.
  • 14. O Ciclo Hidrológico E A Disponibilidade Do Recurso Hídrico Subterrâneo As reservas de água dos aqüíferos podem ser definidas sob quatro categorias: Reserva Hidrogeológica Renovável ou Reguladora Representa a quantidade de água livre armazenada pelo aqüífero ao curso de uma importante recarga natural. São assim, submetidas ao efeito sazonal ou inter anual das precipitações.
  • 15. O Ciclo Hidrológico E A Disponibilidade Do Recurso Hídrico Subterrâneo  Reserva Hidrogeológica Permanente. Também chamadas de seculares ou profundas constituem as águas acumuladas que não variam em função das precipitações anuais .
  • 16. O Ciclo Hidrológico E A Disponibilidade Do Recurso Hídrico Subterrâneo Reservas Hidrogeológicas Explotáveis. São os volumes de água que podem ser economicamente extraídos, sem provocar exaustão ou degradação do aqüífero como meio de armazenamento natural ou artificial de água. Estes recursos podem variar no espaço e no tempo, em função das condições hidrogeológicas, do efeito das explorações sobre o regime de fluxo de água nos aqüíferos, da disposição e concepção das obras de captação e da evolução dos equipamentos de exploração.
  • 17. O bombeamento além das capacidades naturais do aqüífero pode favorecer a entrada de águas de qualidade indesejável no poço, como por exemplo de rios poluídos e plumas de contaminação de áreas vizinhas.
  • 18. Distribuição Da Água Em Subsuperfície A água que existe abaixo da superfície do terreno circula nos espaços vazios, denominados poros, existentes entre os grãos que formam os solos e as rochas sedimentares. Em alguns tipos de rocha, a água circula através de fraturas, que são porções onde as rochas se romperam devido à movimentação da crosta terrestre.
  • 19. Ao se infiltrar no solo, a água da chuva passa por uma porção do terreno chamada de zona não saturada (ZNS) ou zona de aeração, onde os poros são preenchidos parcialmente por água e por ar. Parte da água infiltrada no solo é absorvida pelas raízes das plantas e por outros seres vivos ou evapora e volta para a atmosfera. O restante da água, por ação da gravidade, continua em movimento descendente.
  • 20. No seu percurso, o excedente de água acumula-se em zonas mais profundas, preenchendo totalmente os poros e formando a zona saturada (ZS). Nas regiões áridas e semi-áridas, os processos de evaporação e transpiração prevalecem, dificultando a infiltração da água até a zona saturada.
  • 21. Distribuição Da Água Em Subsuperfície No topo da zona saturada existe uma faixa chamada de franja capilar onde todos os poros estão preenchidos por água, mas ela está presa aos grãos da rocha pelo efeito da capilaridade. O limite entre as zonas não saturada e saturada é comumente chamado de lençol freático. Quando perfuramos um poço raso, o nível da água observado representa a profundidade do lençol freático naquele ponto, o qual é chamado de nível freático, nível d’água.
  • 22. Distribuição Da Água Em Subsuperfície A profundidade do nível d’água pode variar ao longo do ano, pois sofre ação da variação do clima. Assim, em períodos chuvosos, há maior infiltração de água e o nível do lençol freático se eleva. No período de estiagem, com pouca infiltração e maior processo de evapotranspiração, o nível da água pode ficar mais profundo.
  • 23. Distribuição Da Água Em Subsuperfície A quantidade de água armazenada na rocha depende da sua porosidade, e um dos parâmetros que influencia o fluxo da água subterrânea é a permeabilidade.
  • 24. Permeabilidade e Porosidade Porosidade é a capacidade que o solo ou rocha tem de armazenar água. É medida pelo percentual de volume ocupado pelos vazios ou poros no volume do corpo rochoso. Permeabilidade é a capacidade que tem a rocha ou solo para armazenar e transmitir a água. Ela depende do tamanho dos poros e da intercomunicação entre eles.
  • 25. Permeabilidade e Porosidade As rochas sedimentares (rochas moles) têm alta porosidade ao contrário das rochas cristalinas (rochas duras), mas nem todas possuem alta permeabilidade. As argilas têm poros tão pequenos que não deixam passar água, sendo por isso consideradas praticamente impermeáveis. Outras rochas sedimentares como os arenitos e areias inconsolidadas possuem tanto porosidade quanto permeabilidade elevadas. Já nas rochas cristalinas, a permeabilidade será proporcional ao número de fraturas e da interconexão entre elas.
  • 27. Conceito de Aqüífero Aqüíferos ou reservatórios naturais de água subterrânea são formações rochosas ou camadas geológicas que armazenam e transmitem água economicamente passível de extração.
  • 28. Tipos de Aqüíferos Existem três tipos básicos de aqüíferos de acordo com a formação rochosa na qual está contido: • Aqüíferos granulares ou porosos – aqueles em que a água está armazenada e flui nos espaços entre os grãos em sedimentos e rochas sedimentares de estrutura granular. Exemplo: arenitos e aluviões.
  • 29. Tipos de Aqüíferos • Aqüíferos fissurais – aqueles nos quais a água está presente nas fraturas e fendas das rochas cristalinas. Exemplo: granitos, gnaisses e diabásios
  • 30. Tipos de Aqüíferos  Aqüíferos cárstico ou cavernoso – aqueles nos quais a água se faz presente em cavidades produzidas pela dissolução causada pela águas. Exemplo: calcários e mármores.
  • 31. Tipos de Aqüíferos Quando a superfície que limita a zona saturada dos aqüíferos coincide com o lençol freático eles são chamados aqüíferos livres. Quando o aqüífero encontra-se entre duas camadas impermeáveis, diz-se que está confinado.
  • 32. Reabastecimento do Aqüífero ou Recarga O reabastecimento de um aqüífero ocorre basicamente a partir da infiltração de água das chuvas e, em menor escala, de corpos d’água superficiais. O maior ou menor grau de reabastecimento ou recarga depende de fatores como clima, vegetação, relevo, drenagem e geologia da região.
  • 33. Reabastecimento do Aqüífero ou Recarga A existência de solos porosos e permeáveis favorece a infiltração, mas essa condição pode ser ampliada se o solo for coberto por vegetação e estiver em relevo plano. Já em áreas de relevo íngreme e solos pouco permeáveis, a maior parte da água precipitada transforma-se em cursos superficiais, dificultando a infiltração. Em regiões de clima úmido e solos permeáveis, a recarga pode atingir até 25% da precipitação pluviométrica anual.
  • 34. Reabastecimento do Aqüífero ou Recarga Os aqüíferos podem ser reabastecidos localmente pela infiltração da água das chuvas. É a chamada recarga direta, característica dos aqüíferos livres. Já nos aqüíferos confinados o mais comum é que aconteça a recarga indireta onde o reabastecimento ocorre somente nos locais onde a camada que contém o aqüífero aflora. Esses locais são denominados zona de recarga desses aqüíferos.
  • 35. Atividade Água subterrânea - reservatório para um planeta com sede?- Planeta Terra 2007 -2009 Recurso valioso A água subterrânea é utilizada por cerca de dois bilhões de pessoas em todo o mundo, levando a que seja o recurso natural mais usado. A produção anual de água subterrânea é estimada entre 600 e 700 quilômetros cúbicos (bilhões de metros cúbicos ou bilhões de toneladas). Enquanto que o consumo anual mundial de petróleo é de apenas 3.5 bilhões de toneladas. A água subterrânea é considerada propriedade pública em muitos países. Onde ela escasseia, pode ser considerada uma mercadoria mas, na maior parte dos casos, não lhe é atribuído qualquer valor. Todavia, os custos de exploração, tratamento e fornecimento de água subterrânea necessitam de ser cobertos através do pagamento de taxas, de forma a manter o fornecimento sustentável. Não existem números disponíveis acerca da criação de riqueza resultante do fornecimento de água subterrânea aos consumidores de todo o mundo. Os únicos dados globais disponíveis dizem respeito aos produtos finais mais valiosos, nomeadamente a água para consumo e a engarrafada A discussão em torno do fornecimento público, dos lucros, da irrigação na agricultura, da liberalização do mercado hídrico e do investimento privado continua a todos os níveis da sociedade. O Objetivo do Milênio para o Desenvolvimento, formulado pelas NU, destinado a reduzir para metade o número de pessoas sem acesso a água potável até ao ano 2015, será alcançado apenas com um investimento financeiro considerável, atualmente estimado em 15 bilhões de euros por ano.
  • 36. Atividade A água tem valores muito diferentes consoante quem a consome; isto apesar dos produtos serem, muitas vezes, derivados do mesmo recurso natural. A água subterrânea para rega não é tratada, logo o seu custo é de apenas alguns cêntimos por metro cúbico ou apresenta mesmo custo zero. A água doméstica para consumo, fornecida através de sistemas de canalização, custa até 2 euros por metro cúbico e a água mineral engarrafada ou água de mesa pode custar 1000 euros, ou mais, por metro cúbico. Se a sociedade continuar a utilizar os valiosos recursos de água subterrânea sem assegurar o necessário reabastecimento, a crise da água só irá agravar-se. Estratégias de uso sustentável devem ter em conta as características de todos os reservatórios do ciclo da água e garantir que a sua plena utilização é feita de acordo com bases científicas que podem fornecer uma maior compreensão dos vitais, mas invisíveis, recursos de água subterrânea.
  • 37. Atividade Questões-chave • Quanta água subterrânea existe e como pode ser utilizada de forma sustentável? • Como pode a exploração inadequada das reservas “fósseis” de água ser identificada e gerida de forma a minimizar o seu esgotamento e as suas desastrosas conseqüências humanas/ecológicas? Tal requer um melhor entendimento da recarga em geral. • Como podem ser protegidos da poluição os recursos de água subterrânea vulneráveis e como podem os recursos vitais poluídos ser recuperados? Faça uma reflexão sobre o texto abaixo e apresente propostas para que este precioso recurso. AS possa ser utilizada de maneira sustentável. - Quais programas governamentais poderiam ser desenvolvidos? - Onde um engenheiro ambiental poderia intervir para equacionar estes problemas? - É possível o uso sustentável das águas subterrâneas? Como seria isto?
  • 38. Referências  BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Associação Brasileira de Águas Subterrâneas e Petrobrás. “Águas Subterrâneas – Um Recurso a ser conhecido e Protegido”. Brasília, 2007  CAPUCCI, Egmont et AL. “Poços Tubulares e Outras Captações de Águas Subterrâneas: Orientações aos Usuários”. Rio de Janeiro, 2001  FIESP. Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. “Orientações para a Utilização de Águas Subterrâneas no Estado de São Paulo”. São Paulo, 2005  CLEARY, Robert W. “Águas Subterrâneas” 1989 disponível em: < http://www.clean.com.br/portal/index.php?option=com_content&vie w=article&id=79&Itemid=110 >Acesso em: Janeiro de 2010